Pablo Amaral Oliveira¹, Lessí Inês Farias Pinheiro²
Graduando em ciências econômicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz -
UESC (pabloamaral180@gmail.com) ² Docente do departamento de ciências econômicas (DCEC/UESC) e do programa de pós-graduação em economia regional e políticas públicas (PERPP/UESC)
(lifpinheiro@uesc.br).
A internacionalização da economia e da sociedade, resultante da
globalização, é uma tendência crescente desde meados no século XX. Esse processo pode assumir duas formas básicas, as quais podem ser substitutas e/ou complementares: o comércio internacional e o Investimento Externo Direto (IED). Entretanto, os avanços da internacionalização das economias, com ênfase no setor bancário, que tiveram um aumento considerável a partir da década 1990, não são livres de controvérsias, notadamente nos países não desenvolvidos, devido aos seus impactos e a possível geração de dependência em relação ao setor externo. O escopo deste projeto é discutir evolução o efeito do Investimento Externo Direto (IED) no Brasil, notadamente no setor bancário. O estudo em questão foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira, foi feito o levantamento do referencial teórico que embasa a análise da pesquisa, identificando e discutindo os principais conceitos sobre internacionalização da econômica, IED e vulnerabilidade externa. A segunda etapa correspondeu à análise empírica dos dados sobre as variáveis ligadas à internacionalização da economia brasileira. No que tange a classificação da pesquisa, quanto aos seus objetivos, pode-se considerá-la como estatístico- descritiva, uma vez que utiliza dados empíricos para identificar os efeitos do Investimento Externo Direto (IED) e o impacto do Investimento Externo Direto (IED) sobre o setor bancário no Brasil. Para realizar a análise do fluxo de IED financeiro utilizados dados secundários do relatório de evolução do sistema financeiro, provenientes do Banco Central do Brasil (BCB). Através do estudo da aplicação de IED do no sistema bancário no período o fluxo de IED no ambiente econômico brasileiro teve grande expansão, com a liberalização comercial e produtiva, através de decretos e flexibilização do aparato legislativo que facilitava a entrada de novos concorrentes no mercado interno, sendo isso oriundo do governo de viés neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Foi possível observar o impacto da redução de barreiras regulatórios desde meados dos anos 1990: o número de bancos estrangeiros instalados no Sistema Financeiro Nacional era de 32 no total, esse número saltou para 72 no ano de 2001 tendo como seu auge na participação efetiva de capital estrangeiro no sistema financeiro nacional.