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REFERÊNCIAS
ANDERY, Maria Amália Pie Abib et. al. Para compreender a ciência: uma perspectiva
histórica. 15ª ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
ZILLES, Urbano. Teoria do conhecimento e teoria da ciência. São Paulo: Paulus, 2005.
FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO
- (...) é sobretudo a descrição de um caminho que pode ser levado a cabo por quem chegou ao
seu termo e é capaz de rememorar os passos percorridos (...,)
- A Fenomenologia expõe “um sujeito que é fenômeno para si mesmo no próprio ato em que
constrói o saber de um objeto que aparece no horizonte das suas experiências”. Assim Hegel
transfere para o próprio sujeito o que Kant tentou separar em sua Critica da Razão Pura.
- A medida que o sujeito põe se a construir ciência, este incorpora nessa tarefa algo de si
(HEGEL, 1992). *Seria um entendimento do final da introdução da Fenomenologia.
- Hegel capta o contexto de sua época histórica, o momento em que o homem ocidental se
constitui sob o signo da razão, materialmente constituído pelo saber científico.
- Dando razão de sua existência, Hegel anuncia o advento, na história do Ocidente, do individuo
que aceita existir na forma da existência universal, ou da existência regida pela Razão. (p.19)
- “Quando queremos ver um carvalho na robustez de seu tronco, na expansão de seus ramos, na
massa de sua folhagem, não nos damos por satisfeitos se em seu lugar nos mostram uma bolota.
Assim a ciência, que é a coroa de um mundo do espírito, não está completa no seu começo. O
começo do novo espírito é o produto de uma transformação de múltiplas formas de cultura, o
prêmio de um itinerário muito complexo, e também de um esforço e de uma fadiga
multiformes”
Há uma fórmula sugerida pelo iluminismo em que as ciências físicas eram tidas como
paradigmas do conhecimento, com o qual se podia medir o restante da cultura (objetividade).
Desde o iluminismo as ciências físicas eram consideradas como parâmetros para medir
o conhecimento humano.
Há um mito iluminista que buscava a comensurabilidade de todo o conhecimento
produzido, ou seja, tendo como base uma medida comum, desse modo conservando coerência
interna.
Para o senso comum, “inexiste o diálogo entre ambas as dimensões. Como resultado, a interação
entre elas é conflitiva, dando-se por meio da oposição. Para se aprender a objetividade deve-
se eliminar o subjetivo”. (ROCHA, 2014 p. 17)
Noção dicotômica entre sujeito dado interpretante de um objeto dado, fazendo o por meio de
uma racionalidade.
Hegel percebe em certo grau as insuficiências que envolvem a oposição entre sujeito e objeto, e
em consequência disso entre objetividade e subjetividade.
A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno
é composto por emoções, sentimentos e pensamentos – é aquele que gera e lida com valores e
significados (busca sentido) da nossa presença no mundo.
A Grécia clássica exercia um fascínio sobre esses jovens, que, com ela, se identificavam. Em
sua vida Hegel jamais abandonará sua admiração pela bela unidade ética da vida grega, onde se
conjugam arte e religião, politica e filosofia. (ROSENFIELD, 2005)
Nesse sentido há de se ressaltar que há no pensamento grego uma certa unicidade do mundo,
diferente do que é tido na modernidade. Como afirma Costa (1998, p. 39): “o mundo moderno
descarta qualquer ideia de unidade ou semelhança entre as coisas. A natureza é feita de
identidades ou individualidades, cuja natureza única deve ser conhecida e que estão separadas
por espaços passíveis de descrição e mensuração. É como se os campos do saber estivessem
organizados da mesma maneira que os elementos de uma pintura numa projeção perspectiva:
cada um ocupando um único e próprio espaço, com distâncias nítidas e conhecidas entre eles”.