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.

, ,

Doc.
00 \483

Of. nO 293 (p

Brasília, 50 de ~ de 2006 .

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA N° 25732


IMPETRANTE: César Sassoun
IMPETRADO: Presidente da Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito - CPMI dos Correios

Senhor Presidente,

Reiterando o Oficio nO 1438/P, de 23/12/2005, é do meu


de ver notificar Vossa Excelência para que preste as informações
julgadas necessárias (inciso I do artigo 7° da Lei nO 1. 533/51)
sobre o alegado na petição inicial e demais documentos cujas
cópias seguem anexas .

Atenciosamente,

IM - PRESIDENTE

RQS n' 03/2005 . CN .


CpMI .• CORREIOS
OGl
Fls: _ _- - -

A Sua Excelência o Senhor


Doe:
Senador DELCíDIO AMARAL
Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - CPMI dos
Correios
Taunay, Sa mpai o & Rocha
ADVOGADOS

EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.


' . '- ' , - - - -•• - . - . -. -.,.. "'-1" _.-
SUP REMO TRI BUNAL FEDERAL
! Coordenadoria de
Processamento Inicial
13/12/200513 :21 145778
IIIII II!IIn~ IIIIII~! nm 111111111/ 11111 11m11111111 1111

MS 25732-6

-CEZAR SASSOyN, brasileiro, casado, corretor de valores,


portador da carteira de identidade nO2.902.948, expedida pelo SSP/S P, inscrito no
CPF sob o nO 035.474.008-30, residente e domici liado na cidade de São Paulo à Av.
Dr. Cardoso de Melo 1666, 10 andar, Vila Olímpia, vem , por seus advogados (doc.
I), com fulcro no art. 10 da Lei 1.533/51 , impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

contra ato do EXMO. SR. PRESIDENTE DA COM ISSÃO PARLAMENTAR


MISTA DE INQUÉRITO - CPMf DOS CORREIOS, pe los fatos e fundamentos
jurídicos que passa a expor:

)
DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA: CONEXÃO EM RELAÇÃO AO
MS 25.675-3/DF

l.
----------
Em 25/ 10/05, a "CPMI dos Corre ios" determinou a quebra do
sigilo bancário, fiscal e telefônico do impetrante, mediante a aprovação do
requerimento n. o 117912005, obrigando-o a impetrar o MS 8 IÓ~ o I

Min. Sepúlveda Pertence. CPMI '- CORREIOS

I Av. ruo BrlllCO 12511'~ Indu Rio de Janeiro RI eepI2004.0 006 lell222~ 2335 hx! 242 'In .br 1

Doc :_~==o..l
034/ 2
2. Por decis~o datada de 7/ 12/2005, proferida no MS 25676/DF, o
Min. Sepúlveda Pertence concedeu liminar para impedir a quebra do sigilo
bancário, fiscal e telefônico da impetrante (doc. 2 anexo) .
.- ----
3. De forma surpreendente, após a impetrante ter ingLessado \
perante este STF com o mencionado writ, a autoridade impetrada aprovou novo \
-
Requerimento 1.456/2005, mbém objetivando a quebra do sigilo bancário,
fiscal e telefônico do Im rante.

4. Assim, como se trata de ato praticado pela mesma autoridade


impetrada que determinou igualmente a quebra do sigilo bancário, fiscal e
telefônico do impetrante pelos mesmos fundamentos, é inequívoco, d V., tratar-se de
ação conexa, nos termos do art. 103 do CPC, razão pela qual o presente mandamus
deverá ser distribuído por dependência ao MS 25675-3/DF.
----
OS FATOS QUE DERAM ORIGEM À IMPETRAÇÃO

5. Em 25/5105, foi instaurada Comissão Parlamentar Mista de


Inquérito, nos termos do § 3° do art. 58 da Constituição Federal, com o propósito de
"apurar, no prazo de 180 (cento e oitenta dias), responsabilidade pelos atos
delituosos denunciados pela Revista Veja que teriam sido praticados por agentes
públicos na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos".

6.
--
Em 25/10/05, com a aprovação do requerimento nO 1179/2005
(doc. 3), a cognominada "CPMI dos Corre ios" decretou a quebra de sigilo fiscal,
bancário e telefônico do impetrante.

7. Diante das ilegalidades constantes do referido requerimento, o


impetrante requereu a este e. STF, em 22/11105, através do Mandado de Segurança
nO 25 .676/DF (doc. 4), a imediata sustação dos efeitos do ato coator, o que foi
deferido pelo Min. Sepúlveda Pertence (doc. 2), em 7/ 12105 .

8. Todavia, a "CPMI dos Correios", em sua 50& Reunião,


realizada em ]OIl2/05, revogou o ato apontado como coator nos a !lQS!B" [i,1léQ~' Co
N'
CPMI · .CORREI s
ac ima referido (requerimento nO 1179/2005), substituindo-o por out o treq!lenmeAth- '"}
nO 145612005 - doc . 5), com o mesmo objeto e, substancialmen fJscom . ~ . ,

" 03339
Ooc::__ _~=,j
oY,-" 3
motivação, em clara manobra com o propósito de desviar o cumprimento de decisão
judicial.

9. Daí a impetração deste writ.

DA ATIVIDADE PROFISSIONAL DO IMPETRANTE E DA ABSOLUTA


INEXISTÊNCIA DE QUALQUER RELAÇÃO DO IMPETRANTE COM OS
CORREIOS

10. o impetrante é profissional do mercado financeiro, sócio de


uma distribuidora de títulos e valores mobiliários denominada LAETA SA DTVM,
que foi fundada há mais de 20 anos. O impetrante nunca exerceu outra atividade
que não fosse relac ionada à sua empresa LAETA.

11. o impetrante jamais celebrou qualquer contrato ou manteve


qualquer relação comercial com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -
ECT.
)

12. A CPMJ dos Correios, através do Requerimento nO 145612005,


requereu de forma arbitrária e injustificada a quebra do sigi lo bancário, fiscal e
telefônico do impetrante sob o fundamento de que dois clientes da LAETA teriam
realizado operações irregulares supostamente causando prejuízo a fundos de pensão.

13. Surpreendentemente, ao invés de direcionar o pedido de


quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico das duas empresas que realizaram as
supostas operações irregulares, TELETRUST DE RECEBÍVEIS S/A e GLOBAL
TREND INVESTMENT LLC, foi pedida a quebra em relação ao impetrante, pelo
simples fato deste ser sócio da LAETA, instituição financeira que intermediou na
BM&F as operações das 2 empresas, TELETRUST e GLOBAL TREND.

14. É de se indagar: se estas duas empresas mantivessem seus


recursos depositados junto ao Banco Bradesco ou Banco Itaú, p.ex., que por óbvio
teriam movimentado seus recursos, a CPMI também estaria requerendo a quebra do
sigilo bancário, fiscal e telefônico dos sócios dessas instituições financeiras ?

15. Resposta: obviamente que não!


RQS n' 0312005 - CN -
CPMI- CORREIOS
16. Para que não haja dúv ida de que a justificativa da ~~I dos O04
Correios para quebrar o sigi lo bancário, fiscal e telefônico da impetrante s ~ deu pele). 9
1l3 ]j
Doe:
oS~ 4
simples fato de ser sócio da empresa que intermediou as operações dos dois
investidores citados, confira-se o próprio teor do Requerimento nO1456/2005:

"Por estar envolvido em operações irregul ares,


conforme re latório de auditoria da BM&F (RDA-
13/6/05 , sobre a atuação de clientes: GLOBAL TREND
INVESTMENT LLC e TELETRUST DE RECEBíYEIS
S/A) onde sua empresa LAETA S/A DTVM) fi gura
como a principal das intermed iadoras dessas operações
C.. )."

17. Portanto, no próprio requerimento de quebra já fi ca claro que


pelo simples fato de ser sócio da LAETA S/A DTVM, que intermediou as
operações na BM&F, o impetrante está sofrendo devassa indiscriminada dos seus
dados pessoa is, sem que exista nenhuma j ustificativa concreta de sua participação
quanto ao objeto de investigação da CPMI dos Correios.

18. D. \/, é inadm iss ível que, pelo simples fato de ser sócio da
LAETA, J ue sequer é acusada de ter praticado operações irregulares - fatos
) SUpostamente imputados à GLOBAL TREND E TELETRUST - o impetrante
venha a sofrer tão grave invasão em sua intimidade, cuja proteção tem garantia em
cláusula constitucional.

19. Causou igual perplexidade a afirmativa constante do


Requerimento nO 1456/2005 de que o impetrante teria participação societária na
GLOBAL TREND. Trata-se de afirmativa totalmente inverídica e que não
corresponde com a realidade dos fato s: o impetrante não tem qualquer participação
na citada GLOBAL TREND INVESTMENT LLC.

20. Os fatos acima narrados, d. \I., j á demonstram o direito líquido e


certo do impetrante de ver preservada a sua privacidade mas, no entanto, também
)
por razões de direito, que abaixo serão devidamente assinaladas, outros motivos
justificam a concessão do presente writ.

RQS n' ()Jl2005 • CN •


CPMI · CORREIOS

OC::;. -
Fls:--=...;:....::.-

Doe:
d,-, 5
O NOVO PEDIDO DE QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO, FISCAL E
TELEFÔNICO DO IMPETRANTE, A EXEMPLO DO ANTERIOR, NÃO
TEM NENHUMA CORRELAÇÃO COM OS FATOS QUE
DETERMINARAM A CRIAÇÃO DA "CPMI DOS CORREIOS"

2 1. Como sabido, as Comissões Parlamentares de Inquérito, no

desempenho dos poderes de investigação que lhe são confer idos pelo § 3° do art. 58
da Constituição da República, devem observar certos requis itos e li mitações, tal
como ocorre em relação aos atos emanados dos órgãos judiciários.

22. Quando se trata de atos excepcionais, como a quebra do sigilo

bancário, fiscal e telefônico, justamente a hipótese ora em comento, o ato


necessariamente deve conter fundamentacão adequada e nexo entre o fundamento
da quebra dos sigi los e o objeto da investigação da "CPMf".

23. o novo requerimento aprovado (doc. 5), a exemp lo do anterior,


apresenta motivação abso lutamente divorciada daquela que ensejou a instauração da
"CPMI dos Correios. Confira-se:

Requerimento n.o 145612005 (ato Requerimento n.O117912005 (ato

coator) revogado)
De outra parte, esta CPMI apurou - por Por estar envolvido em operações
meio do Relatório de Aud itoria da irregulares, conforme Relatório de
BM&F RDA-I3/6/05, gue reQorta Auditoria da BM&F fRDA-13 /06/05,
transaç;ões financeiras em favo r da sobre a atuação de cl ientes: GLOBAL
Global Trend Investment LLC e da TREND INVESTIMENT LLC e
Teletrust de Recebíveis S/A, TELETRUST DE RECEBÍVEIS S/A)
intermediadas ~ I a Laeta S/A - práticas onde sua empresa (LAETA S/A
não-eqUitativas, implicando distorções DTVM) fi gura como a principal das
nos valores e nas transações de intermediadoras dessas operações, as
) mercado, com as mesmas quais apresentam as mesmas
características de tratamento características das Qraticadas Qe las
Qrivll~giado Qara seus clientes das corretoras Bônus-Banval e Master
realizadas Qelas corretoras Bônus- (Re latórios , também da BM&F: RAA-
Banval e Master (RelatóriQs, também 28107/03 e RDA-04/06/04), sendo gue
da BM~F: RAA-28/04/03 e RDA- ambas as corretoras (Bônus-Banval e
04/06/04 l, sendo gue ambas corretoras Master) já tiveram os sigilos
(Bônus-Banval e Master) já tiveram auebrados através dos reauerimentos
seus §igil os transferidos, QO[ meio dos 703 de 25/08/05 e 1.01R0tertWl1QllIli - C ~ -
reguerimentos 703 de 25/08/05 e 1.061 respectivamente. CPMI .- CORREI S
de 04.10.05. respectivamente.
Fls: 006
Essas neQ:ociacões Que contaram em Essas neeociacões ou cont,,"hhl. . .

Doe:
guase sua totalidade, com a guase 'ua totalidade, com a
intermediação da Laeta S/A DTVM, intermediaçãQ da Laeta S/A DTVM,
foram dividas em três (:!artes: a l a de fOl:am dividas em três (:!artes: a la de
mai/outlO4: R$ 9,4 milhões; a 2' de mai/outlO4 : R$ 9,4 milhões; a 2' de
out/Q4 a maiQ/05: Ri: 17 milhões e a ~. outl04 a maio/05: Ri: 17 milhões e a 2a
de mai/juIl05: Ri: 1, 1 milhão. de mai/juIlQ5:: R~ 1,1 milhãQ.

Ademais, aRUfou-se (cruzamentos de Ademais, (:!elo gue a(:!uramos


CNPIICPF) gue o controlador da Laeta (cruzamentos de CNPJ/ÇPF), ele
S/A DTVM (Sr. César Sassoun - CPF.: (Sr.César SassQun). também tem
035.474.008-30) também tem garticigação societária na GLOBAL
gartici(:!aç:ão societária na GLOBAL TREND, o gue corrobora ainda mais
TREND, o gue cOITQbora ainda mais (:!ara sus~ição de tais ogerações.
gara forte susIleição de tais o[!erações.

24. Como visto acima, a fundamentação do ato ora impugnado, a


exemplo do anterior, não aponta, nem de longe, qua l seria a necessidade da quebra
de sigilo do impetrante, considerando-se o escopo da investigação levada a efeito
segundo seus parâmetros inicialmente estabe lecidos. De igua l modo, não descreve
os fatos concretos e precisos que, relacionados ao objeto da investigação da "CPMI
dos Correios", a justificariam.

25. Na verdade, o requerimento sob análise cita proced imentos em


curso perante a BM&F e a CVM, sem traçar qualquer relação entre as operações
objeto de exame por estes órgãos e o escopo da investigação da "CPMl dos
Correios"

26. Ora, qual é a relação entre irregularidades praticadas nos


Correios e as operações finance iras dos fundos de pensão ou os negóc ios
particulares que ensejaram a quebra de sigilo do impetrante?

)
27. D. V., não há. Deveria o ato impugnado, na forma da
jurisprudênc ia deste Supremo Tribunal, exp licitar concretamente eventual
correlação entre a conduta do impetrante e os fatos delimitados sob investigação. O
ped ido que deu origem à quebra do sigilo é absolutamente silente a ~.ij:ftit&D3J2005 - CN-
CPMI .• CORREIOS
007
28. Ainda que se evidencie, no caso das investig ~~ts, elementos
comprometedores da idoneidade de pessoas fisicas ou j urídicas, s esses etl}~j~
não guardarem relação com o objeto determinado e delimitado pel::oM& instaurador
da CPI, não há como se cogitar de quebra de sigilo nesta sede. Celso Ribeiro Bastos
é esclarecedor sobre o tema:

"Mas a CPI não tem qualquer funcão fisca lizatória da


sociedade, enquanto decomposta em entidades civis, em
empresas e muito menos em ind ivíduos. É certo que, sob
o aspecto amplo da atuação das CPls, nenhum fato social
que possa ter relevo a ponto de vi r justificar medidas
futuras de ordem legislativa pode ficar fora do seu poder
fiscalizatório. No entanto, não se pode descartar a
possibilidade de, no curso das investigações. surgirem
elementos comprometedores da idoneidade de pessoa
físicas ou jurídicas. Contudo. a investigação da
responsabilidade dessas pessoas está fora da
competência da CPL Os eventuais ilícitos existentes
só são relevantes na medida em que possam
colaborar para a evidenciação de algum fato sobre o
qual quer~se emitir algum juízo de valor para
possibilitar exatamente a formulação de diretrizes
políticas que orientem a atuação do Legislativo e do
Poder Público em geral. Portanto, o direito de perquirir
esbarra tanto no direito à intimidade, como nos direitos
fundamentais em geral. A ação fisca li zat6ria das CPIs
tem que ser exercida com observância dos direitos
fundamentais. Submeter pessoa ou entes às atividades
destes órgãos que funcionam inquisitorial mente seria
regredir para uma fase anterior à do estado de
direito.,,1 (grifou~se)

29. Na verdade, a fundamentação do ato coator demonstra,


inequivocamente, que a CPMI dos Correios pretende se desviar, por completo, do
objeto de sua investigação - fraudes nos contratos da ECT- para desdobrar-se sobre
operações realizadas por empresas privadas com fundos de pensão de func ionários
de empresas estatais.

) 30. Como se vê, enquanto a CPMI dos Correios tem o objetivo de


"investigar as causas e conseqüências de denúncias de atos delituosos praticados
por agentes públicos nos Correios", o ato ora impugnado foi concebido com o
objetivo de "identificar a natureza dos (atos que implicam a drenagem de recursos
financeiros dos fundos de pensão. " RQS n' 03/2005· CN •
CPMI .• CORREIOS

Fls:-~--
008

Doe:
I Celso Ribeiro Bastos, in Comen tário' Constituiçlo do Brasil, Saraiva, vol. 4°, tomo I, p. 276.
03,-" 8
31. Registre-se. a propósito. que a empresa da qual é sóc io o
impetrante não tem nenhum desses fundos como clientes (incluindo-se o Postalis.
fundo de previdência dos funcionários dos Correios) muito menos a ECT.

32. Forçoso concluir, pois, que a quebra do sigilo do impetrante


viola o disposto no art. 93, IX da Constituição da República, e, por conseqüência, o
princípio in sculpido no art. 5°, X e XII da mesma Constituição, razão pela qual não
pode ser admitido.

PRECEDENTES DESTE E. STF SOBRE PEDIDOS DE QUEBRA DE


SIGILO NA CPI DOS CORREIOS

Da decisão do Min. Sepúlveda Pertence nos autos do MS 2S.676/DF

33. Dentre os diversos precedentes deste e. STF acerca da matéria.


merece especial destaque a r. decisão do Mio. Sepúlveda Pertence. que concedeu a
liminar requerida nos autos do MS 25.676/DF. requerida pelo ora impetrante,
quando ainda em vigor o requerimento nO 1179 da "CPMI dos Correios",
posteriormente revogado e substituído pelo ato coator ora impugnado, requerimento
n' 1456.

34. Importante destacar que o ato impugnado nos autos do MS


25.676/DF (requerimento nO 1179) e ora apontado como coator (requerimento nO
1456) são idênticos.

35. Por estas razões, ao apreciar o pedido liminarmente deduzido


nos autos do MS 25.676/DF, assim decidiu V. Exa.:

"Portanto, defiro a liminar para que a autoridade coatora


- até a decisão definitiva do mandado de segurança -
suste de imediato, com relação à impetrante, os efeitos
do ato questionado, suspendendo aqueles das requis ições
já expedidas, assim como para que preserve o sigilo dos
dados até agora obtidos." RQS n' 03/2005 · CN •
CPMI .• CORREI06

FIS:_--'O::..;O:...:~:..-

1\33 :: 9
Doe:
36. Estando·se, pois, diante de ato coator que se limitou a revogar
e reiterar o pedido e os fundamentos falhos já expend idos anteriormente, confia o
impetrante sej a, também neste caso, deferida a med ida lim inar ao final requerida.

Demais precedentes deste e. STF

37. o que está ocorrendo na "CPMI dos Correios" é um verdadeiro


abuso em relação a pedidos de quebras dos sigilos bancário, fisca l e telefõnico de
diversas empresas e pessoas, que nenhuma vincu lação possuem com o objeto de
investigação da mencionada "CPMI".

38. Conseqüentemente, os atingidos pe los atos arbitrários da


"CPMI dos Correios" estão se socorrendo junto ao STF, guardi ão da Constituição
da República, que, reiteradamente, vem concedendo liminares em Mandados de
Segurança praticamente idênticos ao presente.

39. Ass im, em hipótese em tudo idênti ca, o Min. Sepú lveda
Pertence deferiu liminar no MS 25.631, impedindo a quebra do sigilo bancário,
fiscal e telefônico da Prece - Previdênci a Comp lementar da CEDAE, dizendo:

"De resto, ,se"--:"s"e-,c",o,.g"-it".'--,d'ê"e--,C~P,-"I'~."c--,e'Csc"r"u,,P'Cu,,,1",o":s,,.


observância do im perativo constitucional de
motivação serve ainda a viabiliza r o controle
jurisdicional de conter-se a med ida nos limites
materiais de legitimidade da ação da comissão. em
particular. os derivados de sua pertinência ao fato ou
fatos determinados. que lhe dem a rcam os lindes da
investigação.
No MS 23.964 (Plená rio, Celso de Mello, DJ
21.06.2002), acentuou-se que a quebra de sigilo que
.I não indica os fatos concretos e precisos referentes à
pessoa sob investigação constitui ato eivado de
nulidade: neste juízo inicial. parece ser o caso." 2
(grifou-se)

40. Tratando de hipótese idêntica à presente. na qual a "CPMl dos


Correios" também revmwu o orimeiro reauerimento de a aíI& naG~SN-
CPMI . CORReiOS
substituindo-o Dor outro com o mesmo teor ass im decidiu o Mi . Eros Grau n.o ~
Fls: U lU
autos do MS 25.719:
li :3'3 .):1
1 MS 2S.631IDF; ReI. Min. Sepúlvcda Penence.
Doe:
11~ 10
"lI . Na verd ade, o ato impugnado no presente writ
reproduz as informações prestadas nos autos do MS
n. 25.633, nad a inova ndo em relação àquele mesmo
ato. E feito ma rca nte que produz é somente o de
tornar inócua a medida liminar que deferi no 25.633,
por mim relatado.
12. A quebra dos sigi los. bancário, fiscal e
telefônico da impetrante a póia-se em Relatório de
Aud itoria realizada pela BM&F nas sociedad es
Global Trend Investment LLC e Teletrust de
Recebíveis S/A. que teria apontado irregularidades
em operações financeiras realizadas com corretora de
valores mobiliários da qual a impetrante ê cliente.
13. Não são indicad os. nesse contexto. fatos
concretos e precisos. objetivamente. senão meros
indícios que, em princípio. nào e:uardariam relação
direta com o objeto da CPMI dos Correios. a ponto
de afastar a garantia constitucional do sigilo. As
irregu laridades a puradas sào. segundo o próprio
requerimento, ob jeto de investigação administrativa
por pa rte da Comissão de Valores Mobiiários -
CVM.
14. Disse-o bem o Ministro CELSO DE MELLO:
'a quebra de sigilo não se pode converter em
instrumento de devassa indiscriminada dos dados -
bancários. fisca is e/ou telefônicos - posto sob a esfera
de proteção da clá usula constitucional que resguarda
a intimidade. inclusive aquela de caráter financeiro.
qu e se mostra inerente às pessoas em geral.' (MS n.
25.668-MC, Dl 24.11.2005). No mesmo senlido o MS n.
25.63 1-MC, Re lator o Min istro SEPÚL VEDA
PERTENCE.
Ante o exposto. defiro a med ida liminar ( ...)." (grifou-
se)

41. Em outro precedente. o Min. Joaqu im Barbosa também defer iu


liminar em favor da Ouality CCTVM S/A. citada pe lo ato coator como sendo uma
das instituições fi nanceiras investigadas pe la CVM. Assi m, consignou o Min.
Joaquim Barbosa nos autos do MS 25.670:
)
"Em um análise sumária do caso, parecem consistentes
os argumentos trazidos pela impetrante. Com efeito, Q
requ erim ento que deu base ao ato de requisição de
quebra dos sigilos não a ponta fatos concretos
relativos à impetrante, baseando-se em mera notícia
jornalística. As duas passagens em que há referência
direta ou indireta à impetrante demonstram o que
afirmado. ( ...) RQS nO03/2005 - CN -
Vale dizer Que as informacões enviad I.df."tuMREIOS
fala a notícia iornalística ao men S no Que diz 1
resoe ito à imoetrante não são m fim:onadas nA 1
requerime nto. ( ... )
03 339
Doe:
Com exceção das citadas notícias jornalísticas, o
1A", 11

requerimento não aponta fatos concretos que


pudessem levar ao envolvimento da impetrante com
as atividades investigad as pela CPMI. O Plenário da
Corte já se pronunciou no sentido de que apen as
noticias jornalísticas não podem servir de base para a
determinação de qu ebra d e sigilos bancá rio. fiscal e
telefônico (MS 24.135. reI. mino Nelson Jobim): ( ...)
O periculum in mora é patente no caso.
Ante o exposto, presente os requisitos necessários e
reservand o-me o direito de uma análise mais
detalhada do caso após o colhimento das
informações. concedo a liminar para sobrestar os
efeitos da decisão que req uisitou a quebra dos sigilos
bancá r io. fisc a l e telefônico da impetrante.
determinando que os da dos sigi losos não sejam
remetidos à CPMI ou. caso já tenham sido recebidos
pela Co missão. que os mesmos sejam mantidos em
envelopes lacrados." (gri fou-se)

42. Também apreciando hipótese absolutamente idêntica à


presente, contra ato oriundo da mesma "CPMI dos Correios", o Min . Marco Auré lio
concedeu liminar em mandado de segurança em decisão assim fundamentada: 3

"( ...) cuida-se de requerimento que envolve a


impetrante por haver atuado em intermediação de
negóc ios como mandatária ou depositária dos
recursos das entidades. Daí se dizer do descompasso
entre a justificativa apresentada e o objeto do
requerimento. ( ... )
No mais, observe-se a justificativa constante do
requerimento. Em questão não está, sob o ângulo do
objeto. a investigado. em si. de atos praticados pela
impetrante. mas pelos fundos de previdência
complementar mencionados. Ao primeiro exame,
tem-se como relevante o pedido no sentido de se
obstar a quebra dos sigilos bancário. fiscal e
telefônico de quem atuou como mandatário.
portanto. no campo da atividade profission a l.
) intermediando negoclOs a partir de instrução
recebida pelo cliente.
Defiro a medida acauteladora ( ... )."

43. Em 10/ 11/05, ao apreciar e conceder, em favor da empresa

Prática S/A CCTVM, o pedido de medida liminar deduzido nos aut,;:o;;s~d:;:o::...;M


~ S;:;;;õõ--;::iJJ
B,<;\\l,n' n.1/2005 - CN -
25.645, que versava sobre hipótese gêmea, sendo o fundamento do 't'P'AAf.oeCORREIOS
quebra quase idêntico, o e. Min. Gilmar Mendes determinou:
Fls:---IOLll'-ó2,--,_

) MS 25.635/DF; ReI. Min. Marco Aurflio


tl3 JJ8
Doe:
13~ 12
"( ...) Após esta introdução, e considerações sobre a
importância economlca daqueles ' fundos', o
Requerimento relata, ao longo de duas páginas e meia,
informações colhidas em duas reportagens
jornalísticas levadas a efeito em 11 e 13.10.05 pelo
Correio Braziliense fundadas. essencialmente. em
'depoimento' de um determinado cidadão àquele
veículo de imprensa sobre a situação das operações
financeiras dos 'fundos de pensão' -, e, na sua quinta
página, afirma: ( ... ).
Ao decid ir sobre o ped ido de liminar formu lado no MS
0.° 24.98 1 assentei , em matéria de princíp io , seguindo
o entendimento preliminar ali também exarado pelo
Min. Ne lson Jobim (no exercício da Presidência,
despachando no plantão), que 'é vedada a quebra de
sigilos bancário e fiscal com base (exclusivamente)
em matéria jornalística'. conforme já proclamado
pelo Plenário desta Corte nos MS n.o 24.135 (reI.
Min. Nelson Jobim. julg. 03.10.02) e n.o 24.817 (reI.
Min. Celso de Mello, liminar, DJ 14.04.04)."

44. Em decisão de 18/ 11105 , o Min. Celso de Mello também


concedeu li minar em mandado de segurança impedindo a quebra do sigilo bancário,
fi scal e telefônico, verbis:

"( ... ) O exame dessa fundamentação que é genérica


e insuficiente permite r econhecer. na deliberação
que nela se apoiou , uma aparente transgressão ao
mandamento constitucional que impõe. aos atos de
'd isclosure'. a necessária observância, por parte de
qualquer órgão estatal (como uma CPI. p. ex.). do
dever de motivar a adoção de medida tão
extraordinária como a que ora se impugna nesta sede
mandamental.
É preciso advertir que a quebra de sigilo não se pode
converter em instrumento de devassa indiscriminada
dos dados bancários, fiscais elou telefônicos posto
sob a esfera de proteção da cláusula constitucional
que resguarda a intimidade. inclusive aquela de
caráter financeiro. que se mostra inerente às pessoas
em geral.
Não se pode desconsiderar. no exame dessa questão.
que a cláusula de sigilo que protege os registros
bancários. fiscais e telefônicos reflete uma expressiva
projeção da garantia fundamental da intimidade -
da intimidade financeira das pessoas. em particular -
. que não deve ser exposta. enquanto valor
constitucional ue é VÂNIA SICILIA
05-CN-
"A Garantia da Intimidade co
. RREIOS
Fundamental" . 143/147 1999 Lúm
interven ões estatais ou a intrusões
os a
Poder
01 3
.,
D3 33 9
Doe:
14-./13
Públ ico. quando desvestidas de causa provável ou
destituídas de base jurídica idônea."a

45. As deci sões acima transcritas, todas proferidas recentemente


contra atos da "CPMI dos Correios", corroboram O entendimento, cada vez mais
sed imentado neste e. Supremo Tribunal Federal, de que os atos excepcionais de
quebra de sigilo bancário, fiscal e telefôn ico devem guardar corre lação direta e
explícita com os fatos que ensejaram a criação da CPI , o que não ocorre em relação
ao impetrante, razão pela qual confia na concessão do mandamus.

LIMINAR NECESSÁRIA: QUEBRADO O SIGILO,


CONSUMADO ESTARÁ O DANO AO DIREITO DO IMPETRANTE

46. Tendo demonstrado a inexistência de fundamentação suficiente


a ensejar a quebra de seu sigilo fi scal, bancário e telefônico, o impetrante passa a
expor a presença, na espécie, do periculum in mora, o que autoriza o deferimento da
liminar ora requerida.

47. Ora, o impetrante é corretor de valores, sócio de uma


instituição financeira, cujo nome fo i indevidamente envolvido pela CPMI dos
Correios nesse imbróglio ao qual todo o país assiste estupefato.

48. Além disso, com base em suposições infundadas,


desacompanhadas de qualquer indício palpável que se relacione com o objeto da
CPMI dos Correios, fo i determinada a quebra de seu sigilo fiscal, bancário e
telefônico, o que põe em risco sua atividade profissional , cujo sucesso, como
sabido , pressupõe credibilidade e bom conceito junto ao mercado. ,

49. Desse modo, a quebra do sigilo significará, indubitavelmente,


enormes prejuízos para o impetrante, poi s seus clientes certamente passarão a
levantar suspeitas sobre seus negócios e sua empresa.

50. Atento à questão específica da quebra do sigil • CN • ~8,1l005

Prof. Celso Ribeiro Bastos, em obra conjunta com o também e. Prof. fdj~aiidrÇg~REIOS
Silva Martins, assim se manifestou: Fls:_ -,,-
O.=.
1...:;
4_
• Medida Cautelar em Mandado de Segurança 25.668·I·DF. Rei. Min. Celso de Mello
()33 39
Doe:
15~ 14

"A conclusão inexorável é que todos entram em


contato com os bancos e aí deixam registrada uma
parcela de sua vida intima, de tal sorte que a biografia
de um homem poderia ser escrita praticamente a partir
de seus extratos bancários. ( ... )
No desempenho de sua atividade, os ban cos adentram
na vida privada de seus clientes e. mesmo, na de
terceiros, coletando informações da mais variada
ordem. ( ... )
Ass im, com O passar do tempo, o banqueiro veio a
despertar uma confianea. fruto da discrição com
que manipulava as confidências. sua semelhança
com o médico, o advogado. com O sacerdote, todos
merecedores de uma confiança especial. à qual se
ligava a garantia de discrição. C.. )
O fato é que O segredo bancário assentou-se,
firmemente. como proteção a interesses privados.
mas com aprovação social. uma vez que os
banqueiros. já nos primórdios de sua atividade.
eram levados a conhecer negócios. elementos
patrimoniais e até mesmo segredos familiares.
Muito forte era no passado, e continua sendo, hoje,
o sentimento de confiança na discrição do
banqueiro. sobretudo nos países mais desenvolvidos.
social e economicamente, e mais estáveis
politicamente.
Parece certo que o sigilo bancário contempla a
tutela de questões fundamentais da cidadania. como
a protecão das áreas recônditas da personalidade,
pressuposto para fruição de outros direitos
humanos. como a liberdade. a propriedade. a
segurança etc."s (grifou-se)

51. Induvidosa, portanto, a presença do periculum in mora na


espécie, uma vez que a quebra do sigilo bancário da impetrante acarretará, com toda
certeza, prejuízos irreversíveis, dado o iminente prejuízo à sua atividade
profissional, que pressupõe credibilidade junto aos mercado.
)
52. Ademais, a violação de seu direito ao sigi lo de seus dados
(inciso XII do art. 50 da Constituição da República) estará consumada tão logo tais
informações sejam disponibilizadas à CPMI dos Correios (ainda mais diante do
risco sempre presente de vazamento de informações para a mídia ... ).

RQS n' 03/2005 - CN -


53. De fato, já tendo sido determinada a quebra :fe~l4bferi&;g~Rf~S
sigilos, o Banco Central, a Secretaria da Receita Federal e as cone fSÊP,nárias de

J Celso Ribeiro Bastos e Ives Gandra Martins, in Comcnt!rios 11. ConstituiçAO do Brasil, IV Vol., Tom
"pp"rr3 3 39
Doe:
16 c-' IS

telefonia estão prestes a disponibilizar para a CPMI dos Correios as in formações


confidenciais da impetrante.

54. Por esta razão, em hipótese seme lhante, assim decidiu o e.


Min. Carlos VeJloso, in verbis:

" Assim posta a questão. tenho como configurados.


no caso os Te uisitos do umus boni 'uris e do
periculum in mora. que, não deferida a liminar. o
sigilo será quebrad o e a segurança restará
prejudicada. É claro que, se a decisão que decretou
a quebra do sigilo está. ao contrário do alegado.
fund a mentada, poderá a autoridade apontada
coatora, no prazo das informações, trazê-la aos
autos, o que propiciará o reexame da questão.',b
(grifou-se)

55. Portanto, demonstrada a presença, na espécie, do periculum in


mora, faz-se imperiosa a concessão de medida liminar, que suspenda o ato ora
impugnado, determ inando que a CP MI dos Corre ios se abstenha de requisitar

quaisquer informações relativas ao impetrante e que sejam resguardadas pelos

sigilos fisca l, bancário ou telefônico.

CONCLUSÃO

56. Por todo o exposto, requer o impetrante se digne V. Exa.:

(I) deferir medida liminar, inaudita altera parte, a fim sustar os


efeitos do requerimento n.o 145612005, aprovado pela "CPMI
dos Correios", expedindo-se oficio ao Exmo. Sr. Presidente

)
daquela Comissão, para que se abstenha de solicitar a quaisquer
6rgãos informações relativas ao impetrante e que sejam
resguardadas pelo s igilo fiscal, bancário ou telefônico;
(iI) caso a "CPMI dos Correios" já tenha eventualmente
recebido alguma informação sigilosa relativa ao impetrante,
seja a mesma remetida para o Supremo Tribun ""'"3/2
"'waI =O"'O
"5=--"""'C"'N;-;-J-
.
acaute Ia da nestes autos so b regime "1 o d
de 51g1 e 'jU5tl. Ir,
r.PMI '. CORREIOS

(iil) solicitar infonnações à autoridade apontada co 6160ator8; O16

6 MS 23 ,835 MClDF; ReI. Min. Carlos Velloso.


1)3339
Doe:
~l~ 16
(iv) ao final, julgar procedente o pedido, concedendo-se em
definitivo a ordem ora pleiteada, a fim de que a autoridade
coatora seja impedida de solicitar a quaisquer órgãos
informações relativas ao impetrante e que sejam resguardadas
pelo sigilo fiscal, bancário ou te lefônico.

57. Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

58. Por fim. requer o impetrante que todas as publicacões


veiculadas através do Diár io da Justiça sejam dirigidas aos Drs. José Roberto de
Albuquerque Sampaio. OABIRJ nO 15.356 e Antonio Carlos Dantas Ribeiro.
OABIDF 7.064.

N. Termos,
P. Deferi mento.
Rio de Janeiro, 13 de d zembro de 2005.

o
aberto de Albuquerque Sa

vL1~J
Antonio Carl os Dantas Ribeiro -::::::;
OABIDF 7.064

F:\Peliçõe5\STFSTJ\SUSOIIfI ( MS 5TF nDYO).dQo:

RQS n' 03/2005 - CN -


CPMI - CORREIOS

- -017
Fls:
--
033 ;) 9
Doe:
PROCURAÇÃO

Pelo presente instrumento, CEZAR SASSOUN, brasileiro, casado,


corretor de valores, portador da carteira de identidade na 2.902.948, expedida pelo
SSP/SP, inscrito no CPF sob o na 035.474.008-30, residente e domiciliado na cidade
de São Paulo à Av. Dr. Cardoso de Melo 1666, 10 andar, Vila Olímpia, nomeia e
constitui seus bastantes procuradores os Drs. LUIZ ALFREDO TAUNAY, ALFREDO
GUILHERME LUCAS, JOSÉ ROBERTO DE ALBUQUERQUE SAMPAIO, JAYME
SOARES DA ROCHA, DENISE ALEIXO SALGADO DE ALMEIDA, ANDREA
COELHO DE MENDONÇA, ANA CAROLINA BURLAMAQUI DE ALVARENGA
PERON, MARCELO VIEIRA DA FONSECA DE SOUZA MENDES; RICARDO
MAFRA TREU, EVELYN ROSA ARNAUT, SABRINA GLAUCE CAHUÊ DO
PRADO MONTEmO, NICOLAS NOGUEIRA KARLIS, BIANCA DE MORAES
BUGALLO LOPES PEREIRA, JULIA AZEVEDO DUARTE, PATRICK CORDILHA
GHELFENSTEIN, LEONARDO FERREIRA LOFFLER e VIVIANE DA SILVA
SANTOS, brasileiros, advogados os dei primeiros e acadêmicos de direito os ~ete
últimos, inscritQs na Ordem dos Advogados do Brasil sob os nas 15.356, 11.875,
69.747, 81.852, 28.967, 98.476, 113.709, 118.531, 123 .663, 125.838, 128.341-E,
136.788-E, 138.893-E e 140.3 97-E, os três últimos portadores das carteiras de
identidade nas 20976624-5, expedida pelo Detran, 11578783-0 e 12857340-9,
expedidas pelo IFP, inscritos no CPF sob os nas 023.758.777-72,606.726.257-68,
882 .896.647-53, 012.515 . 167-50, 005.645 .037-03, 077.309.807-03 , 031.160.056-56,
082.476.477-37, 087.689.257-86, 082.915.717-40, 084.313.937-42, .052.965.977-88,
104.990.587-39,,'098.007.257-33, 113.024.607-81, 100.840.777-19 e 091.039.497-02,
respectivamente, todo s com escritório nesta cidade, à Av. Rio Branco 125, 13° andar,
in
aos quais confere, solidum ou cada um de per si, independentemente da ordem de
nomeação, todos os p~<leres constantes da cláusula ad jZldicia para o foro em geral, e
especialmente para impetrar Mandado de Segurança contra ato da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito, podendo, para tal [un, elaborar petição inicial,
contestar, juntar e reaver documentos, assinar recursos, desistir, ren~nciar, firmar
compromisso, recorrer para qualquer instância ou Tribunal, dar recibos e quitações,
transigir de toda e qualquer forma, enfim, praticar todos os demais atos necessários ao
fiel desempenho do presente mandato, inclusive substabelecer.

~o de Janeiro, 11 de novembro de 2005 .

RSASSOUN ROS n' 03/2005 - CN -


CPMI· CORREIOS
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RQS n' 03/2005 - CN -


CPMI- CORREIOS

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•. lMfET!\MiT8 ( S ) CEZ~R 'Sl\SSOÜN ' •.
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OUTRO PUS)
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) ~RF,;S IDii:~i'É DII COMI sslIO Pl\RLl\t1ENTl\R
MISTA. Df; ' INQU~RI 'l'O -
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CPN! DOS
., CÓRR8IOS
" .

Culd a"s e oe mandado de segurançA., com


DEC1SÃO
.pedido de ' me dida ' Uminar, impet r ado por CEZl\R . SMSOUN
cont.ra a, ªprovili;ao do RGlquorimanto n' 1179/200$ - no qual
~o ; ;,ol,icitad a a tr ansferência..do s 8ig110" r.>"nc ,~r10, f1,~C8 .1
e tclefOni6o do impotra~t~ - pela Comiss30 Pa r l a me~t~r
M,Í ,ostlt de : ,Inqu~ r ;i to
f o rma.da , Pt' i.~ · .1.nveot1gLlr as caU8a.s ~
corif:H~qlH3nci~y de d .e nún c::ias de: 'atos delituosos prati.cados
:pq r , ageht~(S p'ü~.lico.9 na Empres;;l Br asileir;:.a de Corr.oios e
'Teléço:a'f o's, d9.nóminr,;d<3 ' Cfi:Ml . qO's: c orr-éi os' I

, ..
, A justifi c.a çêiJ pará tal ato é fi mQem,;; ut 1.l.iidcta
, no : r~quei"imento .feito pe.ra ,'3 queb r a d o s s~. g1 1 os banc éri o ,
·. fi-sc~ l :e te l ~fOnico da ct.i.etri'buidQr(J de \talore s e tttll:lO,':I
ln,?b i lib:ri·o5. da qual O. imp Q r-ra1"!te é SÓCio .. LAETA S/A
:D.S'J,'.RIBVI:DORli ,DE TíTULOS E' \lAI.ORES MOBILIÁRIOS -, ob j eto do
Mand~do de segutanç ci .n' 25175 , I mim dlltrl~uldo e ~o~exo a
este;' autos' · (Róq"erim<mto ~ o . l.1116/2005) ,
.: , ,

Sujt~nta-se, ~ob os mesmos ~rgument0$


d~.g e.nvolv.iqos :no MS J:;'ipfe ri clo, a · v .i.o lmç~O doe t'll:tigo :':> 93/
" IX;" 50,
,
:: XII, ,. da cOlÍsUtu
"
i çA''''feder~l,
' .

" . Daí o pedido de. ~in;d!1'::U~ f para que se suspendam


08 efeItos 'do at o ~,mpugnad o 8, cas o 8 CPMI já t~nha
rec~b~do qualquer 1nform~ç~o 81g11 0&8 telativ~ ao
j, ~p & t. r atlte, I'SeJa " meSnla J,"emetidll parti o Sl1pr'emo Tl 'i.burJ.!lJ.
Federal e ~caucelad.a ne.tes au cós ,<ob l'egime de s1.gi 10 de
. justiça" . No mé,rito, pugna ' pel,a do C()r~Ce58l\o · d~finltj Vil
' rn~ndadQ de : 5egur~nça, \\a flom ' de que a .s:utol"id8de coatora
8'e j a lmpédlda . de solic ita!." 8 , Ç]1.I?!ísqu!=r ól:gáoB informações
z'al~tiv;"s 49 iIt!petl:'dllte e qlH!! .sejil.m resgllr'II."dddd:; pelo '
fJi"g i lo .t~is·c.'Jl ! 1:;.:znr=61:i o Ol~ t.el~f6·lliC()" (f, 15) '.

,D~ oido.
RQS n' 03/2005 - CN -
CPMI_ CORREIOS
Odeti o pecti cio de liminar f eit.o no MS ?56Th 0::0
neste~ ' termos ; .- -- ---"'-=-"---

Doe:
03339
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CPMI '. CORREIOS

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.S1·' , ;C9'J19in.''',j~ ,com a, ~ein' 1 ,!F~/5~,!!rj, :?? ,9 , com a C9nslituiQ~O Feocleral, ~m s,eu. , '
'út~, :5';; 'xli e :58. § 3·."qu~ é!\!a, C;PMI ;r!>~ul siie a q l~Abi'a ,do 's)!JlIO bancário. fiscal e
. do ~r.
• lelefÓnlço
. ~...., . . (C~F:t 035.474.008.30),, a parHr de 01 /01 /2000. ~
CE'ZAti< SASSOUN "
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•. fim de ,suP$ldlar. as Inyestigações


. . ' . . . . ,sobre qs' . ,<!tos , delituosos pratlcaoos por agentes.
públicos, mia Correios - Ery,presa Brá~ile\ra de 90rre los' e Telégrafos ,
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, da BMB.F,,' ( RDA-13l0~!Oo 5 " s7bre o,a atuaç~o do clientes: GLOBAL TREND
, ,INVESTMENT LLC é ·i·E~ETRLJST DE RECEBlvEIS S/A) onde SU3 empresa (LAETA
S/A D:rYM) figum cón-,o '? ~rint;lpal das 'intemediadoras llass~s oparações.; .s quais
',t.. " :. .." , . • '. . ' . .: ' •

" ~pre~'eritarlÍ as' n\0ai'n,;;,. cBràclénstlcasdas praticadas pelàs con-(,Iora~; F.\Ónus-Banval •


:. ,
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rR,el~\6rIO$: t';in~ém
• •. ".'
de BM&F: pj.j,·28/07/03 é RDA· 04/06/04), sendo que

" rJmb~'s ~s co;r~ior?s (Bõnus·Banyal e MástNj'já 'tiveran1 os sigilDs quebrados. através , ,


, do~ raguotlmentos i 03 di! 25/08/05 e 1.06 1 de 04,1 0,05. respectivamente,
'o ':' , , ' !'lQS n' 03/2005 • CN .
qu ,seJa. além dq revestimento de láva,lern de dinheiro e rNosão de dlvi M'.MI'C$ CORREIOS
,. Id~l1tiilçeç~o' do' il1o qv~ção do transferência de r~o')r90S da TELETRUSl Pil,ilra ~ 0"<)"
GLOBA!. ·rREND (empre$~l CI~9slflcada como "nlío residente"). foi dbi\erv~ i>;·:, ~'W~~::.~,~
'<lt1pG.ml'"I>IIo~\e~Ml COIUlI!IO~IA.q"~\" e!').(1(./ofO" ~>\I'.i():n:kl~IITO · ('''I.'i) q... .!h · ~<\. , rlJIlo C.om ~ ... ~ •• ,,.....' CP, lf _ n~'~~
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EsS<is " negociações que çontaram,ern quase sua totalidade, com a


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.8$ R$ )lA 1ill!hõ,ss;, fi :28 de Olltl04 a maio/OS: R$ 17 milMes' e à 3a dê mai/jlJlI05 ! R$
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I,. 7 ;: Adam:ais" pel.o; qua ,apuramqs "(cruzamentos
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de' CNPJ/CPF), ala (Si, Césár
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Grns;.oUfl), t~mbém: ).~m parti~iP,açã~ societária na GLOBAL TREND, o quê corrobora
alnd~ rhais: para ,slÍi;p~l,çãoc;l~ t~lso~eriíçõ~s,
, ,

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t~nto
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Ôutiossln\" ,no .aludido Rel<jtórlo RDA'13/o6/05 ,
I· . , ..... . ,
a Sónus-Banval' corl10, 'a
,'...M".ter;, Constàm ' ~o (loupo
.... . ,.... dlÍl 'cli$"t"5
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,Deputado Osmar Serragiio Deputado Ant~nio Carlos M(,galhães Neto


"

, , Relator Sub'relato r
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2M; (JANtOS)
Taunay, Sa mpaio & Rocha
ADVOGADOS

EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SU PREMO TRIB UNA L FEDERA L.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERt L


COold~lla()ona d~
Proc.~ssatl1€'!110 Iniciai
2211112005 11 :05 136267
1111111 11111 ~II/ 1111/ 1111111111111111111111111 11111 111111111 !11

CEZAR SASSOUN, brasileiro, casado, co rretor de valores,


portador da carteira de identidade nO 2.902.948, expedida pelo SSP/S P, inscrito no
CPF sob o nO 035.474.008/30, residente e domiciliado na cidade de São Paulo na
Av . Dr. Cardoso de Melo 1666, }O andar, vem, por seus advogados (doc. I), com
fulc ro no art. ]0 da Lei 1.533/5 1, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

contra ato do EXMO. SR. PRES ID ENTE DA COM ISSÃO PARLAMENTAR


MISTA DE INQUÉRITO - CPMI DOS CORRE IOS, pelos fatos e fundamentos
. jurídicos que passa a expor:

OS FATOS QUE DERAM ORIGEM À IMPETRAÇÃO

I. Em 25/5/05, foi instaurada Comissão Parlamentar Mista de


Inquérito, nos termos do § 3° do art . 58 da Constitu ição Federal, com o propósito de
"apurar, no prazo de 180 (cento e oitenta dias), responsabilidade~elos atos
RQ§_n' 0312005 - CN -
delituosos denunciados pela Revista Veja que teriam sido pra 'é~~s .. perORREIOS
agentes públicos na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos n.
Fls.:,r _ yO-,r':.;4>-.-=

I Av. Rio Branco 125 113° and~r Rio de janf iro Rj cfpl20040 006 tellZ22 4 233S [~xI2242 3172 rallnay@ uII3yadv.J,lll3 39
Doc~:=====.J
~Iooo DI! _ ç . . l o
2 22/11 /2005

I
MINISTÉRIO DA FAZENDA
""""'ERa DO CI'I' OU CGC
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 3 00 .531 .640/0001-28
J Documento de Arrecadação de Receitas Federais 4 ÇOO>GOOAAEC. ,TA
1505
DARF 5 OIÚMfROot! A!~tRtHc ...
"
I·. P~-ST~. !,~ O ~362 671 2005 :. _ J'
OATA DE VfHe'''EN'TO
6 29111 /2005
-~- 7 VAlOII PflICIP.....
RS 96,93
,UPREM O TRIBUN AL FEDERALlI61) 217 - 3000 8 VAUlfI 0.0 ........ r ..

V....OII 00$ -U'IOS I;IOU


9 (HCAAGOS 00. • • 1»54.

UST~ JUDICIAIS) '


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ROS n' 0312005 ' CN •


CPMI " CORREIOS

Or; ";
Fls:,_--,,-,,-
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" __

03 339
Doe:
'~=="-'
2

2. Em 25110/05, atendendo ao requerimento nO 11 79, da aC ima


mencionada "CPM f dos Correios", foi decretada a quebra de sigilo fisca l, bancário e
telefônico do impetrante (doc. 2).

3. Por conta da mencionada decretação de quebra do seu sig ilo


bancá rio, fisca l e telefônico, o impetrante sofreu ilegal invasão da sua privacidade.
Ocorre que tal quebra é abusiva, pois a autoridade impetrada ex trapolou os limites de

sua competência, afastando-se, por completo do objeto de invest igação da CPM f, qual
seja, de apuração da "responsabilidade pelos atos delituosos denunciados pela
Revista Veja que teriam sido praticados por agentes públicos na Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos",

DA ATIVIDADE PROFISSIONAL DO IMPETRANT E E DA ABSOLUTA


INEXISTÊNCIA DE QUALQUER RELA ÇÃO DO IMP ETRANTE COM OS
CORREIOS

4. O impetra nte é profi ssiona l do me rcado fi na ncei ro, sóc io de


uma distribu idora de títulos e valores mobil iários denom inada LAETA SA DTVM,
que foi fundada há mais de 20 anos. O impetrante nunca exerceu outra at ividade
que não fosse relacionada à sua empresa LAETA.

5. O impetrante j amais ce lebrou qual quer contrato ou manteve


qualquer relação co me rcial com a Empresa Bras ilei ra de Co rreios e Telégrafos -
ECT.

6. A C PMI dos Corre ios, através do Requerimento nO 117912005,


requereu de forma arbitrária e injustificada a quebra do sigi lo bancário, fiscal e
telefônico do impetrante sob o fu ndamento de que do is c lientes da LAETA teriam
realizado operações irregu lares supostamente causando prejuízo a Fundos de pensão .

7. Surpreendentemente, ao Invés de direc ionar o pedido de


quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico das duas empresas que rea lizaram as
supostas operações irregulares, TELET~UST DE RECESivEIS S/A e GLOBA L
TREND INVESTMENT LLC, foi pedida a quebra em relação ao i =:-."'C"'N"""
simples fato deste ser sócio da LAETA, institu ição fi nance ira que i r,,~:\;j!f!\bú· nl'O'RFtEllm; I
BM&F as operações das 2 em presas, TELETRUST e G LO BA L

03339
3
8. É de se indagar: se estas duas empresas mantivessem seus
recursos depositados ju nto ao Banco Bradesco ou Banco ltaú , p.ex., que por óbvio
teriam movimentado seu s recursos, a CPMI também estaria requerend o a quebra do
sigilo bancário, fi scal e telefônico dos sócios dessas institui ções fin anceiras ?

9. Resposta: obviamente que não!

10. Para que não haja dúvida de que a justificativa da CPMI dos
Correios para qu ebrar o sigilo bancário, fiscal e te lefônico da impetrante se deu pelo
simples fato de ser sócio da empresa que intermed iou as operações dos doi s
investidores citados, confira-se o próprio teor do Requerimento nO 1179/2005:

"Por estar envolvido em operações irregulares ,


conforme rel atório de auditoria da BM&F (RDA-
13/6/05 , sobre a atuação de clientes: GLOBAL
TREND INVESTMENT LLC e TELETRUST DE
RECEBivEIS S/A) onde sua empresa LAETA
S/A DTVM) figura como a principal das
intermediadoras dessas operações ...

11. Portanto, no próprio requerimento de quebra j á fica claro que


pelo simples fato de ser sócio da LAETA S/A DTVM, que intermediou as
operações na BM&F, o impetrante está sofrendo devassa indiscriminada dos seus
dados pessoais, sem que exista nenhuma justificativa concreta de sua participação
quanto ao objeto de investigação da CPMI dos Correios.

12. D.v, é inadmi ss ível que pel o s imples fato de ser sócio da
LAETA, que sequer é acusada de ter praticado ope rações irregulares - fatos
supostamente imputados à GLOBAL TREND E TELETRUST - o im petrante
venha a sofrer tão grave invasão em sua intimidade, cuja proteção tem garantia em
cl á usula co nstituci onal.

13. Causou igual perplexidade a afirmativa constante do


Requerimento nO 1179/2005 de que o impetrante teri a participação societária na

GLOBAL TREND . Trata-se de afirmativa totalmente inverídica e que não

corresponde com a realidade dos fatos: o impetrante não tem qualquer participação
na citada GLOBAL TREND INVESTMENT LLC. HQS ,,' Q3/2005 ' CN ·
CPMI '- CORREIOS

14. Os fato s acima narrados, d. v., já demonstram o direito iqUldo e '


Ot;,.,
Fls:=.--~-::...;.I_

certo do impetrante de ver preservada a sua privacidade mas, no entanto, também "

Doe:
fi3 :13 .:J
4
por razões de direito, que abaixo serão devidamente assinaladas, outros motivos
justifi cam a concessão do presente writ.

PEDIDO DE QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO, FISCAL E TELEFÔNICO


DO IMPETRANTE NÃO TEM NENHUMA CORRELAÇÃO COM OS
FATOS QUE DETERMINARAM A CRIAÇÃO DA CPMI DOS CORREIOS

15. Como sabido, as Comissões Parlamentares de Inquérito, no


desempenho dos poderes de investigação que lhe são conferidos pelo § 3° do 3rt. 58
da Constituição Federal, devem observar certos requ isitos e limitações, tal como
oco rre em re lação aos atos emanados dos órgãos judiciários.

16. Quando se trata de atos excepcionais, como a quebra do sig il o


bancário, fi sca l e telefônico, justamente a hi pótese ora em comento, o ato
necessariamente deve conter fundamentação adequada e nexo entre o fundamento
da quebra dos sigilos e o objeto da investigação da CP MI.

17. Ainda que se evidencie, no caso das investigações, elementos


comprometedores da idone idade de pessoas físicas ou ju rídicas, se esses elementos
não guardarem relação com o objeto determinado e de limitado pel o ato instaurador
da CPI , não há como se cogitar de quebra de sigilo nesta sede. Celso Ribeiro Bastos
é esclarecedor sobre o tema:

"Mas a CP I não tem qualquer função fiscalizatória da


sociedade, enquanto decomposta em entidades civis,
em empresas e muito menos em indivíduos. É certo
que, sob o aspecto amplo da atuação das CPl s, nen hum
fato social que possa ter relevo a ponto de vir justificar
medidas futuras de ordem leg islativa pode ficar fora do
seu poder fi scal izatóri o. No entanto, não se. pode
descartar a possibilidade de, no cu rso das
investigações, surgirem e lementos comprometedores
da idoneidade de pessoa físicas ou jurídicas. Contudo, a
investigação da responsabilidade dessas pessoas está
fora da competência da CPI. Os eventuais ilícitos
existentes só são relevantes na medida em que possam
colaborar para a evidenc iação de algum ~~~~!~~~~~
qua l quer-se emiti r algum juízo de
possibilitar exatamente a formulação
políticas que orientem a atuação do L~;~~1~\;::;e~d:o~~O!.:~~8~
Poder Público em geral. Portanto, o direito
esbarra tanto no direito à intimidade, como direitos
fundamentais em geral. A ação fis,oaLIiza,t ór!a das CPls \ r 3 .,
I, .j "
5
tem que ser exerc ida com observância dos direitos
fundamentais. Submeter pessoa ou entes às atividades
destes órgãos que funcionam inqu isitorial mente seria
regredir para uma fase anterior à do estado de direito.,,1

18 . Pois bem. No requerimento nO 1179/2005 que motivou a


quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico da impetrante, a justificativa para a
adoção do ato excepcional foi a seguinte:

"Por estar envolvido em operações irregulares,


conforme Relatório de Auditoria da BM&F (RDA~
13/06/05, sobre a atuação de clientes: GLOBAL
TREND INVESTIMENT LLC e TELETRUST DE
RECEBÍVEIS S/A) onde sua emp,esa (LAETA S/A
DTVM) figura como a principal das intermediadoras
dessas operações ..... "

19. A fundamentação para quebra do sigi lo bancário, fiscal e


telefônico do impetrante, como acima transcrito, não deixa dúvida de que não se
relaciona com o âmbito de competência e atuação da CPMI, não se podendo
vislumbrar, ne m ao largo, qua lqu er nexo ou conexão entre as supostas práticas

irregulares citadas no requerimento e O objeto de investigação da CPMI dos


Correios, de apurar "responsabilidade pelos atos delituosos denunciados pela

Revista Veja que teriam sido praticados por agentes públicos na Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos ".

20. Na verdade, as citadas operações irregulares dizem respeito a


supostas operações envolvendo interesse de entidades privadas de previdência
complementar (vide Requerimento 1156/2005 onde foi ped ida a quebra de sigilo de
Lae'a SI A DTVM).

21. Como se vê, enquanto a CPMI dos Correios tem o objetivo de


"investigar as causas e conseqüências de denúncias de atos delituosos praticados
por agentes públicos nos Correios" (doc. 3), o ato ora impugnado foi concebido
com "o oh 'etivo de a"urar irre(mlaridades em onera('ões dessas instit . - ~ Que
RQS n" o:JI2005 • CN •
envolvam o interesse de Entidades Privadas de Previdência Comnlement ~r1pMI .• CORREIOS

Fls rr:; 9

I Celso Ribeiro Bastos, in Comentario li ConstÍluiçao do Brasil, Saraiva, vol. 4°. tomo I. p. 276.
!l33 3Cl
Doe:
6

22. Ind aga-se: qual a relação entre irregularidades praticadas nos


Co rreios e as operações financeiras dos fundos de pensão ou o fato do impetrante
ser sócio de uma empresa que foi mera intermediadora junto a BM&F de operações
entre 2 clientes seus? D.'v., não há.

23. Na verdade, a fundamentação do ato coator demonstra,


inequivocamente, que a CPMI dos Correios pretende se desviar, por completo, do
objeto de sua in vestigação - fraudes nos contratos da ECT- para desdobrar-se sobre
operações realizadas por empresas privadas com fundos de pensão de fu ncionários
de empresas estatais.

24. Registre-se, a propósito, que o impetrante sequer fez parte das


supostas operacões realizadas com os fundos de pensão. O impetrante é tão so mente
sóc io da instituição fin anceira que intermediou essas operações na BM&F. Repita-
se: o impetrante não tem nenhum vínculo seja comercial ou pessoal com a Empresa
de Correios e Telégrafos.

25. À toda evidência, o ato ora impugnado faz menção a fatos que
não têm a menor li gação com aqueles objeto da investigação da CPMI dos Co rreios,
em flagrante violação do art. 58, § 30 da Constituição da República, entre outros,

como se explicitará mais pormenorizada mente adiante.

26. Em hipótese em tudo idêntica à presente, apreciando tam bém


ato emanado da CPMf dos Correios, o Mi n. Sepú lveda Pertence deferiu liminar no
MS 25.631 impedindo a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico, sob os
segu intes fundamentos:

"É induvidoso que ao poder instrutório das CPls


hão de aplicar-se as mesmas limitações
materiais e formais oponíveis ao poder
instrutório dos órgãos judiciários.
Limitação Jelevantissima dos poderes de
decisão do juiz é a exigência de mo ãn':r.O:::3~/2:;:O~05;---;C::;N"'-'
hoje, com hierarquia constitucional ex '" CORREIOS
CF, art 93, IX: (... ) O3O
De resto , se se cogita de CPI, a escr losa
observãncia do imperativo constituci rn".'a~l'""'d"e- - - -
motivação serve ainda a vi abilizar o ontrole
Ooc;
03 338
7
jurisdicional de conter-se a medida nos limites
materiais de legitimidade da ação da comissão,
em particular, os derivados de sua pertinência
ao fato ou fatos determinados , que lhe
demarcam os lindes da investigação .
No MS 23.964 (Plenário, Celso de Mello, DJ
21 .06.2002), acentuou-se que a quebra de
sigilo que não indica os fatos concretos e
precisos referentes à pessoa sob investigação
constitui ato eivado de nulidade: neste juizo
inicial, parece ser o caso." 2

27. Mais recentemente ainda, também aprec iando hipótese similar


contra ato oriundo da CPM I dos Correios que determinou a quebra de sigilo
bancário, fi scal e telefônico , o M in . Marco Auréli o concedeu liminar em mandado
de segurança em decisão ass im funda men tada: 3

"( ... ) cuida-se de requerimento que envo lve a impetrante


por haver atuado em interm ediação de negócios como
mandatária o u depositária dos recursos das entidades.
Daí se dizer do descompasso entre a justificativa
apresentada e o objeto do requerimento. ( ... )
No mai s, obse rve-se a justificativa constante do
requerimento. Em questão não está, sob o ângu lo do
objeto, a investigação, em si, de atos praticados pela
impetran te, mas pel os fundos de prev idência
complementar mencionados. Ao primeiro exame, tem-se
como relevante o pedido no sent ido de se obstar a
quebra dos sigi los bancário, fi sca l e telefôni co de quem
atu ou como mandatário, portanto, no campo da
atividade profissional, intermediando negóc ios a partir
de instrução receb ida pelo cliente.
Defi ro a medida acauteladora para, até o julgamento
final deste mandado de segurança, obstaculizar a citada
quebra, não fi cando afastada a possibi lid ade de a
Comissão Parlamentar Mista de Inqu érito vir a ana lisar
o requer imento formulado - de no 11 74 de 2005 - , no
que se poderá chegar até mesmo no prejuízo dessa
impetração. (Mandado de Segurança 25635-4/DF)

28. Em outra decisão, proferida em Mandado de Segu rança contra


ato da mesma CPMI dos Correios, o Mi n. Celso de Mello também concedeu a
liminar impedindo a quebra do sigilo bancário, fiscal e te lefôn ico sob o fun fi~
;;::;:-:nl';;-;:03~/:;20;;;O:;;5:-_"CC"'N"'_
CPMI '. CORREIOS
de que a justificativa do pedido de quebra seria genérica e insufic ien , aliás
Fls

011.
1 MS 2S.63 IIOF; ReI. Min. Sepúlyeda Pertence.
J MS 2S.63SIOF; Rc1. Min. Marco Aurelio Doe: Cl33 39
8
exatamente como ocorre na presente hipótese. Confira-se o seguinte trecho da
referida decisão:

"Com efeito, a CPM I dos Correios, ao acolher o


Requerimento nO 1219/2005, formulado pelo Deputado
Carlos Willian , autorizou a transferênc ia de dados
reservados concernentes aos registros bancários, fi scais
e telefônicos da ora impetrante - cuja quebra de sig ilo
foi decretada por esse órgão de investigação parlamentar
apoiando-se, para tanto, em pedido assim
fundamentado (fls. 115):
"Por estar envolvida, direta ou indiretamente, no
caso de possível favorecimento a 'Brokers',
conforme Relatório Preliminar n° 1 CPMl dos
Correios - Subrelatoria do IRE. "
O exame dessa fundamentação - que é genérica e
insuficiente - permite reconhecer, na deliberação que
nela se apoio u, uma aparente transgressão ao
mandamento constitucional que impõe, aos atos de
'd isclosure' , a necessária observância, por parte de
qualquer órgão estatal (como uma CPI, p. ex.), do dever
de motivar a adoção de medida tão extraordinária como
a que ora se impugna nesta sede mandamental.
É preciso advertir que a queb ra de sigilo não se pode
converter em instrumento de devassa ind iscrim inada dos
dados - bancários, fisca is e/ou te lefônicos - posto sob a
esfera de proteção da cláusu la constitucional que
resguarda a intimidade, inclusive aquela de caráter
finance iro, que se mostra inerente às pessoas em geral.
Não se pode desconsiderar, no exame dessa questão,
que a cláusula de sigilo que protege os registros
bancários, fi scais e telefônicos reflete uma express iva
projeção da garantia fundamenta l da intimidade - da
intimidade financeira das pessoas, em particu lar -, que
não deve ser exposta, enquanto valor constitucional que
é (VÂN IA SICILIANO AIETA, "A Garantia da
Intimidade como Direito Fundamental", p, 143/ 147 ,
1999, Lúmen Júris), a intervenções estatais ou a
intrusões do Poder Público, quando desvestidas de causa
provável ou destituídas de base jurídica idônea.,,4

29. As decisões acima transcritas, todas proferidas recentemente

contra atos da CPMI dos Correios, corroboram o e ntend imento cada vez mais

sedimentado neste e. Supremo Tribunal Federal de que os atos excepcionais de

quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico devem guardar correlação ""'~""e!~"ff'''''OO:3:;/2:::0-;O05'''--'''


C::-N'-'
­

demonstrada com os fatos que ensejaram a criação da CP!. CPMI '- CORREIOS
O')')
Fls: _ _=--J_'-_ _

• Medida CButelar em Mandado de Segurança 2S.668· 1-DF. ReI. Min. Celso de Mello
Doe: 033 33
9

30. No caso do impetrante, como aCIma demonstrado, d.v., não


existe qualquer correlação entre a fundamentação do pedido de quebra do seu sig il o
e os fatos que originaram a CPMI dos Correios, razão pela qual confia, d.v., na 33
concessão do presente writ. ---
IMPOSSIBILIDADE DE VIOLAÇÃO DA INTIMIDADE DO IMP ETRANTE
POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO RELEVANTE:
OFENSA AOS ARTS. 5°, XII E 93, IX DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

31. A quebra de sigilo é uma medida de exceção, somente


admissível em hipóteses excepcionais, quando sua fundamentação evidenciar "com

apoio em base empírica, idônea, a necessidade objetiva da adoção dessa medida


extraordinária" (MS 23.952; reI. Min. Celso de Mello).

32. Caso a necessidade da adoção da medida não esteja


suficientemente fundamentada, esta não pode ser autorizada, sob pena de configurar
vio lação ao princípio constitucional insculpido no art. 93, IX da Constituição da

República e, por conseqüência, àq uele inserto no art. 5°, XII da mesma


Constitu ição.

33 . Neste sentido poder-se- ia citar, v.g:

"A quebra do sig ilo fiscal. bancário e telefônico de


qualquer pessoa sujeita a investigação legislativa
pode ser decretada pela Comissão Parlamentar de
Inqu érito desde que esse órgão estata l o faça
med iante deliberação adequadam ente
fundamentada e na qual indiq ue, com apoio em
base empirica idônea, a necessidade ob jetiva da
adoção dessa med ida extraord inária ." 5 (grifou-se)

"MANDADO DE SEGURANÇA. COMISSÃO


PARLAMENTAR MISTA DE INQUÉRITO. QUEBRA
DE SIGILO BANCÁRIO, FISCAL E TELEFÔNICO.
FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. NULIDADE DO
ATO IMPUGNADO. PRECEDENTES.
1-( ... ) " a S n' 0312005 - CN -
11 - Meras ilacões e coniecturas des ' . s· de ORREIOS
aualauer evidência material não têm o condão de
'ust ificar a runtura das oarantias con firucionais 033
I MS 23 .652fDF; ReI. Min. Celso de Mello.
()3339
Doe:
10
preconizadas no artigo 5 °, X e XII da Constituição
Federal.,,6 (grifou-se)

34 . Ora, como visto acima, a fundamentação do ato ora impu gnado


não aponta, nem de longe, qual seria a necessidade da quebra de sigi lo da
impetrante, considerando-se o escopo da investigação levada a efeito segund o seus
parâmetros inicialmente estabelecidos. De igual modo, não descreve os fatos
concretos e prec isos qu e ajustificariam.

35. Mas não é só. O ato ora impugnado, d. v. , não está


fund amentado con forme ex ige a jurisprudência deste e. Supremo Tribunal, pOI S

apo iado, essencialmente, em circun stâncias vagas.

36. Em 10/ 11105, ao aprec iar e conceder, em favor da empresa


Prática S/A CCTVM, o pedido de medida liminar deduzido nos autos do MS
25.645, que versava sobre hipótese gêmea, sendo o fundamento do pedido de
quebra quase idêntico, o e. Mi n. Gi lmar Mendes determin ou (doc. 4):

"A justificativa geral do Requerimento n.O 1.1 6012005 ,


aprovado pela 'CPM I dos Correios' em 25.10.05, é o
interesse da sociedade bras ileira em exercer constante
v igil ância no uso dos recu rsos ori undos dos fund os de
pensão vincu lados às empresas estatais, 'em virtude de
contarem com a participação soc ietária dessas
entidades' .
Após esta introdução, e considerações sobre a
importância econom lca daqueles 'fundos', o
Requerimento relata, ao longo de duas páginas e meia,
informações colh idas em duas reportagens
jornalísticas levadas a efeito em 11 e 13.10.05 pelo
Correio Braziliense fundadas , essencia lmente, em
'depoimento' de um determinado cidadão àquele
veícu lo de imprensa sobre a situação das operações
financeiras dos 'fundos de pensão ' -, e, na sua quinta
página, afirma: ( ... ).
E conclui com mais um parágrafo, onde descreve a
referida ' fraud e' a partir de informações (que não
indi ca como colhidas) de um Delegado de Po líc ia que a
investigou.
(. .. )
Ao decidir sobre o pedido de liminar formll la<\<
n.o 24.98 1 assentei, em matéria de princípio,
° entendimento preliminar a li também
Min. Ne lson Jobim (no exercício da
despachando no plantão), que ' ~~!l!!!.!J!.JI$m[!!;r-lohl""'-

GMS 24.029-6IOF; ReI. Min. Mauricio Corr~a. 033 39


11
sigi los ba n cário e fiscal com base (exclus ivamente)
em matéria jorn alística', co nfo rm e já proclamado
pelo P lená ri o desta Corte nos MS n. 24.135 (re I.
D

M in. Nelson Jobim , julg. 03.1 0.02) e 0 ,° 24.817 (reI.


Mi n. Celso de Me llo, li minar. DJ 14.04.04),"

37. Ressalte-se, Exa., a similitude existente entre o precedente


referido no item 36 supra e a espécie comprova que, na espécie, com muito mais
razão, não se pode admitir a quebra do sigilo do impetrante.

38. Forçoso concluir, pois, que a quebra do sigilo da impetrante, a


exemplo do que já decidiram o Min. Sepúlveda, Min. Gilmar Mendes, Min. Marco
Aurélio e Min. Celso de Mello, viola, o disposto no art. 93, IX da Constituição da
República, e, por conseqüência, o princípio insculpido no art. So, XII da mesma
Constituição, razão pela qual não pode ser admitido.

LIMINAR NECESSÁRIA: QUEBRADO O SIGILO,


CONSUMADO ESTARÁ O DANO AO DIREITO DO IMPETRANTE

39. Tendo demonstrado a inexistência de fundamentação suficiente


a ensej ar a quebra de seu sigilo fiscal, bancário e telefônico, o impetrante passa a
expor a presença, na espéc ie, do periculum in mora, O que autoriza o deferimento da
liminar ora requerida.

40. Ora, o impetrante é corretor de valores, sócio de uma


instituição financeira, cujo nome foi indevidamente envolv ido pela CPMI dos
Correios nesse imbróglio ao qual todo o país assiste estupefato.

41. A lém disso, com base em supos ições infundadas,

desacompanhadas de qualquer indício palpáve l que se relacione com o objeto da


CPMI dos Correios, foi determinada a quebra de seu sigilo fiscal, bancário e
telefônico, o que põe em risco sua atividade profissional, cujo sucesso, como
sabido, pressupõe credibilidade e bom cónceito junto ao mercado.

RQS n' 0312005 • CN •


42. Desse modo, a quebra do sigilo significará, indubita\ ~Mlte ,· CORREIOS
enormes prejuízos para o impetrante, pois seus clientes certamente pa sht.,~O:uaL-lCJ.)";~)';:;;~'­
levantar suspeitas sobre seus negócios e sua empresa.

DoJ 13 3J 9
12

43. Atento à questão específica da quebra do sigilo bancário, o e.


Prof. Ce lso Ribeiro Bastos, em obra conjunta com o também e. Prof. lves Gandra da
S ilva Martins, assim se manifestou:

"A conclusão inexorável é que todos entram em


contato com os bancos e aí deixam registrada uma
parcela de sua vida íntima, de tal sorte que a biografia
de um homem poderia ser escrita praticamente a partir
de seus extratos bancários . (. .. )
No desempenho de sua atividade , os bancos adentram
na vida privada de seus cli entes e. mesmo, na de
terceiros, coletando informações da mais variada
ordem . ( ... )
Assim, com o passar do tempo, o banqueiro veio a
despertar uma co nfiança, fruto da disc rição com
qu e manipulava as confidências, sua se melhança
com o médico, o advogado, com o sacerd ote, todos
merecedores de urna confiança especial, à qual se
ligava a l!arantia de discrição. ( ... )
O fato é qu e o segredo bancário assentou-se,
firmeme nte. corno proteção a interesses privados,
mas com aprovação social. urna vez que os
banqueiros. já nos primórdios de sua atividade.
era m levados a conhecer negócios, elementos
pa trimoniais e até mesmo segredos familiares.
Muito forte era no passado. e continu a sendo. hoje.
o sentimento de confiança na discrição do
banqueiro. sobretudo nos países mais desenvolvidos,
social e economicamente, e mais estáveis
politicamente.
Parece certo que o sigilo ba ncário contempla a
tutela de questões fundamentais da cidadania, corno
a proteção das áreas recônditas da perso nalidade.
pressuposto para fruiç ão de outros direitos
humanos. como a liberda d e. a propried ade. a
segurança etc.'" (grifou-se)

44. Induvidosa, portanto, a presença do periculum in mora na


espécie, uma vez que a quebra do sig ilo bancário da impetrante acarretará, com toda
certeza, prejuízos irreversíveis, dado o iminente prejuízo à sua atividade
profissiona l, que pressupõe credibilidade junto aos mercado.

45. Ademais, a violação de seu direito ao sigilo de elle;: (bufoe;:


RQS n' 0312005 - CN -
(inciso XII do art. 50 da Constituição da República) estará consumada t tPMP taitORREIOS
Fls...
, _ __ 0 30
_-

1 Celso Ribeiro Bastos e lves Gandra Manins, jn Comentários à Constituição do Brasil, IV Vol.. Tomo I, p.2781279.

033:)9
Doe:
13

informações sejam disponibi lizadas à C PMI dos Correios (ainda mais diante do
risco sempre presente de vazamento de informações para a mídia ... ).

46. De fato, já tendo sido determ inada a quebra dos referidos


sigi los, o Banco Central, a Secretaria da Rece ita Federal e as concessionárias de
telefonia estão prestes a disponibilizar para a CPMI dos Co rreios as informações
confidenciais da impetrante.

47. Por esta razão, em hipótese semelhante, assIm dec id iu o e.


Min. Carlos Vell oso, in verbis:

"Ass im posta a questão. tenho como configurados,


no caso. os requisitos do fum us bani juris e do
perteu/um in mora. É qu e. não deferida a liminar, O
sigilo se rá quebrado e a segurança restará
prejudicad a. É claro que, se a decisão qu e decretou
a quebra d o sigilo es tá. ao contrário do a legado.
fundament ada. poderá a autoridade apontada
coatora. no prazo das informações. trazê-Ia aos
autos, o qu e propiciará o reexa me da guestão."s
(grifou.se)

48. Portanto, demon strada a presença, na espécie, do pericu/um in


mora, faz-se imperiosa a concessão de medida liminar, que suspenda o ato ora
im pugnado, determinando que a CPMI dos Correios se abstenha de requ isitar

quaisquer informações re lativas ao impetrante e que sejam resguardadas pelos


sigil os fi scal, bancári o ou telefõnico.

CONCLUSÃO

49. Po r todo o exposto, requer a impetrante se digne V. Exa.:

(i) deferi r medida liminar, inaudita altera parte, a fim sustar os


efeitos do ato coator descrito em 2 supra, expedindo-se ofício
ao Exmo. Sr. Presidente da CPM I dos Correios, para que
aque la autoridade se abstenha de solici tar a quai squer órgfli!Q
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info rmações relativas à impetrante e que sejam resguarda ~.rMI .~ CORREIO
pelo sigilo fiscal, bancário ou telefônico; Fls: 037
..'
• MS 23 .835 MCJDF; ReI. Min. Carlos Velloso. í
D .
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14

(ii) caso a CPM I dos Correios já tenha eventualmente recebido


alguma informação sigi losa rel ativa ao impetrante, seja a
mesma remetida para o Supremo Tribunal Federal e acaute lada
nestes autos sob regime de s igilo de justiça ;

(iii) so licitar informações à autorid ade apontada co mo coatora;

(iv) ao fina l, julgar procedente o ped ido, concedendo-se em


definiti vo a ordem ora pleiteada, a fim de que a autoridade
coatora seja im pedida de so licitar a quaisq uer órgãos
informações relativas ao impetrante e que sejam resguardadas
pelo s igilo fi scal, bancário ou telefônico.

50. Dá-se à causa o va lor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

N. Termos,
P. Deferimento.
Brasília, 2 1 de novembro de 2005.

José Roberto Sampai o


OAB/R! 69.747

Antonio Carlos Dantas Ribe iro


OABIDF n. 7.064

PISlfSljlCa.lr salroun MS S;lilo banc1rio

RQS n' 03/2005 • CN •


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Seção de Protocolo de Petições
Telefones 3217-3629 e 3217-3626. fax 3321-6194 e 3321-6707.

TERMO DE JUNTADA
Aos 1.1-.dias do mês de R61.$;k Dito de 2005, junto a estes autos o
COMP OVAN e D REC LHIMENTO DE CUSTAS que se segue . .•••
.u.~~dl..""-""-_t.U Chefe da Seção de Protocolo de Petições,

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