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Durante o processo de oxidação dos ácidos graxos no fígado dos seres humanos e da

maioria dos outros mamíferos, o acetil-CoA (acetilcoenzima A) formado pode entrar


no ciclo do ácido cítrico ou pode ser convertido nos denominados “corpos cetônicos”,
ou seja, em acetoacetato, D-β-hidroxibutirato e acetona, que são exportados para
outros tecidos através da circulação sanguínea.

Acetilcoenzima A

A acetona, que é produzida em menor quantidade do que os outros compostos,


é exalada. O acetoacetato e o D-β-hidroxibutirato são transportados pelo sangue até
alcançarem os tecidos extra-hepáticos (por exemplo, músculos esqueléticos, cardíaco,
córtex renal), onde ocorre a oxidação desses compostos por meio da via do ciclo do
ácido cítrico para fornecer grande parte da energia requerida por esses mesmos tecidos.
O cérebro, que normalmente usa apenas a glicose como combustível, em condições de
necessidade (fome), quando a glicose não está disponível, pode adaptar-se para utilizar
o acetoacetato ou o D-β-hidroxibutirato na obtenção de energia.

Acetoacetato

A disponibilidade de oxalacetato para iniciar a entrada do acetil-CoA no ciclo do ácido


cítrico é o principal fator determinante da via metabólica que será tomada pelo acetil-
CoA na mitocôndria do fígado. Em certas circunstâncias, como no jejum, as moléculas
de oxalacetato são retiradas do ciclo do ácido cítrico e utilizadas na síntese de moléculas
de glicose (gliconeogênese). Quando a concentração de oxalacetato está muito baixa,
pouco acetil-CoA entra no ciclo de Krebs e, assim, a formação de corpos cetônicos é
favorecida.

A produção do composto em questão pelo fígado e sua exportação para os tecidos extra-
hepáticos, em geral, permitem a oxidação continuada dos ácidos graxos no fígado,
mesmo quando não há a oxidação do acetil-CoA por meio do ciclo do ácido cítrico.

Acetona
O primeiro evento para a formação do acetoacetato a nível hepático é a condensação
enzimática de duas moléculas de acetil-CoA, cataliada pela enzima tiolase. Então, há a
condensação do acetoacetil-CoA em acetil-CoA para originar o β-hidroxi-β-
metilglutaril-CoA, o qual é quebrado para formar acetoato livre e acetil-CoA.

O acetoato livre é reduzido em D-β-hidroxibutirato, através de uma reação reversível


catalisada pela enzima D-β-hidroxibutirato desidrogenase. O acetoato é facilmente
descarboxilado; o grupo carboxila pode ser perdido espontaneamente ou pela ação da
acetoacetato descarboxilase.

D-β-hidroxibutirato

Nos tecidos extra-hepáticos o D-β-hidroxibutirato é oxidado até acetoacetato pela D-β-


hidroxibutirato desidrogenase. O acetoacetato é ativado para dar origem ao éster da
coenzima A por transferência do CoA do succinil-CoA (intermediário do ciclo do ácido
cítrico), em uma reação catalisada pela β-cetoacil-CoA transferase. O acetil-CoA é
então clivado pela enzima tilose, liberando suas duas moléculas de acetil-CoA que, por
sua vez, entram no ciclo do ácido cítrico.

A produção e a exportação dos corpos cetônicos pelo fígado permitem a oxidação


continuada dos ácidos graxos, mesmo com uma mínima oxidação do acetil-CoA a nível
hepático. Isso ocorre, por exemplo, quando os intermediários do ácido cítrico estão
empregados para a síntese de glicose, através da gliconeogênese, a oxidação dos
intermediários do ciclo do ácido cítrico diminui e o mesmo ocorre com a oxidação do
acetil-CoA. Além disso, o fígado possui uma quantidade limitada de coenzima A e,
quando a maior parte dela está ligada nas moléculas do acetil-CoA, a β-oxidação dos
ácidos graxos é reduzida de velocidade devido à falta desta coenzima livre. A produção
e a exportação dos corpos cetônicos liberam a coenzima A, permitindo que a oxidação
dos ácidos graxos continue.

Casos como jejum prolongado, ou diabetes melito não-tratado, resultam em uma


superprodução de corpos cetônicos, à qual se associam sérios problemas médicos.
Durante o jejum, a gliconeogênese retira a maior parte dos intermediários do ciclo de
Krebs, redirecionando o acetil-CoA para a produção de corpos cetônicos. No diabetes
não-tratado, a insulina está presente em ínfimas quantidades, e os tecidos extra-
hepáticos não conseguem captar a glicose da corrente sangüínea de forma eficiente.
Para aumentar o nível de glicose no sangue, a gliconeogênese hepática é acelerada, o
que também ocorre com a oxidação dos ácidos graxos no fígado e na musculatura,
gerando uma produção de corpos cetônicos acima da capacidade de sua oxidação pelos
tecidos extra-hepáticos.

O aumento nos níveis sangüíneos do acetoacetato e D-β-hidroxibutirato diminuem o pH


sangüíneo, resultando em uma acidose, condição que pode provocar o coma, em casos
extremos, e até evoluir para a morte. Os corpos cetônicos no sangue e na urina de
indivíduos diabéticos não-tratados podem atingir níveis muito altos, condição
denominada cetose.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpos_cetônicos
Lehninger Princípios da Bioquímica – David L. Nelson, Michel M. Cox. 3 edição, 2002.

Arquivado em: Bioquímica


Durante os períodos de jejum, ou quando estamos com fome, o fígado
produz algumas substâncias chamadas de corpos cetônicos. Em um
organismo saudável, estes compostos são utilizados para fornecer a
energia necessária para às células funcionarem adequadamente. Para
fazer isso, o corpo converte a gordura em ácidos graxos e
o glicogênio em glicose, até começar a quebrar os aminoácidos para
gerar energia.

Os corpos cetônicos estão frequentemente associados à dieta


cetogênica, ou aquelas com baixa ingestão de carboidratos, e
justamente por esse motivo tornaram-se um assunto tão popular. Mas
o que poucos sabem é que, além da perda de peso, eles podem ter
outros impactos positivos para a saúde.
Se esse assunto te interessa, continue a leitura e entenda o que são os
corpos cetônicos, quais os benefícios e também alguns cuidados.

Corpos cetônicos – O que são?


Quando o corpo está sem as reservas de glicogênio, precisa encontrar
outra fonte para gerar energia. Naturalmente ele começa a usar a
gordura, e quando isso ocorre, o fígado produz naturalmente os
corpos cetônicos, que são substâncias químicas geradas pela quebra
de gordura.

Os corpos cetônicos fazem referência ao acetoacetato, beta-


hidroxibutirato e acetona, que agem como uma fonte de energia
alternativa quando o corpo está em jejum ou resistindo
ao exercício prolongado.

Quando o sangue acumula muitos corpos cetônicos, o corpo expele


através da urina, mas também pode eliminar os compostos através
dos pulmões.

A presença de corpos cetônicos no sangue é denominada cetose e na


urina é chamada de cetonúria. Pessoas saudáveis podem induzir a
cetose através da dieta e pelo jejum. Porém, ela também pode ser
causada por inanição ou diabetes, uma condição conhecida como
cetoacidose diabética, e que pode ser prejudicial para a saúde. Uma
pessoa pode ter de certeza que está em um estado de cetose quando
apresentar alguns sintomas, como:
 Hálito com um cheiro frutado ou de esmalte;
 Perda de peso;
 Aumento dos corpos cetônicos no sangue, na urina e na respiração;
 Supressão de apetite;
 Fadiga a curto prazo;
 Diminuição a curto prazo no desempenho do exercício;
 Diminuição na concentração e energia.
Como estimular a produção de
corpos cetônicos?
As pessoas saudáveis costumam induzir o corpo a produzir corpos
cetônicos através da alimentação. Seguir uma dieta cetogênica, que
envolve um cardápio pobre em carboidratos e rico em gorduras,
estimula o corpo a queimar gordura para gerar energia. Existem várias
versões da dieta cetogênica, e as principais são:

Veja também:
 Molécula Produzida Durante o Jejum Tem Efeito Anti-
Envelhecimento no Sistema Vascular
 Como Aproveitar os Benefícios do Jejum Intermitente Sem Precisar
Praticá-lo
 O Que Pode Comer na Dieta Cetogênica e o Que Não Pode Comer?
 Cetonas na Urina – O Que Significa, Causas e O Que Fazer
1. Dieta cetogênica padrão: É caracterizada pelo consumo
baixíssimo de carboidratos, moderado de proteínas e alto em
gordura. Isso significa comer 75% de gordura, 20% de proteína e
apenas 5% de carboidratos diariamente.
2. Dieta cetogênica cíclica: Alterna períodos com alto e baixo teor
de carboidratos.
3. Dieta cetogênica direcionada: Libera a ingestão de carboidratos
conforme os exercícios físicos são realizados.
4. Dieta cetogênica rica em proteínas: É muito parecida com a
dieta padrão, mas nessa modalidade mais proteína é consumida. A
divisão é alterada para: 60% de gordura, 35% de proteína e 5% de
carboidratos.
Vale ressaltar que a dieta cetogênica padrão e de alta proteína foram
estudadas extensivamente, o que significa que os benefícios
evidenciados estão relacionados a essas duas modalidades.
Quais são os benefícios?
Os corpos cetônicos são extremamente eficientes em termos
energéticos, e quando usados como principal fonte de combustível,
podem melhorar a perda de peso, o foco e a energia, reduzir os
processos de inflamação corporal e consequentemente diminuir as
chances de desenvolver muitas doenças crônicas. Confira todos eles.

1. Melhora a queima de gordura corporal


O fato dos corpos cetônicos utilizarem a gordura corporal para gerar
energia é o principal motivo de muitas pessoas induzirem a cetose
através da dieta. E alguns estudos identificaram esse efeito.

Quatro ensaios clínicos foram realizados com a finalidade de


compararar os efeitos de uma dieta pobre em carboidratos com uma
com baixo teor de gordura. Os resultados mostraram que o grupo que
estava focado em uma dieta com baixo teor de carboidratos perdeu
mais peso no período de 3 a 6 meses.

Outro estudo, esse envolvendo 120 pessoas com sobrepeso e


hiperlipidemia, fez uma análise comparativa dos efeitos causados por
algumas dietas. Os participantes foram divididos em grupos, e cada
um seguiu uma dieta.

O primeiro grupo foi direcionado para uma dieta cetogênica com baixo
teor de carboidratos, outro para uma dieta hipocalórica, o terceiro para
a dieta de baixo teor de gordura e o último para baixo teor
de colesterol. Os estudos mostraram que durante as 24 semanas de
pesquisa, o grupo que manteve uma dieta pobre em carboidratos teve
uma maior perda de peso.

Diante dos resultados apresentados, é possível afirmar que os corpos


cetônicos podem promover a perda de peso com mais eficiência que
outras doenças.

2. Reduz a vontade de comer


Muitas dietas são fracassadas porque o desejo de comer é tão grande
que as pessoas têm dificuldades de seguir um cardápio focado.
Quando uma dieta estimula a produção de corpos cetônicos para
utilizá-los como energia, o corpo reduz a vontade de comer doces, e
em comparação com outras dietas, minimiza os impulsos por
carboidratos e amidos, e a fome é menos incômoda.

Após três dias seguindo um cardápio com poucas quantidades de


carboidratos e com maior ingestão de gordura, os níveis
de hormônio GLP-1 – que sinaliza para o cérebro que o corpo já está
satisfeito – são maiores, o que significa que você terá menos sensação
de fome e mais saciedade do que em outras dietas.
3. Impulsiona o desempenho atlético e aumenta a energia
Muitos atletas de resistência são adeptos a dietas que estimulam a
produção de corpos cetônicos. Os benefícios inclusive foram
percebidos através de alguns estudos que mostraram que 39 atletas
de alto desempenho que consumiram bebidas de cetona tiveram uma
melhora da resistência física.

O principal motivo para promover esses efeitos está relacionado ao


fato dos corpos cetônicos fornecerem uma energia constante para o
cérebro, condição que ajuda a manter a clareza mental. Além disso, a
dor muscular tardia e a recuperação acelerada pós-exercício, que são
efeitos dos corpos cetônicos, também podem ser benéficas para
atletas.

Outro benefício é o aumento na produção de mitocôndrias,


responsáveis pela força da célula. Isso significa que um aumento no
número promove mais geração de energia.

4. Reduz a inflamação corporal


A cetogênese, que é o termo aplicado quando os ácidos graxos são
convertidos em corpos cetônicos, consegue ativar o PPAR-gama, que é
uma molécula anti-inflamatória muito conhecida. Ela também diminui a
formação de radicais livres, pois quando o corpo produz corpos
cetônicos para gerar energia, ele naturalmente diminui os níveis de
lactato e a produção de radicais hidroxila, ambos apontados como
capazes de aumentar a produção de moléculas inflamatórias, e o
resultado é um menor grau de inflamação nos tecidos.

Estudos que já foram realizados em animais e humanos mostraram


que os corpos cetônicos ativam mecanismos anti-inflamatórios e que
animais com esclerose múltipla tiveram um efeito protetor na
inflamação cerebral com a realização de uma dieta cetogênica.

5. Tem efeitos antioxidantes


Todos nós sabemos o quanto os antioxidantes são benéficos para a
saúde, especialmente porque os seus principais efeitos estão
relacionados ao fato de combater os radicais livres. Os corpos
cetônicos exercem uma ação antioxidante dentro das células,
reduzindo a morte celular e a produção de espécies reativas de
oxigênio. Além disso, eliminam os radicais livres do corpo e bloqueiam
o estresse oxidativo, que pode resultar em danos severos e doenças.

Através de estudos, foi possível evidenciar que os animais que


seguiram uma dieta cetogênica aumentaram a quantidade de
antioxidantes, resultando na proteção dos danos causados pelos
oxidantes no seu DNA.

6. Estimula a função cerebral


Os corpos cetônicos mostraram ser eficazes para melhorar problemas
cognitivos. Os estudos relacionados ao assunto perceberam que seguir
uma alimentação pobre em carboidratos pode melhorar a memória de
pessoas com comprometimento cognitivo leve, e também funções
cognitivas e motoras pós-trauma.

Outro estudo feito com 152 pacientes diagnosticados com a doença de


Alzheimer mostrou que consumir um suplemento de cetona oral
melhorou a cognição.

7. Ajuda a prevenir convulsões


Até o presente momento, não existe uma definição clara se esses
benefícios são o resultado da produção elevada de corpos cetônicos,
da glicose reduzida ou da mistura dos dois, mas o que se sabe é que
os corpos cetônicos têm propriedades anticonvulsivas e
neuroprotectoras, e com isso eles podem afetar os níveis de
neurotransmissores e seus receptores no cérebro.

Diversos estudos realizados com animais mostraram que os corpos


cetônicos tiveram um efeito protetor contra convulsões, porém para
entender esse funcionamento em humanos, mais pesquisas são
necessárias.

8. Ajuda a controlar o índice glicêmico


Estimular o corpo a produzir corpos cetônicos ajuda a equilibrar os
níveis de açúcar no sangue em pessoas obesas, e também reduz a
dependência celular da glicose, fato que evita problemas de saúde
relacionados ao excesso ou falta de açúcar no sangue.
Os diabéticos também podem se beneficiar, pois um estudo realizado
com 84 pacientes diabéticos ou obesos sinalizou que focar em uma
alimentação pobre em carboidratos ajudou a controlar o índice
glicêmico a ponto de algumas pessoas interromperem o uso de
medicamentos.

9. Diminui os riscos de doenças metabólicas crônicas


O fato dos corpos cetônicos ajudarem na perda de peso e diminuírem
os processos inflamatórios corporais é capaz de diminuir a
pressão alta e melhorar os níveis saudáveis de colesterol. Outro
impacto positivo é na obesidade, pois uma vez que os corpos cetônicos
diminuem os riscos de estar muito acima do peso, também impedem
as doenças causadas pelo problema, que são principalmente
diabetes, doenças cardíacas e câncer.

10. Promove uma pele mais bonita e saudável


Os corpos cetônicos são capazes de promover uma pele mais saudável
por alguns motivos. Primeiro, eles quebram as gorduras em ácidos
graxos, que ajudam a reconstruir as membranas, reduzindo a pele
seca e irritada. O segundo fator está relacionado à sua capacidade de
produzir antioxidantes e moléculas anti-inflamatórias, que impulsionam
a saúde da pele.

Outra condição relevante é que as pessoas que seguem uma dieta


cetogênica costumam ingerir mais vegetais verde-escuros que são
ricos em vitamina A, uma vitamina muito benéfica para a saúde da
pele.

Cuidados
O principal cuidado com os números consideravelmente elevados no
sangue estão relacionados à cetoacidose diabética, uma condição
perigosa, especialmente para pessoas diabéticas, porque aumenta o
pH do sangue quando se tenta usar corpos cetônicos como
combustível.
Além disso, manter uma alimentação restrita em carboidratos pode
alterar o funcionamento da glicose no corpo e uma mudança na
medicação pode ser necessária. Então, pacientes que fazem
tratamento para a doença precisam ser assistidos se desejam elevar as
quantidades de corpos cetônicos no sangue.
Outro cuidado está relacionado ao equilíbrio de água e minerais do seu
corpo, que pode ser afetado quando o número de corpos cetônicos
está alto; sendo assim, é importante adicionar sal extra às refeições ou
tomar suplementos minerais para manter o equilíbrio.

As pessoas que não têm problemas de saúde podem aumentar as suas


taxas de corpos cetônicos durante um jejum sem causar acidose
perigosa. Porém, durante a fase de adaptação é importante comer até
ficar satisfeito e evitar restringir demais as calorias, mas isso não
significa que o corpo não apresentará sinais e sintomas, por causa das
mudanças alimentares. Veja abaixo o que pode acontecer:

 Sensação de fraqueza;
 Dores de cabeça;
 Prisão de ventre;
 Cãibras musculares;
 Náuseas;
 Vômitos;
 Fadiga por causa da falta de açúcares absorvidos rapidamente;
 Menores níveis de glicose no sangue;
 Deficiência mineral;
 Névoa do cerebral;
 Dificuldades de concentração;
 Irritabilidade;
 Sintomas parecidos com os de uma gripe;
 Erupção cutânea chamada prurigo pigmentosa.
Depois de analisar os benefícios que os corpos cetônicos podem
promover, é animador direcionar a dieta para estimular a condição.
Ainda que ela seja considerada segura para pessoas saudáveis, talvez
não seja adequada para todas, pois enquanto algumas podem se
adaptar facilmente, sentir-se bem e com muita energia, outras podem
apresentar muita dificuldade na hora de deixar de ingerir carboidratos,
o que pode causar tristeza e desânimo.

Se perceber que não está se adaptando, busque alternativas; sem


dúvida, você encontrará outro método para manter em alta a sua
saúde e boa forma.

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Referências adicionais:
 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10634967
 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1373635/
 http://www.diabetes.org/living-with-diabetes/treatment-and-
care/blood-glucose-control/checking-for-ketones.html
 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12079835
 https://www.joslin.org/info/ketone_testing_what_you_need_to_kno
w.html
 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1819381/
As cetonas são substâncias químicas produzidas no fígado quando o
corpo não tem insulina suficiente para transformar a glicose em
energia. Quando isso acontece, o seu corpo precisa de outra fonte de
energia e então usa gordura.

Esse costuma ser um processo normal para todos. Em pessoas


saudáveis, o corpo trabalha para que os níveis de cetona não fiquem
muito altos, mas os diabéticos correm um sério risco de desenvolver
cetona no sangue. Se a condição não for gerenciada, as pessoas
portadoras de diabetes tipo 1 ficam predispostas a desenvolver
cetoacidose diabética. Ainda que seja raro, esse risco também existe
para pessoas com diabetes tipo 2.

Abaixo, abordaremos o assunto cetonas na urina para entender o que


significa, causas e o que fazer.

Cetonas – O que significa?


As cetonas, também conhecidas como corpos cetônicos, são
subprodutos da degradação de ácidos graxos. O corpo humano precisa
principalmente da glicose para funcionar corretamente, pois ela é
responsável pelo fornecimento de energia. Quando o corpo está com
níveis baixos de glicose, seja por alguma dieta que você está
realizando que não contém carboidratos suficientes para suprir o corpo
com açúcar ou por uma doença como a diabetes, e não
tem insulina suficiente para ajudar as células a absorver a glicose, o
seu organismo começa a quebrar as gorduras do corpo em busca de
energia.

Geralmente, as cetonas são formadas no fígado e decompostas de


modo que quantidades muito pequenas aparecem na urina. Porém,
quando os carboidratos não estão disponíveis ou não podem ser
usados como fonte de energia, a gordura se torna a principal fonte de
energia e grandes quantidades de cetonas são produzidas. Portanto,
níveis mais altos de cetonas na urina indicam que o corpo está usando
gordura como a principal fonte de energia.

Cetonas na urina – Causas


– Dieta com baixo teor de carboidratos
Uma dieta muito popular para induzir esse processo é a dieta
cetogênica. Ela envolve a restrição de carboidratos, para que os
estoques de glicogênio não sejam reabastecidos, e dessa forma o
corpo passa por estágios para usar as gorduras como fonte de
energia.
As pessoas que seguem uma dieta pobre em carboidratos devem
examinar as cetonas na urina periodicamente para verificar se a
gordura está realmente sendo queimada. Por serem subprodutos do
metabolismo da gordura, sua presença na urina ou no sangue indica
que a gordura está sendo queimada.

Veja também:
 Quem Morreria Primeiro de Fome: Uma Pessoa Gorda ou Magra?
 Cetoacidose Diabética – O Que é, Sintomas, Causas e Tratamento
 11 Sintomas da Diabetes Tipo 1
 Sintomas da Glicose Alta (Hiperglicemia)
– Diabetes descontrolada
A presença de altos níveis de cetonas na urina também pode ser
causada pela diabetes descontrolada. A falta de insulina pode
incapacitar o corpo de quebrar a glicose e ao contrário de um corpo
saudável que usará a glicose como combustível, neste caso a gordura
será metabolizada.

– Fome
Cetonas induzidas pela fome são produzidas quando os níveis de
glicose no sangue são baixos, e o corpo usa as reservas de gordura ao
invés dos carboidratos dos alimentos para obter energia. No processo,
o corpo quebra a gordura em ácidos graxos e glicerol. Convertido em
glicose, o glicerol é então e usado como combustível. Já os ácidos
graxos no fígado são convertidos em cetonas.

Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) afirmam que os hormônios


como o glucagon, epinefrina e hormônios de crescimento aumentam
durante o estado de inanição e fazem com que os ácidos graxos sejam
liberados da gordura para o sangue.

Normalmente, quando o corpo está faminto, cetonas estão presentes


na urina. A fome pode ser provocada por distúrbios como à bulimia,
anorexia, pelo alcoolismo e também por uma dieta rigorosa, além de
diarreia frequente, jejum, dieta rica em proteínas, dieta pobre em
carboidratos e vômitos severos.

– Cetoacidose alcoólica
Quantidades excessivas de álcool também pode ser a causa de cetonas
na urina. É considerada uma síndrome metabólica e é chamada de
cetoacidose alcoólica.

Geralmente ela é mais presente entre alcoólatras, porém não-


alcoólatras de todas as faixas etárias podem desenvolver.

– Exercício
Durante a prática de exercícios, os músculos queimam a gordura e a
glicose para obter energia. Nesse cenário, a gordura será o principal
combustível, então caso os níveis de glicose estejam baixos, as
cetonas serão produzidas se o corpo queimar gordura sem a ajuda da
glicose.

Pessoas magras e eficientes na queima de gordura costumam usar


muita glicose, e quando praticam exercícios de alta intensidade, as
cetonas são formadas no sangue. Pode acontecer da glicose no
sangue subir devido ao exercício, especialmente quando os níveis de
insulina estão baixos. Isso porque o fígado converte glicogênio
armazenado em glicose durante o exercício para obter energia. Porém,
se o nível de insulina estiver baixo, os músculos não podem utilizar
glicose, levando a um aumento nos níveis de glicose no sangue.

Para os diabéticos, esse processo precisa ser monitorado, pois quando


apresentam vestígios de cetonas e continuam o exercício, o nível de
glicose no sangue aumentará, o que também levará ao aumento dos
níveis de cetonas. A cetoacidose diabética ocasionada pelo exercício é
rara, mas é preciso se precaver.

A American Diabetes Association estabeleceu diretrizes sobre


exercícios, glicemia e cetonas. Dessa forma, não realize exercícios se
os níveis de glicose no sangue estiverem acima de 250 mg/dl e a
presença de cetonas for detectada. Seja cauteloso se os seus níveis de
glicose no sangue forem superiores a 300 mg/dl e as cetonas não
estiverem presentes.
Agora, se o nível de glicose no sangue for superior a 250 mg/dl e as
cetonas não estiverem presentes na urina ou no sangue, você pode se
exercitar, mas faça uma pausa após 15 minutos e verifique o nível de
glicose no sangue, se ele subiu ou caiu. Se o seu nível de açúcar no
sangue estiver bom, então você pode continuar se exercitando.

– Cetoacidose diabética
Como citado acima, a cetose é um processo normal e a maioria das
pessoas não precisa se preocupar; porém, para aqueles que têm
diabetes, especialmente o tipo 1, a presença de cetonas pode indicar
que a diabetes está fora de controle.

Existem algumas situações em que o corpo pode produzir cetonas,


como quando você está doente e o corpo está combatendo uma
infecção ou altos níveis de estresse. As cetonas são ácidos
relativamente fortes e, quando estão presentes no sangue, a
capacidade da hemoglobina de se ligar ao oxigênio fica prejudicada, o
que pode afetar o funcionamento normal dos músculos e de outros
órgãos.

Para pessoas com diabetes tipo 1, os níveis elevados de cetonas


podem provocar desidratação e cetoacidose diabética. Pessoas
portadoras do tipo 2 dificilmente serão afetadas, pois o pâncreas ainda
é capaz de queimar alguma quantidade de glicose.
– Doenças
Doenças como diabetes tipo 1 podem provocar diarreia e vômito
devido à gastroenterite causar baixos níveis de glicose no sangue. Se
for acompanhada de febre, os níveis de glicose no sangue podem
aumentar devido aos altos níveis de estresse. Se permanecer
constantemente alto por muitas horas, crianças podem desenvolver
sintomas como sede excessiva e micção frequente.

Caso os níveis de cetona aumentem, podem causar náuseas, vômitos,


diminuição da ingestão de líquidos e alimentos e desidratação. Em
pessoas com diabetes tipo 1, até mesmo doenças comuns podem
causar aumento dos níveis de cetona, levando à cetoacidose diabética.

– Gravidez
São comuns níveis moderados de cetonas na urina durante a gestação,
e não existem pesquisas definitivas para evidenciar se isso pode afetar
o feto.

Durante a gravidez, o corpo se torna resistente à insulina, e ainda que


os carboidratos sejam suficientes no corpo, eles não são convertidos
adequadamente para obter energia. Dessa forma, pequenas
quantidades de cetonas podem aparecer na urina.

Se as quantidades forem excessivas, podem indicar longos intervalos


entre as refeições e certos distúrbios nutricionais e uma dieta
balanceada contendo carboidratos simples será recomendada pelo
médico.

– Outras causas
Os corpos cetônicos também podem aparecer na urina devido a outras
condições, como desidratação, hipertireoidismo, distúrbios metabólicos
como glicosúria renal, alcalose, lactação e doença de armazenamento
de glicogênio.

Principais sintomas de cetonas na


urina
 Sede: Ela é comum porque o corpo perde o excesso de líquido
durante o aumento da excreção de cetonas na urina;
 Micção frequente: O corpo procura uma forma de eliminar as
cetonas acumuladas, e a principal é através da urina. Sendo assim,
os altos níveis de cetona no corpo estão relacionadas ao aumento
do desejo de urinar;
 Náuseas ou vômitos: Conforme o corpo tenta se livrar do
excesso de cetonas na urina ele aumenta a excreção de sais como
sódio e potássio. Os baixos níveis desses minerais podem provocar
náuseas e vômitos;
 Desidratação: A perda de líquidos através da micção e vômito
pode levar à desidratação;
 Respiração pesada: A respiração pesada é um sintoma associado
a altos níveis de cetonas no sangue;
 Confusão: Este é um sintoma raro, mas pode ser nocivo porque
indicam a presença de cetonas no sangue e no cérebro;
 Hálito com cheiro de frutas: O cheiro frutado é causado pela
presença de acetona.
O que fazer?
– Identificar a presença de cetonas na urina
A primeira providência é testar o sangue ou urina para medir os níveis
de cetona. Esse exame pode ser feito em casa através de kits que
estão disponíveis para ambos os tipos de testes, embora os testes de
urina continuem sendo mais comuns. Os exames de urina também
estão disponíveis sem receita médica na maioria das farmácias.

Vale reforçar que o teste deve ser feito para as seguintes situações:

 O nível de açúcar no sangue está superior a 240 mg/dl;


 Apresenta sintomas de cetonas;
 Está doente ou enjoado, independentemente da leitura de açúcar
no sangue.
Para realizar um teste de urina, siga corretamente as instruções do
fabricante. As tiras de teste de urina contêm produtos químicos
especiais que mudam de cor quando reagem com cetonas e a
interpretação deve ser feita comparando a tira de teste com a tabela
de cores do pacote. Quando você tem cetonas na urina, ela se chama
cetonúria.

– Interpretação dos resultados


Os testes individuais vendidos podem variar, mas os resultados
costumam ser rotulados como normal/negativo, baixa/moderada, alto
e muito alto.

Procure ajuda médica se as cetonas estiverem baixas a moderadas e


procure atendimento médico de emergência se os níveis de cetona
estiverem altos ou muito altos.

Problemas causados pelos níveis


muito altos
As cetonas podem tornar o seu sangue ácido e pode causar
cetoacidose diabética. Procure ter um plano de ação no caso de os
níveis de cetona ficarem muito altos. Os efeitos mais graves envolvem:

 Inchaço no cérebro;
 Perda da consciência;
 Coma diabético;
 Morte.
Como reduzir as cetonas na urina?
Para evitar a formação de cetonas na urina, o principal caminho é
cuidar da alimentação. Mantenha um nível adequado de carboidratos e
poucas gorduras. Se a intenção é seguir uma dieta com baixa ingestão
de carboidratos, fale com o médico sobre suas preocupações, ou caso
já tenha sentido sintomas de cetonas na urina.

Para as mamães que estão em fase de amamentação, o foco principal


deve ser na alimentação, para que ela seja equilibrada. Coma
quantidades suficientes de carboidratos, frutas e vegetais
frescos. Além disso, como parte da dieta da gravidez, a futura mãe
deve comer cereal e laticínios em proporções adequadas.

Uma dica é inserir canela na alimentação, pois ela pode melhorar a


digestão do açúcar pelas células do corpo, principalmente para
pessoas com diabetes. Para prevenir os efeitos das cetonas na urina,
recomenda-se que 2 a 3 gramas de canela após as refeições.

Pratique exercícios regularmente. As atividades associadas a práticas


como o yoga podem ajudar a estabilizar o metabolismo e equilibrar o
uso de carboidratos e gorduras para fins energéticos. Recomenda-se
que o indivíduo se exercite pelo menos quatro vezes por semana
durante um período de 15 min.

Como o tratamento é feito para altos


níveis de cetona?
O tratamento de altos níveis de cetona pode ajudar imediatamente a
evitar a hospitalização. Os níveis moderados podem ser tratados em
casa, ou se seus níveis continuarem a subir, você precisará receber
tratamento médico. Os tratamentos podem incluir:

 Reposição de fluidos por via intravenosa: O aumento da


micção costuma provocar a perda de fluidos. Reidratar pode ajudar
a diluir a glicose extra no sangue.
 Substituição eletrolítica: Os níveis de potássio, sódio e cloreto
tendem a ser baixos nesses casos, então se uma pessoa perde
muito desses eletrólitos, o coração e os músculos também não
funcionam. É preciso repor.
 Insulina: Situações de emergência envolvem a aplicação de
insulina para melhorar a capacidade de usar o excesso de glicose
no sangue para obter energia. Quando isso acontece os níveis de
glicose são monitorados de hora em hora. Quando as cetonas e o
nível de ácido no sangue começarem a retornar ao normal, a
insulina pode não ser mais necessária e o regime normal de terapia
com insulina é restabelecido.
A presença de cetonas na urina geralmente indica que, ao invés de
carboidratos, o corpo está perdendo gorduras para obter energia. O
exame pode ser uma ajuda valiosa para gerenciar e tomar as medidas
cabíveis, quando necessário. Não deixe de conversar com o seu
médico para controlar o processo e contornar possíveis impactos para
o organismo.

Referência adicionais:
 http://www.diabetes.org/living-with-
diabetes/complications/ketoacidosis-dka.html
 https://patient.info/health/urine-ketones
 https://www.findatopdoc.com/Healthy-Living/reasons-for-ketones-
in-urine
 https://medbroadcast.com/condition/getcondition/diabetic-
ketoacidosis
 https://www.findatopdoc.com/Medical-Library/Symptoms/Ketones-
in-Urine
 https://www.joslin.org/info/ketone_testing_what_you_need_to_kno
w.html
 https://labtestsonline.org/tests/blood-ketones
 https://dtc.ucsf.edu/types-of-diabetes/type2/understanding-type-2-
diabetes/how-the-body-processes-sugar/ketones/
 http://www.diabetes.org/living-with-diabetes/treatment-and-
care/blood-glucose-control/checking-for-ketones.html
Por Dr. Mercola

Por vários anos, a sobretaxa de carboidratos tem sido a solução alternativa


para formar a capacidade de armazenamento energético em atletas.

Isto é baseado na premissa de que, uma vez que a glicose é uma forma rápida
de queima de energia, reforçar a capacidade de armazenar glicose ajudará no
aprimoramento do desempenho atlético.

No entanto, a ciência nutricional sugere que esta está longe de ser uma
estratégia ideal. As cetonas estão emergindo como combustível muito melhor.

Para se obter uma saúde ideal, recomendo manter uma dieta rica em gorduras
saudáveis e com baixo teor de carboidratos livres (carboidrato total menos
fibra) e este tipo de dieta pode ser particularmente benéfica para atletas de
resistência.

Apesar de contrariar o aconselhamento nutricional esportivo convencional,


pesquisas mostram que uma dieta cetogênica rica em gordura e com baixo teor
de carboidratos pode promover benefícios superiores.

Todos temos que nos alimentar; precisamos de combustível e outros nutrientes


para viver. A questão é: como conseguir o que precisamos sem gerar espécies
reativas de oxigênio (EROs), que podem danificar a saúde atacando as
membranas celulares, as proteínas, o DNA e até mesmo as mitocôndrias —
tudo isto pode contribuir para o desenvolvimento de doenças.

Saúde ideal nada mais é do que manter as mitocôndrias saudáveis e as dietas


com baixo teor de carboidratos e ricas em gorduras saudáveis tendem a tornar
esta condição ainda mais eficaz do que as dietas ricas em carboidratos e com
baixo teor de gorduras.

O triste fato é que a maioria das pessoas consome alimentos que conduzem
seu metabolismo na direção errada – longe da condição saudável. A dieta
ocidentalizada constantemente direciona-o(a) a usar carboidratos líquidos
como combustível na forma de glicose.

Porém, quando você queima glicose como combustível primário, você, na


verdade, inibe a capacidade do organismo de acessar e queimar gordura dele
para produção de energia. Este, acredito, é o contribuinte principal para o
desenvolvimento da obesidade e do diabetes, dois dos problemas de saúde
mais significativos.

Cetonas – Combustível Saudável


Quando você mantém carboidratos líquidos em nível baixo, o organismo muda
para queimar gordura por combustível e o fígado começa a converter uma
parte dessa gordura em moléculas energéticas chamadas corpos cetônicos.

As cetonas produzidas pelo organismo são chamadas endógenas. Porém, você


pode igualmente suprir o organismo com cetonas exógenas a partir de
suplementos, tais como óleo triglicéride de cadeia média (TCM), o qual é
prontamente convertido em cetonas. O óleo de coco contém alguns TCMs,
porém o óleo TCM é uma fonte mais concentrada.

A maioria das marcas comerciais de óleo TCM contém dois dos ácidos graxos
encontrados no óleo de coco: ácidos graxos de 8-carbonos (C8) e de 10-
carbonos (C10).

Elas geralmente contém uma combinação próxima de 50/50 de ambos os


comprimentos de cadeia. Eu prefiro consumir C8 puro (também conhecido
como ácido caprílico), pois este se converte em cetonas muito mais
rapidamente do que os ácidos graxos C10 e pode ser mais facilmente digerido.

O óleo de coco fornece uma mistura de todos os ácidos graxos de cadeia


média, incluindo C6, C8, C10 e C12, sendo este último igualmente conhecido
como ácido láurico, encontrado em metade dos ácidos graxos do óleo de coco.
Existem benefícios atribuídos a todos estes ácidos graxos. No entanto, o óleo
TCM é mais eficiente para o aumento dos níveis de cetona.

Os TCMs são processados de forma diferente dos ácidos graxos de cadeia


longa. Normalmente, uma gordura levada para o organismo deve ser misturada
com a bile liberada pela vesícula e processada pelas enzimas pancreáticas
para quebrá-la no sistema digestivo.

Os TCMs não necessitam da bile ou das enzimas pancreáticas. Uma vez que
eles atingem o intestino, eles se dispersam através da membrana intestinal
pelo fluxo sanguíneo e são transportados diretamente ao fígado o qual
naturalmente converte o óleo em cetonas.

O fígado, então, libera as cetonas de volta ao fluxo sanguíneo onde são


transportadas por todo o organismo. Elas podem até mesmo ultrapassar a
barreira hematoencefálica para suprir o cérebro com energia.

Cetonas Exógenas Alteram o Metabolismo


Cientistas igualmente criaram cetonas sintéticas que podem ou não ser
benéficas, dependendo do tipo escolhido (mais sobre este assunto mais
adiante). Um estudo realizado recentemente avaliando a efetividade das
cetonas no desempenho esportivo usou uma bebida à base de éster cetona
que consistia em (R)-3-hidroxibutirato e (R)-1,3-butanodiol.

Eu sei que isso pode parecer nada comum para você, dado meu histórico pela
preferência por alimentos e produtos naturais, porém vem comigo e deixe-me
explicar os benefícios em potencial. Conforme relatado pela Reuters:

“Geralmente, a energia proveniente das células musculares vem de


carboidratos ou gordura, porém quando estes combustíveis não estão
disponíveis e o organismo encontra-se no ‘modo faminto’, o fígado quebra o
estoque de gordura em cetonas para usá-las como combustível.

Neste estudo, os pesquisadores concluíram que quando as cetonas são


fornecidas em uma bebida, o organismo irá usá-las como combustível
muscular. Exercícios fortificados com cetonas resultaram em menos lactato,
subproduto da quebra do açúcar que causa cãibras musculares e dores.

Os pesquisadores estudaram 39 atletas de alto nível, incluindo ciclistas


olímpicos, para observar como seu metabolismo mudava após o consumo de
bebida à base de cetona e exercício.”

Bebida à Base de Cetona Melhora o Desempenho Atlético


Ao ser administrados com bebida à base de éster cetona, ciclistas competitivos
foram capazes de rodar uma média de 411 metros (m) a mais durante 30
minutos de trilha, comparando-se com os ciclistas que não receberam bebida
rica em carboidratos ou gordura.

Isto equivale a dois por cento de aumento na velocidade e, embora isto não
pareça ser muito, pode fazer uma grande diferença nas competições
profissionais em que apenas frações de segundos geralmente separam os
vencedores do resto do grupo.

De acordo com os autores, suprindo o organismo com cetonas, pode-se


fornecer ao metabolismo uma melhora temporária – e totalmente legal.

Conforme relatado na Science Daily, a bebida à base de cetona “funciona


temporariamente trocando a fonte primária de energia celular de glicose ou
gordura para cetonas – moléculas derivadas da gordura conhecidas por seu
elevado nível em pessoas consumindo dieta com baixo teor de carboidratos”.

Conforme o exercício vai ficando mais intenso, a captação da cetona nos


músculos de atletas aumenta e, durante exercícios de longa distância
(resistência), seus músculos confiam pesadamente nas cetonas como
combustível primário. Somente durante treinamentos com intervalo de alta
intensidade, como corridas, os músculos preferem a glicose.

Isto acontece porque, durante cargas intensas e curtas de atividade, os


músculos funcionam anaerobicamente, significando sem oxigênio e, uma vez
que a cetona não pode ser quebrada sem oxigênio, os músculos evitam usar
cetonas como combustível.

A bebida à base de cetona usada neste estudo – originalmente desenvolvida


como suplemento energético em soldados – está atualmente em
desenvolvimento comercial e deve ficar disponível ao fim deste ano.

Ésteres Cetona – O Mais Recente 'Biohack' Favorito


Em um recente podcast, Ben Greenfield entrevistou o Dr. Richard Veech,
especialista líder em cetose e pesquisador sênior e chefe do laboratório dos
Institutos Nacionais de Saúde (NIH). Veech é igualmente inventor dos ésteres
cetona usados neste estudo.

Veech discute os benefícios e usos de cetonas sintéticas (exógenas), que


imitam ou replicam as cetonas naturais do organismo (endógenas). Abaixo,
alguns pontos chave:
•A cetose nutricional é uma adaptação de sobrevivência, uma vez que o
cérebro possui somente duas opções de combustível: glicose e cetonas.

As cetonas podem igualmente ser usadas por quase todos os órgãos e células
do organismo com exceção do fígado, que carece da enzima necessária para o
uso delas como combustível, e os glóbulos vermelhos, que não possuem
mitocôndrias, que é onde as cetonas são metabolizadas.

•Uma alternativa mais fácil, embora não necessariamente melhor, à cetose


nutricional, pode ser conseguida através da ingestão de cetonas sintéticas ou
exógenas, tais como óleo TCM, óleo de coco e outros suplementos comerciais
à base de cetonas.

Dez por cento do C8 ou do óleo TCM C10 é convertido em cetonas. O restante


é beta-oxidado nas mitocôndrias juntamente como outros ácidos graxos. Uma
vez que somente 14 por cento da maioria dos óleos de coco são C8 ou TCMs
C10, a taxa de conversão é ainda menor.

•Existem dois tipos de corpos cetônicos que o organismo pode usar como
energia: o beta-hidroxibutirato (BHB) e o acetoacetato (AcAc). (Um terceiro
corpo cetônico, acetona, é excretada como resíduo, primariamente através da
respiração).

O éster cetona criado por Veech é sintetizado a partir de um químico orgânico


chamado 1, 3-butanodiol e um monoéster, o qual é convertido em BHB pelo
organismo.

Suplementos à base de cetona exógena são geralmente alguma combinação


de sais BHB, TCM em pó e aminoácidos cetogênicos, tais como leucina ou
lisina. Se você usa estas como suplementos cetônicos, siga as diretrizes da
embalagem para dosagem.

Entenda também que mais não significa melhor – a carga de sal pode
aumentar rapidamente e você deve igualmente certificar-se de manter os níveis
de cetona próximos do que o organismo produziria por si próprio para não
exceder a capacidade de tamponar o pH no sangue. (Você pode monitorar isto
com um medidor de cetona sanguínea e tiras de pH, como o Precision Xtra da
Abbott).

As Cetonas Podem ser a Resposta Contra a Doença de


Alzheimer?
Veech também relata sobre os benefícios das cetonas em pacientes de
Alzheimer. Seis anos atrás eu escrevi sobre os esforços da Dra. Mary Newport
para tratar o Alzheimer de seu marido usando o óleo de coco.

Ele teve sucesso por vários anos, porém infelizmente isso não o curou. Veech
acredita que sua formulação de cetona teria uma taxa de sucesso maior e, uma
vez comercialmente disponível, pode ser uma alternativa de tratamento viável.

Pessoalmente acredito ser melhor manter o óleo TCM ou o óleo de coco até
que a safra atual de suplementos tenha sido pesquisada mais a fundo.
As cetonas, na verdade, parecem ser a fonte energética preferida para o
cérebro em pessoas afetadas por diabetes, Alzheimer, Parkinson e talvez até
mesmo ELA, porque nestas doenças certos neurônios tornam-se resistentes à
insulina ou perderam a capacidade de usar a glicose de forma eficiente.

Como resultado, os neurônios lentamente morrem. Se as cetonas estão


presentes, estes neurônios podem permanecer capazes de sobreviver e
prosperar.

Diferentemente dos carboidratos, as cetonas não estimulam aumento da


insulina. Outro benefício: elas não precisam de insulina para ajudá-las a
atravessar as membranas celulares, incluindo membranas neuronais.

Em vez disso, elas usam difusão simples para poder até mesmo entrar nas
células que se tornaram resistentes à insulina.

Como Aumentar os Níveis de Cetona Naturalmente


Além de consumir suplementos exógenos à base de cetonas, caso em que
você deve tomar cuidado com relação à seleção, você pode aumentar a
produção natural de cetonas pelo organismo da seguinte forma:

•Jejum de água somente ou outros tipos de jejum intermitente, tais como Jejum
de Pico.

•Realizar exercícios em jejum (por exemplo, se você está em Jejum de Pico,


você pode fazer exercícios de manhã, enquanto ainda está em jejum, antes de
fazer a primeira refeição).

•Adotar uma dieta cetogênica, o que significa consumir alimentos ricos em


gorduras saudáveis, com quantidade moderada de proteína e baixo teor de
carboidratos (pense em carboidratos sem fibra).

Fontes de gorduras saudáveis incluem sementes, castanhas, manteiga,


abacate, óleo TCM e óleo de coco. Outro alimento bom é o cacau cru ou a
manteiga de cacau — é uma fonte fenomenal de gorduras saturadas saudáveis
e polifenois benéficos.

Manter o consumo de carboidrato líquido em ou abaixo de 50 gramas permite


que você entre em cetose nutricional (estado metabólico associado ao aumento
de produção de cetonas no fígado, reflexão biológica da capacidade de
queimar gordura).

No entanto, somos todos diferentes com relação à resposta a alimentos,


portanto considere que esta quantidade pode variar de pessoa para pessoa.

Algumas pessoas podem estar em estado de queima total de gordura com


cetose total em um determinado nível de carboidratos sem fibra maior que 50
gramas, às vezes até tão alto quanto 70 a 80 gramas. No entanto, se você for
resistente à insulina ou tiver diabetes tipo 2, você pode precisar limitar os
carboidratos líquidos em 20 ou 30 gramas por dia.
Para descobrir a meta pessoal de carboidratos, é importante medir não apenas
a glicose no sangue, como também o nível de cetonas, o que pode ser feito
através da urina, do hálito ou do sangue.

Isto fornecerá a você uma medida objetiva se você está verdadeiramente em


cetose ou apenas confiando na quantidade de carboidratos que você consome.

A Dieta Cetogênica Também Promove Aumento de Massa


Muscular e Longevidade
Pesquisa realizada recentemente encontrou cerca de dezenas de genes
associados à longevidade. Um destes genes efetivamente interfere na
degradação de aminoácidos de cadeia ramificada, tais como leucina,
importante na construção de massa muscular.

Curiosamente, as cetonas compartilham uma similaridade estrutural com estes


aminoácidos de cadeia ramificada e parecem ser preferencialmente
metabolizadas.

Em outras palavras, as cetonas disponibilizam estes aminoácidos de cadeia


ramificada, deixando altos níveis deles disponíveis, o que pode promover
longevidade e manter a massa muscular.

Portanto, as cetonas produzidas não somente ajudam a alimentar o cérebro e


manter a mente clara, como igualmente a cetose disponibiliza proteína
muscular permitindo que o organismo mantenha a massa muscular intacta em
vez de degradá-la para cumprir as necessidades energéticas.

É assim que a cetose permite que humanos sobrevivam tanto tempo sem
alimento (aproximadamente 70 dias).

Em múltiplos estudos realizados, incluindo os realizados por Veech, as cetonas


demonstraram ser tanto neuroterapêuticas quanto neuroprotetoras. Elas
igualmente parecem diminuir os marcadores de inflamação sistêmica, tais
como IL-6 e outros.

Na análise final, acredito que exista um futuro para as cetonas suplementares.


Apenas tome cuidado com a maioria disponível – use, porém não abuse!

No momento, parece que o óleo TCM é a melhor opção e talvez a mais segura,
pois é praticamente impossível ter uma overdose dele (o organismo se
encarregará de eliminar seu excesso causando diarreia – não teste seus
limites!). Prefiro o óleo TCM C8 àqueles contendo C8 e C10.

Uma observação final: Veech e equipe estão trabalhando arduamente para


tornar estes ésteres cetona comercialmente disponíveis, porém pode levar
ainda um tempo até que você possa comprá-los.
Oxidação

A primeira etapa do processo é a oxidação. Nessa primeira fase do processo,


tanto o cumeno fresco, quanto o cumeno reciclado (originado de outras fases do
processo) são bombeados para um tanque de oxidação. O oxigênio necessário
nessa fase é tirado diretamente da atmosfera, porém, primeiro esse ar é filtrado
e comprimido. O calor liberado nessa reação de oxidação pode ser usado para
ajustar a temperatura do cumeno (que entra no tanque frio) ou, em unidades
produtivas maiores, esse calor pode ser usado na fase de concentração para
vaporizar o cumeno.

Após a reação, o ar que não reagiu é passado por um condensador, com intuito
de separar hidrocarbonetos e cumeno do ar para que, assim, esse possa ser
devolvido à atmosfera, enquanto que o cumeno pode ser reciclado. Ao final
dessa fase, se formará o hidroperóxido de cumeno (CHP), além de outros
produtos como o dimetil-fenilcarbonil (DMPC). [1]

O CHP é um composto muito instável e reativo (assim como a maior parte dos
peróxidos orgânicos). Logo, menos de 40% do cumeno (normalmente a
quantidade que reage é em torno de 35% [11]) presente no tanque reage, para
evitar que ocorra uma explosão. Com essa conversão menor, a concentração do
CHP no tanque de oxidação não será tão alta e nem liberará tanto calor,
evitando, assim, a decomposição prematura do peróxido, além de obter maior
seletividade na formação do CHP. O cumeno que não reagiu tem de ser
separado e reciclado, contribuindo para o aumento dos custos finais [8].

(imagem retirada do artigo “Phenol Process Celebrates Its 60th Anniversary: The Role of Chemical Principles in
Technological Breakthroughs1”escrito por V. Zakoshansky)

Como já dito anteriormente, nessa fase também ocorre a formação de


subprodutos, assim a conversão do cumeno em CHP apresenta seletividade em
torno de 90% (base molar). Tal seletividade é maior na presença de apenas
oxigênio gasoso (95% em base molar) e bem menor na presença de todo
oxigênio dissolvido na fase liquida (em torno de 50% em base molar). [2]
Durante a reação a temperatura do sistema oscila entre 90°C e 130ºC
(normalmente ocorrendo na média, 110ºC), enquanto que a pressão oscila entre
1 atm e 10 atm (normalmente, ocorrendo a 7 atm). Outro dado também relevante
é que essa reação, como já dito anteriormente, é exotérmica, com um calor de
reação de -117kJ/mol. [7] [9].

Concentração

Após a formação do CHP, e dos outros subprodutos, a mistura é transportada


para uma coluna de concentração onde, como o próprio nome diz, haverá um
aumento da concentração do CHP, pois como foi dito anteriormente, menos de
40% do cumeno reage na primeira fase (ou seja, há mais cumeno do que CHP
após a fase de oxidação).

Para aumentar essa concentração, a coluna normalmente opera a pressões


próximas ao vácuo, pois assim a temperatura de ebulição do cumeno diminui. É,
então, transferido calor para essa coluna, fazendo com que o cumeno se separe
da solução, podendo ser coletado e transportado para os tanques de oxidação.
Após essa separação, a concentração do CHP aumenta significativamente, o
que possibilitará uma maior eficiência na próxima fase. [1]

Decomposição

Essa é a etapa mais complexa do processo de produção do fenol. Isso se deve


ao fato de que nessa fase ocorrem diversas reações químicas (mais que 60) no
mesmo reator, além de que nessa fase ocorre a decomposição do CHP, um
composto muito instável, que libera calor a uma taxa muito rápida, sendo
necessária a remoção desse calor também de forma muito rápida, para que não
ocorra um acidente. [2]
(imagem retirada do artigo “Phenol Process Celebrates Its 60th Anniversary: The Role of Chemical Principles in
Technological Breakthroughs1”escrito por V. Zakoshansky)

De maneira simplificada, essa fase ocorre da seguinte forma: a mistura


presente na concentração é bombeada para um reator onde ocorrerá a clivagem.
Nesse reator, é adicionado um ácido forte, normalmente ácido sulfúrico, (numa
proporção de 1% em massa em relação aos reagentes) [11], que será o
catalisador da reação. Os produtos que se desejam obter ao final do processo
são, principalmente, o fenol, a acetona e o α-metilestireno (AMS). Então, é
preciso fornecer condições que possibilitem a maior seletividade possível para a
formação desses produtos. E isso ocorre mantendo a temperatura do meio em
torno de 60 ºC. [2] O calor liberado na reação é de -252KJ/mol [11].

A conversão do CHP em fenol e acetona é quase completa, em torno de 99,5%


(utilizando-se o método da empresa KBR), enquanto que a conversão do dimetil-
fenilcarbinol em α-metilestireno é de aproximadamente 90%(utilizando-se o
método da empresa Sunoco/UOP). [1]

Neutralização e separação

O produto da unidade de clivagem é resfriado e fenolato de sódio é adicionado


para a neutralização do ácido sulfúrico, que é, então, removido sob a forma de
sulfato de sódio. O produto de neutralização é enviado para a unidade de
destilação, sendo a primeira delas a coluna de acetona, onde temos a obtenção
de acetona pura como principal superior. A parte inferior da coluna de acetona é
enviada para outra coluna de destilação onde o AMS, CHP, DMPC, fenol e
água são separados como produto superior, tendo como principal produto
inferior obtido o sulfato de sódio sólido. A água é separada em um
decantador e levada para a seção de tratamento.

O fenol é separado do AMS em uma terceira coluna de destilação, estando


apto para sua comercialização. Nessa coluna, também são retirados os traços
de impureza, que no caso seriam o CHP e o DMPC restantes. O α-metilestireno,
por sua vez, pode ser hidrogenado numa fase seguinte. A hidrogenação leva
à formação de mais cumeno, que pode ser usado pela indústria na obtenção de
mais fenol. O AMS também pode ser separado e comercializado à parte [7]. Em
nosso trabalho, optamos pelo método da hidrogenação do AMS.

Conversão das reações

De maneira simplificada, a reação que ocorre no processo de formação do


fenol pode ser descrita por:

(Imagem retirada do artigo “Industrial catalytic processes—phenol production” de Robert J. Schmidt)

Porém, como foi visto, principalmente na fase de decomposição o processo


não é tão simples e direto assim. Outra reação importante, citada ao longo do
texto, é a reação de produção do AMS, que pode ser simplificada dessa forma:

(Imagem retirada do artigo “Industrial catalytic processes—phenol production” de Robert J. Schmidt)


O principal membro da classe das Cetonas (substâncias orgânicas
oxigenadas) recebe a denominação de Acetona (ou ainda, propanona ou
dimetil-cetona).

Características físicas da acetona:

Este composto orgânico sintético tem a forma de um líquido incolor de


odor característico e facilmente distinguido.

É fácil notar a presença da acetona nos salões de beleza, onde é usado


na remoção de esmaltes. Basta abrir o recipiente que o contém e
rapidamente o mesmo é inalado, pois evapora facilmente, além de ser
inflamável (CUIDADO!) e solúvel em água.

CH3(CO)CH3
Fórmula química da acetona

Fórmula molecular da acetona

Obtenção da Acetona

Existem vários métodos de se obter Acetonas, um deles consiste em


aquecer acetato de cálcio 300°C. A equação abaixo representa o
processo:

A acetona (C3H6O) aparece como um dos produtos finais do processo.

Conheça algumas das utilizações da acetona:

O principal uso é com solvente de tintas, vernizes e esmaltes. É usada


também como agente secante de objetos, como por exemplo, de
recipientes em laboratórios. Devido a propriedade de ser miscível com a
água, combinam-se ambos os líquidos e então evapora.

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