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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
FUNDAÇÕES

Aula 10 – Fundações Profundas - Dimensionamento

Augusto Romanini (FACET – Sinop)

Sinop - MT
2018/2
Dimensionamento

Método Aoki - Velloso

Método Decourt - Quaresma

Exemplos

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 2


AULAS

Aula 00 – Apresentação / Introdução

Parte I –
Aula 01 – Investigação do subsolo Aula 02 – Rebaixamento do Lençol Freático

Parte II –
Aula 03 – Capacidade de carga do solo - Teórico Aula 04 – Capacidade de carga do solo - SPT

Aula 05 – Fundações por sapatas Aula 06 – Dimensionamento de Sapatas

Aula 07 – Análise de recalque em sapatas Aula 08 – Dimensionamento de tubulões

Parte III –
Aula 08 – Fundações por estacas Aula 09 – Dimensionamento de estacas

Parte IV –
Aula 10 – Escolha do tipo de fundações Aula 11 –

23/11/2018 FUNDAÇÕES 3
Dimensionamento

A capacidade de carga de uma fundação (σr) é definida como a tensão


transmitida pelo elemento de fundação capaz de provocar a ruptura do solo ou a
sua deformação excessiva.

A capacidade de carga das fundações depende de uma série de variáveis, como


por exemplo, das dimensões do elemento de fundação, da profundidade de
assentamento, das características dos solos, etc.

No Brasil, os dois métodos mais utilizados para o


dimensionamento de fundações em estacas são os conhecidos como Aoki e
Velloso (1975), e Décourt e Quaresma, (1978).

Para tipos específicos de estacas há também métodos específicos, tais como o de


Cabral (1986) e o da Brasfond ambos para estacas-raiz.

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Capacidade de Carga em Estacas

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Método Aoki - Velloso

Considerando que o fuste da estaca


atravessa n camadas distintas de solo, as
parcelas de resistência de ponta (Rp) e de
resistência lateral (Rl) que compõem a
capacidade de carga (R) são dadas por:

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Método Aoki - Velloso

Onde:
rp= capacidade de carga do solo na cota de apoio do elemento estrutural
Ap= área da seção transversal da ponta
rl= tensão média de adesão ou de atrito lateral na camada de espessura Δl
U= perímetro da seção transversal do fuste

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Método Aoki - Velloso

Os valores de rp e rl podem ser calculados a partir da resistência de ponta (qc) e


do atrito lateral unitário (fc ) medidos em ensaio de penetração estática CPT:

Em que F1 e F2 são coeficientes de transformação que englobam o tipo de


estaca e o efeito escala entre a estaca (protótipo) e o cone do CPT (modelo).

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Método Aoki - Velloso

Para estacas pré-moldadas de pequeno diâmetro, o valor de F1=1,75


mostrou-se muito conservador. Por isso, Aoki (1985) faz nova proposição para
o coeficiente empírico F1 para estaca pré-moldadas de concreto:

Onde D é o diâmetro ou lado (em metros) do fuste da estaca, mantendo a


relação F2=2F1. Tipo de estaca F1 F2
Franki 2,50 5,00
Metálica 1,75 3,50
Pré-moldada 1,75 3,50

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Método Aoki - Velloso

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Método Aoki - Velloso

Quando não se mede o valor de fc, pode-se correlacioná-lo com a resistência


de ponta qc:

Em que α é função do tipo de solo.

Além disso, quando não se dispõe de ensaios de CPT, o valor da resistência de


ponta (qc) pode ser estimado por uma correlação com o índice de resistência à
penetração (N) nos ensaios de SPT:

Em que K depende do tipo de solo.


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Método Aoki - Velloso

Tipo de solo K (Mpa) α(%)


Areia 1,00 1,40
Areia siltosa 0,80 2,00
Areia silto-argilosa 0,70 2,40
Areia argilosa 0,60 3,00
Areia argilo-siltosa 0,50 2,80
Silte 0,40 3,00
Silte arenoso 0,55 2,20
Silte areno-argiloso 0,45 2,80
Silte argiloso 0,23 3,40
Silte argilo-arenoso 0,25 3,00
Argila 0,20 6,00
Argila arenosa 0,35 2,40
Argila areno-siltosa 0,30 2,80
Argila siltosa 0,22 4,00
Argila silto-arenosa 0,33 3,00

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Método Aoki - Velloso

Pode-se então reescrever as expressões para rp e rl:

Em que Np e Nl são, respectivamente o índice de resistência à penetração na cota


de apoio do elemento estrutural de fundação e o índice de resistência à
penetração médio na camada de espessura Δl, obtidos através da sondagem
mais próxima. (média ponderada do SPT)

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Método Aoki - Velloso

Portanto, a capacidade de carga (R) de um elemento isolado de fundação pode


ser estimada pela fórmula semi-empírica

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Método Decourt - Quaresma

Rapidamente neste método a capacidade de carga de uma estaca (Carga de


Ruptura – chamaremos de “Qu”) será obtida pela simples fórmula abaixo:

𝑸𝒖 = 𝜶 ∙ 𝒒𝒑 ∙ 𝑨𝒑 + 𝜷 ∙ 𝒒𝒔 ∙ 𝑨𝒔

qp é a tensão de ruptura de ponta;


Ap é a área da ponta da estaca;
qs é o valor do atrito lateral unitário;
As é a área lateral da estaca;

α é um parâmetro de ajuste para estacas não cravadas;


β é outro parâmetro de ajuste para estacas não cravadas.

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Método Decourt - Quaresma 𝑸𝒖 = 𝜶 ∙ 𝒒𝒑 ∙ 𝑨𝒑 + 𝜷 ∙ 𝒒𝒔 ∙ 𝑨𝒔

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Método Decourt - Quaresma

O princípio é intuitivo, o solo irá atuar na lateral e na ponta da estaca para


impedir que ela “afunde”. Esse limite entre a força máxima aplicada na estaca e
o início do deslocamento do solo (ruptura) define a capacidade de carga da
estaca.

A tensão de ruptura de ponta possui a seguinte equação


𝑞𝑝 = 𝐶 ∙ 𝑁
C é um coeficiente tabelado em função do tipo de solo

N é o Nspt, número SPT ou ainda, o número de golpes necessários para


equipamento da sondagem penetrar 30 cm no solo. Esse número você obtém no
resultado da sondagem à percussão executada no terreno;

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Método Decourt - Quaresma

Tipo de solo C (kPa)


Argila 120
Silte argiloso * 200
Silte arenoso * 250
Areia 400
* Alteração de rocha (solos residuais)

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Método Decourt - Quaresma

Décourt e Quaresma (1978) apresentaram um processo de avaliação de


capacidade de carga de estacas com base nos valores N do ensaio SPT.

Esse método foi originalmente previsto para estacas de deslocamento (pré-


moldadas).

As parcelas de resistência (Rl e Rp) da capacidade de carga (R) de um elemento


isolado de fundação são expressas por:

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Método Decourt - Quaresma

A estimativa da tensão de adesão ou de atrito lateral (rl) é feita com o valor médio
do índice de resistência à penetração do SPT ao longo do fuste (Nl), de acordo com
uma tabela apresentada pelos autores, sem nenhuma distinção quanto ao tipo de
solo.
No cálculo de Nl adotam-se os limites:

Não se consideram os valores que serão analisados na avaliação da


resistência de ponta.

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Método Decourt - Quaresma

Em 1982 os valores tabelados foram transformados na seguinte expressão:

E estende-se o limite superior de Nl=15 para Nl=50, para estacas de


deslocamento e estacas escavadas com bentonita, mantendo-se para
estacas Strauss e tubulões a céu aberto.
O limite inferior Nl=3 não é alterado.

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Método Decourt - Quaresma

A capacidade de carga do solo junto à ponta ou base do elemento estrutural de


fundação (rp) é estimada pela equação:

Em que:

Np é o valor médio do índice de resistência à penetração na ponta ou base do


elemento estrutural de fundação, obtido a partir de três valores: o correspondente
ao nível da ponta ou base, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior.

C e um fator característico do solo.

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Método Decourt - Quaresma

Tipo de solo C (kPa)


Argila 120
Silte argiloso * 200
Silte arenoso * 250
Areia 400
* Alteração de rocha (solos residuais)

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Método Decourt - Quaresma

Finalmente a carga admissível da fundação é calculada, e deve ser:

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Exemplo

01 – Para o relatório SPT fornecido


abaixo deve-se fazer a previsão da
capacidade de carga de uma estaca
pré – moldada de concreto quadrada,
com dimensões 0,20 x 0,20 m. Faça a
estimativa utilizando os método de
Aoki – Velloso e Decourt – Quaresma.
A resistência da estaca é 200 kN e
sua dimensão é de 12 m.

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

02 – Para o bloco de estacas ao lado


calcule a carga atuante de cada
estaca no conjunto de estaca.
São fornecidos:
N = 2100 kN
Mx = -500 kN.m
My = +400 kN.m

𝑁 𝑀𝑦 ∙ 𝑥𝑖 𝑀𝑥 ∙ 𝑦𝑖
𝑃𝑖 = ± ±
𝑛 σ 𝑥𝑖2 σ 𝑦𝑖2

Seguir orientação do plano


cartesiano

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Exemplo

𝑁 𝑀𝑦 ∙ 𝑥𝑖 𝑀𝑥 ∙ 𝑦𝑖
𝑃𝑖 = ± ±
𝑛 σ 𝑥𝑖2 σ 𝑦𝑖2

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Exemplo

395 521

312 355

*145 271 kN

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Exemplo

Nos blocos o comportamento das estacas difere do comportamento de um estaca


isolada, porque no grupo de estacas é maior o recalque do que numa estaca
isolada, devido ao efeito do bulbo de pressões das várias estacas, resultando um
bloco de pressões de dimensões maiores. Inclusive a capacidade de suporte de
um grupo de estacas é menor do que a soma das capacidades de cargas das
estacas consideradas isoladamente.
Segundo a regra de Feld: Consiste em descontar 1/16 da eficiência de cada
estaca, para cada estaca vizinha a ela. O método de Feld não se refere a um
grupo específica de estacas.
O método de Feld não leva em consideração a distância entre as estacas, e
pode ser equacionado da seguinte forma:

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

Quando uma estaca de um bloco não pode ser aproveitada, o bloco tem que ser
reformulado e deve atender:
a) Manter o centro de gravidade do bloco ou, no caso de não ser mantido, verificar
a carga na estaca mais carregada.
b) Manter o espaçamento mínimo entre estacas aproveitadas:
2,5 x ∅ para estacas pré-moldadas
3,0 x ∅ para estacas moldadas in loco

c)Manter uma distância mínima de 1,5 x ∅ entre qualquer estaca não aproveitada
de uma nova que a substituirá, porém sempre acima de 30cm.

d) Na reformulação não devem existir diâmetros diferentes de estacas.

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

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Exemplo

http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pre-moldados/ABCIC_IVAN_JOPPERT-%20Estacas.pdf

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Exemplo

Uma margem de quebras situada entre 2% e 5% é bastante razoável e


representativa da grande parte das obras executadas. Quando a margem de
quebras de estacas em uma determinada obra aproxima-se de 5%, faz-se
prudente atentar que medidas imediatas devam ser tomadas, no intuito de analisar
suas causas prováveis. Nesses casos, deve-se efetuar reunião conjunta, na obra,
entre o cliente, o executor e o projetista para a tomada imediata de medidas
corretivas.
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pre-moldados/ABCIC_IVAN_JOPPERT-%20Estacas.pdf

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Exemplo

Ao contrário, quando a margem de quebras de estacas em uma determinada obra


aproxima-se de 1%, certamente deve-se desconfiar que algo esteja errado no
controle efetuado em campo. Valores inferiores a 1% são diretamente proporcionais
à probabilidade de ocorrência de problemas sérios no futuro, problemas esses
decorrentes de total falta de controle operacional durante a execução da obra,
tais como a não observância de que estacas foram mal cravadas e até mesmo
que estacas quebradas foram admitidas como satisfatórias.
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pre-moldados/ABCIC_IVAN_JOPPERT-%20Estacas.pdf

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Exemplo

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Nega

Nega é a medida da penetração permanente de uma estaca, causada


pela aplicação de um golpe de martelo ou pilão, sempre relacionada com
a energia de cravação. Dada a sua grandeza, em geral é medida para
uma série de dez golpes
(Fonte: NBR 6122/2010)

Ou seja a execução das estacas é feita pela cravação até alcançar a


cota de nega definida pelo projeto. Por exemplo, com uma nega de
2mm significa dizer que alcança-se a cota de nega quando, ao final
da cravação, alcançar camadas que penetra-se apenas 20mm com
10 golpes - 20/10.

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Nega

Nega é o comprimento
médio, pré-fixado em
projeto, obtido dos 10
últimos golpes do martelo
(ou pilão) durante o
processo de cravação de
uma estaca.

É uma medida dinâmica e


indireta da capacidade de
carga de uma estaca e tem
o objetivo de verificar a
uniformidade do
estaqueamento.

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Nega

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Nega

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Nega

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Nega

• A Nega corresponde a penetração permanente da estaca, quando sobre a mesma se


aplica um golpe do martelo. Em geral é obtida como um décimo de penetração para dez
golpes.
𝑊 2 . 𝑃 .ℎ
Fórmula de Brix 𝑆=
𝑅 .(𝑊+𝑃)2
𝑊2 . ℎ
Fórmula dos Holandeses 𝑆=
𝑅 .(𝑊+𝑃)

W = Peso do Martelo
h = altura de queda do martelo
R = Resistencia do solo à penetração da estaca
Brix → R = 5 x carga admissível da estaca
Holandeses → R = 10 x carga admissível da estaca
P = Peso da estaca
S = nega correspondente ao valor de h

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 56


Exemplo

03 – Você deve fazer o dimensionamento de um sistema de fundação profundas de


um pilar, com dimensão 100 x 30 cm, seguindo a ilustração. São fornecidos:
N = 2400 kN
Mx = +100 kN.m 30 cm
My = -50 kN.m 100 cm

Na região o SPT (anexo) apresenta uma baixa capacidade de suporte e presença


de nível de água próximo a superfície. É comum o uso de estacas escavadas do
tipo hélice continua.
É solicitado:
a) Dimensionamento geotécnico
b) Número de estacas
c) Verificação das cargas nas estacas
d) Dimensões geométricas do bloco ( L,B e H)

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Exemplo

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Por técnica de execução Estaca Hélice Contínua

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Exemplo

𝑁 𝑀𝑦 ∙ 𝑥𝑖 𝑀𝑥 ∙ 𝑦𝑖
𝑃𝑖 = ± ±
𝑛 σ 𝑥𝑖 σ 𝑦𝑖
𝐴 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 ℎ 𝑠𝑒𝑟á 𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒:

𝑁 1,5 𝑀𝑥 + 2,0𝑀𝑦 ℎ ≥ 0,75 ∙ 𝐿 − 𝐷𝑒


𝑁𝑚𝑎𝑥 = +
𝑛 𝑛 ℎ ≥ 0,75 ∙ 𝐿 − 𝑏0

𝑁 1,5 𝑀𝑥 + 2,0𝑀𝑦
𝑁𝑚𝑖𝑛 = −
𝑛 𝑛

𝑁𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
𝑛=
𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎

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Exemplo Para 40 cm

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 61


Exemplo Decourt - Quaresma

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Exemplo Decourt - Quaresma

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Método Decourt - Quaresma Decourt - Quaresma

Tipo de solo C (kPa)


Argila 120
Silte argiloso * 200
Silte arenoso * 250
Areia 400
* Alteração de rocha (solos residuais)

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 64


Exemplo Aoki - Velloso

K = 0,23

 = 3,40

K = 0,23

 = 3,40
K = 0,40

 = 3,00

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 65


Exemplo

K = 0,55

 = 2,20

K = 0,80

 = 2,00

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 66


Método Aoki - Velloso

Tipo de solo K (Mpa) α(%)


Areia 1,00 1,40
Areia siltosa 0,80 2,00
Areia silto-argilosa 0,70 2,40
Areia argilosa 0,60 3,00
Areia argilo-siltosa 0,50 2,80
Silte 0,40 3,00
Silte arenoso 0,55 2,20
Silte areno-argiloso 0,45 2,80
Silte argiloso 0,23 3,40
Silte argilo-arenoso 0,25 3,00
Argila 0,20 6,00
Argila arenosa 0,35 2,40
Argila areno-siltosa 0,30 2,80
Argila siltosa 0,22 4,00
Argila silto-arenosa 0,33 3,00

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Exemplo Para 50 cm

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Por técnica de execução Estaca Hélice Contínua

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Exemplo Para 80 cm

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 70


Exemplo

𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎

𝑎
2𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 ≤ 1)
𝑑
𝑎
1,96 ∙ 𝑉 𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 1 < ≤ 1,5)
≤ 𝑑
𝐵∙𝑑 𝑎
0,4𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 > 2)
𝑑

𝑆
𝑎 = (𝑚)
2 0,1𝑓𝑐𝑘 ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 ≤ 18 𝑀𝑃𝑎)
𝑓𝑡𝑘 =
𝑑 = ℎ − 0,10 (𝑚) 0,06𝑓𝑐𝑘 + 0,7 ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 > 18 𝑀𝑃𝑎)

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 71


Exemplo

𝑃(2𝑆 − 𝑏0 )
𝑇 =
8𝑑
1,61 ∙ 𝑇
𝐴𝑠 =
50

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 72


Exemplo

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 73


Exemplo

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 74


Exemplo

Exemplo 04 - Um bloco com três estacas pré moldada de 30 cm de diâmetro,


foram dimensionadas em um perfil geotécnico. O espaçamento sugerido entre as
estacas é de 80 cm. A seção do pilar é quadrada de 40 x 40 cm e recebe carga
P=2700 kN. O concreto disponível é de 20 MPa. Quais as dimensões do bloco e
respectivas áreas de aço?

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 75


Exemplo

𝑁 𝑀𝑦 ∙ 𝑥𝑖 𝑀𝑥 ∙ 𝑦𝑖
𝑃𝑖 = ± ±
𝑛 σ 𝑥𝑖 σ 𝑦𝑖 𝐴 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 ℎ 𝑠𝑒𝑟á 𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒:

𝑁 1,5 𝑀𝑥 + 2,0𝑀𝑦 ℎ ≥ 0,75 ∙ 𝐿 − 𝐷𝑒


𝑁𝑚𝑎𝑥 = +
𝑛 𝑛 ℎ ≥ 0,75 ∙ 𝐿 − 𝑏0

𝑁 1,5 𝑀𝑥 + 2,0𝑀𝑦
𝑁𝑚𝑖𝑛 = −
𝑛 𝑛

𝑁𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
𝑛=
𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 76


Exemplo

𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎

𝑎
2𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 ≤ 1)
𝑑
𝑎
1,96 ∙ 𝑉 𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 1 < ≤ 1,5)
≤ 𝑑
𝐵∙𝑑 𝑎
0,4𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 > 2)
𝑑

𝑆
𝑎 = (𝑚)
2 0,1𝑓𝑐𝑘 ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 ≤ 18 𝑀𝑃𝑎)
𝑓𝑡𝑘 =
𝑑 = ℎ − 0,10 (𝑚) 0,06𝑓𝑐𝑘 + 0,7 ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 > 18 𝑀𝑃𝑎)

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 77


Exemplo

1,61 ∙ 𝑇
𝐴𝑠 =
50

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 78


Exemplo

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 79


Exemplo

Exemplo 05 - Um bloco com 4 estacas escavas de 40 cm de diâmetro, foram


dimensionadas em um perfil geotécnico. O espaçamento sugerido entre as
estacas é de 1,20 m. A seção do pilar é quadrada de 50 x 50 cm e recebe carga
P=2200 kN. O concreto disponível é de 25 MPa. Quais as dimensões do bloco e
respectivas áreas de aço?

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 80


Exemplo

𝑁 𝑀𝑦 ∙ 𝑥𝑖 𝑀𝑥 ∙ 𝑦𝑖
𝑃𝑖 = ± ±
𝑛 σ 𝑥𝑖 σ 𝑦𝑖 𝐴 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 ℎ 𝑠𝑒𝑟á 𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒:

𝑁 1,5 𝑀𝑥 + 2,0𝑀𝑦 ℎ ≥ 0,75 ∙ 𝐿 − 𝐷𝑒


𝑁𝑚𝑎𝑥 = +
𝑛 𝑛 ℎ ≥ 0,75 ∙ 𝐿 − 𝑏0

𝑁 1,5 𝑀𝑥 + 2,0𝑀𝑦
𝑁𝑚𝑖𝑛 = −
𝑛 𝑛

𝑁𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
𝑛=
𝑁𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 81


Exemplo

𝑉𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎

𝑎
2𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 ≤ 1)
𝑑
𝑎
1,96 ∙ 𝑉 𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 1 < ≤ 1,5)
≤ 𝑑
𝐵∙𝑑 𝑎
0,4𝑓𝑡𝑘 (𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 > 2)
𝑆 𝑑
𝑎= (𝑚)
2
𝑑 = ℎ − 0,10 (𝑚)
0,1𝑓𝑐𝑘 ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 ≤ 18 𝑀𝑃𝑎)
𝑓𝑡𝑘 =
𝑒 2 0,06𝑓𝑐𝑘 + 0,7 ( 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 > 18 𝑀𝑃𝑎)
𝑑≥ (𝑚)
2

23/11/2018 Fundações Profundas - Introdução 82


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