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GOIS, M.A.F.1; LUCAS, F.C.A.1*; COSTA, J.C.M.1; MOURA, P.H.B. DE1; LOBATO, G. DE J.M.1
1
Universidade do Estado do Pará, Rua Djalma Dutra, s/n, CEP: 66.050-540, Belém-Pará. *Autor para
correspondência: copaldoc@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
O interesse dos povos em relação ao meio dentro do contexto sociocultural. Etnoespécies
ambiente, e em especial aos vegetais, data de foram citadas, bem como quadros sintomáticos e
milhares de anos (Leite et al., 2015). As primitivas as receitas empregadas para cada doença.
civilizações notaram que existiam plantas que Com uma abordagem etnodirigida, este
quando experimentadas no combate às doenças, trabalho objetivou selecionar, na comunidade Rio
revelaram o seu potencial curativo (Lima et al., Urubueua de Fátima, Abaetetuba-Pará, as espécies
2007). Quando os primeiros europeus chegaram ao indispensáveis no tratamento de transtornos do
Brasil visualizaram de imediato grande quantidade sistema gastrointestinal, em determinado contexto
de espécies medicinais empregadas por povos de uso, associado a um conhecimento construído
indígenas, e nessa troca de culturas que houve localmente, como forma de contribuir com a
profundo envolvimento com a flora local e seu descoberta de novos fármacos de interesse médico
poder curativo, e os saberes trazidos da Europa e ou farmacêutico. Para tanto, foram formuladas
da África, principalmente, por escravos africanos as seguintes questões: Quais são as espécies
(Amorozo, 2002). vegetais, formas de uso e partes da planta utilizadas
Informações sobre plantas, pessoas e no tratamento do sistema gastrointestinal? Quais
cultura, associado a um registro experimental de uso, são as receitas amplamente empregadas na
com comprovado efeito biológico são analisadas e comunidade para cura das doenças?
estudadas por disciplinas como a etnobotânica e
a etnofarmacologia. Estas abordagens propiciam
a seleção de espécies indicadas com base em MATERIAL E MÉTODOS
saberes locais, focando a aplicação que fazem deles
em seus sistemas de saúde e doença (Albuquerque Autorização de acesso ao Patrimônio
& Hanazaki, 2006). A partir disso, obtêm-se genético e conhecimentos tradicionais
informações da etiologia da doença, medicamento, Antes de iniciar a pesquisa, foi realizada
modo de administração, objetivos terapêuticos e reunião junto à comunidade para apresentação do
outros detalhes que subsidiam o entendimento da projeto e assinatura do Termo de Anuência Prévia
cultura local (Etkin, 2001). (TAP). Posteriormente, foi solicitada autorização
Plantas com propriedades curativas, ainda ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético
hoje, se constituem como principal alternativa para (CGEN), Ministério do Meio Ambiente, que foi
a cura de doenças em comunidades tradicionais por concedida na 104° Reunião Ordinária, cujo processo
todo o mundo (Jesus et al., 2009). Para o tratamento (n°02000.000586/2012-80) foi apreciado por meio da
de doenças gastrointestinais plantas como a erva- deliberação de autorização do CGEN n° 148/2013.
cidreira (Lippia alba (Mill) N. E. Brown, Verbenaceae)
que atua em perturbações digestivas, hepáticas, O ambiente de estudo
diarreicas e disenterias (Barbosa et al., 2006) e a O município de Abaetetuba está localizado
goiaba (Psidium guajava L., Myrtaceae) que contém na mesorregião do nordeste paraense, com
nas suas folhas propriedades antidiarreicas (Olajide população estimada em 141.100 habitantes, que
et al., 1999; Lin et al., 2002) têm amplo emprego, tem como atividades econômicas o comércio,
principalmente em face à carência no atendimento pecuária, agricultura e extrativismo, especialmente
à saúde pública ou acesso restrito à medicamentos. de madeira, palmito e frutos de açaí e miriti (IBGE,
No Brasil, apesar das diversas contribuições 2010). A comunidade Rio Urubueua de Fátima
científicas quanto aos aspectos fitoquímicos e (S 01°37’92”; W 48°58’42”) está inserida em uma
atividade biológica (Jorge et al., 2004; Duarte et al., das 72 ilhas que também formam o município
2004; Silva & Faria, 2014), ainda são escassos os (Hiraoka & Rodrigues, 1997). A vegetação é típica
resultados para a descoberta de novos fármacos, de ecossistemas de várzea, com predomínio de
pois muitas das plantas listadas com potencial algumas espécies como o açaí (Euterpe oleracea
terapêutico a partir do saber tradicional ainda não Mart.), miriti (Mauritia flexuosa L.f.), mangueiro
foram investigadas quanto à sua eficácia do ponto (Rhizophora racemosa G. Mey.), seringueira (Hevea
de vista farmacológico (Di Stasi, 2002). brasiliensis (Willd. Ex A.Juss.) Müll.Arg.), aninga
Estudos etnobotânicos, como Germano (Montrichardia linifera (Arruda) Schott) e a munguba
et al. (2014) e Moura (2012), realizados na (Pachira aquatica Aubl.) ( Germano et al., 2014).
Comunidade ribeirinha de Rio Urubueua de Fátima, Em Rio Urubueua de Fátima não há
Abaetetuba-Pará, revelaram a aplicação de diversas saneamento básico ou coleta de lixo, o qual é
plantas que tratam doenças diarreicas, verminoses queimado ou enterrado nos quintais (Germano
e dores estomacais, sinalizando íntima relação entre et al., 2014). Existe um Posto de Saúde, de
os moradores e os recursos vegetais medicinais responsabilidade da Prefeitura de Abaetetuba-Pará,
TABELA 1. Espécies vegetais citadas pelos interlocutores na Comunidade Rio Urubueua de Fátima, Abaetetuba-
Pará. C: Cultivada Es: Espontânea.
Família/ Espécie Nome vernacular Indicação Parte usada N° de Citação Origem
AMARANTHACEAE
Chenopodium ambrosioides L. Mastruz Enjoo. Diarreia Folhas 4 C
MFS001287
ANACARDIACEAE Caju Diarreia Casca. Grelo* 3
Anacardium occidentale L. C
MG205695
APIACEAE Chicória Diarreia Raiz 1 C
Eryngium foetidum L.
MG205693 Sucuuba Gastrite Casca. Látex 2 ES
APOCYNACEAE
Himatanthus sucuuba
(Spruce ex Müll.Arg.) Woodson
MFS000281
ARECACEAE Açaí Diarreia Raiz 10 C/ES
Euterpe oleracea Mart.
MFS001261
ARISTOLOCHIACEAE Urubucaá Dor de barriga Folhas 1
Aristolochia trilobata L. C
MFS000309
ASTERACEAE Sucuriju Folhas
Mikania lindleyana DC. Marcela\macela Dor de estômago 1
MFS001281 Casca C
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera Boldo Dor de estômago 2
MFS001274 Gastrite. Folhas ES
Vernonia condensata Baker. Dor de estômago. Diarréia 8
MFS001264 C
CHRYSOBALANACEAE Anoerá Gastrite. Verminoses Casca 5
Licania laxiflora Fritsch ES
MFS000276
COSTACEAE Canaficha Gastrite Folhas 1
Costus lasius Loes. C
MFS001266
EUPHORBIACEAE Sacaca Dor de estômago Folhas 2
Croton cajucara Benth. C
MFS001284
FABACEAE
Bauhinia guianensis Aubl. Diarréia Folhas 2
MG200108 Escada-de-jabuti ES
Libidibia ferrea (Mart. ex. Tul.) Gastrite, Diarréia Fruto 3
L.P.Queiroz Jucá C
MFS000298 Diarréia Casca 1
Dalbergia monetaria L. f Verônica ES
MFS001267
continua...
TABELA 1. Espécies vegetais citadas pelos interlocutores na Comunidade Rio Urubueua de Fátima, Abaetetuba-
Pará. C: Cultivada Es: Espontânea.
continuação...
IRIDACEAE Marupazinho Dor de barriga. Diarréia Raiz 7
Eleutherine plicata (Sw.) Herb. C
MFS000095
LAMIACEAE C
Aeollanthus suaveolens Mart. Ex Spreng.
MFS002116 Catinga-de-mulata Dor de estômago. Diarréia Folhas 2 C
Enjôo Casca 1
VERBENACEAE Folhas 2
Lippia alba (Mill) N.E. Brown Manjerona-salva
MFS000287 Dor de estômago Folhas 1 C
Lippia thymoides Mart. & Schauer Erva-cidreira
MFS000317 Dor de estômago C
sua eficácia, conforme observado nas verbalizações (Amorozo & Gély, 1988; Vendruscolo & Mentz,
a seguir: “O mastruz e a hortelã são as espécies 2006).
que considero com maior importância” (M.E, 43
anos); “ Elixir paregórico e urubucaá são minhas Receitas terapêuticas
plantas indispensáveis” (R.M, 37 anos). A hortelã, Foram indicadas 74 receitas terapêuticas
tão comum para tratar diferentes enfermidades, para o trato gastrintestinal, sendo prioritárias nos
apresentou dezesseis citações de uso (Tabela 2), seguintes distúrbios digestivos: diarreia, dor de
enquanto que a urubucaá resultou em uma citação. barriga, gastrite, dor de estômago, vermes, amebas,
Os relatos evidenciam que, apesar da urubucaá ser úlceras e enjoos. Destas, 24 receitas são aplicadas
citada apenas uma vez, é de suma importância na somente para o tratamento de diarreia (Figura 1).
memória terapêutica da família que a citou. Ou seja, O elevado número de receitas a base de
uma planta expressa valor, independente de seu uso plantas medicinais destinadas a esse sistema sinaliza
ser amplo e popular. a gravidade com os problemas de saneamento
A tabela 2 mostra a percentagem de básico em populações ribeirinhas amazônicas.
concordância quanto aos usos principais (CUP), Pesquisas etnodirigidas com populações em
fator de correção (FC) e a CUP corrigida (CUPc) Salobrinho, Ilhéus, BA (Feijó et al., 2013) e em
das espécies que obtiveram quatro ou mais citações Sertão do Ribeirão, Florianópolis, SC (Giraldi &
de uso. Hanazaki, 2010), comprovaram que as plantas
Anoerá e Boldo, ambas listadas para o para os distúrbios gastrointestinais também estão
tratamento de gastrite, demonstraram valor máximo relacionadas à precária qualidade da água.
de CUP. Contudo, revelaram valores baixos para As receitas citadas pelos interlocutores são
CUPc, especialmente o anoerá, indicando baixo preparadas, exclusivamente, na forma de chás,
número de informantes que citou o uso principal para administrados oralmente, a partir de um preparado
esta espécie, portanto, com menor concordância que pode incluir apenas uma planta (receita simples)
deste uso na comunidade. Na comunidade de ou, em 41,5% dos relatos, mais de uma (receita
Sisal, município de Catu, Bahia (Neto et al., 2014), mista). Nas falas de um dos entrevistados, verificou-
o Boldo também obteve CUP máximo, salientando se o uso combinado do marupazinho, hortelã e
esta espécie como a mais relevante do acervo do açaí para o tratamento de diarreia: “pega dois
medicinal da comunidade, a qual é empregada pelos galhinhos de hortelã, uma raiz vermelhinha do açaí
moradores para dor de estômago, gastrite e diarreia, e meia batata do marupazinho. Ferve tudo junto,
podendo sugerir uma real efetividade no tratamento coa num pano e depois dá” (A.C.D, 84, anos). O uso
de doenças do sistema gastrointestinal. combinado de plantas foi retratado na Mata Atlântica
Hortelã, Caxinguba, Goiaba e Açaí (Pinto et al., 2006) e no Parque Estadual da Serra
indicaram CUPc maiores que 50%. O CUPc Furada, SC (Luca et al., 2014).
refere-se à fidelidade quanto a principal utilização As 74 receitas listadas pelos interlocutores
da espécie citada pelos informantes, sinalizando são amplamente empregadas e correspondem ao
que as espécies com um índice de concordância primeiro recurso de tratamento pelos moradores
relativamente alto podem ser promissoras para de Rio Urubueua de Fátima. Destas, 18 mostraram
estudos farmacológicos que possam corroborar concordâncias no modo de preparo e a sua
a eficácia de suas propriedades terapêuticas finalidade terapêutica (Tabela 3).
TABELA 2. Importância relativa, concordância quanto aos usos principais (CUP), fator de correção (FC), e
concordância quanto aos usos principais corrigida (CUPc) das espécies vegetais catalogadas na comunidade
Rio Urubueua de Fátima, Abaetetuba-Pará.
Nome Informantes que Usos Informantes que CUP FC CUPc (%)
vernacular citaram o uso da principais citaram usos
espécie principais
Açaí 10 Diarreia 9 90 0,6 54
Anoerá 5 Vermes. Gastrite 5 100 0,3 16,7
Boldo 8 Dor de estômago. 8 100 0,6 44,4
Gastrite
Caxinguba 11 Vermes 11 84,6 0,7 61,1
Goiaba 12 Diarreia 10 83,3 0,7 58,3
Hortelã 16 Diarreia.Vermes 14 87,5 1 87,5
Marupazinho 7 Dor de barriga. Diarréia 5 71,4 0,4 28,5
Mastruz 6 Vermes Gastrite 5 83,3 0,3 27,8
FIGURA 1. Receitas a base de plantas medicinais inventariadas em Rio Urubueua de Fátima para tratamento
de doenças gastrointestinais.
No preparo das receitas os interlocutores guajava L.), Marupazinho (Eleutherine plicata (Sw.)
relataram que frequentemente trocam plantas Herb.), Mastruz (Chenopodium ambrosioides L.),
entre si. Essa prática é de grande importância, Jucá (Libidibia ferrea (Mart. ex. Tul.) e Arruda (Ruta
haja vista que muitas das espécies receitadas graveolens L.).
não são encontradas em todos os quintais. Esse Estudos fitoquímicos e farmacológicos
comportamento também foi observado por Arnous, são necessários para identificar os componentes
et al. (2005) no município de Datas, MG e por Neto e testar suas ações farmacológicas com base nos
et al. (2014) na Comunidade de Sisal, Catu, BA, usos locais. Em Rio Urubueua de Fátima, 12 nomes
evidenciando que há compartilhamento de plantas vernaculares empregados apenas para o tratamento
e saberes entre os moradores. de diarreia encontram-se na Tabela 4, com seus
É importante salientar a representatividade compostos químicos comprovados por literatura
e importância dessas receitas que são executadas especializada.
com detalhes pelos conhecedores locais. São O açaí foi a terceira espécie mais citada
informações adquiridas por gerações pretéritas, ao nas receitas para o tratamento de diarreia e
longo de um tempo imemorial, conforme aponta a verminoses, o que também está em semelhança
verbalização a seguir: “Aprendi com a minha mãe. com os estudos de Jardim & Medeiros (2006) para
Com a minha mãe, com a minha sogra também” plantas oleaginosas do Estado do Pará, nos quais
(F.S., 47 anos). observaram que a raiz do açaí possui utilidade
medicinal, sendo indicada para o tratamento de
O potencial químico das espécies verminoses.
medicinais A indicação do caju para tratar verminoses
As plantas na comunidade e diarreia na comunidade está associada à sua
significam importante fonte de alimento e tratamento atividade antimicrobiana (Silva et al., 2007). Estes
terapêutico para a família e amigos que chegam da autores sugeriram investigações aprofundadas, uma
cidade de Abaetetuba e de outras localidades do vez que o caju tem uso bastante difundido na cultura
estado do Pará. A relativa valorização desse uso popular. Nos estudos de Periyanayagam et al. (2013)
pode ser avaliada quando comparada à Relação foi observado a presença de flavonoides e taninos,
Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao o que confere a esta espécie sua propriedade
SUS (RENISUS), que lista 71 espécies aproveitadas medicinal.
como fitoterápicos no SUS ( Brasil, 2009) . Desse No presente estudo, verificou-se o amplo
total, nove fazem parte do presente estudo, como emprego da raiz do Marupazinho no combate à
o barbatimão, que contém alcaloides, flavonoides, diarreia. Resultados semelhantes foram encontrados
taninos, dentre outros, sendo esse último composto nos estudos etnofarmacêuticos de Barbosa & Pinto
o constituinte majoritário, o qual agrega à espécie o (2001), na cidade de Igarapé-Miri, e em investigações
valor medicinal (Panizza et al., 1988). Das outras oito etnobotânicas feitas por Jardim & Medeiros (2006),
plantas aqui encontradas, estão Caju (Anacardium no município de Santa Bárbara, ambos no estado do
occidentale L.), Hortelã (Mentha sp.), Boldo Pará, que ressaltaram o uso de Eleutherine plicata
(Vernonia condensata Baker.), Goiaba (Psidium Herb. (marupazinho) no tratamento de diarreia,
TABELA 3. Receitas semelhantes quanto à composição, indicação e modo de preparo, reportadas pelos
moradores de Rio Urubueua de Fátima.
Receitas\modo de preparo Indicação Nº de Informantes que
terapêutica fazem uso da receita
Receita 1
01 a 03 dedos da casca da caxinguba. 1 a 02 copos de água. Ferve tudo Vermes 6
e depois coa. Tomar o chá por dois dias.
Receita 2
01 a 02 galhos de hortelã. 1\2 a 1 batata de marupazinho. 01 copo de
água. Ferver tudo e tomar durante o dia Diarréia 2
Receita 3 Diarreia 3
01 galho de hortelã. 01 copo de água. Ferver os ingredientes por 5min e
tomar durante as crises de diarreia.
Receita 4 Dor de barriga
01 galho de hortelã. 01 copo de água. Ferver tudo junto. 2
Receita 5
04 a 10 folhas de boldo. 01 a 02 copos de água. Ferver tudo junto por 5 min, Dor de 2
coar e tomar quando sentir as dores. estômago
Receita 6
1 galho de mastruz. 02 copos de água. Ferver por 3 min, coar Gastrite e 3
e tomar em jejum. vermes
TABELA 4. Correlação de dados entre as espécies citadas pela comunidade Rio Urubueua de Fátima para o
tratamento de diarreia e os compostos químicos associados segundo a literatura científica.
Família\ Espécie Nome Classes de compostos Referência
vernacular
AMARANTHACEAE Limonenos.
Chenopodium ambrosioides L. Mastruz Alfa terpenos Cavalli et al., 2004
ANACARDIACEAE Taninos. Flavonóides. Periyanayagam et al.,
Anacardium occidentale L. Caju Glicosídeos 2013
APIACEAE Flavonóides.
Eryngium foetidum L. Chicória Triterpenóides Wang et al., 2012
ARECACEAE
Euterpe oleracea Mart. Açaí Antocianinas Jardim & Medeiros, 2006
ASTERACEAE
Vernonia condensata Baker. Boldo Triterpenóides. Lorenzi & Matos, 2008
Esteróides
FABACEAE
Bauhinia guianensis Aubl. Escada de jabuti Esteróides; Flavonóides Silva & Filho, 2002
Dalbergia monetaria L. f. Verônica Proantocianidinas Cota, 1999
LAMIACEAE
Aeollanthus suaveolens Mart. Ex Catinga de Tuiona. Terepenos. Corrêa, 1998
Spreng. mulata Tanacetina Silva, 2001
Mentha sp. Hortelã Mentol. Mentona. Cineol Bravim, 2008
Hyptis crenata Pohl ex. Benth Salva do Marajó Monoterpenos.
Sesquiterpenos
IRIDACEAE Marupazinho Taninos Lorenzi & Matos,
Eleutherine plicata (Sw.) Herb. 2002
MYRTACEAE Goiaba Taninos. Triterpenóides. Santos & Mello, 2003
Psidium guajava L. Flavonóides
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