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Araras – SP
2019
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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Araras - SP
2019
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PADILHA, André Calcagniti; ZERO, Beatriz de Macêdo; ZAQUEU, Daniel José;
VITORINO, Daniela Moreira dos Santos Vitorino; CARVALHO, Márcia Maria
Medeiros de; REIS, Marinilson de Oliveira; GOMES, Suze Mara. O trabalho com
grandezas e medidas por meio de um jogo: uma possibilidade de atuação para
o professor de Matemática. 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em
Ciências Naturais e Matemática) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo.
Tutora: Carla Vital. Polo Araras, 2019.
RESUMO
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PADILHA, André Calcagniti; ZERO, Beatriz de Macêdo; ZAQUEU, Daniel José;
VITORINO, Daniela Moreira dos Santos Vitorino; CARVALHO, Márcia Maria
Medeiros de; REIS, Marinilson de Oliveira; GOMES, Suze Mara. The work with
greatness and measures through a game: a possibility of acting for the teacher
of Mathematics 00f. Technical-Scientific Report (Bachelor in Natural Sciences and
Mathematics) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser: Carla Vital.
Polo Araras, 2019.
ABSTRACT
This work addresses a possibility of working on quantities and measures and their
respective units standardized through a game, with the initial hypothesis that it is a
concrete resource that could aid in the learning of elementary school students II -
specifically in the 9th year, a period that is detachable, since it is a transition from the
teaching stage (from elementary to secondary). For the selection of the game in
question, it was sought to find out what previous knowledge these students
possessed on magnitudes and measures, as well as analyzed among the different
types of games, which would be the most appropriate to work on this content,
besides presenting a challenge and provide the motivation to solve it.
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SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................................5
1.1 Problemas e Objetivos.....................................................................................6
1.2 Justificativa da escolha do jogo e do fundamental teórico...............................8
2. Fundamentação Teórica................................................................................9
3. Materiais e Métodos Empregados...............................................................10
4. Considerações Finais...................................................................................19
5. Referências Bibliográficas...........................................................................21
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1. Introdução
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criança ansiosa em saber o quanto “sua altura” aumentou em um ano é muito
frequente em nossas vidas.
No entanto, não é raro encontrar alunos que frequentam os últimos anos do
Ensino Fundamental sem o conhecimento necessário do tema grandezas e
medidas. E, por mais desconecto que pareça, muitos deles veem diversas
grandezas e medidas em outras disciplinas sem terem sido previamente
apresentados ao conceito e definição do tema.
O ensino de matemática é considerado um elemento desafiador para
professores e sua aprendizagem vista como algo desagradável ou dificultoso para
diversos alunos – principalmente aqueles que compreendem a matemática como
algo aversivo, resultando na matofobia (PAPERT, 1988).
Esse problema, de certa forma crônico, possui diversas causas raízes: falta de
interesse por parte dos alunos, metodologia utilizada pelo professor muito distante à
realidade da sala, didática escolhida de forma indevida, entre outros. Até mesmo o
próprio sistema educacional não dá o devido tratamento ao tema, como pontuam
Lima e Bellemain (2010):
Contudo, ainda há livros nos quais o estudo das grandezas e medidas
aparece concentrado nos últimos capítulos da obra, e isso contribui, muitas
vezes, para que esses conteúdos não sejam estudados durante o ano
letivo. Além do mais, vários livros apresentam exclusivamente as unidades
padronizadas de medição de grandezas. Outros dedicam excessiva
importância à conversão de unidades de medida. Em alguns casos, nos
primeiros anos do Ensino Fundamental, é dada atenção precoce às
fórmulas de cálculo de perímetro e de área de figuras planas. (LIMA E
BELLEMAIN, 2010, p. 168).
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compreensão do significado de medida. Além disso, possibilita discutir a
temática da pluralidade cultural. (BRASIL, 1998, p. 129).
2. Fundamentação Teórica
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2. Pedra ou peças (tapinha de garrafas, rodelas de madeira ou peça impressas em
papel colado em papelão), sendo o total de 24, com 12 peças escuras e 12 claras
(conforme modelo da Figura 2);
3. Cartões (folha A4), sendo cortados em medidas aproximadas de 6cm x 6cm,
preenchidos com questões relacionadas ao tema “Grandezas e Medidas”.
Figura 1
Figura 2
Regras do Jogo
a) Posicionamento
I) Deve ser praticado por dois jogadores, um com as peças claras e outro com as
escuras;
II) As peças devem ser posicionadas nas casas escuras;
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III) O tabuleiro deve ficar entre os jogadores, a diagonal principal escura deve ficar
sempre a esquerda de cada jogador.
c) Tomada de peças
I) A tomada de peças adversárias é obrigatória e tanto se realiza para a frente como
para trás. Uma tomada completa conta-se como um só lance jogado. É vedado
tomar as próprias peças, deve obrigatoriamente saltar a peça e ocupar a casa livre;
a peça adversária então é retirada do tabuleiro;
II) Quando a dama e peça adversária estão na mesma diagonal perto ou distante
uma da outra e existe atrás da peça adversária pelo menos uma casa vazia na
mesma diagonal, a dama deve obrigatoriamente passar por cima da peça adversária
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e ocupar qualquer casa livre após a peça, à sua escolha. Tal operação é tomada
feita pela dama;
III) Regra criada pelo grupo: Antes de retirar a pedra do adversário do tabuleiro ou
do jogo, o jogador deve retirar um cartão de perguntas sem ver a questão e entregar
para o seu adversário. Este deverá ler a questão em voz alta e aguardar a resposta
do jogador que está tentando tomar a peça: em caso de acerto, o adversário perde a
pedra. Em caso de erro, quem perderá a pedra é o respondente. Em caso de tomar
mais de uma pedra na mesma jogada (pulos consecutivos), deverá responder
apenas um cartão por jogada de tomada de pedra. (O professor pode participar
desse momento como mediador caso queira fazer alguma orientação e explicação);
IV) Uma tomada deve ser executada claramente e na ordem devida. A falta de
indicação clara da tomada equivale a uma incorreção que deve ser retificada a
pedido do adversário. A tomada considera-se terminada após a retirada da pela ou
peças adversárias;
V) Quando uma pedra que capturou se encontra de novo, diagonalmente, em
contato com a peça adversária, atrás da qual existe uma casa vazia, ela deve
obrigatoriamente saltar essa segunda peça, a seguir uma terceira e assim
sucessivamente, ocupando a casa livre após a última jogada. As peças adversárias
assim capturadas são, após completar o lance, imediatamente retiradas do tabuleiro
(conforme definição de “saldo” do item III);
VI) Quando uma dama, ao tomar, depois do primeiro salto, fica na mesma diagonal,
perto ou a distância, de outra pedra adversária, existindo atrás desta uma ou mais
casas vazias, dama deve obrigatoriamente passar por cima desta segunda peça,
depois por cima de uma terceira e assim sucessivamente e ocupar uma casa livre, à
escolha, após a última peça capturada. As peças adversárias assim capturadas são,
após completar o lance, imediatamente retiradas do tabuleiro;
VII) Numa tomada em cadeia é permitido passar mais de uma vez por uma casa
vazia, mas só se pode saltar uma vez a peça adversária;
VIII) Uma tomada em cadeia deve ser claramente executada, peça a peça, salto a
salto, até que se alcance a casa final. A falta de indicação clara de uma tomada
equivale a uma incorreção que deve ser retificada a pedido do adversário;
IX) O movimento da peça durante uma tomada em cadeia, considera-se terminado
quando o jogador tiver soltado a peça, seja no final seja no meio do movimento.
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d) Resultados
I) A vitória ocorre quando acabam todas as peças de um dos jogadores;
II) O empate acontece quando os dois jogadores em comum acordo decide finalizar
o jogo por não ter mais condições de realizar jogadas produtivas para finalização do
jogo e realizar a contagem dos pontos das peças no tabuleiro: a dama vale 10
pontos, e a peça normal vale 1 ponto.
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Figura 3
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f) Considerações gerais
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Apresentação ao docente: Reunimo-nos primeiramente com o Professor Z,
explicando o objetivo de nossa pesquisa e projeto, e se seria possível a aplicação da
atividade junto aos alunos da classe. Ficou acordado que utilizaríamos, por aula, no
máximo 15 minutos do tempo da hora-aula, entre explicações das atividades,
aplicação do jogo e entrevistas/conversas com os alunos. Aproveitamos essa
primeira abordagem para questionar Z como o conteúdo “Grandezas e Medidas” foi
tratado durante esse primeiro semestre do 9º ano. O docente nos explicou que
costuma tratar esse tema da forma tradicional: abordando os assuntos previstos na
BNCC (relações de comprimento, área, volume, ângulos, relação de proporção entre
medidas, cálculos de áreas de polígonos). Normalmente o professor segue o
material didático oferecido, e utiliza-se dos exercícios propostos para a parte prática
da disciplina. Em relação às principais dificuldades dos alunos, o mais observado é a
falta de contato com algumas medidas estudadas, principalmente as que “fogem” da
realidade e cotidiano dos alunos. Outra dificuldade é a da aplicação dos cálculos de
área: normalmente os alunos precisam das fórmulas prontas para calcular
área/volumes de formas geométricas, e não entendem a real aplicação dessas
medidas em situações cotidianas. O docente Z ainda nos relatou que existem
poucas oportunidades de relacionar o tema Grandezas e Medidas com outras
disciplinas.
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Aplicação do jogo educacional: Em nosso segundo encontro com os alunos,
levamos todos os materiais do jogo educacional. Explicamos que o jogo se baseia
no clássico tabuleiro de damas, e todos conheciam a sistemática do jogo tradicional.
Apresentamos a ideia dos cartões com as perguntas, e mostramos que a condição
para tomar a peça do adversário seria acertar a pergunta relacionada às Grandezas
e Medidas. No caso do erro, aquele que respondesse indevidamente perderia uma
peça ao adversário. Percebemos certo “estímulo eufórico” nos alunos quando
apresentamos os conceitos e estimulamos a “competição saudável”. Nessa primeira
aplicação, montamos duplas de alunos: uma dupla jogaria, enquanto mediávamos o
confronto, e os demais alunos seriam observadores. Percebemos que as duplas
iniciais foram mais impulsivas no jogo: estavam mais interessados em tomar as
peças dos adversários do que responder corretamente as questões. Ao perceber
que respostas impulsivas incorretas estavam os “prejudicando”, começaram a tomar
decisões com mais precaução, e a pensar melhor antes das respostas, inclusive
tentando solicitar a ajuda de outros colegas de sala quando não sabiam a resolução
de algum problema. Como ponto negativo de nossa primeira aplicação, como
tínhamos pouco tempo em sala, conseguimos realizar as atividades com poucas
duplas, e a maioria dos alunos da sala acabou realizando o papel de observador.
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que muito dificilmente terem a oportunidade de aplicar conceitos estudados através
de atividades práticas e lúdicas. Percebemos que o que mais os estimulou foi a
competição, e que devemos aproveitar esses momentos para explorar ainda mais os
conceitos, e conectá-los com aspectos do cotidiano e realidade dos alunos. Alguns
alunos relataram que o jogo poderia ficar “enfadonho” com aplicações repetidas, e
demonstraram interesse (quando questionamos) em versões do jogo em ambiente
virtual e com variações.
Ao conversar com o Professor Z, também tivemos um bom feedback do jogo
educacional. Z nos disse que em poucos momentos utiliza atividades desse tipo em
suas aulas (tanto de Matemática como de Física), principalmente por considerar
essas matérias mais convencionais do que outras. Achou extremamente válido
utilizar atividades do tipo em suas aulas, mas relatou algumas dificuldades, como o
tempo disponível para conciliar todo o conteúdo necessário do 9º ano e a inclusão
de atividades desse tipo na carga horária normal de aula. O docente ainda relatou
que a atividade seria ainda mais valiosa se fosse realizada em um período próximo
ao em que os conceitos foram apresentados aos alunos: dessa forma, o conteúdo
seria “melhor fixado” e os alunos conseguiriam relacionar ainda mais com o dia a
dia.
4. Considerações Finais
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realização das atividades de forma remota, não só em ambiente de sala de aula, e
com muito mais interação (mesmo que de forma virtual) entre os alunos e docentes.
Afinal de contas, nós docentes temos a função (entre muitas outras) de formar
cidadãos para viverem em uma sociedade que muda a cada dia, cheia de inovações
tecnológicas, comportamentais e situacionais. A educação, logicamente, não pode
ficar para trás, e é nosso dever caminhar e conduzi-la constantemente por esse
futuro, muitas das vezes cheios de incertezas, mas com a esperança de ser
promissor.
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5. Referências Bibliográficas
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