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Marcilio Alves
MEDIÇÃO Rafael T. Moura
PIE 2
𝑑𝑛 𝑦 𝑡 𝑑 𝑛−1 𝑦 𝑡
𝑎𝑛 + 𝑎𝑛−1 + ⋯ + 𝑎0 𝑦 𝑡 = 𝑢 𝑡
𝑑𝑡 𝑛 𝑑𝑡 𝑛−1
𝑦(𝑡) saída
𝑢(𝑡) função estímulo
𝑛 ordem do sistema
𝑡 tempo
𝑎𝑖 característica do sistema
Em um sistema ordem zero apenas o coeficiente 𝑎0 é diferente de
zero.
𝑎0 𝑦 = 𝐹 𝑡
𝑑2𝑦 𝑡 𝑑𝑦 𝑡
𝑎2 2
+ 𝑎1 + 𝑎0 𝑦 = 𝐹 𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡
CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS
Um sistema é dito dinâmico quando suas características mudam com o tempo. O
processo de medição dinâmica é mais rigoroso, sobretudo no que diz respeito ao
instrumento.
Exemplo: A vibração de uma máquina pode ser detectada com uma barra
engastada desde que a barra consiga vibrar à mesma frequência da máquina.
RESPOSTAS DOS SISTEMAS
As respostas dos sistemas podem ser divididas em:
Resposta natural ou homogênea
Resposta forçada, de estado estacionário ou solução particular. impulso
rampa
As características dinâmicas são mostradas através da resposta senoidal
dos sistemas a quatro tipos de perturbações diferentes: degrau
Função degrau;
Função Impulso;
Função rampa;
Função senoidal.
Técnica de análise de resposta: a que oferecer solução mais 0
rápida dentre: -1 0 1
Solução da equação diferencial; tempo (t)
Transferência de Laplace;
Pólos e zeros.
SISTEMA DE ORDEM ZERO Sensibilidade estática
SISTEMAS DE ORDEM ZERO
Sinal de saída acompanhará perfeitamente o sinal de
entrada.
𝑎0 𝑦 𝑡 = 𝐹 𝑡
1
𝑦 𝑡 = 𝐹 𝑡 𝐾 = 1Τ𝑎0 é chamado de
𝑎0
sensibilidade estática (ou
ganho permanente do sistema).
Observa-se que não haverá nem atraso nem distorção na
medição da grandeza 𝐹 𝑡 pelo medidor de ordem zero,
representando um instrumento ideal ou perfeito quanto ao
desempenho dinâmico.
POTENCIÔMETRO
MEDIDOR DE DESLOCAMENTO
1,0 1,0
Distância [𝑐𝑚]
0,8 0,8
Resistência [𝑘]
𝑅2
0,6 0,6 𝐿
𝑣0 𝑅1 𝑥
0,4 0,4 𝑣𝑅1
0,2 0,2
0,0 0,0 𝑥
0 20 40 60 80 100 𝑣𝑅1 = 𝑣0
𝑡[𝑠] 𝐿
SISTEMA DE PRIMEIRA ORDEM A constante de tempo.
SISTEMAS DE 1 A ORDEM
Aplica-se a Transformada de Laplace em
𝑐𝑦ሶ + 𝑘𝑦 = 𝑢 𝑡 ambos os lados da equação
𝑐𝑠𝑌 𝑠 + 𝑘𝑌 𝑠 = 𝑈 𝑠
𝜏 é a constante de tempo
𝑐 1
𝜏= e 𝐾=
𝑘 𝑘
𝑌 𝑠 𝐾
É uma medida da 𝐺 𝑠 = =
velocidade de 𝑈 𝑠 𝜏𝑠 + 1
reação do sistema à Diagrama de blocos
uma excitação
𝑼 𝒔 𝐾 𝒀 𝒔
𝜏𝑠 + 1
RESPOSTA DE UM SISTEMA DE ORDEM A 1 A
UMA FUNÇÃO DEGRAU UNITÁRIA
Combinando a função de transferência de um sistema de 1a
ordem e a Transformada de Laplace da função degrau com
amplitude A,
U(t)
1
𝐾 1 𝑈 𝑠 =
𝑌 𝑠 = 𝑠
𝜏𝑠 + 1 𝑠 Transformada de
1 Função de Laplace da função
transferência de um degrau com amplitude 1
sistema de 1ª ordem
Usando MatLab,
%% Funcao Degrau
num=[5];
den=[2 1];
tf(num,den)
step(num,den,10);
grid on
Usando MatLab,
%% Funcao Degrau
num=[5];
den=[2 2];
tf(num,den)
step(num,den,10);
grid on
zoom
Qual dos dois sistemas tem valor maior de ?
Função degrau
1
num=[1];
2 den=[2 1];
tf(num,den)
step(num,den,20);
grid on
𝑦(𝑡) = 1 − 𝑒 −𝑡Τ𝜏 hold on
num=[1];
den=[5 1];
tf(num,den)
step(num,den,20);
RESPOSTA GRÁFICA
1
y(t) =
𝜏 𝑦(𝑡) = 1 − 𝑒 −𝑡Τ𝜏
𝑦 𝑡
𝑘𝐴 O tempo de subida
(0 –100%) é,
naturalmente, infinito
1
= 0,5
𝜏
𝐾
𝑌 𝑠 =
𝜏𝑠 + 1
𝜑 𝜔 = − tan−1 𝜔𝜏
a resposta atrasa em relação à entrada por
um ângulo 𝜑.
RESPOSTA TRANSITÓRIA E RESPOSTA
ESTACIONÁRIA
Resposta Transitória: Tende a zero a
medida que o tempo tende ao infinito.
Resposta Estacionária: Comportamento da
saída do sistema à medida que o tempo
tende ao infinito
Também chamada de
Solução Homogênea
𝑦 𝑡 = 𝑦𝑡 𝑡 + 𝑦𝑠 𝑡 Também chamada de
Resposta Forçada ou Solução
Particular
Resposta do Sistema
PORTANTO,
𝐾𝐴𝜔𝜏 −
𝑡 𝐾𝐴
𝑦 𝑡 = 2
𝑒 𝜏 + sin 𝜔𝑡 + 𝜑 𝜔
1 + 𝜔𝜏 1 + 𝜔𝜏 2
𝐾𝐴
𝑦 𝑡 = sin 𝜔𝑡 + 𝜑 𝜔
1 + 𝜔𝜏 2
RESPOSTA VS ESTÍMULO
a razão entre as amplitudes da resposta
(solução estacionária) e da entrada é a
chamada razão de amplitude, 𝑀𝑃 𝜔
1
𝑀𝑃 𝜔 =
1+ 𝜔𝜏 2
Se 𝑀𝑃 𝜔 < 1, diz-
se que o sinal está
sendo atenuado.
𝑀𝑃 𝜔 representa o efeito da
dinâmica do processo, 𝜏, sobre a
resposta senoidal a resposta é também uma onda senoidal com
frequência igual à onda senoidal do sinal
de entrada
EXERCÍCIO 01 – TERMÔMETRO
1. Um termômetro com constante de tempo 𝜏 = 1 𝑚𝑖𝑛 está, inicialmente, a 30°𝐶. Ele
é colocado em um forno a 100° em 𝑡 = 0. Em 𝑡 = 1,5 𝑚𝑖𝑛 troca-se o termômetro
para um forno a 75°𝐶.
i. Qual a temperatura indicada no termômetro em 𝑡 = 1,2 𝑚𝑖𝑛 ?
ii. Qual a máxima temperatura indicada no termômetro?
iii. Qual a temperatura indicada no termômetro em 𝑡 = 20 𝑚𝑖𝑛 ?
TERMOPAR...
Tempo [min]
EXERCÍCIOS PARA TREINAR
A temperatura de um forno sendo aquecido por uma resistência pulsante varia
𝑇 = 120° + 5 cos 25𝑡 + 30°
onde 𝑡 é medido em segundos. Se a temperatura é medida por um termopar de
constante de tempo 5𝑠,
i. Qual a máxima e minima temperatura indicada no termopar?
ii. Qual a diferença entre a temperatura real e a indicada?
iii. Qual o atraso entre a temperatura real e a indicada?
CONT…
Um tanque com constante de tempo de 1 𝑚𝑖𝑛 e resistência de 1Τ9 𝑚Τ𝑚3 Τ𝑠
opera em regime, com vazão de entrada de 10 𝑚3 Τ𝑠. No instante 𝑡 = 0 o
escoamento é aumentado 100 𝑚3 Τ𝑠 por 0.1 𝑚𝑖𝑛.
i. Encontre a função de transferência para o sistema.
ii. Plote a resposta do nível ℎ do tanque em função do tempo e compare com a resposta a
uma função impulso.
Enquanto a variação de um parâmetro
no sistema de primeira ordem
𝑏 𝑘 1
𝑦ሷ + 𝑦ሶ + 𝑦 = 𝑢 𝑡
𝑚 𝑚 𝑚
𝑘 𝑏 1
= 𝜔𝑛2 = 2𝜁𝜔𝑛 = 2𝜎 =𝐾
𝑚 𝑚 𝑘
𝑌 𝑠 𝐾𝜔𝑛2
𝐺 𝑠 = = 2
𝑈 𝑠 𝑠 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2
Diagrama de blocos
𝑼 𝒔 𝐾𝜔𝑛2 𝒀 𝒔
𝑠 2 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2
RESPOSTA NO TEMPO: SISTEMA DE 2ª ORDEM.
CASO GERAL
𝑼 𝒔 𝒀 𝒔 𝐾𝜔𝑛2
𝐺 𝑠 𝐺 𝑠 = 2
𝑠 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2
Equação característica:
𝑠 2 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2 = 0
∆= 4𝜁 2 𝜔𝑛2 − 4𝜔𝑛2
∆= 4𝜔𝑛2 𝜁 2 − 1
∆ > 0 → 𝜁2 − 1 > 0 → 𝜁2 > 1 → 𝜁 > 1
∆ = 0 → 𝜁2 − 1 = 0 → 𝜁2 = 1 → 𝜁 = 1
∆ < 0 → 𝜁2 − 1 < 0 → 𝜁2 < 1 → 𝜁 < 1
PÓLOS:
𝑠 2 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2 = 0 𝑠 = −𝜁𝜔𝑛 ± 𝜔𝑛 𝜁 2 − 1
Sistema sobreamortecido
× −𝑗𝜔𝑑
𝜁>1 −𝜁𝜔𝑛 ± 𝜔𝑛 𝜁2 −1
Pólos reais ×−𝑗𝜔𝑛
distintos 𝜁=0
Respostas ao degrau unitário do
protótipo de um sistema de
segunda ordem, geradas como
funções do tempo normalizado,
𝜔𝑛𝑡 para vários valores de 𝜁.
RESPOSTA AO DEGRAU
𝑦𝑚𝑎𝑥
−2𝜋𝜁
𝑀𝑝 1−𝜁 2
𝜉 =𝑒
Vamos calcular
alguns
parâmetros para 𝑦𝑠𝑠 + 5%
a resposta 𝑦(𝑡) 𝑦𝑠𝑠
ao degrau 𝑦𝑠𝑠 − 5%
unitário de um
sistema de 2a
ordem.
𝑡𝑟 𝑡𝑝 𝑡5 5%
𝐾𝜔𝑛2
𝑌 𝑠 = 2
𝑠 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2
𝜋
Instante de pico 𝑡𝑝 =
𝜔𝑑
𝜁𝜋
−
Sobressinal 𝑀𝑝 = 𝑒 1−𝜁 2
4 3
Tempo de acomodação 𝑡𝑠,2% = 𝑡𝑠,5% =
𝜎 𝜎
atan −𝜔𝑑 Τ𝜁𝜔𝑛 1,8
Tempo de subida 𝑡𝑟 = ≅
𝜔𝑑 𝜔𝑛
Resposta em estado estacionário 𝑦𝑠𝑠 = 𝐾
FREQUÊNCIAS IMPORTANTES...
𝜔𝑟 = 𝜔𝑛 1 − 2𝜁 2
𝜔𝑑 = 𝜔𝑛 1 − 𝜁 2
RESPOSTA DE SISTEMAS DE 2 A ORDEM A UMA
FUNÇÃO HARMÔNICA
𝑢 𝑡 = 𝐴 sin 𝜔𝑡
𝐾𝜔𝑛2 𝐴𝜔
𝑌 𝑠 = 2
𝑠 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛2 𝑠 2 + 𝜔 2
Transformada de
Laplace de 𝑢(𝑡)
𝐾𝜔𝑛2 𝐴𝜔 𝐴1 𝐴2 𝐴3 𝐴4
𝑌 𝑠 = 2 2 𝑠2 + 𝜔2 = 𝑠 − 𝑝 + 𝑠 − 𝑝 + 𝑠 − 𝑝 + 𝑠 − 𝑝
𝑠 + 2𝜁𝜔𝑛 𝑠 + 𝜔𝑛 1 2 3 4
𝑝1 = −𝜁 + 𝜁 2 − 1 𝜔𝑛 𝑝3 = 𝑖𝜔
𝑝2 = −𝜁 − 𝜁 2 − 1 𝜔𝑛 𝑝4 = −𝑖𝜔
Diagrama de módulo
Magnitude em dB 𝑀 𝜔 ȁ𝑑𝐵 = 20 log 𝑀 𝜔 vs log ω
Diagrama de fase Hendrik Wade Bode
(1905-1982)
Ângulo de fase em graus 𝜑 vs ω
EXERCÍCIO
Qual a frequência natural mínima aceitável para um acelerômetro se desejamos
medir sinais de até 10 𝑘𝐻𝑧 com não mais de 3% de erro na amplitude e −0,75𝑜 na
fase? Assume-se uma relação de amortecimento 𝜁 = 0,05.
MODELAGEM DE UM ACELERÔMETRO
𝑥 𝑡 𝑚
Voltagem 𝑚
𝑥 𝑡
𝑘 𝑘 𝑥−𝑦 𝑏 𝑥ሶ − 𝑦ሶ
𝑦 𝑡 = 𝑌 sin 𝜔𝑡 𝑏
𝑧 𝑡 =𝑥 𝑡 −𝑦 𝑡
𝑦 𝑡 : movimento da base
𝑥 𝑡 : movimento da massa sísmica
𝑚𝑥ሷ = −𝑐 𝑥ሶ − 𝑦ሶ − 𝑘 𝑥 − 𝑦
𝑧 𝑡 =𝑥 𝑡 −𝑦 𝑡
𝜔𝑛2 𝑧 𝑡 = 𝑀𝑆 𝜔 𝑦ሷ 𝑡
𝑚𝑧ሷ + 𝑐 𝑧ሶ + 𝑘𝑧 = −𝑚𝑦ሷ = 𝑚𝜔2 𝑌 sin 𝜔𝑡
compressão aceleração
Fornecer excitação à base equivale a do sistema
aplicar uma força harmônica de magnitude
𝑚𝜔2 𝑌 à massa sísmica.
Observe que a faixa de frequência
utilizável é aproximadamente plana
(±5% ou ±10% de sensibilidade na
amplitude nominal) e fica nos primeiros
20% do valor da frequência natural.