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O Ovário

Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/02/2015 - Data de atualização: 20/03/2019

Os ovários são as glândulas reprodutivas das mulheres. Produzem os óvulos, que são
transportados pelas tubas uterinas (trompas de Falópio) para o útero, onde são fertilizados
começando assim o desenvolvimento do feto. Além disso, os ovários são a principal fonte
produtora dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona). Os ovários estão
localizados na pelve, um de cada lado do útero.

Os ovários contêm três tipos principais de células:


Células epiteliais, que revestem o ovário.
Células germinativas, que são encontradas no interior do ovário. Estas células se
desenvolvem nos óvulos que são liberados nas trompas de Falópio mensalmente, durante
os anos reprodutivos da mulher.
Células do estroma, que formam o tecido de suporte estrutural e que produzem a maior
parte dos hormônios femininos.
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 29/04/2015 - Data de atualização: 20/03/2019
Há alguns anos acreditava-se que os cânceres de ovário começavam apenas nos ovários,
mas evidências recentes sugerem que muitos tipos podem começar nas células distais das
trompas de Falópio.
O câncer de ovário é considerado o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado,
uma vez que a maioria dos tumores malignos de ovário só se manifesta em estágio
avançado.
O câncer de ovário pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente
mulheres acima de 40 anos, são tumores de crescimento lento com sintomas que levam
algum tempo para se manifestarem. O quadro clínico não é muito específico e pode se
manifestar com dor abdominal difusa, constipação, aumento de volume do abdome e
desconforto digestivo ou dispepsia.
Existem três tipos principais de tumores de ovário:
Tumores epiteliais. Começam a partir das células que cobrem a superfície externa do
ovário. A maioria dos tumores ovarianos são de células epiteliais.

Tumores de células germinativas. Começam a partir das células que produzem os


óvulos.

Tumores estromais. Começam a partir de células que formam o ovário e que produzem
os hormônios femininos; estrogênio e progesterona.
A maioria destes tumores é benigna e não se dissemina para além do ovário. Os tumores
benignos podem ser tratados mediante a remoção de um dos ovários ou a parte do ovário
que contém o tumor. No entanto, os tumores ovarianos malignos podem acometer o
órgão e se disseminar para outras partes do corpo.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Estatística para Câncer de Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para cada ano do biênio 2018/2019,
sejam diagnosticados 6.150 novos casos de câncer de ovário, com um risco estimado de
5,79 casos a cada 100 mil mulheres, o oitavo tipo mais incidente no Brasil
O câncer de ovário ocupa o quinto lugar em mortes por câncer entre as mulheres, sendo
responsável por mais mortes do que qualquer outro câncer do sistema reprodutivo
feminino. O risco de uma mulher desenvolver câncer de ovário durante sua vida é de
cerca de 1 em 78. Sua chance de morrer de câncer de ovário é de cerca de 1 em 108.
Estas estatísticas não levam em conta tumores ovarianos de baixo potencial de
malignidade.
Esse tipo de câncer se desenvolve principalmente em mulheres mais velhas. Cerca de
metade das mulheres que são diagnosticadas com câncer de ovário tem 63 anos ou mais,
sendo mais comum em mulheres brancas do que nas mulheres negras.
A taxa de mulheres diagnosticadas com câncer de ovário está caindo lentamente ao longo
dos últimos 20 anos.
Fontes:
American Cancer Society (08/01/2019)

Instituto Nacional de Câncer (05/03/2018)


Tumores Epiteliais do Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 28/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

Os tipos de tumores epiteliais de ovário são:


Tumores ovarianos epiteliais benignos
Os tumores epiteliais de ovário benignos não se disseminam, e geralmente não causam
doenças graves. Existem vários tipos de tumores epiteliais benignos, incluindo os
cistoadenomas serosos, cistoadenomas mucinosos e os tumores de Brenner.
Tumores de baixo potencial de malignidade
Alguns tumores epiteliais de ovário, quando visualizados ao microscópio não parecem ser
claramente cancerígenos. Estes são denominados tumores de baixo potencial de
malignidade. Os dois tipos mais comuns são o carcinoma seroso proliferativo atípico e o
carcinoma mucinoso proliferativo atípico. Estes são diferentes dos cânceres de ovário
típicos, porque não crescem dentro do tecido de suporte do ovário, denominado estroma.
Da mesma forma, se eles se disseminarem para fora do ovário, por exemplo, para a
cavidade abdominal, podem crescer no revestimento do abdome.
Os tumores de baixo potencial de malignidade tendem a acometer mulheres mais jovens,
ao contrário dos outros tipos de câncer de ovário. Estes tumores crescem lentamente e
têm menos risco de morte do que a maioria dos cânceres de ovário.
Tumores epiteliais malignos do ovário
Os tumores epiteliais são denominados carcinomas e de 85% a 90% desses tumores são
carcinomas epiteliais do ovário. As células dos tumores epiteliais têm várias
características que são utilizadas para classificá-los em diferentes tipos. O tipo seroso
(52%) é o mais comum, mas existem outros, como o mucinoso (6%), endometrioide
(10%) e de células claras (6%).
Os carcinomas epiteliais de ovário são classificados pelo grau, baseado em quanto ele se
assemelha ao tecido normal numa escala de 1 a 3. Os carcinomas epiteliais de ovário grau
1 se assemelham mais com o tecido normal e têm um melhor prognóstico. Os de grau 3
se parecem menos com o tecido normal e, geralmente, têm um prognóstico pior. Os
tumores de grau 2 têm características entre os graus 1 e 3.
Outras características também são levadas em conta, como a rapidez com que as células
cancerígenas se desenvolvem e como reagem à quimioterapia. Os tumores tipo I tendem a
crescer lentamente e provocam menos sintomas, não respondendo bem à quimioterapia.
Exemplos de tumores tipo I: carcinoma seroso de grau 1, carcinoma de células claras,
carcinoma mucinoso e carcinoma endometrioide. Os tumores tipo II crescem rapidamente
e tendem a se disseminar mais cedo. Esses tumores tendem a responder melhor à
quimioterapia. O carcinoma seroso de alto grau (grau 3) é um exemplo de tumor tipo II.
Carcinoma peritoneal primário
O carcinoma peritoneal primário começa nas células que revestem o interior das trompas
de Falópio. Assim como, o câncer de ovário, o carcinoma peritoneal primário tende a se
disseminar ao longo das superfícies da pelve e abdome, por isso muitas vezes é difícil
dizer exatamente onde a doença se iniciou. Este tipo de câncer pode ocorrer em mulheres
que ainda têm ovários, no entanto é mais comum nas mulheres que já removeram os
ovários para prevenir o câncer de ovário.
Os sintomas do carcinoma peritoneal primário são semelhantes aos do câncer de ovário,
incluindo dor ou inchaço abdominal, náuseas, vômitos, indigestão e alteração nos hábitos
intestinais. Além disso, assim como o câncer de ovário, o carcinoma peritoneal primário
pode elevar o nível do marcador tumoral CA-125.
As mulheres com carcinoma peritoneal primário geralmente recebem o mesmo tipo de
tratamento que aquelas com câncer de ovário disseminado. Isto pode incluir cirurgia para
retirar o máximo possível do tumor, seguido por quimioterapia.
Câncer das trompas de Falópio
Este é um tipo raro de câncer. Começa nas trompas de Falópio, que transportam o óvulo
do ovário para o útero. Como o carcinoma peritoneal primário e o câncer de ovário, o
câncer das trompas de Falópio tem sintomas semelhantes. O tratamento para o câncer de
trompas de Falópio é similar ao do câncer de ovário, mas o prognóstico é um pouco
melhor.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)

Estatística para Câncer de Ovário


Tumores Estromais de Ovário
Tumores de Ovário de Células Germinativas
5 Fatos que você deve saber sobre Câncer de Ovário
Cistos Ovarianos

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Tumores de Ovário de Células Germinativas
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 28/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019
As células germinativas são as que formam os óvulos. A maioria dos tumores de células
germinativas é benigna, embora alguns são cancerígenas e podem ser letais. Menos de
2% dos cânceres de ovário são tumores de células germinativas. De forma geral, têm um
bom prognóstico, com sobrevida em 5 anos de mais de 90% das pacientes. Existem
vários subtipos de tumores de células germinativas, os mais comuns são teratomas,
disgerminomas, tumores do seio endodérmico e coriocarcinomas. Os tumores de células
germinativas também podem ser uma mistura de mais de um único subtipo.
Teratoma
Os teratomas são tumores de células germinativas, com áreas que, quando visualizadas
sob o microscópio, se parecem com cada uma das 3 camadas de um embrião em
desenvolvimento: a endoderme (camada mais profunda), mesoderme (camada média) e
ectoderme (camada externa). Este tumor tem uma forma benigna e outra cancerosa,
denominadas teratoma maduro e teratoma imaturo, respectivamente.
O teratoma maduro é o tumor de ovário de células germinativas mais comum. É um
tumor benigno que geralmente afeta mulheres em idade reprodutiva. É muitas vezes
chamado de cisto dermoide. Estes tumores ou cistos podem conter diferentes tipos de
tecidos benignos, incluindo, osso, cabelo e dentes. As pacientes são curadas com a
retirada cirúrgica do cisto.
Os teratomas imaturos são um tipo de câncer, que ocorre em meninas e mulheres jovens,
geralmente com menos de 18 anos. Esse tipo de câncer é raro e contêm células que se
parecem com os tecidos embrionários ou fetais, como o tecido conjuntivo, vias
respiratórias e cérebro. Os tumores que são relativamente mais maduros (teratoma
imaturo grau 1) e não se disseminaram além do ovário são tratados com a remoção
cirúrgica dos ovários. Quando eles se disseminam além do ovário e/ou a maior parte do
tumor tem uma aparência muito imatura (teratomas imaturos de grau 2 ou 3), a
quimioterapia é indicada além da cirurgia.
Disgerminoma
Este tipo de câncer é raro, mas é o câncer de células germinativas de ovário mais comum.
Ele geralmente afeta adolescentes e mulheres jovens. Os disgerminomas são
considerados malignos, mas a maioria não se desenvolve ou se dissemina rapidamente.
Quando esses tumores estão limitados ao ovário, mais de 75% das pacientes são curadas
com a remoção cirúrgica dos ovários, sem qualquer tratamento adicional. Mesmo quando
o tumor se dissemina ou recidiva, a cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia são eficazes
no controle da doença em cerca de 90% das pacientes.
Tumor do saco vitelino e coriocarcinoma
Estes tumores são raros e geralmente afetam meninas e mulheres jovens. Eles tendem a
se desenvolver e se disseminar rapidamente, mas, são muito sensíveis à quimioterapia. O
coriocarcinoma que começa na placenta é mais comum do que o tipo que começa no
ovário respondendo melhor à quimioterapia do que os coriocarcinomas ovarianos.
Diagnóstico do Câncer de Ovário
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- Data de cadastro: 21/02/2015 - Data de atualização: 20/03/2019

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Alguns sinais e sintomas podem sugerir que uma mulher tenha câncer de ovário, mas será
necessária a realização de exames complementares para confirmar o diagnóstico.
Histórico clínico e exame físico
Durante a consulta o médico fará perguntas sobre seu histórico clínico e de seus
familiares próximos. Ele também perguntará sobre possíveis fatores de risco e sintomas
para avaliar se algo possa sugerir um câncer de ovário.
O exame físico fornece informações sobre sua saúde geral, possíveis sinais de câncer de
ovário, e outros problemas de saúde. No exame pélvico, o médico procurará sentir algum
aumento no ovário e sinais de líquido no abdome (ascite).
Se o exame ginecológico e outros exames sugerem que você possa ter câncer de ovário,
será necessário consultar um médico especialista. Qualquer pessoa com suspeita de
câncer de ovário deve consultar um oncologista para definir as condutas mais indicadas
para o caso.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Detecção Precoce do Câncer de Ovário
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- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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Cerca de 20% dos cânceres de ovário são diagnosticados em estágio inicial. Quando o
câncer de ovário é diagnosticado precocemente, em torno de 94% das pacientes vivem
mais de 5 anos após o diagnóstico.
Maneiras de diagnosticar o câncer de ovário precocemente
Exames regulares
Durante um exame pélvico, o médico apalpa os ovários e o útero para determinar
tamanho, forma e consistência. O exame pélvico pode ser útil porque pode diagnosticar
alguns cânceres do sistema reprodutor em estágio inicial, mas a maioria dos tumores
iniciais de ovário é difícil ou mesmo impossíveis de diagnosticar até para um médico
mais experiente. Entretanto, os exames pélvicos podem identificar outros cânceres ou
condições ginecológicas. As mulheres devem discutir a necessidade desses exames com
seu médico.
O exame de Papanicolaou é eficaz na detecção precoce do câncer do colo do útero, mas
não é um exame para o câncer de ovário. Raramente, os cânceres de ovário são
diagnosticados pelo exame de Papanicolaou, geralmente eles já estão em estágio
avançado.
Consultando um médico se tiver sintomas
Os cânceres iniciais de ovário geralmente não causam sintomas. Quando o câncer de
ovário causa sintomas, tendem a ser sintomas provocados por outras condições clínicas.
Quando o câncer de ovário é considerado como uma possível causa desses sintomas,
geralmente a doença já está disseminada. Além disso, alguns tipos de câncer de ovário
podem se disseminar rapidamente para outros órgãos. Ainda assim, a atenção imediata
aos sintomas pode melhorar as chances do diagnóstico precoce e um tratamento bem
sucedido. Se você apresentar sintomas semelhantes aos do câncer de ovário, quase que
diariamente, por mais de algumas semanas, que não possam ser explicados por outras
condições mais comuns, entre em contato com seu ginecologista, para que a causa seja
diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.
Exames de Rastreamento
Os exames de rastreamento são utilizados para diagnosticar uma doença, como o câncer,
em pessoas assintomáticas. Talvez o melhor exemplo disso seja a mamografia, que
muitas vezes pode diagnosticar o câncer de mama em estágio inicial, mesmo antes que
um médico possa sentir o tumor. Existem muitas pesquisas para desenvolver exames de
rastreamento para câncer de ovário, mas sem sucesso até o momento. Os dois exames
mais utilizados na pesquisa do câncer de ovário são o ultrassom transvaginal e o exame
de sangue do marcador CA-125.
O ultrassom transvaginal pode diagnosticar uma massa no ovário, mas não pode
realmente afirmar se é maligna ou benigna. Quando é usado para rastreamento, a maioria
das massas diagnosticadas não é câncer.
O CA-125 é uma proteína no sangue. Em muitas mulheres com câncer de ovário, os
níveis de CA-125 estão elevados. Este exame pode ser útil como um marcador tumoral
para orientar o tratamento, porque um nível elevado muitas vezes diminui se o tratamento
está respondendo.
Melhores maneiras para o rastreamento do câncer de ovário estão sendo pesquisadas.
Existem esperanças que as melhorias nos exames de rastreamento possibilitem uma
menor taxa de mortalidade por câncer de ovário.
Mulheres com risco médio para câncer de ovário
Em estudos de mulheres com risco médio para câncer de ovário, o uso do ultrassom
transvaginal e o CA-125 para o rastreamento levou a realização de mais testes e, às vezes,
a realização de mais cirurgias, mas não diminuiu a taxa de mortalidade devido ao câncer
de ovário. Por essa razão, não se recomenda o uso rotineiro desses exames para o
rastreamento do câncer de ovário em mulheres com risco médio para a doença.
Mulheres com risco alto para câncer de ovário
Algumas instituições afirmam que o ultrassom transvaginal e o CA-125 podem ser
indicados para o rastreamento de mulheres com alto risco para câncer de ovário devido a
síndromes genéticas hereditárias, como síndrome de Lynch, mutações do gene BRCA ou
histórico familiar de câncer de mama e câncer de ovário. Ainda assim, mesmo nessas
mulheres, ainda não foi provado que o uso desses exames para rastreamento diminua
qualquer risco nessas mulheres em relação à doença.
Exames de rastreamento para tumores de células germinativas e tumores estromais
Não existem exames de rastreamento indicados para tumores de células germinativas ou
tumores estromais. Alguns cânceres de células germinativas liberam determinados
marcadores de proteínas, como gonadotrofina coriónica humana (HCG) e alfa-
fetoproteína (AFP) no sangue. Após esses tumores serem tratados com cirurgia e
quimioterapia são realizados exames de sangue para verificar se o tratamento está
respondendo e também para determinar se existe recidiva da doença.
Estadiamento do Câncer de Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 28/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está


afetando as funções de outros órgãos do corpo. A maioria dos cânceres de ovário que não
está obviamente disseminada são estadiados cirurgicamente. Um dos objetivos da
cirurgia para o câncer de ovário é coletar amostras de tecido para diagnóstico e
estadiamento. Para estadiar o câncer, amostras de tecidos são retiradas cirurgicamente de
diferentes partes da pelve e do abdome e analisadas em laboratório.
Os estágios do câncer de ovário variam de I a IV, onde o estágio IV, significa que a
doença está mais disseminada. Embora a experiência de cada pessoa seja única, os
cânceres com estágios similares tendem a ter um prognóstico similar e são geralmente
tratados da mesma maneira.
Os dois sistemas utilizados para o estadiamento do câncer de ovário, o sistema da FIGO
(Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) e o sistema de estadiamento da
TNM da AJCC (American Joint Committee on Cancer) são basicamente os mesmos.
Ambos usam três critérios para avaliar o estágio do câncer: o próprio tumor, os
linfonodos regionais ao redor do tumor e se o tumor se espalhou para outras partes do
corpo.
TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M):
T. Indica o tamanho do tumor primário e até onde se disseminou na parede do ovário ou
trompas de Falópio.
N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há
evidência de metástases em trânsito.
M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores.
Números mais altos significam que a doença está mais avançada. Depois que as
categorias T, N e M são determinadas, essas informações são combinadas em um
processo denominado estadiamento geral.
O sistema de estadiamento na tabela abaixo utiliza o estadiamento patológico, também
denominado estadiamento cirúrgico, que é determinado a partir dos resultados das
análises das amostras retiradas durante a cirurgia. Quando a cirurgia não é possível o
tumor recebe o estadiamento clínico, que é baseado nos resultados do exame físico,
biópsia e exames de imagem realizados antes da cirurgia.
O sistema descrito abaixo é de janeiro de 2018. É o sistema de estadiamento para câncer
de ovário, câncer de trompas de Falópio e câncer peritoneal primário.

Estadiamento
Estágios do câncer Estadiamento FIGO
AJCC
I T1, N0, M0 I
IA T1a, N0, M0 IA
IB T1b, N0, M0 IB
IC T1c, N0, M0 IC
II T2, N0, M0 II
IIA T2a, N0, M0 IIA
IIB T2b, N0, M0 IIB
IIIA1 T1 ou T2, N1, M0 IIIA1
IIIA2 T3a, N0 ou N1, M0 IIIA2
IIIB T3b, N0 ou N1, M0 IIIB
IIIC T3c, N0 ou N1, M0 IIIC
IVA Qualquer T, qualquer N, M1a IVA
IVB Qualquer T, qualquer N, M1b IVB
Observação: As categorias abaixo não estão descritas na tabela acima:
TX. O tumor principal não foi avaliado devido a falta de informação
T0. Não existem evidências de um tumor primário.
NX. Os linfonodos regionais não foram avaliados devido a falta de informação.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Sinais e Sintomas do Câncer de Ovário
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- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 06/07/2017

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O câncer de ovário pode provocar vários sinais e sintomas. Entretanto, é mais frequente o
aparecimento de sintomas quando a doença se disseminou para outros órgãos. Os
sintomas mais comuns incluem:
Inchaço.
Dor pélvica ou abdominal.
Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude.
Necessidade urgente e frequente de urinar.
Esses sintomas são também comumente causados tanto por outras condições clínicas
como por outros tipos de câncer. Quando são causados pelo câncer de ovário, tendem a
ser persistentes, por exemplo, ocorrem com mais frequência ou são mais severos. Se uma
mulher apresentar esses sintomas quase que diariamente, por mais de algumas semanas,
deve consultar seu médico, de preferência um ginecologista, para que a causa seja
diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.
Outros sintomas do câncer de ovário podem incluir:
Fadiga.
Dor de estômago.
Dor nas costas.
Dor durante a relação sexual.
Constipação.
Alterações menstruais.
Inchaço abdominal com perda de peso.
É muito importante ficar atenta a qualquer alteração e procurar um médico o quanto
antes.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)

Prevenção do Câncer de Ovário


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- Data de cadastro: 01/06/2017 - Data de atualização: 20/03/2019

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Prevenção de doenças é o diferimento ou eliminação das condições específicas de uma


doença através de intervenções de eficácia comprovada.
A prevenção do câncer de ovário é a ação tomada para reduzir a chance de contrair a
doença. Portanto, prevenir o câncer de ovário significa evitar os fatores de risco que
aumentam as chances de desenvolver a enfermidade.
Parte da carga de prevenção do câncer de ovário encontra-se com o indivíduo, que deve
adotar comportamentos que minimizem o risco e ocorrência da doença, e maximizem os
estados de saúde.
Fatores de Risco para Câncer de Ovário
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- Data de cadastro: 06/07/2017 - Data de atualização: 20/03/2019

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Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença como o câncer.
Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Alguns fatores como
fumar, podem ser controlados, enquanto, outros, como histórico pessoal, idade ou
histórico familiar, não podem ser alterados.
Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter uma doença como
o câncer. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a nenhum fator
de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de ovário tem algum fator de risco, muitas
vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o
desenvolvimento da doença.
Vários fatores de risco pode tornar uma pessoa mais propensa a desenvolver câncer de
ovário:
Idade. O risco de desenvolver câncer de ovário aumenta com a idade, mas raramente é
diagnosticado em mulheres com menos de 40 anos. A maioria dos cânceres de ovário se
desenvolve após a menopausa. Metade dos casos é diagnosticada em mulheres acima de
63 anos.

Obesidade. Alguns estudos analisaram a relação entre obesidade e câncer de ovário, e de


um modo geral, as mulheres obesas, com índice de massa corporal acima de 30, têm um
risco aumentado para câncer de ovário.

Histórico reprodutivo. As mulheres que tiveram filhos após os 35 anos têm um maior
risco de câncer de ovário.

Tratamento para fertilidade. O tratamento de fertilidade com fertilização in vitro parece


aumentar o risco do tipo de tumores ovarianos de baixo potencial de malignidade. Se
estiver tomando medicamentos para fertilidade, discuta com seu médico os riscos
potenciais com seu médico.

Terapia hormonal após a menopausa. As mulheres que usam estrogênios após a


menopausa têm um risco aumentado de câncer de ovário. Este risco parece ser maior nas
mulheres que tomam apenas estrogênio (sem progesterona) por 5 a 10 anos. No entanto,
esse aumento do risco é incerto para mulheres que tomam estrogênio e progesterona.

Histórico familiar de câncer de ovário, câncer de mama ou câncer colorretal. O risco


de câncer de ovário é maior se um parente de primeiro grau foi diagnosticada com câncer
de ovário, indiferente se for do lado materno ou paterno. Um histórico familiar para
alguns outros tipos de câncer, como câncer colorretal e câncer de mama está associado a
um risco aumentado de câncer de ovário. Isso ocorre porque esses cânceres podem ser
causados por uma mutação hereditária em determinados genes que causam uma síndrome
hereditária que aumenta o risco do câncer de ovário.
Síndromes hereditárias. De 5 a 10% dos cânceres de ovário são devido a síndromes
resultantes de alterações hereditárias em determinados genes, como a síndrome
hereditária do câncer de mama e câncer de ovário, hamartoma -PTEN ou doença de
Cowden, câncer Colorretal hereditário não polipoide, síndrome de Peutz-Jeghers e
polipose associada ao MUTYH.

Histórico pessoal de câncer de mama. O histórico pessoal de câncer de mama aumenta o


risco de câncer de ovário. Existem várias razões para isso, alguns dos fatores de risco
reprodutivo para câncer de ovário também podem afetar o risco de câncer de mama. O
risco de câncer de ovário após o câncer de mama é maior nas mulheres com histórico
familiar de câncer de mama. Uma forte história familiar de câncer de mama pode ser
causada por uma mutação herdada nos genes BRCA1 ou BRCA2, que também pode ser
um fator para câncer de ovário.

Tabagismo e alcoolismo. O tabagismo e o consumo de álcool não aumentam o risco do


câncer de ovário, mas alguns estudos indicam que pode aumentar o risco para o tipo
mucinoso.

Andrógenos. Parece haver uma ligação entre certos tipos de andrógenos e tipos
específicos de câncer de ovário, mas são necessários estudos adicionais sobre o papel dos
andrógenos no câncer de ovário.

Talco. Alguns estudos sugerem um ligeiro aumento do risco de câncer de ovário em


mulheres que usavam talco sobre a área genital. Muitos estudos de caso-controle
encontraram um pequeno aumento no risco. Mas esses estudos podem ser tendenciosos
porque muitas vezes dependem da memória de uso de talco da mulher muitos anos antes.
Estudos recentes ainda são controversos, portanto mais estudos ainda são necessários
para determinar se o aumento do risco é real. A pesquisa nesta área continua.

Dieta. Alguns estudos mostraram que uma taxa reduzida de câncer de ovário em
mulheres que seguem uma dieta com baixo teor de gordura e rica em vegetais, mas outros
estudos discordam. Mesmo assim, recomenda-se que as mulheres tenham uma dieta com
grande variedade de alimentos saudáveis, com ênfase em fontes vegetais, alimentando-se
diariamente pelo menos com 2 a 3 porções de frutas, legumes, grãos inteiros, pães,
cereais, arroz, macarrão ou feijão. É recomendada, ainda uma limitação na ingestão de
carne vermelha e carnes processadas, mesmo que o impacto dessas recomendações
dietéticas sobre o risco de câncer de ovário ainda seja incerta. Essas orientações podem
ajudar a prevenir várias outras doenças, incluindo alguns outros tipos de câncer.

Gravidez e amamentação. As mulheres que engravidaram e tiveram filhos antes dos 26


anos de idade têm menor risco menor de câncer de ovário. O risco diminui a cada
gravidez a termo. A amamentação pode reduzir ainda mais esse risco.

Controle da natalidade. As mulheres que usaram pílulas anticoncepcionais têm um


menor risco de câncer de ovário. O risco diminui quanto mais tempo os anticoncepcionais
são utilizados. Este risco continua baixo durante muitos anos após o uso do
anticoncepcional ser interrompido. Outras formas de controle de natalidade, como
laqueadura tubária e uso de dispositivos intrauterinos (DIUs) também têm sido associadas
a um menor risco de câncer de ovário. A histerectomia também parece reduzir o risco de
contrair câncer de ovário.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
A causa da maioria dos casos de câncer de ovário ainda é desconhecida. O que se sabe é
que algunsfatores de risco tornam a mulher mais propensa a desenvolver câncer epitelial
de ovário. Mas, ainda não se conhecem os fatores de risco para câncer de células
germinativas e tumores estromais dos ovários.
Existem muitas teorias sobre as causas do câncer de ovário. Algumas dependem da forma
como o fator de risco é avaliado. Por exemplo, gravidez e uso de pílulas
anticoncepcionais diminuem o risco de câncer de ovário, uma vez que ambos reduzem o
número de vezes em que o ovário libera um óvulo. Alguns pesquisadores acreditam que
possa existir uma relação entre a ovulação e o risco do câncer de ovário.
Além disso, sabe-se que a laqueadura e a histerectomia diminuem o risco de câncer de
ovário. Uma teoria para explicar isso é que algumas substâncias causadoras de câncer
podem entrar no corpo pela vagina, passar pelo útero, chegar às trompas de Falópio,
alcançando os ovários. Isso explicaria como a remoção do útero ou o bloqueio das
trompas de Falópio afeta o risco de câncer de ovário. Outra teoria é que os hormônios
masculinos (andrógenos) podem provocar câncer de ovário.
Entretanto, existem alguns progressos na compreensão de como certas mutações no DNA
podem fazer com que células normais se tornem cancerígenas. O DNA é um composto
orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós
normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No
entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso. Alguns genes têm instruções para
controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular
são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células a
morte no momento certo são denominados genes supressores de tumor. Os cânceres
podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou
desativam os genes supressores de tumor.
Alterações genéticas herdadas
Uma pequena porcentagem de cânceres de ovário ocorre em mulheres com mutações
genéticas hereditárias associadas a um risco aumentado de câncer de ovário. Essas
incluem mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, bem como os genes relacionados com
outras síndromes hereditárias associadas a um risco aumentado de câncer de ovário,
como PTEN (hamartoma - PTEN), STK11 (síndrome de Peutz-Jeghers), MUTYH
(polipose associada a MUTYH) e os muitos genes que podem causar câncer colorretal
hereditário não polipoide (MLH1, MLH3, MSH2, MSH6, TGFBR2, PMS1 e PMS2).
Os testes genéticos podem diagnosticar mutações genéticas associadas a estas síndromes
hereditárias. Se você tem um histórico familiar de cânceres associados a essas síndromes,
como câncer de mama, câncer de ovário, câncer de tireoide, câncer colorretal ou câncer
de endométrio, converse com seu médico sobre a realização de exames genéticos
específicos e aconselhamento genético.
Alterações genéticas adquiridas
A maioria das mutações do DNA relacionadas ao câncer de ovário não é hereditária, mas
adquirida durante a vida da mulher. Para alguns tipos de câncer, essas mutações podem
ser resultantes da exposição às radiações ou substâncias químicas cancerígenas, no
entanto não existem evidências relacionadas ao câncer de ovário. Até o momento, não há
comprovação específica de qualquer produto químico, ambiental ou presente na
alimentação que cause o câncer de ovário. A causa da maioria das mutações adquiridas
permanece desconhecida.
A maioria dos cânceres de ovário tem várias mutações genéticas adquiridas. As pesquisas
sugerem que os testes para identificar as alterações adquiridas de certos genes no câncer
de ovário, como o gene supressor de tumor p53 ou o oncogene Her2, podem prever o
prognóstico de uma mulher, no entanto, o papel desses testes ainda é incerto, e são
necessários mais estudos para uma comprovação científica.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Tratamentos do Câncer de Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/02/2015 - Data de atualização: 20/03/2019

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Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com a paciente as


opções de tratamento. É importante levar em consideração os benefícios de cada opção de
tratamento e os possíveis riscos e efeitos colaterais.
Tratamento local. A terapia local visa tratar um tumor localmente, sem afetar o resto do
corpo. Os tipos de terapia local utilizados para o câncer de ovário incluem cirurgia e
radioterapia.
Tratamento sistêmico. A terapia sistêmica se refere ao uso de medicamentos que podem
ser administrados por via oral, ou diretamente na corrente sanguínea para atingir as
células cancerígenas em qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de câncer de
ovário, diferentes tipos de tratamentos sistêmicos podem seu usados, incluindo
quimioterapia, hormonioterapia e terapia-alvo.

Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica
deverá ser formada por especialistas, como cirurgião, oncologista e radioterapeuta. Mas,
muitos outros poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, ginecologistas,
enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos.
É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem
como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se
adapte às necessidades de cada paciente.
Tomando decisões sobre o tratamento. É importante que todas as opções terapêuticas
sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a
tomar a decisão que melhor se adapte às suas necessidades.
Pensando em participar de um estudo clínico. Em alguns casos, essa pode ser a única
maneira para ter acesso a novos tratamentos. Ainda assim, estudos clínicos podem não
ser adequados para todos. Se você quiser saber mais sobre os estudos clínicos que podem
ser adequados para você, converse com seu médico.
Considerando métodos complementares e alternativos. Estes métodos podem incluir
vitaminas, ervas e dietas especiais, ou outros métodos, como acupuntura ou massagem.
Os métodos complementares se referem a tratamentos usados junto com seu atendimento
médico regular. Já os tratamentos alternativos são usados em vez do tratamento médico.
Embora alguns destes métodos possam ser úteis para aliviar os sintomas ou ajudar você a
se sentir melhor, muitos não foram comprovados cientificamente e não são
recomendados. Converse com seu médico antes de iniciar qualquer terapia alternativa.
Escolhendo interromper o tratamento. Para algumas pessoas, quando os tratamentos
não estão mais controlando o câncer, pode ser hora de pesar os benefícios e riscos de
continuar a tentar novos tratamentos. Se você continuar (ou não) o tratamento, ainda há
coisas que você pode fazer para ajudar a manter ou melhorar a sua qualidade de vida.
Algumas pessoas, especialmente se a doença está avançada, podem não querer serem
tratadas. Existem muitas razões pelas quais você pode decidir querer interromper o
tratamento, mas é importante conversar com seus médicos antes de tomar essa decisão.
Lembre-se de que mesmo se você optar por não tratar o câncer, você ainda pode receber
cuidados de suporte para ajudar com a dor ou outros sintomas.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Cirurgia para Câncer de Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos cânceres de ovário. O


procedimento cirúrgico dependerá de quanto à doença possa ter se disseminado e do
estado de saúde geral da paciente. Para as mulheres em idade fértil, com doença em
estágio inicial, pode ser possível tratar a doença sem a remoção de ambos os ovários e do
útero.
Cirurgia para câncer epitelial de ovário
A cirurgia do carcinoma epitelial de tem 2 objetivos principais: estadiamento e
diminuição do volume, retirando o máximo possível do tumor.
Estadiamento do câncer epitelial de ovário. O primeiro objetivo é diagnosticar até onde a
doença se disseminou, o que implica a remoção do útero (histerectomia), ovários e
trompas de Falópio (salpingo-ooforectomia bilateral). Além disso, são removidos o
omento (omentectomia), que é uma camada de tecido gorduroso, que cobre os órgãos
abdominais e alguns linfonodos da pelve e do abdome. Todas as amostras de tecido e
líquido removidos durante a cirurgia são enviadas para análise histopatológica.
Diminuição do tamanho do câncer epitelial de ovário. Outro objetivo importante dessa
cirurgia é retirar o máximo possível do tumor, isto é, diminuir o tamanho do tumor. Essa
redução é importante em pacientes com a doença disseminada por todo o abdome. O
objetivo da cirurgia é não deixar nenhum tumor maior que 1 cm.
Algumas vezes, o cirurgião terá de remover uma parte do cólon, em outros casos, pode
envolver a remoção de parte da bexiga, e até mesmo a remoção do baço ou da vesícula
biliar, bem como parte do estômago, fígado ou pâncreas.
Se ambos os ovários e/ou o útero foram retirados, a paciente não poderá engravidar. Isso
também significa que ela apresentará menopausa se ainda não a teve. O tempo de
internação é de 3 a 7 dias após a cirurgia e a maioria das mulheres pode retomar suas
atividades rotineiras em 4 a 6 semanas após o procedimento.
Cirurgia para câncer de ovário de células germinativas e estromais
Para cânceres de ovário de células germinativas e estromais o principal objetivo da
cirurgia é remover o tumor.
A maioria dos tumores de células germinativas do ovário é tratada com histerectomia e
salpingo-ooforectomia bilateral. Se o tumor estiver localizado em apenas um dos ovários
e a paciente ainda deseja ter filhos, apenas o ovário que contém a doença e a trompa de
Falópio do mesmo lado serão retirados.
Os tumores estromais de ovário estão muitas vezes confinados a apenas um dos ovários,
de modo que a cirurgia pode ser limitada à retirada apenas desse ovário. Se a doença se
disseminou, mais tecido terá que ser retirado. Isto pode implicar numa histerectomia e
salpingo-ooforectomia bilateral e ainda a cirurgia de diminuição do tamanho do tumor.
Às vezes, após a conclusão do procedimento, a cirurgia para retirar o outro ovário, a outra
trompa de Falópio e o útero pode ser indicada, tanto para tumores de células germinativas
quanto de estromais.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los,
consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)

Tratamento para Tumores Epiteliais de baixo potencial de malignidade


Terapia Alvo para Câncer de Ovário
Tratamento do Tumor Estromal de Ovário por estágio
Tratamento dos Tumores de Ovário de Células Germinativas
Tratamento do Câncer epitelial de Ovário invasivo por estágio
Radioterapia para Câncer de Ovário
Hormonioterapia para Câncer de Ovário
Quimioterapia para Câncer de Ovário

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Quimioterapia para Câncer de Ovário


Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 28/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais.


Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células
cancerosas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a
quimioterapia é administrada por via venosa ou por via oral. Em alguns casos, pode ser
injetada através de um cateter diretamente na cavidade abdominal (quimioterapia
intraperitoneal).
Câncer epitelial de ovário
A quimioterapia para câncer de ovário usa uma combinação de dois ou mais
medicamentos quimioterápicos. A administração de combinações de medicamentos ao
invés de apenas uma droga parece ser mais eficaz no tratamento inicial do câncer de
ovário. A abordagem padrão é a combinação de um composto de platina, como cisplatina
ou carboplatina, e um taxano, como o paclitaxel ou o docetaxel.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por
um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de
quimioterapia dura em geral algumas semanas.
Alguns dos medicamentos quimioterápicos usados no tratamento do câncer de ovário são:
Paclitaxel.
Altretamine.
Capecitabina.
Ciclofosfamida.
Etoposido.
Gemcitabina.
Ifosfamida.
Irinotecano.
Doxorrubicina lipossomal.
Melfalano.
Pemetrexed.
Topotecano.
Vinorelbina.
Quimioterapia intraperitoneal
A quimioterapia pode ser administrada em mulheres com câncer de ovário estágio III e
cujos cânceres tiveram o volume reduzido, além da quimioterapia sistêmica (paclitaxel
intravenoso). Na quimioterapia intraperitoneal os medicamentos quimioterápicos
cisplatina e paclitaxel são injetados diretamente na cavidade abdominal através de um
cateter.
A vantagem dessa forma é administrar uma dose mais concentrada das drogas direto nas
células cancerígenas do interior da cavidade abdominal. A químio dada desta maneira
também é absorvida na corrente sanguínea para assim atingir as células cancerígenas fora
da cavidade abdominal. No entanto, seus efeitos colaterais são mais severos do que com a
quimioterapia convencional. As mulheres que fazem esse tipo de quimioterapia podem
apresentar dor abdominal, náuseas, vômitos e outros efeitos colaterais, o que pode levar a
interrupção do tratamento precocemente. O risco desses efeitos colaterais também
implica que a mulher deva ter estar com a função renal normal e com um bom estado
geral de saúde antes de iniciar a quimioterapia intraperitoneal. As mulheres também não
podem ter muitas aderências ou tecido cicatricial no abdome, porque isso poderia impedir
que a quimioterapia alcançasse todas as células cancerígenas.
Tumores de células germinativas de ovário
As pacientes com câncer de células germinativas precisam ser tratadas com quimioterapia
combinada. Na maioria das vezes essa combinação utilizada é denominada PEB, e inclui
a quimioterapia com cisplatina, etoposido e bleomicina. Outras combinações que podem
ser utilizadas incluem:
Altas doses de quimioterapia.
TIP: paclitaxel, ifosfamida e cisplatina.
VeIP: vinblastina, ifosfamida e cisplatina.
VIP: etoposido, ifosfamida e cisplatina.
VAC (vincristina, dactinomicina e ciclofosfamida).
Tumores estromais de ovário
Os tumores estromais do ovário não são frequentemente tratados com quimioterapia, mas
quando a químio é feita a combinação de carboplatina com paclitaxel ou PEB (cisplatina,
etoposídeo e bleomicina) são as mais frequentes.
Efeitos colaterais da quimioterapia
Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de medicamentos, da dose
administrada e do tempo de duração do tratamento. Os possíveis efeitos colaterais
comuns podem incluir:
Náuseas e vômitos.
Perda de apetite.
Perda de cabelo.
Síndrome mão-pé.
Inflamações na boca.
Infecção, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
Hemorragia ou hematomas, devido a diminuição das plaquetas.
Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.
A maioria dos efeitos colaterais desaparece com o término do tratamento, mas alguns
podem durar algum tempo para desaparecer completamente. Entretanto, existem
medicamentos para muitos dos efeitos colaterais temporários da químio, por exemplo,
podem ser administrados medicamentos para prevenir e tratar as náuseas e vômitos.
Converse com seu médico sobre como gerenciar os possíveis efeitos dos medicamentos
que você usando.
Alguns medicamentos quimioterápicos podem ter efeitos colaterais a longo prazo ou
mesmo permanentes:
A cisplatina pode provocar problemas renais. Para ajudar a evitar isso, se prescrevem
líquidos intravenosos antes e após a administração do medicamento.
Tanto a cisplatina quanto os taxanos podem provocar danos nos nervos (neuropatia). Isso
pode levar a problemas de formigamento ou mesmo dor nas mãos e nos pés.
A cisplatina também pode danificar os nervos auditivos (ototoxicidade), o que pode levar
à perda de audição.
A quimioterapia também pode causar menopausa precoce e infertilidade, que pode ser
permanente. Isso raramente é um problema no tratamento do câncer de ovário epitelial,
uma vez que a maioria das mulheres tem ambos os ovários removidos como parte do
tratamento.
Raramente, alguns medicamentos quimioterápicos podem danificar permanentemente a
medula óssea. Isso pode causar síndrome mielodisplásica ou mesmo leucemia mieloide
aguda. Os efeitos positivos contra o câncer de ovário compensam a pequena chance de
que algum desses medicamentos possam levar ao desenvolvimento de outro câncer.
A ifosfamida pode causar cistite hemorrágica, o que geralmente pode ser evitado
administrando o medicamento Mesna com ifosfamida.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Quimioterapia.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse
nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los,
consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Radioterapia para Câncer de Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o
crescimento das células anormais que formam um tumor. Como a quimioterapia mais
intensiva é geralmente mais eficaz, a radioterapia raramente é usada como tratamento
principal do câncer de ovário. No entanto, pode ser útil no tratamento de áreas onde a
doença se disseminou, seja perto do tumor principal ou em órgãos distantes, como
cérebro ou medula espinhal.
Tipos de tratamento radioterápicos:
Radioterapia Externa
A radioterapia externa ou radioterapia convencional consiste em irradiar o órgão alvo
com doses fracionadas. O tratamento é realizado cinco vezes por semana, durante um
período de algumas semanas a meses. Este é o tipo de tratamento radioterápico
recomendado para câncer de ovário.
Alguns dos efeitos colaterais comuns da radioterapia incluem:
Alterações na pele.
Fadiga.
Náuseas e vômitos.
Diarreia.
Irritação vaginal.
Estes efeitos melhoram após o término do tratamento. A pele volta gradativamente ao
normal dentro de 6 a 12 meses.
Braquiterapia
A braquiterapia ou radioterapia interna, ao contrário da radioterapia que trata o órgão
alvo com feixes de radiação externos (a longa distância), utiliza fontes de radiação interna
(a curta distância). Na braquiterapia o material radioativo é colocado, por meio de
instrumentos específicos, próximo à lesão tumoral. Esta forma de terapia raramente é
usada para tratar o câncer de ovário.
Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Radioterapia.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los,
consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Hormonioterapia para Câncer de Ovário
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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A terapia hormonal é o uso de hormônios ou bloqueadores hormonais para combater o
câncer. Este tipo de terapia sistêmica é raramente usada para tratar o carcinoma epitelial
de ovário, mas é frequentemente utilizada no tratamento dos tumores estromais.
Agonistas do hormônio liberador de hormônio luteinizante (GnRH). Agonistas do
GnRH inibem a produção de estrogênio pelos ovários. Estes medicamentos são úteis na
redução dos níveis de estrogênio em mulheres que estão na pré-menopausa. Os agonistas
de GnRH incluem goserelina e leuprolide. Esses medicamentos são administrados a cada
1 a 3 meses. Os efeitos colaterais podem incluir qualquer um dos sintomas da menopausa,
como ondas de calor e secura vaginal.

Tamoxifeno. O tamoxifeno é um medicamento antiestrogênico usado para tratar câncer


de mama, que também pode ser usado para tumores estromais do ovário, mas raramente é
usado para o carcinoma epitelial avançado. O objetivo da terapia com tamoxifeno é
eliminar a presença do estrogênio no corpo da mulher, a fim de evitar o crescimento das
células cancerígenas. Mesmo que o tamoxifeno possa impedir o estrogênio a agir nas
células cancerígenas, ele atua como um estrogênio fraco em outras áreas do corpo. Ele
não causa perda de massa óssea, mas pode causar ondas de calor e secura vaginal, além
de aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos nas pernas.

Inibidores de aromatase. Os inibidores de aromatase são medicamentos que bloqueiam a


enzima aromatase, que se transforma em estrogênio em mulheres na pós-menopausa. Eles
não bloqueiam a função dos ovários para produzir estrogênio, apenas são úteis na redução
dos níveis de estrogênio nas mulheres após a menopausa. Estes medicamentos são
utilizados principalmente para o tratamento do câncer de mama, mas também podem ser
usados para tratar a recidiva dos tumores estromais do ovário, e incluem o letrozol, o
anastrazol e o exemestano. Esses medicamentos são administrados por via oral uma vez
por dia. Os efeitos colaterais comuns dos inibidores de aromatase incluem ondas de calor,
perda óssea e dores musculares e articulares. A perda óssea pode levar à osteoporose.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse
nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los,
consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)
Tratamento do Câncer epitelial de Ovário invasivo por estágio
Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 28/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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O primeiro passo no tratamento da maioria dos estágios do câncer de ovário é a cirurgia
para retirar o tumor e fazer o estadiamento da doença.
Estágio I
O tratamento inicial para o câncer de ovário estágio I é a cirurgia para a retirada do
tumor. Na maioria das vezes o útero, as trompas de Falópio e os ovários são retirados
(histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral).
Estágios IA e IB (T1a ou T1b, N0, M0). O tratamento pós-operatório depende do grau do
tumor.
Para tumores grau 1 (baixo grau), a maioria das pacientes não necessita de tratamento
após a cirurgia. As mulheres que desejam ter filhos ter filhos após o tratamento podem ter
a opção de fazer uma cirurgia inicial para retirar apenas o ovário que contém o tumor e a
trompa de Falópio do mesmo lado.
Para tumores grau 2 (alto grau), as pacientes são observadas de perto após a cirurgia sem
tratamento adicional ou são tratadas com quimioterapia. A quimioterapia administrada
consiste na combinação de carboplatina e paclitaxel, por 3 a 6 ciclos, cisplatina pode ser
usada no lugar da carboplatina, e docetaxel em vez do paclitaxel.
Para tumores grau 3 (alto grau), o tratamento geralmente inclui a mesma quimioterapia
administrada para os tumores estágio IA e IB de grau2.
Estágio IC (T1c, N0, M0). A cirurgia padrão para retirada do tumor ainda é o primeiro
tratamento. Após a cirurgia, é indicada quimioterapia, geralmente 3 a 6 ciclos de com
carboplatina e paclitaxel.
O câncer de trompas de Falópio estágio I e os cânceres peritoneais são tratados da mesma
forma que o câncer de ovário estágio I.
Estágio II
Para os tumores estágio II (incluindo IIA e IIB), o tratamento começa com a cirurgia para
estadiamento e diminuição do tamanho do tumor. Isso inclui histerectomia e salpingo-
ooforectomia bilateral, com retirada do máximo volume possível do tumor.
Após a cirurgia, são indicados pelo menos 6 ciclos de quimioterapia. A combinação de
carboplatina e paclitaxel é a mais frequentemente utilizada. Algumas mulheres com
câncer de ovário estágio II são tratadas com injeção intraperitoneal em vez de
quimioterapia intravenosa.
As trompas de Falópio estágio II e os cânceres peritoneais primários também são tratados
com cirurgia para estadiamento e diminuição do tamanho do tumor seguido de
quimioterapia.
Estágio III
Os cânceres do estágio III (incluindo IIIA1, IIIA2, IIIB e IIIC) recebem as mesma
terapias que o estágio II.

Primeiramente é realizado o estadiamento cirúrgico com diminuição do tamanho do


tumor (como no estágio II). Nesse procedimento, o útero, as trompas de Falópio, os
ovários e omento são retirados, extirpando o máximo possível do tumor. O objetivo da
cirurgia é não deixar nenhum tumor maior do que 1 cm. Às vezes tumor se desenvolveu
sobre os intestinos, e, para retirá-lo parte do intestino precisará ser removido. Às vezes
partes de outros órgãos, como bexiga ou fígado, precisam ser removidas para a retirada
do tumor.
Após a recuperação cirúrgica, é administrada uma combinação de medicamentos
quimioterápicos. Na maioria das vezes, essa combinação é de carboplatina (ou cisplatina)
e um taxano, como o paclitaxel, administrada via intravenosa durante 6 ciclos. O
bevacizumab pode ser administrado junto com a quimioterapia. Outra opção é
administrar a químio intra-abdominal ou intraperitoneal após a cirurgia.
Após a cirurgia, e durante e após a quimioterapia, devem ser realizados exames de sangue
para verificação do marcador tumoral CA-125 e exames de imagem para avaliar a
resposta ao tratamento.
As pacientes sem condições físicas para realizar a cirurgia de diminuição do tamanho do
tumor são inicialmente tratadas com quimioterapia. Se a quimioterapia responder e a
paciente tiver melhores condições físicas, pode ser realizada a cirurgia, muitas vezes
seguida por mais quimioterapia. Na maioria das vezes, são administrados 3 ciclos de
químio antes da cirurgia, com pelo menos mais 3 ciclos após a cirurgia.
Terapia de manutenção. Para algumas pacientes, pode ser indicada a administração de
quimioterapia adicional após o tratamento inicial, mesmo que já não existam sinais da
doença. Esse procedimento, denominado de manutenção tem o objetivo de destruir as
células cancerígenas remanescentes após o tratamento e impedir uma recidiva. Os
medicamentos que podem ser usados incluem paclitaxel, pazopanibe, niraparibe e
olaparibe. Entretanto, até o momento não foi comprovado se a terapia de manutenção
aumenta a sobrevida da paciente.
Estágio IV
No estágio IV, a doença se disseminou para outros órgãos, como fígado, pulmões ou
osso. Nesse estágio, a cura já não é possível com os tratamentos atuais, mas, ainda assim
podem ser tratados. Os objetivos do tratamento são ajudar as pacientes a se sentirem
melhor e aumentar a sobrevida.
O estágio IV pode ser tratado como estágio III, com retirada cirúrgica do tumor e
diminuição do tamanho do tumor, seguido de quimioterapia.
Outra opção é tratar inicialmente com quimioterapia. Na maioria das vezes, são
administrados 3 ciclos antes da cirurgia, mais 3 ciclos após a cirurgia.
Outra opção é limitar o tratamento para os que visem apenas melhorar o conforto. Este
tipo de tratamento é chamado paliativo.
Recidiva
A recidiva pode ser local ou para outros órgãos. Tumores persistentes são aqueles que
nunca são totalmente curados com o tratamento. O carcinoma epitelial de ovário
avançado, muitas vezes recidiva meses ou anos após o tratamento inicial.
Às vezes, é indicada outra cirurgia. A maioria das pacientes com recidiva de câncer de
ovário são tratadas com algum tipo de quimioterapia. Os medicamentos utilizados vão
depender do que a paciente já recebeu em tratamentos anteriores e sua resposta aos
medicamentos utilizados. Quanto mais tempo demora para ocorrer a recidiva após o
tratamento, melhor será a chance de que a quimioterapia adicional responda. Se for pelo
menos 6 meses desde qualquer químio anterior, a paciente pode ser tratada com
carboplatina e paclitaxel. Uma opção é administrar carboplatina associada a outro
medicamento.
Algumas mulheres podem receber vários esquemas diferentes de quimioterapia durante
vários anos. Muitos medicamentos quimioterápicos podem ser usados para tratar o câncer
de ovário.
O tratamento com terapias-alvo também pode ser útil. Por exemplo, o bevacizumab pode
ser administrado com químio. Um inibidor de PARP, como olaparibe, rucaparibe ou
niraparibe também podem ser uma opção em algum momento. Além disso, algumas
pacientes podem ser beneficiadas com a hormonioterapia, com anastrozol, letrozol ou
tamoxifeno. Pacientes que não fizeram quimioterapia inicialmente podem ser tratadas
com os mesmos medicamentos utilizados para o câncer recém diagnosticado, geralmente
com carboplatina e paclitaxel.
A participação em um estudo clínico com novos tratamentos pode proporcionar
vantagens importantes para mulheres com recidiva de câncer de ovário. Solicite ao seu
médico informações sobre ensaios clínicos para seu tipo de câncer.
Tratamentos paliativos
Os tratamentos paliativos são usados para aliviar os sintomas do câncer de ovário.
Um problema comum que pode ocorrer em mulheres com câncer de ovário é o acúmulo
de líquido no abdome (ascite), que pode ser muito desconfortável mas, que pode ser
tratado realizando uma paracentese. Às vezes, se recomenda quimioterapia
intraabdominal. O tratamento com bevacizumab também pode ser uma opção. Estes
tratamentos podem aliviar os sintomas em algumas pacientes e, raramente, prolongam a
sobrevida.
O câncer de ovário pode causar obstrução do trato intestinal, provocando dor abdominal,
náuseas e vômitos. Muitas vezes, pode ser necessária a realização de uma cirurgia para
desobstruir o intestino. Para deixar a paciente confortável, é colocado um cateter através
da pele até o estômago de modo a permitir que os sucos gástricos drenem e não
bloqueiem totalmente o trato digestivo.
Em algumas pacientes, a cirurgia pode ser realizada para aliviar a obstrução intestinal. O
procedimento é oferecido apenas para as pacientes que estão bem o suficiente para
receberem tratamentos adicionais após a cirurgia.
Fonte: American Cancer Society (14/06/2018)

Terapia Alvo para Câncer de Ovário


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Terapia-alvo é um tipo de tratamento do câncer que usa drogas ou outras substâncias para
identificar e atacar as células cancerígenas com pouco dano às células normais. Essas
terapias atacam o funcionamento interno das células cancerosas - a programação que as
torna diferentes das células normais e saudáveis. Cada tipo de terapia alvo funciona de
uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce,
se divide, se auto repara, ou como interage com outras células.
Bevacizumab
O bevacizumab pertence a uma classe de medicamentos conhecidos como inibidores da
angiogênese. Este medicamento tem como alvo o fator de crescimento endotelial vascular
(VEGF), uma proteína que ajuda a formar novos vasos sanguíneos. Isso pode retardar ou
bloquear o desenvolvimento do câncer.
O bevacizumab mostrou reduzir o crescimento do câncer epitelial de ovário avançado. O
bevacizumab responde ainda melhor quando administrado junto com a quimioterapia,
tendo mostrado bons resultados em termos de redução (ou interrupção do crescimento)
dos tumores. Mas não parece aumentar a sobrevida das pacientes.
Este medicamento é administrado como uma infusão intravenosa a cada 2 a 3 semanas.
Os efeitos colaterais comuns incluem aumento da pressão arterial, cansaço, hemorragia,
diminuição dos glóbulos brancos, dor de cabeça, feridas na boca, perda de apetite e
diarreia. Os efeitos colaterais raros, mas importantes, incluem coágulos sanguíneos,
hemorragia intensa, cicatrização lenta, perfuração intestinal e fístulas.
Inibidores de PARP
Olaparibe, rucaparibe e niraparibe. São medicamentos conhecidos como inibidores de
PARP. As enzimas PARP normalmente estão envolvidas em uma via para reparar o DNA
danificado dentro das células. Os genes BRCA (BRCA1 e BRCA2) também estão
normalmente envolvidos em uma via diferente de reparo do DNA, e as mutações nesses
genes podem bloquear essa via. Ao bloquear a via PARP, esses medicamentos tornam
difícil às células tumorais com um gene BRCA mutado reparar o DNA danificado, muitas
vezes levando essas células à morte.
Todos esses medicamentos são administrados por via oral.
Olaparib e rucaparibe. Esses medicamentos são usados para tratar o câncer de ovário
avançado, geralmente após a quimioterapia ser tentada. Esses medicamentos podem ser
usados em pacientes com (ou sem) mutações em um dos genes BRCA.
Em mulheres com uma mutação BRCA:
Olaparib pode ser usado para no tratamento do câncer de ovário avançado que reduzir em
resposta ao primeiro tratamento com quimioterapia com cisplatina ou carboplatina.
Olaparibe e rucaparibe podem ser usados no tratamento do câncer de ovário avançado
previamente tratado com 2 ou 3 medicamentos quimioterápicos.
Em mulheres com (ou sem) mutação BRCA:
O olaparib e o rucaparibe podem ser usados no tratamento da recidiva do câncer de
ovário avançado após o tratamento e, em seguida, diminuiu em resposta à quimioterapia
com cisplatina ou carboplatina.
O olaparibe e o rucaparibe podem aumentar o intervalo de tempo sem doença antes de
uma possível recidiva ou metástase.
Esses medicamentos mostraram úteis em reduzir ou retardar o crescimento de alguns
cânceres de ovário avançados por um determinado intervalo de tempo. Entretanto, até o
momento, não está claro se eles aumentam a sobrevida das pacientes.
Niraparibe. É outro inibidor de PARP normalmente usado para tratar a recidiva do
câncer de ovário, após a quimioterapia ser tentada. Ao contrário dos outros inibidores de
PARP, este medicamento pode ser usado para tratar mulheres com (ou sem) mutação no
gene BRCA.
Os efeitos colaterais destes medicamentos podem incluir náuseas, vômitos, diarreia,
fadiga, perda de apetite, alterações no paladar, anemia, dor nas articulações e nos
músculos. Raramente, algumas pacientes tratadas com estes medicamentos desenvolvem
algum tipo de câncer de sangue, como síndrome mielodisplásica ou leucemia mieloide
aguda.
Outras terapias-alvo também estão sendo estudadas.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse
nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los,
consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)

Tratamento dos Tumores de Ovário de Células Germinativas


Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 21/07/2014 - Data de atualização: 20/03/2019

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Tumores benignos
O tratamento dos tumores benignos de células germinativas, como teratomas (cistos
dermoides) é a cistectomia ovariana (remoção cirúrgica da parte do ovário que contem o
tumor).
Tumores malignos
Cerca de 2 a 3% dos cânceres de ovário são de células germinativas. A maioria dos tipos
de carcinoma de células germinativas do ovário é tratada com cirurgia e quimioterapia.
Os tratamentos dos tumores de células germinativas de ovário podem incluir:
Cirurgia. Se a paciente ainda deseja ter filhos, apenas o ovário que contém o tumor e a
trompa de Falópio do mesmo lado são removidos. Entretanto, esta opção não é válida,
caso a doença esteja nos dois ovários. Quando a paciente, não deseja mais ter filhos, é
feita a remoção de ambos os ovários, das duas trompas de Falópio e do útero. Às vezes, o
médico pode considerar retirar apenas parte de um ovário para permitir que a mulher
mantenha a função ovariana. Mesmo quando ambos os ovários precisam ser removidos, a
paciente pode desejar manter o útero para permitir uma gravidez no futuro através de
fertilização in vitro.

Quimioterapia. A maioria das pacientes com carcinoma de células germinativas de


ovário será tratada com uma combinação de quimioterápicos, em pelo menos 3 ciclos. A
combinação frequentemente usada inclui cisplatina, etoposido e bleomicina (PEB). O
disgerminoma é geralmente mais sensível à quimioterapia, e pode ser tratado com uma
combinação menos tóxica de carboplatina e etoposido. Outras combinações de
medicamentos podem ser usadas para tratar a recidiva ou se a doença não respondeu ao
tratamento. Os tumores de células germinativas podem aumentar os valores dos
marcadores tumorais da gonadotrofina coriônica humana (HCG), alfa-fetoproteína (AFP)
e/ou lactato desidrogenase (LDH). Se os níveis desses marcadores estiverem altos antes
do início do tratamento, serão reavaliados durante a quimioterapia, geralmente antes da
realização de cada ciclo. Se o tratamento estiver respondendo, esses níveis tendem a
normalizar. Se os níveis permanecem elevados, será necessário realizar um outro tipo de
tratamento.

Disgerminoma estágio IA. Se o disgerminoma está limitado a apenas um dos ovários, a


paciente pode ser tratada cirurgicamente com a remoção apenas do ovário e da trompa de
Falópio do mesmo lado, sem quimioterapia após a cirurgia. Essa abordagem requer um
acompanhamento pós-tratamento rigoroso. A maioria das pacientes nesse estágio é
curada com a cirurgia, não necessitando da quimioterapia.

Teratoma imaturo Grau I. Estes tumores raramente recidivam após serem removidos. A
paciente com estágio I pode ser tratada apenas com a remoção do ovário ou ovários e da
trompa de Falópio.
Recidiva
O tratamento para a recidiva dos tumores de células germinativas podem incluir
quimioterapia ou, raramente, a radioterapia. A combinação de medicamentos
quimioterápicos usada com mais frequência é a PEB (cisplatina, etoposido e bleomicina).
Para pacientes que já foram tratadas com PEB, outras combinações são usadas.
Também pode ser considerado um estudo clínico com novos tratamentos, que podem
oferecer importantes vantagens. Consulte seu médico sobre as opções de protocolos
clínicos para seu tipo específico de câncer.
Fonte: American Cancer Society (11/04/2018)

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