O estilo de arquitetura islâmica se desenvolveu pouco depois da morte do
profeta Maomé, formado a partir de modelos romanos, egípcios, persas e bizantinos. As mesquitas são as peças da arquitetura islâmica mais conhecidas, as primeiras foram construídas entre os séculos VII e VIII, A rapidez de seu surgimento teve como marco o ano 691, com a finalização do Domo da Rocha (Qubbat al-Sakhrah), em Jerusalém, que apresenta traços abobadados, um domo circular, e o uso de estilizados e repetitivos padrões decorativos (arabesco) e com o modelo da casa de Maomé em Medina que consistia numa planta quadrangular, com pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas de tronco de palmeira. A Basílica de Santa Sofia, em Istambul, também influenciou a arte islâmica, ao agregar elementos da arquitetura bizantina. Quando os otomanos capturaram a cidade dos bizantinos, converteram-na de basílica em mesquita, sendo atualmente um museu. Essa igreja também serviu de modelo para muitas outras mesquitas otomanas, como a Mesquita Sehzade e a Mesquita de Süleymaniye. Durante os séculos seguintes a arquitetura sagrada foi deixando de ter a austeridade e os materiais e elementos rústicos da casa de Maomé, embora tenha se mantido a preservação de algumas formas geométricas. Segundo Akin (2016), na construção das primeiras mesquitas no século XVIII, usou-se mármore, tijolo, gesso e cal e as paredes são decoradas com estilizados motivos de folhagens, inscrições em árabe, e desenhos com arabescos nas paredes azulejadas. Nessas construções, observa-se influência turco-persa. Mais tarde, constatamos a inclusão de novos elementos, como mirabe, cúpula e mimbar (púlpito). Nessa evolução, claro, está presente a influência das interpretações dos textos sagrados que abriam espaço para tal.