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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE


NÚCLEO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

RELATÓRIO DE ECONOMIA DOS TRANSPORTES


2º PARTE

ALUNOS: DANYLO FERREIRA CAVALCANTE


JADSON SANTOS
MÁRCIO ANDRÉ
CARUARU-PE
2019

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação do modelo de 4 etapas ........................................... 13


Figura 2 - Localização do Campus Paricarana da UFRR ................................. 14
Figura 3- Matriz de distribuição de viagens ...................................................... 14
Figura 4 - Divisão das viagens em alternativas relativas às divisões iniciais ... 16

3
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Agências de Regulação em Roraima ................................................. 9


Tabela 2 - Fluxo de passageiros no transporte rodoviário ............................... 11
Tabela 3 - Fluxo de passageiros no transporte aéreo ...................................... 11

4
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................... 3

LISTA DE TABELAS .......................................................................................... 4

METODOLOGIA ............................................................................................... 7

1. Concessões ferroviárias no Brasil .................................................... 7

2. Concessões dos aeroportos no Brasil .............................................. 7

3. Regulação econômica e agências de regulação no Brasil .............. 9

4. Planejamento dos transportes ......................................................... 10

5. Modelagem da demanda por transportes. .................................................... 12

6. Modelo sequencial de quatro etapas............................................... 12

CONCLUSÃO .................................................................................................. 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 18

5
INTRODUÇÃO

Existem inúmeros temas relacionados ao transporte no Brasil e no mundo, este


presente trabalho tem por objetivo abordar temas necessários para o entendimento do
setor de transporte nacional.
Um dos principais meios de transporte de uma sociedade é o ferroviário, apesar
de pouco utilizado no Brasil, o modal é de extrema importância, principalmente para
transporte de grandes cargas. Sendo assim, há uma necessidade de concessionar o sistema
de transporte ferroviário, de modo a garantir uma melhor qualidade de serviço.
Outro modal de transporte de extrema importância para o desenvolvimento de
qualquer país é o modal aeroviário. Atualmente, são 22 aeroportos concessionados no
Brasil, mas o Governo tem como meta concessionar todos sob comando da Infraero até o
ano de 2022. Para isso, estão previstos mais dois leilões, previstos para acontecer em
2021e 2022.
Quando se fala em concessões, outro tema importante a se abordar é o papel das
agências reguladoras, pois são elas as responsáveis por fiscalizar e regular essas
concessões. Existem 10 agências de regulação federais que atuam em diversos setores,
entres as atuantes no setor de transporte têm-se a ANTT, a ANTAQ e a ANAC.
Outro tema importante abordado é o de planejamento dos transportes, que é uma
área de estudo que visa adequar as necessidades de transporte de uma região ao seu
desenvolvimento de acordo com suas características estruturais. Isto significa implantar
novos sistemas ou melhorar os existentes.
Para se definir o que deve ser implantado ou melhorado dentro do horizonte de
projeto, faz-se necessário quantificar a demanda por transporte e saber como a mesma vai
se distribuir dentro da área de estudo. A avaliação dessa demanda é feita utilizando os
modelos de planejamento. Através destes modelos procura-se modelar o comportamento
da demanda e a partir daí definir as alternativas que melhor se adaptem a realidade da
região.
Um desses modelos é o modelo sequencial de 4 etapas, que como próprio nome
já diz, consistem em quatro etapas, são elas: Geração de Viagens; Distribuição de
Viagens; Divisão/Repartição Modal; e Alocação das Viagens.

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METODOLOGIA

1. Concessões ferroviárias no Brasil

Não há concessões ferroviárias nesse estado

2. Concessões dos aeroportos no Brasil

A concessão nos aeroportos de Roraima tem como finalidade assegurar ações bem
relevantes como os investimentos para aumentar e inovar toda a estrutura aeroportuária
sendo assim promove uma melhoria adequada no atendimento aos usuários do transporte
aéreo.
Os contratos de concessão, gerados e fiscalizados pela ANAC, preveem serem
aplicados nos aeroportos de Roraima para determinar os níveis de qualidade dos serviços
oferecidos. Determinadas concessões visam melhorar o quão bom os aeroportos podem
ser em se tratando no fornecimento de qualidade dos serviços e também no aceleramento
das execuções das obras as quais se necessitam para suprir a demanda que é dada pelo
transporte aéreo.
Esse aeroporto é o principal do estado de Roraima onde possui um Terminal de
logística de carga que passou a ser operado pelo consorcio Ponta Negra Soluções
Logísticas E Transporte Ltda, que irá realizar atividades de armazenagem e
movimentações de cargas nacionais e internacionais.
O Aeroporto Internacional de Boa Vista Atlas Brasil entrou na lista dos próximos que
serão leiloados, De acordo com o edital, o objetivo da publicação da nova lista é chamar
interessados a apresentarem projetos, levantamentos, investigações e estudos que contribuam
para a expansão, exploração e manutenção dos aeroportos.
O aeroporto de Boa Vista está dentro do Bloco Norte, junto com os de Palmas, em
Tocantins, Manaus, no Amazonas, Porto Velho, em Rondônia, e Rio Branco, no Acre.
Nos contratos de concessão, o governo federal estipulou um valor mínimo a ser
investido pelas concessionárias nas infraestruturas aeroportuárias. As empresas privadas
se comprometeram a aplicar R$ 25,3 bilhões, somadas as obrigações dos aeroportos
concedidos45, em projetos que visassem a melhorar a qualidade da infraestrutura
oferecida aos usuários do sistema. Segundo os dados fornecidos pela SAC/PR, até março

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de 2015, as empresas já haviam realizado o investimento de R$ 8,44 bilhões em seus
terminais.

2.1. Regras para operação do serviço de transporte aéreo

Sabe-se que pra haver a concessão dos serviços de transportes aéreo é necessário
a aprovação da ANAC e possuir vários procedimentos para isso. Na primeira etapa, é
preciso solicitar uma autorização pra operar, na segunda etapa a empresa deverá entrar
com o pedido de concessão para explorar os serviços de transporte aéreo regular, o que a
habilita a participar da Comissão de Linhas Aéreas e a solicitar um Horário de Transporte,
denominado Hotran.
A concessão para operação de rotas é regulada pelo Hotran, ou seja, a efetiva
operação da linha depende dessa autorização, que é específica para voo regular. Segundo
a Instrução de Aviação Civil (IAC).
Apesar de não haver regulamentações explícitas que limitem a entrada de novas
empresas aéreas no setor, é bom notar que as regras que regulamentam a concessão
funcionam como uma barreira à sua entrada. Isso porque, dadas todas as normatizações e
requisitos prévios, é necessário que a equipe tenha conhecimento e experiência para
constituir uma nova empresa.
Um fator importante a ser mencionado é que as empresas nacionais podem operar
o transporte doméstico de passageiros. Isso porque o Código Brasileiro de Aeronáutica
(CBA) limita a participação de capital estrangeiro a 20,0% do capital votante das
empresas.
A partir do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff (maio/2016)
e a tomada da presidência pelo vice-presidente Michel Temer, o PIL-Aeroportos e o
Programa Federal de Auxílio a PIL-Aeroportos (PROFAA) sofreram vultosas alterações
em relação ao seu projeto inicial, sobretudo no que diz respeito ao formato das novas
concessões e ao desenvolvimento da aviação regional.
De maneira geral, todas as regiões brasileiras sofreram com as reduções dos
investimentos previstos em comparação com os montantes da gestão de Dilma Rousseff.
Em suma, dos 270 aeródromos cotados para o PIL-Aeroportos restaram apenas 53 na

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gestão de Michel Temer. A região mais afetada negativamente pelos cortes do governo
Temer foi a Sudeste, com 87,7% do programa; seguida da Região Sul (81,4%); da Centro-
Oeste (80,6%); da Nordeste (79,1%); e da Norte (73,4%) (NOVAES; SOUZA, 2016).
A Região Norte totalizava 67 aeroportos e restaram apenas quatorze, além de dois
estados serem excluídos (Roraima e Amapá). A Região Nordeste possuía ao todo 64
aeroportos atendidos, com a proposta de Temer restaram apenas 17. Na Região Sudeste
eram 65 e sobraram apenas oito aeroportos, e no Sul do país, o projeto inicial continha 43
aeroportos e restaram oito (NOVAES; SOUZA, 2016).
As alterações dos contratos de Concessões aeroportuárias do governo Temer
podem repercutir negativamente para o consumidor final, pois autoriza que, em horários
de pico, as taxas aeroportuárias cheguem a até 100% a mais do valor fixado pela Anac,
ou seja, possibilita que o consórcio gestor cobre das companhias aéreas o dobro do valor
das tarifas de pousos e decolagens, o que influi diretamente no aumento das tarifas aos
consumidores.
A região com o menor número de passageiros pagos embarcados, em 2015, no
mercado doméstico foi a Norte, com 5,8 milhões (6,1%) (ANAC, p. 83, 2016)

3. Regulação econômica e agências de regulação no Brasil

O estado de Roraima contava com uma Agência Reguladora de Serviços Públicos


Delegados, mas foi extinta pela Lei nº 1.012 de 10 de setembro de 2015. Suas atribuições
foram absorvidas pela Casa Civil.
Abaixo segue tabela com postos de atendimentos das Agencias de Regulação
Federais.

Tabela 1- Agências de Regulação em Roraima

Agência de
Endereço
Regulação

9
Rua Uailã, nº 529 - Bairro: 13 de setembro - CEP 69308-450
ANATEL - Boa Vista/RR

Posto de Fiscalização/Atendimento no Terminal


Rodoviário de Boa Vista/RR
ANTT
Avenida das Guianas, 1523, Sala 02, Bairro Treze de
Setembro
Endereço: Rua Doutor Arnaldo Brandão nº 238, São
ANVISA
Francisco. CEP: 69305-080. Boa Vista.

As demais agências federais de regulação, não possuem postos físicos de


atendimento no estado de Roraima.

4. Planejamento dos transportes

Em Roraima o planejamento dos transportes é feito pela Secretaria de


planejamento e desenvolvimento – SEPLAN. No que tange a dados disponíveis utilizados
para planejamento, é fornecido no próprio site da secretaria dados referentes ao fluxo de
transportes rodoviários e aéreo ao longo de 1998 até 2018. Não foram encontrados dados
de projeção para os anos seguintes.

10
Tabela 2 - Fluxo de passageiros no transporte rodoviário

Fluxo de Passageiros por Linhas no Transporte Rodoviário

Internacional Interestadual Intermunicipal Total Geral


Ano
Embarque Desembarque Total Embarque Desembarque Total Embarque Desembarque Total Embarque Desembarque Total
1998 24,607 22,239 46,846 41,458 26,861 68,319 52,380 46,702 99,082 118,445 95,802 214,247
1999 18,555 17,671 36,226 50,011 44,600 94,611 45,944 42,701 88,645 114,510 104,972 219,482
2000 16,984 14,136 31,120 63,738 60,998 124,736 48,830 41,519 90,349 129,552 116,653 246,205
2001 15,357 13,311 28,668 72,480 82,301 154,781 56,773 62,579 119,352 144,610 158,191 302,801
2002 13,357 10,984 24,341 73,544 78,757 152,301 56,755 58,169 114,924 143,656 147,910 291,566
2003 11,674 9,959 21,633 73,631 75,995 149,626 58,473 55,984 114,457 143,778 141,938 285,716
2004 11,918 9,305 21,223 65,388 73,031 138,419 66,683 56,710 123,393 143,989 139,046 283,035
2005 11,641 7,595 19,236 56,332 64,493 120,825 72,701 51,862 124,563 140,674 123,950 264,624
2006 11,639 7,137 18,776 55,756 60,213 115,969 78,970 45,540 127,510 146,365 115,890 262,255
2007 15,751 12,010 27,761 44,708 52,280 96,988 103,540 71,006 174,546 163,999 135,296 299,295
2008 16,854 15,617 32,471 57,030 50,052 107,082 124,067 70,030 194,097 197,951 135,699 333,650
2009 13,737 10,925 24,662 55,574 54,006 109,580 125,185 101,674 226,859 194,496 166,605 361,101
2010 3,555 1,848 5,403 56,646 52,126 108,772 134,649 123,915 258,564 190,330 182,409 372,739
2011 1,730 2,258 3,988 69,167 71,281 140,448 126,369 109,199 235,568 197,266 182,738 380,004
2012 2,772 3,231 6,003 91,916 94,452 186,368 108,690 100,221 208,911 203,378 197,904 401,282
2013 2,797 3,551 6,348 55,504 62,612 118,116 94,030 84,936 178,966 152,331 151,099 303,430
2014 2,405 4,037 6,442 73,305 80,997 154,302 88,603 79,014 167,617 164,313 164,048 328,361
Fonte: Departamento de Infraestrutura de Transporte – SEINF.; Elaboração: SEPLAN-RR/CGEES

Fonte: SEINF, Elaboração SEPLAN-RR (2019)

Tabela 3 - Fluxo de passageiros no transporte aéreo

Fluxo de Transporte Aéreo

Passageiros Cargas (kg) Aeronaves


Ano
Embarque Desembarque Total Embarque Desembarque Total Pouso Decolagem Total
1998 62,169 61,543 123,712 143,823 1,655,950 1,799,773 6,470 6,525 12,995
1999 53,764 53,014 106,778 141,686 1,165,490 1,307,176 5,505 5,411 10,916
2000 53,390 52,238 105,628 124,068 1,102,095 1,226,163 6,504 6,470 12,974
2001 57,424 56,677 114,101 100,006 998,568 1,098,574 6,912 6,905 13,817
2002 54,878 63,430 118,308 86,618 1,074,431 1,161,049 5,011 5,015 10,026
2003 43,602 47,198 90,800 94,927 622,613 717,540 3,370 3,408 6,778
2004 58,489 55,342 113,831 96,802 621,333 718,135 3,489 3,553 7,042
2005 73,258 70,944 144,202 176,331 524,792 701,123 4,135 4,112 8,247
2006 75,738 75,518 151,256 91,126 481,645 572,771 4,443 4,440 8,883
2007 107,525 103,594 211,119 128,754 639,015 767,769 3,852 3,850 7,702
2008 105,288 106,530 211,818 142,746 892,587 1,035,333 4,613 4,605 9,218
2009 96,295 92,409 188,704 117,719 805,994 923,713 5,277 5,275 10,552
2010 122,857 117,255 240,112 198,068 874,121 1,072,189 6,315 6,599 12,914
2011 171,723 169,619 341,342 280,712 1,128,842 1,409,554 6,833 6,658 13,491
2012 166,747 169,373 336,120 288,190 1,071,168 1,359,358 6,207 6,137 12,344
2013 171,273 167,130 338,403 216,743 377,383 594,126 3,317 3,298 6,615
2014 174,279 175,088 349,367 112,395 377,445 489,840 3,231 3,220 6,451
2015 168,155 166,128 334,283 108,999 466,373 575,372 4,416 4,400 8,816
2016 133,682 130,311 263,993 118,224 399,978 518,202 2,986 2,972 5,958
2017 144,514 134,536 279,050 132,889 470,740 603,629 2,492 2,490 4,982
2018 170,084 135,317 305,401 160,306 1,095,194 1,255,500 2,615 2,613 5,228
Fonte: INFRAERO/RR; Elaboração: SEPLAN-RR/CGEES
Obs: Atualizado em 17/01/2019.

Fonte: SEINF, Elaboração SEPLAN-RR (2019)

A superintendência do desenvolvimento da Amazônia- SUDAM realizou em 2016


estudos de logística e transporte de cargas e passageiros no estado, levantando as
principais dificuldades no deslocamento de pessoas e produtos, buscando soluções para
os problemas identificados.
11
Foram mapeados 33 projetos logísticos de grande relevância para o
desenvolvimento da região, entre eles a duplicação da BR-174, restauração da BR-401, a
pavimentação da BR-432, entre outros. Dessa forma o alinhamento do planejamento de
transporte e infraestrutura fomentam o melhor desenvolvimento para o estado de
Roraima.
Um outro desafio para o planejamento dos transportes no estado se refere a
soluções para transporte de mercadorias e passageiros entre Brasil e Guiana, devido a
exploração do petróleo, atividade prevista para 2020. Com isso tem sido buscado
solucionar questões como seguro de veículos e documentação aduaneira.

5. Modelagem da demanda por transportes.

De acordo com reportagem de Rodrigo Santana para o site Folha De Boa Vista, a
demanda por transporte público teve um aumento nos últimos anos, devido a isso, projetos
de criação de novos postos de trabalho e geração de empregos tornaram-se necessários
para se adequar a essa nova demanda,
Robert Rodrigues, coordenador comercial de uma empresa de transporte, que foi
entrevistado por Rodrigo Santana, afirmou que nos últimos três anos, o fluxo migratório
mudou o cenário do setor de transportes em Roraima e que sentiu a necessidade de
aumentar a frota de veículos e, consequentemente, contratar mais motoristas.

6. Modelo sequencial de quatro etapas

6.1. Modelo 4 etapas

Neste modelo do ano-base, inclusive variáveis socioeconômicas da população de


Roraima são utilizadas para estimar o numero total de produção e atração de viagens em
cada zona da área em estudo (etapa de geração de viagens).
Em sua aplicação tradicional, o planejamento de transporte de carga utiliza o
modelo de análise previsão de demanda de quatro etapas com finalidade de estimar os
fluxos futuros de carga na região em estudo. É baseado neste resultado que os tomadores

12
de decisão elaboram e avaliam diferentes alternativas para implantação ou aprimoramento
da efetividade do sistema de transportes existente.

Figura 1 - representação do modelo de 4 etapas

Fonte: Brasil, Pag 12

A etapa de “Geração de viagens”analisa a aplicação de modelos de geração da


demanda com base em estimativas das demandas totais produzidas e atraídas pra cada
zona de transporte de uma determinada área da região de Roraima e seu entorno pra cada
ano-horizonte considerado
Segundo Paula et al (2014) as instituições de ensino superior (IES), são
consideradas importantes pólos geradores de viagens e promovem um elevado número de
viagens, oriundas do deslocamento realizado por alunos, professores e funcionários por
meio de diferentes modos de transporte (motorizado e não motorizado).
Na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima, o campus paricarana da
Universidade Federal de Roraima (UFRR) visto na fig. 2 torna-se um importante PGV
devido a geração de viagens provenientes dos deslocamentos de veículos.
A geração de viagens tem o objetivo de estimar a produção e a atração de cargas
(unidade de massa ou viagens de veículos de carga) para cada uma das zonas de transporte
(ZT) da área de estudo tendo como base um período de tempo (dia, semana, mês, ano)
típico da situação futura.

13
Figura 2 - Localização do Campus Paricarana da UFRR

Fonte: Google Maps


A etapa de “distribuição de viagens” estima o numero de viagens que ocorrem no
município de Roraima entre suas zonas de trafego, criando uma matriz O/D de viagens
futuras a partir dos anos bases das projeções de viagens produzidas e atraídas.
A Geração de Viagens fornece os totais de viagens produzidas (Pi) e atraídas (Aj)
por zona de tráfego, ou seja, define-se uma matriz como mostra na figura abaixo.

Figura 3- Matriz de distribuição de viagens

Fonte: www.ime.eb.br/~webde2/prof/vania/apostilas/Plan2007.pdf

14
Nessa etapa utiliza-se procedimentos variados que por sua vez irão ser aplicados
em um panorama de fluxos para o cenário atual e uma estimativa para o cenário futuro.

A etapa de “divisão modal” tem por finalidade destinar aos diferentes modos de
transportes as viagens com origem em determinada zona de Roraima e no seu respectivo
destino sem se preocupar com as rotas existentes

A divisão modal é feita com base nas variáveis que o usuário utiliza para fazer a
sua escolha. Os fatores que influenciam a escolha modal incluem usualmente
características socioeconômicas e características dos serviços dos modos de transporte.
De uma forma geral são considerados os seguintes parâmetros: (1) atributos do
deslocamento (motivo da viagem, período de realização e destino); (2) atributos do
usuário (propriedade de veículos, renda e estrutura familiar, nível cultural); (3) atributos
do sistema de transporte (custo e tempo de viagem, tempo de espera, de transbordo ou
andando, frequência, conforto e acessibilidade).
A inclusão desses atributos na formulação de modelos de escolha modal é limitada pelo
tipo, quantidade e qualidade das informações disponíveis de calibração. O elemento mais
restritivo é a necessidade de se obter dados com os quais se possam fazer projeções
consistentes.

Existem basicamente dois tipos de modelos de divisão modal:

• Determinísticos: determinam a proporção de viagens que são realizados nos


municípios de Roraima por cada modo utilizando métodos quantitativos simples,
tais como: Regressão Linear e Classificação Cruzada ou Curvas de Desvio.

• Probabilísticos: utilizam a probabilidade de escolha de cada modo para


determinar a percentagem de viagens para seus respectivos modos.

15
Figura 4 - Divisão das viagens em alternativas relativas às divisões iniciais

Fonte: www.ime.eb.br/~webde2/prof/vania/apostilas/Plan2007.pdf

A etapa de “alocações de viagens à rede” procura avaliar a distribuição de viagens


na rede de transportes existentes ou a ser criada. A escolha das rotas pode estar associada
a um conjunto de fatores variando inclusive em função do equipamento a ser usado,
porém, alguns fatores de decisão como rapidez, retidão, pouco congestionamento e menor
caminho são comuns.
Os métodos mais comumente utilizados na etapa de alocação de fluxos são:
método tudo ou nada, método STOCH, método incremental, método de restrição de
capacidade, método de equilíbrio do usuário, método de equilíbrio do usuário estocástico
e método do sistema ótimo (Pereira, 2007). De acordo com Marra (1999) e Ogden (1992),
no caso de sistemas de transporte urbano de carga, os modelos mais utilizados para
previsão de demanda podem ser baseados em deslocamento de carga ou baseados em
viagens de veículos.
Esses métodos são uma base para o planejamento podendo-se verificar por
exemplo quais vias que precisam ser melhoradas.

16
CONCLUSÃO

No presente trabalho foi feita uma explanação geral sobre diversos tópicos
relacionados com os sistemas de transportes aplicados em no estado de Roraima.
Podemos observar que o estado em questão não carece de um acervo amplo de modais de
transporte se restringindo ao rodoviário, aquaviário e aeroviário.
A falta de ferrovias e a pouca malha aeroviária em Roraima mostram que os
modais de transporte existentes não são corretamente explorados, o que traz em prejuízo
econômico e social para o desenvolvimento do estado. Além disso, a rede hidroviária
apresenta um grande potencial no Estado, ainda pouco aproveitado por falta de uma
estrutura hidro portuária que ofereça facilidades necessárias à integração intermodal.
O planejamento dos transportes no estado torna-se menos eficiente devido as
limitações impostas pela infraestrutura do estado. É perceptível também que os grandes
problemas no trânsito enfrentados atualmente nas cidades de Roraima têm suas soluções
no transporte público eficiente. A maior disponibilidade de ônibus biarticulados,
principalmente na capital, e a atualização frequente de planos de transportes se mostram
fatores importantes para o melhoramento dos transportes utilizados nas cidades.
É importante destacar também que a existência de um posto de fiscalização da
ANTT instalada no terminal rodoviário de Boa Vista, se mostra um grande avanço no
controle e fiscalização da rede de transporte público. Assim, a execução do planejamento
dos transportes e a sua atualização se tornam mais eficazes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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