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Eu soube que havia canto secreto

Que ao ser entoado agradava o Oxaguian


Mas no fim ele não liga muito para músicas, não é?
Bem, é desse jeito,
Oxaguian é um dos brancos
Mas a roupa alvejada não lhe da paz
Pois nada da paz a aquele
Que é a atribuição em pessoa.
Hão de bater o inhame no pilão,
Hão de tocar os tambores
Hão de fazer uma celebração calma,
Mas por mais que seja tudo bem arranjado
A calma deixa o rei frustrado
E ele logo pega sua atori para brandir
Contra os que são ditos impuros,
Mas na verdade até nos puros ele bate
Só para ver a confusão armada,
A correria e a gritaria.
Oxaguian gosta disso,
Ele é da guerra
E por mais que a guerra seja travada
Para conseguir a paz
Quando a dita paz chega
Ele fica muito aborrecido
E sai atrás de outro motivo para lutar.
Bem, todos sabiam que ele era forte
Mas ele agia como se precisasse dar provas disto.
Você o viu de espada em punho?
Você o ouviu berrar no meio da matança?
Ele berra tão alto e de modo tão bruto
Que os adversários cobrem os ouvidos com as mãos
E se acocoram no chao em puro terror.
Isso é bonito
Mas a beleza dele é amedrontadora.
Olorogun, criador de tumulto.
Ela amarrou o cavalo na entrada da floresta
E entrou com escudo e espada prontos
Sem esperar o exército de apoio
Ele caiu sobre os inimigos
E destruiu um a um muito satisfeito.
Quem pode encarar o homem alto
Com as veias saltando nas têmporas
E os olhos injetados de furia
Sem bater em retirada em desespero?
Mas mesmo os que tentam fugir não vão longe
Pois o rei tem as pernas cumpridas.
Ele saiu da mata sem uma gota se sangue
Sequer para sujar a roupa
E dos seus lábios escaparam os risos
De orgulho e agitação.
Isso que acabei de contar
É Oxaguian de muito tempo atrás,
Mas no hoje ele ainda existe
So que agora ele se mostra através
Dos seus filhos.
Como tudo que é dito certo
Dura para sempre
Oxaguian ainda é o mesmo
E nos olhos de seus filhos
Ainda se ve com extrema clareza
A vontade avassaladora do pai.

Eeeepa Baba Oxaguian!

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