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Introdução
Diante de tudo isso fica evidente que o computador é algo de suma importância e seu
estudo dentro da disciplina de Arquitetura de computadores é essencial para aqueles
que estão interessados em entender o seu funcionamento e até mais ainda, a como
projetá-lo.
“The computer lies at the heart of computing. Without it most of the computing
disciplines today would be a branch of theoretical mathematics. To be a professional
in any field of computing today, one should not regard the computer as just a black box
that executes programs by magic. All students of computing should acquire some
understanding and appreciation of a computer system’s functional components, their
characteristics, their performance, and their interactions. There are practical
implications as well. Students need to understand computer architecture in order to
structure a program so that it runs more efficiently on a real machine. In selecting a
system to use, they should to able to understand the tradeoff among various
components, such as CPU clock speed vs. memory size. ”
“O computador está no âmago da computação. Sem ele, a maior parte das disciplinas
de computação hoje seria um ramo da matemática teórica. Para ser um profissional
em qualquer campo da computação hoje, não se deve considerar o computador como
apenas uma caixa preta que executa programas como que por mágica. Todos os
alunos de computação deverão adquirir algum conhecimento e apreciação dos
componentes funcionais de um sistema de computação, suas características, seu
desempenho e suas interações. Também existem implicações práticas. Os alunos
precisam entender arquitetura de computador a fim de estruturar um programa de
modo que ele seja executado de forma mais eficiente em uma máquina real.
Selecionando um sistema para usar, eles deverão ser capazes de entender a decisão
entre diversos componentes, como velocidade de clock da CPU versus tamanho de
memória. ”
Ou seja, por ser o nosso objeto de estudo, o computador precisa ser entendido por
nós engenheiros ou cientistas da computação, não apenas de modo superficial, mas
indo fundo nas suas entranhas de modo compreender o funcionamento dos
componentes que o compõe, como se dá suas interconexões e etc... Tudo isso, para
que tenhamos uma base de como se projetar sistemas computacionais ou até mesmo
de poder decidir qual tipo de computador é mais adequado ou eficiente para
determinado uso ou aplicação. Além disso, a obtenção de conhecimentos de
arquitetura de computadores nos possibilita que o desenvolvimento de softwares mais
eficientes.
Tamanho;
Custo;
Aplicação;
Apesar de tudo isso, conceitos basilares sempre estarão presentes. Bem a grosso
modo, o que podemos afirmar com base na pequena série de vídeos produzida pela
instituição sem fins lucrativos intitulada Corde.org chamada How Computers Work é
que basicamente, desde os primeiros computadores que possuíam alavancas
mecânica e engrenagens, passando pelos computadores do século XX – período no
qual passou-se a utilizar os primeiros componentes elétricos em sua construção –
chegando aos dias atuais em que os computadores cabem na palma da nossa mão,
essencialmente quatro coisas não mudaram, e são elas responsáveis por fazer um
computador, um computador:
Processar dados;
Armazenar dados: mesmo que o processamento sobre esses dados se dê de
forma dinâmica;
Movimentar dados: receber ou enviar dados, um processo que denominamos
de E/S, quando os dados são obtidos através de um dispositivo (periférico)
conectado diretamente ao computador e movimentação dos dados, quando
eles percorrem distâncias maiores com por exemplo numa transmissão de
dados sem fio entre um computador e um roteador;
Controle: uma função destinada a gerenciar as três funções anteriores;
A CPU é um componente muito complexo e sua estrutura interna merece uma atenção
especial, mesmo porque, a própria unidade de controle está dentro dele, e por isso, o
mesmo está encarregado pelo controle de todo o computador. Abaixo temos os
seguintes componentes:
Unidade de controle;
ULA;
Registradores;
Interconexão da CPU;
Ao longo do tempo, o computador vem se tornando uma máquina cada vez mais
rápida e poderosa. Graças aos avanços tecnológicos adquiridos na fabricação dos
processadores que permitiram a miniaturização em escala manométrica de seus
componentes, além da aplicação de técnicas de organização de sua estrutura interna
e de técnicas cada vez mais eficientes de controle e gerenciamento de seus recursos,
foi possível atingir a incrível velocidade de processamento de dados na casa de
bilhões de dados por segundo (GHz).
Talvez uma das características mais importantes do ENIAC, tenha sido o fato de ele
ter sido um computador decimal e não binário como os que temos hoje. Além disso,
sua programação era totalmente manual e terminou de ser construído um ano depois
após o fim da guerra, sendo utilizado posteriormente nos cálculos de viabilização da
construção da bomba de hidrogênio.
Segundo Neumann:
O computador deveria possuir uma parte específica para realização de cálculos
aritméticos básicos como soma, subtração, multiplicação e divisão, chamada
de CA (Cetral Arithmetic);
Deveria também, possuir uma Central de Controle (CC), responsável pelo
gerenciamento lógico do dispositivo;
Deveria possuir uma quantidade de memória considerável para a realização de
cálculos matemáticos de grande complexidade (M);
Além de tudo isso, o computador deveria ter a capacidade de manter contato
com os dispositivos de E/S através de um meio de gravação (R).
A entrada de dados (I), deve acontecer sempre da memória (M) e em seguida
para C;
A saída de dados (O) deve ocorrer de M para R e nunca diretamente para C;
Toda essa estrutura serviu de base para muito do que se veio depois na construção
dos computadores, até chagarmos aos dias atuais e por isso, eles são chamados de
máquinas de von Neumann.
Dessa forma, um processador que opera por exemplo a 800 MHz, significa que ele é
capaz de receber 800 milhões de ciclos de clock por segundo, um outro que opera a
1 GHz, recebe 1 bilhão de ciclos de clock por segundo.
A partir desse ponto você pode acabar pensando: “ah, então o processador que que
tem o maior clock, é o mais rápido”. – Pèèènnn (onomatopeia) – ERRADO! Isso
porque, a depender do projeto do processador, pode ser que para ele executar uma
instrução, sejam necessários dois ciclos de clock, por exemplo. Com isso, a taxa de
clock recebida por um processador não é simplesmente arbitrária, ela depende
também de seu layout físico. Para se manter os níveis lógicos de tensão adequados
relacionadas aos bits de um determinado dado que precisa ser processado, pode ser
que seja necessário, um novo ciclo de clock, pois alguns sinais podem acabam
mudando mais rápidos do que outros, isso sem falar no tempo de estabilização
necessária para que as tensões atinjam seus valores corretos.