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CEFORTE – Centro de Formação Teológica

Curso Livre de Teologia

VICTOR HUGO DE ALENCAR ROSSI

OS 3 OFÍCIOS MINISTERIAIS DE JESUS

Rei, Profeta e Sacerdote

Guarulhos – SP

2016
Victor Hugo de Alencar Rossi

OS 3 OFÍCIOS MINISTERIAIS DE JESUS

Rei, Profeta e Sacerdote

Trabalho apresentado ao CEFORTE – Centro


de Formação Teológica Polo Guarulhos, como
requisito parcial para aprovação na disciplina
de Sinóticos & Atos: Introdução e Exegese sob
a orientação do Professor Elvio Luiz Schneider
Junior .

Guarulhos – SP

2016
Os 3 Ofícios Ministeriais de Jesus

Rei, Profeta e Sacerdote no Antigo Testamento

No Antigo Testamento existiam três ofícios principais que exerciam funções


diferentes na nação de Israel. Eram eles: os reis, os profetas e os sacerdotes.

O ofício de rei se iniciou em um contexto de rebeldia, após o período dos


juízes, quando a nação de Israel pediu a Samuel que ungisse um rei. Até o
momento, Deus era o governador do povo, ou seja, viviam uma teocracia. A figura
do rei governava o povo em uma estrutura política e física.

O profeta era a boca de Deus ao povo, é aquele que atua como mediador
entre Deus e o povo, proclamando a vontade e o caráter de Deus ao Seu povo. Ele
recebia a palavra de Deus por meio de visões, sonhos e pelas palavras do próprio
Senhor e a levava com fidelidade ao povo, através da pregação. Mais do que
apenas prever o futuro, a tarefa básica de um profeta sempre foi revelar de forma
falada e vivida a vontade de Deus a Israel.

O terceiro ofício principal que aparece na história de Israel é o ofício


sacerdotal. Na realidade, o primeiro sacerdote a aparecer na Bíblia, Melquisedeque,
é citado antes que a nação houvesse sido formada. Porém, é em Arão que vemos o
ofício ser desenvolvido e organizado. Ele era aquele que representava o povo diante
de Deus, consultava o Senhor quando o povo tinha dúvidas e agia como juiz
representante de Deus. Deveria ser ungido, consagrado e santificado para
apresentar o povo a Deus por meio dos sacrifícios e oferta no templo.

Conclui-se que, reis, profetas e sacerdotes, no Antigo Testamento, tinham


seus ministérios vinculados à Lei: o profeta pregava, o sacerdote a aplicava pessoal
e especificamente e o rei a fazia cumprir nacionalmente

Jesus como Rei, Profeta e Sacerdote

O Munus Triplex, termo latino que significa “o tríplice ofício”, é a doutrina dos
três ofícios de Cristo: Rei, Profeta e Sacerdote. A Bíblia ensina que Jesus exerceu
todas essas funções.
Inicialmente, temos a certeza, pela genealogia apresentada no livro de
Mateus, que Jesus fazia parte da linhagem real e por isso era chamado “Filho de
Davi”. Este é o primeiro indício de Cristo como rei, mas não iremos discutir sua
realeza em uma abordagem política, e sim através do objetivo maior, que é Jesus
como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, soberano absoluto do universo.

Segundo o pensamento dos judeus contemporâneos a Jesus, o Messias viria


instaurar um governo terreno e político, mas o que foi realmente iniciado através de
Jesus foi um reino espiritual, conhecido como o Reino dos Céus e o Reino de Deus.
Diferente dos reis políticos e passageiros do AT, Jesus possui um reino eterno,
como prometido em Lc 1.33.

Temos a certeza que o Reino de Cristo está presente entre nós


espiritualmente, mas também é um reino futuro, no sentido em que os homens farão
parte dele na eternidade. E deve ser ressaltado, como uma outra característica do
Reino de Cristo, o fato de que o reino está apenas entre os homens que atendem ao
chamado de Cristo ao arrependimento dos pecados e à crença nas boas novas
apresentadas por ele.

Cristo é apresentado tanto como um profeta (Mt 21.11) quanto como a


profecia (Lc 4.24), pois o AT profetizava apontando para Sua Pessoa e Obra. Ele
tinha a plena convicção de que era o profeta prometido por Deus e predizia o próprio
futuro.

Jesus tanto pregava a palavra de Deus quanto era a própria pregação da


Palavra, pois o Evangelho de João no capítulo 1 diz que a Palavra de Deus se fez
carne, promessa cumprida em Cristo. Todas as atividades registradas nos
evangelhos revelam que ele preencheu todos os requisitos de um profeta.

Enquanto os sacerdotes do AT ofereciam sacrifícios imperfeitos e regulares,


que não resolviam o problema do pecado, Cristo, como sacerdote, apresentou-se a
si mesmo como sacrifício perfeito e de uma vez por todos, em favor do homem (Hb
7.24-28). Ele era o ofertante e a oferta ao mesmo tempo, e alcançou a salvação para
o homem.
Cristo é o imaculado Cordeiro de Deus, impecável e perfeitamente
qualificado, os outros sacrifícios eram temporários, simbólicos e imperfeitos, mas o
sacrifício de Cristo é permanente, real e eterno.

Através dessa obra sacerdotal, Cristo proporcionou ao homem:

 Expiação (Hb 2.17)


 Reconciliação (Ef 2.16)
 Intercessão (1 Tm 2.5)

Cristo, como Rei, reina sobre as nossas vidas, é o Senhor que nos governa
em tudo. Cristo como Profeta, é aquele que nos transmitiu a Palavra de Deus
por meio de sua vida, nos deixando no Evangelho a grande profecia de Deus
para nossas vidas. Cristo como Sacerdote, se apresentou a Deus como
sacrifício para nossa expiação e reconciliação e, também para interceder por
nós junto ao Pai.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAMPLIN, Russeal Norman Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofica – Volume


4. São Paulo: Hagnos, 2005

SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos,


2008.

https://yvaga.wordpress.com/2013/11/19/profetas-sacerdotes-e-reis-no-at-no-nt-e-
na-igreja-um-estudo-sobre-os-oficios-de-cristo-aplicado-aos-cristaos/ acessado em
22 de Agosto de 2016 às 22:00

http://apenasevangelho.blogspot.com.br/2013/04/os-oficios-de-cristo.html acessado
em 22 de Agosto de 2016 às 22:00

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