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NOVO CPC
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A autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo
próprio ou de sua família, conforme consta da declaração de pobreza em anexo. Ademais, nos
termos do § 1º do art. 4º da Lei 1.060, de 5.2.1950, milita em seu favor a presunção de
veracidade da declaração de pobreza por ela firmada. Desse modo, a autora faz jus à
concessão da gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir
os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático
de Direito.
I. DOS FATOS
A interditanda não possui o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil,
sendo incapaz de reger sua pessoa e seus bens, porquanto portadora de doença mental de CID
XXX (INFORMAR O CID E VERIFICAR NA LISTAGEM O QUE SIGNIFICA), conforme
cópia de (laudo e/ou atestado e/ou perícia) médica em anexo.
Destarte, ante esse défice intelectual duradouro, a interditanda (informar estado civil / se
possui filhos), não possui bens (se houver bens deverá especificá-los).
O artigo 1º do Código Civil estatui que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil“. Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade, que é consagrado nos direitos
constitucionais de vida, liberdade e igualdade.
É cediço que a personalidade tem a sua medida na capacidade de fato ou de exercício, que, no
magistério de Maria Helena Diniz:
Entretanto, pode ocorrer, por razões outras, que a pessoa, apesar da maioridade, não possua
condições para a prática dos atos da vida civil, ou seja, para reger a sua pessoa e administrar
os seus bens. Persiste, assim, a sua incapacidade real e efetiva, a qual tem de ser declarada
por meio do procedimento de interdição, tratado nos arts. 747 a 770 do Novo Código de
Processo Civil, bem como nomeado curador, consoante o artigo 1.767 do Código Civil.
Posto isso, depreende-se que o interditando faz jus à proteção, a qual será assegurada ante a
sua interdição e a nomeação da autora como sua curadora, a fim de que esta possa representá-
la ou assisti-la no exercício dos atos da vida civil, de acordo com os limites da curatela
prudentemente fixados na sentença de interdição.
Ante a proteção exigida pelo ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz, como
o(a) interditando(a) não detém o elementar discernimento para a prática dos atos da vida
civil, torna-se temerária e incerta a adequada gestão dos recursos fundamentais à sua
manutenção.
Destarte, mister a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, consoante o art. 300
do Novo Código de Processo Civil, de modo a nomear a autora como curadora provisória ao
interditando.
IV. DO PEDIDO
1) a concessão dos benefícios da gratuidade de Justiça, haja vista que a autora é pobre no
sentido jurídico do termo;
2) a concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art. 300 do Novo CPC, com a
nomeação do(a) autor(a) como curador(a) provisória a(a) interditanda(o), a fim de que aquela
possa representá-la nos atos da vida civil, sobretudo na adequada gestão dos recursos
fundamentais à sua manutenção.
3) a citação do interditando para que, em dia a ser designado, seja efetuado sua entrevista, nos
termos do art. 751 do Novo CPC;
4) seja concedido prazo legal para que o interditando possa apresentar impugnação nos
termos do art. 752 do Novo CPC;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde
já requeridos, ainda que não especificados.
Pede deferimento.
[Local] [data]
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