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ENGENHARIA ELÉTRICA
DE CABOS COAXIAIS
Belo Horizonte – MG
Setembro de 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA ELÉTRICA
DE CABOS COAXIAIS
Belo Horizonte – MG
Setembro de 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ENGENHARIA ELÉTRICA
Belo Horizonte – MG
Setembro de 2011
Dedico este trabalho aos meus pais, principalmente,
à minha querida mãe, Olímpia Oliveira dos Santos,
e ao meu eterno amigo Rômulo...Ferreira
Diniz..Júnior, em memória, que sempre valorizou a
busca.do.conhecimento.científico.
AGRADECIMENTOS
Ao professor Dr. José Osvaldo Saldanha Paulino pela sua orientação, seus
ensinamentos, incentivo, sabedoria e amizade. Agradeço de maneira especial aos
professores Glássio Costa de Miranda, Helder de Paula, Eduardo Bauzer, Ronaldo
Kascher, Nivaldo Miranda, Rumeninng Abrantes e Welington Júnior.
Ao meu eterno amigo Rômulo Ferreira Diniz Junior, em memória, pessoa que
me incentivou desde a minha iniciação científica, que deixou o seu legado de
persistência, humildade e abnegação pelo próximo.
Aos meus pais e meus irmãos, Cristiano Cesar Santos, Kleber Fernando dos
Santos e Ricardo Laurence dos Santos, pela amizade e apoio.
Lorde Kelvin
RESUMO
CAPÍTULO 1 –INTRODUÇÃO................................................................. 15
1.1 Definição do Problema................................................................... 16
1.2 Motivação....................................................................................... 17
1.3 Objetivos Gerais e Específicos....................................................... 18
1.4 Materiais......................................................................................... 18
1.5 Trabalhos Relacionados................................................................. 19
1.6 Estrutura Deste Trabalho................................................................ 23
CAPÍTULO 4 – METODOLOGIA............................................................... 40
4.1 Descrição Geral da Metodologia.................................................... 40
4.2 As Ferramentas Computacionais Utilizadas................................... 45
4.2.1 O Software EMC-32................................................................ 45
4.2.2 O Software CST – MWS Microwave Studio………………….. 49
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÃO................................................................... 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 69
15
____________________________________________________________________________________
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
de campos elétricos e magnéticos. Para atingir estas metas uma das soluções
é a utilização de condutores blindados que estão cada vez mais presentes nas
centrais de injeção eletrônica, sensores, atuadores, câmbio automático,
navegador - GPS, sistema de bloqueio do motor térmico, alarme, no rádio e
nas antenas transmissoras e receptoras (SANTOS et al, 2008a).
1.2 – MOTIVAÇÃO
1.4 – MATERIAIS
Usada
Possível
Atualmente
c.c - 50
1-IEC Triaxial Kfs IEC 60096-1 10 kHz - 30 MHz
MHz
12.1- Medição da
atenuação de cabos
balanceados;
Os ensaios 1 e 6:
Os ensaios 2, 4 e 5:
sendo igual a v 0 = 299 792 458 m/s ou ≅ 3 x 108 m/s (DUFF,1988). Partindo do
principio que a velocidade de propagação da luz é igual a 3 x108 m/s e que no
Temos que,
v0
v= (2.1)
ε r µr
v0
ε r µr v0
λ (m ) = = (2.2)
f f ε r µr
v
λ= (2.3)
f
Τ= (2.4)
f
Sendo,
λ = Comprimento de onda;
f = Frequência;
v = Velocidade de propagação da onda;
v 0 = Velocidade da luz;
= Distância;
Τ = Tempo;
Zl − Zc
Γ= (2.5)
Zl + Zc
Onde,
2⋅π
K= (2.6)
λ
2 ⋅π λ
K .R = ⋅ =π (2.7)
λ 2
Tan⋅ (π ) = 0
Logo,
Zl + tan(k.Rc) (2.8)
Zin = Zc
Zc + tan(k.Rc)
Zl
Zin = Zc
Zc
Zin = Zc
28
____________________________________________________________________________________
Onde,
λ = Comprimento de onda;
K = Constante de fase;
R = Comprimento do cabo;
Z in = Impedância de entrada;
Z c = Impedância característica;
Z = Impedância da carga.
∂I ( z, t )
V ( z + ∆z, t ) − V ( z, t ) = − L∆z. (2.9)
∂z
∂I ( z , t ) ∂V ( z , t ) (2.11)
= −C .
∂z ∂t
2.π .ε r.εο
C=
rs (2.12)
n
rw
µο rs
L= .n (2.13)
2.π rw
30
____________________________________________________________________________________
1 1 1 (2.14)
R= +
2.π .δ .σ rs rw
Onde:
ε r = Permissividade relativa;
εο = Permissividade Absoluta (vácuo);
r s = Raio do condutor interno;
r w = Raio externo;
µ ο = Permeabilidade absoluta (vácuo);
δ = Profundidade de penetração;
σ = Condutividade.
(2.15)
ω = 2.π . f (2.16)
Onde:
Zc = Impedância característica, Ω;
L = Indutância, H/m;
C = Capacitância, F/m;
R = Resistência, Ω/m;
G = Condutância, S/m;
ω = É a taxa de variação temporal de algum ângulo (Frequência angular).
31
____________________________________________________________________________________
L
ˆ =
Zc (2.17)
C
32
____________________________________________________________________________________
3.1.1 Os Parâmetros S
E max 1 + ρ
SWR = = (3.3)
E min 1 − ρ
d) Impedância e Admitância
ZL = R + jX (3.4)
YL = G + jB (3.5)
Onde,
ZL = Impedância da Carga;
R= Resistência;
X = Reatância;
YL = Admitância da carga;
G = Condutância;
B = Susceptância.
O ideal seria que todos os cabos coaxiais fossem rígidos, sem a malha,
mas infelizmente isto não é factível, pois dificultaria o manuseio, instalação,
manutenção e teria uma relação custo beneficio baixa. Há cabos coaxiais
rígidos que são somente utilizados em locais onde não há necessidade de
manuseio. Em um veículo, por exemplo, o uso desses cabos seria
praticamente inviável devido ao processo produtivo, manutenção, peso e custo.
Tendo em vista que a maioria dos cabos coaxiais é formado por malhas, o
projeto deve ser muito bem elaborado para se obter um fator de blindagem
adequado.
30 a 54
VHF
68 a 87
VHF
142 a 175
VHF
380 a 512
UHF analógico
300 a 330
RKE
420 a 450
RKE
820 a 960
UHF analógico
860 a 895
GSM 800
925 a 960
EGSM/GSM 900
Ei
Zt = (3.7)
Ib
Onde,
Zt = Impedância de transferência;
Ei = Tensão aplicada no condutor coaxial;
Ib = Corrente que circula na malha.
40
____________________________________________________________________________________
CAPÍTULO 4 - METODOLOGIA
Neste capítulo, é apresentada a metodologia aplicada no presente
trabalho, a qual tem como objetivo principal a medição física e virtual do fator
de qualidade da blindagem de cabos coaxiais. No capítulo anterior foi feita a
análise teórica necessária para a compreensão do fator de blindagem e da
impedância de transferência. Será com base nessa análise que os arranjos
serão projetados e dimensionados.
®
O software EMC 32 realizou toda a gestão dos equipamentos de
geração e medição de campo elétrico. O que permitiu aplicar uma potência
aproximadamente constante de 50 watts no cabo, em ambas as condições com
e sem a blindagem do condutor sob ensaio, exceto nas frequências em que a
taxa de onda estacionária atingiu o valor máximo. A Figura 9, a seguir,
apresenta uma síntese da metodologia proposta para a preparação dos cabos
e conectores, ambos com impedância característica de 50 ohms, antes das
medições do fator de qualidade da blindagem. Caso o condutor não tenha uma
43
____________________________________________________________________________________
Preparação do E.S.E e
Medições da impedância característica
com o uso do Analisador de redes
Preparação do E.S.E e
Medições da impedância característica com
o Analisador de redes
60
50
40
Potência - watts
30
20
10
0
240 340 440 540 640 740 840 940
Frequencia - MHz
Nesse caso, a frequência central utilizada foi 515 MHz. Foi escolhida
uma frequência mínima 30 MHz e como frequência máxima 1 GHz. Devido aos
elevados valores de ondas estacionárias de 30 MHz a 240 MHz, as
comparações dos valores simulados versus os medidos serão de 240 MHz a 1
GHz. O passo seguinte deste processo é a modelagem do plano de massa, do
cabo coaxial e dos cabos bipolares.
51
____________________________________________________________________________________
0,80
0,79
0,78
0,77
0,76
Campo elétrico (V/m)
0,75
0,74
0,73
0,72
0,71
0,70
0,69
30 130 230 330 430 530 630 730 830 930
Frequência (MHz)
Uma das técnicas que foi utilizada para minimizar os efeitos desse ruído
de fundo foi a aplicação de uma potência constante no condutor de 50 watts.
Mas mesmo com a aplicação de energia constante ainda é observada a
influencia desse ruído no sinal medido.
66
61
56
51
46
41
36
31
26
21
16
11
6
1
30 130 230 330 430 530 630 730 830 930
Frequência (MHz)
6,0
Campo elétrico (V/m)
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
240 290 340 390 440 490 540 590 640 690 740 790 840 890 940 990
Frequência (MHz)
Medição Campo elétrico com blindagem- RG58 (50 W )
Simulação Campo Elétrico com blindagem-RG 58 (50 W)
60,0
54,0
48,0
Campo elétrico (V/m)
42,0
36,0
30,0
24,0
18,0
12,0
6,0
0,0
240 290 340 390 440 490 540 590 640 690 740 790 840 890 940 990
Frequência (MHz)
Medição campo elétrico sem a blindagem-RG-58 (50 W) Simulação campo elétrico sem a Blindagem-RG58 (50 W)
acima de 300 MHz. O que permite assim uma melhor correlação entre os
valores medidos e simulados, conforme DEMILT et al (1968), KIM e EOM
(2007) e FOWLER (1992).
v 3 *10 8
f = ≈ = 900M H z
λ 33, 33 *10 − 2 (5.1)
61
____________________________________________________________________________________
Para = λ = 50 cm onde
v 3 *10 8
f = ≈ = 600M H z
λ 50 *10 − 2 (5.2)
λ
Para 50 cm = , temos λ = 100 cm e
2
v 3 *10 8
f = ≈ = 300M H z
λ 100 *10 − 2 (5.3)
λ
Para 50 cm = , onde λ = 200 cm e
4
v 3 *10 8
f = ≈ = 150M Hz
λ 200 *10 − 2 (5.4)
1
U = = − / + 0 , 58 dB (5.5)
3
10
Diferença entre o valor medido e simulado (dB) 9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
-10
240 290 340 390 440 490 540 590 640 690 740 790 840 890 940 990
Frequência ( MHz)
105,0
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
Onda estacionária - VSWR
70,0
65,0
60,0
55,0
50,0
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
30 130 230 330 430 530 630 730 830 930
Frequência (MHz)
6,00
5,00
Campo elétrico( V/m)
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
240 290 340 390 440 490 540 590 640 690 740 790 840 890 940 990
Frequência (MHz)
84
78
72
66
Campo elétrico ( V / m)
60
54
48
42
36
30
24
18
12
6
0
240 290 340 390 440 490 540 590 640 690 740 790 840 890 940
Frequência (MHz)
20
Diferença entre o valor medido e simulado (dB)
15
10
-5
-10
-15
-20
240 340 440 540 640 740 840 940
Frequência (MHZ)
CAPÍTULO - 6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRL,The ARRL Antenna Book. In: The American Radio Relay League, 1997;
DEMILT, M.D. el al, Resonance Properties of the Shield of a Coaxial Cable over
a Ground Plane;
ESTEVES, Luiz C., Antenas Teoria Básica e Aplicações, São Paulo: McGraw
Hill, 1980;
ISO GUM, I. ABNT and P.R.H.M. SBM. Guia para a expressão da incerteza de
medição. Rio de Janeiro, Inmetro, 2003;
KIM, Dong H.; EOM, Hyo J. Radiation of a Leaky Coaxial Cable With Narrow
Transverse Slots. In: Transaction on Antennas and Propagation. IEEE, vol. 55,
n. 1, 2007;
OTIN,Ruben et al., Finite Element Model for the Computation of the Transfer
Impedance of Cable Shields. In: Transactions on Eletromagnetics Compatibility,
vol. 40, n. 17, 2011;