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‘Tunis me" ito do tu livre favorece © desenvolvimen! irismo pemre para isso devem ter acesso facilitado a essa neces, aneceram NOS USOS € Costumes icios, entre os séculos XII e XV py. los as festas religiosas, os artesigg e finlandesas passaram a o de dias, de trés a cinco. que se transformou do a primazia a Aust a xX Tense Seca 177 Cm de a sem 4 a de tra maser reduaae faa ). com baoe oot: ® PN 35 hea °m base em je Aprovada em 0 dobro er E Taba tai Iha-se a meta. as ‘ida das pes. Sens, mas no entanto lades estay m distantes de + 0 individu nao ilitarem uma ~ embora mo- ante dessa nova Possi- Possibi Haliano funda a Opera Nacionale Dopotavoro (OND), de Corporacées, cujo funcionamento dividiu a Itdlia ritoriais, onde se planejavam atividades para o tempo ovidas particularmente excurses em associagao ionista € eram organizados passeios a pé ou em s de pessoas até as praias, acampamentos de verao tomou o poder na Alemanha e em 23 de - uma junta encarregada dos assuntos turisticos sol icin da informacio e da propaganda. Com essa nais do movimento turistico cafram sob a supervi- ‘ole se consolida definitivamente em 14 de no- 0 lider do sindicato tinico dos traba- Se dae organizagao que cuidasse do a a da Alegria (em alemio, Krajt durch Frew te italiana (KNEBEL, 1974:71)- : it Jugar come instru- y ia em primeiro lug: kd individuo e, em a thi —— -se um : a KDF torn jo tempo livre vos de organizaca0 ———— Sr 178 — Socia.ocia po TuRISMO ‘ou de organizagio turistica. Na realidade, naqueles lugares onde existia perig, de levantamentos OU de agitacdes sociais, o regime nazista, Segundo Knebe (1974:74) “distribufa uma racao de alegria em forma de consumo turistico”, 1a da KDR, j4 no ano de 1934, Para termos uma idéia do papel e da influéneé de suas viagens organizadas participaram mais de 2 milhoes de trabalhadores oe, 1938 foram mais de 5 milhdes. Um tergo das viagens durava entre 7 «14 dias, e o resto de 1 a 3. Nos anos seguintes, aumentou consideravelmente massa de trabalhadores que se deslocavam pela KDF; esse crescimento deve ser treditado & verdadeira funcio da organizagao, 46 era de levar adiante a dify sao da ideologia nacional-socialista. Do ponto de vista da ideologia nazista, muitos contrastes e estruturas prejudicavam paz social, tais como: Estado-partido, Estado-sociedade, sociedade-comunidade, ‘comunidade-individuo, publico-priva ee end de classes € as pe AKODF deve um a um esses contrastes, particularmente a id tidade entre sociedade e comunidade, ‘estabelecendo-se como tarefa paca das viagens de férias a formacao de um sentimento comunitdrio que dilufsse as diferengas (KNEBELL,1974:75). ‘Ocorria que ao menos por alguns dias, como membro da comunidade em férias, o trabalhador ficava livre de seus lagos habi. tuais. Separado de sua familia ¢ do efreulo de amigos € retirado, também, da estrutura - alienante do trabalho, ‘encontrava-se diante de um vazio, que nao era oe ert see Fora dessas amarras sociais, ficava facilmente : mercé organizagao ) KDE Pe viver, comer, dormir e jogar em comum, redu ziam-se automaticamente as distancias do trabalhador “desligado” com os vin culos comunitérios. Emocionalmente, 0 trabalhador ficava receptivel, 0 que s+ tia aproveitado pela organizacio; mesm« is reti Pe es a o 19 os mais reticentes que aproveitavam para ‘razio do custo baixo ou por pressao social dos companheiros, cafam i o poder ey persuasao das experiéncias vividas em comum, desenca bee meee eo ene e eo .. que tinham sua vilvula ‘escape no reconhecimento da organizacao como i e tinica no 1974.77). verdadeiramente unica Dentro Pons, ae visio de mundo do estado totalitario, nao se trata de colocat * ‘epee alhador espaco € orientagio para a realizacio de dete minad’ modo de vida em sua propria vida privada, ou se} ee a esa eit aa cae privada, ou seja, escolher dentro de sua pro nes fazer com 0 tempo livre. Ao contrario, como consealle visio de mundo nazista, a contradicéo entr i ‘ Ac one ‘i e © privado € 0 publico 12 ol nenhum sentido, e sua superacao dialética se dé com a identificagao da vi privada com a vida comunitaria. Coloca-se que, definiga co 64 by : , por definigao, © publico “comunidade do povo”, na qual 0 individuo nao exis indi ismo dest Eliminar o individ i te e 0 individualisme ¢ a ° jualismo no operdrio alienado é vamente de : . zi . ienado é algo relativa" conseguir, pois basta impedir que disponha por si mesmo do temp!) live : Bee see tieel J smo do tem ‘sistema totalitério, ivel um tempo livre alienado. Convertia*® religiosas, e somente solida o movimento de com o dopolavoro ese jobe ao poder um de 15 dias, que 0 fazer economia Para qual se busea aprovei.,, coordenando as ativi- todo tipo de assuntos originalmente nascide endo outros grupos s particularmente de faze! rreu em Viena € Salzbure turismo social é praticad? por servigos totalmente sepa” o de M. André Poplimon" ue nao poderiam pagar 0s go a qual trés congressos internaci® (2002) encontram es © Turismo Soaal, 181 as limitados, com que conta o individuo para viajar; & subsidiado pelo Estado e por autoridades locais, em- “ieatos, clubes ou outras associagées As quais 0 traba- Para fora do local normal de residéncia, preferencial- ambiente diferente. as , que pode estar dentro de seu pais ou, Pais proximo. *rg (1977 Apud BOULLON, 1998-81) “o turismo social implica Organizagao subsidie de uma maneira particular determi- ler 0 turismo social como a concessio de facilidades, por - cos, para que as pessoas de recursos escassos viajem com o das melhores condicdes possiveis de economia, seguran- \ um ato de justica social distributiva para aquelas camadas © que sho economicamente frageis. Pode ser considerado oO eolocado ao alcance das maiorias. E caracteriza- isto é, em parte ou totalmente, por um sindicato, em- ou por qualquer outro tipo de organizacao, sejam hote- de viagem, restaurantes ¢ toda organizagao que anule fenémenos resultantes da participagdo no turis- enos favorecidas, participacdo que se torna pos- de cardter social bem definidas, mas que endo de lucro”. n em comum é classificd-lo -se para facilitar seu ismo interno a precos Férias ow estilo de jérias em prol de algum grupo, de modo / : | 182 Sociovocia po TURISMO de mercado érestrito Aqueles que podem pagar, ou melhor, aqueles que Teceben renda suficiente para dispor de um excedente para gastd-lo no consumo de co, vigos de recreagao e turismo, fica de fora dessas possibilidades grande parte j, populagao. Desse modo, o turismo social € 0 recurso programatico para resolye, embora parcialmente, essas caréncias (BOULLON, 1998). Como procura atender as necessidades de grupos especificos (trabalhado, res, jovens, estudantes, jdosos, deficientes etc.), o turismo social diferenciase do turismo comercial por um conjunto de razées que 0 caracterizam como um setor com identidade prdpria. Entres essas, Cunha (2001) assinalou sete: ados no turismo social sao inferiores aos pratica a) prego: os pregos pratic: diferenca é suportada pelas entidades e or. dos no turismo comercial, a ganizag6es que o promovem, b) subvencdo: apoio financeiro concedido pelo Estado, por sindicatos ov por empresas que viabilizam esse tipo de turismo; c) auséneia de fim lucrativo: é a principal caracteristica do turismo social. As entidades promotoras nado visam ao lucro, enquanto no turismo co mercial ele é sua principal motivac4o; d) concepcao de instalagées: no turismo social, a preocupagio ¢ com a eriagéo de espacos de sociabilidade e de adaptacao as necessidades de cada grupo: familias, aposentados, deficientes, jovens etc. No turismo comercial, o alojamento é concebido para uma utilizacao individual dos servicos; e) localizacao: os locais para instalacao dos centros de turismo social sao escolhidos segundo critérios diferentes do turismo comercial: neste, © fator determinante na escolha de uma boa localizagaio esta na melhor capacidade do local em atrair clientes, enquanto no turismo social @ escolha do local pode ser determinada por razOes de oportunidade, de desenvolvimento regional ou por razées culturais e sociais; f) animagdo: no turismo social, a animagdo tem um carter sociocultur! que objetiva permitir a cada um desenvolver sua personalidade, s°* gostos, compreender melhor os outros e aumentar sua cultura. Enquant no turismo comercial a animagao visa, basicamente, atrair a cliente! ° satisfazé-la; g) integracao local: o turismo social integra-se com mais facilidade 10s locais em que se instala, pois se preocupa com o problema do desemP' go, desigualdade social, do artesanato e, de modo geral, com a wtili2# ao dos recursos locais, que no turismo comercial podem ou nao se! motivo de preocupagio. - O Turismo Social 183 © turismo social se insere dentro do contexto das politicas socials doi Esta: ‘o coloca no planejamento, viabilizando-o por meio de subsidios gneiss ‘mediante incentivos a setores privados. Os incentivos podem ser dirigidos 4 por exemplo, a criaco de coldnias de férias custeadas pelas empresas, patronais, sindicatos e organizagées ptiblicas. 0 Estado deve ser © romotor desse tipo de turismo e projeté-lo como fator efetivo de bene- (DE LA TORRE, 1994). Haulot (2000), considerar o turismo social como um devorador de um turismo que necesita de ajuda, em oposigao ao turismo comerci o se ajudaria ou se subsidiaria e que, por conseguinte nao custaria stividade, ¢ um erro que necessita ser corrigido. Pois vejamos, do o turista “normal” viaja, que utiliza e que nao lhe custa nada, mas im (toda a comunidade, incluidos os turistas sociais) financia ¢ man- sm paga a estrutura das estradas de ferro, da aviacio civil, dos portos ‘as estagdes de esqui, de montanha ou de praia, senao 0 Estado? Quem ipamento cultural, dos museus as salas de concerto, dos balés as s, dos centros de convengio as salas de exposigaéo? Quem se- e, embora sua pobreza pessoal nao lhe permita 0 acesso a ne- es “artigos” do turismo moderno, nacional ou internacional? Alguma contas do “subsidio” que recebe cada passageiro aéreo? Temos ‘que essa intervencao dos poderes puiblicos esta na origem das ativi- s, educativas, econémicas ¢ financeiras das quais 0 mundo atual , Haulot conelui que se € Jégico que a comunidade sustente por na grande parte dos prazeres dos ricos, € conclua que isso esta ple- cado, nao é demasiado pedir que os peneficiados por tal genero- considerar com desprezo € rancor ‘os “subsidiados” do turismo que, do membro do jet set ao trabalhador que passa um acampamento, 0 mais subsidiado nao é aquele que se pensa. as desigualdades sociais e as dificuldades de acesso e de significativas parcelas da sociedade, 0 cae social caminho pelo al vastas camadas sociais obterao acesso turism eee, seus principais beneficidrios séo (CU- médios ou inferiores a média; 184 — Sociovoaia po TURISMO Ha grande variedade de oferta, principalmente do tipo de alojamento, «, pode ser enquadrado no turismo social; no Brasil, os principais sio; Ai a) colénias de férias: instalagdes destinadas tanto a eriangas, jovens, ing a trabalhadores sindicalizados; D b) albergues da juventude: destinados a jovens, sio geridos por aria, goes especializadas, ou por movimentos de juventude; ©) acampamentos: instalagées minimas para a pratica de camping goridg, por organizaces nao governamentais ¢/ou drgios puiblicos voltados par, © turismo social. CRITERIOS PARA UMA DEFINIGAO DE TURISMO SOCIAL A Declaracdo de Montreal (1997) estabelece em seu art. 13 que, para que qualquer organizagio turistica (associagdes, cooperativas, sociedades de ajuda miitua, fundagées, federacdes, organizagbes sem fins lucrativos etc.) possa con. siderar-se membro do movimento de turismo social, os artigos de seus estatutos ‘ou sua declaracao de objetivos devem identificar-se claramente com os objetivos sociais e a meta de fazer com que as viagens e 0 turismo sejam acessiveis ao maior nimero de pessoas, diferenciando-se assim do objetivo tnico de maximizagao dos beneficios. Considera ainda que a palavra social pode evocar um sentimento forte de solidariedade e fraternidade e ser uma fonte de esperanca para todas as pessoas no mundo de hoje que ainda nao dispdem de tempo de lazer. A organizacao turistica deve cumprir as seguintes condigées verificdveis para se considerar integrante do movimento de turismo social (art. 14): 1. as atividades propostas conjugam objetivos sociais, educativos e cult rais que favorecem o respeito e o desenvolvimento do individuo; 2. 0 piiblico objeto esté claramente identificado, sem discriminagao base da na raga, cultura, religiéo, politica, filosofia ou social; 3. um valor agregado nao econémico forma parte integral do produto pt posto; 4, estd expressado claramente um desejo de integracio nao desorganizado™ com o ambiente local; 5. 0 tipo de atividade e 0 preco esto claramente indicados nos docume? tos do contrato. Os precos sao compativeis com os objetivos so“! 0 Turismo Social 185 ES Becca ens anuais, em sua totalidade ou em parte, se- a i para o melhoramento dos servigos oferecidos 20 publi- ee c0;: . t oo esta de acordo com a legislacio social e se compro- sivas a satisfacdo no trabalho e levar a cabo treinamen- apropriados para 0 desenvolvimento do pessoal. -depreendemos dos condicionantes expressos na declaracao, ha eoct aod com 0 social e o ambiental, que aponta para a pers- desenvolvimento turistico sustentdvel. No art. 8° da Declaracao, sociais envolvidos No encontro apontaram que muito antes de sua organizacoes internacionais, 0 conceito de “desenvolvimen- ie sido adotado pelo turismo social, e se expressado nos ar desenvolvimento turistico, A i respei , protecao ambiental e um i a identidade das comunidades locais; 0 turismo seja, em escala global, um dos motores para o desenvol- , nunca deve levar a invasao descontrolada de uma area, a da populacao local, ou & destruigéo de sua cultura. social no Brasil, com base na experiéncia dos sindicatos em ilo XX, estd para ser estudado. Ha um extenso material de fonte utilizado e que pode ser encontrado nos sindicatos e federagdes ores, o que permitird colocar @: \dimento de parcelas signific sse tipo de turismo num lugar privi- ativas de trabalhadores ao longo da s do século XX. Podemos, por outro lado, desenvolver estudos geridos esses centros de turismo social em épocas de baixa ye subaproveitamento das instalacoes? Como eram utilizadas as férias? Que uso politico se fazia dessas instalaces? Como re para i férias? Ha reservas que os operdrios gozassem suas que 6 serao res] idas com um intenso trabalho 186 SocioLocia po TURISMO

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