No texto Buber o inicia com a análise das perguntas formuladas por
Kant: Que posso saber? Que devo fazer? O que me caber esperar? Que é o homem? A resposta à primeira pergunta é encontrada na metafísica; a segunda na Moral; a terceira na Religião e a quarta na Antropologia. No entanto, em essência, todas essas questões poderiam ser respondidas pela Antropologia uma vez que todas elas remetem à última: “Que é o homem?” Na Antropologia o “ser humano” é objeto de estudo em sua integridade. As suas diferenças entre os povos e distintias etnias. Distingue o “ser humano” dos demais seres e coisas. No entanto em sua integralidade, independentemente de etnias e culturas. Buber expõe as mais importantes linhas filosóficas sobre o tema “Homem”, Ser Humano. Interessa-se especialmente pelas posiciones de Santo Agustinho, Kant, Feuerbach, Nietzsche e Kierkegaard, posto que são nestas que ele enxerga como concebendo o “Ser Humano” em sua autêntica problemática. De outro lado, tende a não aceitar as posturas de Aristóteles, e Hegel, visto que objetivam dar ao ser humano uma segurança fictícia. Para Buber, a antropologia individualista e coletivista devem ser superadas, pois que a antropologia individualista cuida apenas da relação da pessoa com ela mesma. Já a antropologia coletivista enxerga apenas a sociedade. Para ele tanto o indivíduo isolado quanto a sociedade, vistos separadamente, são ficções. Ele acredita na existencia humana do ser humano com o ser humano, ou seja, uma área comum, o “intra-humano”. Portanto vai além do próprio individual, num autêntico diálogo no qual se entrelaçam pontos de vista. Numa relação que se completa com a existência do outro.