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TEMAS DE AVALIAÇÃO: METAFÍSICA II, 2019.

Escolha uma das opções abaixo:

a. Comente a seguinte passagem, extraída da Investigação acerca do


Entendimento Humano de Hume:

“Mas, não obstante essa ignorância dos poderes e princípios naturais, sempre
presumimos, quando vemos qualidades sensíveis análogas, que elas têm
poderes ocultos análogos, e esperamos que a estas se seguirão efeitos
semelhantes àqueles que já experimentamos no passado. Se nos fosse
mostrado um corpo de cor e consistência análogas às do pão que havíamos
comido anteriormente, não teríamos nenhum escrúpulo em repetir o
experimento, prevendo com certeza que ele nos alimentará e nos sustentará
de maneira semelhante. Ora, eis um processo da mente e do pensamento
cujo fundamento gostaria de conhecer” (Hume, Investigação, Seção IV, Parte
II, § 3).

b. Comente a seguinte passagem, extraída da Introdução à 2ª edição (B) da


Crítica da Razão Pura de Kant:

“Até agora se supôs que nosso conhecimento deve se regular pelos objetos;
porém, todas as tentativas de descobrir a priori, mediante conceitos, algo que
ampliasse nosso conhecimento, malograram sob esse pressuposto. Tentemos,
pois, uma vez, experimentar se não progredimos melhor nas tarefas da
metafísica, admitindo são os objetos que devem se regular por nosso
conhecimento, o que assim já concorda melhor com o que desejamos, a
saber, a possibilidade de um conhecimento a priori desses objetos, que
estabeleça algo sobre eles antes de nos serem dados. Trata-se aqui de uma
analogia com os primeiros pensamentos de Copérnico que, não podendo
prosseguir na explicação dos movimentos celestes enquanto admitia que toda
a multidão de estrelas se movia em torno do espectador, tentou ver se não
obteria melhores resultados se o espectador se movesse, deixando os astros
imóveis. Na metafísica, pode-se então tentar o mesmo no que diz respeito à
intuição dos objetos. Se a intuição tivesse de se regular pela natureza dos
objetos, não vejo como se poderia conhecer algo a priori a respeito dela; se,
ao contrário, o objeto (como objeto dos sentidos) se regula pela natureza de
nossa faculdade de intuição, posso perfeitamente representar essa
possibilidade” (B XVI-XVII).

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