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Cadernos PDE
VOLUME I
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009
A EXPERIÊNCIA ESCRAVA NO BRASIL: um diálogo com a obra de E. P.
Thompson.
1
Autor: Angela Maria Dosso
2
Orientador: Ricardo Tadeu Caires Silva
Resumo:
1
Professora de História do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino do Paraná na cidade de Para-
navaí- Pr.
2
Doutor em História pela UFPR. Professor do curso de História da Unespar - Campus de Paranavaí.
1. Introdução
Por tudo isso, é preciso reverter essa realidade construindo novas práticas
pedagógicas capazes de revelar os escravos e seus descendentes como sujeitos
históricos ativos e atuantes, que ajudaram a civilizar o Brasil com seus costumes,
conhecimentos e tecnologias.
Recentemente, o governo federal reconheceu a dívida histórica da sociedade
brasileira para com a população afro-descendente, com a aprovação das leis
10.639/2003 e11. 645/2008, que estabelecem as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da te-
mática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. No Estado do Paraná, a Deli-
beração n° 04/06 do Conselho Estadual de Educação – CEE/PR, reforça as leis a-
cima citadas ao defender, em seu artigo 1°, parágrafo 2°, que o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização
da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reco-
nhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao
lado das indígenas, européias e asiáticas”.
3
Para um balanço das obras fundamentais acerca da escravidão no Brasil ver, dentre outros, Quei-
rós, Suely. Reis.R. de. Escravidão negra em debate. In: Freitas, Marcos Cezar: Historiografia Brasilei-
ra em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998.
Contudo, ainda que a legislação tenha instituído a obrigatoriedade do ensino
da História e cultura dos povos africanos e afro-brasileiros, na prática, ainda são
poucas as iniciativas de implementação de práticas capazes de modificar a tradicio-
nal abordagem que se faz da escravidão no Brasil. Dessa forma, acreditamos que a
abordagem positiva da história e cultura afro brasileira, resgatando as contribuições
dos povos de matriz cultural africana e afro-brasileira para a formação da sociedade
brasileira, em muito contribuirá para a construção de práticas sociais que levem a
construção da igualdade racial no Brasil.
4
Thompson, E. P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1988. 3vols.
5
Thompson, E. P. A Miséria da Teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Al-
thusser. RJ, Zahar, 1981.
chester (Inglaterra) e de 1989 a 1990 na Universidade de Rutgers, vindo a falecer na
cidade de Worcester, em 28 de agosto de 1993.6
Como foi dito acima, Thompson e sua geração foram responsáveis por uma
revisão na teoria marxista. Dentre as suas contribuições mais importantes estão a
reformulação dos conceitos de classe, experiência e formação.
Para Thompson, “classe” é uma categoria histórica, ou seja, deriva de pro-
cessos sociais através do tempo; é processo e relação. Na definição thompsoniana
de classe a dimensão do conflito, bem como a da dominação que lhe explica, são
elementos que não se pode expurgar para se chegar à consciência:
Para dizê-lo com todas as letras: as classes não existem como entidades
separadas que olham ao seu redor, acham um inimigo de classe e partem
para a batalha. Ao contrário, para mim, as pessoas se vêem numa socieda-
de estruturada de certo modo (por meio de relações de produção fundamen-
talmente), suportam a exploração (ou buscam manter poder sobre os que
as exploram), identificam os nós dos interesses antagônicos, se batem em
torno desses mesmos nós e no curso de tal processo de luta descobrem a
si mesmas como uma classe, vindo pois a fazer a descoberta de sua cons-
ciência de classe. Classe e consciência de classe são sempre o último e
não o primeiro degrau de um processo histórico real. (THOMPSON: 2001,
p.274).
6
Palmer, Bryan. Edward Palmer Thompson: objeções e oposições. Trad. Klauss Brandini Gerhardt.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
3. E. P. Thompson e a renovação dos estudos sobre a escravidão no Brasil
7
Para um balaço das matrizes interpretativas da escravidão brasileira ver, dentre outros, Gomes,
Flávio Santos. “Em torno da herança; escravidão, historiografia e relações raciais no Brasil”. In: Expe-
riências atlânticas: ensaios e pesquisas sobre a escravidão e o pós emancipação no Brasil. Passo
fundo, RS: UPF, 2003.
8
Uma das críticas mais contundentes aos autores que partilham dessas premissas é feita por Cha-
lhoub, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São
Paulo: Companhia das Letras, 1990. pp.37-42.
9
Reis, João J. e Silva, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São
Paulo: Companhia das Letras, 1989. p.7.
10
Embora não constitua uma corrente teórica definida, os estudos acerca das resistências - dentro
das quais incluímos a escrava- tem aglutinado um grande número de historiadores, especialmente
porque procura valorizar as chamadas classes subalternas enquanto agentes do fazer histórico. No
caso da escravidão brasileira, tais abordagens têm em comum o fato de utilizar de contribuições de
autores como E. P. Thompson, Eugene D. Genovese para valorizar as experiências e o mundo que
os escravos criaram.
res, possuíam projetos e idéias próprias pelas quais lutavam e conquistavam gran-
des e pequenas vitórias".11 Segundo João José Reis e Eduardo Silva,
Cabe aqui ressaltar que boa parte desta inovação historiográfica tem sido ins-
pirada nos estudos do historiador britânico Edward Palmer Thompson. Tal escolha
justifica-se pelo fato de E. P. Thompson postular em seus trabalhos que
11
Lara, Sílvia H. "Blowin in the wind: E. P. Thompson e a experiência negra no Brasil". In: Projeto
História. Revista do Programa de estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História
da PUC-SP. São Paulo: 1981. p. 47.
dagens teóricas e fontes documentais onde a História e Cultura africana e afro-
brasileira sejam abordadas de forma propositiva, valorizando a resistência escrava
ao sistema escravista, as práticas culturais, etc. Um excelente exemplo das práticas
de autonomia dos escravos no cotidiano escravista nos é fornecido pela historiadora
Maria Helena Machado ao referir-se às atividades econômicas autônomas dos cati-
vos:
12
Governo do Paraná. Diretrizes curriculares da educação Básica. (História). Curitiba, Pr: 2008, p.14.
escrava no Brasil. A interação ocorrida entre os participantes possibilitou a socializa-
ção dos conhecimentos aprendidos, além da troca de informações a respeito do con-
teúdo estudado. Por isso, avalio que o GTR apresentou um resultado bastante posi-
tivo pelos professores que participaram do mesmo, sendo mencionado pelos mes-
mos a importância do tema na atualidade, uma vez que a escola tem um importante
papel nas relações de sociabilidade.
Como já foi anteriormente mencionado, o Material Didático foi elaborado a
partir das leituras e reflexões da obra do historiador E. P. Thompson, cuja aproxima-
ção teórica e política com os estudos sobre a escravidão no Brasil tem sido cada vez
mais fecunda. Em comum, estes estudos têm como premissa a necessidade de des-
tacar que, malgrado as injustiças derivadas do sistema escravista, os milhares de
escravos africanos que aqui desembarcaram forçosamente e seus descendentes
contribuíram significativamente para a prosperidade econômica e cultural do Brasil.
A idéia é suprir a carência de trabalhos que tratam da questão da escravidão para
além de uma visão reducionista, que trata os escravos e libertos ora como vítimas,
ora como heróis. Como salientou Thais Nívia de Lima e Fonseca:
24/08/10 – 02 aulas
Aprofundamento sobre o tema do racismo, com a exibição dos documentá-
rios: O xadrez das cores (Drama: 22 minutos) e Vista minha pele (Drama: 15 minu-
tos). Análise e debate sobre os vídeos assistidos, ressaltando os aspectos positivos
e negativos apresentados, registro no caderno das análises realizadas.
31/08/10 – 02 aulas
Abordagem sobre a formação da sociedade escravocrata no Brasil colonial,
seguida da problemática da escravidão indígena e africana, leitura e análise de do-
cumentos históricos sobre a sociedade escravocrata brasileira, socialização dos
principais aspectos observados pelos alunos.
14/09/10 – 02 aulas
Estudo sobre o continente africano, buscando valorizar as práticas culturais
das sociedades africanas, mostrando como elas também contribuíram para civilizar
os brasileiros. No laboratório de informática, os alunos realizaram pesquisas sobre o
referido continente, buscando um maior conhecimento sobre o mesmo, ressaltando
aspectos culturais, econômicos e políticos da África. Discussão sobre os pontos que
mais despertaram a atenção dos alunos.
21/09/10 – 02 aulas
Leitura do texto: O governo Imperial encaminha uma abolição lenta e gradual
(apresentado na unidade temática), seguida de anotação e pesquisa do significado
das palavras pouco familiares aos alunos, para que os mesmos construam um vo-
cabulário de termos históricos.
28/09/10 – 02 aulas
Análise do Organograma que indica o período histórico que abarca os mo-
mentos finais do escravismo no Brasil. Realizada a observação e análise do organo-
grama, registro no caderno sobre as condições de trabalho e vida dos escravos li-
bertos. Produção textual com opinião do aluno sobre a suposta liberdade dos escra-
vos.
5/10/10 – 02 aulas
Análise da charge: Recepção da Lei do Ventre Livre no contexto de sua apro-
vação, em 1871. Após a análise da charge,foram feitos relatos das impressões de
como os escravocratas receberam a noticia da aprovação da Lei do Ventre Livre.
Registro no caderno da atividade realizada. Leitura e análise do documento: Lei nº
2040 de 28 de setembro de 1871 (Lei do Ventre Livre). Discussão sobre os princi-
pais aspectos da lei levantados pelos alunos.
Imagem 01 – Recepção da Lei do Ventre Livre no contexto de sua aprovação, em 1871.Fonte: Angelo
Agostini. Revista Ilustrada, n° 387, ano 1884.
19/10/10 – 02 aulas
Leitura partilhada do documento: Os escravos vão à justiça (apresentado na
unidade temática). Análise e explanação dialogada sobre o mesmo, seguido da re-
solução de atividades de interpretação, com registro no caderno:
a) Como Manoel ficou sabendo da aprovação da nova lei?
b) De que forma ele consegui acumular o pecúlio para comprar sua alforria?
c) Qual foi a reação do senhor de Manoel ao saber de suas pretensões de li-
berdade?
Em equipe os alunos investigaram outros aspectos da lei, tais como: o fundo
de emancipação, a matricula geral dos escravos, o pecúlio e o arbitramento, regis-
trando a investigação no caderno.
26/10/10 – 02 aulas
No laboratório de informática foi feita uma pesquisa sobre a Lei dos Sexage-
nários (1885). Análise e reflexão sobre a mesma. Registro dos pontos relevantes da
lei, segundo a opinião dos alunos.
Interpretação da charge de sobre a Lei dos Sexagenários:
09/11/10 – 02 aulas
Abordagem do modo como os escravos contribuíram para a derrocada do es-
cravismo, em especial a relação destes com as ações judiciais e com os movimentos
abolicionistas. Realização de leitura e análise do texto: O movimento abolicionista no
Brasil e a participação dos escravos na luta abolicionista (apresentados na unidade
temática). No laboratório de informática os alunos pesquisaram sobre a lei de 1831,
apontando o porquê esta não conseguiu acabar com o tráfico africano e quais foram
as provas apresentadas pela crioula Faustina e seus familiares para comprovar que
veio importada ilegalmente para o Brasil.
16/11/10 – 02 aulas
Atividade: a história vai ao cinema.
Na sala de vídeo, a turma foi reunida para uma sessão de cinema, onde foi
exibido o filme: Sinhá Moça. Drama. 120 minutos. Brasil (1953). Direção: Tom Pay-
ne. Baseado no romance homônimo da escritora Maria Dezonne Pacheco de Fer-
nandes.
25/11/10 – 02 aulas
Sinopse do filme assistido na aula anterior, destacando os principais aspectos
da trama. Reunidos em grupos, os alunos descreveram e debateram suas percep-
ções sobre o filme e dos fatos históricos, seguindo para tanto um roteiro de ques-
tões:
30/11/10 – 02 aulas
Apresentação do vídeo promocional: Trabalho escravo: Vamos abolir de vez
essa vergonha (OIT 2003), análise e debate sobre o vídeo apresentado.
Leitura da matéria apresentada no Paraná em 17/08/2008 - Crescimento do
trabalho escravo assusta o Paraná, escrito por Luciana Cristo. Debate sobre o con-
teúdo apresentado e resolução das questões:
a) Em que atividades foram constatado o emprego do trabalho escravo no Pa-
raná?
07/12/10 – 02 aulas
Leitura e análise do quadro comparativo entre a escravidão da época do Bra-
sil colônia e Império com a nova forma de escravidão encontrada Brasil afora. A par-
tir da leitura e interpretação do quadro comparativo, os alunos responderam as se-
guintes questões:
a) Quais as diferenças de relacionamento na “escravidão antiga” e na “nova
escravidão”?
14/12/10- – 02 aulas
Avaliação sobre os conteúdos estudados.
Após a realização das avaliações, foi observado que os alunos refletiram criti-
camente sobre as marcas da escravidão na sociedade brasileira. Ficou ainda de-
monstrado como todos podem intervir como sujeitos ativos na construção de práti-
cas sociais que valorizem o multiculturalismo e o respeito à diversidade cultural exis-
tente em nosso país.
5- Considerações Finais
6. Agradecimentos
CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da es-
cravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? São Paulo: Ática,
1995.
FERRERAS, Norberto O. culturalismo e experiência: leitura dos debates em torno da
obra de E. P. Thompson, Diálogos, DHI/UEM, v. 3, n. 3: 309-322, 1999.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de História. Campinas,
SP: Papirus, 2003.
FONSECA, Thais Nívia de Lima e. História & Ensino de História. Belo Horizonte:
Autêntica, 2006.
FORTES, Alexandre. Miríades por toda a eternidade: a atualidade de E.P. Thomp-
son. Tempo Social. São Paulo. v.18, no.1, 2006.
FREITAS, Marcos Cezar: Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Con-
texto, 1998.
GOMES, Flávio Santos Experiências atlânticas: ensaios e pesquisas sobre a escra-
vidão e o pós emancipação no Brasil. Passo fundo, RS: UPF, 2003.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
LARA, Silvia Hunold. Blowin' In the Wind: E. P. Thompson e a experiência negra no
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LIBBY, Douglas Cole; PAIVA, Eduardo França. A Escravidão no Brasil: relações so-
ciais, acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, 2000.
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_____________________. O plano e o pânico: os movimentos sociais na década da
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MATTOS, Hebe Maria. Escravidão e cidadania no Brasil monárquico. Rio de Janeiro:
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THOMPSON, E. P. Senhores e caçadores. A origem da Lei Negra. Rio de Janeiro:
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