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ISSN 1984-9354
A GESTÃO INTEGRADA NO
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
COMPLEXOS
Resumo
Este artigo tem como objetivo investigar as melhores práticas
utilizadas para facilitar a integração do gerenciamento de projetos
complexos, com o propósito de disponibilizar uma proposta de um
modelo teórico de gestão integrada para projettos complexos que
facilite o processo de tomada de decisão de gestores interessados em
aperfeiçoar seus modelos de gestão. Neste sentido, foram levantadas
questões sobre projetos complexos relacionados à: identificação dos
processos de gestão e dos principais elementos de uma gestão
multidisciplinar; as práticas de gestão que facilitam a sua integração;
o seu ambiente e influências; as partes interessadas e as respectivas
influências; e como é realizada a captação, armazenagem, integração
e a disseminação das informações. Na metodologia aplicada ao artigo,
foram utilizadas técnicas de uma pesquisa bibliográfica exploratória,
qualitativa e aplicada, com o propósito de responder as questões
propostas e atender ao objetivo da pesquisa. Como resultado da
pesquisa, foi proposto pelo autor um modelo unificado teórico
consolidando os tipos de integração existentes no gerenciamento de
projetos complexos, corroborando com os processos de reflexão,
conscientização e maturidade dos gestores, estudantes, acadêmicos e
demais partes interessadas.
1. INTRODUÇÃO
Com a crescente complexidade dos Programas e Empreendimentos Públicos de Infra-
estrutura e Tecnologia, a gestão de seus elementos multidisciplinar e a necessidade de
abordagens específicas para atender aos processos de licenciamentos ambientais e nucleares
(quando aplicável), vem sofisticando na mesma proporção, a complexidade das atividades dos
gestores públicos e de seus contratados (LIMA, 2010). Para Silva (2007), o gerenciamento de
projetos vem se destacando nos últimos anos, devido ao aumento da complexidade do mundo
dos negócios. Xavier et al (2010), destaca o fato das empresas de todos os setores da
economia, vem reconhecendo a importância do Gerenciamento de Projetos para o sucesso de
suas iniciativas por produzirem melhores resultados. Coorborando com a constatação de
novos rumos da gestão, Alencar, Almeida e Mota (2007), afirmam que a gestão de projetos
vem sendo alvo de inúmeros estudos nos últimos anos, uma vez que os projetos estão se
tornando cada vez mais complexos. Para Simões e Gutierrez (2008) as principais associações
e organizações mundiais, inseridas neste contexto, são o Project Management Institute – PMI,
a Association for Project Management - APM e a International Project Management
Association – IPMA. Lima (2010) destaca a influência da International Organization for
Standardization (ISO) nas melhores práticas sugeridas por tais organizações, tendo em vista o
reconhecimento da aceitação pelos gestores, das normas ISO, principalmente para a gestão da
qualidade. Esse autor menciona ainda, a relevância das práticas desenvolvidas pela National
Aeronautics and Space Administration (NASA) na integração de projetos complexos. A
verdade é que todas estas organizações vêm desenvolvendo relevantes normas e guias, que
servem de orientação para os gerentes de projetos. Entretanto, mostra-se pertinente esclarecer
que dificilmente os gestores encontrarão um modelo de gestão pronto ou disponível em
“prateleira”, que possa ser implementado sem adaptações ao seu negócio. Neste sentido,
Kerzner (2010) alerta que dificilmente duas empresas irão gerenciar projetos da mesma
forma, pois a implantação da gerencia de projetos deve ter por base a cultura da organização.
Dessa forma, os modelos de gestão devem ser específicos a cada um dos Empreendimentos,
estando customizados às características e particularidades de cada uma das empresas e do
respectivo contrato. Neste contexto, o problema desta pesquisa se refere à necessidade dos
gestores em buscar um modelo mais adequado para integrar os processos de gestão e os
elementos organizacionais envolvidos no gerenciamento de seus Empreendimentos. Sendo
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assim, o objetivo deste artigo é investigar quais são as melhores práticas utilizadas para
facilitar a integração do gerenciamento de projetos complexos, com o propósito de
disponibilizar uma proposta de um modelo teórico e unificado para uma gestão integrada para
projetos complexos. Como consequência, o autor procura fornecer subsídios para facilitar o
processo de tomada de decisão de gestores interessados em aperfeiçoar seus modelos de
gestão e corroborar com a redução da lacuna de informações científicas referentes ao tema.
Para orientar o processo de investigação da pesquisa, mantendo-a no escopo e objetivos
propostos, foram levantadas questões sobre projetos complexos relacionados à: identificação
dos processos de gestão e dos principais elementos de uma gestão multidisciplinar; as práticas
de gestão que facilitam a sua integração; o seu ambiente; as partes interessadas e as
respectivas influências; e como é realizada a captação, armazenagem e a disseminação das
informações.
2. METODOLOGIA
Segundo Gil (2010), a pesquisa é definida como sendo o processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico, onde o seu objetivo fundamental é descobrir respostas
para problemas, mediante ao emprego de procedimentos científicos. Neste sentido, na
contextualização deste artigo, o autor realiza uma abordagem noticiosa, migrando, para a
utilização de técnicas da pesquisa bibliográfica com o propósito de atingir aos objetivos
propostos. Segundo os critérios básicos propostos por Vergara (2007), que a qualifica a
pesquisa quanto aos fins, este artigo é classificado, como sendo uma pesquisa exploratória
aplicada. Exploratória pela proposta de pesquisar diferentes abordagens sobre o tema gestão
integradas. Aplicada porque visa disponibilizar informações aos gestores para aplicá-las no
aprimoramento dos seus modelos de gestão em projetos. Já em relação a sua qualificação
quanto aos meios, à pesquisa é classificada como sendo bibliográfica por ser um trabalho
elaborado a partir de informações coletadas de livros e trabalhos científicos, os quais
contribuíram para fundamentar o desenvolvimento e o resultado da mesma. Com relação à
natureza da pesquisa, segundo os critérios de Valentim (2008), ela é definida como sendo
qualitativa. Como “fontes de papel” da pesquisa bibliográfica, foram utilizadas livros de
referência/consulta informativa, teses e artigos científicos de publicações periódicas (jornais e
revistas) e dos anais de Congressos. A seleção dos artigos científicos ocorreu com o apoio das
bases internacionais de dados SCOPUS, ISI Web of Knowledge e Scientific Eletronic Library
Online – SciELO e dos sites de Congressos. Na procura por livros de referência, procurou-se
na internet, os principais autores que se especializaram nos temas pesquisados. A coleta de
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dados e informações obtida na pesquisa bibliográfica foi realizada durante o período entre
abril de 2011 e fevereiro de 2012.
A pesquisa foi dividida em cinco fases. Na 1ª fase foi definida a situação problema e o
objetivo da pesquisa, na 2ª fase foi realizada uma pesquisa bibliográfica para levantar e
selecionar os principais tipos de integração no gerenciamento de projetos existentes na
literatura científica. Na 3ª fase foi definida a estrutura utilizada para a modelagem para os
tipos de integração selecionados. Na 4ª fase foi realizada uma análise crítica dos dados
coletados. Nesta fase foi elaborada uma proposta de um modelo unificado para a gestão
integrada para projetos complexos. Na 5ª fase foram tecidas considerações finais e
recomendações para trabalhos futuros (figura 1). Entre os quais, sugere-se um estudo mais
aprofundado, como uma pesquisa de campo, para aferir na prática as vantagens e
desvantagens do modelo proposto e a sua viabilidade.
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Vargas (2008) alerta ao fato de que a maioria dos projetos é planejada e implementada em
um contexto social, político, econômico e ambiental. Eles têm impactos intencionais e não
intencionais, sendo positivos e/ou negativos. Para o PMI (2008), a maturidade da organização
em relação ao seu sistema de gerenciamento de projetos, sua cultura, seu estilo, sua estrutura
organizacional e seu escritório de projetos como sendo os principais aspectos destas estruturas
que influenciam o projeto. Sendo assim, a maior parte das organizações desenvolveu culturas
exclusivas. Dinsmore (2010) esclarece que atualmente, os gestores de projetos estão
considerando de maneira mais responsável as influências de seus resultados sobre as
conseqüências ao meio ambiente, às pessoas e à economia da região afetada, trazendo
soluções que causem um menor impacto.
Segundo Silva (2009), a partir dos anos 80, as questões ambientais e nucleares passaram a
ser regulamentadas por instituições governamentais nas esferas federais, estaduais e
municipais. Em 1986, o Conselho Nacional do meio ambiente (CONAMA) instituiu uma
política nacional de avaliação de impactos ambientais, exigindo estudos de impacto ambiental
e audiências públicas para o licenciamento de atividades poluidoras, estabelecendo
condicionantes mitigatórias e instrumentos de compensação financeira, enfatizando os
aspectos relacionados à responsabilidade social. Tais pressões repercutem de tal maneira nas
empresas que, segundo Andrade e Paiva (2010) passam a incorporar em seus processos as
questões ambientais, a saúde e segurança no trabalho, a democracia, a proteção ao
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Em uma diferente abordagem para a gestão integrada, Kerzner (2010) afirma que a
integração da gestão de projetos com outros processos complementares de gerenciamento é o
fator decisivo para se alcançar a excelência. Desde 1985, diversos novos processos
complementares vêm evoluindo paralelamente à gestão de projetos, entre os quais os mais
importantes seguiram a seguinte cronologia: 1985 – gestão da qualidade total (GQT); 1990 –
gestão simultânea; 1991 – equipes autônomas; 1992 – delegação de autoridade aos
funcionários; 1993 – reengenharia; 1994 – custos dos ciclos de vida; 1995 – gestão de
mudanças; 1996 - gestão de riscos; 1997-1998 – escritórios de projetos e centros de
excelência; 1999 – equipes alocadas; 2000 – equipes multinacionais; 2001 – modelos de
maturidade; 2002 – planejamento estratégico para gestão de projetos; 2003 – relatório de
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Kerzner (2010) destaca que à medida que as empresas começam a entender os efeitos
sinergéticos na utilização destes processos sob uma metodologia única, os primeiros dois
processos a se tornarem parcialmente acoplados são a gestão de projetos e a gestão da
qualidade total, como é mostrado na figura 6. Vieira (2010) segue a mesma linha de
pensamento ao afirmar que os conceitos básicos relacionados ao gerenciamento da qualidade
adotados pelo PMI são compatíveis com a abordagem adotada pela Internation Organization
for Standardization (ISO), bem como as definidas por Deming, Juran, Crosby, TQC entre
outros. Sendo assim, o gerenciamento da qualidade do projeto deve ser direcionado tanto para
o gerenciamento do projeto como para o produto ou serviço resultante do mesmo.
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Segundo Kerzner (2010), a partir da metade da mesma década, outros dois processos
passaram a ser também importantes: o gerenciamento de riscos e a gestão da mudança.
Atualmente as empresas com nível de excelência integram os cinco processos principais de
gestão (Figura 8). Ou seja, gestão de projetos; gestão da qualidade total; engenharia
simultânea; gerenciamento de riscos; e gestão da mudança. Entretanto nenhum desses
processos é novo, a novidade é a importância a eles atribuída.
Figura 8 – O Sistema de Gestão de empresas com nível de excelência integram os 5 principais processos de
gestão (modelo adaptado pelo autor).
Fonte: Kerzner (2010)
Segundo De Araujo (2010), a empresa moderna precisa de agilidade para tornar-se mais
responsiva às expectativas mutantes de seus clientes e flexibilidade para se adaptar a novos
rumos e até criar alternativas que ditarão as regras do universo dos negócios. Precisa ser um
centro de excelência contínuo. Kerzner (2010), afirma que as empresas que obtiveram maior
sucesso com a gestão de projetos chegaram a esse resultado mediante a um planejamento
estratégico, no qual seu objetivo é superar o desempenho da concorrência. Concretizar este
feito de maneira permanente exige processos e metodologias que provam o sucesso constante,
e não apenas conquistas esporádicas. A figura 9 apresenta uma adaptação livre do autor do
“hexágono” da excelência apresentado por Kerzner (2010). Estes componentes são as áreas
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técnicas aos seus processos operacionais e gerenciais. Varella (2010) lembra o fato do
conhecimento ter sido originalmente desenvolvido sob a ótica da indústria, caracterizada pela
natureza contínua da produção de produtos e da prestação de serviços. Entretanto, a natureza
de um projeto, é de um empreendimento único, com objetivos específicos, associado a um
prazo preestabelecido para a conclusão, sob a pressão de um orçamento e outros fatores
inerentes, acrescenta novos desafios para a aplicação bem sucedida dos princípios, técnicas e
ferramentas da qualidade. Sendo assim é preciso considerar também que o conceito de
qualidade em projetos não abrange apenas a qualidade do produto ou serviço entregue pelo
projeto, como também a qualidade do próprio projeto, como um empreendimento, e suas
atividades gerenciais.
Para Varella (2010), as questões de ordem gerencial envolvem a correta compreensão das
necessidades e expectativas dos envolvidos e a formulação dos requisitos de qualidade. O
gerente do projeto deve procurar identificar e equacionar o atendimento às necessidades
“implícitas”. Em um projeto, a busca da qualidade, inicia com um bom entendimento do
problema e/ou sua oportunidade central, possibilitando a compreensão das necessidades a
serem atingidas e o estabelecimento dos requisitos de qualidade. É preciso administrar bem as
expectativas dos contratantes (clientes) desde o início, definindo e estabelecidos claramente
os objetivos quanto aos resultados e a performance esperada. Os conceitos de qualidade e
grau precisam ser bem entendidos e observados. A qualidade é relativa à conformidade com
as especificações. O grau reflete o nível de aprimoramento do produto, ou serviço, e o estágio
de desenvolvimento, em relação as suas características, aos seus semelhantes, e ao seu próprio
ciclo de vida. Tanto o grau quanto a qualidade devem ser considerados para a formulação dos
requisitos, porém as expectativas devem ser mantidas realistas e compatíveis com a real
capacidade de realização do empreendimento (Varella, 2010).
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estratégico da corporação. Para esta tarefa, ele deve sustentar os veículos para captação de
dados e para sua disseminação ente os diversos interessados. Esses veículos incluem a intranet
da empresa, sites de projetos na web, bancos de dados sobre projetos e sistemas de
informação em gestão de projetos. Os custos e a complexidade em manter o controle dos
ambientes internos e externos e a incerteza sobre a eficiência das soluções disponibilizadas
aos gestores podem ser questionados. Entretanto, as crescentes promessas de empresas a cada
dia mais especializadas em soluções para as gestões, são sempre umas tentações para os
gestores.
Para Avison et al.(1999), o papel do sistema de informações (SI) passou de uma passiva
ferramenta de automação ou argumentação, para um dispositivo estratégico e competitivo de
transformação das estruturas organizacionais. Entretanto, segundo Fortulan e Gonçalves
Filho, hoje é imprescindível que esse sistema seja flexível e integrado. Para Dinsmore (2010),
uma conjugação de sistemas manuais e/ou automatizados de armazenamento e
compartilhamento de informações (software de gerenciamento de projetos, sistemas de
arquivamento manual, bancos de dados eletrônicos, etc ..), que permitam ao gerente do
projeto, integrantes da equipe e demais partes interessadas (stakeholders), se manterem
informados a respeito do status do projeto. Sendo assim, pode-se afirmar que o Sistema de
Informação de gerenciamento de projeto é ferramenta importante no processo de distribuição
das informações do projeto em tempo hábil e de maneira confiável. Na verdade, o sistema de
informação de gerenciamento de projeto é desenvolvido para que se passe a informação certa
para a pessoa certa, no momento certo, de forma eficiente e eficaz. Entretanto, segundo
Rodriguez y Rodriguez (2010) a evolução dos recursos computacionais, a quantidade de
dados no mundo tem dobrado a cada ano, trazendo com isto uma grande quantidade de
informações sem importância, poluindo e obscurecendo as informações realmente de grande
importância para as organizações. Há casos onde a produção de informação gerada por uma
organização em uma semana é bem maior do que o volume de informações que uma pessoa
poderia ler durante toda a sua vida. Na mesma linha de raciocínio, Tan, Steinbach e Kumar
(2009) alertam que apesar dos rápidos avanços tecnológicos de coleta e armazenamento de
dados terem permitido que as organizações acumulassem vasta quantidade de dados, a
extração de informação útil, tem provado ser extremamente desafiadora. Eles alegam que
muitas vezes as ferramentas e as técnicas tradicionais de análise de dados não podem ser
usadas em situações na qual o tamanho do conjunto de dados é muito grande, ou quando a
natureza dos dados não é trivial. Nestes casos, torna-se necessário o desenvolvimento de
novos métodos para a análise de dados.
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Figura 12 – Integração inicial dos Processos da Gestão de Projetos com o da Gestão da Qualidade. Para
empresas com nível de excelência, o Sistema de Gestão integram os 5 principais processos de gestão
(modelo adaptado pelo autor).
Fonte: Kerzner (2010)
Figura 13 - Modelo de Gestão Integrada para Projetos Complexos baseada em Processos de Gestão
Fonte: o autor
d) Que gerente de projetos tenha um perfil mais integrador do que especialista técnico,
procurando administrar bem as expectativas dos contratantes (clientes) e demais partes
interessadas, desde o início, definindo e estabelecidos claramente os objetivos quanto aos
resultados e a performance esperada. Sendo assim os conceitos de qualidade e grau
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precisam ser bem entendidos e observados para a formulação dos requisitos, evitando um
impacto prejudicial aos resultados do projeto;
e) Utilizar o conceito do escritório de projetos, mantendo neste ambiente, toda a propriedade
intelectual relativa à gestão de projetos. Para esta tarefa, recomenda-se sustentar os
recursos e ferramentas para a captação de dados e para sua disseminação entre os diversos
interessados. Para controlar seus processos e disseminar as informações, recomenda-se
utilizar softwares e redes gerenciais de comunicações, que devem ser suportadas por
sistemas de informações flexíveis e integradas.
f) Desenvolver novos métodos para a análise de dados, entre os quais a mineração de dados
que vem se destacando como um dos métodos de inteligência e automação para processar
os dados.
Compilando tais propostas, o autor, baseado em dados e conceitos selecionados a partir de
sua pesquisa bibliográfica sobre os diversos tipos de integração de Gestão em Projetos
Complexos, propõe aos gestores e partes interessadas, um modelo teórico unificado para uma
gestão integrada para projetos complexos (figura 14). Atualmente este modelo teórico
encontra-se em processo de validação, a partir de estudo comparativo com uma pesquisa de
campo que vem sendo conduzido pelo autor deste artigo no Programa do Desenvolvimento do
Submarino de Propulsão Nuclear.
Figura 14 – Proposta de Modelo teórico para a Gestão Integrada para Projetos Complexos
Fonte: o autor
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lacuna de informações científicas referentes à aplicação das melhores práticas para atualizar
seus processos de gestão para projetos complexos, assim como nos processos de reflexão,
conscientização e maturidade dos gestores. Como conseqüência, a sociedade e demais partes
interessadas serão beneficiadas com o recebimento de produtos e serviços de melhor
qualidade e mais adequado as suas necessidades. Como benefício pessoal, a pesquisa
possibilitou ao autor a se inserir em um processo de desenvolvimento e amadurecimento
como pesquisador. Entretanto, torna-se pertinente ressaltar que a pesquisa desenvolvida neste
artigo não esgota o tema sobre gestão integrada no gerenciamento de projetos complexos,
tendo em vista a possibilidade da extensão e seu aprofundamento do modelo, com uma
pesquisa de campo para validação do modelo teórico. Cabe ressaltar ainda a amplitude e as
diversas dimensões do tema, passíveis de novas investigações. Sendo assim, entre diversas
possibilidades possíveis, sugere-se como trabalho futuro, investigações sobre: os benefícios
das ferramentas de inteligência (Business Intelligence) para integrar e estruturar as
informações e os conhecimentos envolvidos nos projetos complexos; e uma investigação
aprofundada sobre a abordagem integradora e holística da metodologia da NASA em projetos
complexos.
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