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ENSAIOS “IN SITU” OU DE CAMPO

SPT
CPT
Com placa
Ensaio de corte rotativo
ENSAIO SPT – “Standard penetration test”

Dexterior=51mm
Dinterior=35mm

Comprimento=80cm
Peso=6,8kg

Amostrador normalizado de Terzaghi


Peso do pilão=63,5 kg
Altura de queda=76 cm
Fases de realização do ensaio
• 1.ª fase – cravação do amostrador 15 cm, com
registo do número de pancadas

• 2.ª fase – cravação do amostrador mais 30 cm,


sendo o número de pancadas correspondente,
N, considerado o resultado do ensaio.
CORREÇÕES AO ENSAIO SPT

• A energia transmitida ao trem de varas, Er, pode ser muito


inferior à energia potencial do pilão,
Ep=63,5×0,76=48,26kgm.
• Ratio de energia transmitida ao trem de varas,
ERr=(Er/Ep)×100 (valor padrão=60%)
• Correção a efetuar: Er
N 60  N
60
• Em Portugal no sistema SPT usado pelas empresas
ERr=60 %  N60=N
OUTRAS CORREÇÕES

Ensaio concebido para


Diâmetros até 100mm
Correção para ter em conta o efeito do nível de
tensões efetivas à profundidade do ensaio
N – Cresce com a tensão efetiva, isto é, com a profundidade

• N1 – resultado que seria obtido com um dado sistema num


dado solo para uma tensão efetiva vertical de repouso
(σ’v0)1=100kPa
• O resultado do ensaio corrigido e normalizado para uma
tensão efetiva vertical de 100kPa é:
(N1)60=CN N60

  
' 0.5

Expressão empírica muito usada: CN   VO 1



 
'
VO 
Correlação entre (N1)60 e a compacidade relativa de areias
normalmente consolidadas (Skempton)
Classificação dos solos argilosos quanto à consistência
(menos fiável do que a das areias)
Correlação entre (N1)60 e Φ’ para areias (Décourt)
  
' 0.5

Areias normalmente consolidadas: CN   VO 1



 
'
VO 

Areias sobreconsolidadas: 
CN  
 
'
oct 1
0.5


 
'
oct 
     32     1  23K
' ' NC
' v0 1 ho 1 ' 0
oct 1 vo 1

'v 0  2'ho 
 
OC
1 2 K
'
oct   'vo 0
3 3

K NC
0  1  sen' K OC
0 K NC
0 OCR  n
n=0,5

'p
OCR 
'v 0
Correlação entre os resultados do ensaio SPT e a tensão
admissível de sapatas sobre solos arenosos (os valores de
N não se encontram corrigidos)
ENSAIO COM CONE PENETRÓMETRO (CPT) E COM O
PIEZOCONE (CPTU)

Razão atrítica = fs/qc (%)


Ponteira, varas e cabo com fios para ligação aos transdutores da ponteira
Estrutura do sistema de cravação e caixa de leitura digital ligada
ao cabo dos transdutores. Registo contínuo de qc, fs e u.
Carta simplificada da classificação dos solos a partir dos resultados do CPT
(Robertson e Campanella)
CORRELAÇÕES COM PARÂMETROS
MECÂNICOS
Correlação entre qc e Ф’ para areias de quartzo não cimentadas
Correlação entre qc e Φ’ para areias
de quartzo ou feldspato
Solos argilosos
Correlação entre qc e a resistência não drenada do solo, cu

q c  v0
 15  5
cu
a)
b)

Interpretação dos resultados do CPTU:


a) carta de identificação dos terrenos atravessados
b) Correção da resistência de ponta
ENSAIO DE PLACA Q 1  2
s
Sistema de B E
reação

Esquema simplificado Diagrama típico carga-assentamento


A determinação de cu por meio do ensaio de
corte rotativo insitu (field vane test)

• Descrição do ensaio

• Interpretação dos resultados do ensaio para


obtenção de cu

• Avaliação da sensibilidade do solo e a sua


importância
Descrição do ensaio de corte rotativo in situ

Diagrama momento torsor


versus ângulo de rotação
Molinete
Figura de rotura
Descrição do ensaio de corte rotativo in situ
Aparelho autoportante para realização de ensaios de corte rotativo

Invólucro
protector

Perspectiva do molinete
Penetração Molinete em posição
para o ensaio
Aspectos referentes à execução do ensaio
de corte rotativo in situ (ENV1997-3)
Interpretação dos resultados do ensaio para
obtenção de cu
• Admitindo a isotropia do maciço e que a resistência não drenada
do solo é mobilizada em toda a superfície exterior do cilindro
(superfície lateral mais duas bases), aquela resistência,
designada por cfv, pode ser obtida a partir da equação:

2.M tf
c fv 
2  D
.D . H  
 3

c u  .cfv
Correcção dos resultados do ensaio de corte rotativo in situ
Avaliação da sensibilidade do solo e sua
importância

• O ensaio de corte rotativo in situ é o meio mais utilizado


para caracterizar a chamada sensibilidade da argila, que é
definida como a razão da resistência não drenada do solo
indeformado, cu, e do solo remoldado ou remexido, cur:

cu
St 
c ur
Avaliação da sensibilidade do solo e sua
importância

• Após se ter atingido o valor máximo do momento torsor


aplicado ao molinete, este é rodado rapidamente dez vezes
de modo a remoldar o solo na superfície de rotura.

• Em seguida, um novo ensaio é realizado, semelhante ao


inicial, quer nos aspectos de execução, quer no que
respeita à interpretação, conduzindo ao valor de cur.

• Este parâmetro de sensibilidade é útil para aquilatar a


susceptibilidade do solo em relação à perda de resistência
com a deformação.
Classificação das argilas quanto à sensibilidade
Nota sobre a resistência para estados
planos de deformação
• Um número considerável de obras geotécnicas induz
nos maciços terrosos equilíbrios planos de deformação
enquanto nos ensaios triaxiais e no ensaio de corte
rotativo in situ vigora um estado de equilíbrio
axissimétrico.

• Tal como nas areias, a resistência das argilas em estado


plano de deformação é mais elevada do que num estado
axissimétrico, essencialmente porque o ângulo de atrito
efectivo é maior em equilíbrios do primeiro tipo.
Nota sobre a resistência para estados
planos de deformação
• Analisando resultados de diversos ensaios sobre argilas, Ladd
mostrou que a relação entre a resistência não drenada em câmaras
triaxiais com simetria axial de tensões, cu(TR), e em estado plano
de deformação, cu(PS), em ensaios de compressão e de extensão,
vale, respectivamente:

c u (TR) / c u (PS)comp  0,92  0,05


e
c u (TR) / c u (PS)ext  0,82  0,02

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