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PRAXE FORENSE ou DIRECTORIO PRATICO DO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO CONFORME A ACTUAL LEGISLACLO DO IMPERIO POR Alberto Antonio de Moraes Carvalho, ANTIGO ADVOGADO ‘Macnreh Pirate um Comore pita Unveride dies, Coomuntater x Ordon de Cry ‘Mendro besernria de Inetui do Orde ine Advpator Retbien, Membre: srmopendene de Insets Miterice de Frangee TOHO PRIMEIRO RIO DE JANEIRO A VENDA EM CASA DOS KDLTOMES PROPEIETANIOS EDUARDO © HENRIQUE LAEMMERT | ~ Rua da Quitanda, 77. Sur) ul 1850 a E C331 PROCESSO CIVIL CAPITULO I. Do Processo em geral. sie Processo ¢ a reuniao das formalidades estabelecidas pelas leis e praxe para se regularem as questdes em juizo (4). (4) Esta definicdo é analoga,a que se encontra em a Encyclopédie, em De Langlade, no Dictionnaire Général Roisonné de Droit Civil, e em Pereira e Souza, Diccionario juridico; mas Pothier, Traité de la Procédure Civile, da uma definigio mais minuciosa, e que especifica os actos do processo, dizendo: + La procédure est (a forme dans laquelle on doit intenter les demandes en justice, y défendre, intervenir , instruire, juger, s¢ pourvoir contre les jugements, et les exécuter, > 1 2 10 PRAXE FORENSE ssas furmalidades devem observar-se, salvo se as partes convierem em altera-las (2). As omissdes de taes formalidades chamao-se erros do processo: d'elles ha tres especies: uns que pro- duzem nullidade insanavel, outros que a produzem, mas que podem sanar-se: outros que, ainda nao sa- nados, nio a produzem. Ordenacio, livro 3, titulo 63. — Primeiras Linhas, nota 8.* ial A nullidade do proceso péde ella nunca péde ter um effeito retroactivo; e por isso (2) Seas partes podem convir em arbitros que decidio de plano sem formalidades: se ellas podem transigir sobre seus direitos, tor- na-se liguido que ellas podem renunciar quaesquer formalidades (excepto a primeira citagio, Lei de 31 de Maio de 1774, e actos substanciaes) ; ¢ por isso até por convencio podem tornar summarix a_acgao ordinaria. Mello Freire, livro A, titulo 7, § 13, embora Gio 0 contrario, 16 PRAXE VORENSE SAAR LLL ALTE aL L ESE AERA LOR LASS CAPITULO Il. § 16. A jurisdiegio se divide: * Em evelesiastica e secular; ee * Em yoluntaria e contenciosa; * Bm superior e subalterna; * Em civil e criminal. er oe § 15. A ecclesiastica ¢ a que traz a sua origem do poder que Christo deu 4 sua Igreja; regula-se pelos Canones, 18 PRANE FORENSE § 18. A jurisdicgio civil conhece de negocios civis: « criminal se exerce a respeito de crimes. Primeiras Linhas, § 22 (8). § 19. Tambem ha jurisdiccio civil conyencional, que é aquella que_pertence _ aos arbitros_em erate do compromisso das partes. Ordenacao, livro 3, titulo 16; Constituicao, artigo 160. § 20. A jurisdiccao civil pertence aos Juizes de paz, aos Municipaes, aos do Civel (onde e emquanto os houyer), aos dos Orphios, aos de Direito , ts Relagdes, e ao Supremo Tribunal de Justiga (9). 8) Omittem-se outras divisdes, que pouco interessio, ¢ algumas que hoje nio tem cabida por estarem abolidas as elcadas, ¢ Juizos de commissio; ¢ nio poder porisso haver nem jurisdicgio extraor- dinaria, nem delegada. (9) Veja-se 0 Deereto de 15 de Marco de 1842, E sobre os eonflictos. de jurisdiogio veja-se Carta de Lei 5.*, de 20 de Outubro de 1823, artigo %, § 12; Aviso de 20 de Agosto, e Carta de Lei de 22 de Setembro de 1828, artigo 2, § 6.

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