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ADMINISTRAÇÃO MODERNA: LIDERANÇA E SUAS INFLUÊNCIAS NO

AMBIENTE ORGANIZACIONAL
Jamily de Souza Silva*

RESUMO
O cenário empresarial ao longo dos anos vem sofrendo profundas mudanças e assim
surge questões que envolve a atuação dos profissionais. O líder ocupa uma posição de
destaque, direciona pessoas, e tem a capacidade de conectá-las na busca dos objetivos
organizacionais. Dessa forma, este trabalho busca compreender porque o líder cria uma
alta expectativa, assim como a importância da sua atuação e porque o líder deve influ-
enciar seu time. O objetivo geral é analisar o perfil da liderança no ambiente organiza-
cional; como objetivos específicos identificar as competências do líder; interpretar as
características e habilidades de liderança, além de definir a importância da liderança nos
dias atuais. Liderar é compreender a necessidade de buscar o aperfeiçoamento e a exce-
lência nas atividades desenvolvidas ao lado de um grupo capaz e visionário. Partindo
dessa perspectiva faz-se necessário identificar, compreender e incorporar as mudanças
visando estratégias no universo organizacional.

Palavras-chave: Líder; Equipe; Organização.

INTRODUÇÃO
Muito se discute a liderança nos dias atuais, e isso mostra que a atuação dos pro-
fissionais sofreu uma redefinição com o advento da modernidade e do mundo digital.
São mudanças e influências que promovem um repensar com críticas e identificação
daquilo que realmente é válido às organizações.
A redefinição da atuação do administrador está relacionada com o aprimoramen-
to das suas competências e manutenção da sua alta performance, o que proporciona não
só a visão atual mas também antecipar-se ao futuro e criar formas de se expandir em
todos os aspectos.
Entretanto, as teorias organizacionais impactaram de tal modo frente as necessi-
dades de melhorias ambientais em que as organizações refletiam. Junto as funções bási-
cas como planejar, organizar, dirigir e controlar o líder deve atenuar-se nas tendências
que vão sendo impostas, deve está apto às mudanças e buscar ser referência, pois Orga-
nizações são formadas por pessoas e estas precisam ser bem conduzidas para o êxito dos
objetivos. Embora as teorias tenham trazido críticas, isso nos mostra que as organiza-
* Pós graduanda em Consultoria empresarial; Bacharela em Administração Pública - UFC; Pós graduada
em Gestão Financeira e controladoria - Estácio; e Pós- graduanda em Gestão e tutoria - UNIASSELVI. e-
mail: jhamilyss@yahoo.com.br
ções sofriam interferências em seu ambiente e as mesmas tinham que se readaptar para
garantir a sobrevivência.
O presente estudo inicia-se com uma análise da administração e do ambiente or-
ganizacional. Segue com aspectos que envolvem a liderança e seus desafios, a influên-
cia do líder em paralelo com a motivação e a importância da equipe e fundamenta o pa-
pel do líder na atualidade.
Em síntese, diariamente surgem novas oportunidades e novos desafios, o que
aumenta ainda mais a influência da liderança para o alcance dos objetivos. O sucesso
consistirá em identificar os problemas a tempo e dar as devidas respostas, a fim, de ma-
ximizar as possibilidades de a organização seguir com a sua missão. Assim, “ as orga-
nizações, sejam os pequenos grupos ou as grandes corporações, não passam sem
líderes.” (Maximiano, 2017 p. 270).
Liderar, então, requer não somente a capacidade de exercer influência, mas aci-
ma de tudo alavancar a visão do time para níveis mais altos, atingindo melhor desempe-
nho e alcançando maiores resultados.

2 ADMINISTRAÇÃO E AMBIENTE ORGANIZACIONAL


Ao estudar administração, nos deparamos com os vários significados do referido
termo, seja a administração como disciplina, arte, ciência, no âmbito das funções, como
gerenciamento de pessoas ou como profissão, por exemplo. São significados amplos e
modernos.
Nos dias de hoje destaca-se também aspectos da administração voltados a lide-
rança. Para Maximiano (2017, p. 04) a administração “ é o processo ou atividade de to-
mar decisões sobre recursos e objetivos.” Destaca ainda, que esse processo de tomar
decisões é o que caracteriza a atuação dos gestores.
A administração num processo coeso de planejar, organizar, dirigir e controlar
vai muito além, já que administrar é uma arte. Segundo o autor Barcaui (2017, p. 28)
“administrar requer realizar atividades por meio de pessoas. Para isso, o talento do pro-
fissional em lidar com as mais diversas situações potencialmente inesperadas e conflitu-
osas será posto em prática quase sempre.” Através do potencial dessas pessoas que a
organização almeja sempre o sucesso, alcançando grandes resultados. Nesse caso, deve-
se dar a devida importância nas tomadas de decisão, o cenário que a organização está
inserida e conhecer não só o negócio mas o mercado que atua.
Molinaro (2016) cita, no entanto, que o mundo dos negócios mudou muito. Nos
dias atuais a concorrência é feroz e os envolvidos esperam muito de seus líderes exigin-
do muito mais responsabilização”. Isso mostra que não se administra nos dias atuais da
mesma maneira de tempos atrás. Hoje, o cenário é outro, novos tempos, grandes exi-
gências. É necessário adaptação, envolvimento, alta-performance e um profissional vi-
sionário.
Manter a alta-perfomance não é tarefa fácil, as organizações precisam enxergar
situações envolvidas em seu ambiente. Ambiente é tudo aquilo que é pertinente numa
empresa, é onde ela atua e interage com as demais organizações. Os agrupamentos hu-
manos, as relações com os grupos e as divisões dos setores direcionam a organização a
fim de atingir os objetivos. É um ambiente vasto constituído pelas dimensões sociais,
políticas, legais, econômicas, tecnológicas, dentre outras.
Em comum, para o bom andamento das organizações faz-se necessário a análise
dos ambientes interno e externo e assim adotar as melhores escolhas e estratégias. Elas
são complexas, pois cada uma possui estrutura e modelo próprio.
No ambiente externo as forças são exógenas, é considerado aquele onde “ identi-
ficam-se as principais oportunidades e ameaças que circunscreve a organização. É im-
portante ressaltar que o momento atual e a evolução da empresa devem ser levados em
consideração”. Barcaui (2017, p. 171). Já o ambiente interno diz respeito aos pontos for-
tes e fracos da organização, envolve as áreas funcionais (como produção, recursos hu-
manos, marketing, financeira, controladoria e etc.) e a observância dos recursos da em-
presa. Ainda segundo o mesmo autor, as forças e as fraquezas estão relacionadas aos
processos que fazem parte dela, abrangendo as atividades e os recursos importantes ao
seu andamento. Barcaui (2017).
Ainda convém lembrar que o ambiente organizacional sofre influências constan-
tes por conta das mudanças impostas pela tecnologia, e isso deve ser levado em conside-
ração de forma que a organização acompanhe a evolução dos processos, além de ter a
sensibilidade em qual ponto o mercado está ou não favorável, atentando-se para o que
se deve descontinuar ou aprimorar.
Logo, administrar é entrar em sintonia, o negócio deve fluir de tal forma que os
ajustes nos processos ocorram normalmente diminuindo a complexidade.
Segundo Molinaro (2016) os líderes são responsáveis por todos os tipos de deci-
sões, quais fornecedores usar, quais parcerias firmar, o que investir, como negociar com
os clientes e assim por diante. São escolhas e estas têm como finalidade a eficácia da
correta aplicação dos recursos disponíveis, seja ele monetário ou intelectual, colocando
em prática as estratégias.

3 LIDERANÇA
O conceito de liderança conforme Peter Drucker apud Furlan (2015, p.34) “ é
levantar a visão das pessoas a níveis elevados, é aumentar o desempenho das pessoas
para um padrão mais elevado, é a construção de uma personalidade além de suas limita-
ções.” Furlan (2015) defende ainda que a Liderança é um meio para atingir resultados.”
Aprofundando mais na definição, Maximiano (2017, p. 272) conceitua a lideran-
ça em:
Função, papel, tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa precisa de-
sempenhar quando é responsável pelo desempenho de um grupo. Algumas
pessoas demonstram mais competência e algumas são mais motivadas que
outras para desempenhar o papel de líder […]. Competências e motivações
são dois focos principais no estudo da liderança.

Na liderança exige-se o entendimento sobre as pessoas, ou seja, o líder deve co-


nhecer cada membro da sua equipe e assim motivá-los para que percorram no caminho
certo.
É ele que irá propagar a missão, os valores e a visão que a empresa defende, é
ele também quem vai fortalecer a cultura da organização. Questões negativas o acom-
panham também, cabe ao mesmo identificar as oportunidades e se preparar para as
ameaças, pois ao longo da história líderes tiveram a oportunidade de vivenciar as mu-
danças necessárias para adequarem-se a realidade do momento vivido, lidando com a
dinamicidade e suas particularidades.
Nesse sentido, surge a necessidade do líder se reestruturar. Assim, MOLINARO
(2016, p.19-20, grifo nosso) defende que:
o que funcionou no passado não vai funcionar no futuro. Como líder, você
precisará:
Alinhar e engajar. Você precisa conhecer a estratégia da sua empresa e o seu
papel na execução dessa estratégia. Você deve alinhar e engajar os funcioná-
rios para que eles possam executar a estratégia com eficácia, de maneira a
entregar, efetivamente, valor aos clientes, aos acionistas e a sociedade.
Ver a empresa como um todo. Você deve definir o sucesso tendo em vista a
empresa. Isso significa que você terá de colaborar derrubando barreiras e
fazendo o melhor para os clientes e para a organização como um todo. Todos
os lideres de sua organização devem ter em comum essa mentalidade de
“uma única empresa”.
Construir relacionamentos. No nosso mundo interconectado e interdepen-
dente, os relacionamentos são mais importantes do que nunca. Você precisa
dedicar um tempo para conhecer os seus stakeholders internos e externos.
Também deve construir relacionamentos fundamentados em confiança e
transparência.
Dominar a incerteza. O ambiente de negócios cada vez mais complexo nos
dias de hoje cria uma serie de situações difíceis e arriscadas. O seu papel na
liderança é focar a organização e ajudar os funcionários a lidar com a incerte-
za e o estresse a um ambiente como esse.
Desenvolver outros lideres. Você deve deixar, como um legado, uma sólida
base de liderança na sua organização, um legado que transcende o seu papel
individual. Você precisa fortalecer os seus lideres para que eles possam forta-
lecer a organização.
Servir como um exemplo dos valores. Você não pode se concentrar apenas
nos seus próprios interesses pessoais ou nas metas da sua equipe. A visão, os
valores e as metas da organização são mais importantes do que o ego e o inte-
resse pessoal. Isso implica equilibrar a autoconfiança com a humildade. Você
precisa também elevar os padrões para si mesmo porque a mediocridade na
liderança não é aceitável. Nunca foi.

Fica claro que os líderes precisam repensar o modo como lideram, analisar se as
ações condizem com as necessidades da empresa e com as práticas da atualidade e se a
visão está em sincronia com as da empresa. Logo, o líder se responsabiliza pelas suas
ações.
Contudo, ainda segundo o mesmo autor, a liderança é um contrato pessoal e em
meio ao que foi exposto, enfatiza-se que a liderança é uma decisão; é uma obrigação; é
um trabalho árduo; é uma comunidade. É construção.
Além dos estilos e modelos de liderança baseados no comportamento do líder
em relação aos liderados, ou seja, o democrático, o autocrático e o liberal; o primeiro
relacionado à pessoas, e importa-se em dar feedbacks e na delegação de autoridade; o
segundo com ênfase nas tarefas e o último caracteriza-se por certa liberdade que o gru-
po detém, deixa-o bem a vontade para tomar suas próprias decisões. Maximiano (2017)
cita algumas teorias da liderança: como a liderança situacional desenvolvida por Paul
Hersey e Ken Blanchard; liderança transacional; liderança transformacional; e liderança
servidora. O quadro abaixo mostra algumas características dessas abordagens.

4 DESAFIOS DA LIDERANÇA
É indiscutível que o processo de construção requer constantes adaptações, im-
plementações e muita resiliência. Acompanhar o ambiente organizacional requer uma
visão holística trabalhada na identificação das forças, das fraquezas, das oportunidades e
ameaças que o macro e o micro-ambiente oferecem, quentão fundamental para que a
empresa se perpetue.
Outra preocupação constante é que tais ambientes sofrem interferências frequen-
temente, e o desempenho organizacional oscila conforme as decisões vão sendo toma-
das. “Um líder responsável demonstra uma predisposição a fazer o trabalho mais impor-
tante na organização. Ele se compromete plenamente em ajudar a organização a avan-
çar”. (Molinaro 2016, p. 62).
Ainda assim, o líder também preocupa-se com a sociedade e o meio ambiente,
ele também conduzirá a empresa através de iniciativas agregando valor e vantagem
competitiva, e a assim os clientes e consumidores passarão a ter um olhar diferenciado
para organizações que visam a sustentabilidade além de todas as questões defendidas
nos dias de hoje.
Frente a tudo isso a organização enfrenta diversos desafios, pois é na execução
do plano que as lacunas aparecerão, e estas devem ser preenchidas de acordo com suas
particularidades. O líder deve ter a capacidade de interpretar e realizar o que for melhor
para a organização. Nessa perspectiva, na medida que o ambiente evolui deve surgir a
rápida capacidade adaptativa dos gestores e “ descobrir exatamente quais são as impli-
cações da liderança, porque, a cada momento decisivo, a pressão aumenta muito”. Mo-
linaro (2016, p. 81).

5 A INFLUÊNCIA DO LÍDER NA RELAÇÃO ENTRE LIDERANÇA E MOTI-


VAÇÃO
Como tudo muda muito rápido, constantemente o líder precisa conhecer o que é
ou não importante. Para tanto, é necessário uma comunicação eficaz e objetiva sendo
que os envolvidos sigam o mesmo raciocínio na consecução dos objetivos prepostos.
Assim, líder e liderados estarão numa mesma sintonia possibilitando que as atividades
sejam realizadas com êxito.
No entanto, motivar pessoas requer autenticidade. Para isso, o líder precisa ser
empático, humano, compreender que pessoas não são máquinas e cada uma tem seu
modo de ser, agir e reagir. As pessoas deve sentir a necessidade de “fazer parte” saber
que estão sendo direcionadas para que não se percam no meio do caminho.
Por conseguinte, o líder motivador mostra o que se deseja alcançar, como farão
isso e quando conseguir deve-se comemorar. Isso é importante porque ao “ comemorar
vitórias imediatas ao longo do caminho, além de estimular as pessoas a agir, faz toda a
diferença para minimizar a pressão de alcançar grandes resultados.” (Furlan, 2015 p.
66).
Essa sinergia proporciona aos membros do time o sentimento de confiança e o
mais importante, acreditar no comandante e saber que ele é um aliado e capaz. Furlan
(2015).
Ter autocontrole de suas emoções, também conta para um ambiente equilibrado
e harmonioso. Ao lidar com pessoas requer a compreensão de diversos mundos, ideias e
conflitos. Precisa também se agarrar à perspectivas positivas, perpassar os cenários de
complexidades. “Compreender melhor o outro, vai conseguir turbinar ativamente sua
inteligência emocional para mobilizar as pessoas mais rapidamente, acelerando mais sua
performance.” Furlan (2015, p. 83).
Além disso, o nível de maturidade emocional do líder garante correto direcio-
namento das suas competências conseguindo identificar quando avaliar a motivação e a
autoconfiança, saber em qual momento deve “ora para dar mais apoio, ora para ser mais
diretivo, conforme o nível de desenvolvimento de cada membro da equipe.” Furlan
(2015, p. 94).
Sobre a influência, esta é “ a parte do processo de liderança, já que para liderar
também é necessário que o líder tenha a habilidade de “enxergar”, ou seja, de criar visão
em si, bem como de “comunicar” esta visão ao time, gerando engajamento e senso de
urgência.” Furlan (2015, p. 135).

6 A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE
Os objetivos de uma organização jamais poderão ser atingidos por intermedio de
uma só pessoa. Um trabalho em grupo envolve parceria e confiança, pois trabalha-se
em conjunto. “As equipes, no entanto, demandam uma liderança, alguém capaz de con-
duzir ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas em dire-
ção a um ou mais objetivos.” Barcaui (2017, p. 131).
A equipe é contagiada e influenciada através de seu líder, ela consegue identifi-
car a transparência, o engajamento, o alto-desenvolvimento e autenticidade. Nesse
caso, o líder torna-se aquela pessoa que resolverá qualquer tipo de problema, pois é a
ele que se recorre quando a equipe não consegue resolvê-los. A confiança, então, torna-
se fundamental para firmar parceria.
Nesse caso, explorar as formas de interação é fundamental para fidelizar as rela-
ções, Barcaui (2017), defende que o líder é mais democrático quando mostra a impor-
tância do trabalho em equipe, dar a devida atenção ao liderado importando-se com suas
opiniões.
Com relação a uma equipe de alta performance o mesmo autor defende ainda
que:
não nasce ao acaso e não podemos esperar que tenha um excelente desempe-
nho assim que é formada. Qualquer time leva algum tempo para ganhar con-
sistência e afinidade. Esse tempo depende de diversos fatores, tais como: a
maturidade de cada membro, seu reconhecimento e capacidade, atitude e
vontade, personalidade, tempo de relacionamento entre os membros e experi-
ências anteriores de trabalho, entre outros. (BARCAUI, 2017 p.140).

Isso dependerá da forma como o líder conduzirá seu time, ele pode tanto ser po-
sitivo quanto negativo. E nesse ultimo caso, ocasiona a retração, falta de interesse e
desmotivação.
Um líder alegre e carismático consegue deixar o ambiente com boas energias,
propaga harmonia, paixão pelo que faz e promove a autoconfiança. A princípio, vale
muito a pena que o líder juntamente com seu “time e organização invistam muito tempo
e recursos na criação de um ambiente de trabalho com alto grau de confiança. É isso que
vai aumentar a agilidade do grupo para se adaptar rapidamente ao lidar com desafios
inesperados.” Furlan (2015, p. 108).
No mais, a equipe e seu líder só terão um relacionamento sólido se derem impor-
tância ao feedback. O líder, sempre que possível, deve pedir Feedback. Logo, ao expor
uma nova visão, será interessante reforçar o que se comunicou. Furlan (2015).

7 PAPEL DO LÍDER NA ATUALIDADE


Outra questão bastante discutida nos dias de hoje, é a busca da alta performance.
Essa alta performance irá direcionar o líder na manutenção do equilíbrio necessário, na
contínua melhoria de suas habilidades potencializando também sua visão de mundo.
Ademais, são várias as características envolvidas na atuação de um líder con-
forme mostra a figura a seguir:
Figura 2: As características do líder.
Elaborada pela autora

O líder se preocupa com as mudanças e seus impactos na organização; tem um


olhar diferenciado para mantê-la competitiva; encontra meios pra evidenciar a empresa
por meio de ferramentas e metodologias eficazes. Conforme Molinaro (2016, p. 225)
“hoje em dia, espera-se mais dos líderes. A pressão e a avaliação que os líderes enfren-
tam podem ser intensos.” Desse modo, precisamos que a liderança de todas as organiza-
ções seja o mais forte possível.
Furlam defende que “as pessoas estão sempre olhando para o líder em busca de
um exemplo a ser seguido, querem ter contato com o líder e, caso isso seja negado por
ele, a própria influência do líder poder sofrer uma redução.” Por isso a importância de
compreender e lidar com todas as questões do seu time compartilhando as percepções.
Já Chiavenato (2004) sumariza que a liderança é basicamente uma espécie de
poder pessoal e isso ocorre através da influência de uma pessoa sobre as outras.
Todavia, também faz parte do papel do líder potencializar suas funções em con-
junto com o que o mundo digital oferece. Isso porque a tecnologia surgiu a todo vapor
trazendo consigo novas concepções, incertezas, mudando paradigmas e reinventando o
contexto das organizações.
Não obstante, “as organizações precisam de líderes capazes de ver a situação
como um todo, saber o que precisam fazer nas próprias divisões e unidades de negócios
e trabalhar cruzando fronteiras organizacionais.” Molinaro (2016, p. 219).
Foi a partir da globalização, no decorrer dos últimos anos que diversas ferramen-
tas tecnológicas foram criadas facilitando o trabalho do gestor. Este, por sua vez, deve
atualizar-se, buscar conhecimentos e se aprofundar nas demais áreas do conhecimento
pertinente a seu campo de atuação, pois tudo esta interligado e conectado numa grande
dimensão.
Além disso, as organizações tomam decisões o tempo todo e a tecnologia como
sua aliada garantirá vantagens competitivas e consequentemente sua continuidade.
Modernizar requer quebras de paradigmas, resistência a mudanças e muitos co-
laboradores não estão preparados para o novo. Nesse caso, cabe ao líder usar de boas
artimanhas e convencê-los que mudar é preciso e digitalizar-se é sobrevivência. Assim,
utilizar as ferramentas e indicadores de desempenho sempre que necessário para anteci-
par-se aos gargalos, avaliar a situação atual da empresa para uma tomada de decisão
mais assertiva, estudar as variáveis relacionadas ao contexto organizacional.
Os sistemas de informação asseguram sim, apoio às operações e a gestão, são
grandes aliados no alcance dos objetivos. E desse modo, deve-se garantir o bom anda-
mento do processo de comunicação.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo apontou que a empresa pra ser competitiva possui estratégias de sobre-
vivência. Para tanto, o líder deve conhecer a realidade da empresa, lidar com os clien-
tes, stakeholders e primordialmente saber conduzir sua equipe, pois esta o enxerga
como ponto de apoio.
Para compreender os aspectos sobre a liderança reconheceu-se a literatura exis-
tente com a finalidade de apresentar um estudo rico embasado em informações com
preocupações da atualidade.
Logo, identificou-se que os líderes criam uma alta expectativa, e assim deve
buscar tanto o autoconhecimento quanto o autodesenvolvimento, objetivando uma visão
holística e adaptava, e assim estará mais capacitado em enfrentar e corrigir as falhas no
momento oportuno.
Entende-se que o processo de liderança está relacionado com a motivação e a
capacidade de influência. O líder deve ser empático e ter autocontrole de suas emoções.
Lidar com pessoas requer a compreensão de um universo de ideias e conflitos. Na visão
macro, por exemplo, os líderes são construtores e conduzem a organização seguir adian-
te. Juntos conseguem perpassar cenários de complexidades adotando medidas eficientes,
mantendo a alta performance.
Busca-se, então, a adaptabilidade, foco na competitividade, alavancagem na ob-
tenção dos lucros e na criação de valor. O líder eficaz é aquele que compartilha sua vi-
são, mostra como alcançar as metas, envolve e ouve sua equipe, influencia, inspira, e
consegue motivá-la.
Espera-se, ainda, que este artigo possa servir de apoio a futuras pesquisas, aos
acadêmicos, estudiosos e interessados em compreender e refletir sobre o tema abordado.

REFERÊNCIAS
BARCAUI, Andre B. Fundamentos técnicos da Administração. São Paulo: Editora
Senac, 2017.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de novos tempos. Rio de Janeiro: Campus,


2004.

FURLAN, João Marcelo. FLAPS!: 6 passos para acelerar resultados e decolar sua car-
reira com a Liderança AdaptÁgil. Sao Paulo: DVS Editora, 2015

MAXIMIANO, Antonio C. Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução ur-


bana à revolução digital. 8ª ed. Sao Paulo: Atlas, 2017.

MOLINARO, Vince. Liderança é um contrato: as cláusulas essenciais para ser um


líder legítimo. São Paulo: Primavera Editorial, 2016.

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