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ERIDU

Eridu é considerada lugar de criação. Através de mitos a história do mundo mesopotâmio é


contada e a cidade acatada como um lugar sagrado. Eridu, a primeira cidade, formada a
partir de cabanas de junco que eram cobertas de lama pelos deuses. Os deuses teriam
passado a residir na terra, por esse motivo as cidades da Mesopotâmia são consideradas
sagradas.

Com início das escavações arqueológicas o que foi dito de Eridu em fontes antigas foram
reafirmadas e negadas. As primeiras escavações foram patrocinada pelo Museu Britânico
com o intuito de preencher museus ocidentais de artefatos a fim de enaltecer as potências
imperiais do século XIX. O monte de Eridu, Abu Shahrein foi negligenciado pois tudo o que
encontrado por lá teria sido apenas um cômoro de adobe

Em 1946 a diretoria geral de antiguidades iraque escolheu Abu Shahrein para o primeiro
projeto de escavação de longa escala. Esse sítio desempenho um papel importante da
afirmação na história local, autodeterminação política e a promoção de um sentimento de
identidade.

No processo de escavação, arqueólogos se depararam com 18 níveis de ocupação. Esses


níveis continham templos que tinham sido construído nos mesmos locais durante centenas
de anos, cada um maior que o antecessor. a reputação de eridu como primeiro santuário foi
justificada por essa sequência arqueológica.

Na segunda fase do processo de escavação (1947-48), um cemitério foi descoberto. A partir


da forma como eram enterrados subtende-se algumas práticas sociais. Comumente,
homem, mulher e uma criança demonstram a prevalência da monogamia; objetos deixados
nos túmulos, crenças fúnebres e também supõe-se que as pessoas enterradas em Eridu
eram especiais.

Na economia, Eridu mostrava uma auto suficiência. Recursos do pântano, da Laguna e a


água abundante favorecia a criação de gado e porco. Eridu não era uma cidade vista por
sua vasta população ou desempenho econômico. Era uma cidade onde os deuses estavam
mais próximos, onde as pessoas enterravam seus familiares.

O Éden mesopotâmio, caiu no esquecimento. Somente o cômoro central estava em uso. No


Primeiro Dinástico II, um governador construiu um grande palácio e o lugar voltou a ser
importante. Porém, por negligência Eridu deteriorou-se.

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