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A PSICOLOGIA DOS PSICOLOGOS E A PSICOLOGIA DOS EDUCADORES* Marilia Gouvea de Miranda da UFGO e Universidade Catdlica de Goias Enquanto olhamos a meia-lua, como poderlamos néo sentir quo ola esté integrada na rotundidade da lua inteira? Dos dois lados, a realidade nos 6 dada em dobro, @ a0 mesmo tempo ela nos esca- pa totalmente, (Lou Andreas-Salomé) Posto dessa forma, esse tema sugere uma provoca- tiva indagagao: hé'uma psicologia dos psicdlogos © uma psicologia dos educadores? Se a questo pre- tende se referir & existéncia de mais que uma instan- cia de produgao de conhecimento psicolégico, a res- posta 56 poderia ser néo. Nao hé mais do que uma Psicologia, ainda que essa Unica psicologia se cons- titua como uma multipicidade de teorias, paradigmas, areas @ técnicas. A Psicologia nao pode ser desdo- brada, portanto, em uma psicologia dos psicélogos © uma psicologia dos educadores. Pode-se ampliar a provocagao contida no tema especular sobre as possibilidades de existéncia de uma sociologia dos sociélogos © uma sociologia dos educadores, de uma flosofia dos filésofos © uma fi- losofia dos educadores, de uma histéria dos historia- dores 0 uma histéria dos educadores, de uma biologia dos bidlogos © uma biologia dos educadores! Estou certa de que todos seriam undnimes em concordar Federal do Golds, realizado em 25,03, 1992. Cad, Pesq,, Sao Paulo, n.83, p.71-74, nov. 1992 que, a despeito de suas respectivas multiplicidades, ‘estamos falando de Sociologia, Filosofia, Histéria, Bio- logia. Todos esses campos especifices, incluindo a Psi- cologia, constituem disciplinas fundamentais na for- magao do educador, passando a ser designadas como Psicologia da Educacio, Sociologia da Educa- do, Filosofia da Educagao, Histéria da Educagao, Biologia da Educagao, Economia da Educagao. Nas universidades estabelece-se uma acirada disputa para definit a quem pertence, do ponto de vista ins- titucional, 0 monopélio dessas disciplinas: quem deve ensinar, por exemplo, Psicologia da Educago? O psicbiogo que pertence ao corpo de professores liga- do ao Curso de Psicologia ou 0 psicélogo que per- tence ao corpo de professores ligado ao Curso de Pe- dagogia? Esse problema sé pode ser compreendido na perspectiva de uma discuss da natureza dessa dis- Ciplina chamada de Psicoiogia da Educagéo. Nem tanto para ciscutir, do ponto de vista institucional, onde deve se localizar o psicblogo interessado em in: vestigar as quesiées educacionais — mesmo porque essa discusséio passa por outras referéncias, como, por exemplo, a concepgao de universidade que esta em causa — mas para pensar os intrincados proble- mas contidos em sua delimitagao. Texto slaborado para a prova didética do concurso péblico para Professor Titdar em Psicologia da Educagio na Universidade 7 A Psicologia dos psicdlogos No final da década de 70, Hilton Japiassu (1979) afir mava que a Psicologia era algo importante demais para ficar entregue nas maos dos psicblogos. Treze anos depois, ao discutir se a Psicologia deve ficar nas mos dos psicdlogos ou nas méos dos educadores, questiono se avangamos muito. Afinal, da discussa0 da especializagao passamos a discussao da sub-0s- pecializagao. Se, antes, estava em questo a frag- mentagao do homem enquanto objeto de conhecimen- to om varias dimensées @ a maneira pela qual os ps célogos estavam levando a cabo a parte que Ihes, ‘coubs nesse laliftindio epistemolégico, hoje estamos discutindo nao sé a fragmentacao original, mas as su- cessivas fragmentagées desse terreno, em especial aquela que seria fundante de uma Psicologia da Edu- cago. Com isso estou querendo afirmar que, se an- tes j se considerava problematica @ delimitagao de um campo préprio da Psicologia no conjunto dos co- nhecimentos cientificos @ floséticos sobre o homem, torna-se ainda mais dificil pensar a diviséo da Psico- logia em diferentes subpsicologias, como é 0 caso da proposi¢ao de uma Psicologia da Educacao. A historia da Psicologia revela que esta ciéncia se consfituiu quase sempre numa relagdo muito mais préxima da educacao do que normalmente se im na. Ora, a Psicologia moderna, como sabemos, surge a0 se emancipar da Filosofia, trazendo para si o mes- imo ideal de cientificidade disposto pelas ciéncias fisi cas. Como afirma Habermas (1982, p.90): *O Gnico ‘ago filoséfico do positivismo 6 a necessidade de imu- nizar as ciéncias contra a flosofia’. ‘Ao s@ constituir enquanto ciéncia positiva, a Psi- cologia supunha haver abandonado todas aquelas questées metafisicas com as quais os filésofos vi- ham se confrontando inutlmente ha séculos, como as relagdes mente © corpo, homem @ natureza, bio- l6gico @ social, interno © oxterno, particularidade e Universalidade. "A auséncia dessos rosiduos metafisi cos deveria ser um traco das novas ciéncias que pas- saram a se constituir a partir do final do século pas- sado. Historicamente, nessa 6poca, ia se consolidan- do um intoresse que se revelaria dominante nesse sé- culo, qual seja, 0 de conhecer © homem em sua di mensdo mais individual. As promessas liberais de uma vida mais livre @ promissora para todos nao se eletivaram ao longo do século XIX: ao contratio, con- vivia-se com rebelides @ revoltas. Por que © mundo ‘no se revelava melhor para todos? Havia uma su- gestéo de que so deveria promover uma reorganiza- G40 moral @ intelectual adequada @ nova ordem: o individuos deveriam ser educados. A sociedade era vista como um todo biolégico e social, “uma forma su- perior, aperfeigoada, da histéria social" (Ianni, 1988, P21)". Era, portant, necessério investigar os proces. S05 que permitriam a participagéo dos individuos na consolidacdo da organicidade desse todo: ordem e progresso. Nesse contoxto de construgéo do “novo 72 homem” estavam se consolidando os sistemas nacio- nais de ensino, permitindo que a educagéo passasse a se destinar a5 massas. A Psicologia surge, originariamente, com os estu- dos dos alienados, dos loucos, dos que ndo tém lugar nesse mundo, dos que desafiam a organicidade do todo social. Mas logo vai se firmando também como lum estudo positivo dos comportamentos normais. \Vao se consolidando os estudos experimentais. dos comportamentos individuais, as tentalivas de estabe- lecer escalas métricas de avaliagéo, os primeiros es- tudos genéticos. Numa perspectiva mais ampla de compreender como 0 individuo 6 ou como se constitui, asta pre- sente uma preocupagéo com a educagdo, com a con- formago de uma sociedade melhor pela reorganiza- G0 intelectual © moral dos individuos. Enfatizam-so Go os aspectos coletivos humanos, mas sua dimen- 's40 mais particular, mais privada, de um ser que apa- rece cada vez mais isolado © atomizado. Analisando a emergéncia da Psicologia cientifica no Brasil, Mitsuko Antunes (no prelo)? constata que, a par dos primeiros estudos ligados & Medicina (Psi- copatologia) no século XIX, “a grande contribuicéo vom, porém, da Educacao, om quo esta se toma o principal meio de difusdo da Psicologia, especialmente No que se refere ao pensamento escolanovista no pals, 0 qual tem na ciéncia psicolégica um de seus mais importantes fundamentos. Varios laboratérios de Psicologia foram criados em instituigbes educacionais, como por exemplo os laboratérios do Pedagogiun?, da Escola Normal de Sao Paulo e da Escola de Aper- feigoamento Pedagégico de Belo Horizonte, fontes de indmeras pesquisas na rea da Psicologia. Vincula- das a isso, as escolas normais, por suas cétedras de Psicologia ou Pedagogia, tornaram-se importantes meios de difusdo do conhacimento psicolégico, assim ‘como contribuiram para torné-lo instrumento da ago pedagégica: nese campo vale citar os trabalhos de ‘Sampaio Déria, Manoet Bomfim © Lourengo Filho’. Essa referéncia aos desdobramentos da Psicolo- gia no Brasil a partir da década de 20 permite evi- denciar como sua histéria se confunde com a histéria da educagao. Com isto, estou querendo afirmar que a Psicologia j4 se constituiu no Brasil como *Psicolo- gia da Educagao’ 1 “Al, 0 Estado dave sor fone, drigente, para que as divers ddados @ iqualdades entre grupos, classes, regiées, naciona. Fdados tc, nfo afotem a harmonia @ 0 funcionamento do todo. © progresso econémico, industval,capitalista, dapende da ordom, harmonia, entre uns @ outros" (lanni, 1983, p.21), 2 Ver ainda Mitsuko Antunes (1981). 3 Fundado no Rio de Janeiro em 1890 para sor ‘um centro propulsor das reformas @ melhoramentos” da educagio na: ional, © Pedagogium funcionou como museu pedagégico até 1897, quando passou a atvar como cerivo de cultura superior aberto a0 piblico, até sor oxtinto em 1919. Em 1908, fol al instalado um laboratério de Psicologia Experimontal, di sido por Manuel Bonfim (Penna, 1986, p.7-8) Cad. Pesq. 1.83, nov. 1992 Poderia ser afirmado, como sabiamonte 0 foz Freud acerca da Psicologia como psicologia social‘, que toda psicologia 6 psicologia da educagéo? Num sentido muito amplo, mais procisamente nessa pers- jectiva de compreensao da Psicologia como psicolo- gia_social, na medida em que esté em causa a re- ago do individuo com a sociedade @ seus processos, pode-se_supor que em toda psicologia esta em causa uma compreenséo de educacao, porquanto esta se constitui como prética social que se efetiva enquanto mediagao da relacao do individuo com a sociedade. Basta ler com atencdo 0s precursores da Psicologia classica para encontrar neles as ressonancias dessa sintonia com 0 mundo e suas questées mais premen- es naquele momento: Wundt, Herbart, Baldwin, James, Mead, Dewey, Thorndike, Watson, Kohler, Koftka, Wertheimer, Freud, Ribot, Bovet, Janet, Binet, Skinner, Claparéde otc. Nao so esta afirmando quo 05 psicélogos estivessem especialmente preocupados ‘em pensar 0 individuo em sua relagéo com a socie- dado; o que esta sendo sugerido 6 que, de uma forma ou de outra, a maneira como essa relagéo era por eles apreendida esta indicada em suas teorias, Um dos modos pelos quais a ressonancia da teo- ria psicolégica com relagao ao conjunto das relagdes sociais se explicita nos textos dos psicblogos é na de- finigao epistemolégica de sou objeto 6 do processo pelo qual o conhecimento desse objeto se efetiva. Esta se falando, portanto, da constituigéo da relacao sujeito-objeto no seio dessas teorias. Com 0 proceso de autonomizagao das ciéncias, ‘a ingeréncia do positivismo marca o fim da teoria do conhecimento ou, dito de outro modo, a conversao da teoria do conhecimento om teoria da ciéncia. O su- jeito cognoscente desaparece sob uma pseudo-obje- tividade cientifcista ou 6 transformado em sujeito em- pirico @, como tal, abstrato. Mascara-se, dessa for- ma, a presenga do homem na construgo de sua realidade objetiva. O homem nao & mais pensado na dimensao de quem concebe, constréi e conhece o mundo. Para o objetivismo que orienta a apraenséo dos fatos nas ciéncias socials, nao faz sentido per- {untar pelo proceso do conhacimento, pois 0 sujeito Gognoscente jé néo estaria noles. E nessa porspoc- tiva que Habermas (1982, p.91) afirmard que “o sen- {ido préprio do conhecimento tora-se irracional, © isso em nome do conhecimento exalo”. ‘A questo do conhecimento, reduzida agora a sua expresso individual, foi convertida em objeto da Psi- cologia: cabe a essa nova ciéncia investigar as con- diges de cognoscbilidade no individuo, além das questées morais © afetivas, compreendidas também em suas manifestagies individuals *Foi essa, portanto, a via pela qual a Psicologia retirou da Filosofia (ou ‘herdou, segundo a interpreta- ‘940 positivista) 0 problema da explicago dos proces- 0s do conhecimento. A vertente positvista que fun- damentou 0 surgimento da Psicologia do desenvohi- mento tove sua orientagao definida pola doutrina evo- lucionista (..) © ato do conhecimento empitico de- veria ser compreendido como proceso (...) Toda a problomatica ficaria reduzida a essa questo adapta- tiva, © a Psicologia do conhecimento seria concebida A psicologia dos psicélogos predominantemente como Psicologia do desenvohi- mento do conhecimento da crianga’ (Miranda, 1991 p.133). Também na perspectiva de uma psicologia nao genética, desenvolveu-se o.estudo dos processos de aquisigéo do conhecimento, sob a forma de teorias de aprendizagem, om especial na teoria da Gestalt @ na teotia associacionista. Na origem da consiituigéio da Psicologia verifica- se, portanto, de um lado, como ocorreu com as de- mais ciéncias humanas, sua consolidagao como cién- cia objetivista que mascara a existéncia do sujeito cognoscente @, de outro, como uma dimenséo part- cular, a definigéo da questéo do conhecimento indivi- dual como seu objeto, Esta questo, ainda que de dificil compreensao, 6 importante para evidenciar como, predominantemet te, na conformago de seu objeto ou na definigao da relaco sujeito-objeto, a Psicologia ja havia disposto, fundamentalmente, as condigdes que fariam com que nao apenas a definigao de seu objeto — o individuo alomizado — mas a propria concepc&o do processo pelo qual a compreensao desse objeto seria realizada distanciavam essa Psicologia de uma compreensdo articulada da relagao do individuo com a sociedade. Em nome disso, t8m sido foitas tontativas de pro- mover uma espécie de sociologizagao de algumas verientes da Psicologia classica, como tem ocorrido, por exemplo, na Psicologia Cognitiva, em que se tem buscado dar a teoria piagetiana uma dimenséo mais, cultural ou social. Ocorre que a compreenséo mais, ‘ou menos social do individuo é posta na propria de- finigdo epistemolégica do objeto da Psicologia. A Psi- cologia certamente tem de se ocupar do individuo. Mas a dimensdo social que esse individuo tem precisa estar contemplada na prépria compreensao de indivi- duo. Nao se trata, portanto, de fazer sociologismo no terreno da Psicologia. A fecundidade da Psicologia enquanto ciéncia revela-se quando esta se torna ca- paz de desvelar no individuo sua dimensao mais par- ticular e mais universal, a partir de seus fundamentos. A Psicologia dos educadores Muitos argumentos a favor de uma psicologia dos educadores referem-se a uma suposta espocificidade do objeto tomado pela Psicologia ao se confrontar com as questdes da educago: a Psicologia deve par- tir das questées educacionais, tomando-as como ob- jeto de investigacao, analisando-as na perspectiva dos contetidos @ métodos psicolégicos, tendo como pers- pectiva 0 retorno ao ponto de parlida que 6, afinal, a pratica educativa. Essa sugestéo encontra-se, por exemplo, em Dermeval Saviani (1990, p.5): “Para su- 4 "Na vida animica individual, aparece intogrado sempre efet: vamente 0 ‘out’, como modelo, objeto, auxiiar ou adversé fio, @ dessa modo a psicologia individual 6, ao mesmo tempo «@ desde um principio, psicologia social, em um sentido am- plo, porém plenamenie jusificado” (Freud 1981, p.2563). A {580 respeito, ver também a intoressante andlise de Adomo (1966, p.110-7) 5 Cf, Miian Warde (1990, p.28). perar essas flutuagbes © propiciar & consciéncia pe- dagégica a redescoberta de seu objeto, faz-se neces- saria a intervengao da Filosofia. (...) 08 pedagogos ‘no se dao conta de que estdo deslocando 0 eixo de preocupagao da Educagao para a Psicologia ou a So- Ciologia ete, reduzindo-se a educagdo a um mero Ponto de passagem. Cumpre restabelecer o primado do problema, recolocando a educagao no centro de nossas cogitagdes, isto 6, como ponto de pariida e como ponto de chegada das teorizagées © praticas Pedagégicas". Esse enfoque dado por Saviani é mui- to importante no sentido de alertar todos aqueles que se debrugam sobre as quesides da educagao, para que permanegam atentos, em suas andlises, as ques- tes da Educago, em sua multiplcidade e totalidade, @ no fagam dela mera area de aplicagao de ref renciagao.prética para suas teorias. Mas isso nao justiica — @ essa sugestio nao pode ser identificada no texto de Saviani — a proposigéio de uma Psicolo- gia especitica, nos moldes do uma Psicologia da Edu- Cagéo distinta da Psicologia, ou uma ‘psicologia dos educadores”. Nesse caso, estar-se-ia partindo do principio de que 0 reconhecimento do objato em sua complexida- de e muliplicidade de relagées transforma a natureza do conhecimento que sobre ele seré produzido pela Psicologia. Ocorre que essa Psicologia chamada a participar j& contém suas proprias definicbes concei- tuais, metodolégicas, epistemolégicas, como foi discu- tido acima. Corre-se 0 risco, assim, ‘de propor como original, no ambito do conhecimento pedagégico, uma andlise que contém os problemas da consiituigo do conhecimento psicolégico, que tanto se pretendeu evitar. Mas, pode-se indagar, no haveria um conjunto de produg6es psicolégicas mais especificamente de- votado &s questées educacionais, a ponto de justificar ‘sua definigéo como Psicologia educacional? Seria possivel dizer, por exemplo, que Freud estava menos reocupado com essas questies do que Piaget? De certa forma sim, mas, por outro lado, hé em Freud tantas @ inexploradas sugest6es que nem sempre fo- ram reconhecidas pelos educadores! Quando defini- mos os limites do que 6 @ do que néo 6 Psicologia da Educagdo, estamos sompro, em favor de determi- nados critérios adotados, arbitrando um recorte parti cular especifico, com relagdo & Psicologia como um todo. Estabelecer um recorte na Psicologia 56 se justi- fica, portanto, por razées institucionais ou sistemati- cas, para facilitar a identificagao desse recorte espe- cifico (definido pela ementa, pelo professor ou pelo manual) como fazemos, por exemplo, ao designar uma disciplina como Psicologia da Educagéo. Mas propor a autonomizagao da Psicologia da Educagao, ‘como querem alguns, j& seria um exagero, porque desprovido de fundamento objetivo. Com referéncia & indagagao contida no tema pro- posto, pode-se afirmar, portanto, que néo hé nada que fundamente, tanto do ponto de vista hist6rico, quanto do ponto de vista epistemolégico, 0 suposto de uma ‘psicologia dos educadores” autonomizada com telagao & “psicologia dos psicélogos”. Falar em Psicologia da Educac&o como efetivamente fazemos justifica-se por uma conveniéncia de ordem pratica Mais que isso 6 pura inveng&o, ou melhor, & algo © terior ao préprio processo de constituigao da Psicolo- gia, da Educagao e de suas relacées. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ADORNO, Theodor. Sociolégica, Made : Taurus, 1966. Cap. .101-17: La revision dal psicoandiss, ANTUNES, Mitsuko AM. A constiuigéo da Psicologia no Brasi porspectiva histérica. Cadernos eo Consaiho Regional de Paicologia, Sé0 Paulo (no pro). proceso de autonomizagao da Psicologia no Bra- ‘st 1880-1930, So Pavio, 1991. Tese (doutor) PUC-SP. FREUD, Sigmund. Psicologia de las masas y andisis dal yo In: OBRAS completas. Madi : Nuova, 1981. HABERMAS, Jorgen, Conhecimento @ intaresse, Rio do Ja rneio : Zahar, 1962, IANNI, Octavio. “A Sociologia @ 0 mundo modemo, So Paulo EDUC, 1988, JAPIASSU, Hiton. A Psicolgia dos psicslogos. Rio de Janeiro Imago, 1978, MIRANDA, Mariia G. azo @ adaptado: um estudo da epis- tomologia genética de Jean Piaget Séo Paulo, 1991. Tose (Goutor) PUC-SP. PENNA, Antonio G. Histéria da Psicologia: apontamentos sobre ‘at fontes © sobro algumas das figuras mais oxprossivas da Psicologia na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro SOP; CPGP, 1988, ‘SAVIANI, Dermeval.Contibuigbes da Filosofia para a Educa. go. Em Aberto, Braslia, v9, n.45, janimar. 1990. WARDE, Miran J. A favor da Educagéo, contra a postvacéo ‘da Filosofia, £m Abort, Braslia, v9, 1.45, janvmar. 1990. 74 Cad, Pesq. 7.83, nov. 1992

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