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3. Gostei bastante do site, mas ficaria melhor se você colocassem doutrinas dos
caboclos Dona Mariana, Herondina, Jarina, Jurema etc... A historia desses caboclos e de
onde eles vieram.
Gostaríamos que você nos esclarecesse sobre o que estaria querendo dizer
com"doutrinas". As entidades geralmente trabalham enfeixadas em suas linhas,
relacionadas aos orixás e não doutrinárias (veja no curso on line sobre os orixás).
Quanto as entidades que você menciona, apenas conhecemos dados da cabocla Jurema. É
um dos chefes de legião da linha de Oxossi. Estas entidades inclusive não incorporam,
mas fazem 7 com o mesmo nome que são incorporantes (fazer 7 com o mesmo nome
significa que abaixo de cada chefe de legião existem 7 outras entidades de hierarquia
imediatamente inferior, que usam o mesmo nome, totalizando 49 entidades - 7 em cada
linha).
Muitas outras entidades, de hierarquia mais inferior ainda (o que não desmerece a
entidade - trata-se apenas da organização dos planos espirituais), abaixo dessas 49, e que
também se apresentam com o mesmo nome, causando uma grande confusão. Em função
disso é quase que impossível saber a origem ou a história de cada entidade.
Nem todas entidades chefes de legião tem suas histórias contadas, mas na medida do
possível, poderemos ir falando de cada um deles. A hierarquia das entidades é
reconhecida através dos pontos riscados (falaremos desse assunto no curso on line).
Aymoré, por exemplo, um dos chefes de legião da linha de Oxalá foi o sétimo rei da
grande nação Nhengatú, que emigrou da Atlântida antes de seu afundamento e
estabeleceu uma colônia atlante no litoral do Espírito
Santo,chamadaATerradasArarasVermelhas.Suahistóriaestácontadanolivrodomesmo nome
de Roger Feraudy (veja informações adicionais na loja virtual),assim como a de outras
entidades que hoje militam na umbanda.
Apenas como uma observação gostaríamos de dizer que nomes como Mariana e
Herondina não costumam ser nomes de caboclos e talvez essas entidades pudessem
revelar ao amigo seus verdadeiros nomes.
4. Adorei a pagina e espero fazer parte desta família. Estou curioso para saber sobre
Ogum Mege. Preciso de informação sobre essa linha. Em segundo lugar quero saber
informações sobre o caboclo Guardião dos Caminhos e se trabalha na linha de Ogum.
Em relação a sua primeira pergunta:
Ogum Mege não é uma linha e sim uma entidade. São caboclos, mas chamam a si mesmo
de Oguns, assim como os caboclos da linha de Xango, chamam a si mesmo de Xangos.
Ogum Mege é um dos sete Chefes de Legião da linha de Ogum (vamos falar com detalhes
sobre essa hierarquia na próxima aula do curso on line, que deve estar veiculada na
próxima semana). Os demais são: Yara, de Lei, Rompe Mato, de Malê, Beira Mar e
Matinata. Estes não são incorporantes inclusive, mas se desdobram em outros sete que
incorporam.
Em relação a sua segunda pergunta:
Guardião dos Caminhos não costuma ser nome de caboclo, mas se a entidade falou este
nome, só ele mesmo pode dizer se trabalha na linha de Ogum.
Talvez seja um protetor.Nunca ouvimos falar. Mas geralmente entidades com esse tipo de
nome são exus (agentes mágicos).
5. Recentemente descobri que meu guia faz parte da Linha das Águas, e se chama
Príncipe Nalfagibe. Gostaria de receber informações sobre ele.
Infelizmente não conhecemos essa entidade que dá o nome de Príncipe Nalfagibe.
Geralmente as entidades manifestadas no povo das águas são caboclas ou caboclos do
mar, com nomes tipo: Jandaya, Jandira, Jacyara, etc.
A única oportunidade de que temos notícia de entidades chamarem a si próprias de
príncipes, é no ritual da cabala judaica, que nada em a ver com a umbanda, mas em seus
rituais os 7 exus guardiões (7 Encruzilhadas, Tranca Rua, Giramundo, Marabô, Tiriri,
Pomba Gira e Pinga Fogo), se manifestam como príncipes (Astaroth, Nambroth, Acham,
Baal, Hasmodat, Lilith e Moloch).
Sugiro que você pergunte a essa entidade, se ele não teria outro nome para dar em terra.
Sobre rituais
6. É obrigatório na Umbanda raspar a cabeça? Para se trabalhar com os orixá é
obrigatório sacrificar animais?
Raspar a cabeça e sacrificar animais são rituais de cultos africanistas e que nada tem a ver
com a Umbanda. Umbanda é amor e não aceita ou concorda, assim como não é conivente
com nenhum tipo de sacrifício.
Pela antiga tradição de transmissão oral dos ensinamentos da Umbanda através das
décadas do século XX, muitos conteúdos de outras religiões ou credos acabaram por
permear o entendimento das mensagens trazidas através das sublimes entidades pioneiras
deste movimento, e seus continuadores.
Nosso Pai Maior louva a harmonia entre os seres e a natureza; os animais são parte desse
grande plano cósmico onde o homem está enfeixado para sua evolução.
Mesmo porque, se formos nos aprofundar em conhecimentos teosóficos, temos que
considerar que dentro dos esquemas de evolução dos mundos (estamos no 6° Esquema,
que é o da Terra, na 4a. Cadeia e na 4a. Ronda - falaremos mais sobre esse assunto em
nosso curso on line) muitos dos animais de hoje poderão fazer parte do reino hominal na
próxima Cadeia. Quando se troca de Cadeia sobe-se um nível de evolução (e a
individualização de cada ser se fecha na 4a. Ronda).
7. Por qual razão durante a quaresma não podemos incorporar Pretos velhos e
Crianças?
Não existe nenhuma razão especifica para se particularizar Pretos Velhos e Crianças.
Nenhuma incorporação deveria acontecer. A explicação para as casas não trabalharem
desde o natal ate? o fim do carnaval é pelo fato do ambiente, aqui no plano material,
estar muito pesado, em função dos desregramentos da época de festas, das dores das
pessoas numa época onde as famílias deveriam estar reunidas e pelos desejos de bens
materiais impossíveis de serem satisfeitos, por exemplo.
Com a vibração do ar pesada, o ambiente se torna propicio para a ação da magia negra,
havendo grande movimentação no astral. As casas param ou deveriam parar para
proteção dos médiuns. As equipes espirituais continuam seus trabalhos nessa época, ate
mesmo para combater os magos negros. O médium tem como obrigação manter-se
equilibrado e em vibração positiva, ate mesmo para ajudar a equilibrar as egrégoras
formadas por tantos desatinos dos homens.
Sobre Orixás
10. Quais são as ferramentas de caça do orixá Oxossi?
Existe a crença que as entidades manifestadas na linha de Oxossi são índios
caçadores. Na verdade as entidades que se apresentam na Umbanda sob a
forma de caboclos, apenas usam a tradição xamânica do povo brasileiro nesse
sentido, não sendo as mesmas, absolutamente, silvícolas ou algo parecido.
Os caboclos da linha de Oxossi são conhecidos como caçadores, pois são
caçadores de almas e não caçadores das matas, etc.
Portanto, eles não detêm armas.
11. Me disseram que estou muito negativa porque minha Iansã está
predominando no lado negativo e isso está atrapalhando meu caminho.
Como deve ser de seu conhecimento Iansã é a contra parte feminina de Xangô.
Desta forma, sendo um orixá, não nos pertence (não temos uma Iansã). E
ainda sendo um orixá, não tem lados negativos (entendendo os orixás como as
próprias energias criadoras, fazendo parte da própria divindade, que é só amor
e compaixão).
Desta forma, não é possível um Orixá atrapalhar o seu caminho
Acreditamos que a terminologia usada na sua orientação foi, talvez,
equivocada, ou, mais possivelmente, tenham querido dizer outra coisa, que não
compreendemos muito bem.
12. Nasci dia 22 de dezembro. Gostaria de saber quais são os meus Orixás
e Pomba gira. E também um pouco sobre minha vida.
É interessante que se entenda que não temos orixás. A única relação absoluta
que possuímos com um orixá em particular é a nossa vibração original, que
corresponde à vibração do orixá que predominava na data de nosso
nascimento.
No seu caso é Yorimá (Pretos Velhos). No desenvolvimento mediúnico o
médium vai fazendo obrigações para as diversas linhas.
Quanto à sua segunda pergunta é impossível ser respondida, pois não é essa a
função da umbanda. Só quem pode falar sobre sua vida é você mesma.
Nem mesmo as entidades manifestadas numa casa séria de umbanda se
prestariam para isso, pois os trabalhos de umbanda são trabalhos de caridade
e não de curiosidade, para as pessoas necessitadas, e ainda assim dependendo
do merecimento de cada uma (o que só pode ser avaliado pelas próprias
entidades e não pelos médiuns da casa).
Desta forma, umbanda não é um oráculo que estaria à nossa disposição.
Reconhecemos que falta informação às pessoas e pedimos então que não se
considere esta resposta uma crítica, pois é tão somente um esclarecimento.
Se alguma casa de umbanda se oferecer para falar de sua vida, desconfie!
14. Tenho minhas entidades espirituais e uma delas pediu para que
refizesse a porteira do centro. Pediu que fossem compradas as imagens para
que se fizesse o assentamento. Porém, um médium da casa, que fez um curso
teórico, começou a indagar se a entidade riscou o ponto, se fez isso, se fez
aquilo. Achei estranho, pois essas regras e normas deveriam ser dadas pela
entidade espiritual. Se for possível me informe, pois é a primeira vez que ouço
falar disso.
O assentamento do Exu ou Agente mágico, que se faz na porteira do centro
(que, aliás, nem precisa ficar na porta de entrada), tem realmente
determinadas regras, pois é o local usado para a segurança do terreiro (assim
como o Otá), e contém os elementos da natureza.
Nele devem constar alguns elementos:
-flores lunares (dália, rosa, orquídea ou copo de leite, etc)
-metal relacionado ao exu guardião da casa (por sua vez relacionado à vibração
original do médium que recebe a entidade chefe do terreiro); é o catalisador
usado para a magia
-cristal (da cor do orixá no qual o terreiro está firmado)
-álcool ou éter (elemento volátil que difunde a magia; esse elemento já contém
água)
-vela acesa (fogo)
-tábua de madeira com o ponto riscado do agente mágico guardião da casa
O assentamento é feito numa caixa de madeira (que não precisa ser maior que
60cmX60cm) com terra de cachoeira e deve ser coberto com um pano cinza
(na tonalidade específica para o agente mágico guardião da casa) no final de
cada trabalho.
Quanto ao fato da entidade ditar normas e regras, é verdade, porém o médium
bem informado tem condições de captar melhor as orientações da
espiritualidade.
Um bom exemplo disso são os pontos riscados, que também seguem regras
simples, mas específicas, que potencializam seu poder magístico.
Falaremos mais sobre tudo isso em nosso curso on line.
17. Como devo decorar o terreiro para uma festa de exus, em especial o
sr. Exu João Caveira?
Não e habito na umbanda, geralmente, fazer festas para os agentes mágicos
(ou exus). Costuma-se homenagear as datas relacionadas apenas aos orixa?s
(ainda assim por vontade dos homens e não da espiritualidade). Apesar do
enorme agradecimento pelo trabalho desses seres maravilhosos, os agentes
ma?gicos, que tanto auxiliam o trabalho da caridade na umbanda, eles não
pedem para si nenhum tipo de festividade.
Ainda mais no caso de exus que se apresentam na forma astral de artificiais,
como e? o caso de João Caveira, que trabalha sob as ordens do sr. Caveira,
exu guardião trabalhando sob as ordens das entidades enfeixadas na linha de
Obaluayê, o orixá? oculto, que esta?? voltando para atuar na umbanda com
sua contra parte feminina, Yemanja.
Desta forma não temos como lhe dar essas informações, pois não realizamos
essas atividades na FGC.
Sobre mediunidade
18. Como saber se sou médium umbandista?
O médium de Umbanda é aquele que tem um carma com a mesma por já ter
trabalhado com magia em vidas pretéritas. Somente freqüentando um bom
centro de Umbanda você saberá se tem mediunidade para ser desenvolvida na
mesma. Vale também o seu coração, isto é, se você se sentir "em casa", num
centro de Umbanda, com certeza é porque achou o seu lugar.
19. Quando entro no terreiro não recebo nenhum guia. Mas percebo que
ele esta "encostado em mim. O que devo fazer?
Você é médium ou consulente na casa? Se é médium necessita de auxílio para
seu desenvolvimento mediúnico, que deverá ser propiciado pela entidade
chefe. Mas se você for consulente, não existe mesmo a premissa, na maioria
das casas, que consulentes devam "incorporar". Neste caso você deveria
também falar com a entidade chefe para ver a possibilidade de se tornar
médium aprendiz da casa.
20. Estou conhecendo agora a Umbanda e ouvi falar que preciso ser
batizado. Nunca me batizei em nenhuma religião e gostaria de saber como é
isso e o que significa.
O termo batismo ou amaci, na Umbanda, significa aquele que está sendo
aceito pelo orixá de sua vibração original (o orixá da vibração original é aquele
cuja energia predominava no lugar e na hora que o indivíduo nasceu) para se
desenvolver como médium na Umbanda, firmando essa energia no médium, o
que auxilia muito o seu desenvolvimento.
Desta forma você precisa ser médium de uma casa de Umbanda para poder ser
batizado. De qualquer maneira o batismo se faz apenas ao longo do tempo,
depois que o médium já está "recebendo as entidades que vão trabalhar com
ele no serviço de caridade. Depois do batismo, de acordo com seu
desenvolvimento, o médium vai fazendo as "obrigações para os outros orixás
(para firmar a vibração das outras linhas, numa ordem específica).
Tecnicamente, para ser babalaô, não deveria ter ainda que passar pela
mecânica da incorporação, apesar de ainda ter restos de compromissos
cármicos. Teria que ser uma pessoa capaz de já conseguir fazer a comunicação
mente a mente com a entidade, sem precisar incorporar. Seria o que se chama
ter a tela búdica fechada.
Mas como isso é difícil e demorado, sendo necessário conhecimentos
específicos das iniciações e de técnicas ancestrais, o mais comum é que o
babalaô seja o médium mais antigo da casa ou aquele determinado pela
espiritualidade. Imagine então para ser babalorixá...
28. Sou espírita há muitos anos, mas poucas vezes eu consegui dar
passividade às entidades. No entanto, quando vou a algum centro de
umbanda, eu sinto tão fortemente o envolvimento das entidades, que chego a
"passar mal". Quando vou receber o passe na umbanda, sempre acabo por
"receber" entidades ligadas a umbanda com grande facilidade. Aí me dizem
que tenho que trabalhar lá.
Aprendi no kardecismo que o médium é médium em qualquer lugar e está apto
a "receber tanto um irmão sofredor como um espírito mais esclarecido. Essa
afirmação me criou um conflito: por que então não consigo ter a mesma
facilidade nos trabalhos mediúnicos da casa espírita, com a mesma facilidade
que tenho no centro de Umbanda?
Será que tenho compromissos espirituais com a Umbanda e não com a
Doutrina Espírita? Ou são obsessores que me "pegam"?
Dar passividade no Kardecismo geralmente é mais fácil, ao contrário do que
você diz, pelo fato do médium poder se concentrar e, especialmente, fechar os
olhos. Por outro lado são poucos os dirigentes espíritas que tem o hábito de
"ajudar" o médium a "incorporar", numa mesa de intercâmbio espiritual. Como
o treinamento é feito num curso à parte, na hora do trabalho o médium está
mais por conta própria, praticamente, e pode se tornar difícil.
Na umbanda existem duas possibilidades. A primeira é que quando você recebe
o passe, ou, às vezes, durante o simples atendimento com as entidades
manifestadas, as entidades da casa estão trabalhando no sentido de ajudá-lo a
incorporar, para mostrar a você, eventualmente, que você tem a mediunidade,
e aí fica mais fácil. É como se fosse um aviso.
Quando você passa mal, dentro de um centro de umbanda, não é,
necessariamente, por estar cercada de obsessores (pode até acontecer de
algum desafeto seu não estar muito satisfeito por você estar lá e em vias de
libertar-se dele), mas mais freqüentemente, é a sua mediunidade em
desequilíbrio, que capta, desordenadamente, as vibrações do ambiente.
A outra possibilidade é essa que você intuiu mesmo: o médium de umbanda é
aquele que tem um carma com a magia. É aquele que já trabalhou com magia
no passado e está preparado para esse trabalho no presente. É como se ele
chegasse na "sua casa".
Agora, a coisa mais interessante de sua mensagem é a provável distinção que
você parece fazer, do tipo: no kardecismo se recebem espíritos esclarecidos e
na umbanda se recebem espíritos sofredores, etc. Essa premissa não
corresponde absolutamente a verdade.
Em ambos os casos, as duas coisas acontecem. A diferença é que na umbanda,
o médium não deve (e não precisa) receber obsessores e sofredores, pois eles
são doutrinados na espiritualidade, ao contrário do kardecismo, onde a
doutrinação começa na mesa de intercâmbio. Infelizmente algumas casas de
umbanda ainda fazem "descargas", usando os médiuns, o que só serve para
desequilibra-los, pois isso não é absolutamente necessário.
Os espíritos, bondosamente, se "vestem para cada trabalho, dependendo da
forma que nós, encarnados, estamos preparados para recebe-los. Uma mesma
entidade pode se apresentar como Pai João na umbanda e como dr. Fulano de
Tal no Kardecismo. Somos nós que fazemos as diferenças. São os nossos
preconceitos, que as entidades compreendem e toleram, amorosamente.
A melhor coisa a fazer é seguir o seu coração e ficar na casa onde você se
sinta mais à vontade. Pode ter certeza que, com maior ou menor dificuldade, a
caridade que você vai fazer será a mesma, desde que realmente use a sua
mediunidade de "incorporação". Mesmo porque a mediunidade não
desenvolvida costuma trazer problemas físicos para o médium, um dia ou
outro.
O importante é você procurar ficar numa casa séria, onde nada se cobre por
nenhuma caridade praticada e onde nenhum ritual aconteça que possa causar
qualquer tipo de constrangimento.
Sobre organização
32. Sou membro de uma tenda não oficializada e gostaria de saber qual
caminho tomar para nos tornarmos uma associação.
A primeira providência é elaborar um estatuto, registrá-lo em cartório, etc.
Naturalmente antes disso você e seus companheiros necessitam traçar os
objetivos do grupo, suas propostas e direcionamentos, para que o estatuto se
enquadre nele. Decidir quem vai fazer o quê e como vai fazer (como
presidente, tesoureiro, etc, tipo de associados, isto é, a parte burocrática).
Depois, em cima dele, poderão fazer um regimento interno, com
procedimentos e ritualística, etc, isto é, a parte espiritual.
O segundo passo para regularizar seu grupo é obter o alvará na prefeitura, o
que geralmente é mais trabalhoso, pois os fiscais irão até o local ver se as
instalações são adequadas, etc. Farão exigências que poderão ser cumpridas,
mas tudo em relação ao prédio e instalações. Nada a ver com o que vocês vão
trabalhar.
Você não necessita se filiar a nenhuma federação umbandista ou coisa parecida
para poder legalizar seu grupo.
O terceiro passo, naturalmente, é pedir ajuda aos seus guias e protetores para
que abram seus caminhos para que a caridade possa prosseguir.
Com certeza você também deve ter um protetor ou guia que vá se apresentar
como caboclo ou preto velho no momento apropriado.
35. Quais são as entidades que trabalham na linha do oriente e qual o seu
trabalho? Como são seus rituais?
O que podemos lhe dizer, a princípio, é que o chamado Povo do Oriente (como
o próprio nome diz são orientais - na FGC trabalha uma falange originária da
Arábia Feliz) não é uma linha por si só; é um agrupamento enfeixado na linha
de Oxalá e trabalha, preferencialmente, com cura.
Não existe nenhum culto diferenciado dentro do movimento da Umbanda para
o Povo do Oriente, da mesma forma que outras linhas ou agrupamentos. Todas
as entidades manifestadas se adaptam, humildemente, à forma de trabalhar de
cada casa, dependendo do grau de entendimento da mesma e de seu ritual em
particular. É a caridade acima de tudo, especialmente o respeito das
diferenças.
Na FGC se manifestam, particularmente, na apometria e, especialmente, no
trabalho da dialimetria (que em palavras simples é a "reconstrução das células
lesadas do duplo etérico). Falaremos sobre isso no curso on line.
Sobre a FGC
42. A Umbanda praticada pela FGC é Umbanda branca ou também é de
trabalhos de "esquerda"?
Acreditamos que a Umbanda não tenha divisões desse tipo. Todas as casas
devem estar voltadas para a caridade pura e desinteressada, porque somente
assim o amor fraterno vai predominar, não havendo espaço para nenhuma
atividade que seja feita em prejuízo de quem quer que seja.
O que existe são Umbandas com rituais populares e outras, como a nossa, que
faz também o desenvolvimento esotérico de seus médiuns, conforme está no
texto sobre a Aumpram, que está no site.
Tudo que fuja disso não é Umbanda! Umbanda é luz e não trevas. Umbanda é
a luz divina!
Sobre apometria
43. No Centro que freqüento estamos com um grupo de estudos no
trabalho de apometria há mais de um ano, mas ainda temos muitas dúvidas.
De uns tempos para cá temos ouvido falar muito de Spin. Temos lido muito,
mas ainda não conseguimos entender como funciona e como aplicar essa
técnica. Já conseguimos compreender que é uma técnica muito importante (e
perigosa se não soubermos usá-la). Como sentimos que em breve teremos que
coloca-la em pratica, solicito informações.
Em palavras simples, o mais possível, sabe-se que Spin em inglês significa
"giro" (o movimento do rotação do elétron em torno de seu próprio eixo,
gerando um campo magnético).
O núcleo do átomo, por sua vez, também gira em volta de seu próprio eixo,
como se fosse um Sol. Os elétrons então, girando em torno desse núcleo
girante (como se fosse a Terra girando em volta de seu próprio eixo e também
girando em torno do Sol), criam outro campo magnético. Isto é o Spin, e são
representados por vetores perpendiculares á órbita do elétron. Na apometria
se trabalha com a Inversão do Spin.
Na medida que se sabe que matéria atua sobre matéria, e matéria nada maisé
que energia condensada, a mente, através da vontade impulsionada, a modula.
Por vontade do dirigente, potencializado pelos médiuns e modulado pelos
mentores espirituais, o pensamento irradiado se transforma em energia
magnética não modulada (invertendo o Spin, pois interferiu no angulo do vetor
do Spin, desequilibrando-o) que em contado com um mago negro, por
exemplo, vibrando normalmente de forma modulada, o faz perder energia e
conseqüentemente sua força de obsessão. Interferem também na coesão
molecular das estruturas, destruindo bases espirituais, laboratórios, etc.
Realmente, para se trabalhar com spin (como de resto com qualquer prática
espiritual, especialmente apometria) é preciso cuidado e uma equipe muito
equilibrada, homogênea e bem desenvolvida mediunicamente e no estudo.
No caso do Spin, muitas vezes quando você promove a inversão do mesmo,
aquele mago negro que irradiava sua energia malévola sobre o atendido, por
exemplo, ou aquele mandante que enviava seus prepostos quando objetos
magiados ou plasmados são identificados, etc, pode simplesmente "ser
obrigado" a incorporar no médium, que se não estiver bem preparado, assim
como toda a equipe, pode sofrer com suas energias, além de dar "trabalho"
para ser retirado num trabalho de apometria (especialmente se não tiver no
trabalho, naquele momento, entidades trabalhadoras manifestadas, como
geralmente acontece na umbanda).
Pois quando se necessita usar a inversão do spin sobre uma entidade trevosa
desse tipo, não é de se esperar que se possa doutriná-la. Ela terá que ser
retirada para um hospital ou prisão ou outro local adequado da espiritualidade,
para tratamento ou recolhimento. Muitas vezes ela tem que ser
desparamentada e daí para frente.
No livro Apometria Hoje (ver na livraria on line a sinopse) relatamos um caso
onde se fez necessário a inversão do spin sobre um mago negro numa sessão
de apometria na FGC. No curso on line, no momento apropriado colocaremos
desenhos para explicar melhor o assunto, mas frente à sua aridez, estamos à
disposição para continuar a conversar sobre ele. Por favor fiquem à vontade
para dar continuidade aos questionamentos.
46. Não consegui me formar nos cursos que tentei e meu casamento não
deu certo; no campo profissional não consigo dar certo. Vivo sendo humilhado
e meus filhos vivem brigando. Outro filho vive deprimido e não luta o suficiente
pela vida. Vivo sozinho e não consigo ninguém. Quero muito continuar
estudando para melhorar meu trabalho e minha vida mas não consigo meios.
Não agüento mais tantas dificuldades e peço uma orientação sobre o que fazer
para resolver isso tudo.
Infelizmente a proposta deste site não é dar orientações de nível pessoal, até
porque na FGC somente quem faz isso são as entidades manifestadas na casa.
Como encarnados não temos condições de saber do carma das pessoas e por
qual razão estariam passando pelas dificuldades e contratempos que a vida nos
apresenta.
Apenas compreendemos que nossas vicissitudes parecem estar na relação
direta da necessidade de nosso aprendizado pessoal. Isto é, parece que cada
um de nós vem para mais uma vida com um planejamento familiar, intelectual,
de saúde, etc, que propicie que passemos por umas tantas dificuldades para
aprender aquelas coisas que fomos deixando ao largo, para trás, no decorrer
de vidas anteriores. Nos referimos aos nossos pequenos defeitos; aqueles que
certamente todos temos.
Alguns de nós vieram para aprender a ser menos invejosos ou ciumentos, ou
mais generosos ou menos rancorosos, ou quem sabe ainda mais tolerantes e
pacientes, resignados, etc, etc. O fato é que o Pai Maior vai nos
proporcionando sucessivas oportunidades, inclusive colocando pessoas, por
vezes, tidas como difíceis na nossa vida, que deveriam despertar nossa
compaixão e tolerancia e não nossa irritação, etc. Oportunidades de resgatar os
enganos do passado também.
Mas com fé e determinação, com certeza, seremos todos aprovados de ano
nesta escola da vida, quando pudermos compreender e transformar nossos
problemas em oportunidades de aprendizado.
Temos que ter esperança de que, com certeza, nossos amigos espirituais estão
olhando por nós, intuindo e torcendo para que tomemos as decisões certas;
intuindo e torcendo para possamos despertar a cada dia alegres, apesar de
tudo; apesar da dor passageira, apesar da incompreensão momentanea dos
homens e apesar das aparentes injustiças e limitações que a vida parece nos
impor.
Alegres porque já compreendemos que tudo aquilo que nos acontece, se
acreditamos verdadeiramente em Deus e em seus desígnios, nestes breves
momentos que passamos sobre o planeta, certamente o que passamos é o
melhor para nós neste momento.