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A questao da liberdade dos mares não surge apenas com o aparecimento do ML do grotius ,
dado que antes havia a preocupação da negociação e aplicaçõa de tratados internacionais que
regulem o acesso dos nacionais de outros estados europeus, a territórios cujo acesso fora
descoberto por portugal, tanto no Oriente como em África. D.sebastião ja defendia as ideias
de serafim de freitas. VITÓRIA
Defendido por:
tese do mar clausum é defendida por Selden (quis defender os mares que
circundavam a Grã-Bretanha e nomeadamente o Canal da Mancha, considerado
como território inglês e não como francês) e pelo Frei Serafim de Freitas
(português).
Tese CONTRÁRIA
Diz Grócio, atenção que esta tese eram defendida pelos próprios romanos em relação
ao mar mediterrâneo, que banhava a totalidade do império romano, entendiam os
romanosque as costas, as praias e a própria água do mar não era apropriável,
pertenciam a todos, e portanto baseando-se neste princípio Grócio vai dizer,
Portugueses e Espanhóis não podem reivindicar o mar dos territórios descobertos,
porque o mar é inapropriável, salvo questões de protecção/segurança. E aqui Grócio
destacando as razões de segurança defendia o mar territorial, referindo-se às 3 milhas,
às quais como vimos o Estado tem jurisdição total. A partir das 3 milhas o alto mar
pertence a todos e ao pertencer a todos só em situações de extrema justificação,
nomeadamente a guerra é que poderiam levar a que se aceitasse que algum Estado
controlasse o mar.
Esta tese do Mar liberum tem por objectivo contestar a proibição que os portugueses e
espanhóis deram aos navios holandeses de navegarem nos mares da Índia.
CONTEXTUALIZAÇÃO: após a união dinástica entre Filipe II e Portugal com a morte de D.
Sebastião os espanhóis vão estender a sua política contra a Holanda e vão proibir que
os holandeses naveguem nosmares dos portugueses e espanhóis, nomeadamente os
holandeses tinham-se instalado na região onde hoje é a Indonésia, nas ilhas que
compõem o arquipélago da Indonésia, que para chegarem lá tinham de passar pelo mar
da Índia, e os espanhóis diziam que o mar da Índia era dos portugueses e portanto
estava fechado e ao estar fechado elesproibiam que eles navegassem e nesta sequência
Grócio vai dizer nem pensar que o marestá aberto porque ele é coisa própria da
humanidade, não é propriedade de ninguém.
Esta tese era muito bonita se nos ainda estivéssemos na Respublica Christiana,
mas na realidade no século XVII a seguir à Reforma Protestante o Papa perdeu
o seu poder, ao perder todo o poder, e ainda por cima a Holanda tinha ficado
pelo protestantismo, tinha emancipado do ponto de vista religioso o papado, vai
dizer uma coisa muito simples pela voz de Grócio: se o Papa ratificou o tratado
entre Portugal e Espanha, o tratado não tem eficácia erga omnes (perante
terceiros para os outros Estados,
Aqui surge um problema, senão vejamos: em bom rigor quem mandava eram
osespanhóis. Porque a tese do Mar clausum, foi uma tese defendida enquanto Portugal
teve em união dinástica com Espanha, ou seja uma tese defendida pós 1580. De facto
quem criou este problema foram os espanhóis que fazem guerra com os holandeses.
Demonstra que os holandeses não têm de ter escrúpulo em navegar nos mares sobre os
quuais os portugueses reinvidicaram o direito de dominio
Analisando o regime atual, presente na convenção de montego bay, existem muitas diferenças
relativamente ao pensamento de freitas, a convenção divide em várias zonas as quais freitas
não faz referência: zona contigua. O conceito de mar territorial se aproxima muito do atual
conceito: freitas distingue o mar adjacente do mar oceano através do critério da diferente
localização geográfica e do critério de direito estatuto juridico. Diz ainda que a extensao do mr
ajdacente podia variar consoante o poder do soberano. A convenção fala ainda dos deveres do
estado costeiro, no artigo 24º, restes resumem-se praticamente à obrigação de permitir o
direito de passagem inofensivo, a soberania quase plena sustentada por freitas. Na zona
economia esclusiva o estado costeiro tem diferentes direito de soberania para fins de..
Serafim “a republica ou o principe pode licitamente proibir todos os estranhos o uso de coisas
proprias da republica, as quais são comuns aos cidados e licitamente ainda querer que
nenhum cidadao tenha comércio com estrangeiros”
1. Pelo direito das gentes a navegação é livre a todos e seja para onde for.
2. Os Portugueses não têm nenhum direito de domínio por motivo de descobrimento sobre
as Índias para onde os Holandeses navegam.
3. Os Portugueses não têm sobre as Índias o direito de domínio por doação pontífica.
Pontífice Romano, embora não podendo dar aos portugueses, pura e simplesmente, o
direito de dominar os indianos ou o exclusivo de navegar até junto deles, podia portanto
encarregar um Príncipe de enviar pregadores, a converter os infiéis e, para atingir esse fim
espiritual, conceder-lhe os recursos necessários bem como do direito de navegação e de
comércio com exclusão de todos aqueles povos que possam perturbar a obra de
evangelização, inclusivamente por serem hereges. Foi isto que fizeram as bulas pontifícias.
4. Os Portugueses não têm o direito de domínio sobre as Índias por motivo de guerra.
c. por direito de justa guerra: ao contrário do que diz Grocio as acções, aliás raras, de
conquista militar empreendidas pelos portugueses foram justas por se destinarem a obter a
liberdade de propagação e de prática da fé católica em terra de infiéis.
5. Nem o mar que conduz às Índias nem o direito de nele navegar pertencem aos
Portugueses por título de ocupação.
6. O mar e o direito de navegar não pertencem aos Portugueses a título de doação pontifícia.
7. O mar e o direito de navegar não pertencem aos Portugueses a título de prescrição ou por
costume.
10. O comércio com as Índias não pertence aos Portugueses a título de doação pontifícia.
11. O comércio com as Índias não pertence aos Portugueses a título de prescrição ou por
costume.
sendo admissível que mesmo o alto mar seja protegido e submetido por uma autoridade
para evitar a perturbação do seu uso por inimigos e piratas;
13. Os Holandeses devem manter o seu comércio com as paragens indicadas, na paz, durante
as tréguas ou em guerra.
GROTIUS
Nega qualquer direito dos portugueses ao dominio das indias e mares. Pretende também
mostrar , com base no direito natural e direito das gentes, que qualquer povo tem direito de
navegar pelos mares
e a proclamação