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RESUMO
METODOLOGIA
Os ensaios realizados são relativamente simples por princípio, visando a fácil reprodutibilidade,
e geram resultados restritos a certos aspectos do comportamento físico ou mecânico dos solos,
assim entendidos sob o ponto de vista do engenheiro, como aqueles “detritos pulverulentos
provenientes da ação geológica do intemperismo sobre as rochas, podendo conter limitado teor
de matéria de origem orgânica”.
Embora exista uma grande variedade de tratamentos e destinações finais possíveis de serem
adotadas para os lodos de estações de tratamento de água e de estações de tratamento de
esgotos, a caracterização destes lodos pode ser conseguida com base em um universo bem
definido de análises e ensaios. Estes ensaios são, na sua maioria, medições de grandezas físicas,
que explicitam o comportamento da suspensão, da sua fase líquida e da sua fase sólida.
Por conter uma fase líquida e uma fase sólida definidas em maior ou menor grau ou extensão, a
suspensão pode ser analisada quanto a parâmetros utilizados para águas servidas, da mesma
forma que pode ser analisada quanto ao seu valor nutritivo para o solo, ou quanto às suas
características de maneabilidade, como se o lodo fosse ele me smo um tipo de solo.
O termo lodo, por sua vez, deverá se referir a um manto que já se tenha removido da
suspensão, apresentando-se como uma lama ou uma borra, com teores de umidade tais que
impeçam seu manejo como sólido ou como líquido.
A constituição e o comportamento físicos da amostra de lodo dos leitos de secagem afa stam-se
radicalmente do modelo tratável pela Geotecnia. A presença predominante de matéria de
natureza orgânica concede-lhe certos atributos químicos que determinam comportamento
peculiar, tanto úmido quanto seco, diferenciando-o bastante dos solos, ainda que orgânicos, ou
mesmo a turfa.
Conclui-se pois pela absoluta inadequação da utilização dos ensaios rotineiros de solos para tais
substâncias, devendo-se então recorrer a outras alternativas.
Os resultados das determinações realizadas, a partir das amostras de lodo da estação de
tratamento de água, foram os seguintes, apresentados na Tabela 1.
Desta forma, pode-se reconhecer como válida e pertinente a apropriação dos tradicionais
ensaios de caracterização da Mecânica dos Solos, para aqueles materiais terrosos agregados
durante a operação de decantação, ainda que fujam do estado “natural” do objeto da referida
técnica.
A semelhança do lodo das estações de tratamento de água com um solo permite que ele seja
analisado com ensaios desenvolvidos e padronizados primeiramente para utilização em
mecânica dos solos. Como tratam-se tais ensaios, de procedimentos bem estabelecidos e já
universais, a sua adequação e apropriação para a análise de lodos poderá significar redução de
custos e de duplicação de laboratórios. Além disso, a realização de pesquisas que
Com relação à destinação do material analisado, uma vez que trata-se de um resíduo sólido,
conforme a NBR 10004 - Resíduos sólidos, da ABNT, aconselhamos que sejam sempre
realizados, antes de qualquer destinação ou utilização, os ensaios preconizados para a
classificação de resíduos sólidos.
Antes de se buscar destinação para o lodo gerado nas estações de tratamento de água deve-se,
como é conveniente em qualquer gerenciamento de resíduos sólidos, adotar medidas que
reduzam a sua produção e a sua toxicidade aos menores valores que se possam obter, sem
prejuízo do tratamento de água.
O material analisado, por suas características, poderá também ser investigado quanto à sua
utilização na fabricação de materiais cerâmicos, como tijolos comuns ou maciços, tijolos
furados, telhas, manilhas de grês ou mesmo produtos de louça. Por sua granulometria muito fina,
o material poderá ainda ser utilizado como pigmento, conferindo cor a argamassas, pastas e
revestimentos, ou como aditivo, alterando as características iniciais dos agregados aos quais for
adicionado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS