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DESAFIOS PARA A DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES DE

EVASÃO UNIVERSITÁRIA NO BRASIL

As primeiras universidades brasileiras foram fundadas no


período Joanino, com a vinda da família real, no intuito de
atender as necessidades da corte. Hodiernamente, o
acesso ao ensino superior tem se popularizado devido
aos programas governamentais. Entretanto, os índices de
evasão universitária tem aumentado em razão da
imaturidade na escolha dos cursos e da dificuldade de
absorção dessa mão de obra no mercado de trabalho.
Portanto, medidas são fundamentais para amenizar
essas desistências.
Sob essa perspectiva, verifica-se que a tradição
universitária é relativamente recente, bem como a
ampliação do acesso, em meados de 1930. Desse modo,
nota-se que a consciência da importância da qualificação
profissional ainda é imatura. Isso comprova-se nos índices
de evasão, aproximadamente 22%, conforme Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), com destaque
na rede privada, esse fator gera custos, perda de tempo e
descontentamento.
Consequentemente, isso dificulta a entrada no mercado
de trabalho e a ascensão profissional, já que persistir na
graduação, sem maturidade, contribui para forma-se
muitos trabalhadores que não se adequam à automação
flexível do trabalho, infla a quantidade e não a qualidade.
Assim, confirma a teoria da redundância de Bauman,
filósofo, que consiste nas crescentes mudanças no âmbito
laboral em qualificação e redução de empregos.
Logo, as universidades juntamente ao Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI) devem realizar
projetos de incentivo a carreira que idealizem maior
captação pelo mercado de trabalho como plataformas
virtuais com vagas, disciplinas para qualificação, salários,
habilidades e competências, bem como programas de
estágio. Ademais, desenvolver debates e palestras com
profissionais que atuam no mercado de trabalho é
importante para fortalecer o senso crítico dos jovens,
promover a maturidade e a redução das desistências.

A DIMINUIÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: PROBLEMA OU SOLUÇÃO


A redução da maioridade penal é um tema bastante discutido no Brasil, já
que gera controvérsias, pois o estado de violência no qual estamos inseridos,
somados a atos de criminalidade expostos pela mídia provocam desejo de
punição na sociedade. Contudo, estudos e entidades internacionais condenam
a diminuição, visto que países como os Estados Unidos, que adotam essa
medida, não restinguiu a criminalidade. Portanto, para solucionar esse impasse
é fundamental identificar outros caminhos mais interessantes.
Inicialmente, é importante considerar que os favoráveis a redução da
maioridade penal defende que se o indivíduo é consciente para votar, também o
é para responder criminalmente por seus atos. Além disso, na obra “Capitães da
Areia”, o autor Jorge Amado retrata a vida de um grupo de menores que crescem
nas ruas de Salvador, praticam roubos para sobreviver e por obterem êxito
nesses atos aumentam a sensação de impunidade, consequentemente, são
estimulados às práticas violentas. Análogo, a essa obra encontra-se a realidade
dos adolescentes brasileiros, já que vislumbram ascensão social fácil e
vertiginosa.
No entanto, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a UNESCO e as
Organizações das Nações Unidas (ONU) baseiam-se em estatísticas para
comprovar que o sistema prisional é ineficiente, uma vez que possui índice de
reincidência de 70%. Dessa maneira, identifica-se que os menores devem sofrer
sanções, mas não convém joga-los em cadeias a serviço de facções ou subjuga-
los a vida sem perspectivas. Assim, a certeza da punição e não a dureza do
castigo que protege contra a criminalidade, segundo o escritor Beccaria.
Destaca-se, também, que aos 16 anos o voto é facultativo, por conseguinte não
é um critério definidor de consciência plena.
Logo, observa-se que os favoráveis e contrários a redução da maioridade
penal devem juntar-se para criar melhores sanções aos crimes praticados por
menores. Dessa forma, a sociedade civil juntamente às iniciativas público-
privadas, por exemplo, SENAC, pode criar centros de apoio aos mais vulneráveis
por intermédio de auxílio psicológico, profissionalizante e jurídico no intuito de
identificar os perfis sociais e criminais. Ademais, impulsiona-los a qualificação
profissional para preencher as lacunas financeiras, evitar o ócio, propagarem nas
grandes mídias bons exemplos de juventude e amenizar a criminalidade.

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