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Capítulo I – Origem, Formação e

Propriedades dos Solos


Rev. 21/03/2018

Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais


Conteúdo Programático
1.1 Introdução à Mecânica dos Solos e Problemas em Geotecnia
1.2 Origem, Formação e Tipos de Solos
1.3 Composição Química e Mineralógica
1.4 Forma dos Solos
1.5 Superfície Específica e Tixotropia
1.6 Peso Específico das Partículas e Densidade Relativa
1.7 Granulometria
1.8 Ensaios de Peneiramento e Sedimentação
1.9 Classificação Trilinear dos Solos e Correção Granulométrica

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Introdução
 Primeiros Estudos dos Solos: Egito, Babilônia, China, ...
 Grandes acidentes (Séc. XIX): Panamá, EUA, Suécia e Alemanha
 A Mecânica dos Solos (1925) – Terzaghi publicou Erdbaumechanick.
 Outras Ciências da Terra que agregam conhecimento:
 Mineralogia
 Petrologia
 Geologia Estrutural ou Tectônica
 Geomorfologia
 Geofísica
 Sismologia
 Pedologia
 Mecânica das Rochas
 Hidrologia
 Meteorologia, ....
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Introdução
 Objetivo: determinar, tanto quanto possível, sob fundamentação
científica, a interação terreno-fundação-estrutura, com o fim de
prever e adotar medidas que evitem recalques prejudiciais ou ruptura
do terreno, com o consequente colapso da obra.

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Mecânica dos Solos
 Segundo Karl Terzaghi:
 “É a aplicação das leis da Mecânica
e da Hidráulica aos problemas de
Engenharia relacionados com os
sedimentos e outros depósitos não
consolidados de partículas sólidas
produzidas pela desintegração
mecânica ou química das rochas,
prescindindo do fato de conterem ou
não elementos constituídos por
substâncias orgânicas”.
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Problemas em Geotecnia
 Os problemas que se apresentam no projeto e na execução das
fundações e obras de terra distinguem-se em:
 1) Deformações do solo - abrange o estudo dos recalques;
 2) Ruptura de uma massa de solo - questões relativas à
capacidade de carga do solo, estabilidade de maciços terrosos e
empuxos de terra;
 3) Investigações de Laboratório - os tipos mais comuns de ensaios
utilizados para o estudo de comportamento tensão-deformação,
segundo Lambe: compressão isotrópica, adensamento, compressão
triaxial e cisalhamento direto.

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Ensaios mais Comuns em Geotecnia

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Origem e Formação dos Solos
 Os solos são materiais que resultam do Intemperismo ou Meteorização
das rochas por:
 Desintegração Mecânica: através de agentes como água, temperatura,
vegetação e vento, formam-se os pedregulhos ou areias (solos de
partículas grossas) e até mesmo os siltes (partículas intermediárias) e,
somente em condições especiais, as argilas (partículas finas).
 Decomposição Química: através do processo em que há modificação
química ou mineralógica das rochas de origem. O principal agente é a
água e os mais importantes mecanismos de ataque são: oxidação,
hidratação, carbonatação e os efeitos químicos da vegetação. As
argilas representam o último produto do processo de decomposição.
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Origem e Formação dos Solos
 Em geral, os dois processos de intemperismo atuam simultaneamente.
 Em determinados locais e condições climáticas, um deles pode ter
predominância sobre outro.
 O solo é, assim, uma função da rochamáter e dos diferentes agentes
de alteração.
 Os que mantém uma nítida macroestrutura herdada da rocha de
origem são designados por solos saprolíticos.

Intemperismo + Intemperismo
Rocha Solo Jovem Solo Maduro

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Tipos de Solos

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Pedologia
 É a ciência que tem por objetivo o estudo das camadas superficiais da
crosta terrestre, em particular sua formação e classificação, levando em
conta a ação de agentes climatológicos.
 A formação de um solo s é função: da rocha de origem (r), da ação dos
organismos vivos (o), do clima (cl), da fisiografia (p) e do tempo (t):
s = f(r, o, cl, p, t)
 De acordo com o critério pedológico, os solos classificam-se em:
zonais ou climatogênicos (maduros), intrazonais e azonais (jovens).
 Como exemplo dos primeiros, temos os solos lateríticos, característico
de clima quente e úmido. Suas principais propriedades são: baixa
plasticidade, pouca expansibilidade e baixa fertilidade.
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Tipos de Solos
 Solos Residuais (ou Autóctones) - São os que permanecem no local da
rocha de origem, observando uma gradual transição do solo até a rocha.
 Solos Sedimentares (ou Alotóctones) - São os que sofrem ação dos
agentes transportadores, podendo ser:
 Aluvionares: transportados pela água;
 Eólicos: transportados pelo vento;
 Coluvionares: transportados pela ação da gravidade; e
 Glaciares: transportados pelas geleiras.
 Solos de Formação Orgânica – São os de origem essencialmente
orgânica, seja da natureza vegetal (plantas ou raízes), seja animal
(conchas).
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Composição Química e Mineralógica
 Um mineral é uma substância inorgânica e natural, com composição
química e estrutura definidas. Das suas propriedades de maior interesse
para o engenheiro, destacam-se: a densidade e a dureza.
 Para a maioria dos minerais não-metálicos a densidade varia entre 2,65 e
2,85; para minerais de ferro, como a magnetita, o seu valor é 5,2.
 A dureza de um mineral refere-se, por
comparação, ao número indicativo da
Escala de Mohs, onde um elemento risca
todos os precedentes e é riscado pelos
subsequentes:

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Composição Química e Mineralógica

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Composição Química e Mineralógica
 Os minerais encontrados nos solos são os mesmos das rochas de
origem (minerais primários), além de outros que se formam na
decomposição (minerais secundários).
 Quanto à composição química dos principais minerais componentes
dos solos grossos podemos agrupá-los em:
 Silicatos – feldspato, mica, quartzo, serpentina, clorita e talco;
 Óxidos – hematita, magnetita e limonita;
 Carbonatos – calcita e dolomita; e
 Sulfatos – gesso e anidrita.

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Composição Química e Mineralógica
 Entre os solos finos, as argilas são constituídas de pequeníssimos
minerais cristalinos, chamados minerais argílicos que classificam-se em:
 Caolinitas;
 Montmorilonitas; e
 Ilitas.
 As estruturas dos minerais argílicos compõem-se do agrupamento de
duas unidades cristalográficas fundamentais:

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Composição Química e Mineralógica

Caolinitas Montmorilonitas Ilitas

Si
Al + +

Íons não permutáveis


Íons permutáveis
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Composição Química e Mineralógica
 As Caolinitas são formadas por unidades de silício e alumínio, que se
unem alternadamente, conferindo-lhe uma estrutura rígida. Em
consequência, as argilas caoliníticas são relativamente estáveis em
presença da água.
 As Montmorilonitas são estruturalmente formadas por uma unidade de
alumínio entre duas unidades de silício. A ligação entre essas unidades,
não é suficientemente firme para impedir a passagem de água, tornando
as argilas montmoriloníticas muito expansivas e portanto, instáveis em
presença da água.
 As Ilitas são estruturalmente análogas às montmorilonitas, porém sendo
menos expansivas.
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Forma das Partículas
 A forma das partículas dos solos tem grande influência sobre suas
propriedades. Distinguem-se, principalmente, as seguintes formas:
 a) Partículas poliédricas, ou mais exatamente, com formas
arredondadas ou angulares. São as que predominam nos pedregulhos,
areias e siltes.
 b) Partículas laminares, isto é, semelhantes a lamelas ou escamas. São
as que se encontram nas argilas. Esta forma é responsável por algumas
propriedades, tais como: compressibilidade e plasticidade.
 c) Partículas fibrilares, características dos solos turfosos.
 Turfa é uma material de origem vegetal (orgânico), parcialmente
decomposto, encontrado em camadas, em regiões pantanosas ou
montanhosas. Prof. Eng. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais
Partículas Poliédricas

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Partículas Lamelares

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Superfície Específica
 A superfície específica s de um solo é a soma das superfícies de todas as
partículas contidas na unidade de volume (ou de peso) do solo.
 Imaginando uma partícula de forma cúbica, com 1 cm de aresta, e
subdividindo-a, decimalmente, em cubos cada vez menores, temos:

Volume Superfície
Nº. de Área Total
Aresta Total Específica (s)
cubos (cm²)
(cm³) (cm²/cm³)
1 cm 1 1 6 6× 100
1 mm = 10-1 cm 1 103 60 6 × 101
0,1 mm = 10-2 cm 1 106 600 6 × 102
0,01 mm = 10-3 cm 1 109 6.000 6 × 103
0,001 mm = 10-4 cm 1 1012 60.000 6 × 104

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Superfície Específica
 Para o caso de partícula esférica, teríamos:
área 4π r 2 3
s= = = (cm2
/ cm3
)
volume 4π r 3
r
3
 Conclui-se que quanto mais fino o solo, maior a sua superfície específica,
o que constitui uma das razões da diferença entre as propriedades físicas
dos solos arenosos e solos argilosos.
 Para os minerais argílicos, as superfícies específicas assume os valores:
 Caolinita = 10 m2/g (pouco expansivas)
 Ilita = 80 m2/g
 Montmorilonita = 800 m2/g (muito expansivas)
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Atividade Superfície dos Solos Finos
 A superfície da partícula sólida das frações mais finais dos solos (argilas)
possui uma carga elétrica negativa, cuja intensidade depende de suas
características mineralógicas.
 Em contato com a água, cujas moléculas são polarizadas (H+, OH-), as
partículas sólidas atraem seus íons positivos H+, formando, assim, uma
película de água adsorvida.

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Atividade Superfície dos Solos Finos
 As atividades físicas e químicas decorrentes dessa carga superficial
constituem a chamada atividade de superfície do mineral.
 Segundo Skempton, a atividade dos solos define-se pela razão:
IP
A=
Índice de Plasticidade

% < 0, 002mm Porcentagem em peso de partículas menores que 0,002 mm

 Em função do seu valor, as argilas classificam-se em:


 Inativas, se A < 0,75;
 Normais, se 0,75 ≤ A ≤ 1,25; ou
 Ativas, se A > 1,25.
 As caolinitas são as menos ativas e as montmorilonitas as mais ativas.
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Bentonitas
 São argilas ultrafinas, formadas em sua maioria pela alteração química
de cinzas vulcânicas.
 Em sua composição predomina a montmorilonita, o que explica sua
tendência ao “inchamento”. Devido essa propriedade, as injeções de
bentonita são usadas para vedação de barragens e escavações.

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Tixotropia
 Terzaghi e Peck explicam tixotropia assim:
 “Amassando-se completamente uma amostra de fração muito fina de um
solo e, a seguir, deixando-se repousar, a massa adquire, com o tempo, maior
resistência coesiva. Essa resistência aumenta, em princípio rapidamente e a
seguir, lentamente. Se a amostra é novamente amassada, mantido o teor de
umidade, sua coesão diminui de maneira considerável, porém, deixando-se
outra vez em repouso, torna a recuperar seu valor ”.
 A bentonita é um material que exibe propriedades tixotrópicas.
 As “lamas tixotrópicas” - ou seja, suspensões em água com bentonita
(ou polímeros, por problemas qualitativos e ambientais) - são muito
empregadas em perfurações para petróleo, fundações profundas, ...
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Peso Específico das Partículas
 O Peso Específico das Partículas (γg) de um solo é, por definição:
PS
γg =
VS
Ou seja, o peso da substância sólida (PS) por unidade de volume (VS).
 Densidade Relativa das Partículas (δ) é a razão entre o peso da parte
sólida e o peso de igual volume de água pura a 4ºC, isto é:
γg
δ=
γa
 Como γa = 1 g/cm3 (peso específico da água à 4ºC), tem-se que:
γg = δ ⋅γa
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Peso Específico das Partículas
 Assim, δ e γg são expressos pelo mesmo módulo, sendo que δ é
adimensional e γg tem dimensão.
 O valor de δ depende do constituinte mineralógico da partícula, para a
maioria dos solos varia entre 2,65 e 2,85; diminui para os solos que
contêm elevado teor de matéria orgânica e cresce para solos ricos em
óxidos de ferro.
 A densidade relativa é determinada pelo clássico método do picnômetro
normatizado pela ABNT/NBR 6508:1984.

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Método do Picnômetro

δaT
P1 − PS = P2 − PS
δ
PS ⋅ δ aT
δ=
PS + P2 − P1
 Onde:
 P1 = peso do picnômetro, solo e água
 P2 = peso do picnômetro com água pura
 PS = peso do solo seco (em estufa)*
 δaT = densidade da água à temperatura TºC
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Ensaio do Picnômetro

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Ensaio do Picnômetro - Exercício
Peso do Peso do Peso do Temperatura Densidade Densidade
Ensaio Solo Seco - Picnômetro, Picnômetro da Água da Água da
Ps (g) Solo e Água e Água – P2 Destilada Destilada – Partícula -
– P1 (g) (g) (ºC) δaT (ºC) δ
A 8,80 73,63 68,04 21 0,9980 2,736
B 18,60 86,17 74,37 22 0,9978 2,729
C 14,50 81,29 72,37 21 0,9980 2,593

 Os resultados são considerados satisfatórios


2, 736 + 2, 729
quando os mesmos não diferirem entre eles
δ=
mais de 0,02. No exemplo acima, os ensaios 2
A e B são válidos, desprezando-se o
resultado do ensaio C. δ = 2, 73
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Granulometria
 Segundo as dimensões de suas partículas, as frações constituintes dos
solos recebem designações de acordo com a escala granulométrica
brasileira (ABNT/NBR 6502:1995):
 Pedregulho, conjunto de partículas cujas dimensões (diâmetros
equivalentes) estão compreendidos entre 60 e 2 mm;
 Areia, entre 2 e 0,06 mm
 Silte, entre 0,06 e 0,002 mm
 Argila, inferior a 0,002 mm.
 Para diâmetros superiores a 60 mm, temos o Matacão e a Pedra,
porém já são perdidas algumas características de solos.

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Granulometria
AASHTO

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Granulometria

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Escala Granulométrica

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Escala Granulométrica
 Abaixo, indica-se as duas escalas granulométricas: a ABNT e a
AASHTO (muito usada para fins rodoviários).

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Curva Granulométrica
 A análise granulométrica, ou seja, a determinação das dimensões das
partículas do solo e das proporções relativas em que elas se encontram, é
representada graficamente pela curva granulométrica.
 Esta curva é traçada por pontos em um diagrama semilogarítmico, no
qual, sobre o eixo das abscissas, são marcados os logaritmos das
dimensões das partículas e sobre os eixos das ordenadas as porcentagens,
em peso, de material que tem dimensão média menor que a dimensão
considerada.
 A forma da curva é a mesma para os solos com composições
granulométricas semelhantes, ainda que as dimensões das partículas
difiram.
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Curva Granulométrica
 Segundo a forma da curva, pode-se distinguir os diferentes tipos de
granulometria:
 Contínua (Curva A) ou Descontínua (Curva B);
 Uniforme (Curva C)
 Bem graduada (Curva A) ou Mal graduada, conforme apresente, ou
não, um predomínio das frações grossas e suficiente porcentagem das
frações finas. Solo mal graduado, que provoca a curva descontínua

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Curva Granulométrica

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Curva Granulométrica

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Diâmetro Efetivo
 Segundo Allen-Hazen, definem-se na curva granulométrica, os seguintes
parâmetros: diâmetro efetivo e grau de uniformidade.
 Diâmetro Efetivo (def ou d10) é o diâmetro correspondente a 10% em
peso total, de todas as partículas menores que ele. Esse parâmetro
fornece uma indicação sobre a permeabilidade das areias usadas para
filtros.

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Grau de Uniformidade
 Coeficiente de Uniformidade (Cu) é a razão entre os diâmetros
correspondentes a 60% e 10%, tomados na curva granulométrica
d60
Cu =
d10
 Esta relação indica, na verdade, a “falta de uniformidade”, pois seu valor
diminui ao ser mais uniforme o material. Considera-se granulometria:
 Muito uniforme, se Cu < 5
 De uniformidade média, se 5 < Cu < 15
 Desuniforme, se Cu > 15

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Coeficiente de Curvatura
 Complementarmente, define-se Coeficiente de Curvatura do solo (Cc):

( d30 )
2

Cc =
d60 ⋅ d10

Onde d30 é o diâmetro correspondente a 30%.


 Para solos bem graduados, seu valor está compreendido entre 1 e 3.
 Além da curva granulométrica, pode-se, também, traçar um histograma
do solo, ou seja, a curva representativa da frequência com que se
apresentam partículas entre determinadas dimensões.

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Análise Granulométrica
 O ensaio de análise granulométrica do solo está normatizado pela
ABNT/NBR 7181:1984. Esta análise está subdividida em dois processos:
 Peneiramento: obtém a distribuição granulométrica dos materiais
granulares, areias e pedregulhos (retidos na peneira nº 200).
 Sedimentação: obtém a distribuição granulométrica para siltes e
argilas (passados na peneira nº 200).
 Para solos, que tem partículas tanto na fração grossa, quanto na fração
fina, se torna necessária a análise granulométrica conjunta.
 Para a preparação das amostras para os ensaios de caracterização, utiliza-
se a ABNT/NBR 6457:1986.

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Processo de Peneiramento
 É realizado com um conjunto de peneiras com aberturas de malhas
normatizadas pela ASTM (American Society for Testing and Materials).
 Utilizado para análise granulométrica de solos cujas partículas têm
dimensões maiores que 0,074 mm (peneira nº 200).

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Processo de Peneiramento
 A indicação da peneira refere-se à abertura da malha ou ao número de
malhas quadradas, por polegada linear.

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Ensaio de Peneiramento - Passos
 Tomam-se os pesos das porções retidas nas diversas peneiras: P1, P2, P3,
..., ou expressos em porcentagens do peso total:
(P1/P) x 100, (P2/P) x 100 , (P3/P) x 100 , ...
 Somando essas porcentagens têm-se porcentagens acumuladas retidas e
tomando o complemento para 100, têm-se as porcentagens acumuladas
que passam.
 Assim:
 100 – (P1/P) x 100 é a porcentagem que passa na primeira peneira;
 100 – [(P1/P) + (P2/P)] x 100 é a porcentagem acumulada que passa na
segunda peneira; e assim por diante.

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Ensaio de Peneiramento

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Processo de Sedimentação
 Existem peneiras mais finas que a de nº 200, porém são pouco
resistentes. Mesmo estas, têm aberturas muito superiores do que as
dimensões das partículas mais finas do solo.
 Por isto, para solos finos (com dimensões menores que 0,074 mm),
utiliza-se o Método de Sedimentação Contínua em Meio Líquido.
 Dentre os diversos métodos, o mais simples foi o desenvolvido por
Casagrande. Ele é baseado na Lei de Stokes (1850), a qual estabelece
uma relação entre o diâmetro da partícula e sua velocidade de
sedimentação em um meio líquido de viscosidade e peso específico
conhecidos.

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Processo de Sedimentação
 A expressão da Lei de Stokes é a seguinte:

2 γg −γa æ d ö
2

v= ⋅ ⋅ç ÷
9 η è2ø
Onde:
η: coeficiente de viscosidade do meio dispersor (varia com a temperatura);
d: diâmetro equivalente da partícula, isto é, o diâmetro de uma esfera de
mesmo peso específico e que sedimenta com a mesma velocidade;
γg: peso específico das partículas do solo;
γa: peso específico do meio dispersor; e
v: velocidade de sedimentação da esfera.
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Processo de Sedimentação
 Assim, a Lei de Stokes nos dá, o diâmetro equivalente da partícula e não
o seu verdadeiro valor. Tirando o valor de d da equação anterior e
expresso em milímetros:

1800 ⋅ η ⋅ v
d= (1)
γg −γa
Ou:

d = A⋅ v (2), sendo A = 1800 ⋅ η


γg −γa
 A Lei de Stokes é válida apenas para partículas menores que 0,2 mm de
diâmetro e maiores que aquelas afetadas pelo Movimento Browniano,
isto é, aproximadamente 0,2 μm.
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Processo de Sedimentação
 A porcentagem do peso total seco de material ainda não sedimentado
(P≤d%) é deduzida pela Teoria do Densímetro:

100 γ g
P≤d % = ⋅ ⋅ ( LD + CT )
Psed γ g −1

Onde Psed é o peso total do solo para o ensaio e também se escreve:

100 γ g
P≤d % = k⋅ ( LD + CT ) , com k= ⋅
Psed γ g −1

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Processo de Sedimentação
 LD é o decimal do número que exprime a densidade multiplicado por 103
(ex: se uma leitura densimétrica é 1,0162, têm-se LD = 16,2).
 CT é a correção das leituras do densímetro por influência da temperatura,
a qual pode ser calculada por:

(γ c − γ a ) − α ⋅ (T − Tc ) = CT ⋅10−3

Onde:
 Tc = temperatura de calibração do densímetro;
 α = coeficiente de dilatação volumétrica do vidro; e
 γc = peso específico da água à temperatura de calibração.
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Ensaio de Sedimentação - Passos
 A técnica consiste em tomar cerca de 50 g de solo (100 g, se arenoso)
que passa pela peneira de 0,074 mm e dispensar em água, à qual se junta,
para melhor dispersão dos elementos, um defloculante (silicato de sódio,
por exemplo).
 Em seguida, leva-se essa solução a um dispersor elétrico ou manual, que
se mantém em ação durante alguns segundos.

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Ensaio de Sedimentação - Passos
 Verte-se toda a solução em uma proveta de 1000 cm3 e completa-se com
água. Coloca-se a proveta em banho com temperatura constante.
 Agita-se a mistura dentro do cilindro e se introduz nela um densímetro,
lendo-se sobre a graduação o seu afundamento progressivo a partir de 30
seg e então, 1 min, 2 min, 4 min, 8 min, 15 min, 30 min, 1 h, 2 h, 4 h, 8
h, 24 h ... do instante que se imobilizou a proveta.

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Ensaio de Sedimentação - Passos
 Em cada leitura do densímetro, toma-se a temperatura da mistura. Como
as suspensões do solo são turvas, a leitura é feita na parte superior do
menisco. Terminado o ensaio, nota-se no sedimento uma distinção de
partículas de dimensão decrescente de baixo pra cima.

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Exemplo de Análise Granulométrica
 A forma mais direta de obter o diâmetro dos grãos é passando-os através
de uma série de peneiras (peneiramento), com aberturas conhecidas, que
permite conhecer os diâmetros superiores a 0,074 mm.
 Para os grãos inferiores a essa dimensão, utiliza-se a sedimentação.
 Utilizando a ABNT/NBR 7181:1984 é usual efetuar a análise
granulométrica de forma combinada. O procedimento compõe-se de três
etapas:
 Peneiramento Grosso
 Sedimentação
 Peneiramento Fino

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Peneiramento Grosso - Exemplo
 a) Determina-se o peso seco total da amostra (Ps);
 b) Com base nos pesos retidos em cada peneira, calculam-se os pesos
retidos acumulados Pi; e
 c) Na sequência, pode-se calcular as porcentagens de material que
passam em cada peneira:

Qg – porcentagem de material passando na peneira


Ps − Pi Ps - peso seco total da amostra
Qg = ×100 Pi – peso retido acumulado até a peneira em
Ps questão

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Peneiramento Grosso - Exemplo

Peso seco total da amostra – Ps (g) 1400,50


Peso do material seco retido na # 2,00 mm – Pg (g) 54,58

Peneira (mm) Peso Retido (g) Peso Retido Acumulado Porcentagem


– Pi (g) passando – Qg (%)
50,0 - - 100,0
38,0 - - 100,0
25,0 - - 100,0
19,0 - - 100,0
9,5 5,59 5,59 99,6
4,8 22,38 27,97 98,0
2,0 26,61 54,58 96,1

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Sedimentação - Exemplo
 a) Obtém-se, para cada leitura do densímetro, o diâmetro máximo das
partículas, mediante a aplicação da Lei de Stokes:

1800 ⋅ η ⋅ (a t) a – altura de queda das partículas, correspondente à


d= leitura do densímetro, em cm.
γg −γa
t – tempo de sedimentação, em s.

 c) Para cada leitura do densímetro, determina-se a porcentagem do solo


em suspensão. Essa porcentagem refere-se à massa total da amostra.

100 γ g
P≤d % = ⋅ ⋅ ( LD + CT )
Psed γ g −1

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Sedimentação - Exemplo
 As curvas de calibração de temperatura e altura de queda são específicas
para cada densímetro.

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Sedimentação - Exemplo
Peso específico dos grãos dos solos – γg (g/cm3) 2,73
Peso do material submetido à sedimentação – Psed (g) 70,0

Tempo Leitura do Temperatura Correção da Altura de Coeficiente de Diâmetro Porcentagem


– t (s) Densímetro (ºC) Temperatura Queda – a Viscosidade da máximo – – Qs (%)
- LD - CT (cm) Água – η (g.s/cm2) d (mm)

30 s 1,02317 20,0 -0,00405 12,7 1,03x10-5 0,0674 43,2


1 min 1,02117 20,0 -0,00405 13,1 1,03x10-5 0,0484 38,6
2 min 1,01913 20,0 -0,00405 13,4 1,03x10-5 0,0346 34,0
4 min 1,01716 22,5 -0,00367 12,7 9,68x10-6 0,0231 30,4
8 min 1,01511 22,5 -0,00367 13,0 9,68x10-6 0,0165 25,8
15 min 1,01108 22,5 -0,00367 13,6 9,68x10-6 0,0123 16,7
30 min 1,00804 25,0 -0,00320 14,1 9,13x10-6 0,00863 10,9
1h 1,00706 25,0 -0,00320 14,2 9,13x10-6 0,00612 8,7
2h 1,00604 25,0 -0,00320 14,4 9,13x10-6 0,00436 6,4
4h 1,00503 20,0 -0,00405 14,5 1,03x10-5 0,00328 2,2
24 h 1,00400 25,0 -0,00320 14,7 9,13x1r-6 0,00127 1,8
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Peneiramento Fino - Exemplo
 a) Com base nos pesos retidos em cada peneira, calculam-se os pesos
retidos acumulados Pi; e
 c) Na sequência, pode-se calcular as porcentagens de material que
passam em cada peneira:

Qf – porcentagem de material passando na peneira


Psed − Pi Psed - peso amostra submetida à sedimentação
Qf = ×N Pi – peso retido acumulado até a peneira em
Psed
questão
N – Porcentagem do material que passa na peneira
#2,0 mm

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Peneiramento Fino - Exemplo
Porcentagem do material que passa na # 2,00 mm – N 96,1
Peso do material submetido à sedimentação – Psed (g) 70,0

Peneira (mm) Peso Retido (g) Peso Retido Acumulado Porcentagem


– Pi (g) passando – Qf (%)
1,20 1,31 1,31 94,3
0,60 6,02 7,33 86,0
0,42 3,30 10,63 81,5
0,25 6,02 16,65 73,2
0,15 8,19 24,84 62,0
0,075 12,32 37,16 45,1

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Peneiramento Fino - Exemplo

Peneiramento
Sedimentação
Peneiramento Grosso

Peneiramento Fino

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Curva Granulométrica - Exemplo

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Exemplo de Análise Granulométrica

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Ensaio do Equivalente de Areia
 O Ensaio do Equivalente de Areia (EA), introduzido por Hveem, em
1950, consiste em agitar energeticamente uma amostra de solo arenoso,
numa proveta contendo uma solução floculante e, após o repouso,
determinar a relação entre os volumes da areia e o volume da areia mais
o dos finos que se separam da areia e floculam. Assim:

h
EA = ⋅100
H
 Para uma areia pura, EA = 100%, decrescendo o seu
valor à medida que aumenta o teor de impurezas ou
de finos. Para argilas, EA é praticamente nulo.
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Ensaio do Equivalente de Areia

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Classificação Trilinear dos Solos
 A identificação do solo é feita em função das porcentagens dos seus
constituintes principais, utilizando-se um diagrama trilinear, no qual,
sobre cada um dos três eixos coordenados se representa uma das três
frações granulométricas: areia, silte e argila.
 Lemo foi o termo
proposto para
substituir “barro”,
com o qual se designa
uma mistura, em
proporções variadas,
de partículas de areia,
silte e argila
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Classificação Trilinear dos Solos
 O diagrama trilinear fundamenta-se em uma propriedade dos triângulos
equiláteros, segundo corolário: “A soma das distâncias de um ponto
interior qualquer aos lados, medidas paralelamente aos três lados, é
constante e igual à altura do triângulo”.

Área do triângulo maior é igual à soma da


área dos três triângulos menores

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Correção Granulométrica
 Na prática, utilizam-se faixas granulométricas, definidas pelas
correspondentes especificações adotadas, entre as quais deverá se situar a
curva granulométrica do solo a utilizar.
 Quando acontece de não ser encontrado nenhum material que satisfaça as
especificações, torna-se necessária uma correção granulométrica,
dosando-se uma mistura de dois ou mais materiais, a fim de que esta
mistura, então, se enquadre na faixa granulométrica.
 Alguns processos geralmente usados para dosagens:
 Processo Algébrico;
 Processo do Triângulo; e
 Construção Gráfica de Rothfuchs.
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Processo Algébrico
 Supõe-se que se deseja compor uma mistura com três materiais M1, M2 e
M3, cujas porcentagens de agregado grosso (a), agregado fino (b) e
material ligante (c) sejam as representadas no quadro abaixo:

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Processo Algébrico
 De imediato, estabelecem-se as seguintes equações:
ì Xa +X a +X a =A
ï
ï
1 1 2 2 3 3

í X1b1 + X2 b2 + X3b3 = B
ï
ï
î X1 + X2 + X3 = 1

 Resolvendo o sistema por elas formado, obtêm-se os valores


ì
ï X1 = ( 2
a − a3 ) ⋅ (B − b3 ) − (A − a3 )⋅ (b2 − b3 )
ï ( a2 − a3 ) ⋅ (b1 − b3 ) − (a1 − a3 )⋅ (b2 − b3 )
ï
ï B − b3 − X1 (b1 − b3 )
í X2 =
ï b2 − b3
ï X3 = 1− (X1 + X2 )
ï
ï
î
 Os quais permitirão dosar a mistura para que ela contenha as
porcentagens A, B, e C desejadas.
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Processo do Triângulo
 Consiste em locar num diagrama trilinear os pontos A, B e C,
representativos dos solos a misturar, e o ponto X, correspondente ao
material que se deseja obter:
 Com as notações da figura,
10 90 demonstra-se que as proporções a
20 80
A tomar dos solos A, B e C para
30 70
x
so

40 60 obter o material X, serão:


-
1

Fi
os

50 X 50
no
Gr

60 1-y 40
Y
C A ...................... 100xy
70 30
x

80 20
B....................... 100y(1 – x)
90 10 C....................... 100(1 – y)
B Total................. 100%
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Ligante
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Construção Gráfica de Rothfuchs
 Princípio da Construção:
 1. A curva granulométrica desejada é, por hipótese, representada pela
diagonal 00´ de um retângulo, em que um dos lados é graduado em
porcentagem, de 0 a 100, numa escala linear. A partir desta escala da
reta 00´ define-se a escala horizontal, relativa aos diâmetros, e que é
uma escala proporcional;
 2. Sobre este diagrama, cujas escalas já estão fixadas, traçam-se as
curvas granulométricas dos materiais, substituindo-as, em seguida,
por segmentos de retas tais que as áreas por eles compreendidas com
as curvas primitivas, sejam compensadas e mínimas em valor
absoluto; e
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Construção Gráfica de Rothfuchs
 Princípio da Construção:
 3. As extremidades opostas destes segmentos são ligadas, duas a duas,
por outros segmentos, os quais interceptam a curva granulométrica 00´
em pontos que, determinam as proporções de cada material.

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Exercícios
1) Determinar o peso específico das partículas de um solo dados:
a) Peso do picnômetro com água = 435,21 g;
b) Peso do picnômetro com 30 g de solo e água até o mesmo nível = 454,13 g;
2) A análise granulométrica de um solo revelou o seguinte resultado:

Pede-se traçar a curva granulométrica e determinar: o diâmetro efetivo (def) e o coeficiente


de uniformidade do solo (Cu)
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Exercícios
3) Em um ensaio de sedimentação uma leitura densimétrica de 1,0236 corresponde a um
tempo decorrido de 8 minutos após o início do ensaio e uma altura de queda de 12,5 cm. A
temperatura do ensaio é de 26ºC. A correção da temperatura (todas as leituras são referidas
a 20ºC) é +0,0008. A quantidade de solo seco, em suspensão, é de 50 g e o peso específico
das partículas 2,70 g/cm3. Determinar o ponto da curva granulométrica correspondente à
leitura referida.
4) A análise granulométrica de um solo constituído por areia, silte e argila forneceu o
seguinte resultado: peso da amostra seca = 59,1 g; e os pesos retidos nas peneiras números
20, 40, 60, 140 e 200 foram, respectivamente: 2,8; 3,4; 8,5; 6,7; e 10,2 g. Do ensaio de
sedimentação resultou que 24,6 g de partículas eram menores que 0,05 mm e 10,2 g
menores que 0,005 mm. Determine as porcentagens de areia, silte e argila de acordo com a
AASHTO e classifique o solo.

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Exercícios
5) Determinar as porcentagens de areia, silte e argila de um solo, de acordo com a escala
granulométrica da AASHTO, sabendo que:

6) Determinar os coeficientes de uniformidade dos solos A, B e C, cujas curvas


granulométricas são indicadas na figura abaixo:

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Exercícios
7) Dadas as curvas granulométricas A, B e C, pede-se:
a) Qual o solo de maior diâmetro efetivo?
b) Qual solo de menor coeficiente de uniformidade?

8) Locar num diagrama trilinear os pontos correspondentes aos solos A, B e C.

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Exercícios
9) Três materiais M1, M2 e M3 têm as porcentagens de pedregulho, areia e silte + argila
indicadas na tabela abaixo. Calcular pelo processo algébrico as porcentagens necessárias de
cada material para que se obtenha uma mistura dentro das especificações dadas na tabela.

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