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DO DIREITO DE VIZINHANÇA

1.1 DAS ÁRVORES LIMÍTROFES

Nos termos do artigo 1.282, CC, a árvore limítrofe é aquela cujo tronco
está na linha divisória de dois prédios, ocasião em que presume-se de forma
relativa que ela pertence a ambos os donos dos prédios confinantes (há uma
presunção de condomínio). Neste caso, caberá as mesmas medidas judiciais
previstas para o uso anormal da propriedade, isto é, será possível o manejo de
ação de fazer ou de não fazer, com a possibilidade de fixação da multa ou
astreintes, e sem prejuízo da reparação de eventuais danos.

Verifica-se que as raízes ou ramos de árvore que ultrapassarem o limite


da propriedade poderão ser cortados até o muro divisório, pelo proprietário do
terreno invadido (art. 1.283, CC). No entanto, tal individuo não pode realizar o
corte na árvore ao ponto de comprometer a vida deste ser vivo, ante a função
socioambiental da propriedade.

Ademais, conforme o art. 1.284, CC, os frutos caídos de árvore no terreno


vizinho irão pertencer ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade
particular. Portanto, em suma, podemos dizer que o dono na árvore não é o dono
dos frutos que dela caírem, mas sim o dono do terreno onde tais produtos se
depositaram.

1.2 DA PASSAGEM FORÇADA E DA PASSAGEM DE CABOS E


TUBULAÇÕES

O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto,
pode, com a condição de realizar o pagamento da indenização pertinente,
constranger o vizinho a lhe permitir a passagem, cujo o rumo será judicialmente
decidido, se necessário.

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