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Corrosão sob tensão

A vida útil de uma estrutura afetada pela corrosão se divide de duas formas, a primeira
é em sua fase inicial que é constituída pelo tempo, antes de qualquer perda de seção
do aço e a outra forma é pelo período em que ocorre a perda do material na
propagação (BRINK,2004). A Perda da seção transversal decorrente da corrosão
aumenta a concentração de tensões pelo fato da diminuição da área efetiva, o que
reduz a capacidade portante da estrutura, causando uma instabilidade e levando a
peça á ruina. Essa corrosão sob tensão ocorre quando o material é submetido a
tensão de trações, formando assim trincas próxima a região solicitada. A propagação
dessa trinca geralmente é lenta até certo ponto, pois quando o estado se torna crítico
a ruptura será brusca ( CÂNDIDO, 2005).

Corrosão galvânica

É um tipo de corrosão que acontece quando há contato entre materiais metálicos


diferentes, quanto maior for o tipo de potencial eletroquímico entre eles maior será a
intensidade da corrosão. Um aspecto importante dessa corrosão é que há presença
de íons metálicos no eletrólito, e quando esses íons forem de materiais mais catódicos
que outros materiais, podem ocorrer corrosão devido à redução dos íons do meio com
a oxidação do metal do equipamento.

No quadro 2.1 será apresentada uma escala de serie galvânica em agua do mar a
25°C para metais e ligas comerciais.

As áreas catódicas e anódicas tem que ser menor possível para se obter um desgaste
menor e mais uniforme.

Série Galvânica em água do mar a 25°C (Nunes; Lobo, apud Castro,1999)

TABELA

Uma tubulação de ferro (aço) enterrada é outro exemplo, pois o anodo é o magnésio
que corrói e o ferro é o catodo que será protegido.
FIGURA 1

Representação esquemática da proteção catódica de tubulação de aço-carbono com


anodo de magnésio (Cândido, 2005).

FIGURA 2

Combinações de metais dissimilares e eletrólitos onde a corrosão galvânica pode ou


não pode ocorrer.

Quando a corrosão galvânica é aplicada de forma a proteger os metais da corrosão, o


metal que funciona como catodo fica protegido, o seja não sofre corrosão,
estabelecendo assim uma proteção catódica. A deterioração vai para o material menos
nobre, sendo assim sacrificado e protegendo o metal principal. Essa proteção catódica
com anodos de sacrifício é comumente usada em cascos de navios, tanques de
navios que apresentam água salgada entre outros. Essa ligação entre materiais
diferentes deve ser sempre precedida de consulta á tabelas, para que assim possa se
prever a possibilidade de caracterizar o anodo e o catodo. Portanto se os metais forem
próximos na tabela de serie galvânica, não haverá esse tipo de corrosão.

FIGURA 3

Estátua de Sun Yat Sen ( instalada em 1930) em São Francisco, EUA (Cândido, 2005)

FIGURA 4

Par galvânico entre aço inoxidável do tipo AISI ( austenitico) e cobre.


Figura 5

Par galvânico entre aço-carbono e cobre

Geralmente, perfis e chapas de aço revestidos por zinco são encontrados em


edificações, e o zinco tem a função de estabelecer um par galvânico com o aço
funcionando assim como o metal de sacrifício. Dentre os materiais presentes nas
construções o zinco está no revestimento das telhas galvanizadas, nas chapas das
lajes steel deck, parafusos zincados, entre outros (CASTRO, 1999). A ferrugem branca
é o resultado da reação entre o zinco e o oxigênio e está presente nos elementos
galvanizados que sofrem corrosão. A ferrugem branca forma um hidróxido de zinco de
cor esbranquiçada, e é comum aparecer em peças armazenadas por grandes
períodos de tempo (CASTRO, 1999). Para evitar essa corrosão deve-se usar lonas de
proteção no transporte das peças e elas devem ser armazenadas com uma leve
inclinação, ventiladas e livres de cargas e sem contato com piso e parede (CASTRO,
1999).

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