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Joaquim Nogueirat.

BOVFM1PSGÓSJP
EDUC AÇ ÃO TECNOLÓGIC A

O Livro do

Guia do
Professor
FICHAS PEDAGÓGICAS

Unidade 1 – O Papel da Tecnologia Unidade 5 – As Energias

1. Transformação de um objeto simples num complexo 1. Torre eólica experimental


2. O que é a tecnologia? 2. Arte, vento e movimento
3. História das técnicas e das invenções 3. Papagaio de papel
4. Impacto social da tecnologia – A política dos 3R 4. Um forno solar
5. Tecnologia e consumo 5. Pilhas e baterias
6. Informação ao consumidor 6. A hidráulica
7. Um dia com o nosso lixo 7. Sistemas hidráulicos tradicionais

Unidade 2 – O Objeto Técnico Unidade 6 – O Projeto

1. História concisa de um objeto técnico (a lâmpada) 1. Problemas complexos


2. A bicicleta 2. Observar. O que é?

3. Os patins em linha 3. O corpo humano

4. A forma e a função dos objetos 4. O movimento do braço e da mão

5. Estes objetos poderiam ser utilizados? 5. O corpo e as suas dimensões

6. A forma e a função dos objetos 6. O esforço humano na deslocação de cargas

7. Princípio de funcionamento. Uma lanterna (de pilhas) 7. A embalagem

8. Análise de um equipamento técnico – a bicicleta


Unidade 7 – Os Materiais
9. Funções sociais dos objetos
1. O comportamento da argila
10. Ciclo de vida dos objetos
2.1. Técnicas específicas: técnicas do papel –
11. A roda. Reconstruir a história de um objeto
Características dos papéis
12. Reconstruir a história de um objeto
2.2. Técnicas específicas: técnicas do papel – Executa um
13. Analisar um objeto mostruário de papéis
2.3. Técnicas específicas: técnicas do papel – Técnicas
Unidade 3 – As Medidas básicas para trabalhar o papel
1. A necessidade de previsão de medidas 3.1. Técnicas específicas: técnicas dos têxteis – Mostruário
de materiais têxteis
2. Improvisar medições
3.2. Técnicas específicas: técnicas dos têxteis – As fibras
3. Medida e normalização
naturais
4. Medida e qualidade
3.3. Técnicas específicas: técnicas dos têxteis – O fio têxtil
5. Critérios de qualidade
3.4. Técnicas específicas: técnicas dos têxteis – A fiação de
6. Do infinitamente pequeno ao infinitamente grande fio têxtil
7. O controlo de qualidade 3.5. Técnicas específicas: técnicas dos têxteis –
Características mais importantes dos tecidos
Unidade 4 – A Comunicação na Tecnologia 4. Técnicas específicas: técnicas cerâmicas – Cozedura

1. Representação técnica de um objeto 5.1. Técnicas específicas: técnicas da madeira – Diferentes


tipos de madeiras
2. As escalas
5.2. Técnicas específicas: técnicas da madeira – As
3. O processo de comunicação
madeiras mais usadas em Portugal
4. Instruções de uso de equipamentos técnicos 6. Técnicas específicas: técnicas do metal – Os metais e
5. A representação gráfica ligas que podes utilizar
6. Simbologia da higiene e segurança no trabalho 7. Confeção de papel na escola

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Unidade 8 – Mensagem Visual e Projeto Gráfico 6. Técnicas específicas do têxtil – Ficha de verificação e
controlo do processo de fabrico e construção
1. Criação de uma roda hidráulica
7. Técnicas específicas da madeira – Ficha de verificação
2. Movimento. Rodas e piões
e controlo do processo de fabrico e construção
3. Tecnologia da bicicleta
8. Técnicas específicas dos metais – Ficha de verificação e
4. Elevar pesos. As roldanas controlo do processo de fabrico e construção
5. Articulações mecânicas
Unidade 10 – As Estruturas Resistentes
Unidade 9 – Fabrico e Construção
1. Construção de pontes
1. Desmontagem e montagem de um objeto
2. Tipos de pontes – classificação estrutural de pontes
2. Criar um produto
3. As estruturas nas coisas naturais
3. O Homem artífice. Os utensílios
4. Analisar estruturas: o guindaste
4. Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação
5. Analisar estruturas: a ponte
e controlo do processo de fabrico e construção
6. Analisar estruturas: o arranha-céus
5. Técnicas específicas do papel – Ficha de verificação e
controlo do processo de fabrico e construção 7. Analisar estruturas: a catedral medieva

ATIVIDADES E PROJETOS

Unidade 1 – O Papel da Tecnologia Unidade 3 – As Medidas

1. Um dia sem eletricidade 1. Quanto medem as coisas?


2. As comunicações: passado e presente 2. Que instrumento de medida utilizar?
3. A lâmpada elétrica: antes e depois 3. Como fazer uma curva com um camião ou autocarro?

4. O impacto social da tecnologia 4. Porque devo ser rigoroso nas medições?

5. Tecnologia ou técnica 5. Efetuar medições técnicas


6. A medida de comprimentos e ângulos
6. Os efeitos sociais e ambientais da atividade técnica na
sociedade
Unidade 4 – A Comunicação na Tecnologia
7. O impacto social e ambiental de uma invenção técnica
– os transportes 1. Um manual de instruções
8. Incineradora de resíduos: um problema ecológico na 2. Como registar uma patente?
região 3. Uma memória descritiva
4. Encontrar uma solução técnica
Unidade 2 – O Objeto Técnico
5. Glossário da tecnologia
1. Desmontar e montar um objeto 6. Representação pelo desenho técnico
2. Estudar o princípio de funcionamento de um objeto
técnico Unidade 5 – As Energias
3. Identificar os elementos constitutivos de objetos técnicos 1. Normas de segurança
4. A forma e a função dos objetos 2. Criar um pequeno motor elétrico (experimental)
5. Como funciona um objeto? 3. De onde vem a energia que consumo?
6. Um objeto técnico 4. Concurso de carros solares

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5. Criar um circuito simples 3. Um quadro sobre a transmissão e transformação de
movimento
6. Montagens elétricas simples (12V)
4. Produção de mecanismos simples que explorem a
7. Construir um forno solar
produção de movimento mecânico (pequenos
8. A energia eólica brinquedos)
5. Construção de marionetas com sistemas mecânicos
Unidade 6 – O Projeto (articulações, ressaltos e eixo-manivela)
6. Construção de pinças extensivas com sistemas de
1. O método de projeto
articulações mecânicas
2. Portefólio de projetos
7. Criação de um brinquedo autómato
3. Planificação de uma atividade humana quotidiana –
cozinhar arroz-doce
Unidade 9 – Fabrico e Construção
4. A importância das fontes de informação
1. Conhecer um objeto
5. Classificar e organizar a informação – Como estão
2. Como produzir um objeto?
organizados os livros nas bibliotecas?
3. Construir uma maqueta
6. Avaliação de um projeto
4. Execução de objetos em que materiais, ferramentas e
7. Resolução de problemas
etapas estão previamente definidas
5. Elaboração de instruções de uso, limpeza e
Unidade 7 – Os Materiais conservação de uma ferramenta, utensílio ou
equipamento
1. Os materiais básicos – Um portefólio de materiais
6. Cuidados a ter
2. Testagem das propriedades técnicas dos materiais
7. e-lixo
3. Economia e reaproveitamento dos materiais
4. Recriar com materiais velhos
Unidade 10 – As Estruturas Resistentes
5. Brinquedos de outros tempos, com muita lata!
1. Estudo de estruturas construídas – abóbadas, cúpulas e
6. Visitar para visitar arcos
7. Reciclagem de papel 2. Uma cadeira em cartão
3. Construir uma estrutura modulada
Unidade 8 – Mensagem Visual e Projeto Gráfico 4. Construção de uma maqueta
1. Descobrir movimentos e mecanismos 5. Realização de ensaios
2. Explorar tipos de movimentos 6. A ponte aguenta? Concurso de construção de pontes

AVALIAÇÃO

Planeamento e avaliação do trabalho de grupo Ficha de avaliação sumativa


Ficha de autoavaliação Registos de avaliação

OUTROS RECURSOS

Roteiro de questões Museus de Ciências e Tecnologia

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APRESENTAÇÕES MULTIMÉDIA

Unidade 1 – O Papel da Tecnologia Unidade 7 – Os Materiais


• Técnica e tecnologia • Os materiais básicos
• As tecnologias no ambiente natural e humano
Unidade 8 – O Movimento
Unidade 2 – O Objeto Técnico • Movimento e mecanismos
• O objeto técnico • Tipos de movimento nos mecanismos
• Análise de um objeto • Operadores mecânicos

Unidade 3 – As Medidas Unidade 9 – Fabrico e Construção


• As medidas • Organização e planificação das tarefas de trabalho
• As grandezas • Principais técnicas de fabrico e construção
• Higiene e segurança no trabalho
Unidade 4 – A Comunicação na Tecnologia
• Situações de comunicação tecnológica Unidade 10 – As Estruturas Resistentes
• Codificação e simbologia técnica • A estrutura – forma, função e módulo; estruturas fixas e
• Representação pelo desenho móveis

• Textos técnicos; memórias descritivas; legendas • A estrutura através do tempo


• Elementos das estruturas
Unidade 5 – As Energias
• A energia, o que é?
• As fontes e as formas de energia

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1 FICHAS
PEDAGÓGICAS
1
Guia do Professor | O livro do Mundo da Tecnologia 5/6
Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 1 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
Transformação de um objeto simples num complexo

Grande parte do nosso planeta é constituído por água.


Desde a Pré-História que o Homem observa a Natureza e
procura formas inteligentes e criativas de a aproveitar.
A observação de um tronco de árvore a flutuar prova-
velmente terá dado origem à primeira forma de navega-
ção. Do tronco à jangada terá sido uma questão de tempo,
pois a sua construção é fácil e não exige ferramentas com-
plexas, bastando juntar vários troncos e uni-los com fibras
vegetais resistentes.
A construção de uma canoa revela, no entanto, um mo-
mento da história do Homem onde o processo de constru-
ção estaria mais evoluído. O homem do Paleolítico, além
de dominar o fogo, já possuía instrumentos manuais de
pedra, que lhe terão permitido escavar o tronco de árvore
e construir uma canoa.

Pesquisa
A maior parte dos objetos que nos rodeiam e que utili-
zamos diariamente têm uma longa história. Muitas outras
espécies também são capazes de produzir objetos: os pás-
saros constroem ninhos, as aranhas constroem teias e o
bicho-da-seda produz o seu casulo. Inicialmente o Homem
criou objetos por imitação da Natureza, em função das
suas necessidades, das exigências do ambiente e da dis-
ponibilidade de materiais. Progressivamente foi capaz de
os alterar, de aumentar o seu grau de complexidade e de
os fazer evoluir.
Seleciona um objeto e pesquisa o elemento natural que
o inspirou, a evolução da sua forma e da técnica de pro-
dução ao longo do tempo.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 2 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
O que é a tecnologia?

A Natureza e a ciência O Homem começou, há milhões de anos, por


Sempre, em todos os tempos, existiram pessoas se confrontar com a Natureza: inicialmente, para
interessadas em observar a Natureza. Não nos re- a sua sobrevivência, e, posteriormente, adap-
ferimos às pessoas que olham para a Natureza por- tando-a para o seu bem-estar.
que há nela flores, aves de penas coloridas, Neste confronto, o Homem criou aquilo a que
penedias soberbas de grandes alturas e ribeiros ale- chamamos o ambiente artefacto, ou seja, o am-
gres que saltam entre seixos. Referimo-nos às pes- biente natural trabalhado pelo Homem. Já não é
soas que observam a Natureza com o desejo de só a Natureza, mas fundamentalmente os obje-
saber o motivo por que certas coisas acontecem. tos, os instrumentos e os equipamentos criados
Por exemplo: por que é que chove? De onde vem pelo Homem que criam o ambiente humano.
a água da chuva? Por que é que, para alguém que O ambiente natural é, assim, alterado para
está voltado para o norte, o sol nasce sempre à di- dar lugar a um novo ambiente – o “ambiente ar-
reita e se põe sempre à esquerda? Por onde é que tefacto”.
anda o sol durante a noite? E por que é que há noi-
tes? E por que é que umas vezes está frio e outras
está calor? E os relâmpagos, o que são? Por que é
criar
que os relâmpagos são acompanhados de trovões,
que fazem tanto barulho? E por que é que o trovão
se ouve, às vezes, quase ao mesmo tempo que se
vê o relâmpago e, outras vezes, só passado algum inventar
tempo?
Há pessoas que fazem perguntas destas sem se
importarem muito com as respostas, mas há outras
que não sossegam enquanto não encontram respos-
conceber
tas que as satisfaçam.
Assim, em todos os tempos existiram homens que
obser varam a Natureza e que, a pouco e pouco, transformar
deram respostas às suas interrogações. O que então
foram descobrindo comunicaram aos seus filhos, e
os filhos aos netos, e os netos aos bisnetos, oral-
mente ou por escrito, e assim pelos tempos fora.
Cada nova geração de seres humanos que aparece criar
no Mundo tem à sua disposição tudo quanto os ho-
mens antes deles pensaram e descobriram. Os novos
podem até repensar o que os seus antepassados já
tinham pensado e achar que estavam erradas as
suas respostas. Então procurarão dar respostas me-
lhores, e assim sucessivamente.
O conjunto de conhecimentos que o Homem pos-
sui em determinadas épocas constitui a ciência
dessa época.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 2 O que é a tecnologia?
(Cont.)

A ciência e a técnica
A vida dos primeiros seres humanos na Terra foi modificar
muito difícil e até custa a compreender como sobre-
viveram a tantos perigos. Toda a Natureza se apre- controlar
sentava como sua inimiga: o sol que queimava, a
neve que enregelava, os ventos que derrubavam, as
trovoadas que metiam medo, os raios que incendia- utilizar
vam, as chuvas que inundavam, os animais que os um produto
atacavam. A tudo o Homem resistiu, inventando as
suas primeiras defesas: os abrigos, os trajes, os ma-
chados, as flechas; inventando construções que lhes
facilitaram a vida: os carros de rodas, as pirogas e
as canoas, os moinhos de vento, as azenhas dos cur-
sos de água, etc. Inventar as rodas dos carros ou as
velas dos moinhos exigiu a meditação de muitas ge- utilizar
rações de homens que, para isso, teriam observado um sistema
atentamente e realizado grande número de expe-
riências; são duas das mais notáveis descobertas da
Humanidade, embora comparadas com o que hoje
temos, nos pareçam de pouco valor. A observação
da Natureza foi-lhes, dia a dia, aumentando o
saber, depois aplicado em construções úteis.

proteger
e conservar
a Terra,
defender
o planeta.

A tecnologia é a ciência e a arte de fazer e


utilizar as coisas. Os seres humanos são os úni-
cos seres vivos capazes de transformar os ma-
teriais existentes na Natureza em utensílios,
O saber é a ciência;
máquinas e sistemas que os ajudam a viver.
a aplicação da ciência é a técnica
Apesar de existirem outros animais que fazem
Descobrir, por exemplo, que uma pedra de gran- utensílios, o modo como o fazem não evolui. A
des dimensões se desloca melhor quando colocada tecnologia humana é diferente: o Homem con-
sobre paus roliços do que diretamente sobre o solo, e segue vislumbrar novas necessidades, descobrir
perceber a razão disso, é ciência; construir um carro novos caminhos para conhecer e reconhecer o
em que se aproveite esse conhecimento, é técnica. valor das descobertas acidentais ou criadas in-
À Descoberta do Mundo Físico, tencionalmente.
Rómulo de Carvalho (adaptado)

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
História das técnicas e das invenções

A história das invenções está associada à história da


c. 600 000 a. C. – Fogo
evolução do Homem.
A capacidade de utilizar o fogo
Como podes observar na barra cronológica, as primei- deu aos povos primitivos maiores
ras invenções surgem como resposta às necessidades do possibilidades de sobrevivência.
Com o fogo, podiam aquecer-se
Homem de se proteger, de se alimentar, de se deslocar… e explorar regiões mais frias.
enfim, necessidades que estavam ligadas à sua própria so- Utilizavam o fogo para se
brevivência e adaptação ao meio. protegerem de animais selvagens
ou para os conduzir a
Com a invenção de novos utensílios e ferramentas armadilhas.
foram surgindo novas atividades e as primeiras civilizações
foram evoluindo. c. 250 000 a. C. – Machado
A invenção da roda permitiu que os povos pudessem Os primeiros machados de pedra
não tinham cabos. Eram
transportar cargas pesadas, desenvolvendo a construção, aproximadamente triangulares,
os transportes e o comércio. com uma das arestas lascadas
até ficar afiada e as outras duas
A máquina a vapor transformou as sociedades. Com a
alisadas de modo a permitir um
concentração de várias máquinas num só lugar desenca- manuseamento mais cómodo.
dearam-se grandes movimentações das populações rurais,
dando origem às cidades industriais.
As invenções e as descobertas científicas foram modifi-
cando profundamente a vida das pessoas e das socieda- 600 000 a. C. 10 000 a. C.
des.
Repara que, atualmente, as invenções tecnológicas, c. 30 000 a. C. – Cerâmica cozida
desde o automóvel aos satélites artificiais, desde o compu- ao fogo

tador à cirurgia por laser, continuam a alterar permanen- Durante a última Idade do Gelo,
caçadores da Morávia
temente as nossas vidas. E o Homem continua a progredir, (atualmente na República Checa)
fazendo novas descobertas e produzindo novos inventos, aprenderam a endurecer
na convicção de que é possível ir mais longe num processo permanentemente o barro,
cozendo-o ao fogo numa lareira.
de evolução infinita. As primeiras cerâmicas cozidas
ao fogo eram miniaturas de
animais de barro.

c. 20 000 a. C. – Agulha
Usando agulhas de osso para
furar peles de animais, uniam-nas
com finas tiras feitas de tendões
de animais ou de couro.

c. 13 000 a. C. – Arpão
Foi inventado o arpão, que é basicamente uma lança
com uma farpa na ponta. A farpa fazia com que a
arma se mantivesse espetada no corpo do animal.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 História das técnicas e das invenções
(Cont.)

4000-3000 a. C. – Escrita c. 5000 a. C. – Mó


Suméria Egipto e Mesopotâmia
A mais antiga forma de escrita que Antes da agricultura ter tido início,
se conhece vem da Suméria. Os o Homem primitivo esmagava as
escribas aperfeiçoaram a técnica sementes selvagens que colhia para
de escrita não na representação da separar as partes não comestíveis.
palavra, mas do som; as palavras Com isto obtinha uma espécie de
eram assim formadas pela farinha grosseira, com a qual fazia
combinação de carateres. um pão não levedado.

c. 3500 a. C. – Prego
Mesopotâmia c. 3500 a. C. – Bronze, Mesopotâmia
Os primeiros pregos de cobre eram pouco O cobre puro era demasiado maleável para ser usado em
rígidos e caros e, por isso, a maioria do ferramentas. Só com o aparecimento do bronze – uma liga
mobiliário antigo tinha de ser feito com de cobre e estanho – as ferramentas metálicas começaram
juntas entalhadas. a substituir as de pedra.

c. 2500 a. C. – Pesos-padrão
Mesopotâmia
c. 3000 a. C. – Fio de prumo
Os pesos primitivos dessa região
Egito eram feitos de pedra e esculpidos
Os construtores egípcios foram os primeiros a utilizar o com a forma de um ganso
fio de prumo – um fio ou cordão com um peso na ponta. adormecido.

5000 a. C. 1000 a. C.

c. 3200 a. C. – Roda c. 1900 a. C. – Fundição do ferro


Mesopotâmia Mesopotâmia
As primeiras rodas eram toscas Os artífices mesopotâmicos que
e sólidas, feitas de três trabalhavam o ferro começaram a efetuar
pranchas presas entre si por a chamada “fusão separadora” do ferro
cavilhas e cortadas em círculo. e começaram a olhá-lo mais
O conjunto girava em torno de favoravelmente. O minério de ferro
um eixo fixo. necessitava de mais combustível para a
sua fundição do que o cobre empregue
c. 1500 a. C. – Garrafa de vidro, para fazer bronze:
Egipto, Grécia, Fenícia era difícil de moldar e enferrujava com
facilidade.
O vidro decorativo apareceu cerca
de 3000 a. C., mas foi só a partir 1000-700 a. C. – Relógio de
de 1500 a. C. que os vidreiros Sol, Egipto
aprenderam a fazer recipientes. Um gnómon (ponteiro do
Mergulhavam um saco cheio de relógio de sol) inclinado
areia numa tina de vidro derretido, o lançava uma sombra que
qual revestia o saco e lhe tomava a mantinha o mesmo
forma. A areia era esvaziada e o comprimento ao longo do dia,
saco desfeito, deixando uma garrafa e era o ângulo da sombra, não
de vidro. o seu comprimento, que
indicava a hora numa escala
c. 1500 a. C. – Colher de pau circular.
Várias origens
As primeiras colheres eram provavelmente simples conchas. Durante
milhares de anos, a colher era, sobretudo, um utensílio de cozinheiro,
mas os antigos gregos usavam colheres exclusivamente para comer ovos.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 História das técnicas e das invenções
(Cont.)

c. 85 a. C. – Moinho, Grécia
A invenção do moinho de água
significou o fim da necessidade de moer
o grão manualmente com um almofariz
e pilão para obter farinha. As primeiras
800-700 a. C. – Serra de ferro, Assíria rodas hidráulicas de azenha ou moinho
As primeiras serras foram simples lâminas de sílex de água giravam na horizontal, e só
dentadas e provavelmente seriam pouco melhores do funcionavam bem em cursos de água de
que raspadores. Só com a fundição dos metais é que caudal rápido.
a serra se tornou numa ferramenta de corte útil.

c. 236 a. C. – Parafuso de Arquimedes c. 300 a. C. – Clepsidra


Origem desconhecida Egito
Muito antes de as bombas terem uso generalizado, os O inventor grego Ctesibius,
camponeses “bombeavam” a água para irrigação com o de Alexandria, criou um
parafuso de Arquimedes. Este relógio de água muito mais
era um tubo inclinado com o preciso. O seu aparelho,
interior em forma de parafuso. provido de engrenagens,
Fazendo-o girar com a chama-se clepsidra e media
extremidade inferior submersa o tempo em horas egípcias,
fazia-se subir a água até ao as quais tinham uma
topo. duração variável.

1000 a. C. 500 a. C. 0 100 200

79 – Compasso e calibrador
Itália
Os pedreiros e carpinteiros romanos foram os
primeiros a desenhar círculos com a ajuda de
compassos e a transferir medidas por meio de
calibradores ou compassos curvos.

124-128 – Cúpula, Itália


As cúpulas, tal como os
arcos, colocam aos
construtores problemas
c. 190 a. C. – Pergaminho, específicos, pois não são
Ásia Menor estáveis enquanto a última
pedra (dita de fecho) não for
105 – Papel, China colocada. Os construtores
Atribui-se geralmente a um das primeiras cúpulas
oficial da corte chinesa, faziam-nas pontiagudas na
chamado Tsai Lun, a invenção parte superior e usavam
do papel, cerca do ano de anéis de alvenaria que eram
105. Ele descobriu que quase autossuportáveis.
todas as fibras vegetais
faziam bom papel se moídas 200 – Patins, Escandinávia
e embebidas em água. Os Só há prova da utilização de patins a partir de 200:
chineses guardaram o um patim de ferro, de cerca dessa data, encontrado
segredo do fabrico do papel na Escandinávia. No entanto, os peritos pensam que
tão ciosamente que este só os primeiros patins tenham sido lascas de osso fixadas
chegou à Europa mais a botas. Usava-se, provavelmente, uma vara como
de mil anos depois. alavanca para ajudar os patinadores a avançarem.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 História das técnicas e das invenções
(Cont.)

600 – Arado, Europa


O arado simples podia trabalhar bem os solos arenosos
das margens do Mediterrâneo, mas não servia para os
pesados solos argilosos do Norte da Europa. Assim, cerca
do século VII, os alemães conceberam um arado mais c. 1000 – Roda de Fiar, Ásia
pesado e eficiente. Puxado por uma junta de bois, o arado Por volta do século XI, os tecelões indianos começaram a
de aiveca, ou charrua, teve um papel importante na utilizar a roda de fiar para acelerar o processo de fiação.
alteração da paisagem do Norte da Europa. A roda de fiar só foi introduzida na Europa no início
do século XIV. A sua chegada veio incrementar o fabrico do fio.

650 – Moinho de vento, Pérsia c. 1000 – Came


As primeiras referências a Origem desconhecida
moinhos de vento vêm da Pérsia. As cames, excêntricos ou ressaltos, eram já
As velas destes primeiros moinhos conhecidas no século I. Héron de
(chamados panémonas) giravam Alexandria escreveu que elas podiam
num eixo vertical, o que acionava converter um movimento de rotação num
diretamente as mós. linear alternativo, ou de vaivém, mas
aparentemente deu pouca aplicação a este
conhecimento.

600 800 1000 1200 1500

1200 – Lente de aumento, 1421 – Patentes, Itália


Inglaterra Ao requererem patentes, os inventores revelam pormenores
O bispo de Lincoln, Robert do seu trabalho em troca de proteção contra cópias não
Grosseteste, foi o primeiro a autorizadas. Este sistema promove a divulgação do conhecimento
sugerir a utilização de lentes de ao mesmo tempo que protege os interesses do inventor.
aumento para ampliar pequenos
objetos. Também “anteviu” o 1300-1779 – Prensa tipográfica, Alemanha
telescópio, quase 350 anos no Gutenberg aperfeiçoou a imprensa ao inventar tipos móveis metálicos.
futuro, comentando que “poderia Fabricava moldes de cada letra e vazava neles metal fundido para
fazer pequenas coisas colocadas obter os carateres móveis desejados – o
à distância parecerem tão grandes chamado tipo. Formava frases, parágrafos
quanto se quisesse…”. e páginas, e passava-lhes com um rolo com
tinta por cima. Pressionando o papel
branco humedecido contra o conjunto das
letras – a forma – com tinta, obtinha-se uma
cópia impressa.

1470-1480 – Astrolábio de navegador, Portugal


Desde o século III a. C. que os astrónomos utilizavam
astrolábios – mapas circulares dos céus. Entre 1470 e 1480,
1090 – Bússola magnética, China, Arábia os navegadores portugueses adaptaram o astrolábio para
Uma agulha flutuante magnetizada aponta uso naval. Eliminaram o mapa estelar e transformaram-no
sempre na mesma direção. A bússola num simples instrumento de navegação, destinado a
magnética aponta sempre na mesma direção. determinar a latitude das terras e a posição do navio no mar.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 História das técnicas e das invenções
(Cont.)

c. 1590 – Telescópio, Origem desconhecida


As origens do telescópio de refração – um telescópio que utiliza lentes em vez de espelhos – são obscuras.
Em 1608, diz-se que Hans Lippershey, um oculista holandês, colocou duas lentes sobrepostas e, olhando através
delas, reparou que um telhado distante parecia ampliado. Em 1634, Hans Janssen descreveu a forma como
copiou um telescópio italiano datado de 1590. Independentemente de quem tenha sido o inventor do instrumento,
Galileu foi o primeiro a aplicá-lo de forma útil à observação astronómica, em 1609.

1592 – Termómetro, Itália 1660 – Junta universal, Inglaterra


O italiano Galileu Galilei utilizou um tubo A junta universal mantém duas peças
de vidro cheio de ar mergulhado num firmemente unidas permitindo o
recipiente de líquido colorido para fazer movimento em todas as direções. O
o primeiro termómetro. Quando o ar inglês Robert Hooke construiu a primeira
contido no tubo aquecia e se expandia, junta universal para um telescópio. Com
empurrava o nível do líquido para baixo. esta junta, podia apoiar firmemente o
Era um sistema primitivo, e os posteriores instrumento e apontá-lo para qualquer
termómetros selados de álcool, bastante ponto do céu. Desde então, a junta tem
mais precisos, baseavam-se na dilatação sido utilizada em máquinas, incluindo
do próprio fluido. as transmissões dos automóveis.

1623 – Calculadora, Alemanha 1752 – Para-raios, América do Norte


Wilhelm Schickard de O estadista e cientista Benjamim Franklin demonstrou que os
Tubinga, na Alemanha, relâmpagos eram uma forma de eletricidade, fazendo voar um
inventou, em 1623, a papagaio de papel durante uma tempestade. A linha do
sua máquina de somar, papagaio conduziu a eletricidade a uma chave metálica ligada
uma calculadora a ela, próxima do solo. Saltaram faíscas na chave mostrando a
mecânica simples. existência da carga elétrica. Isto levou-o a inventar o para-raios
para proteger os edifícios das tempestades.

1600 1700 1750

1650-1654 – Bomba de vácuo 1765 – Máquina a vapor, Escócia


Alemanha James Watt, um fabricante de
O físico Otto von Guericke instrumentos científicos, em Glasgow,
construiu a primeira bomba para recebeu um modelo de uma máquina a
extrair ar em vez de água. Com vapor de Newcomen para reparar.
ela, criou vácuo entre duas meias Ficou admirado com a ineficácia de
esferas. A pressão atmosférica máquina e, em 1765, introduziu-lhe
exterior manteve os dois hemisférios uma série de melhorias. Em 1769,
fortemente unidos. O seu trabalho patenteou uma máquina mais
pioneiro possibilitou a invenção da aperfeiçoada que condensava o vapor
máquina a vapor atmosférica. num cilindro separado, diminuindo em
70% o consumo de combustível.
1675 – Relógio de bolso 1757 – Sextante, Inglaterra
Países Baixos John Campbell criou o sextante
O holandês Christian Huygens não adaptando-o do octante, que
só inventou o relógio de pêndulo era mais rigoroso. Quando
como concebeu uma forma de usado juntamente com um
miniaturizar um relógio de modo a cronómetro, o sextante
este caber numa algibeira. Para permitia aos marinheiros
isso, melhorou os relógios portáteis determinarem a sua posição
existentes (inventados pelo alemãos no mar. O sextante foi
Peter Henlein cerca de 1500), aperfeiçoado pelo almirante
sendo o primeiro a adaptar uma português Gago Coutinho,
mola à roda de balanço, tornando permitindo a sua utilização em
os relógios mais fiáveis. aviões.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 História das técnicas e das invenções
(Cont.)

1827 – Diferencial, Onésiphore Pecqueur


Se um eixo ligar rigidamente as duas rodas motrizes de
um veículo, o virar causa problemas: a roda interior deve
rodar mais lentamente que a exterior ou uma delas
derrapa. Para evitar isto, todos os carros possuem uma
pequena caixa de engrenagens chamada diferencial.

1831 – Dínamo, Michael Faraday


Michael Faraday levou a cabo experiências
que mostraram que um íman em movimento
gerava uma corrente num fio. Havia provado
que a eletricidade se podia produzir sem
1785 – Tear mecânico
químicos: anteriormente as baterias eram a
Edmund Cartwright única fonte desta energia. Os princípios que
1839 – Velocípede ele enunciou levaram à invenção do dínamo.
Nos finais do século XVIII, algum do
trabalho pesado de tecelagem antes Kirkpatrick Macmillan
produzido pelos trabalhadores, como O ferreiro escocês 1856 – Fabrico de aço, Henry Bessemer
mover os teares, era feito por Kirkpatrick Macmillan O fabrico de aço envolve a fusão de ferro-gusa e
animais. O clérigo inglês Edmund construiu a primeira queima de algum do carvão que ele contém. O aço era
Cartwright foi o primeiro a projetar bicicleta na altura um metal de produção muito dispendiosa até que o
um tear de acionamento mecânico chamada velocípede. inglês Henry Bessemer apresentou um novo processo de
em 1785, se bem que só dois anos produção do aço. Se bem que outros tenham
mais tarde tenha construído um reivindicado este processo, Bessemer foi quem primeiro
protótipo. o patenteou e ainda hoje conserva o seu nome.

1800 1850 1900

1800 – Bateria
Alessandro Volta
Volta construiu a 1860-1870 – Broca em espiral
primeira bateria feita à máquina, Vários
com uma pilha de
Todas as brocas eram em forma
placas de zinco e
1876 – Telefone, Alexander Graham Bell de colher ou goiva até à
de cobre
Quando procurava uma maneira de transmitir várias invenção da broca em espiral
intercaladas com
mensagens telegráficas em simultâneo por um único fio, que permitia velocidades de
tecido embebido
Alexandre Graham Bell inventou o telefone. As primeiras perfuração muito maiores.
em água salgada.
palavras que pronunciou ao telefone foram ouvidas Vulgarizaram-se por volta de
quando, depois de ter entornado ácido das baterias nas 1860, com o desenvolvimento
calças, gritou ao seu assistente pedindo-lhe ajuda: das máquinas que as
“… vem cá, preciso de ti!”, o qual ouviu as palavras fabricavam.
vindas do novo aparelho que haviam construído.
1885 – Automóvel, Karl Benz
A invenção dos automóveis
com motores a gasolina
é reivindicada por muitos
inventores.
1821 – Motor elétrico, Michael
Faraday
O cientista inglês Michael
Faraday apresentou um simples 1885 – Motociclo, Gottlieb Daimler
dispositivo, em que um fio Gottlieb Daimler construiu um motociclo
conduzindo corrente elétrica para demonstrar a praticabilidade dos
rodava em torno de um íman. veículos com motores a gasolina.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 História das técnicas e das invenções
(Cont.)

1914 – Fecho de correr, Otto 1960 – Laser, Theodore Maiman


Frederick Gideon Sundback A luz produzida pelo laser tem qualidades
O americano Witcomb L. especiais. O feixe de luz não se espalha, como a
Judson lançou em 1893 luz de uma lanterna, e os milhões de ondas
o “fecho para apertar luminosas do feixe estão perfeitamente
ou desapertar sapatos”. sincronizadas. Em 1960, o físico americano
Chamavam-se fechos de Theodore Maiman foi o primeiro a construir um laser
correr e não eram práticos funcional que produziu um impulso de luz vermelho-
na roupa por serem -rubi, nos Hughes Research Laboratories. Já haviam
propensos a abrirem-se ou a sido experimentados, anteriormente, dispositivos
encravarem. Mas em 1914, similares, mas nenhum produziu luz visível.
o sueco Otto Sundback
concebeu o primeiro fecho 1982 – Coração artificial Robert
de correr funcional. K. Jarvik
Em 1982, um cirurgião norte-
-americano substituiu o coração de
1946 – Computador
um homem por um coração
Konrad Zuze, John V. Atanasoff, John artificial acionado a ar
Eckert e John Mauchly comprimido construído por Robert
O primeiro computador eletrónico Jarvik. A operação foi bem-
funcional foi uma máquina enorme, -sucedida e o coração bombeou
chamada ENIAC (Electronic Numerical o sangue durante 16 semanas.
Integrator And Calculator), construída pelos Atualmente, os corações artificiais
americanos John Eckert e John Mauchly. são usados como substitutos
temporários até haver um dador.

1910 1950 2005

1959 – Circuito integrado


Fairchild Semiconductor, EUA
Os circuitos integrados, usados
atualmente, foram fabricados pela
primeira vez por Bob Noyce, na
companhia Fairchild Semiconductor. 1981 – Vaivém espacial, EUA
Com o lançamento do vaivém espacial Columbia, a 12 de
abril de 1981, a NASA atingiu o seu objetivo de construir um
1962 – Satélite de comunicações, veículo espacial reutilizável. Os foguetões que o antecederam
Bell Laboratories, EUA não eram recuperáveis: uma vez que tivessem lançado um
Colocados em órbita no espaço, os satélites de satélite ou qualquer outra carga, desintegravam-se na
comunicações recebem sinais que lhes são dirigidos atmosfera terrestre.
e retransmitem-nos para um recetor no solo, às vezes Cartão inteligente, Kunitaka Arimura,
situado noutro continente. Em 1962, o Telstar I foi o Roland Moreno
primeiro satélite a redifundir uma imagem de
A ideia de colocar uma memória num
televisão.
cartão de crédito, encastrando-lhe um
chip de computador, foi concebida
c. 1962 – Prancha de skate, Vários independentemente por um cientista
Os primeiros skates eram simples tábuas pregadas a patins. japonês e por um jornalista francês.
Na década de 60, os
surfistas californianos Mapa do genoma humano
construíram pranchas mais O progresso na medicina irá acelerar quando o projeto da
perfeitas utilizando cartografia do genoma humano atingir a maturidade.
contraplacado e, por volta de O objetivo do projeto, iniciado na
1962, foram postos à venda década de 80, é a construção de um
os primeiros skates mapa computorizado de todos os
comerciais. genes do corpo.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 4 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
Impacto social da tecnologia – A política dos 3R

A política dos 3 R
Reduzir
Muitos produtos podem ter consequências nega- A redução é a melhor forma de diminuir os efeitos nega-
tivas para o ambiente, depois de terminada a sua tivos dos resíduos no ambiente e é conseguida através da di-
utilidade. minuição de resíduos pela indústria, pela utilização de novos
materiais biodegradáveis e pela adoção de novos processos
Basta olhar, por exemplo, para os enormes cemi- e tecnologias menos poluentes.
térios de automóveis para compreendermos que Os consumidores, por seu lado, devem evitar consumos
desnecessários e seguir alguns exemplos, tais como:
estas imensas quantidades de metal a enferrujar, de – não utilizar loiça descartável;
plásticos a deteriorarem-se, de óleo e combustível a – usar caixas resistentes para guardar alimentos, em vez
verter estão a envenenar os solos, os lençóis de água de os embrulhar em folhas de plástico ou de alumínio;
– reutilizar os sacos de supermercado;
e a vida animal, além de interferirem, visualmente, – comprar embalagens familiares, em vez de embalagens
na paisagem. individuais;
– preferir produtos com recarga.
Por outro lado as populações também poluem. A
produção em massa, por um lado, melhorou a qua-
lidade de vida pela quantidade e variedade de pro-
dutos que temos à nossa disposição mas, por outro Reutilizar
lado, esta “sociedade de consumo” tem um lado ne- A reutilização é a utilização de um produto mais de uma
vez, não necessariamente para o mesmo fim para o qual foi
gativo, que se traduz no consumo excessivo e no concebido.
desperdício. Existem objetos que são concebidos para serem usados
várias vezes, em vez de serem deitados fora depois da pri-
Calcula-se que uma família média, nos países meira utilização. A opção por produtos reutilizáveis diminui
tecnologicamente desenvolvidos, deite fora anual- a curto prazo a quantidade dos resíduos domésticos que têm
mente várias toneladas de lixo e desperdício. que ser eliminados.
Eis alguns gestos simples que cada um pode fazer para
reutilizar:
– utilizar garrafas de vidro com depósito, que têm retorno
e podem ser utilizadas novamente;
– utilizar o verso das folhas já usadas para rascunho;
– utilizar embalagens diversas (copos de iogurte, de ge-
lado, etc.) para guardar pequenos objetos (clipes, cane-
tas, berlindes, jogos, etc.);
– usar frascos de vidro para guardar compotas e doces.

Reciclar
A reciclagem traduz-se fundamentalmente na valorização
de determinados componentes dos RSU (Resíduos Sólidos Ur-
banos), na qual se recuperam ou regeneram diferentes maté-
rias, por forma a dar origem a novos produtos. É também
uma forma de diminuir a quantidade de resíduos, poupando
recursos naturais e energéticos.
É necessário que os materiais sejam sujeitos a uma sepa-
ração na origem, para poderem ser reciclados.
Exemplos de produtos recicláveis:
– o papel e o cartão são reciclados para darem origem a
papel e cartão novos;
– os metais podem ser fundidos e dão origem a novas
peças;
Esta situação tem vindo a preocupar as autoridades – as embalagens de vidro, após reciclagem, podem dar
locais e nacionais e os cidadãos, exigindo soluções origem a novas embalagens;
de modo a ultrapassar estes problemas. Daqui re- – os plásticos também podem ser recuperados quer quí-
mica quer fisicamente e moldados de novo.
sulta a política dos 3 R.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 5 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
Tecnologia e consumo

Consumo crítico de tecnologia


Qualquer atividade de produção e de consumo tem um Será que necessitamos realmente de todos
custo ecológico. os objetos que usamos?
A procura crescente de produtos fabricados e o desen-
volvimento não controlado da produção é acompanhado
por poluição e conduz a um esgotamento dos recursos.
O crescimento da produção, indispensável em muitos
casos para satisfazer o aumento da população mundial e
as suas necessidades mínimas, não é o único recurso.
É possível viver melhor na condição de produzir e de
consumir de outro modo.
Os fabricantes e comerciantes aliciam-nos a deitar fora
produtos antigos e a comprar novos.
No entanto, devemos ter em conta que os bens produ-
zidos devem ser úteis, duráveis, sem perigo para o am-
biente, e devem ser fáceis de reparar e de reciclar.

Avaliar a necessidade de um produto

Será que tenho realmente necessidade deste produto?


Há quanto tempo existe?
Como se fazia antes da existência do objeto?
Como é constituído? Que elementos contém?
Qual a natureza dos materiais que o compõem?
Trata-se de materiais recicláveis?
Será que não estou a abusar de um recurso natural
que não é renovável ou só o é muito lentamente?
Reflete e decide Poder-se-ia fazer o produto de outra maneira, ainda
que para o mesmo uso (durabilidade, reparabilidade)?
Antes de adquirires um produto, procura responder ao
Ao utilizá-lo/manuseá-lo porei em causa a minha in-
conjunto de questões que o quadro apresenta de forma a
tegridade física ou a dos outros?
equacionares a sua necessidade.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 6 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
Informação ao consumidor

A embalagem
A embalagem é muito importante para o arma-
zenamento e a proteção do conteúdo contra a dete- Análise de uma embalagem
rioração, por insetos e humidade, e a danificação. • Com que materiais é fabricada? Serão tóxicos? De onde
provêm?
Pode servir de poderoso instrumento de comer-
• Podemos recuperar e/ou reciclar esta embalagem? Em
cialização através de formas, cores e texturas esteti- caso afirmativo, como reutilizá-la?
camente atraentes, conferindo uma identidade à • Quantas embalagens envolvem o produto?
linha do produto que acondiciona, de tal forma, que • Podemos encontrar o mesmo produto com outra apresen-
chega a induzir o consumidor a adquirir um produto tação?
cujo volume ou dimensões não correspondem à rea- • A embalagem excede em muito o volume do produto?
lidade. • A embalagem contém todas as informações de que neces-
sito para me esclarecer sobre o produto?
Mas a embalagem encerra alguns fatores de
risco que importa estudar, pois, pelo seu processo
de fabrico, pode pôr em causa o ambiente e o con-
sumidor. É o caso do plástico esponjoso, que é um Rotulagem
material muito útil para as embalagens, mas cujo
A rotulagem de um produto é o seu “bilhete de identi-
conteúdo é profundamente prejudicial ao ambiente, dade”. Como instrumento de informação, o objetivo da ro-
pois não é possível reconvertê-lo depois de usado. tulagem é dar a conhecer o produto ao consumidor, para
que este faça opções corretas de compra e disponha de ele-
mentos sobre a sua utilização.
As indicações dos rótulos devem ser completas,
rigorosamente verdadeiras, precisas e esclarecedoras,
quando respeitem à natureza do produto: composição, qua-
lidade, quantidade, validade, condições de conservação e
utilização ou a qualquer outra característica própria do bem
a que se referem.
O consumidor, ao tomar contacto com um produto que
pretenda adquirir, deve ficar a conhecê-lo através do respe-
tivo rótulo.

Observa e analisa
No rótulo deste alimento pré-embalado estão in-
cluídas as menções obrigatórias sobre:
1) a denominação de venda, ou seja, o nome do
produto que indica a sua verdadeira natureza;
2) a lista de ingredientes, que são todas as subs-
tâncias que o compõem, incluindo os aditivos
que nele se integram;
3) a data de durabilidade mínima;
4) o nome da firma que lançou o produto;
5) a quantidade líquida existente na embalagem;
6) outras menções, tais como a origem e as con-
dições especiais de conservação e o modo de
utilização.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 7 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
Um dia com o nosso lixo

Em todas as atividades por nós desenvolvidas é quase inevitável a produção de resíduos.


O hábito de produzir resíduos faz com que tal passe muitas vezes despercebido; no entanto,
deve-se parar e pensar em todas as atividades que diariamente contribuem para o seu
aumento.

Pela manhã, à hora do pequeno-almoço, são mui-


tos os produtos que enchem as nossas mesas e, no
Quando se fala em 1,3 kg de fim, o nosso caixote do lixo. As embalagens do leite,
resíduos produzidos por cada do sumo, do iogurte, as cascas de fruta, os restos
um de nós por dia, parece-nos de pão, enfim, tudo o que torna a primeira refeição
um exagero. Todavia, se recor- agradável, depois de alguns minutos de uso, lá vai
darmos o nosso dia a dia, facil- tudo para o caixote.
mente entenderemos esse valor. Na escola ou no trabalho, são muitas as situa-
ções que produzem resíduos, basta olharmos à
nossa volta.
Na escola, os papéis que se rasgaram ou que têm erros, os lápis que ficaram pequenos,
as canetas que deixaram de escrever e os restos do tão esperado lanche à hora do intervalo,
todos estes resíduos vão para o mesmo saco!
No escritório, o papel que tem erros, informações desatualizadas ou inúteis, os copos de
plástico para café ou para a água, os plásticos ou alumínios que envolvem os novos materiais
de escritório, os tinteiros das impressoras, vão todos para o mesmos saco!
Nas fábricas, as embalagens das matérias-primas, os produtos com defeitos, os restos de
matérias-primas, vão todos para o mesmo saco!
Em casa, todas as embalagens de produtos utilizados nas limpezas diárias, os jornais e as
revistas que já foram lidos, vão todos para o mesmo saco!
O almoço e o jantar, apesar de serem talvez os momentos mais esperados do dia, repre-
sentam, a nível da quantidade de resíduos, um verdadeiro banquete: grandes quantidades e
de variadíssimas qualidades. Desde restos de alimentos, embalagens de vidro e até papel e
cartão. E mais uma vez vão todos para o mesmo saco!
Quando é altura de reabastecer a despensa e fazer Por isso pense! Se tivesse que carregar
consigo todo o lixo que produz, ao fim de
compras, se imaginasse o que paga e logo a seguir deita
um mês tinha cerca de 40 kg às costas.
fora, mudaria a sua atitude. Senão pense: quando compra
produtos com embalagem dupla, por exemplo uma caixa Livre-se dele de forma inteligente. Reduza
de cartão e de plástico, paga, para além do produto, as a quantidade de lixo que produz, faça as
duas embalagens; e, no entanto, pelo menos uma delas suas compras de uma forma consciente.
está condenada a curto prazo a ser colocada no caixote Crie novos produtos a partir de resíduos.
do lixo.
Separe o lixo que produz e coloque-o
Quanto aos sacos de plástico que traz do supermercado, nos ecopontos e ecocentros.
são finos mas resistentes; por isso, cada vez que fizer com- Assim poderá contribuir de forma eficaz
pras traga o menor número possível. A sua degradação para a resolução deste grande problema
pela Natureza demora muitos anos e, durante esse período, que são os resíduos.
pode contaminar águas e solo.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 1 UM MUNDO DE OBJETOS
História concisa de um objeto técnico (a lâmpada)

O objeto técnico é um produto tecnológico com uma


determinada forma, funcionalidade e história. A sua evo-
lução ao longo dos tempos representa as mudanças cien-
tíficas, conceptuais e operativas mobilizadas para
responder às necessidades do Homem.
Com mais de 200 anos de desenvolvimento tecnoló-
gico, a iluminação artificial tem origens mais remotas.
Desde que o Homem dominou o fogo, ainda na Pré-Histó-
ria, sentiu a necessidade de criar um mecanismo que ilu-
minasse pessoas e objetos após o pôr do Sol. Já se usavam
lamparinas primitivas nas cavernas, depois surgiram to-
chas, velas e lampiões a gás e a óleo, mas foi apenas no
século XIX que se produziu uma lâmpada pela primeira
vez.

Observa
Certos materiais, como o ferro, por exemplo, quando
aquecidos a altas temperaturas emitem luz. A esse fenó-
meno dá-se o nome de incandescência. Foi esse o princípio
que Thomas Edison utilizou para produzir a primeira lâm-
pada elétrica.
Não se poderá, propriamente, afirmar que Thomas Edi-
son inventou a lâmpada, mas foi o primeiro a desenvolver
um modelo de lâmpada incandescente comercializável, em
1879. Este facto resultou de vários anos de estudo e inves-
tigação e do esforço de muitos outros cientistas.

Existem diversos tipos de lâmpadas:


• incandescentes;
• halogéneas (criadas no início do século XX);
• fluorescentes (surgiram na primeira metade do século
XX);
• LED – Light Emitting Diode (díodo emissor de luz), que
surgiram na segunda metade do século XX.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 2 UM MUNDO DE OBJETOS
A bicicleta

8
8

10

3
5

9 9

6
7

A bicicleta é um equipamento que conheces bem. A sua Vamos observar os principais componen-
função principal é a de transportar pessoas por lazer, des- tes e sistemas de funcionamento da bicicleta.
porto ou necessidade de deslocação.
1. Quadro de bicicleta
Em muitas cidades de países desenvolvidos está a in-
2. Guiador
crementar-se o uso da bicicleta por razões ambientais, uma
3. Forquilha
vez que não produz poluição. 4. Selim
A desmontagem e montagem da bicicleta para a sua 5. Roda pedaleira
manutenção permite-nos conhecer os seus componentes 6. Pedais
principais e perceber a maneira como funcionam. 7. Rodas e pneumáticos
8. Travões
Que qualidades pretendemos para um objeto como a 9. Rodas de transmissão
bicicleta? És capaz de responder? 10. Corrente de transmissão

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 3 UM MUNDO DE OBJETOS
Os patins em linha

A patinagem em linha é um dos desportos atuais que mais se desen-


volve.
As peças mais importantes do equipamento para a patinagem em
linha são os patins, que devem ser muito bem ajustados para ser cómo-
dos e seguros.
O equipamento para a prática de patinagem deve ser completado
por apetrechos de segurança: o capacete para proteção da cabeça; as
cotoveleiras para proteger os cotovelos; as joelheiras para proteção dos
joelhos; os protetores de pulsos. Para patinar à noite devem ser coloca-
das no capacete, nos patins e na roupa tiras refletoras para se ficar Capacete
bem visível.

Proteções de pulsos

O patim e as rodas Diferentes


tipos de
rodas

Cotoveleira

Rodas
As rodas exercem o maior efeito no teu desempenho. Os seus tama-
nhos medem-se em milímetros. Quanto maior for a roda, mais depressa
girará. Também é importante o grau de dureza, cujo fator é indicado
pelo durómetro e que varia entre 74A e 932A. Quanto mais baixo for
o número, mais mole será a roda, e terá, por isso, maior aderência ao
piso.
Uma estrutura na parte de baixo dos patins segura as rodas no seu
lugar. A maior parte das estruturas tem cerca de 30 cm de comprimento. Joelheiras

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 4 UM MUNDO DE OBJETOS
A forma e a função dos objetos

A fábula da Raposa e da Cegonha


Certa Raposa matreira, para pregar uma partida a uma Os objetos servem sempre uma
Cegonha, convidou-a para almoçar umas papas doces, das
função
quais ambas gostavam muito. A Cegonha confiadamente
apareceu em casa da Raposa à hora marcada. Um cheiro
apetitoso andava no ar e a Cegonha impaciente, ora num
pé ora noutro, esticava o longo pescoço para a cozinha, à
espera do tão desejado almoço. De facto, após uma longa
meia hora de espera, D. Raposa apareceu com as papas
fumegantes e cheirosas estendidas numa… travessa.
Pôs a travessa entre as duas e disse:
– Vá comendo, amiga Cegonha. Coma à vontade o
que puder, porque quando acabarem não há mais.
A Cegonha, aflita, ia bicando o mais que podia. Mas
o seu duro bico, ainda que batesse apressado e com força
no fundo da travessa, não trazia mais que um pouquinho
de papas de cada vez. A Raposa, pelo contrário, esten-
dendo uma longa língua húmida e vermelha, lambia a tra-
vessa de ponta a ponta, arrastando para dentro da
bocarra enormes quantidades de papa. Em breve a tra-
vessa estava vazia e a Cegonha com tanta fome como a
que tinha trazido.
Calando a sua humilhação despediu-se da “amiga”
agracedendo.
Tempos mais tarde, recebeu a Raposa convite da Ce-
gonha para ir cear com ela também… umas papas doces.
A Raposa, gulosa, foi. A mesma impaciência, a mesma es-
pera, e, por fim, apareceu a Cegonha com as papas sa-
borosas dentro de… uma garrafa.
– Vá comendo, amiga Raposa.
E a Cegonha pousou a garrafa entre as duas.
– Sirva-se à vontade do que puder. Quando acabarem
não há mais.
E claro, não é preciso dizer que, enquanto a Cegonha
comeu calmamente mergulhando o bico até ao fundo da Observa
garrafa cheia de papas, a Raposa, essa, mais não conse- A travessa e a garrafa têm formas diferen-
guiu que umas sôfregas lambidelas, de língua esticada tes. Podes observar que, em qualquer dos
dentro do gargalo. casos, a forma dos objetos não se adaptava à
E, quando as papas acabaram, a raposa despediu-se função a que se destinava, servindo unica-
com um sorriso amarelo nos cantos do focinho, sem ter con- mente um dos gulosos animais.
seguido sequer provar as tão desejadas papas. A forma dos objetos está sempre relacio-
Fábulas de La Fontaine (texto adaptado) nada com a sua função.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 5 UM MUNDO DE OBJETOS
Estes objetos poderiam ser utilizados?

Os objetos são criados para cumprir uma função


e responder a uma necessidade.
A forma dos objetos, as partes que os compõem,
os materiais de que são feitos e as suas dimensões
correspondem às necessidades de funcionamento,
ou seja, ao seu uso.
Quando estas componentes são desadequadas,
o objeto não funciona.

Observa e reflete
Um funil de arame não pode ser utilizado; por-
quê?
Uma chaleira com o bico do lado da asa permite
deitar o chá na chávena?

Imagina
Utilizando objectos do teu dia a dia, procura ima-
ginar alterações à sua forma ou modificar algumas
das suas partes componentes. Faz esboços e regista
as tuas ideias. Será que os teus objetos imaginados
poderiam ser utilizados?

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 6 UM MUNDO DE OBJETOS
A forma e a função dos objetos

Os objetos têm uma variedade infinita A FORMA PELO USO


de formas. É DETERMINADA
DO OBJETO A QUE SE DESTINA
As formas, tal como a dimensão, são
determinadas por vários fatores, mas pren-
dem-se sobretudo com o uso que o objeto
tem. Assim, não podemos pensar numa ca-
deira de bebé como pensamos numa ca-
deira de adulto, bem como um guarda-sol,
que fica fixo a um suporte, pode ser muito
maior que um guarda-chuva, que é trans-
portado.
A forma é também determinada, por
exemplo, pela parte do corpo com que
contacta (umas luvas são diferentes de
umas meias).
A forma dos objetos é também o resul-
tado de uma época, de uma moda ou de A FORMA PELOS MATERIAIS
É DETERMINADA
uma cultura, contribuindo para a sua mu- DO OBJETO DE QUE É FEITO
dança rapidamente (o automóvel, o tele-
fone, etc.); outros mantêm formas
semelhantes durante muito tempo (como os
livros, depois de Guttenberg; ou um gan-
cho de cabelo de osso, metal ou plástico).

Observa
Observa os objetos que estão à tua
volta. A FORMA PELAS TÉCNICAS
É DETERMINADA
Seleciona objetos com diferentes fun- DO OBJETO DE FABRICO
ções e formas.
Tenta identificar as suas características
descrevendo:
– a função a que se destinam;
– o material em que são produzidos;
– a relação com os utilizadores;
– a dimensão em relação ao uso que
terá;
– a relação entre a forma e a função.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 6 A forma e a função dos objetos
(Cont.)

Observa A FORMA DOS


É DETERMINADA
PELA ANATOMIA
OBJETOS DOS UTILIZADORES
Observa, atentamente, as imagens des-
tes objetos com funções práticas. Analisa
a sua forma, procura interpretar a sua uti-
lidade e reflete no material e técnica utili-
zados no seu fabrico.

A FORMA DOS PELAS DIMENSÕES


É DETERMINADA
OBJETOS DOS UTILIZADORES

A FORMA DOS PELA SEGURANÇA


É DETERMINADA
OBJETOS DE UTILIZAÇÃO

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 7 UM MUNDO DE OBJETOS
Princípio de funcionamento. Uma lanterna (de pilhas)

A lanterna elétrica
Observa
Os elementos componentes da
lanterna elétrica:
1. Cobertura exterior de plástico
2. Pilhas ligadas em série
3. Contactos metálicos do inter-
ruptor
4. Botão de interruptor
5. Mola metálica
6. Lâmpada/filamento
7. Refletor
8. Terminal da base da lâmpada
9. Anel de vedação (resistente à
água)

Estrutura de uma lanterna elétrica


A análise do princípio de funcionamento dos
objetos é fundamental para entendermos como
estes funcionam com eficácia. Ao estudarmos o
princípio de funcionamento dos objetos técnicos
aprendemos a identificar os princípios das ciên-
cias físicas que lhes estão aplicados.

Por que razão o projetista escolheu esta forma,


estes materiais e esta maneira de organizar os
componentes da lanterna elétrica?
As partes metálicas da lanterna são coloca-
das de modo a conduzir a corrente elétrica
quando esta se liga para funcionar. Além disso,
foram escolhidas para resistirem aos esforços fí-
sicos a que estão submetidas.
A mola metálica, por exemplo, permite o ca-
minho elétrico da corrente ao colocar, através de
Observa
pressão, as pilhas no seu lugar. Observa com atenção a representação esquemá-
As partes metálicas do interruptor permitem o tica do desenho dos diferentes componentes da lan-
contacto elétrico e foram estudadas de modo a terna elétrica e identifica o sistema técnico da sua
não ficarem danificadas pelo uso contínuo. montagem.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 7 Princípio de funcionamento. Uma lanterna (de pilhas)
(Cont.)

Uma lanterna também tem partes feitas com material não condutor de corrente elétrica,
como sejam a cobertura plástica da estrutura exterior da lanterna, que é um isolante elétrico.
A lâmpada incandescente e o refletor compõem o sistema ótico da lanterna. A posição do
refletor deve permitir a obtenção de um feixe estreito de luz.

O circuito elétrico
O circuito elétrico da lanterna corresponde ao principal
princípio físico aplicado ao funcionamento elétrico.
Os circuitos elétricos são constituídos por partes que con-
duzem e partes que interrompem o fluxo da corrente elétrica.
O princípio de funcionamento consiste, assim, em deli-
mitar o caminho da corrente elétrica.
O circuito elétrico pode ser descrito através de um dia-
grama onde as partes mais relevantes são representadas
através de símbolos.
Neste circuito estão representados simbolicamente as
pilhas elétricas, o interruptor e uma lâmpada incandes-
cente. As linhas no diagrama representam os fios metálicos
(condutores), que ligam as partes entre si formando o cir-
cuito completo.

Observa
Observa e identifica os componentes
da lâmpada incandescente:
1. Peça de cerâmica 5. Filamento em metal
2. Fio de ligação da rosca 6. Cápsula em vidro
3. Fio de ligação do terminal inferior 7. Rosca
4. Casquilho em metal

O LED
O LED (Díodo Emissor de Luz), como solução tecnologi- Lente (cápsula)

camente mais eficiente, tem vindo a substituir as lâmpadas Fio condutor


incandescentes nos sistemas de iluminação, uma vez que Cavidade reflexiva

duram muito mais tempo, obtendo elevados níveis de brilho Pastilha do


semicondutor
e intensidade luminosa com redução do consumo de ener- Terminal
gia. Base plana

Para o LED emitir luz branca, o semicondutor é revestido


Ânodo (+) Cátodo (–)
com uma camada de fósforo, do mesmo tipo usado nas
lâmpadas fluorescentes, que absorve a luz azul, conver-
tendo esta em luz branca.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 8 UM MUNDO DE OBJETOS
Análise de um equipamento técnico – a bicicleta

A bicicleta, um equipamento técnico que bem conheces, é uma máquina composta por vá-
rios componentes cuja função específica, quando articulados no sistema geral, permitem o seu
movimento, multiplicando as distâncias. Cada pequeno movimento das pernas do ciclista é
convertido em muitas voltas das rodas, principal vantagem mecânica da bicicleta.
Analisa os principais componentes de uma bicicleta, identificando a função específica de
cada um deles para o funcionamento do conjunto, bem como dos elementos que asseguram
essa função.

Principais Descrição dos elementos que asseguram


Função no sistema
componentes essa função

Movimento de deslocação sobre Os raios e o eixo; pneu e câmara


Rodas
a estrada ou terreno de ar (pneumático)

Quadro

Forquilha

Guiador

Roda pedaleira

Rodas de transmissão
(as redutoras)

Pedais

Selim

Corrente de
transmissão

Mecanismo das
mudanças

Travões

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 9 UM MUNDO DE OBJETOS
Funções sociais dos objetos

Todos os objetos que vivem connosco e são parte da nossa sociedade


cumprem diferentes funções sociais: ou são sobretudo práticos, ou são
belos e interessantes, ou significam formas de nos relacionarmos ou de
entendermos o mundo. A estas funções chamamos função prática, função
estética e função simbólica. A uma função podem juntar-se as outras duas,
mas uma das funções terá sempre prioridade sobre as outras duas.
Às vezes as circunstâncias e a época histórica levam a que um objeto
assuma mais uma função que outra. É que as funções sociais dos produtos
existentes são determinadas pelos homens que os fabricam, mas também
por aqueles que os utilizam.

FUNÇÃO
PRÁTICA

FUNÇÃO FUNÇÃO
ESTÉTICA SIMBÓLICA

Função prática
A função prática é predominante, em relação às outras funções, nos objetos que vão ter
uma certa utilidade.
Quando um objeto cumpre essencialmente uma função prática deverá ser funcional, isto é,
deverá servir para aquilo para que foi pensado: não usamos um garfo para comer a sopa
nem uma colher para cortar o bife.
O objeto em que predomina a função prática pode cumprir ao mesmo tempo funções esté-
ticas ou simbólicas.

Função estética
Ao usarmos um objeto podemos fazê-lo apenas para fruir o prazer de olhar, tocar, manu-
sear uma coisa bela, agradável para os nossos sentidos. Dizemos então que a função social
predominante é a função estética.
O que não significa que não seja também um objeto prático ou que não tenha um valor
simbólico.

Função simbólica
A função simbólica é predominante quando o objeto representa um pensamento, um com-
portamento ou uma identidade.
O colar é um objeto estético, mas uma cruz é um objeto de função predominantemente sim-
bólica; uma camisa é um objeto prático (serve para vestir), mas uma camisola com o nome de
um clube ou de um jogador já pode cumprir uma função simbólica e não importa tanto o que
é, mas mais o que representa.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 9 Funções sociais dos objetos
(Cont.)

Função prática

FUNÇÃO
PRÁTICA

ESTÉTICA SIMBÓLICA

Cada um destes objetos tem uma utilidade


específica e cumpre uma finalidade determi-
nada.
Estes são exemplos de função predomi-
nantemente prática.

Função estética
FUNÇÃO
PRÁTICA

ESTÉTICA SIMBÓLICA

Estes são exemplos de objetos com uma fun-


ção predominantemente estética. Embora pos-
sam ter uma função prática (ser uma jarra ou
uma embalagem), o que nos chama a atenção
é a imagem agradável e estética.

Função simbólica
FUNÇÃO
PRÁTICA

ESTÉTICA SIMBÓLICA

Neste caso, embora o carro – um Ferrari


vermelho – cumpra uma função prática e pos-
sua uma função estética é, também, um sím-
bolo de estatuto e de moda. Por isso cumpre
uma função simbólica.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 10 UM MUNDO DE OBJETOS
Ciclo de vida dos objetos

Um objeto é, inicialmente, concebido, depois fabricado (isolado ou em série), distribuído


e vendido, utilizado e, finalmente, abandonado. Este é o seu ciclo de vida: a conceção, o fa-
brico, a venda e a distribuição, a utilização e o fim de utilização.
O objeto deixa de ter interesse, ao fim de dias ou anos, quando a necessidade para que
foi criado já não existe (por ex.: o elmo de um guerreiro), quando foi substituído por um outro
(por ex.: o televisor a preto e branco pelo televisor a cores); quando só pode ser utilizado uma
vez (por ex.: o fósforo).
Depois de utilizado, o objeto pode ser conduzido de imediato para uma reciclagem, reuti-
lizado noutro tipo de função ou abandonado.

CONCEÇÃO FABRICO VENDA


Escolha das formas Escolha dos materiais DISTRIBUIÇÃO
Estética duradoura Otimização das peças:
Embalagem
Previsão: – testes
Rótulos informativos
– necessidade de – controlo e comparação das
Datas de manutenção
manutenção qualidades
– acessibilidade das peças
– reparação
– recuperação dos componentes
– reciclagem
– reutilização

UTILIZAÇÃO FIM DA UTILIZAÇÃO


Melhoria do serviço pós-venda
Recolha de materiais
Disponibilidade de peças para
Recuperação dos
substituição
componentes ou reciclagem
Custos de reparação

RENOVAÇÃO
DO USO
(REUTILIZAÇÃO)

RECICLAGEM
ALTERAÇÃO
DAS ABANDONO
DO USO
MATÉRIAS-PRIMAS

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 10 Ciclo de vida dos objetos
(Cont.)

Produto de consumo imediato – Estádio Olímpico de Pequim – ciclo de vida longo


ciclo de vida curto

Teclado flexível – ciclo de vida médio

O objeto, tal como os seres vivos ou as pessoas, tem um percurso que se pode representar
numa linha de vida. Esta linha desenrola-se ao longo do tempo, que pode ser mais longo ou
mais curto. A linha de vida do objeto inicia-se na conceção, vai crescendo com o objeto no
lançamento e atinge a maturidade quando está no seu apogeu (máximo de divulgação, pro-
cura e consumo); começa a decrescer na saturação quando vai deixando de ter interesse, de
ser procurado ou utilizado. Tende, então, para o abandono ou desaparecimento.

PRAZO DE VIDA DO PRODUTO

Lançamento Crescimento Maturidade Saturação Declínio

Benefício

Planificação Produção

Envelhecimento
Fim da necessidade
Existência de novo produto
concorrente com melhores
resultados

Tempo

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 11 UM MUNDO DE OBJETOS
A roda. Reconstruir a história de um objeto

Uma ideia, na cabeça de um Homem, pode mudar o Mundo. O Homem é o resultado de


ideias. É fascinante acompanhar o nascimento de uma ideia, ver como se concretizou e como
contribuiu para mudar a nossa civilização. Uma ideia de que resulta uma invenção pode ser
seguida até ao seu autor original – e nós podemos seguir algumas. Há invenções em que po-
demos ver, logo desde o início, como surgiu a ideia e como se desenvolveu, pois estamos ro-
deados de produtos que resultam dela.

A roda. Uma invenção genial


Há ideias das quais, de tão simples, nem nos damos
conta de como foram fundamentais para a nossa civiliza-
ção. A roda é um desses casos.
A roda, ao facilitar a deslocação de cargas e transporte
de objetos pesados para lugares distantes, alterou profun-
damente a forma de viver, negociar, transformar e construir
dos primeiros homens. A invenção da roda veio facilitar o
trabalho e a vida do Homem.
Um grande avanço deu-se quando a roda passou de
maciça a uma roda com eixos, tornando-se, por isso, mais
leve e eficaz. Por exemplo, a roda de carroças, de bici-
cleta, etc.
A roda invadiu outras áreas que não os transportes: as
roldanas, rodas de engrenagem, rodas para moer cereais,
rodas de fiar, rodas de engrenagem industriais, rodas de
carrinhos de bebé ou de supermercado, etc. As rodas
estão em quase tudo.

Observa
Observa diferentes tipos de rodas. As formas e o pro-
cesso técnico de construção correspondem a diferentes eta-
pas do desenvolvimento técnico da sociedade.
Observa também diferentes tipos de rodas de acordo
com a sua função e utilização específicas.
Eixo fixo

A invenção do eixo
A roda pode estar presa a um eixo que gira, produ-
zindo o movimento, ou estar encaixada num eixo fixo, en-
quanto gira sobre este.
A roda fixa foi a solução encontrada para as primeiras
carroças, provavelmente em 3200 a. C. na Mesopotâmia.
A roda que se move num eixo fixo corresponde a uma
grande evolução, pois permite movimentos mais rápidos e
mais fáceis. Eixo móvel

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 12 UM MUNDO DE OBJETOS
Reconstruir a história de um objeto

Aplicações técnicas da roda

Torniquete. Sistema de travão Rodas dentadas. Engrenagens

Parafuso

Aerogerador Rolamento

Sistema de elevação de Parafuso de Arquimedes. Para elevar água Turbina hidráulica. Produção
pesos de energia

Investiga
Sugestões
Tal como a roda, todos os objetos têm uma história. Às
vezes desaparecem (só se encontram em museus), outras – O relógio
vezes transformam-se. – A caneta
Pensa em alguns desses objetos e tenta reconstruir a sua
– A iluminação
história.
– A bicicleta
Descreve como surgiram, que transformações tiveram,
que inovações tecnológicas sofreram, que novos materiais – Os fechos e as fechaduras de portas
foram sendo utilizados, por que adaptações à sociedade
– Utensílios para transportar líquidos
passaram, que tipo de atividades foram alargando a sua
(azeite, vinho)
aplicação, etc.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 13 UM MUNDO DE OBJETOS
Analisar um objeto

Ficha de análise
Estudar os objetos e conhecer a sua história permite-nos compreender a sua evolução fun-
cional e as suas motivações a nível da forma.
A história de cada objeto é também a história das pessoas em sociedade.
Esta ficha elaborada por Bruno Munari aborda, sistematicamente, os fatores mais impor-
tantes para a análise de objetos.

Nome do objeto – Nem sempre um objeto tem o nome correto. Por vezes
o nome é difícil de lembrar, por vezes recorda-se o nome mas não o
objeto, por vezes o público atribui ao objeto um nome diferente.

Autor – O nome do autor pode ser útil para analisar o objeto de design.
Conhecendo o método projetual de um autor pode apreciar-se melhor o
objeto. Frequentemente, os industriais vendem o nome de um autor muito
mais do que um objeto. Muitos produtos são vendidos sem o nome do
autor, existindo também objetos que foram fabricados há muitos anos e
que se vendem bem só porque são bem feitos e não porque tenham sido
projetados por um determinado designer.

Produtor – O nome do produtor é muitas vezes garantia de um bom pro-


duto, bastando que a produção desse industrial seja reconhecida como
válida. Isto não quer dizer, porém, que também alguns produtores,
pouco conhecidos, não possam produzir bem.

Dimensões – Um objeto pode ter dimensões inadequadas ao seu uso:


pode ser demasiado grande ou demasiado pequeno, demasiado com-
prido ou demasiado curto. Um bom funcionamento depende também da
manobrabilidade de um objeto.

Material – De acordo com a sua função deve procurar-se o material ade-


quado para o objeto que se está a examinar, as conexões e o modo
como reagem esses materiais aos seus objetivos.

Peso – Em certos instrumentos de trabalho, coloca-se o cabo no centro


de gravidade a fim de diminuir substancialmente o seu peso (vd. dimen-
sões).

Técnicas – Os materiais que compõem o objeto examinado foram tra-


balhados de modo correto?

Custo – Comparar o custo do objeto examinado com o custo de objetos


semelhantes com funções iguais.

Embalagem – É uma embalagem exclusivamente para montra ou serve


também para proteger o objeto? Tem todas as informações necessárias
para se conhecer o objeto que contém? Protege bem o objeto?

Função declarada – A função efetiva corresponde à função declarada?


Pode ter outras funções possíveis? O objeto serve para tudo o que vem
declarado?

Guia do Professor | O livro do Mundo da Tecnologia 5/6


Unidade 2 • O Objeto Técnico

FICHA
PEDAGÓGICA 13 Analisar um objeto
(Cont.)

Funcionalidade – O objeto funciona bem? Se tem partes mecânicas, funcionarão sem


dificuldades? Se é de montar e desmontar, isso faz-se sem dificuldade? Se tem partes
elétricas, funcionam bem?

Ruído – Se o objeto tem partes mecânicas ou motores, é ruidoso ou silencioso?

Manutenção – O objeto não tem necessidade de manutenção ou necessita de alguma


em especial? Como se faz a limpeza, a lubrificação, se for necessária? Está protegido
do pó? Do calor? Do gelo? De quanto em quanto tempo é preciso cuidarmos dele?

Ergonomia – Como se agarra? O cabo está regulado de acordo com o peso do objeto
e com o espaço necessário para se usar? Tem pontos perigosos sem proteção? Provoca
cansaço quando se usa durante muito tempo?

Acabamentos – Se é envernizado, como é o envernizamento: resistente aos choques e


aos raspões? Como é envernizado: a fogo ou, simplesmente, à pistola? Os cabos são
texturizados? As partes que compõem o objeto são bem acabadas nos seus pormenores?

Manobrabilidade – Se o objeto é de grandes dimensões, é facilmente deslocável? Quan-


tas pessoas são necessárias para o deslocar? Se é um objeto portátil, como se agarra?
Como se roda, se abre, se vira, etc.?

Duração – Os materiais com que é construído confirmam a duração declarada? As partes


estão bem ligadas no conjunto? Pode alterar-se em determinadas condições ambientais?

Toxicidade – Se é um objeto para cozinha ou um brinquedo para crianças, é construído


com materiais tóxicos? É envernizado com materiais tóxicos?

Estética – Modo coerente pelo qual as partes formam um todo.

Moda e styling – Muitos objetos são produzidos para representar um símbolo de bem-
-estar, de luxo ou de classe. Esses não são objetos de design, pois o design não se ocupa
dessas frivolidades com as quais muitas pessoas gastam tanto dinheiro.

Valor social – O objeto em causa tem também uma função social de eliminação ou re-
dução de trabalhos muito fatigantes ou prejudiciais? Ou de aumentar o nível cultural e
tecnológico da comunidade?

Essencialidade – O objeto examinado é essencial para a realização do objetivo a que


se destina? Não tem mais elementos do que os necessários? Tem aspetos decorativos?
Todas as partes são indispensáveis ao seu funcionamento?

Antecedentes – Pode ser interessante conhecer os antecedentes do objeto que estamos


a examinar para ver se tem uma imediata evolução lógica como, por exemplo, a navalha
da barba.

Investiga
Seleciona um objeto artesanal e um de produção em série que utilizes no teu quotidiano.
Realiza uma investigação sobre estes comparando as suas semelhanças e diferenças.
Podes também estudar objetos diferentes da mesma família analisando o modo como estes
cumprem a sua função específica.

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Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 1 UM MUNDO DE MEDIDAS
A necessidade de previsão de medidas

Diariamente emitimos juízos de valor sobre grandezas.


Dizemos que uma coisa é grande ou pequena, leve ou pe-
sada, que um objeto é comprido, largo ou estreito. A olho
nu conseguimos atribuir, sem precisão, grandezas. Con-
tudo, para o desenvolvimento técnico de algumas soluções
temos de ser rigorosos.

Observa
O técnico que projetou a linha para o elétrico teve de
prever a que distância os carris teriam de estar do passeio
ou dos prédios para não embater nos mesmos. Este tipo
de cálculo não é realizado por estimativa, precisa de me-
dições e cálculos rigorosos.

Observa
Nestes esquemas técnicos podes perceber que, depen-
dendo da distância entre eixos das rodas do elétrico, do
comprimento do veículo e das curvas que efetua, deverá
existir uma distância entre os carris e os passeios ou muros
e a outra faixa da estrada.

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Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 2 UM MUNDO DE MEDIDAS
Improvisar medições

Medir alturas
Como sabes, podemos usar formas expeditas para
medir. É o caso do palmo, do pé e do passo, que muitas
vezes utilizas para marcar o campo de futebol no recreio.
Eis uma forma expedita de medir alturas.
Uma experiência – medir a altura da torre. A partir da
base da torre, dá 27 passos em linha reta. Coloca uma vara
vertical nesse ponto e dá, a partir daí, mais três passos. Com
a cabeça no chão, olha para o ponto que queres medir
na torre. Um teu colega marca na vara o ponto onde passa
a linha imaginária.
A tua vara deve estar marcada em cm. Multiplica por
10 a altura do ponto onde passa a linha imaginária e
obténs assim a altura da torre.

Observa
Observa na imagem exemplos de bitolas para medir.
Estas formas expeditas de medição utilizam entalhes cor-
tados numa cana, nós numa corda ou vários pauzinhos.

Medir o vento
Observar as árvores a abanarem ou as roupas a esvoa-
çarem na corda pode dar-nos a ideia aproximada de
como o vento está a soprar.
Com este simples dispositivo, podes obter medidas bas-
tante precisas da força e direção do vento e manter um
registo todo o ano. Um simples cata-vento indica a direção
do vento; um braço com uma concha é o teu instrumento –
anemómetro – que indica a força do vento.

Guia do Professor | O livro do Mundo da Tecnologia 5/6


Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 3 UM MUNDO DE MEDIDAS
Medida e normalização

A normalização é uma atividade conducente à obten-


ção de soluções para problemas de caráter repetitivo, es- Normas aplicadas em Portugal
sencialmente no âmbito da ciência, da técnica e da NP – Normas Portuguesas
economia, com vista à realização do grau ótimo de orga- EN – Normas Europeias
nização num dado domínio. ISO – Normas Internacionais (Organização
Internacional de Normalização)
Consiste, em geral, na elaboração, publicação e pro-
moção do emprego das normas.
A elaboração e aprovação de normas tem por finali-
dade a racionalização e a simplificação de processos,
componentes, produtos e serviços. Permite também uma
Normas estrangeiras conhecidas em Portugal
maior facilidade de entendimento e visa o estabelecimento
de parâmetros a utilizar em ações de avaliação da confor- ASA – Normas Americanas (EUA)
midade. DIN – Normas Alemãs

Na escolha das normas, procurar-se-á, em primeiro


lugar, seguir as Normas Portuguesas (NP); caso não as
haja sobre o assunto desejado, seguir-se-ão as normas es-
trangeiras que se adaptem às condições nacionais.

A marcação CE num produto permite a sua livre circu-


lação na Comunidade Europeia e garante que as normas
de proteção da saúde e segurança das pessoas e do am-
biente foram respeitadas.

Vantagens da normalização
• Aumenta a competitividade.
• Melhora os produtos e serviços.
• Simplifica o processo produtivo, reduzindo o tempo de projeto e os custos.
• Permite a compatibilidade entre produtos.
• Permite uma melhor organização e coordenação do processo produtivo.
• Protege o interesse dos consumidores, garantindo a adequada qualidade dos bens e dos
serviços.
• Aumenta a qualidade de vida, promovendo a segurança, a saúde e a proteção do ambiente.
• Facilita a entrada em novos mercados.

Este brinquedo está em conformidade com a diretiva


2009/48/EC, garantindo que o mesmo foi fabricado e
testado, tendo em conta as leis comunitárias que regula-
mentam a proteção da saúde das crianças contra substân-
cias perigosas dos materiais utilizados no seu fabrico, bem
como dos resíduos dos componentes elétricos e eletrónicos Brinquedo fabricado em plástico com componentes
aplicados no mesmo. elétricos

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Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 4 UM MUNDO DE MEDIDAS
Medida e qualidade

Marca de qualidade
Este símbolo garante que os respetivos produtos estão conformes às normas.
Em Portugal é o Instituto Português de Qualidade que certifica as empresas e os
produtos.

Vivemos na era da qualidade total


As empresas mobilizam-se para obterem uma melhor satisfação do cliente por menor custo.
Procuram eliminar todas as causas de disfuncionamento dos diferentes serviços.
As empresas adotam a estratégia de qualidade total. No entanto, a qualidade diz respeito
a todos.
A ciência e a tecnologia colocam à nossa disposição objetos e equipamentos cada vez
mais sofisticados e, por vezes, supérfluos.
Importa refletir para que serve a qualidade se desperdiçamos cada vez mais o planeta.

Certificação
A qualidade de um produto obedece a um conjunto de requisitos e de ensaios levados a
cabo por laboratórios especializados de organismos oficiais.
A certificação constitui um instrumento que as empresas utilizam para comprovar que o pro-
duto possui o nível de qualidade mínimo estabelecido pelas normas, facilitando a sua compra
por parte do consumidor, uma vez que ao adquiri-lo tem a completa garantia de que este pro-
duto não apresenta deficiências de fabrico ou problemas de segurança.

Os serviços pós-venda estabelecem


O serviço das compras ajusta os as estatísticas sobre a fiabilidade
preços; controla prazos de e a durabilidade dos produtos; medem
entrega; gere os stocks. o índice de satisfação dos clientes.

O enquadramento O serviço de contabilidade


cria um estímulo; prevê e controla os custos,
interessa a cada as receitas e as despesas.
pessoa o controlo
das performances
da empresa.

A produção
respeita o
defeito zero.

As competências
completam-se.

O gabinete de estudos escolhe as


soluções técnicas não negligenciando
Os prazos são respeitados. o seu aspeto económico.

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Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 5 UM MUNDO DE MEDIDAS
Critérios de qualidade

Para que um produto tenha qualidade é necessário que seja funcional, fiável, estético, eco-
nomicamente acessível e seguro.

Atributos Características

Funcionalidade Função e eficiência, comodidade, facilidade e simplicidade na sua utilização.

Fiabilidade Preserva e dá continuidade à funcionalidade ao longo do tempo.

Resposta a critérios de funcionalidade, domínios de processos técnicos e fiabilidade


Estética
exigidos pelo mercado e pelo gosto dominante.

Ponto de equilíbrio entre o acessível e o incomportável sem negligenciar os restantes


Custo atributos; pode ser influenciado pela procura do cliente, seduzido por uma marca de
prestígio que confere estatuto.
Quanto mais fácil for a reciclagem dos materiais utilizados mais elevada será a sua
Reciclagem
qualidade.

Segurança Não ser nocivo para o utilizador e para o ambiente.

Controla a conformidade do produto, conhecendo:


– as condições normais de utilização que serão anexadas ao modo de instalação ou emprego;
– os riscos ligados à sua utilização;
– as soluções técnicas adaptadas para satisfazer as condições de segurança;
– o caderno de encargos funcionais do produto.

Verifica o produto final


O produto concebido e fabricado pela empresa, ou por ti, deve oferecer condições de fun-
cionamento sem colocar em perigo os utilizadores, o seu meio ou envolvimento.
Este deve estar de acordo com as normas em vigor.

Controlo final de secador de cabelo


Mau
Critérios Bom Satisfaz
(a rever)
Velocidade de secagem (o tempo necessário
X
para secar uma determinada humidade)

Distância necessária para a secagem


(do secador à cabeça do utilizador – aprox.
X
10 cm – margem de conforto considerada
aceitável pelos projetistas)

Facilidade de utilização X

Ruído X

Segurança elétrica X
Secador de cabelo em corte

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Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 6 UM MUNDO DE MEDIDAS
Do infinitamente pequeno ao infinitamente grande

Quando pensamos nas medidas dos objetos e das coi-


sas em geral tomamos como referência as coisas feitas à
escala do corpo humano, mas podemos também pensar
num arranha-céus, numa ponte, numa megametrópole, na
Muralha da China ou nos cabos submarinos que ligam to-
Máquina
dos os continentes. eletrónica na cabeça
Podemos ainda imaginar a distância da Terra à Lua ou de um fósforo muito ampliada
a Marte cuja viagem demorará cerca de 520 dias — ida
e volta —, ou ainda as dimensões das galáxias que só
podem ser medidas indiretamente através de cálculos ma-
temáticos; por outro lado, podemos ter conhecimento das
dimensões de coisas pequenas como uma flor, uma for-
miga ou um microrganismo que só podemos obser var num Uma galáxia
microscópio atómico.

A nanoescala A Terra e a Lua

Nano é o prefixo usado pelos cientistas para designar


uma milionésima parte do milímetro.

Panorâmica de um pequeno troço da Muralha da China

Imagina uma máquina do tamanho de um grão de pó


Cientistas e engenheiros desenvolvem hoje em dia produtos e máquinas desse tamanho
numa área de trabalho que se chama nanotecnologia.
A nanotecnologia é o estudo, criação, manipulação e aplicação de materiais, aparelhos e
sistemas funcionais através do controlo da matéria à escala nano, e a exploração de fenóme-
nos e propriedades da matéria nessa escala. Quando se manipula a matéria numa escala tão
reduzida de átomos e moléculas, encontram-se fenómenos e propriedades totalmente novas.
Por isso, os cientistas investigam e utilizam a nanotecnologia para criar materiais, aparelhos
e sistemas inovadores de baixo custo e com propriedades únicas.

Reflete
O diâmetro de um cabelo humano mede cerca de 80 000 nanómetros. Se uma nanopartí-
cula fosse do tamanho de uma bola de futebol, uma galinha seria do tamanho do planeta.

Guia do Professor | O livro do Mundo da Tecnologia 5/6


Unidade 3 • As Medidas

FICHA
PEDAGÓGICA 7 UM MUNDO DE MEDIDAS
O controlo de qualidade

A necessidade de controlar a qualidade dos produtos levou


a que as empresas criassem serviços de controlo, de forma a
efetuarem a verificação e a análise contínua, regular e minuciosa
na cadeia de produção.
A reparação de um produto defeituoso implica o aumento de
custos de produção, de desperdício (tempo e material) e perda
de produtividade para as empresas.
Com este tipo de controlo, é possível verificar se tudo está a
ser feito de acordo com o projeto e caderno de encargos, assim
como detetar faltas e erros cometidos para a análise das causas
e a sua correção.
Para verificar a qualidade de um produto, por exemplo de
uma trotineta, efetuam-se controlos de fabricação durante as dife-
rentes fases, onde são estabelecidos indicadores de qualidade
e efetuadas medições, verificadas as formas e superfícies e tes-
tadas as ligações e articulações dos diferentes componentes.

Controlo de qualidade no processo de fabricação de uma trotineta


Apreciação
Sequência das operações Indicadores de qualidade
(frequência das análises)
Seleção de materiais – chapa Verificação da superfície dos 100% dos materiais verificados.
metálica de alumínio. materiais quanto a irregularidades
e danos.

Medição e marcação do material Dimensões de materiais verificados 100% das partes verificadas.
para corte. com modelo.

Corte das formas detalhadas com Precisão de corte das peças por 50% de todas as peças verificadas
máquina de precisão. comparação com o modelo. em relação do modelo.

Remoção de excessos do material Superfícies lisas, sem rebarba e sem 20% de todas as partes verificadas
(rebarbas). defeitos. pelo controlador de qualidade.

Prensagem a frio das peças por Conformidade das formas com 20% das peças moldadas são
molde e contramolde. o modelo. verificadas.

Pintura (a pistola) – aplicação Superfície completamente lisa e sem 1 em cada 2 verificada pelo
de tinta spray. falhas na pintura. controlador.

Linha de montagem das diferentes Verificação das uniões – ligações 1 em cada 2 verificada pelo
peças: pneus nas rodas; rolamentos, estáveis. controlador.
rodas e tubo telescópio do guiador Rígidas – peças fixas e estáveis –
no “chassis” – base de apoio dos ligações completas (não
pés; guiador no tubo de coluna; desmontáveis) e incompletas
pneus nas rodas e punhos no (desmontáveis).
guiador. Móveis – ligações estáveis,
possibilitando a liberdade de
movimento.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 1 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
Representação técnica de um objeto

A representação técnica de um objeto pressupõe rigor,


conseguido através do desenho técnico. Para tal, existem
normas e regras estabelecidas segundo convenções que
tornam esta linguagem universal.
O conhecimento e o domínio prático destas regras per-
mitem desenhar, num suporte bidimensional, objetos tridi-
mensionais. Fornecem com rigor as dimensões do objeto
representado – cotas –, bem como características particu-
lares quanto à forma, pormenores específicos, característi-
cas funcionais e técnicas e processos de construção e
produção.

Observa
Para a construção de um afia-lápis, é necessário que a
mesma seja acompanhada por desenhos técnicos que
devem ter cotas e uma memória construtiva.

Ao representar um objeto com o máximo rigor, depa-


ramo-nos com três situações:
• o objeto é maior que o suporte, exigindo o recurso a
uma escala de redução;
• o objeto é menor que o suporte e necessitamos de
uma escala de ampliação;
• o objeto é do mesmo tamanho e registamo-lo com a 16 25
sua medida.
(cotas em mm)

Para ampliar ou reduzir um objeto, todas as suas medi-


das têm de manter a mesma proporção. A esta proporção
chamamos escala.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 1 Representação técnica de um objeto
(Cont.)

Desenhos de execução e definição


Após a idealização e conceção de um produto é neces-
sário executar os desenhos técnicos que orientam o pro-
cesso de fabrico ou construção.
Os desenhos de execução definem através da represen-
tação gráfica a forma rigorosa das peças a produzir, indi-
cando todas as “vistas” necessárias à compreensão destas,
bem como as cotas das medidas respetivas. Os desenhos
de execução são complementados por “memórias descriti-
vas” onde se estabelecem de forma precisa todas as indi-
cações necessárias que não podem ser representadas
através do desenho, nomeadamente a especificação dos
materiais.

Observa
Perspetiva explodida
O desenho apresenta uma visão dos principais componentes do skate através de uma pers-
petiva explodida. Através desta representação gráfica descrevem-se os componentes a produzir
e também a forma como estes se ligam entre si. Para a produção de cada um destes compo-
nentes é necessário elaborar os desenhos de execução específica.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 2 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
As escalas

1. As escalas
O desenho do teu projeto nem sempre pode ter as ESCALA 1:1 ESCALA 1:1
medidas reais do objeto a executar.
O projeto gráfico de objetos como, por exemplo, um
automóvel não pode ser realizado na sua grandeza real.
Se assim fosse, ou os objetos eram muito pequenos ou a
folha de papel muito grande.
Os teus projetos gráficos vão ser realizados, normal-
mente, em folhas de formato A4.
O que fazer?
Vamos recorrer a escalas. A escala é a relação entre 1. Escala
as medidas do desenho e as medidas reais correspon- natural
dentes do objeto.

2. Escala natural ESCALA 2:1 2. Escala de


redução
É aplicada quando a representação
gráfica do objeto é feita com medidas do
objeto original.

3. Escalas de redução
É a escala que normalmente vais utili-
zar nos teus trabalhos. Aplica-se quando o
desenho do projeto gráfico tem que ser de
menores dimensões do que o objeto real.

4. Escalas de ampliação
ESCALA 3:1
Aplica-se quando necessitamos de rea-
lizar um projeto em que o desenho é maior
do que as dimensões do objeto original.
Numa escala de ampliação, o processo
é inverso ao da escala de redução. ESCALA 2:1
Por exemplo, um objeto representado à
escala de 2:1 terá uma dimensão duas
vezes maior que a sua dimensão natural.

ESCALA 1:1

3. Escala de ampliação

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 2 As escalas
(Cont.)

Ampliar e reduzir. Como fazer?

O método da quadrícula
Divides o teu desenho em retas paralelas verti-
cais e horizontais, obtendo uma quadrícula.
Para ampliares, executa uma segunda quadrí-
cula, numa folha, do tamanho que pretendes que
venha a ter o teu desenho. Obterás deste modo
uma quadrícula que te permitirá ampliar o dese-
nho. Basta agora que copies o desenho tendo
como referência as linhas deste na quadrícula ini-
cial. Para ampliares, também podes utilizar uma
fotocopiadora ou um retroprojetor.

Usar o pantógrafo
O pantógrafo é um utensílio que nos ajuda a
ampliar ou reduzir uma imagem. Observa o modo
de proceder indicado nas imagens.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
O processo de comunicação

As sociedades fundam-se na comunicação.


Das mais simples comunidades de animais até às mais com-
plexas sociedades humanas de hoje, a possibilidade de comu-
nicar é essencial.
Cada elemento do grupo tem de poder avisar os outros de
perigos, assinalar a presença de alimentos, ensinar os jovens,
conservar memórias, partilhar experiências, transmitir ordens
e estabelecer regras.
A história da evolução humana espelha-se na história dos
modos e meios de comunicar.
Da grande aventura humana, caminho sempre inacabado
de progresso social, faz também parte a aventura dos modos Fotografia de autor não identificado

e meios de comunicar.
Aventura, porque a cada momento nascem novos desafios
e novas respostas que geram outros desafios e outras respostas.
Aventura, porque nunca se sabe exatamente o que o futuro
nos reserva de inovador. O longo caminho em busca de me-
lhores, mais eficazes, mais seguros e mais acessíveis meios de
comunicar é uma aventura sem fim.

O processo de comunicação

EMISSOR
A comunicação

mensagem
O ser humano comunica constantemente: mostra-se contente
ou triste, envia e recebe informação, narra acontecimentos, des-
creve situações, pede, interpela, pergunta ou responde.
Em todo o processo de comunicação há um emissor, um re- CANAL
cetor e um canal. É através do canal ou meio de comunicação
mensagem

que passa a mensagem. Comunica-se usando jornais, cartas,


telefones, faxes, telemóveis, além da comunicação direta ou
frente a frente; pela Internet e correio eletrónico (ou e-mail). Os
computadores como meio de comunicação fazem parte da vida RECETOR
do cidadão comum.
Vivemos numa sociedade em que a comunicação é cada
vez mais uma comunicação de massas, ou seja, chega a mi-
lhões de pessoas ao mesmo tempo. Os suportes de difusão da
informação para grupos sociais, como revistas, jornais, rádio,
cinema, registos vídeo e televisão, são chamados media.
Os media, ao levarem a informação de pontos distantes do
planeta a toda a parte e ao influenciarem a opinião de grupos
em diversas partes do mundo, contribuem para a chamada “al-
deia global”.
A televisão é um dos mais influentes media dos nossos dias.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 3 O processo de comunicação
(Cont.)

Tecnologia da comunicação
O registo de elementos de comunicação nas suas diferen-
tes formas e sobretudo a criação da escrita são as primeiras
formas técnicas de comunicação. O disco de Faísto, feito em
argila e com mais de 240 ideogramas, ainda não inteira-
mente decifrados, é um belíssimo exemplar dos primórdios
das técnicas de comunicação.

As telecomunicações
O Homem teve desde sempre o desejo e a necessidade de
comunicar à distância, ou seja, de telecomunicar (do grego
tele, que significa “longe”).
O grande desafio das telecomunicações, que é também a
sua maior vantagem, é diminuir ou mesmo fazer desaparecer
as distâncias físicas, geográficas. Mas foram precisos muitos Disco de Faísto, cerca de 2000 a. C.
séculos para que as telecomunicações se tornassem rápidas
e fiáveis. Na verdade, foi preciso esperar até ao século XIX
para que a comunicação humana à distância tivesse real-
mente uma evolução visível e significativa.
O próprio termo “telecomunicar” só foi cunhado em 1904,
pelo engenheiro e romancista Edouard Estaunié, membro da
Academia Francesa e diretor da Escola Superior de Telegra-
fia. Só na década de 1930 a palavra foi realmente adotada
para identificar a União Internacional das Telecomunicações
(UIT), organização reguladora internacional resultante do alar-
gamento da União Telegráfica Internacional. Satélite de telecomunicação
Segundo a definição da UIT, que se tornou corrente a partir
de 1947, a telecomunicação é “toda a transmissão, emissão
ou receção de sinais escritos, imagens, sons ou informações
de qualquer natureza, através de fios, radioeletricidade, ótica
ou outros sistemas eletromagnéticos”.

As tecnologias da comunicação
As novas tecnologias permitem uma comunicação cada vez mais fácil.
A videoconferência permite o contacto em tempo real, através da voz e da imagem, entre
pessoas situadas em locais muito distantes.
Hoje é possível realizar operações cirúrgicas à distância, como também é possível controlar
o estado de saúde de um doente.
A Internet permite a comunicação através do correio eletrónico que envia mensagens escri-
tas, sons e imagens, em poucos segundos, para qualquer parte do mundo.
Os transportes e a rede viária podem ser orientados pelo sistema de posicionamento global
(GPS), que permite localizar qualquer pessoa ou qualquer veículo através de sinais enviados
por satélite.
As novas tecnologias da informação aplicam-se a todas as áreas da vida humana.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 4 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
Instruções de uso de equipamentos técnicos

As instruções de uso dão-nos um conjunto de Segurança


explicações necessárias à boa utilização de um Antes de ligar o aparelho:
produto: – verifique se a voltagem do seu aspirador (ver placa sinalética
• são explicações curtas, claras e precisas; debaixo do aparelho) corresponde à instalação elétrica de
sua casa.
• são ilustradas com desenhos ou com fotogra-
fias para serem facilmente compreendidas; Qualquer erro de ligação anula a garantia.

• estão organizadas em diferentes partes para O consumo de energia depende da potência do aparelho:
– 950 W nom.: 180 Wh*
permitir ao utilizador encontrar as informações
– 1050 W nom.: 220 Wh*
de que tem necessidade.
(*Equivalente à aspiração de 10 m2 de alcatifa de acordo com
as normas francesas.)

SEIS INSTRUÇÕES IMPORTANTES O equipamento do seu aparelho depende do modelo:


❶ Regulador manual de aspiração.
Instalação do produto
∑ Variador de potência eletrónica (consoante o modelo).
Indica ao utilizador a forma de preparar o aparelho
∏ Substitua o saco regularmente para uma melhor eficácia do
(ligações à rede elétrica, etc.).
seu aspirador. Nunca utilize o aspirador sem saco.
Segurança, precauções de emprego π Limpe regularmente o filtro do motor: sacuda-o com força.
Indica os cuidados necessários para evitar acidentes ∫ Se o seu aparelho estiver equipado com um filtro de saída
e a degradação do produto. de ar, substitua-o regularmente (em cada 6 substituições do
saco).
Pôr em funcionamento ª Importante: em caso de mau funcionamento do aspirador,
Indica como pôr o aparelho em condições de funcio- um dispositivo de segurança térmica desliga o motor (con-
soante o modelo).
namento.
– Desligue então o aparelho.
Modo de utilização – Substitua o saco ou desentupa os tubos.
Descreve todas as funções de uso do produto e o Depois de cerca de 15 min., poderá utilizar de novo o as-
modo de o pôr em funcionamento. pirador.
º Nunca aspire líquidos.
Manutenção Ω Não lave o saco de tecido.
Dá ao utilizador os conselhos para limpeza e conser-
vação do aparelho.

Reparação
Permite ao utilizador determinar a origem de um mau
funcionamento e fornece uma eventual solução de repa-
ração.

Observa
Lê e interpreta as instruções de uso de um “aspi-
rador elétrico” de uso doméstico.
Procura seguir as instruções dadas no texto e ar-
ticula-as com as indicações visuais de procedimento
fornecidas pela imagem.
Podes também realizar esta tarefa, experimental-
mente, usando as instruções de uso de um objeto
técnico à tua escolha.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 5 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
A representação gráfica

Usos do desenho
O desenho de representação técnica é um meio
de comunicação de ideias, soluções, resoluções de
problemas materiais que se expressam através do
registo gráfico rigoroso.
Esta forma de representação recorre às regras,
normas e convenções estabelecidas na geometria
descritiva e no desenho técnico.
O conhecimento e o domínio prático destas re-
gras permitem desenhar, num suporte bidimensional,
objetos com leitura bi ou tridimensional, assim como
transmitir com rigor as características particulares
quanto à forma, dimensões, pormenores específicos,
características funcionais e técnicas, posicionamento
no espaço, processo de construção/produção.

Tipologia Tipologia

Desenhos Esboços Definem o aspeto geral Não apresentam grande rigor


de conceção do objeto a construir. de pormenores.

Desenhos São desenhados com rigor Destinam-se fundamentalmente


de anteprojeto e apresentam os elementos a negociar com o cliente.
essenciais do objeto a construir.

Desenhos de projeto Definem rigorosamente o


conjunto do objeto a construir.

Desenhos Desenhos funcionais Definem as condições


de definição de funcionamento.

Desenhos de produto Definem a forma,


acabado as dimensões, tolerâncias,
os acabamentos, etc.

Desenhos Esquemas São representações gráficas Destinam-se a esclarecer


de execução simplificadas. determinada função ou aspeto
particular de um conjunto.

Desenhos de pormenor São representações individuais Destinam-se a definir certas


dos elementos de um conjunto. particularidades do projeto.

Desenhos de conjunto Representam o projeto na sua


posição de utilização.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 6 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
Simbologia da higiene e segurança no trabalho

Os riscos de trabalho, nas profissões, estão Significado das cores nas normas de segurança
relacionados com o ambiente e o modo de pro-
Cor Significado Aplicação
ceder nas várias atividades. Significa, pois, que
as condições inseguras de trabalho poderão
afetar a saúde, a segurança e o bem-estar de Proibição Sinais de perigo
quem trabalha. Stop e proibição
Há, então, riscos de acidente no trabalho?
Claro que sim. Às medidas que tomamos para
não correr riscos de acidente chamamos preven- Precaução Sinalização de zonas
ção de acidentes. Ao conjunto de normas que re- Atenção de risco
gulam essas medidas chamamos segurança. Daí
a denominação de higiene e segurança no tra-
balho. Sinalização de saídas
Situação
Postos de primeiros
de segurança
socorros e salvamento

Obrigação de uso de
equipamento de segurança,
Informação
Prevenir o acidente proteção pessoal
e informação geral
Não podemos deixar afetar a nossa saúde
nem correr riscos de acidentes. Para isso, aplicam-
-se normas que visam:

limitar ou erradicar o risco

criando situações ausentes de risco;

envolver o risco Significado dos símbolos nas normas de segurança

criando situações que não possibilitem acidentes. Significado Sinal de


Símbolo
Por exemplo, envolvendo as partes perigosas de do sinal segurança
uma máquina, etc.;

Equipamento de
afastar o Homem primeiros-socorros

das situações de risco. Por exemplo, o afasta-


mento das pessoas do local de armazenamento
de gás da tua escola, etc.; Localização dos
primeiros-socorros

proteger o Homem

do risco de afeção ou de acidente, criando-lhe Direção para


proteções. Por exemplo, o uso de luvas e viseiras primeiros-socorros
em algumas atividades, etc.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

FICHA
PEDAGÓGICA 6 Simbologia da higiene e segurança no trabalho
(Cont.)

Regras de segurança
Sinal de
Significado do sinal Símbolo
Antes de iniciares qualquer trabalho, duas grandes regras: a segurança
primeira é que as regras serão respeitadas por todos; a segunda
consiste em não permitir brincadeiras que infrinjam regras de se-
gurança. Isto porque pretendemos uma sala de trabalho alegre Radiações laser
e com muito boa disposição. Não podemos correr riscos que des-
truam a tua alegria.
1. A sala-oficina deve manter-se arrumada. Máquinas de
manutenção
2. Não deixar acumular lixo.
3. O chão deve estar sempre limpo de matérias escorregadias.
4. Os equipamentos: mesas, armários e máquinas devem estar Proteção obrigatória das
dispostos de modo a facilitar a circulação. vias respiratórias
5. Os materiais de trabalho devem ser armazenados em locais
de fácil acesso, seguros e sem o risco de caírem.
Proteção obrigatória
6. As prateleiras devem ser estáveis e estar arrumadas para evi- da cabeça
tar que os produtos armazenados caiam.
7. As mesas de trabalho devem estar sempre organizadas,
tendo-se especial cuidado com os utensílios e ferramentas cor- Proteção obrigatória
tantes. dos ouvidos
8. No trabalho com máquinas, – só quando autorizado pelo
professor – seguem-se cuidados especiais. Proteção obrigatória
9. Quando entregares ferramentas cortantes a alguém, vira sem- dos olhos
pre a parte cortante para o lado oposto dessa pessoa.
10. O vestuário deve ser adaptado ao corpo, sem ser demasiado
largo ou muito apertado. Nunca se trabalha com casacões, Proteção obrigatória
sobretudos, anoraks, etc. das mãos
11. O calçado deve ser de saltos baixos, para facilitar posições
estáveis de trabalho. Proteção obrigatória
12. Os cabelos compridos devem ser presos à cabeça, não haven- dos pés
do risco de serem agarrados. Também é uma medida higié-
nica.
13. Ninguém deverá provar ou cheirar diretamente produtos quí- Proibido fumar
micos, mas dirigir apenas um pouco de vapor para a mão.
14. Os recipientes utilizados não devem ser usados para beber.
15. Antes de usar ou armazenar produtos novos devem ler-se Proibido apagar
as instruções de utilização. com água
16. Nunca se devem encher frascos com substâncias diferentes
das indicadas no rótulo. Põe-se sempre o rótulo antes de
encher o frasco. Proibido fazer chama
17. O conteúdo do frasco sem rótulo deve-se deitar fora.
18. Todos devem saber que se deita sempre ácido na água
e nunca água no ácido. Água potável
19. Em relação à eletricidade, devem seguir-se as instruções
específicas; não se devem desligar as tomadas puxando pelo
cabo elétrico. Proibida a passagem
20. Nas visitas de estudo, devem seguir-se sempre as regras afi- de peões
xadas no local visitado.

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 1 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
Torre eólica experimental

A energia eólica tem sido aproveitada ao longo da His-


tória de variadas formas e com diversos fins, desde a pro-
pulsão (na navegação marítima, por exemplo, muito
utilizada no século XV pelos portugueses nas suas viagens
de exploração) à produção de energia. Outra das formas
centenárias de aproveitamento da energia do vento são os
moinhos. Os moinhos de vento eram utilizados na moagem
de cereais e, apesar de serem construídos de forma bas-
tante arcaica, mantiveram-se em funcionamento, sendo
ainda possível encontrar alguns a trabalhar.

A energia eólica é vista hoje como uma das mais pro-


missoras fontes de energia renovável. Os parques eólicos
são cada vez mais um elemento habitual na paisagem.

Realiza
Constrói uma torre eólica reutilizando alguns materiais.
Para o cata-vento poderás utilizar como hélice uma gar-
rafa de plástico. Para o sistema de funcionamento da torre,
utiliza CDs e um motor de um leitor de CDs já inutilizado,
madeira para a base e haste da torre.
Colocando a torre exposta ao vento poderás, por exem-
plo, converter a energia eólica em energia elétrica. A hé-
lice, movida pela ação do vento, fará funcionar a
engrenagem que, por sua vez, através da rotação do
motor, acenderá o LED.

LED

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 2 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
Arte, vento e movimento

A energia eólica pode ser utilizada para a produção


da energia necessária às atividades humanas, mas pode
também servir para a criação de objetos artísticos.
O vira-vento, o cata-vento, a manga de vento funcionam
como esculturas ao ar livre que alegram a paisagem pelas
suas cores e movimento.
Realiza os teus projetos de arte que utilizem o movi-
mento do vento. Recorda que necessitas de uma estrutura
que suporte e articule as partes móveis da tua escultura de
vento.

Manga de vento Vira-vento

O cata-vento
O cata-vento é um objeto que nos indica a direção do
vento. Encontramo-lo nos telhados de muitas casas, ale-
grando festivamente a paisagem.
Cata-vento

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 3 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
Papagaio de papel

Vais aprender a fazer papagaios de papel! Podes descobrir muitas coisas e como resolver
muitos problemas.
Aprende a fazer uma estrutura. Verifica a necessidade de equilíbrio para a suspensão no ar.
Observa como compensar o peso dos diversos materiais. Terás que pensar na resistência
do fio e na maneira mais prática de o enrolar. Observa como o tamanho se perde na distância
(se ele voar muito alto).

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 3 Papagaio de papel
(Cont.)

O lançamento
Escolhe um dia de vento moderado.
Não vás para locais arborizados, com postes ou fios elé-
tricos.
Não deves ficar perto de estradas.
Deves prevenir-te de qualquer acidente.
Leva contigo alguns bocados de papel, cola e uma tesoura.
Por vezes o papagaio não sobe à primeira tentativa e é
preciso fazer no local algumas correções ou arranjos.
Põe-te de costas para o vento, e pede a um amigo que te
ajude.
Logo que o teu papagaio pegar o vento, vai soltando o fio
com impulsos suaves.
Se o papagaio não sobe é porque a rédea não está sufi-
cientemente inclinada.
Se sai picado, é porque a rédea está muito inclinada.
Corrige, modificando o comprimento ou o peso da cauda.
Se o papagaio cair, não o puxes, para não o rasgares
(vai procurá-lo).
Quando precisares de o recolher, enrola o fio regular-
mente, deslocando-te no sentido do vento.

As formas dos papagaios são diversas. Daí a variedade


dos seus nomes. A forma é sempre determinada por uma es-
trutura.
Assim, quanto à estrutura:
• a estrela tem 3 canas;
• o sol tem 4 canas;
• o bacalhau tem 2 canas.

Observa
Diferentes maneiras de fixar o fio e de o enrolar através
de um carreto.

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 4 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
Um forno solar

A taxa de insolação (de sol), em Portugal, pode atingir três mil horas de sol por ano. É, por
isso, uma fonte de energia que não devemos nem podemos desperdiçar.

Sabemos que nos chegam do Sol enormes quantidades


de energia. Há cerca de dois mil anos, os Romanos em-
pregaram formas imperfeitas de energia solar no aqueci-
mento das suas casas; no século XIX inventaram-se os
primeiros frigoríficos e as primeiras máquinas funcionando
a energia solar; e, entre 1890 e 1900, milhares de casas
nos Estados Unidos foram equipadas com aquecedores so-
lares de água.
Na primeira metade do século esquecemos a energia
solar. Os combustíveis fósseis, primeiro o carvão e depois
o petróleo e o gás, eram tão baratos que os países indus-
trializados ignoraram as outras fontes de energia. Con-
tudo, alguns cientistas viram que os combustíveis fósseis
não durariam sempre e, por volta de 1950, iniciaram-se
novas pesquisas sobre os métodos de obter, a partir do sol,
calor, energia e eletricidade. Hoje, quase todos os países
usam alguma energia solar e muitos planeiam aplicá-la,
no futuro, ainda em maior quantidade.
O método mais barato para o aproveitamento da ener-
gia solar é o dos painéis solares.
Uma caixa, pintada de preto, pouco funda e exposta
ao sol, é atravessada por tubos metálicos, em serpentina,
por onde passa a água. Esta caixa é coberta por um vidro.
A água fria é assim aquecida pelo calor que se concentra
no interior da caixa.
Podes realizar facilmente esta experiência na tua escola
ou em casa.

Observa
O processo mais eficiente consiste em focar os raios so-
lares com um espelho, de modo a concentrar mais luz solar
sobre uma superfície menor para que aqueça facilmente.

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 4 Um forno solar
(Cont.)

Através da reutilização de materiais, do uso de uma forma de energia renovável e da nossa


imaginação, é possível fazer vários objetos originais.

Um forno solar
É possível, através de materiais que normalmente são inúteis em nossas casas, construir
objetos que, para além de serem originais, têm uma componente prática.
São necessários os seguintes materiais:
• caixa de esferovite (podem ser obtidos desperdícios nas lojas de eletrodomésticos ou de
congelados);
• embalagem de alumínio de pratos cozinhados, de doces frescos ou de congelados;
• papel de alumínio ou estanho;
• duas placas de vidro: uma ligeiramente maior do que a embalagem de alumínio e outra
para tapar a caixa de esferovite;
• fita adesiva forte.

Como fazer?
• Põe o papel de alumínio na caixa, de maneira a
que ultrapasse o tamanho desta. Coloca a emba-
lagem de alumínio no fundo da caixa.
• Coloca o papel de alumínio sobre os quatro bor-
dos da caixa, de modo a formar quatro planos
(como uma pirâmide invertida), e fixa-o com fita
adesiva.
• Põe os alimentos a cozinhar dentro da emba-
lagem.
• Tapa a caixa com o vidro grande e o forno está
pronto a funcionar. Para que a cozedura seja
mais eficiente, deves colocar a tampa de vidro do
forno perpendicularmente aos raios solares.

Observa
Outro modelo de forno solar.

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 5 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
Pilhas e baterias

As pilhas
As pilhas são dispositivos destinados a aproveitar a pro-
priedade de algumas reações químicas capazes de separar
cargas elétricas e transformar a energia química em eletrici-
dade.
Se colocarmos num recipiente duas placas, uma de cobre
e outra de zinco, tendo o cuidado de as manter separadas, e
se adicionarmos água misturada com ácido sulfúrico – que se
designa por eletrólito – na placa de zinco acumulam-se cargas
negativas ficando a placa de cobre carregada positivamente.
Se ligarmos uma lâmpada para pilhas às duas placas, a lâm-
pada acenderá.
A pilha que acabamos de descrever é pouco prática por-
que contém um ácido que é corrosivo e é perigoso ao trans-
portar. Foram, por isso, elaboradas as pilhas secas que
usamos frequentemente. Estas são constituídas por um reci-
piente de zinco que funciona como placa negativa, possuem
uma vareta central de carvão que funciona como placa posi-
tiva e estão envolvidas por uma solução de cloreto de amónio
em pasta, que funciona como eletrólito. Na base possuem um
Pilha. Vista do interior
material isolante que evita que a vareta central toque na base
de zinco do recipiente. A parte superior da pilha é fechada
com uma resina que segura a vareta central, isolando-a do re-
cipiente de zinco, impedindo também que o eletrólito saia.

As baterias

As baterias de acumuladores que se usam nos automóveis
fornecem quantidades consideráveis de eletricidade e podem +
ser recarregadas.
São constituídas por placas positivas e placas negativas
unidas entre si, intercalando uma placa positiva entre duas
negativas para obtenção de maior ação química.
As baterias estão envolvidas por ácido sulfúrico diluído em
água destilada, que se designa por eletrólito. As placas estão
separadas por um material isolante e poroso para que o ácido
possa estar em contacto com todas as placas.
Os bornes terminais são de chumbo.

Placas
Observa Bateria de automóvel
O desenho ao lado mostra como as placas positivas e ne-
gativas estão organizadas. O material que as separa é po-
roso para que estejam sempre em contacto com o eletrólito.

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 6 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
A hidráulica

O que é a hidráulica?
O ser humano sempre teve necessidade de aproveitar
a energia disponível na Natureza. A água em circulação
é uma força que pode ser transformada em energia
quando associada a engrenagens, daí a necessidade cons-
tante, ao longo dos séculos, de aproveitar e aperfeiçoar
mecanismos que utilizam a força da água como energia.
Ao estudo e aperfeiçoamento das técnicas empregues
para aproveitar ou transmitir energia através de fluidos
líquidos chama-se hidráulica.

A máquina conhecida por parafuso de Arquimedes foi


inventada há mais de 2000 anos, pelo matemático grego
Arquimedes. Destinava-se a elevar água dos rios para a
rega. Era constituída por um cilindro que continha no inte-
rior um parafuso gigante que ao rodar, acionado por uma O parafuso de Arquimedes
manivela, elevava a água.

Observa
A imagem representa uma central hidroelétrica. A água
proveniente de um grande reservatório que se encontra a
um nível mais elevado exerce pressão na turbina, fazendo-
-a girar a grande velocidade. A turbina, através do seu
eixo, faz mover um gerador que produz energia elétrica.

Central hidroelétrica

Turbina vertical de hélice Turbina tipo “Pelton” Turbina vertical de barragem

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 6 A hidráulica
(Cont.)

A energia hidráulica
A energia da água
Um moinho de vento utiliza a força do vento para pro-
duzir trabalho útil. As rodas hidráulicas transformam a
energia da água corrente em energia útil. Antes de terem
sido inventadas as primeiras máquinas a vapor, os moi-
nhos de vento e as rodas hidráulicas eram praticamente
as únicas máquinas não acionadas pelos músculos dos
homens ou dos animais. Os agricultores utilizavam-nos
frequentemente para moer cereais e bombear a água.

Observa
Observa e analisa estes dois mecanismos de moinhos
que utilizam a força da água – energia hidráulica.

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 6 A hidráulica
(Cont.)

Potência hidráulica
Tenta criar a tua própria roda hidráulica simples. Este modelo tem as pás de madeira fina
que são fixadas a uma roda com o eixo central.

As rodas hidráulicas podem ser construídas onde quer que haja água a correr rapidamente
para fazer movimentar as pás da roda. A maior parte das rodas hidráulicas modernas são
máquinas complicadas, usadas para produzir eletricidade.
Chamam-se turbinas hidroelétricas e a eletricidade que produzem chama-se hidroeletrici-
dade. As turbinas hidroeléctricas são geralmente construídas junto de grandes rios ou barra-
gens, onde se faz passar a água através de uma turbina para sair de um reservatório. Também
se pode gerar eletricidade com o movimento das marés.

Quando surgiram os motores que utilizavam o carvão


como combustível, os moinhos de vento e as rodas hidráu-
licas começaram a desaparecer. Todavia, atualmente estão
a tornar-se novamente populares. Hoje temos maior cons-
ciência da poluição causada pela queima dos combus-
tíveis fósseis, como o carvão, o gás e a gasolina. Em
comparação, a energia do vento e da água é limpa e
constitui uma fonte de energia silenciosa. Tem ainda outra
vantagem – as nossas reservas de vento e de água nunca
se esgotarão!

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Unidade 5 • As Energias

FICHA
PEDAGÓGICA 7 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS
Sistemas hidráulicos tradicionais

Rodas hidráulicas
A água é uma fonte de energia fácil de utilizar. Esta força da Natu-
reza desde sempre se ofereceu ao Homem a partir das quedas de água
das montanhas e das correntes dos rios. Desde há muito também que o
Homem, para utilizar essa força, construiu rodas hidráulicas e outros me-
canismos, fruto do seu engenho e consequência das suas necessidades
energéticas. São conhecidos vários modelos ancestrais, como a roda
pendente que a água faz mover ao atuar sobre as suas pás ou a roda
de colheres, na qual o caudal de um rio embate para mover a engrena-
gem de um moinho ou um engenho de elevar água.

Roda vertical
de pás

Observa
A roda foi talvez o elemento mais utilizado na construção de meca-
nismos hidráulicos. Umas funcionavam em torno de um eixo horizontal,
como a que está representada ao lado; outras funcionavam num eixo
vertical, tal como podes ver em baixo; outras estavam munidas de pás
movidas pela corrente da água.

Roda com pás


de inserção
oblíqua

Engrenagem para elevação


Moinho hidráulico de água

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O MUNDO DO PROJETO
Problemas complexos

Diariamente és confrontado com vários problemas que


requerem resolução. Por exemplo, quando acordas tens
um problema que é: o que vestir? Para escolheres a roupa
vais ter que ter em atenção as condições climatéricas,
o tipo de atividades a realizar ou o gosto pessoal.
Como vês, o teu problema inicial foi subdividido em
problemas mais simples, pois não é possível resolveres um
problema complexo se não houver uma intervenção atra-
vés de problemas simples.
É a resolução de problemas simples que permite resol-
ver problemas complexos.
Vejamos outro exemplo:

Problema (complexo) Subproblemas (mais simples) Soluções apresentadas

Degradação do polivalente da • Falta de espaços lúdicos Criação de um espaço lúdico


escola • Falta de espaços verdes com jogos para um saudável
convívio
• Inexistência de um espaço
de exposição de trabalhos Criação de um jardim vertical
dos alunos Criar espaços para exposição
• Sensibilização da de trabalhos dos alunos
comunidade educativa para Realização de campanhas de
a conservação do espaço sensibilização da comunidade
educativa para a conservação
dos espaços e dos materiais a
usar

Atividade
Identifica na tua escola situações que consideres pro-
blemáticas: os bancos dos recreios degradados; os espa-
ços verdes pouco cuidados; a organização da sala de
aula, etc.
Juntamente com os teus colegas preenche uma ficha de
análise dos problemas detetados e divide esses problemas
em problemas mais simples, assinalando soluções que pos-
sam resolver as situações detetadas.
Propõe junto da direção da tua escola ou agrupamento
a resolução do problema identificado, apresentando as
ideias que tiveram para resolver esse problema.

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 2 O MUNDO DO PROJETO
Observar. O que é?

Observar não é só olhar.


É ver e compreender.

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 2 Observar. O que é?
(Cont.)

Olhar Ver Observar

Compreender Apreciar Comparar

Perguntar Analisar Perceber

Ver o todo
Sentir Cheirar
e os pormenores

Ver as pessoas Saber o porquê


Criticar
e as coisas das coisas

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 3 O MUNDO DO PROJETO
O corpo humano

O corpo humano – aquela máquina


Correr e saltar são movimentos de grande amplitude
que podes efetuar. Estes movimentos exigem bastante
energia, força e coordenação de todo o corpo. Mas podes
também desenhar com um lápis, enfiar uma agulha, pregar
um prego. Estes movimentos exigem sobretudo gestos de
precisão e habilidade manual, isto é, coordenação de
ambas as mãos, dos olhos e equilíbrio do corpo.
O movimento do corpo humano é possibilitado funda-
mentalmente pela flexibilidade e articulação do esqueleto.
O corpo humano pode executar um grande número de
movimentos e realizar uma enorme variedade de tarefas.

A mão
A mão é necessária quando pretendemos realizar mo-
vimentos de pormenor e precisão, ou seja, quando neces-
sitamos de habilidade manual.
A mão é uma estrutura muito complexa e tem mais de
25 ossos. Mas é devido a essas pequenas articulações que
podemos realizar gestos tão pequenos e precisos.

A coluna vertebral
É a principal estrutura de suporte do corpo. A grande
amplitude de movimentos que executamos só é possível
pela conjugação da coluna vertebral e dos membros, que
se movimentam devido às articulações e ligamentos mus-
culares.
A coluna vertebral tem duas características importantes:
– a rigidez, que lhe permite suportar o corpo;
– a flexibilidade, que permite ao corpo manter o equi-
líbrio constante, quer em repouso quer em movimento.

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 4 O MUNDO DO PROJETO
O movimento do braço e da mão

Os movimentos de rotação do braço e mão


Um dos mais importantes movimentos da mão é a rotação,
possibilitada pelo tipo de articulação que faz o antebraço.

Capacidade de preensão da mão


A preensão é a capacidade de executarmos gestos deli-
cados, de muito pormenor, e ao mesmo tempo fortes.
É sobretudo pela existência do dedo polegar, como opo-
nente aos outros dedos, que podemos executar a grande varie-
dade de gestos que são necessários à nossa vida diária.

Observa
Observa como na nossa vida diária estão presentes os movi-
mentos de preensão e de rotação da mão e a oponência do
dedo polegar.

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 5 O MUNDO DO PROJETO
O corpo e as suas dimensões

Observa e regista Ficha de registo


Observa quais são as dimensões do Dimensões do corpo Medidas
corpo que mais importa conhecer, com vista
à adaptação dos equipamentos. 1. Distância entre cotovelos levantados
Executa e regista tu mesmo essas medi- 2. Altura em pé
das. Para isso podes, com os teus colegas
3. Distância espádua-dedos
de turma, tirar as medidas a um dos vossos
colegas de estatura média. 4. Distância cotovelos-dedos

5. Distância joelho-solo

6. Distância anca-joelho

7. Espessura da coxa sentado

8. Distância entre cotovelos

9. Largura das espáduas

10. Altura sentado

11. Distância ombro-cotovelo

12. Distância cotovelo-assento

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 6 O MUNDO DO PROJETO
O esforço humano na deslocação de cargas

O desconhecimento do corpo humano tem levado a que as pessoas tenham, por vezes,
comportamentos que causam graves danos à coluna vertebral e, por consequência, a outros
órgãos, afetando assim a sua saúde.

Observa
Como devem ser realizados alguns movimentos.

Incorreto Correto

Observa
A estrutura da coluna e as
posições do corpo.

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Unidade 6 • O Projeto

FICHA
PEDAGÓGICA 7 O MUNDO DO PROJETO
A embalagem

As embalagens das coisas


Os peixes respiram por guelras, mas os pássaros têm asas. Os car-
neiros têm lã sobre o corpo, mas os cisnes têm penas impermeáveis. Características desejáveis para
As castanhas estão dentro de espinhosos ouriços, mas os frutos suma- a embalagem:
rentos revestem-se de maneira a não perder o sumo. A semente do pi-
nheiro traz consigo uma asa transportadora. Tudo o que foi criado • leve para transportar;
pela Natureza está perfeitamente adaptado ao clima, à função, à • resistente para proteger;
forma e ao conteúdo.
• adequada à forma do ob-
A embalagem pode ser de papel, de esferovite, de metal, de car-
jeto para aproveitar o es-
tão, de pano ou de plástico. Para a conceção e execução de uma em-
paço;
balagem tens, assim, de ter em conta:
• a resistência do papel e de outros materiais a empregar; • executada em material apro-
priado para embalar o pro-
• a dimensão da embalagem e a sua forma, que dependem da na-
duto;
tureza do objeto (conteúdo) para o qual a embalagem se des-
tina. • económica para que não
haja gastos excessivos;
• equilibrada para se manter
estável;
• adaptável para fácil arruma-
ção.

Em alguns casos, as embalagens de produtos frágeis terão que ser


reforçadas interiormente para que o produto não oscile durante o trans-
porte. Alguns produtos originam também a necessidade de se criar
um invólucro em material estanque.

Para cada objeto a sua embalagem


A observação de diversos tipos de embalagem de uso diário pode
dar-te uma ideia da melhor maneira de embalar determinados objetos
– Ao alto? Deitado? Numa caixa de cartolina ou de cartão?
Analisa, nas caixas que puderes encontrar, a eficácia do fecho, o
reforço, o engenho de dobragem, o processo de colagem e de en-
caixe. São observações úteis na tua aprendizagem e elementos que A casca do ovo. Uma embalagem
enriquecerão a tua criatividade. perfeita

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O MUNDO DOS MATERIAIS
O comportamento da argila

As argilas são rochas terrestres provenientes da erosão


das matérias rochosas primitivas.
A propriedade e a característica mais importante da ar-
gila é a plasticidade. No entanto, as argilas não são todas
iguais, podendo distinguir-se dois grupos de argila:

1. As argilas gordas – têm um aspeto gorduroso e bri- Argila gorda


lhante, são muito plásticas e a superfície é muito lisa.

2. As argilas magras – têm um aspeto mate, são pouco


plásticas e muitas vezes areadas, o que não permite
serem trabalhadas com muitos pormenores.

Argila intermédia

Como saber se a argila é gorda ou magra


Experimenta e observa
Seleciona um bocado de argila. Caso possuas na tua
sala vários tipos de argila, poderás realizar experiências
comparando o comportamento de cada uma.
Argila magra
Realiza a experiência trabalhando a argila sobre uma
tábua limpa e seca. 1. Teste do anel

1. Faz um rolo, com cerca de 8 cm de comprimento e


1 cm de espessura.

2. Liga as duas extremidades do rolo formando um


anel.

3. Observa os resultados do teste analisando o compor-


tamento da argila.

2. Comportamento de uma argila magra

Observação Conclusão

O “anel” parte É uma argila magra. Tens de a preparar de novo, juntando-lhe uma argila gorda
até atingir a plasticidade necessária.

O “anel” não parte É uma argila com boa plasticidade. Podes iniciar os trabalhos.

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O comportamento da argila
(Cont.)

A argila
A argila não é uma rocha primitiva, mas um produto
secundário proveniente da erosão das matérias rochosas
primitivas. Algumas vezes encontram-se em depósitos
primários, vizinhos de rochas feldspáticas. Outras vezes,
encontram-se em formações secundárias, em massas
transportadas pela água, junto de aluviões mais recentes.
As argilas podem ser mais ou menos compostas pela
rocha-mãe de onde foram originárias. Estas argilas são
3. Azulejo de Graça Morais
mais puras, embora mais restritas. Outras, as transporta-
das pelas massas de águas, ligam-se a minerais encontra-
dos no seu caminho.
Por essa razão, encontramos argilas com diferentes
cores.
As argilas mais puras são brancas e chamam-se cau-
linos.
Outras são cinzentas, azuladas ou negras e frequente-
mente encontramos amareladas e avermelhadas. As diver-
sas cores são devidas aos materiais «estranhos» retidos na
massa argilosa, variando com a proporção e a natureza
das impurezas. Estas argilas denominam-se barros e são
muito comuns.
A propriedade e característica mais importante da ar-
gila é a plasticidade. A argila com boa plasticidade ab-
sorve água numa quantidade determinada e pode
deformar-se sob a aplicação de pressão, conservando, 4. Estatueta em barro cozido (pré-histórica)
sem ruturas, a forma que lhe é dada.
A argila encontra-se no solo e precisa de ser extraída
para então ser preparada.

A cerâmica e a modelação
Cerâmica é a denominação dada a todos os objetos
produzidos em argila, submetidos à cozedura através de
elevadas temperaturas.
Modelar é o ato de dar forma a qualquer matéria
plástica moldável. Tu já conheces alguns materiais para
modelar: o barro e a plasticina.
A modelação é a denominação geral dada às técni-
cas de trabalhar o barro. 5. Prato em cerâmica de Pablo Picasso

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O comportamento da argila
(Cont.)

Características básicas da argila


1. A argila, quando adicionada com água, transforma-se numa pasta moldável que fixa a
forma que lhe é dada.
2. Com o aumento da quantidade de água, a argila reduz a capacidade de manter a forma
que lhe é dada. Se deitares uma bola de argila num copo de água, ela desfaz-se progres-
sivamente.
3. Só podem unir-se com segurança bocados de argila com a mesma humidade que tenham
as superfícies de contacto riscadas, humedecidas, e ainda que sejam ligadas entre si.
4. Quanto maior for a diferença de humidade contida nos diferentes bocados de argila,
maior será a dificuldade de os ligar entre si.
5. A argila, ao secar, torna-se quebradiça.
6. A argila contrai-se ao secar. Por isso é necessário permitir que se adapte ao sentido da
contração, senão quebra-se.
7. Quanto mais húmida estiver a argila, maior é a contração.
8. As argilas magras contraem-se menos do que as argilas gordas,
quando com a mesma quantidade de humidade.
9. Uma secagem uniforme, em todo o objeto, reduz as tensões da con-
tração.
10. A argila, quando submetida ao fogo, sofre alterações irreversíveis,
isto é, transforma-se numa matéria dura e impermeável à água, não
podendo mais ser modelada.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 2.1 Técnicas específicas: técnicas do papel
Características dos papéis

Para aplicação dos papéis às funções técnicas que vais realizar interessa conhecer melhor
algumas das suas características, como:
• Resistência;
• Absorção à tinta (características de escrita);
• Propriedades óticas;
• Grau de colagem.

Para que conheças pela prática essas características, realiza as seguintes operações expe-
rimentais e observa o resultado de cada experiência, classificando-o de acordo com o quadro
no final desta ficha.

Resistência
Segura uma tira de papel entre o polegar e o indicador de cada mão, de modo a que os
quatro dedos quase se toquem. Faz pressão para cima e para baixo, puxando a tira. Verifica
assim a força necessária para romper o papel.

Resistência ao vinco
Vinca uma tira de papel, num sentido e depois no outro sentido. Observa se ele ofereceu
a mesma resistência de um lado e do outro.

Amarrotagem
Amarrota na tua mão um pedacinho de papel. Tenta endireitá-lo a seguir. Observa se ficou
muito ou pouco marcado.

Rasgamento
Vinca e separa, puxando, um bocado de papel. Rasga à mão um bocado de papel. Corta
com uma tesoura um bocado de papel.
Observa a linha de separação dos três casos.

Absorção à tinta
Como um conta-gotas, deixa cair uma gota de água sobre o papel. Faz um ponto com um
marcador.
Observa como se espalha a água e a tinta.

Propriedades óticas
Compara amostras de diferentes papéis e vê se és capaz de distingui-los pelo brilho, grau
de brancura, maior ou menor relevo da textura, etc.

Grau de colagem
Com as mesmas amostras podes depois fazer a experiência com cola, verificando quais
aderem mais facilmente.

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Unidade 7 • Os Materiais

2.1
Técnicas específicas: técnicas do papel
FICHA
Características dos papéis
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Analisa as tuas experiências, observando o resultado de cada uma delas e comparando


com a classificação do quadro:

Experiência / Características dos papéis

Características Classificação

Resistência à pressão muito resistente resistência média pouco resistente

Resistência à água conserva-se integral amolece facilmente desintegra-se

Resistência aos vincos muito resistente resistência média pouco resistente

Amarrotagem duro médio mole

Rasgamento rasga por uma linha rasga irregularmente rasga muito irregularmente

Absorção à tinta muito absorvente absorvente pouco absorvente

Observação ótica branco ou cor brilhante cor opaca textura

Grau de colagem cola muito bem cola bem cola mal

Sempre que tiveres necessidade de selecionar papel para um trabalho, serve-te dos conhe-
cimentos que adquiriste com estas experiências.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 2.2 Técnicas específicas: técnicas do papel
Executa um mostruário de papéis

Na execução do teu mostruário, para poderes observar melhor as características dos pa-
péis, como a textura, a espessura, etc., segue as indicações da figura.

Papéis próprios para escrita

VARIEDADES:
• Papel de máquina
• Papel almaço
• Papel de desenho
• Papel de escrita Cola sobre este retângulo uma
• Papel segundas-vias Cola sobre este retângulo uma amostra de papel almaço
amostra de papel de máquina. quadriculado.

Cola sobre este retângulo


Cola sobre este retângulo uma Cola sobre este retângulo uma uma amostra de papel
amostra de papel desenho. amostra de papel de escrita. segundas-vias.

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Unidade 7 • Os Materiais

2.2
Técnicas específicas: técnicas do papel
FICHA
Executa um mostruário de papéis
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Papéis diversos

VARIEDADES:
• Papel de seda
• Papel vegetal
• Papel mata-borrão
• Papel veludo
• Papel crepe
• Papel lustro
Papel de seda, azul ou rosa,
• Papel fantasia
amarelo, verde, lilás, Papel vegetal normal e de
• Papel metalizado
vermelho. arquitetura.
• Papel plastificado
Podes sobrepor vários. Podes sobrepor dois exemplos.
• Papel autocolante

Amostra de papel veludo.


Cola uma amostra de papel Podes sobrepor vários ou só Papel crepe. Podes sobrepor
autocolante. uma tirinha de cada. em escadinhas (3 cores).

Cola uma amostra de papel de


Cola uma amostra de papel de fantasia (procura nos Cola uma amostra de papel de
lustro. recuperados). fantasia (de outro tipo).

Cola uma amostra de papel Cola uma amostra de papel Cola uma amostra de papel
metalizado. plastificado. mata-borrão.

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Unidade 7 • Os Materiais

2.2
Técnicas específicas: técnicas do papel
FICHA
Executa um mostruário de papéis
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Papéis próprios para impressão

VARIEDADES:
• Papel offset-fino
• Papel corrente
• Papel de cores
• Papel de jornal
• Papel de cartaz
• Papel de duplicador
Cola sobre este retângulo uma Cola uma amostra de papel de
amostra de papel de jornal. duplicador.

Cola sobre retângulo uma


Cola sobre este retângulo uma Cola sobre este retângulo uma amostra de papel offset-fino de
amostra de papel de cartaz. amostra de papel offset-fino. cor.

Papéis próprios para embalagem

VARIEDADES:
• Kraft – corrente; branco;
de cores
• Embalagem

Cola sobre este retângulo uma


amostra de papel Kraft Cola sobre este retângulo uma
corrente. amostra de papel Kraft de cor.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 2.3 Técnicas específicas: técnicas do papel
Técnicas básicas para trabalhar o papel

Cortar

Corte
Se já sabes traçar as figuras que pretendes, tens que utilizar linhas indicativas diferentes
no caso de serem para cortar ou só para dobrar. Para que não haja enganos, traça sempre a
cheio forte as linhas que são para indicar corte, e, as que são para dobrar, marca-as a linha
tracejada.
Utiliza o equipamento próprio. Na tua sala existe uma mesa onde está colocada uma folha
de cartão grosso ou uma placa de zinco; é nessa mesa, assim protegida, que colocas o tra-
balho para cortar. Também podes realizar esta operação na tua mesa de trabalho, se tiveres
uma prancheta de cartão prensado (ou semelhante) a protegê-la.
Com o x-ato, ou com a faca de sapateiro, corta com o auxilio de uma régua metálica. Não
tenhas a preocupação de cortar à primeira passagem. Segura bem a régua e passa novamente
a lâmina, até que o corte atinja toda a espessura do material.
Repara na posição do teu corpo, tendo cuidado para que os dedos não fiquem na linha
de corte.

Meio-corte
Consiste em passar o x-ato sobre a superfície marcada, só com um corte fino. Essa passa-
gem deve assegurar que o corte atinja somente metade da espessura do material, por isso se
chama meio-corte.
Por esse processo reduz-se a resistência do material naquela linha, para facilitar o vinco e
dar perfeição à linha de dobragem.
Geralmente só se aplica em cartolina e cartões.

Recorte
É a técnica do corte aplicada a uma linha quebrada, fechada, ondulada ou que apresente
sequências de curvas.
Pode ser utilizado o x-ato ou a tesoura, conforme se adequar mais ao tipo de linha.
O treino é muito importante, sobretudo na utilização livre do x-ato.
Se vais utilizar a tesoura, esta deve estar sempre em bom estado, afiada e ajustada, para
que o corte seja fácil e perfeito. O teu polegar entra na argola mais larga da tesoura, deixando
para cima a lâmina que termina em bico e para baixo a mais arredondada.
Ao cortar linhas curvas encosta o teu braço ao teu corpo e conserva a tesoura na mesma
posição. A mão que tem o papel é que terá que dar o jeito, movendo-se na direção da lâmina,
conforme a tesoura vai cortando.
Com algum treino podes ainda fazer recortes à mão, técnica que dá ao trabalho uma ca-
racterística muito própria.
A habilidade manual é aplicada, sobretudo, pelos polegares e indicadores.

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Unidade 7 • Os Materiais

2.3
Técnicas específicas: técnicas do papel
FICHA
Técnicas básicas para trabalhar o papel
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Vazamento
Em alguns casos tens que vazar a superfície de um lado ao outro, isto é, retirar um bocado
do material de dentro da superfície.
Esta técnica pode ser feita por diversos processos. Podes vazar uma superfície utilizando
uma tesoura, recortando a forma de vazar. Podes também vazar a superfície utilizando o x-
ato com cuidado sobre o cartão da mesa de corte e retirando por este processo o espaço que
queres separar.
Podes ainda utilizar um alicate vazador, se a superfície a retirar se resume a uns furos. Do
mesmo modo podes utilizar o vazador de pancada, e até o furador vulgar serve para fazer
pequenos furos.

Dobrar
Para dobrar e vincar papel
O papel não oferece grande resistência à dobragem, nem ao vinco, podendo facilmente
dobrar-se e vincar-se com a unha do polegar ou com a dobradeira.
Não esqueças que a linha de dobra é indicada a tracejado.

Para dobrar e vincar cartolina


A cartolina oferece mais resistência do que o papel, podendo utilizar-se uma régua por
trás da superfície que se dobra para auxiliar a dobragem por uma única linha.
Para vincar basta rebaixar a dobra com a dobradeira. Em alguns casos podes utilizar o
meio-corte.

Para dobrar e vincar cartão


Utiliza, sobre as linhas de dobra, uma leve passagem do x-ato, que atingirá apenas até
metade da espessura do material (meio-corte). Com este processo o cartão não oferece tanta
resistência na linha de dobra e esta fica mais perfeita.

Colar
A colagem feita com colas rápidas é imediata e não oferece grande dificuldade. Deves,
no entanto, espalhar a cola com cuidado para que esta não exceda a zona de colagem.
Geralmente os tubos já trazem um meio que facilita a aplicação. Este tipo de cola seca
rapidamente, mas é conveniente pressionar a parte a colar. Deves utilizar para isso uma folha
branca limpa, entre a mão que pressiona e a zona de colagem. Quando se trata da colagem
de uma parte solta sobre uma maior, é melhor deitar cola na parte solta e levá-la ao encontro
do sítio de colagem.
No caso de se tratar de uma peça muito pequena é melhor depositar primeiro uma gota
de cola no sítio da colagem e depois levar lá a peça com o auxilio da ponta do compasso ou
do cabo do pincel.
A zona de colagem deve ser marcada a tracejado.
Ao aplicares cola branca ou cola de farinha tens que utilizar um pincel e deves espalhar
muito bem a cola começando do meio para os lados.

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Unidade 7 • Os Materiais

2.3
Técnicas específicas: técnicas do papel
FICHA
Técnicas básicas para trabalhar o papel
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Precaução
Para fazer aderir as duas partes, passa um pano limpo absorvendo com ele qualquer
excesso de cola. A dobradeira também auxilia esta operação, se a passares sobre a superfície
colada para que esta fique mais lisa.

Agrafar
A agrafagem é a operação realizada por agrafador. Consiste em unir material – geralmente
papel ou cartolina – por meio de agrafos de arame.
Há diversos tipos de agrafadores. O agrafador normal tem um formato pequeno e serve
para agrafar papéis, folhas soltas ou pequenos volumes. Os agrafadores de cadernos têm
uma braço extensível para abrangerem todo o espaço da folha do caderno.
Há ainda o agrafador-pistola – este dispara os agrafos. É utilizado sobretudo para prender
papéis ou cartolinas em superfícies duras, expositores ou paredes de madeira, por exemplo,
ou para fazer blocos de muitas folhas.
Neste caso, o agrafo não fica fechado como nos antecedentes, mas fica cravado sob pres-
são nas superfícies.

Algumas normas de segurança


Cuidados a ter com certas ferramentas e utensílios
Alguns dos utensílios e ferramentas que vais utilizar representam certo perigo, quando manuseados
sem cuidado. Deves observar bem como cada peça funciona, para não te ferires nem inutilizares o teu
trabalho.

Toma atenção.
1 – Quando utilizares a guilhotina tem as duas mãos ocupadas. Uma pressionando o manípulo de
pressão e a outra no cabo da lâmina.
2 – Ao cortar papel com x-ato deves utilizar uma régua de metal. Segura a régua com uma mão e
corta com a outra, não tendo a preocupação de cortar tudo à primeira passagem. Não deves
fazer pressão demasiada.
3 – Pousa sempre os utensílios de corte de maneira que estejam bem visíveis, mas resguardados.
No caso do x-ato, pousa-o com a lâmina recolhida.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 3.1 Técnicas específicas: técnicas dos têxteis
Mostruário de materiais têxteis

Os materiais têxteis de que necessitas para os teus trabalhos encontram-se no comércio e


industria têxtil já preparados para realização da tecelagem e da tapeçaria. Interessa, por isso,
que conheças os materiais, utilizando as designações pelas quais são vulgarmente conhecidos.
Executa, com os teus colegas, o mostruário de materiais têxteis da vossa turma.
Podes também, se tiveres interesse nisso, executar o teu próprio mostruário de materiais
têxteis.
Segue as orientações.

Fios Lãs

• Norte • Finas e grossas (cru e cor)

• Embrulho • Arraiolos

• Faniqueira • Chetland

• Estore • Mohair

• Tecedeira-algodão, para teias e tramas • Fibras têxteis sintéticas

• Algodão (cru e cor)

• Sisal-corda (cru e cor)

• Juta (cru e cor) Tecidos

• Ráfia natural e sintética


• Pano cru
• Nylon-fio e corda
• Linho
• Linhas (vários números, vários tipos e cores)
• Algodão

• Chita

• Seda
Telas para base
• Malhas

• Serapilheira

• Juta

• Talagarça grossa

• Tela de esmirna

• Tela de linho

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 3.2 Técnicas específicas: técnicas dos têxteis
As fibras naturais

A lã
A lã tem origem nos pelos das ovelhas, carnei-
ros, cabras, lamas, camelos e outros. Conforme o
animal que fornece a lã, esta tem características di-
ferentes.
Já observaste que a lã tem sempre uma certa on-
dulação. Esta ondulação é resultante da ondulação
das fibras e faz com que estejam sempre separadas,
criando entre si bolsas de ar. Mais de metade da
textura do tecido da lã é constituído por bolsas de
ar, por essa razão a lã é um bom isolador térmico.
Cada fibra é coberta por uma membrana muito
fina que não se vê. Esta membrana é como a que Lã tosquiada

se encontra quando descascas um ovo cozido e é


impermeável. É por isso que os tecidos de lã de tex-
tura muito apertada não necessitam de ser imper-
meabilizados. A chuva escorre sem molhar. Apesar
de repelir a chuva, essa membrana está coberta de
pequenos orifícios que tornam o tecido permeável
ao ar. É, por isso, um material excelente se pensar-
mos na higiene e saúde das pessoas.
A lã é um dos materiais mais comuns com que
vais trabalhar e é também a mais importante das fi-
bras têxteis.

Lã lavada

Fio de lã

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Unidade 7 • Os Materiais

3.1
Técnicas específicas: técnicas dos têxteis
FICHA
As fibras naturais
PEDAGÓGICA
(Cont.)

O linho
O linho tem origem no caule da planta de linho.
É, por isso, uma fibra de origem vegetal.
Foi outrora uma fibra muito utilizada. Terá sido,
talvez, a primeira fibra que o Homem teceu.
As fibras do caule, mais compridas e fortes, são
matéria-prima para o fabrico de tecidos mais gros-
sos.
As fibras têm um comprimento que vai dos 15
aos 100 cm. Considera-se de boa qualidade o linho
em que as fibras têm cerca de 50 cm de compri- Linho ripado
mento, não tendo fibras mais curtas.
A preparação das fibras do linho faz-se, funda-
mentalmente, pela separação das fibras lenhosas
das fibras têxteis. O processo consiste na fratura
das fibras e na limpeza dos fragmentos da palha
resultantes dessa fraturação. Em seguida, procede-se
à seleção em função do comprimento e da grossura
que apresentam.
O linho ocupa o quarto lugar no consumo mun-
dial de materiais têxteis. Os três primeiro são a lã,
o algodão e a juta.
O linho, hoje muito menos utilizado, foi muito
vulgar em Portugal. Foi plantado e trabalhado
quase em todo o país, sobretudo no Minho e em
Trás-os-Montes, na Beira Interior e no Alentejo. Esta
Linho espadelado
situação, de quase desaparecimento, embora ainda
seja cultivado, deve-se ao seu caráter artesanal e
de consumo caseiro.

Linho fiado

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Unidade 7 • Os Materiais

3.2
Técnicas específicas: técnicas dos têxteis
FICHA
As fibras naturais
PEDAGÓGICA
(Cont.)

O algodão
O algodão é uma fibra fundamental na tecela-
gem. Tem a sua origem na penugem que envolve as
sementes do algodão, formadas na flor do algo-
doeiro. É por isso uma fibra de origem vegetal.
O conforto e a flexibilidade do algodão são úni-
cos. A razão das suas excelentes qualidades, em te-
cido, deve-se ao comprimento das fibras: as
inferiores a 2,5 cm dão um tecido mais fino e mais
leve. Algodão
Existe uma grande variedade de fios de algo-
dão, sendo um excelente material para tecelagem
quer pela sua qualidade quer por ser bastante aces-
sível.

Fio de algodão
A seda
A seda tem origem na secreção glandular do Ovos
bicho-da-seda e, por isso, é uma fibra de origem
animal.
Portugal foi um dos primeiros locais na Europa
em que a amoreira foi cultivada e se cuidou do Lavra jovem
bicho-da-seda. A cultura da amoreira e o aprovei-
tamento da seda produzida por este processo teve
origem no Oriente – China, Japão e Índia.
É exclusivamente da folha da amoreira que a la-
Lavra
garta (bicho-da-seda) se alimenta. Deste modo, o
cultivo das amoreiras encontra-se sempre ligado à
produção da seda.
Casulo
Embora hoje em Portugal não se produza seda,
existem várias iniciativas em Trás-os-Montes para
renovar o cultivo da amoreira e a produção da seda
com vista à sua exploração industrial e comercial. Pupa
A seda é um material de grande beleza e extre-
mamente agradável ao tato. É um material caro,
pelo que não é frequentemente utilizado em traba-
lhos de Educação Tecnológica. Borboleta

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 3.3 O MUNDO DOS MATERIAIS
Técnicas específicas: técnicas dos têxteis – O fio têxtil

As fibras têxteis não podem ser aplicadas na te-


celagem tal como se encontram na natureza.
A fibra têxtil, nos casos da lã, do algodão e do
linho, é composta por finos filamentos com alguns
centímetros de comprimento. Torna-se, pois, neces-
sário produzir os fios que permitam o fabrico dos
tecidos.
O processo técnico de fabrico do fio chama-se
fiação.
A fiação consiste basicamente na preparação
das fibras, retirando as matérias não têxteis, e na
torção do conjunto de fibras, tendente a dar-lhes a
resistência e consistência necessárias. A fibra torcida
forma cabos simples. Estes podem ainda ser retor-
cidos uns com os outros, formando cabos compostos
que são mais grossos e resistentes.

A fiação industrial
A fiação de matérias têxteis, como a lã, o algodão e o linho, o cânhamo e a juta, compreende quatro
operações sucessivas.
Primeira – consiste em limpar, separar, bater, cardar e pentear.
Segunda – tem por fim reunir os filamentos, pouco a pouco, uns com os outros de modo a aumentar
a sua homogeneidade e a sua espessura, isto é, esticar, juntar e torcer as fibras.
Terceira – consiste em fiar as fibras no tear, transformando-as em fios perfeitos.
Quarta – dá ao fio a forma definida, escolhendo-o por espessura e qualidade.
A fiação da seda animal (casulo) tem por fim reunir um certo número de fios simples num só e fiá-los
a fim de obter um fio mais grosso, mas não torcido.
A fiação e torção da seda faz-se mantendo esta em água quente para fazer sair a sua goma. Esta
operação é necessária para tornar a seda apta a ser tingida.
Os restos da seda ou de casulos não perfeitos (fios cortados, etc.) são fiados com as mesmas opera-
ções da lã, algodão, etc.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 3.4 Técnicas específicas: técnicas dos têxteis
A fiação de fio têxtil

Esta pequena experiência serve para compreenderes como é constituído o fio têxtil e, ainda,
para conheceres melhor o processo simples da fiação.

Material
• Necessitas de um pouco de fibra têxtil não fiada: pode ser algodão, lã ou linho.

Utensílios
• Roca e fuso.

Como proceder? Podes utilizar dois processos.

1.o Processo
• Torce os elementos da fibra entre os dedos ou entre as palmas da mão, ou, ainda, entre
as palmas das mãos e as coxas.
• Conforme fores torcendo, o fio vai aparecendo. Deves adicionar novos pedaços de fibra
enquanto o fio cresce.

2.o Processo
Desenvolve as seguintes fases:
• Coloca um pedaço de fibra têxtil na
parte superior da roca.
• Em seguida retira uma mecha de fi-
bras, torcendo-as e destorcendo-as
entre os dedos, enrolando-a na ponta
do fuso.
• Faz rolar o fuso. Pode ser suspenso
no ar, apoiado no chão ou sobre a
coxa. O movimento circular do fuso
vai torcendo as fibras e assim se cons-
titui o fio. Conforme fores obtendo
o fio, enrola-o no fuso e puxa uma
nova mecha de fibra da roca.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 3.5 Técnicas específicas: técnicas dos têxteis
Características mais importantes dos tecidos

Observa o quadro e compara as características da lã, do algodão e do linho.

Tecido
Características
Lã Algodão Linho

Cor natural Creme a castanho escuro Branco ou amarelado Branco quando está pronto

Brilho Sem brilho Bom Muito lustroso

Sensibilidade têxtil Macia Macio Boa

Lavagem Requer cuidados especiais Boa Difícil

Sacagem Lenta Boa Rápida

Passagem a ferro Requer cuidados especiais Boa Difícil

Durabilidade Média Boa Boa

Resistência Boa Boa Boa

Conservação térmica Boa Fresco Fresco

Possibilidade de execução Boa Boa Média

Elasticidade Boa Fraca Fraca

Tingimento Bom Bom Bom

Retenção de rugas Fraca Boa Boa

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 4 O MUNDO DOS MATERIAIS
Técnicas específicas: técnicas cerâmicas – Cozedura

Enforme ou arrumação das peças na mufla


A operação de colocação das peças na mufla
para a cozedura chama-se enforme ou enfornamento.
Esta operação é simples, embora deva seguir certas
normas. As peças devem ser dispostas em prateleiras,
reguláveis entre si por meio de suportes, que podem
ser mais altos ou mais baixos, conforme a altura das
peças a enfornar.
Os suportes e as prateleiras são constituídos por
material refratário, para aguentarem temperaturas
elevadas. Estes suportes devem ser sempre colocados
uns sobre os outros, as prateleiras assim suspensas
ficam perfeitamente horizontais.
No enfornamento para a 1.a cozedura as peças podem ser colocadas na mufla, sem utili-
zação das prateleiras, se deste modo houver melhor aproveitamento do espaço interior da
mufla. Assim, a cozedura fica mais económica visto que se cozem bastantes mais peças gas-
tando aproximadamente a mesma quantidade de energia.

1.a cozedura ou chacotagem


Os objetos produzidos em barro, depois de secos, não dispõem ainda de um acabamento
que lhes dê resistência ao uso. Por isso é necessário submetê-los a uma primeira cozedura,
que se chama chacotagem.
A chacotagem consiste em submeter as peças em barro a uma temperatura elevada, que
ocasiona uma fusão parcial das partículas que constituem o barro. A chacotagem torna assim
o barro numa pasta compacta, com certa impermeabilidade e com resistência aos choques e
cargas.

Processamento da chacotagem
É essencial que a mufla aqueça muito lentamente. A temperatura, nas primeiras três horas,
não deve aumentar mais do que 100 oC por hora. É a esta temperatura que se dá a evapora-
ção da água de preparação do barro. Se essa evaporação se fizer demasiado depressa, as
peças partem.
A temperatura da mufla irá continuar a subir lentamente, para que se evapore em seguida
a água de constituição do barro, e por volta dos 400 oC deverá estabilizar um pouco. A esta
temperatura, as matérias orgânicas que estão presentes no barro, como impurezas, carboni-
zam-se.
A partir dos 600 oC, a elevação da temperatura pode ser mais rápida, com vista à fusão
parcial da pasta de barro.
Aos 800 oC, aproximadamente, alguns gãos da pasta de barro fundem, consolidando-se
em volta dos outros.
Está pronta a chacotagem.

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 4 Técnicas específicas: técnicas cerâmicas – Cozedura
(Cont.)

O grau de cozedura para a chacotagem varia conforme a composição da pasta. Experi-


menta com o teu professor a cozedura do barro da vossa escola, de modo a estabelecerem
qual é o grau de temperatura necessário para a chacotagem das peças.
O tempo de aquecimento da mufla depende do seu tamanho e da quantidade de louça ou
peças que são arrumadas no seu interior. Levará também muito tempo a arrefecer, cerca de 8
horas, pois a temperatura terá que descer muito lentamente, até ao ponto de se poder tirar a
louça à mão. É preciso saber esperar, pois a ansiedade por ver o que aconteceu lá dentro es-
picaça-nos a curiosidade, mas a surpresa do que vamos encontrar não nos deve apressar.

A chacotagem
A fusão parcial do barro, durante a chacotagem, não pode ser observada à vista desar-
mada. Para melhor compreenderes, pensa no “torrão”, feito de caramelo e amendoim: o açú-
car derretido agregou a si os grãos de amendoim ao solidificar.
Também os grãos de argila – ainda que demasiado pequenos para serem vistos à vista
desarmada – são agregados pelo elemento que funde, transformando o barro numa pasta
compacta.

Observa
O gráfico apresenta os fenómenos que se processam na chacotagem, relacionando o tempo
(em horas) com a temperatura da mufla (em graus Celsius) a que se deve elevar a temperatura.

Temperatura (oC)

1000 oC •

900 oC •
Fusão parcial da pasta
800 oC •
Fim da chacotagem
o
700 C •

600 oC •

500 oC •
Carbonização da matéria orgânica
400 oC •
presente no barro
300 oC •

200 oC •

100 oC • Eliminação da água não


expelida na secagem

1h 2h 3h 4h 5h 6h 7h 8h
Duração (aproximada) em horas

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 4 Técnicas específicas: técnicas cerâmicas – Cozedura
(Cont.)

A temperatura e a cor do fogo durante a cozedura


Como a observação é um auxiliar indispensável a todo este tipo de trabalho, acrescenta-
remos, por curiosidade, como se orienta o conhecimento dos artífices desta arte, relacionando
a temperatura da cozedura com a cor da chama, nas diferentes ocasiões da cozedura.

Observa

Grelha de correspondências de temperaturas e cor do foco

Temperatura Cor

Entre 600 oC e 800 oC Vermelho escuro

Entre 860 oC e 900 oC Cor de cereja escuro

Entre 900 oC e 990 oC Cor de cereja

Entre 1015 oC e 1200 oC Cor de laranja amarelado

Entre 1230 oC e 1300 oC Branco

Entre 1300 oC e 1450 oC Branco brilhante

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 5.1 Técnicas específicas: técnicas da madeira
Diferentes tipos de madeiras

As árvores fornecedoras de madeira agrupam-se em dois grandes grupos:


• Resinosas ou Coníferas
• Folhosas

Resinosas ou coníferas
São árvores que possuem resina e os seus frutos têm a forma de cone. Próprias dos climas
frios e temperados, e com estrutura muito simples, estas árvores fornecem madeira cujas ca-
racterísticas gerais são a leveza e a facilidade em serem trabalhadas.

Folhosas
São árvores próprias de clima temperados e tropicais. Possuem folhas largas e nervuradas
e o tronco tem forma ovoide. Com uma estrutura mais complexa do que as resinosas, fornecem
madeira com características muito diversas.

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 5.2 Técnicas específicas: técnicas da madeira
As madeiras mais usadas em Portugal

Da grande diversidade de madeiras existentes no mundo, damos-te a conhecer as nacionais


e estrangeiras que mais usamos. São apresentadas pelo nome oficial, características e apli-
cações.
Através do mostruário podes identificar, entre outras, características como: o desenho do
veio, a cor, etc.

Madeiras folhosas nacionais


Bétula
• Textura uniforme
• Leve
• Fácil de trabalhar
• Pouco durável
• Aplicações: carpintaria e revestimentos

Faia
• Textura fina e uniforme
• Dura
• Moderadamente pesada
• Fácil de trabalhar
• Aplicações: mobiliário e revestimento interiores

Carvalho
• Textura não uniforme
• Dura
• Moderamente pesada
• Fácil de trabalhar
• Aplicações: tanoaria e marcenaria

Castanho
• Textura grosseira e não uniforme
• Dura
• Leve
• Fácil de trabalhar
• Muito durável
• Aplicações: mobiliário, decoração e tanoaria

Cerejeira
• Textura fina e uniforme
• Moderadamente dura
• Moderadamente pesada
• Fácil de trabalhar
• Aplicação: marcenaria

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Unidade 7 • Os Materiais

5.2
Técnicas específicas: técnicas da madeira
FICHA
As madeiras mais usadas em Portugal
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Eucalipto
• Textura uniforme
• Dura
• Pesada
• Difícil de trabalhar
• Empena e fende com facilidade
• Aplicações: mobiliário, construção civil e pasta de papel

Freixo
• Textura não uniforme
• Moderadamente dura
• Pesada
• Fácil de trabalhar
• Aplicações: cabos de ferramentas, material para des-
porto e mobiliário

Nogueira
• Textura fina e uniforme
• Moderadamente dura
• Moderadamente pesada
• Fácil de trabalhar
• Aplicação: mobiliário

Pereira
• Textura fina e uniforme
• Moderadamente dura
• Moderadamente pesada
• Fácil de trabalhar
• Aplicações: talha, gravação, instrumentos musicais,
marcenaria

Madeiras de resinosas nacionais


Cipreste do Buçaco
• Aromática
• Textura fina e uniforme
• Moderadamente dura
• Moderadamente pesada
• Muito fácil de trabalhar
• Muito durável
• Aplicações: marcenaria e material de desenho

Pinho
• Textura grosseira
• Moderadamente dura
• Moderadamente pesada
• Fácil de trabalhar
• Pouco durável
• Aplicações: marcenaria e carpintaria

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Unidade 7 • Os Materiais

O MUNDO DOS MATERIAIS


FICHA
PEDAGÓGICA 6 Técnicas específicas: técnicas do metal
Os metais e ligas que podes utilizar

Apresentamos-te alguns dos metais e ligas com que podes trabalhar, descrevendo as suas
características técnicas principais. Podes observar também alguns exemplos de aplicação des-
ses metais.

Aço macio
• Fácil de trabalhar
• Solda com facilidade
• Deve ser protegido com pintura
• Aplicações: fabrico de parafusos, porcas e outros objetos

Folha de Flandres
• Flexível
• Não oxida
• Solda com solda de estanho
• Aplicação: caixas e latas de conserva, tachos, etc.

Alumínio
• Cor branca acinzentada
• Fácil de trabalhar
• Macio, elástico e maleável
• Bom condutor do calor e eletricidade
• Só pode ser soldado com soldas especiais
• Não oxida facilmente
• Aplicações: embalagens da indústria alimentar, artigos de cozi-
nha, etc.

Chumbo
• Cor branca
• Fácil de trabalhar
• Macio e muito maleável
• Solda com solda e estanho
• Aplicações: canalizações, revestimentos interiores de alguns
recipientes, etc.

Zinco
• Macio e elástico
• Solda com solda de estanho
• Não oxida facilmente
• Aplicações: reservatórios, telhados, utensílios domésticos, etc.

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Unidade 7 • Os Materiais

6
Técnicas específicas: técnicas do metal
FICHA
Os metais e ligas que podes utilizar
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Cobre
• Cor avermelhada
• Fácil de trabalhar
• Macio e maleável
• Solda com facilidade
• Não oxida profundamente
• Aplicações: objetos decorativos, acessórios elétricos, caldeira-
ria, etc.

Estanho
• Cor branca azulada
• Muito macio e maleável
• Não oxida
• Aplicações: objetos decorativos, embalagens de géneros alimen-
tares, componente das soldas fracas, etc.

Bronze (liga de cobre e estanho)


• Fácil de trabalhar
• Solda com facilidade
• Não oxida facilmente
• Aplicações: torneiras, engrenagens, estatuária, etc.

Latão (liga de cobre e zinco)


• Cor amarelada
• Fácil de trabalhar
• Maleável
• Solda facilmente
• Aplicações: acessórios de canalizações, aparelhos elétricos, etc.

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Unidade 7 • Os Materiais

FICHA
PEDAGÓGICA 7 O MUNDO DOS MATERIAIS
Confeção de papel na escola

O papel
Constituído por fibras celulósicas, o papel é um produto de uma das mais
poluentes indústrias atuais.
A matéria-prima para o seu fabrico obtém-se sobretudo a partir da ma-
deira e de outras fibras vegetais, como a cortiça ou o cânhamo, mas pode
ser também fabricado com papel velho ou trapos de linho e algodão.
O processo de fabrico de papel foi, durante séculos, manual.
Iniciou-se na China, onde já era conhecido em 105 d. C. Considerado
grande segredo, demorou muito tempo a desenvolver-se noutros países. Em
Portugal, só em 1411 se iniciou a sua utilização.
A partir do século XIX, quando a madeira passou a ser a matéria-prima
principal, o papel começou a divulgar-se rapidamente e a surgir no mercado
em quantidade.
Diversificaram-se as suas variedades, segundo as utilizações, que também
se generalizaram.
Hoje utiliza-se o papel para inúmeros fins, o que fez crescer excessiva-
mente a sua indústria.
O crescimento desregrado da poluição provocada por este setor da in-
dústria, assim como a desflorestação, atingem já proporções assustadoras.
Por este motivo, todos quantos utilizam o papel como matéria-prima indis-
pensável à vida moderna terão que responsabilizar-se pelos seus próprios
gastos. Do mesmo modo, a criação de estruturas de recolha de papel velho
terá que surgir como meio paralelo de obtenção de matéria-prima.

Executa
Confeção de papel na escola
Corta pequenos bocados de papel de jornal e mergulha-os em água.
Junta um pouco de detergente e deixa em repouso durante 24 horas.
Mexe com as mãos até teres uma pasta. A seguir, com a «varinha má-
gica» ou um liquidificador, torna a pasta mais fina.
Forra uma moldura com um tecido-rede fino e resistente (pano para cor-
tina serve). Coloca um quadro, sem rede, sobre o que está forrado.
Mergulha assim os dois, bem seguros, na tina grande em que está a pasta.
A solução está mexida. Mergulha-os até ao fundo e deixa-os subir à su-
perfície, transportando pasta.
Deixa escorrer bem. Com um feltro absorve o resto da água que a folha
ainda contém.
Retira os quadros e deixa a folha de papel a secar sobre o tecido-rede.
Mais tarde podes fazer evaporar o resto da humidade com o ferro elétrico.
Tens assim uma folha de papel feita por ti.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O MUNDO DO MOVIMENTO
Criação de uma roda hidráulica

A água é uma fonte de energia renovável. A força da


água é usada para produzir energia hidroelétrica, ou seja,
eletricidade produzida pelo movimento da água.
A energia potencial da água é armazenada em gran-
des reservatórios, as barragens. Quando se abrem as com-
portas da barragem, a água presa passa pelas turbinas,
fazendo-as girar. O gerador ligado às turbinas transforma
a energia mecânica produzida pela força da água em
energia elétrica.
Há centenas de anos que o movimento da água é utili-
zado nos moinhos, através de um mecanismo chamado
roda hidráulica. A passagem da água faz mover os lemes
de madeira, que estão ligados a uma mó.

Realiza
Uma roda hidráulica é um dispositivo circular montado
sobre um eixo com pás que a fazem mover. A roda é obri-
gada a girar sob a ação da água. Esta energia, por sua
vez, pode ser transmitida para outro equipamento através
de uma correia ou polia.

Material necessário: embalagens de plástico; palito de


espetada ou tubo estreito de plástico rígido; rolha de cor-
tiça; palhinhas; garrafão de água cortado ao meio.
• Corta o fundo de uma embalagem de plástico e fura-a
a meio. Por este orifício faz passar o tubo de plástico.
Nas extremidades do tubo, cola metade de uma rolha
de cortiça;
• Corta seis quadrados de plástico, aproveitando a
mesma ou outra embalagem de plástico;
• Corta uma palhinha em seis partes iguais (se neces-
sário podem ser duas palhinhas). Faz um pequeno
golpe nas extremidades da palhinha, encaixa-as e
cola-as. Cola uma ponta à roda e a outra ao qua-
drado de plástico, que servirá de pá;
• Corta o garrafão ao meio e faz um pequeno golpe
de cada lado para encaixar o eixo da roda;

• Abre a torneira em cima de um dos quadrados e


observa o que acontece.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 2 O MUNDO DO MOVIMENTO
Movimento. Rodas e piões

Em algum momento da história ter-se-á verificado que um objeto


circular poderia mover-se mais facilmente do que um objeto plano.
Os objectos circulares podem rodar, enquanto o objeto plano só
pode ser arrastado.
Não sabemos quando nem quem inventou a roda. Mas, a partir
da sua invenção, o trabalho humano ficou mais facilitado.

Observa
Observa diferentes tipos de roda. As formas das rodas corres-
pondem ao desenvolvimento técnico da sociedade e variam de
acordo com a sua finalidade.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 3 O MUNDO DO MOVIMENTO
Tecnologia da bicicleta

A bicicleta é composta por vários componentes cuja função específica, quando articulada
no sistema geral, fazem desta uma máquina com grande vantagem mecânica e de elevada
eficiência. Um pequeno esforço – pedalar – apresenta ganhos significativos na deslocação,
multiplicando distâncias.
Como produto industrial apresenta também elevadas vantagens tecnológicas, sociais e am-
bientais, nomeadamente: um processo de fabricação simples, a economia do material e ainda
um reduzido impacto ambiental no seu uso.

Observa
Observa e analisa os principais
componentes da bicicleta, identificando
a sua função específica e o princípio
físico do seu funcionamento.

A válvula
Função no sistema: a válvula permite a entrada de ar e
evita a saída do mesmo dos pneumáticos, controlando a Tampa

pressão de ar, reduzindo o atrito da máquina sobre o solo.


Princípio de funcionamento: o ar tende a ocupar um es- Obturador
paço maior devido à sua expansividade, portanto, quando
introduzido nos pneumáticos, tenderá a sair. Para o evitar
Porca de
são utilizadas válvulas que através do seu mecanismo fixação
do corpo
(mola e obturador) permitem a entrada de ar e evitam a da válvula
sua saída.

O quadro
Função no sistema: suportar as cargas – peso do utilizador
– e fixação dos componentes da bicicleta.
Princípio de funcionamento: a estrutura triangular do qua-
dro torna-o resistente aos esforços e às cargas.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 3 Tecnologia da bicicleta
(Cont.)

O selim e amortecedores
Função no sistema: amortecer os impactos das oscilações
provocadas pelas irregularidades do solo por ação de
molas helicoidais de compressão.
Princípio de funcionamento: a ação elástica das molas
helicoidais permite que estas se contraiam e se distendam,
como resultado das oscilações provocadas pelas irregula-
ridades do piso.

O dínamo
Função no sistema: gerador de corrente para o funciona-
mento do sistema elétrico.
Princípio de funcionamento: o movimento da roda faz girar
um íman no interior de duas bobinas ligadas entre si. O
movimento do íman provoca nos terminais das bobinas
uma tensão elétrica. A corrente elétrica produzida passa
pelos fios condutores, acendendo as lâmpadas, dianteira
e traseira, da bicicleta.

Sistema de travões
Função no sistema: controlar a velocidade, abrandar e pa-
rar o movimento da máquina em deslocação.
Princípio de funcionamento: um sistema de alavancas li-
gado a um comando por tensão abre ou fecha o par de
calços de borracha contra a roda. Por força do atrito o
calço bloqueia a roda.

As rodas
Função no sistema: movimento de deslocação sobre o ter-
reno, multiplicando a distância, principal vantagem da bi-
cicleta como máquina.
Princípio de funcionamento: a bicicleta é um multiplicador
de distâncias, convertendo os pequenos movimentos das
pernas do ciclista em múltiplas voltas da roda. A distância
que cada pé percorre numa volta dos pedais é menor do
que o perímetro da roda que estes acionam.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 4 O MUNDO DO MOVIMENTO
Elevar pesos. As roldanas

Sistemas inventados pelo Homem para redução do


esforço humano
Até há pouco tempo, na história humana, a força muscular dos ho-
mens era a principal fonte de energia. O termo «trabalho» ainda su-
gere um esforço dos músculos. Esta situação mantém-se na maioria da
população mundial. Mas, nos países tecnologicamente avançados, as
coisas estão a transformar-se de modo muito rápido.
Desde sempre o Homem inventou sistemas que o auxiliam nas suas
tarefas, e, sobretudo, que reduzem o esforço humano.

A alavanca é um exemplo de máquina simples que serve para


aumentar ou diminuir a força que empregamos. Um pé-de-cabra, um
alicate, uma tesoura são exemplos de alavancas.
Observa alguns exemplos de sistemas inventados pelo Homem.

Arquimedes, um sábio grego (séc. III a. C.), para mostrar a impor-


tância da alavanca disse a seguinte frase que ficou célebre: “dêem-
-me um ponto de apoio que com uma alavanca mudarei o mundo de
lugar”.

Sistemas Exemplos de aplicação

Alavanca A picota ou cegonha, a alavanca de pedreiro, o remo, o alicate, a pá, etc.

Cilindro de madeira para movimentar cargas, as rodas da carroça,


Roda
da bicicleta, do automóvel, do comboio, etc.

Os aparelhos usados para elevação de cargas como, por exemplo,


Roldana
na construção civil, num poço de água, etc.

Usada para transmissão do movimento, com multiplicação


Roda dentada ou desmultiplicação. O mecanismo de velocidades aplicado na roda
traseira da bicicleta, etc.

Roda com pás Usada no aproveitamento de energia da água, etc.

Utilizado para fins vários, mas sobretudo para as funções de união e aperto
Parafuso
de várias peças.

Uma cunha que se utiliza para levantar mais facilmente uma carga. Com uma
Plano inclinado
pequena inclinação reduz-se muito o esforço humano.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 4 Elevar pesos. As roldanas
(Cont.)

As roldanas
Os sistemas de roldanas funcionam mais ou menos da mesma maneira que as alavancas.
Ajudam-nos a levantar grandes cargas com um pequeno esforço.
Uma roldana transforma o movimento de puxar para baixo na extremidade de uma corda
num movimento de puxar para cima na outra extremidade. Com roldanas simples, podemos
elevar todos os tipos de cargas ao longo de postes ou de edifícios altos.

Facilitar o esforço
Uma roldana simples não facilita a elevação da carga,
simplesmente muda a direção em que se aplica a força.
Puxa-se a corda de baixo para fazer subir a carga. Com
uma roldana simples, não se pode elevar nada mais pe-
sado do que o que se consegue usando toda a força dos
nossos braços. Todavia, vê o que sucede se usares duas
ou mais roldanas juntas.

Pesos maiores, distâncias mais curtas


Com duas roldanas, poderás elevar quase o dobro do
que conseguirias com uma roldana simples, sem usar força
extra. Mas não se consegue tudo sem perder qualquer
coisa – a carga só percorre metade da distância a que
puxas o fio! Quatro roldanas levantam quase quatro vezes
mais peso.

Experimenta e reflete
Faz a experiência que te apresentamos na imagem. Tu
e um colega da tua idade seguram um pau cada um. Com
uma corda fixa a um dos paus, fá-la passar no outro pau,
como se indica na imagem. Pede a um amigo mais novo
para puxar a corda. Vê o que acontece. O teu amigo mais
novo, apesar de ter menos força, pode puxar a corda,
mesmo que vocês, os mais velhos, se esforcem por segurar
os paus. Porquê? Reflete. Compara com o que acontece
com as roldanas.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 5 O MUNDO DO MOVIMENTO
Articulações mecânicas

A elevação não é a única função que as alavancas desempenham.


Também servem para modificar o sentido de um movimento.
As extremidades de uma alavanca simples movem-se sempre em
direções opostas. Uma delas sobe quando baixas a articulação. Asso-
ciando duas alavancas com uma junta flexível, poderemos fazê-las
mover-se não só para trás e para a frente, mas também para cima e
para baixo. As escavadoras mecânicas funcionam assim – e os ossos
dos nossos braços e pernas são alavancas, ligadas pelas articulações
do cotovelo e do joelho.

Nos mecanismos as alavancas designam-se por bielas e funcionam


como transmissores de movimento entre dois órgãos.
As bielas permitem transformar o movimento rotativo em linear e vice-
-versa.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 5 Articulações mecânicas
(Cont.)

Articulação de mecanismos
Os mecanismos para funcionarem têm sempre articula-
ções entre si.
Uma dobradiça é um mecanismo articulado. Por exem-
plo, o guiador da bicicleta move-se na forquilha.
Observa a articulação destes elementos de mecanis-
mos. Podes compará-la às articulações do corpo humano.

Os movimentos feitos pelas alavancas associadas depen-


dem de duas coisas: o comprimento das alavancas e as po-
sições das articulações. Poder-se-á tornar um movimento
maior ou menor através da simples modificação da forma
porque os braços das alavancas estão ligados entre si.
Um pantógrafo é uma máquina de desenhar feita com
alavancas associadas.

Observa
Dois brinquedos que funcionam com movimento
produzido por elementos articulados.
Os fios que ligam as partes móveis, quando são
esticados, fazem-nos mexer.

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 5 Articulações mecânicas
(Cont.)

Brinquedos com mecanismos


Os mecanismos são processos que permitem a articula-
ção e o movimento das peças dos objetos e das máquinas.
O arquiteto Virgínio Moutinho inventa e cria brinquedos
muito originais.
Partindo dos mais diversos materiais, em grande parte
provenientes de reciclagem e aproveitamento de desperdí-
cios – matéria-prima barata –, constrói objetos animados,
brinquedos, que nos transmitem sempre alegria e humor.
Através da aplicação de sistemas mecânicos simples
obtém-se a articulação e também o movimento destes brin-
quedos.

1. Na cadeira, 1988, Virgínio Moutinho

2. Barco nas ondas, 1999, 3. Bailarina, 1988, Virgínio Moutinho


Virgínio Moutinho

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Unidade 8 • O Movimento

FICHA
PEDAGÓGICA 5 Articulações mecânicas
(Cont.)

Os brinquedos dos meninos africanos


Muitos meninos de África, devido à sua pobreza, criam
e executam os seus próprios brinquedos.
São muito conhecidos e bonitos os “brinquedos de lata”
obtidos a partir do material das latas de bebidas.
Estes brinquedos também apresentam quase sempre me-
canismos simples possibilitando o seu movimento.

Observa e analisa
Estes brinquedos com mecanismos, que representam
animais, cata-ventos, insetos de asas mexeriqueiras, baila-
rinas, barcos que navegam em águas calmas, são sempre
feitos de materiais reaproveitados.
Observa cada um destes brinquedos e analisa o meca- 4. Anjo, 1997, Virgínio Moutinho
nismo. Faz um desenho em que representes o movimento
que o mecanismo provoca no brinquedo.

5. Máquina voadora, 1983, Virgínio Moutinho

7. Brinquedo em metal

6. Carro em lata, meninos africanos

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO
Desmontagem e montagem de um objeto

A desmontagem e a montagem de um objeto permitem-nos decompô-lo,


revelando os seus principais componentes, percebendo a forma como
funcionam e como as suas partes se unem para formar o todo.

Experimenta
De entre os vários objetos que compõem o teu material escolar, sele-
ciona um e desmonta-o. Observa como as peças estão organizadas,
encaixadas e/ou enroscadas.

Observa
Damián Ortega e Todd McLellan são exemplos de artistas que des-
montam meticulosamente objetos. O primeiro decompõe o objeto e sus-
pende as peças resultantes por cabos presos no teto. O segundo
desmonta os objetos até às peças mais reduzidas e fotografa-os.

Esculturas de Damián Ortega e Todd McLellan

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

FICHA
PEDAGÓGICA 2 O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO
Criar um produto

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

FICHA
PEDAGÓGICA 2 Criar um produto
(Cont.)

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

FICHA
PEDAGÓGICA 3 O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO
O Homem artífice. Os utensílios

No início, os utensílios cortantes eram feitos com


qualquer material: calhaus, quartzite e até madeira
fossilizada. Mas, à medida que o tempo passava, o
sílex foi sendo cada vez mais usado.
Inventou-se um novo método de talhar utensílios
em sílex. O sílex em formato cilíndrico ou cónico era
percutido de maneira a produzir “lascas” de extre-
midades paralelas e de espessura uniforme.
Estas lascas facilitaram a produção de um instru-
mento especializado, o buril, para gravar madeira
ou osso. Este possuía um gume finíssimo para cortar,
cinzelar e gravar, enquanto a outra extremidade se
apresentava mais grossa para lhe conferir mais
resistência. O buril facilitava o fabrico de pontas de
lanças, arpões e agulhas, a partir de chifres dos vea-
dos e dos mamutes.

Observa
Um dos primeiros métodos de fabrico de uten-
sílios consistia em percutir um núcleo de sílex
com uma pedra menos lascável (“pedra-ma-
chado”), utilizando para os acabamentos um
“martelo” de madeira ou de osso.
Um outro método de fabrico consistia em pres-
sionar a extremidade do sílex com um instru-
mento pontiagudo de madeira, osso ou pedra,
até se desprender uma lasca da superfície infe-
rior. Este método de talhar cuidadosamente per-
mitia um maior controlo e levou à manufatura de
uma grande variedade de instrumentos.

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO


FICHA
PEDAGÓGICA 4 Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação
e controlo do processo de fabrico e construção

Preparação do barro para modelar


Pega num pedaço de barro que consideres suficiente para o trabalho a executar.
Observa o seu grau de humidade e o aspeto exterior. Se contém bolhas de ar, ou se a sua
composição é muito manchada, prepara-o de novo seguindo todas as operações da prepara-
ção do barro.
O êxito do teu trabalho está relacionado com a qualidade do material que vais utilizar.
Avalia as qualidades do barro preparado.

Preparação do barro

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Eliminação de areias e impurezas

Eliminação de bolhas de ar
Técnica

Estabelecer o grau de humidade adequado

Plasticidade final

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Técnica da bola
Executa uma pequena tijela, aplicando o processo descrito para a técnica da bola.
Prepara a quantidade de barro necessária. Retira-lhe as bolhas de ar e confirma a plasticidade.
Modela a bola e abre a cavidade.
Continua a abrir, adelgaçando a espessura das paredes.
Aperfeiçoa o rebordo.
Coloca-a sobre o teu plano de trabalho. Corta-a ao meio com o garrote.
Observa a espessura das paredes, a toda a volta e na secção do corte. Tira as tuas conclusões.
Avalia a tua experiência.

Técnica da bola – execução de uma tijela

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Preparação do barro

Modelação da bola
Técnica

Abertura da cavidade interior

Regularidade da espessura das paredes

Resultado final da execução da tijela

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Técnica do rolo
Levanta um copo pelo processo do rolo.
Prepara e une o fundo.
Levanta as paredes, sobrepondo-as ao fundo.
Liga bem os rolos uns aos outros e ao fundo.
Utiliza um garfo para que a barbotina adira bem às duas partes. Podes ainda tirar partido
desse utensílio na decoração da tua peça.
Avalia a tua experiência.

Técnica do rolo – um copo

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Confeção do rolo

Confeção do fundo
Técnica

União dos rolos

Utilização da barbotina

Regularidade das paredes:


– quanto à forma
– quanto à espessura

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Técnica da placa
Faz uma pequena experiência, construindo uma caixa de forma cúbica com 10 cm de lado.
Para auxílio, prepara uns moldes de cartolina.
Prepara as placas de barro e corta-as segundo os moldes.
Monta a tua caixa colando as placas com barbotina e reforçando com um rolo fino de
barro pelo lado de dentro.
Faz também uma tampa para a tua caixa.
Cola uma pega na tampa.
Utilizando a técnica da placa podes também construir peças com outras formas.
Avalia o teu trabalho.

Técnica da placa – uma caixa

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Construção das placas

Correspondência das medidas


Técnica

Montagem e ligação das placas

Acerto da tampa

Uso dos utensílios

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Decoração antes da cozedura


Faz um pequeno mostruário de aplicação das técnicas de decoração antes da cozedura.
Executa pequenos planos de barro, de 16 x 16 cm, e decora-os aplicando em cada um
algumas das técnicas que aprendeste. Se considerares mais útil, ou se te der maior prazer,
faz a decoração de uma peça que tenhas executado.
Aplica os conhecimentos que adquiriste.
Avalia os teus conhecimentos e o resultado da sua aplicação.

Decoração antes da cozedura

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Preparação da base

Seleção dos materiais


Técnica

Execução técnica

Uso dos utensílios

Adaptação da técnica:
Conceção

– motivos decorativos
– formas e cores utilizadas

Nota: Caso executes a decoração de uma peça, adapta os aspectos da ficha de avaliação que julgues
necessários a uma melhor avaliação do teu trabalho.

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Vidragem e cozedura
Experimenta a aplicação das técnicas de decoração e vidragem de peças chacotadas.
Poderás, com os teus colegas, orientados pelo vosso professor, executar um mostruário
sobre a aplicação das técnicas de vidragem.
Prepara as bases. Podem ser pequenos planos de barro, com 15 x 15 cm, ou utiliza azu-
lejos já chacotados.
Em colaboração com o teu professor procede ao enfornamento das peças a vidrar.
Avalia a tua experiência e o resultado do teu trabalho.

Vidragem e cozedura

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Seleção e preparação dos materiais

Aplicação do vidrado
Técnica

Execução dos motivos decorativos

Utilização dos utensílios de decoração


e vidragem

Utilização da “mobília” de enformamento


Enfornamento

Arrumação das peças na mufla


Cozedura

Acabamento final das peças após


a cozedura

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Moldagem simples
A moldagem simples pode ser aplicada em duas situações:
• moldagem da “face” de uma placa;
• moldagem de um objeto completo.

Avalia os teus conhecimentos, adaptando a ficha de verificação e controlo aos trabalhos


que realizaste.

Moldagem simples

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Seleção ou execução do modelo a reproduzir


Modelo

Preparação do modelo para execução do molde

Estabilização do modelo sobre um plano

Execução das “paredes” de vedação do molde:


• estabilidade
• dimensões, relativamente ao modelo
Execução do modelo

• vedação do molde

Preparação da “calda” de gesso:


• proporção água - gesso
• aquisição do “ponto” no tempo correto
• quantidade da “calda” de gesso

Vazamento da “calda” de gesso para a caixa do


molde:
• penetração em todos os pormenores do objeto;
• sem bolhas de ar
• reforço do molde, se necessário

Desmoldagem:
Representação por prensagem

• limpeza do molde

Preparação do barro

Preparação da(s) placa(s) de barro necessária(s)

Aplicação e prensagem da placa de barro

Acabamentos e correções no objeto reproduzido

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Moldagem completa
A moldagem denominada por tasselos é aplicada para reproduzir objetos em pleno relevo
que podem ser reproduzidos por via plástica ou por via líquida.
Avalia os teus conhecimentos e o grau de êxito dos trabalhos que realizas, utilizando para
isso a ficha de verificação e controlo. Faz as adaptações necessárias.

Moldagem completa

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal
Modelo

Seleção ou execução do modelo original

Realização da caixa de molde

Estabilização da peça na caixa


Execução do molde

Vedação da “boca” ou outros orifícios da peça

Seleção do número e forma dos tasselos a


realizar

Preparação da “calda” de gesso

Vazamento da “calda” de gesso para a caixa

Desmoldagem

Preparação do molde
Reprodução do Modelo

Preparação do barro para a reprodução

Aplicação do barro para reprodução

Desmoldagem

Acabamento do modelo reproduzido

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Execução de um painel de azulejaria


A técnica da azulejaria tem por fim a proteção e decoração do ambiente onde os homens
vivem e trabalham.
A elaboração do projeto, a execução dos azulejos e a realização e colocação final do painel
são fases de trabalho que devem ser avaliadas para que o resultado procurado tenha êxito.
Avalia as tuas realizações de azulejaria. Se necessário, faz as adaptações que julgues con-
venientes na ficha de verificação e controlo.

Execução de painel de azulejos

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Execução do projeto:
• dimensões
• enquadramento
Conceção

• motivos do desenho
• composição final geral

Preparação dos azulejos:


• numeração dos azulejos

Transporte do azulejo

Fixação do desenho

Pintura e vidragem do azulejo


Técnica

Proteção dos azulejos durante a fase de


realização

Enfornamento:
• preparação dos azulejos retirando o vidrado
das arestas laterais
• colocação nos suportes de enfornamento

Cozedura
Controlo da temperatura
Execução

Colocação do painel:
• preparação da superfície recetora
• preparação dos azulejos
• aplicação, sequência, alinhamento,
estabilidade e segurança

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

4
Técnicas específicas da cerâmica – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Execução de um painel mural


Sendo uma técnica com inúmeras aplicações, a execução de painéis murais exige algum
cuidado.
Avalia o percurso e o resultado dos teus trabalhos realizados pela técnica de painéis murais.
Se necessário, faz as adaptações que julgues convenientes à ficha de verificação e controlo.

Execução de um painel mural

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Execução do projeto:
• dimensões
• enquadramento ambiental
• seleção do mural e forma das placas
Conceção

Execução das placas:


• dimensão e forma das placas
• ligação das placas
• transporte do desenho
• modelação dos motivos
• realização dos cavados nas costas das
placas

Secagem das placas

Chacotagem:
• enfornamento
• controlo da temperatura
• grau de cozedura
Técnica

Pintura e vidragem das placas:


• limpeza das placas
• pintura e aplicação de vidrado

Cozedura do vidrado:
• preparação de placas para a vidragem
• colocação
• controlo de temperatura

Colocação do painel:
Execução

• preparação da superfície recetora;


• preparação das placas;
• aplicação, sequência; alinhamento;
estabilidade e segurança

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO


FICHA
PEDAGÓGICA 5 Técnicas específicas do papel – Ficha de verificação
e controlo do processo de fabrico e construção

A embalagem
Identifica, seleciona e regista uma situação problemática para a qual vais realizar o teu
projeto de trabalho.
Descreve pormenorizadamente, em frases curtas, o que deves fazer.
De acordo com o enunciado, procura e recolhe todas as informações de que necessitas.
Organiza todos os dados recolhidos e projeta todas as soluções possíveis para a situação
enunciada. Escolhe a solução que te parece melhor, tendo em vista a dimensão, a forma e,
sobretudo, a funcionalidade.
Confeciona a tua embalagem seguindo o projeto. Seleciona os materiais necessários que
mais se adaptem tecnicamente e que sejam mais económicos. Enumera as técnicas a utilizar.
Avalia o teu trabalho.

Execução de uma embalagem

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Funcionalidade
Conceção

Adequação do material

Harmonia entre a forma e a funcionalidade

Originalidade

Escolha de material económico


Organização

Aproveitamento dos materiais utilizados

Simplificação do trabalho

Vincagem

Corte
Execução

Colagem

Acerto do trabalho

Limpeza

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

5
Técnicas específicas do papel – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Vestuário em papel
Confeciona uma túnica em papel de fantasia com as tuas medidas.
Escolhe um modelo e estuda-o.
Seleciona material para completares o teu trabalho.
Aplica conhecimentos de dobragem, recorte e colagem.
Aproveita as texturas ou pinta.
Avalia a qualidade do teu trabalho.

Vestuário de papel

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Dobragem
Técnica

Recorte

Colagem

Acabamento
Conceção

Originalidade

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

5
Técnicas específicas do papel – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Máscaras – técnicas do papel maché


O papel maché é utilizado para moldar objetos. Precisas, portanto, de um molde ou uma
estrutura daquilo que pretendes.
Utiliza um modelo de gesso ou uma estrutura de arame para construíres a tua máscara.
Coloca sobre o molde, ou envolvendo a estrutura, folhas ou tiras de papel de embrulho ou
de jornal, sem cola.
As restantes tiras serão embebidas em cola.
Sobrepõe oito folhas sobre o molde. Amolecidas pela cola, aderem umas às outras
tomando-lhe a forma.
Na estrutura vai colocando tiras até teres todo o espaço tapado e com espessura uniforme.
Deixa secar ao ar livre, não ao sol. O sol forte pode estragar o trabalho. Quatro ou cinco
dias depois podes retirar o teu objeto do molde.
Aperfeiçoa as beiras com a faca e executa os acabamentos necessários.

O papel maché foi utilizado industrialmente em várias regiões no fabrico de brinquedos.


Hoje, com a utilização generalizada do plástico, também os brinquedos de papel maché
foram substituídos, já que nunca passaram de uma técnica artesanal.
Utensílios Material
• Recipiente para cola • Papel de embrulho ou de jornal
• Pincel • Cola
• X-ato ou faca de sapateiro • Tinta

Máscaras

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Funcionalidade
Conceção

Originalidade

Adequação do material
Organização

Aproveitamento dos materiais utilizados

Simplificação do trabalho

Aplicação da técnica
Técnica

Acabamentos

Limpeza

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

5
Técnicas específicas do papel – Ficha de verificação e controlo
FICHA
do processo de fabrico e construção
PEDAGÓGICA
(Cont.)

Bloco de apontamentos
Organiza uma quantidade de folhas brancas para confecionares um bloco de apontamentos.
Mede, risca e corta um retângulo de cartão que se adapte ao tamanho das folhas.
Aplica as técnicas que aprendeste.
Na confeção deste trabalho deves ter em conta a recuperação e aproveitamento de papéis
e cartão cujas medidas são insuficientes para outros trabalhos.
Quando tiveres o teu bloco pronto, preenche a ficha de verificação e controlo e tira con-
clusões sobre as tuas possibilidades.

Bloco de apontamentos

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal
Organização

Aproveitamento de material

Utilização dos instrumentos de trabalho

Corte

Dobragem e vincagem
Técnica

Colagem

Agrafagem

Acabamentos

Adaptação da técnica
Conceção

Originalidade

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO


FICHA
PEDAGÓGICA 6 Técnicas específicas do têxtil – Ficha de verificação
e controlo do processo de fabrico e construção

Execução de tafetá simples


Para que possas saber como vai a tua aprendizagem, avalia como decorreu a realização
do teu trabalho.
Utiliza, para isso, a ficha de verificação e controlo.

Execução de tafetá simples

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Escolha, aproveitamento e recuperação de


materiais

Sequência das fases de trabalho


Organização

Limpeza do local de trabalho e apresentação


do trabalho

Utilização dos utensílios e equipamentos

Escolha do material para a teia

Escolha do material para a trama

Montagem da teia
Técnica

Execução técnica do tafetá

Resultado final obtido

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO


FICHA
PEDAGÓGICA 7 Técnicas específicas da madeira – Ficha de verificação
e controlo do processo de fabrico e construção

Execução de um trabalho em madeira


As diferentes técnicas para trabalhar a madeira (serrar, furar, desbastar, etc.) permitem a
execução de trabalhos muito interessantes. É indispensável que conheças sempre como decor-
reu a sua realização e o que conseguiste como resultado final.
Avalia o êxito e as dificuldades que sentiste. Utiliza, para isso, a ficha de verificação e con-
trolo, adaptando os aspetos que consideres necessários.

Execução de um trabalho em madeira

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Realização do projeto de trabalho, tendo em


Conceção

conta:
• função do objeto
• forma e dimensão do objeto
• processo de ligação das peças

Preparação do local de trabalho

Seleção da madeira segundo as suas


características
Organização

Escolha de outros materiais

Seleção das ferramentas e equipamentos

Sequência das fases de trabalho

Execução técnica do trabalho

Aplicação das ferramentas


Técnica

Aplicação dos diferentes materiais

Execução dos acabamentos

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO


FICHA
PEDAGÓGICA 8 Técnicas específicas dos metais – Ficha de verificação
e controlo do processo de fabrico e construção

Os trabalhos que realizaste resultaram da conjugação de várias técnicas específicas para


trabalhar os metais (serrar, dobrar, soldar, etc.).
É importante que te interrogues sempre quanto ao trabalho realizado.
Que êxito obtiveste e que dificuldades sentiste ao longo da sua realização? Qual foi o
resultado final?
Para isso, utiliza a ficha de verificação e controlo que te propomos e adapta-a ao trabalho
que realizaste.

Execução de um trabalho em metal

O que consegui
Aspetos a considerar
Muito bem Razoável Mal

Função, forma e dimensões do objeto


Conceção

Seleção das técnicas

Fases de trabalho

Organização do local de trabalho


Organização

Seleção dos metais, tendo em conta:


• forma comercial
• características

Escolha das ferramentas e utensílios

Execução técnica do trabalho


Técnica

Aplicação das ferramentas e utensílios

Utilização dos diferentes materiais

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 1 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
Construção de pontes

Uma estrutura é um conjunto de elementos simples liga-


dos entre si, com o objetivo de resistir a forças ou suportar
o peso dos materiais de forma a desempenharem correta-
mente a sua função.
As pontes são uma das criações mais úteis e surpreen-
dentes da humanidade, tanto pelas suas estruturas impo-
nentes como pela capacidade de resistência ao esforço a
que são submetidas, mesmo quando parecem extrema-
mente frágeis.
As principais características das estruturas para resistir
aos esforços são: a estabilidade, a resistência e o equilí-
brio.

Experimenta
Com uma simples folha de papel constrói vários tipos
de pontes.
1.o Experimenta dobrá-la em três partes iguais.
2.o Dobra e cola a folha com cerca de 1 cm de espes-
sura.
3.o Dobra a folha em leque.

Coloca um objeto sobre cada uma das pontes.

Analisa e realiza
A resistência não depende apenas do material utili-
zado, mas também da forma. Uma folha de papel é frágil,
mas poderá tornar-se resistente dependendo da forma
como a dobramos.
Utiliza outros materiais para criares outras estruturas e
realiza a mesma experiência.

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 2 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
Tipos de pontes – classificação estrutural de pontes

1. Ponte suspensa ou pênsil

2. Ponte estaiada ou atirantada (com tirantes)

3. Ponte em arco (construída em betão)

4. Ponte em arco (construída em


alvenaria/pedra por assentamento)

5. Ponte em viga/treliça

6. Ponte em viga ou pórtico

7. Ponte levadiça (desenho esquemático da


Ponte de Londres sobre o Rio Tamisa)

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 3 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
As estruturas nas coisas naturais

Todas as coisas naturais têm uma estrutura.


A teia de aranha é um exemplo de uma es-
trutura natural constituída a partir de uma seda
muito leve e resistente. Produzida pela própria
aranha, a teia destina-se a imobilizar as suas
presas, resistindo ao vento, à neve ou ao voo
rápido de um grande inseto.
A chave da estrutura da teia de aranha está
na forma e na distribuição da tensão. Ao per-
mitir um vasto alongamento dos fios, a propor-
ção máxima de energia cinética de um inseto
voador é absorvida como energia de esforço.
A múltipla redundância dos fios radiais as-
segura que a teia suporte os esforços, mesmo
que vários fios se rompam.
Na teia existe assim uma estrutura diferen-
ciada de tensão pré-esforço.
Os fios radiais possuem uma altíssima ten-
são comparados com as espirais.

O esqueleto dos animais é uma estrutura


flexível que suporta e dá forma ao corpo, pro-
tege os órgãos e sustenta os músculos que o
fazem movimentar.
As grandes vértebras posteriores, os longos
ossos da bacia e os compridos membros poste-
riores do esqueleto desta lebre veloz mostram
a sua adaptação à corrida sobretudo pela uti-
lização dos membros posteriores.

Observa
Observa a teia de aranha e o esqueleto,
analisa as suas características e explica como
estas estruturas naturais realizam as suas fun-
ções.

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 4 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
Analisar estruturas: o guindaste

O guindaste/a grua
Por certo já observaste obras de construção civil. Um guindaste é uma estrutura resistente,
com elementos articulados entre si, que possibilita a realização de movimento em várias dire-
ções.
Os guindastes de torre são utilizados para a construção de edifícios de muitos andares.
Em vez de transportar materiais de um lado para o outro, no solo, o guindaste de torre iça-os
até à altura desejada, poisando-os de seguida com grande precisão. Para isso possui uma
lança giratória e um contrapeso para equilibrar o peso levantado.

1.
2.

3.

4.
Observa e analisa
Observa a triangulação da torre e da lança princi-
5.
pal e analisa a função dos tirantes para a estabilidade
e equilíbrio da grua.
6.

8.

Legenda:
7.
1. Lança principal
2. Tirante
3. Contrapeso – bloco de betão que serve para equilibrar
o peso levantado
4. Plataforma do guincho – na qual se situa o sistema de
roldanas para a elevação de cargas, desloca-se ao longo
da lança
9.
5. Cabine – onde se encontram os comandos dos motores
elétricos que permitem operar os movimentos da grua
6. Mecanismo giratório – sistema de engrenagens que per- 10.
mite à lança rodar 360o
7. Torre – estrutura de suporte e elevação da grua
8. Guincho
9. Cesto de carga
10. Base – pode ser reforçada com blocos de betão para
maior estabilidade da grua

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 5 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
Analisar estruturas: a ponte

A ponte da Normandia, tal como a ponte Vasco da Gama, em Lisboa, é suportada por
cabos. Neste tipo de pontes, os cabos suportam o peso do tabuleiro e transferem-no para os
pilares e para os viadutos de acesso de ambos os lados. Significa isto que as cargas de tensão
do tabuleiro se equilibram mutuamente, à semelhança de uma pessoa que transporta uma
mala em cada mão.
Pilares principais Cabos de suspensão
Estrutura de apoio Suportam o peso do
intermédio da ponte com tabuleiro e transferem
vários vãos. Servem de as cargas exercidas sobre
suporte dos cabos (tirantes) o tabuleiro para os pilares
Caixas de fixação e recebem as cargas e os viadutos de acesso
Os cabos prendem-se verticais e horizontais (margens). São feitos de
a caixas de fixação nas transmitidas pelo tabuleiro múltiplos cordões de aço
secções superiores dos aos cabos, direcionando- separados e encontram-se
pilares. -as para as fundações. revestidos de uma cobertura
de plástico que conserva os
cordões unidos e protege-os
do tempo.
Sulcos contra a chuva
Como o gotejar da
chuva pode levar uma Supervão
ponte a oscilar, Parte central do tabuleiro que dista
o revestimento dos cabos de um pilar ao outro 856 m de
é estriado. comprimento, facilitando o tráfego
marítimo que passa sob a ponte.

Tabuleiro rígido
Os tabuleiros feitos em
betão pré-esforçado
garantem a solidez
necessária da ponte.
Sobre o tabuleiro
assentam as vias
rodoviária e/ou
ferroviária.

Ponte da Normandia
A ponte da Normandia atravessa
o estuário do rio Sena.

Tecnologia, Criatividade e Design, 2012, p. 81

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 6 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
Analisar estruturas: o arranha-céus

O arranha-céus
Há muitos anos que as estruturas de aço constituem a
espinha dorsal dos edifícios mais altos do mundo.
Com a evolução de novos materiais, como, por exemplo,
o betão pré-esforçado de alta resistência, tem sido possível
construir os edifícios com alturas cada vez maiores.
Os pilares são normalmente presos a uma soleira de
betão subterrânea, na qual se ancoram as colunas verticais
do arranha-céus. Os pilares e as soleiras (placa) funcionam
não só como sustentação do peso do edifício, mas também
do seu conteúdo. As paredes são construídas sobre as placas
e apoiadas pelos pilares.
O vidro está a ser usado cada vez mais para a constru-
ção da parede exterior, reforçado por uma estrutura (muro
de vedação) de aço inoxidável.
Para construir edifícios mais altos sem aumentar o peso
das estruturas, os construtores têm procurado soluções de
reforço com vigas diagonais.

1. Estrutura de um arranha-céus

Observa e analisa
Observa a estrutura de um edifício e identifica os elemen-
tos de reforço estrutural – os pilares e a soleira. Analisa como
é feito o reforço da estrutura para a instalação dos vidros
(parede exterior – muro de vedação).

2. Instalação da parede exterior em vidro


(muro de vedação)

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

FICHA
PEDAGÓGICA 7 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
Analisar estruturas: a catedral medieval

A catedral medieval
As igrejas medievais têm como característica altas abó-
badas, suportadas por pilares e colunas maciços.
No século X foram adotadas muitas ideias arquitetóni-
cas romanas, tais como a nave central e as naves laterais.
Em meados do século XII apareceram os arcobotantes e as
abóbadas de ogivas.

Observa e analisa
Observa as diferentes soluções estruturais da catedral
– os arcos, os pilares e as abóbadas – e analisa a função
dos arcobotantes e dos contrafortes.

1. Nave central da catedral

Telhado de duas águas

Arco ogival
Abóbada

Arcobotante

Capitel

Nave lateral
Contraforte
Nave central
Pilar

2. Esquema estrutural da igreja medieval

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22 2
ATIVIDADES
E PROJETOS
PLANIFICAÇÕES
“O livro do Mundo da Tecnologia”
Educação Tecnológica, 2.o Ciclo

Guia de atividades e projetos


Sugestões de exploração didática para professores

As atividades e projetos que se apresentam são apenas possibilidades didáticas, não correspondendo a qual-
quer orientação prescritiva. São propostas e hipóteses de trabalho alternativas. O elevado número de atividades
apresentadas mostra-nos que, apesar da natureza curricular prescritiva que decorre das “metas curriculares”,
ainda se abre um espaço de liberdade de criação de propostas educativas contextualizadas aos universos con-
cretos de alunos, turmas, escolas e comunidade educativa e social.

Orientações metodológicas gerais


A disciplina de Educação Tecnológica, 2.o Ciclo, pela sua natureza pedagógica e didáctica e pela matriz cur-
ricular decorrente das metas curriculares exige uma forte intencionalidade na planificação das unidades didáti-
cas/unidades de trabalho e nas experiências educativas a realizar pelos alunos. A planificação da abordagem
dos domínios ao longo do ano letivo deve clarificar os temas, conteúdos e atividades a desenvolver especifica-
mente em cada domínio, e os conteúdos a integrar em unidades didáticas a desenvolver noutro domínio do ano
letivo.
O grau prescritivo das experiências e conhecimentos a adquirir, estabelecidos pelas metas curriculares,
determina a necessidade de uma gestão integrada das aprendizagens, pelo que se torna imprescindível proceder
a uma planificação a nível do ano letivo.

1. Tipologias das experiências educativas genéricas


• Atividades de observação e análise
• Atividades de registo gráfico
• Atividades de pesquisa
• Atividades de planeamento, organização e gestão
• Atividades de apresentação e exposição (oral, escrita e visual)
• Atividades de experimentação técnica/ensaios técnicos
• Atividades de montagem (montagens técnicas, kits, etc.
• Atividades de construção e fabricação
• Atividades de realização técnica
• Atividades de projeto

2 Modalidades organizacionais e de gestão do ensino


2.1 Integração de temas e conteúdos
• Temas e conteúdos integrados especificamente no domínio
• Temas e conteúdos integrados em actividades transversais a vários domínios

2.2 Tipologia de duração das actividades


• Curta duração (uma ou duas sessões)
• Média duração (várias sessões)
• Longa duração (atividades no âmbito de projetos – várias sessões)

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2.3 Modalidades organizacionais da turma
• Trabalho individual
• Trabalho em pares
• Trabalho em grupos (autónomos)
• Trabalho em equipa (colaboração para uma finalidade comum)

2.4 Articulação das actividades


Intra turma
• Atividade individual
• Atividade em pares
• Atividade em grupo
• Atividades em equipa (trabalho coletivo resultante das participações individuais ou de grupo)
Extra turma
• Atividades com a participação de várias turmas da escola
• Atividades continuadas em vários anos letivos
• Atividades participadas por várias escolas
• Atividades de intercâmbio entre vários países e culturas (projetos internacionais)

2.5 Tipo de concretização das aprendizagens


• Elaboração intelectual
• Apresentação escrita, gráfica e/ou oral
• Trabalho experimental/montagens experimentais
• Ensaios técnicos
• Execução técnica de objetos, maquetas, protótipos

2.6 Identificação e seleção de projetos


• Apresentados pelo professor
• Apresentados pelo professor com a participação dos alunos

2.7 Número de atividades/projetos a desenvolver (simultaneamente)


• Uma única atividade ou projeto a ser desenvolvido individualmente por todos os alunos
• Uma única atividade ou projeto a ser desenvolvido em pequenos grupos de trabalho
• Várias atividades e/ou projetos em realização simultânea (individualmente, em pares ou grupos de
trabalho)
• Um único projeto a nível da turma, concretizado a partir das contribuições individuais ou de grupos
de trabalho

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

ATIVIDADES
VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Estudo/exercício sobre o impacto social da tecnolo- – Distinguir os conceitos de técnica e de tecnologia;
gia; – Analisar o envolvimento tecnológico;
– Impacto da tecnologia na vida da cidade – um dia – Analisar fatores de desenvolvimento tecnológico;
sem eletricidade;
– Debater e avaliar os efeitos sociais e ambientais da
– Exposição temática na escola: Tecnologia das comu- atividade técnica na sociedade.
nicações, passado e presente;
– Estudar o impacto social e ambiental de uma inven-
ção técnica;
– Investigar a evolução dos sistemas de iluminação an-
teriores à descoberta da lâmpada elétrica.

1. Título: Um dia sem eletricidade


Descrição: Desenvolvimento de uma atividade de grupo sobre o impacto da tecnologia na sociedade e, em
especial, no seu dia a dia. Por exemplo, um dia sem eletricidade, um dia sem água ou um dia sem comunica-
ções por telefone/telemóvel. Esta atividade pode ser descritiva, de simulação e reflexão sobre a importância
e o impacto que a tecnologia tem atualmente.

2. Título: As comunicações: passado e presente


Descrição: Desenvolvimento de uma exposição temática na escola, subordinada ao tema das tecnologias da
comunicação e a sua evolução ao longo dos tempos. Pode-se utilizar o exemplo do telefone e a sua evolução
ao longo dos tempos. A investigação deverá ser realizada por vários grupos de alunos e, para cada época,
recensear imagens e realizar a respetiva ficha técnica.

3. Título: A lâmpada elétrica: antes e depois


Descrição: Investigação sobre a evolução dos sistemas de iluminação. Que impacto teve a invenção da lâm-
pada elétrica para a sociedade? Análise sobre o modo de vida antes da lâmpada elétrica e como obtinha ilu-
minação artificial. Que mudança trouxe a lâmpada elétrica? E que evolução teve a lâmpada elétrica ao longo
dos tempos?

4. Título: O impacto social da tecnologia


Descrição: Desenvolvimento de um projeto de turma onde se identifique e caracterize o impacto social da tec-
nologia. Apresentação do trabalho à comunidade educativa utilizando vários suportes e realizando um debate
orientado pelos alunos.

5. Título: Tecnologia ou técnica?


Descrição: Realização de um debate com os alunos para exploração dos conceitos de tecnologia e técnica,
identificando-se e distinguindo-se estes dois conceitos. Criação de um mapa de conceitos onde se possam
inserir exemplos de técnicas e tecnologias.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

ATIVIDADES
VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA (cont.)
E PROJETOS

6. Título: Os efeitos sociais e ambientais da atividade técnica na sociedade


Descrição: Os alunos escolhem um objeto ou equipamento que corresponda a uma invenção aplicada à nossa
vida quotidiana. Posteriormente estudam as implicações dessa invenção na vida das pessoas. Que necessidade
veio satisfazer? Melhorias que introduziu relativamente à situação anterior?
Sugestões de algumas invenções: a roda, o papel, o motor de combustão, o telefone, a televisão, o frigorífico,
a máquina de lavar roupa, o fogão, o fecho éclair, o velcro, etc.

7. Título: O impacto social e ambiental de uma invenção técnica – os transportes


Descrição: Os alunos identificam os principais meios de transporte de pessoas e bens e cada grupo escolhe
um tipo de transporte. A atividade deve centrar-se na análise, entre outros, dos seguintes fatores:
• Necessidade social que explica o aparecimento desse meio de transporte.
• Esta necessidade existiu sempre ou apareceu apenas como desenvolvimento da sociedade atual?
• Tipo de energia usada e os efeitos sobre o ambiente.
• O que podemos e devemos fazer para reduzir os impactos negativos do uso deste tipo de transporte.

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

PLANIFICAÇÃO
8 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA

Temática: Incineradora de resíduos: um problema eco- Foco: Debater questões sobre ecologia e desenvolvi-
lógico na região mento sustentável

Descrição: Imagina que na tua cidade, bem perto da tua escola ou da tua casa, resolvem instalar uma fábrica
para queimar resíduos hospitalares. O que acontecerá no futuro? Que implicações trará esta situação para
o ambiente e para a saúde? O que podemos fazer?

Conteúdos: O papel da tecnologia e o objeto técnico: influência da tecnologia no meio ambiente

Conhecimentos prévios: Registar e organizar ideias e informação; Pesquisar e propor soluções.

Vocabulário: Incineração, resíduos

Recursos: Papel ou tecido para as faixas, t-shirts, tintas, material para elaboração de cartazes e folhetos, câ-
mara de vídeo

Objetivos de aprendizagem:
– Desenvolver o espírito crítico e de pesquisa;
– Desenvolver o trabalho de grupo e a cooperação;
– Desenvolver os diferentes domínios da língua materna;
– Identificar problemas, argumentar e propor soluções;
– Identificar os efeitos da tecnologia no ambiente e na sociedade.

Modalidades de organização: Num primeiro mo- Duração: 2 blocos de 90 minutos


mento, trabalho em grupo/turma; posteriormente di-
vide-se a turma em dois grupos de trabalho

Desenvolvimento:
– Atribuição de papéis: o diretor da escola, o diretor do hospital, o dono da fábrica onde se instalará a inci-
neradora, o presidente da câmara municipal, os ecologistas, os peritos ambientais, os habitantes, os repre-
sentantes do movimento a favor/contra a instalação da incineradora;
– Divisão em dois grupos: pró e contra a instalação da incineradora;
– Realização de uma assembleia, debatendo o tema e representando os papéis atribuídos;
– Cada grupo define a sua estratégia: utilização dos meios de comunicação locais (rádio, jornais); pintura de
faixas e t-shirts para expressar o seu ponto de vista; elaboração de cartazes, folhetos informativos; organi-
zação de uma marcha de protesto/apoio;
– Simulação de um debate televisivo (cada aluno representa o papel atribuído), em que cada grupo contribui
com propostas e sugestões para solucionar e/ou minimizar o problema;
– Escolha de um aluno para moderar o debate e outro aluno para o registar em vídeo;
– Divulgação da atividade à comunidade escolar.

Avaliação: Recolha e tratamento de informação; Domínio dos conceitos mobilizados; Apresentação do tra-
balho.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

ATIVIDADES
UM MUNDO DE OBJETOS
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Estudar o princípio de funcionamento de um objeto – Conceito de objeto técnico;
técnico; – Situar a produção de objetos nos contextos históri-
– A forma e a função dos objetos – análise de um ob- cos e sociais;
jeto com função prática; – Analisar um objeto técnico simples (familiar aos alu-
– Elencar os requisitos técnicos e funcionais de um ob- nos);
jeto para cumprir a sua função prática; – Identificar os elementos constitutivos de objetos téc-
– Montagem e desmontagem de objetos técnicos – nicos.
análise dos componentes e respetivas funções.

1. Título: Desmontar e montar um objeto


Descrição: Desenvolvimento de uma atividade experimental onde os alunos podem escolher um objeto simples
e proceder à sua desmontagem e montagem. Esta atividade permitirá conhecer melhor os objetos, analisando
todos os seus componentes e as suas funções específicas. Sugerem-se alguns objetos, como uma caneta,
um afia-lápis, um lápis, uma mola da roupa, preenchendo-se uma ficha técnica do objeto.

2. Título: Estudar o princípio de funcionamento de um objeto técnico


Descrição: Os vários alunos da turma, em grupo, escolhem um objeto técnico simples. O objeto deve ser
familiar aos alunos. Depois de manusearem o objeto, analisam o mesmo e estudam o seu princípio de funcio-
namento, preenchendo uma ficha desse objeto.

3. Título: Identificar os elementos constitutivos de objetos técnicos


Descrição: Desenvolvimento de uma atividade experimental onde os alunos escolhem um objeto simples e pro-
cedem à sua desmontagem, identificando os elementos constitutivos e o modo com se ligam e articulam entre
si. Sugerem-se alguns objetos, como uma caneta, uma mola da roupa, um agrafador, preenchendo-se uma
ficha técnica do objeto.

4. Título: A forma e a função dos objetos


Descrição: Cada aluno da turma escolhe um objeto simples com uma determinada função. Realização de um
estudo detalhado desse objeto através do preenchimento de uma ficha técnica onde se analisa a forma desse
objeto e os requisitos técnicos e funcionais para cumprir a sua função prática.

5. Título: Como funciona um objeto?


Descrição: Atividade orientada para a realização de uma memória descritiva simples sobre o princípio de fun-
cionamento de um objeto técnico escolhido pelos vários grupos de trabalho da turma. Cada grupo deve apre-
sentar o objeto à turma e explicar como o mesmo funciona.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

PLANIFICAÇÃO
6 UM MUNDO DE OBJETOS

Temática: Um objeto técnico Foco: Montagem e desmontagem de um objeto

Descrição: A montagem e desmontagem de um objeto permite conhecer os seus componentes principais e com-
preender a forma como funcionam.

Conteúdos: O objeto técnico: análise de um objeto

Conhecimentos prévios: Identificar os elementos constitutivos de objetos técnicos.

Vocabulário: (não se aplica)

Recursos: Objetos simples (esferográfica, mola da roupa, afia-lápis, etc.)

Objetivos de aprendizagem:
– Decompor objetos, enumerando e analisando os elementos que os constituem;
– Interpretar objetos técnicos e compreender a função das suas partes;
– Reconhecer a tecnologia como resposta às necessidades humanas.

Modalidades de organização: Trabalho individual Duração: 1 bloco de 90 minutos

Desenvolvimento:
– Escolha do objeto;
– Desmontagem do objeto;
– Análise estrutural – o objeto e as partes constituintes;
– Análise funcional – como funciona o objeto?
– Montagem do objeto;
– Elaboração de uma ficha técnica.

Avaliação: Domínio dos conceitos/conteúdos

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Unidade 3 • As Medidas

ATIVIDADES
UM MUNDO DE MEDIDAS
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Sistemas de grandezas, instrumentos e procedi- – Levantamento e registo de medidas;
mentos; – Transporte de medidas para os materiais de trabalho;
– Previsão, rigor e adequação e tolerância. – Efetuar medições técnicas.

1. Título: Quanto medem as coisas?


Descrição: A proposta de trabalho, que poderá ser realizada em grupo, consiste em efetuar medições, por
exemplo, de uma parede, de um canteiro, de um banco de jardim, etc. Os alunos devem efetuar medições
rigorosas e registar as mesmas numa grelha, que devem criar para esse efeito. Uma das tarefas que os alunos
também terão que cumprir é escolher o instrumento adequado para efetuar essas medições.

2. Título: Que instrumento de medida utilizar?


Descrição: Esta atividade organiza-se em grupos de trabalho. A proposta consiste na identificação e seleção
dos instrumentos de medida mais corretos para efetuar determinadas medições. Para tal, o professor deve
colocar em cima de uma mesa vários instrumentos: uma régua pequena, uma escala metálica, um metro arti-
culado, uma balança, um termómetro, um paquímetro, etc. É entregue a cada grupo uma lista de objetos que
os alunos terão que medir, escolhendo o instrumento mais adequado.

3. Título: Como fazer uma curva com um camião ou autocarro?


Descrição: A necessidade de previsão de medida é fundamental para o desenvolvimento de muitos projetos.
Esta atividade permitirá aos alunos descobrir, através da observação direta e simulação, a necessidade de
prever uma medida e uma manobra. Por exemplo, o condutor de uma viatura de grandes dimensões efetua
mentalmente medidas e prevê com algum rigor o ângulo com que deverá efetuar uma curva para que o camião
ou autocarro não entre na faixa contrária ou colida com algum edifício. Os alunos realizam, numa primeira
fase, a observação direta deste facto. Depois, realizam esquemas gráficos onde possam registar essas mano-
bras e, por último, simulam as mesmas com pequenos brinquedos ou simulações existentes na Internet ou dis-
positivos móveis, sobretudo as de estacionamento de veículos. Os alunos devem perceber que a previsão da
medida é fundamental no nosso dia a dia.

4. Título: Porque devo ser rigoroso nas medições?


Descrição: Esta experiência deve ser realizada em grupo e proporcionar aos alunos uma aprendizagem prá-
tica, testando a importância do rigor nas medições a efetuar. Escolhendo alguns objetos e espaços da escola,
os alunos efetuam diversas medições. Devem-se escolher os instrumentos de medida mais adequados a cada
situação. O objetivo desta atividade é compreender que, para a execução de um pequeno objeto como um
afia-lápis, um erro de 1 centímetro é um erro muito grande, mas, para o projeto de um canteiro com vários
metros, o mesmo erro pode ser insignificante.

5. Título: Efetuar medições técnicas


Descrição: Exercício prático a realizar individualmente explorando a medição técnica a efetuar após a seleção
de vários objetos pelos alunos. As medições devem ser registadas numa ficha própria criada para o efeito.

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Unidade 3 • As Medidas

PLANIFICAÇÃO
6 UM MUNDO DE MEDIDAS

Temática: A medida de comprimentos e ângulos Foco: Medição de comprimentos e ângulos

Descrição: Esta atividade tem um caráter experimental e prático sobre o uso de instrumentos de medição.

Conteúdos: A medição: As operações de medida; As diversas grandezas e unidades de medição

Conhecimentos prévios: Conhecer os procedimentos de medida.

Vocabulário: Transferidor

Recursos: Instrumentos de medida: transferidor, régua e esquadro

Objetivos de aprendizagem:
– Utilizar o transferidor, a régua e o esquadro com precisão e rigor.

Modalidades de organização: Atividade individual Duração: 1 bloco de 90 minutos

Desenvolvimento:
–·Abordagem inicial sobre:
(i) a necessidade da existência de medidas rigorosas;
(ii) a importância de se saber que a diferentes tipos de medidas correspondem diferentes unidades de medida
e instrumentos para a sua medição;
(iii) os diferentes tipos de ângulos (raso, agudo e obtuso);
– Realização de exercícios práticos de medição e construção de ângulos.

Avaliação: Rigor das medições e das construções; Domínio dos conceitos

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

ATIVIDADES
A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Elaboração de um manual de instruções de monta- – Usar o vocabulário específico da tecnologia;
gem e utilização de um objeto com mecanismos sim- – Elaborar documentos técnicos;
ples;
– Interpretar esquemas técnicos;
– Elaboração experimental de uma patente de um ob-
– Interpretar simbologia técnica;
jeto existente;
– Informação gráfica técnica.
– Redigir uma memória descritiva muito simples;
– Exploração do desenho e do registo gráfico no de-
senvolvimento de propostas de soluções técnicas.

1. Título: Um manual de instruções


Descrição: Proposta de trabalho a desenvolver em grupo. A partir da escolha de um objeto com mecanismos
ou componentes simples, cada grupo deverá estudá-lo, desmontá-lo e compreender o seu funcionamento.
Deverão registar todas as notas necessárias sobre o processo para depois realizarem um manual de instruções
para montagem, desmontagem e utilização do objeto.

2. Título: Como registar uma patente?


Descrição: O que é uma patente? Este é o mote do trabalho de projeto a desenvolver em grupo. Cada grupo
escolhe um objeto e realizará a investigação sobre o que é uma patente e para que serve. Feita a investigação,
os grupos de trabalho poderão elaborar, de forma experimental e simulada, o registo de uma patente para o
objeto que escolheram e estudaram.

3. Título: Uma memória descritiva


Descrição: Elaboração de um documento técnico – memória descritiva, no qual os alunos devem identificar o
objeto que escolheram e aplicar os conhecimentos desta unidade, usando vocabulário específico de tecnologia.
Esta atividade pode ser desenvolvida individualmente ou em pequenos grupos.

4. Título: Encontrar uma solução técnica


Descrição: Desenvolvimento de um projeto individual ou de grupo no qual os alunos possam mobilizar os
conhecimentos adquiridos nesta unidade e possam explorar o desenho e o registo gráfico no desenvolvimento
de propostas de soluções técnicas. Por exemplo, podem escolher um objeto, estudá-lo e propor alternativas
para o melhorar tendo em conta a sua função específica.

5. Título: Glossário da tecnologia


Descrição: Proposta de trabalho a aplicar a toda a turma para a construção de um glossário ilustrado a afixar
na sala de aula para consulta permanente. O glossário será sobre tecnologia. Este trabalho deve ser desen-
volvido ao longo de todo o ano letivo.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

PLANIFICAÇÃO
6 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA

Temática: Representação pelo desenho técnico Foco: O desenho técnico como representação rigorosa

Descrição: Pretende-se com esta atividade que os alunos compreendam que o desenho técnico tem um caráter
de rigor e precisão, pois é a partir dele que se passa para o processo de produção e fabricação de um
objeto.

Conteúdos: Comunicação tecnológica e representação técnica: A comunicação técnica; A representação como


exposição rigorosa

Conhecimentos prévios: Utilizar instrumentos de medida (régua, esquadro, transferidor e compasso).

Vocabulário: Escala, alçado, cota

Recursos: Régua, esquadro, transferidor, compasso

Objetivos de aprendizagem:
– Definir o conceito de objeto técnico;
– Interpretar objetos técnicos, sendo capaz de os decompor e compreender a função das suas partes.

Modalidades de organização: Grupos de quatro Duração: 3 blocos de 90 minutos


alunos

Desenvolvimento:
– Seleção e análise de um objeto simples;
– Abordagem aos conceitos de representação técnica de um objeto;
– Desenho técnico do objeto, em diferentes vistas;
– Elaboração de um folheto de instruções técnicas para utilizadores desse equipamento.

Avaliação: Apresentação dos trabalhos; Organização do trabalho; Clareza da linguagem

Nota: Pode explorar, no âmbito deste tema, a Ficha Pedagógica n.o 27 – Representação técnica de um objeto, p. 8.

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Unidade 5 • As Energias

ATIVIDADES
VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIA
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Uso da energia; – Fontes de energia renováveis e não renováveis;
– Processo de produção energética; – Impactos sociais e ambientais do uso da energia;
– Montagens elétricas simples (12 V); – Uso da eletricidade;
– Circuito elétrico em série; – Operadores elétricos;
– Circuito elétrico em paralelo; – O uso responsável da eletricidade e normas de se-
– Circuito elétrico misto (série e paralelo); gurança.
– Execução de um motor elétrico experimental.

1. Título: Normas de segurança


Descrição: Proposta de realização de um trabalho de grupo sobre o uso seguro da energia. Análise dos prin-
cipais fatores de risco na utilização da energia e elaboração de um painel de turma com normas de segurança
a cumprir quando se trabalha com a energia.

2. Título: Criar um pequeno motor elétrico (experimental)


Descrição: Esta atividade pode ser realizada em pequenos grupos de quatro alunos. Com os componentes
necessários (dois ímanes, uma pilha AA e um fio de cobre), os alunos podem construir um motor elétrico expe-
rimental. Explorando os conhecimentos adquiridos nesta unidade os alunos criam um campo magnético, isto é,
um campo de forças produzido por ímanes que age sobre um anel de fio magnético quando fecham o circuito.

3. Título: De onde vem a energia que consumo?


Descrição: Investigação a realizar individualmente. Os alunos devem investigar diversas fontes de informação
sobre empresas produtoras de energia e identificar as várias fontes de energia. Posteriormente devem analisar
os dados recolhidos e concluir sobre o gasto de energia que se faz e qual a percentagem que é utilizada e
de que fonte. Pode-se promover um debate sobre uso eficiente de energia e identificar casos em que se possa
economizar.

4. Título: Concurso de carros solares


Descrição: A atividade, a desenvolver por vários grupos da mesma turma, consiste na elaboração de um
projeto e construção de um carro solar, podendo-se realizar um concurso na turma (ou na escola) de corridas
de carros solares. Para este concurso e para a elaboração do projeto e execução do carro deve ser criado
um regulamento.

5. Título: Criar um circuito elétrico simples


Descrição: Esta atividade pode ser realizada em pequenos grupos. Utilizando uma pequena lâmpada, uma
pilha de 4,5 V, fio elétrico e um pequeno interruptor, os alunos podem construir um circuito simples e com-
preender a noção de circuito aberto e fechado. Depois, associando mais lâmpadas ao circuito, uns grupos
podem construir um circuito em série e outros um circuito em paralelo.

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Unidade 5 • As Energias

ATIVIDADES
VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIA (cont.)
E PROJETOS

6. Título: Montagens elétricas simples (12V)


Descrição: Este projeto visa proporcionar o conhecimento prático de montagens de operadores elétricos bási-
cos. Pretende-se também proporcionar uma compreensão da função tecnológica de cada componente no cir-
cuito. Como operadores que recebem e transformam a corrente sugere-se a utilização de pequenas lâmpadas
(4,5 V), besouros (pequenos alarmes/campaínhas) ou motores de CC (12 V).

7. Título: Construir um forno solar


Descrição: Trata-se de um forno construído em materiais muito acessíveis, de baixo custo, e que permite cozi-
nhar. Utilizando duas caixas de papelão, forradas com película de alumínio e com uma tampa refletora,
é possível aquecer alimentos. É um projeto que incentiva à utilização de energias não poluentes.

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Unidade 5 • As Energias

PLANIFICAÇÃO
8 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS

Temática: A energia eólica Foco: Torre eólica experimental: construção de um


anemómetro

Descrição: Como se pode medir a velocidade do vento? O instrumento apropriado chama-se anemómetro,
e é constituído por três ou quatro pequenos hemisférios ocos, que giram em torno de um eixo, movidos pelo
vento. Este dispositivo pode ser construído e testado através de um projeto experimental simples.

Conteúdos: A energia: Fontes de energia; A energia eólica

Conhecimentos prévios: Conhecer fontes de energia; Manusear ferramentas

Vocabulário: Anemómetro, energia eólica, energia cinética

Recursos: Uma garrafa de plástico, areia, palito de espetada, rolha pequena, cartão grosso de embalagem,
quatro formas descartáveis de metal

Objetivos de aprendizagem:
– Identificar recursos naturais (vento) aplicados na produção de energia;
– Demonstrar experimentalmente que a energia eólica pode ser observada e medida.

Modalidades de organização: Trabalho individual Duração: 2 blocos de 90 minutos

Desenvolvimento:
Apresentação dos materiais necessários à construção do anemómetro e explicação do processo de execução:
– Enche-se a garrafa de plástico com areia;
– Fura-se a tampa da garrafa e faz-se passar o palito de espetada, deixando cerca de 4 cm do lado de fora
da garrafa;
– Cortam-se duas tiras de cartão com 30 cm de comprimento e 3 cm de largura;
– Faz-se um corte no centro de cada tira (metade da largura) para que estas se encaixem ao cruzar;
– Passa-se o centro das tiras encaixadas pelo palito e cola-se uma rolha pequena na extremidade do palito.
Esta construção deve ficar com pouca folga, mas o eixo deverá poder girar facilmente;
– Cola-se uma forma de metal em cada uma das extremidades das tiras de cartão.

Avaliação: Qualidade da execução técnica; Aplicação correta de materiais, ferramentas e utensílios; Avaliação
e testagem do produto final

Nota: Pode explorar, no âmbito deste tema, a Ficha Pedagógica n.o 33 – Torre eólica experimental, p. 9.

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Unidade 6 • O Projeto

ATIVIDADES
O MUNDO DO PROJETO
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Desenvolvimento de projetos integrados nas várias – Planeamento de atividades;
unidades curriculares; – Organização das informações e recursos;
– Elaborar o portefólio das atividades e projetos; – Identificar e localizar fontes de informação;
– Avaliação do desenvolvimento do projeto. – Classificar e organizar a informação;
– Avaliação do desenvolvimento dos projetos.

Pela sua natureza, a Unidade 6 – O Projeto é transversal aos vários domínios, dos 5.o e 6.o anos de escolari-
dade. Aplica-se, portanto, em todos os trabalhos de projeto que os alunos realizem.
Sugerem-se algumas propostas de caráter transversal que os alunos poderão trabalhar.

1. Título: O método de projeto


Descrição: Desenvolvimento de um mapa do método de projeto, no qual os alunos possam organizar a infor-
mação necessária sobre este método. Este mapa pode ser ilustrado com exemplos e sugere-se que fique afixado
na sala de aula para consulta.

2. Título: Portefólio de projetos


Descrição: Criação de um portefólio individual onde os alunos organizam toda a informação recolhida nos
diversos projetos que vão realizando, bem como os registos feitos e projetos executados. Esse portefólio pode
conter vários registos de informação e pode ser construído tendo por base as diversas fases do método de
projeto.

3. Título: Planificação de uma atividade humana quotidiana – cozinhar arroz-doce


Descrição: Planear uma receita de cozinha é, seguramente, uma prática de planeamento de uma produção,
por mais simples que esta seja. Os alunos, após recolherem informações junto de pessoas que saibam cozinhar
arroz-doce, procederão à planificação da sua produção, os materiais necessários, as quantidades, os utensílios
e equipamentos, operações a realizar, tempos, procedimentos e sequencialização, elaborando assim uma
receita que mais não é do que a aplicação do método de planeamento de projetos.

4. Título: A importância das fontes de informação


Descrição: Desenvolvimento de uma atividade individual onde se proponha aos alunos a recolha de informação
sobre um determinado tema. A recolha dessa informação é depois apresentada à turma. Aquando das apre-
sentações, deve ser feita uma abordagem não só à importância e fidelidade das fontes de informação, mas
também à problemática da classificação e organização da informação a partir das fontes.

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Unidade 6 • O Projeto

ATIVIDADES
O MUNDO DO PROJETO (cont.)
E PROJETOS

5. Título: Classificar e organizar a informação – Como estão organizados os livros nas bibliotecas?
Descrição: Nas bibliotecas, os livros estão organizados por autor, título e assunto. A cada uma destas catego-
rias corresponde o código, que pode ser numérico, de letras ou de cores. Levar os alunos a observar e a ana-
lisar como os livros estão organizados na biblioteca da escola constitui uma atividade de elevado alcance
educativo.

6. Título: Avaliação de um projeto


Descrição: Para cada projeto desenvolvido deverá existir sempre uma reflexão, discutindo-se e avaliando-se
as soluções encontradas. Essa avaliação poderá ser feita de duas maneiras: promovendo o debate entre alu-
nos, grupos e turma, ou através de um registo de avaliação do projeto que os alunos podem redigir.

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Unidade 6 • O Projeto

PLANIFICAÇÃO
7 O MUNDO DO PROJETO

Temática: Resolução de problemas Foco: Decompor um problema em subproblemas para


melhorar um objeto

Descrição: Esta atividade permite aos alunos identificar problemas e subdividi-los de forma a encontrar soluções
mais viáveis.

Conteúdos: O projeto: aprender a trabalhar com método; Resolução de problemas, projeção de soluções –
fases do processo de resolução de problemas

Conhecimentos prévios: (não se aplica)

Vocabulário: (não se aplica)

Recursos: Papel, lápis e borracha

Objetivos de aprendizagem:
– Desenvolver capacidades para identificar a melhor solução, para a apreciação dos prós e contras e para a
avaliação crítica das soluções alcançadas.

Modalidades de organização: Grupos de seis alunos Duração: 2 blocos de 90 minutos

Desenvolvimento:
– Organização da turma em grupos;
– Seleção de um objeto simples;
– Debate com os alunos e reflexão sobre o que podem melhorar no objeto que escolheram;
– Criação de um guião de análise do objeto;
– Estudo do objeto de modo a identificar quais as partes que podem ser melhoradas nesse objeto;
– Proposta de melhoramento do objeto estudado, justificando as opções.

Avaliação: Apresentação dos projetos; Criatividade

Nota: Pode explorar, no âmbito deste tema, a Ficha Pedagógica n.o 40 – O mundo do projeto, p. 10.

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Unidade 7 • Os Materiais

ATIVIDADES
O MUNDO DOS MATERIAIS
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Desenvolvimento de atividades ou projetos que apresentem – Os materiais básicos;
soluções criativas de reaproveitamento de materiais (ex. – Ensaios das características técnicas dos
papel, tecido, madeira, metal); materiais;
– Campanha na escola – aproveitamento, recuperação e reuti- – Testagem das propriedades técnicas dos
lização de componentes técnicos (objetos e equipamentos téc- materiais;
nicos fora de uso, estragados e irrecuperáveis);
– Economia e reaproveitamento dos mate-
– Visita de estudo temática: da matéria-prima ao material ma- riais.
nufaturado (para aplicação técnica);
– Exploração das propriedades técnicas específicas dos mate-
riais básicos.

1. Título: Os materiais básicos – Um portefólio de materiais


Descrição: Uma proposta de trabalho a desenvolver coletivamente (por toda a turma) e que consiste na cons-
trução de um portefólio de materiais. Pensando nos papéis, nos têxteis, nas madeiras e nos metais, os alunos
podem recolher vários destes tipos de materiais e realizar um portefólio a utilizar na sala de aula. Sugere-se
que os alunos investiguem as propriedades e características de cada material e que recolham diferentes tipos
de papéis (cavalinho, kraft, etc.), madeiras (pinho, faia, carvalho, etc.), fibras têxteis (algodão, lã, seda, etc.,)
e metais (zinco, cobre, latão, alumínio, etc.). Este projeto pode ser realizado em várias etapas, ficando sempre
em aberto, pois em qualquer altura poderá ser adicionado um novo material. Este portefólio deve ficar dispo-
nível na sala de aula.

2. Título: Testagem das propriedades técnicas dos materiais


Descrição: Este projeto consiste na realização de ações experimentais sobre o comportamento dos materiais,
permitindo aos alunos comparar materiais quando sujeitos à mesma açãoPor exemplo, riscar um vidro e uma
tábua de madeira tem efeitos diferentes. Testes desta natureza permitem aos alunos escolher os materiais mais
adequados para os produtos ou soluções técnicas para a construção de objetos ou equipamentos.

3. Título: Economia e reaproveitamento dos materiais


Descrição: Com este projeto pretende-se que os alunos desenvolvam hábitos de reutilização e de reciclagem
de materiais e objetos que chegam ao fim do seu ciclo de vida ou avariam. Deste modo, propõe-se que os alu-
nos recolham todo o tipo de materiais e componentes, procedendo à sua desmontagem, classificação e orga-
nização de peças e operadores para mais tarde utilizarem na construção de estruturas e mecanismos de
brinquedos.

4. Título: Recriar com materiais velhos


Descrição: Realização de uma campanha na escola para aproveitamento, recuperação e reutilização de com-
ponentes técnicos (objetos e equipamentos fora de uso, estragados e irrecuperáveis) para que se lhes possa
dar outro uso. Os objetos e equipamentos podem ser desmontados e com as peças dos mesmos criar outros
objetos, com ou sem um uso específico. Por exemplo, podem-se criar esculturas para embelezamento da escola,
segundo uma temática.

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Unidade 7 • Os Materiais

ATIVIDADES
O MUNDO DOS MATERIAIS (cont.)
E PROJETOS

5. Título: Brinquedos de outros tempos, com muita lata!


Descrição: Atividade que deve explorar um material específico. Por exemplo: os metais. Existem muitas emba-
lagens de produtos alimentares e outros que utilizam metal. Veja-se o exemplo das latas de conservas, latas
de refrigerantes, cápsulas de café, entre muitos outros. É feita uma abordagem aos brinquedos de outros tem-
pos: por exemplo, há muitos anos, no nosso país, e ainda hoje, em alguns países pouco desenvolvidos, as
crianças constroem brinquedos utilizando este material. Realização de projetos para construção de brinquedos
utilizando latas.

6. Título: Visitar para descobrir


Descrição: Organização de visitas de estudo onde os alunos possam contactar com várias fábricas onde se
realize a transformação de matéria-prima e/ou materiais. Por exemplo, uma fábrica de papel, uma olaria, etc.

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Unidade 7 • Os Materiais

PLANIFICAÇÃO
7 O MUNDO DOS MATERIAIS

Temática: Reciclagem de papel Foco: Reciclagem de papel de forma artesanal

Descrição: A reciclagem de papel é uma atividade que se enquadra num domínio experimental, também muito
ligada à ecologia e preservação do meio ambiente. Permite aos alunos explorar a produção artesanal de
papel (reciclagem) e criar efeitos texturados nas folhas que produzirem.

Conteúdos: Os materiais: os materiais de trabalho – a matéria-prima transformada – argilas; Ensaios sobre as


características de alguns materiais

Conhecimentos prévios: (não se aplica)

Vocabulário: Reciclagem

Recursos: Quadros de madeira com tecido de rede fina, quadros sem tecido, varinha mágica ou liquidificador,
tinas de plástico, panos absorventes

Objetivos de aprendizagem:
– Reconhecer processos de transformação das matérias-primas.

Modalidades de organização: Grupos de cinco alunos Duração: 5 blocos de 90 minutos

Desenvolvimento:
– Reflexão sobre o crescimento da indústria ligada ao fabrico de papel e a consequente desflorestação e po-
luição que provoca no ambiente;
– Preparação de papéis para demolhar (pode-se promover uma campanha de recolha de papel velho na
escola e na comunidade);
– Preparação do espaço para a reciclagem de papel;
– Reciclagem de papel, explorando a aplicação de diversos produtos (ex: borra de café, fios de algodão, fo-
lhas secas, pétalas de flores, etc.);
– Secagem do papel;
– Limpeza e arrumação do espaço de trabalho;
– Listagem de possíveis aplicações do papel reciclado produzido.

Avaliação: Domínio da técnica de reciclagem de papel; Organização do espaço de trabalho; Interesse e em-
penho demonstrado

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Unidade 8 • O Movimento

ATIVIDADES
O MUNDO DO MOVIMENTO
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Análise do movimento dos elementos componentes de – Tipos de movimento;
um objeto técnico; – Produção do movimento;
– Montagens experimentais de movimento mecânico; – Transmissão com transformação (direção e veloci-
– Exploração experimental de montagens de transmis- dade);
são do movimento e de transformação do movimento – Operadores mecânicos de movimento.
(transformação de direção e velocidade);
– Produção de objetos simples que explorem a produ-
ção de movimento mecânico (pequenos brinquedos).

1. Título: Descobrir movimentos e mecanismos


Descrição: Recolha de vários tipos de brinquedos e objetos (com mecanismos) onde possa ser analisado o tipo
de movimento que os mesmos realizam e os mecanismos utilizados. A partir dos conteúdos abordados, os alu-
nos, em grupos de trabalho, vão descobrir quais os movimentos que os brinquedos (ou objetos) realizam e
que mecanismos foram utilizados para tal. Registos gráficos dos mecanismos utilizados e o movimento que
produzem.

2. Título: Explorar tipos de movimento


Descrição: Atividade exploratória, que deve ser realizada individualmente ou em pequenos grupos, onde os
alunos exploram vários tipos de movimento, identificando o objeto de estudo e analisando o tipo de movimento
que é produzido quanto à sua variação no espaço e no tempo. Realização de um quadro-síntese ou mapa,
para afixar na sala de aula, onde sejam sistematizados estes conceitos.

3. Título: Um quadro sobre a transmissão e transformação de movimento


Descrição: Divisão da turma em vários grupos de trabalho. Abordagem à transmissão e transformação de mo-
vimento. Os alunos devem realizar uma pequena síntese descritiva dos operadores de transmissão e transfor-
mação, para posteriormente realizarem um quadro-síntese dos mesmos, com ilustrações realizadas por eles.
O quadro deve ser afixado na sala de aula para consulta.

4. Título: Produção de mecanismos simples que explorem a produção de movimento mecânico (pequenos brin-
quedos)
Descrição: Realização de uma abordagem prévia sobre os tipos de movimento nos mecanismos. Exploração
experimental sobre a aplicação dos tipos de movimento mecânico. Testagem de alguns exemplos de brinquedos
com mecanismos (autómatos) realizados em papel/cartão. Os alunos, em grupo, realizam um projeto para a
construção de brinquedos simples. Sugere-se a consulta de sítios da Internet onde se podem encontrar vários
exemplos deste tipo de aplicações, como é o caso do Automata e Robives.

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Unidade 8 • O Movimento

ATIVIDADES
O MUNDO DO MOVIMENTO (cont.)
E PROJETOS

5. Título: Construção de marionetas com sistemas mecânicos (articulações, ressaltos e eixo-manivela)


Descrição: A construção de brinquedos com movimento gerado por mecanismos constitui uma excelente opor-
tunidade para os alunos desenvolverem aprendizagens significativas, podendo aplicar conhecimentos desta
unidade. Deste modo, este projeto propõe a construção de marionetas animadas com sistemas mecânicos,
a idealizar pelos alunos.

6. Título: Construção de pinças extensivas com sistemas de articulações mecânicas


Descrição: A melhor maneira de observar como funciona um sistema de articulações mecânicas é levar os alu-
nos a construírem um dispositivo que permita fazer um trabalho à distância – retirar um objeto de um local
inacessível, colher fruta de uma árvore ou apanhar papéis e plásticos do chão sem nos baixarmos.

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Unidade 8 • O Movimento

PLANIFICAÇÃO
7 O MUNDO DO MOVIMENTO

Temática: Criação de um brinquedo autómato Foco: Construção de um brinquedo com aplicação de


movimentos simples

Descrição: A criação de um brinquedo é uma forma lúdica para explorar mecanismos simples de transmissão
de movimento. Trabalhando com materiais simples, a proposta é a construção de um brinquedo que funcione
com um sistema mecânico excêntrico, ou seja, a transferência de um movimento circular, acionado pela ma-
nivela, para um movimento de subida/descida.

Conteúdos: O movimento e os operadores mecânicos: Tipos de movimento; Operadores mecânicos de movi-


mento; Transformação de movimento

Conhecimentos prévios: Conhecer noções básicas sobre mecanismos.

Vocabulário: Autómato, eixo excêntrico, biela-manivela

Recursos: Caixa pequena de cartão, palitos de espetada, rolhas de cortiça, palhinha, tesoura, cola quente

Objetivos de aprendizagem:
– Reconhecer mecanismos elementares que transformam e transmitem movimento;
– Construir mecanismos simples, explorando soluções técnicas de transmissão de movimento.

Modalidades de organização: Trabalho individual ou Duração: 2 blocos de 90 minutos


a pares

Desenvolvimento:
– Corta as abas da caixa. Assim ficarás com uma estrutura oca, parecida com uma moldura. Aproveita as
abas para cortar triângulos e cola-os na parte de trás da caixa, em cada canto, para reforçar a estrutura;
– Para a transmissão do movimento precisas de duas rodas. Desenha-as em cartão e corta-as;
– Fura as rodas, uma ao centro e outra num outro ponto, fora do centro. Esta é a roda mandante, ou seja,
a roda excêntrica;
– Atravessa o palito de espetada pelo furo da roda excêntrica e cola-a mais ou menos ao meio do palito. Atra-
vessa o palito de um lado ao outro da caixa, no sentido horizontal, deixando as pontas de fora. Cola uma
rodela de rolha de cortiça numa das pontas do palito. Do outro lado da caixa deixa uma ponta maior, para
a construção da manivela;
– Corta um pequeno retângulo de cartão e cola-o na ponta maior do palito. Do outro lado do retângulo cola
um pedaço de outro palito para fazer a pega da manivela;
– Fura a parte superior da caixa e passa um pedaço de palhinha por este orifício e cola-o mais ou menos a
meio. Passa um palito pela palhinha e, do lado de dentro da caixa, cola a outra roda à extremidade do pa-
lito. Esta será a roda mandada;
– Testa o mecanismo. Ao rodares a manivela, a roda mandante deverá fazer subir e descer a roda mandada.
Funciona?
– Constrói o elemento (poderás reaproveitar materiais) que queres ver subir e descer e cola-o na outra extre-
midade do palito, na parte superior da caixa.

Avaliação: Domínio dos conceitos mobilizados; Qualidade técnica do brinquedo construído; Criatividade/ori-
ginalidade

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

ATIVIDADES
O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Planificar a produção de um produto; – Realizar objetos simples;
– Montar e desmontar objetos simples; – Selecionar materiais, ferramentas e utensílios;
– Construção de objetos, protótipos e maquetas; – Sequenciar operações técnicas;
– Execução de objetos em que os materiais, ferramen- – Aplicar técnicas e processos de trabalho;
tas e etapas estão previamente definidas; – Valorizar o sentido de rigor e precisão;
– Conceber e fabricar um objeto simples. – Conhecer e respeitar as principais normas de hi-
giene e segurança no trabalho técnico.

1. Título: Conhecer um objeto


Descrição: A atividade “Conhecer um objeto” deve ser desenvolvida em grupo. Cada grupo de trabalho escolhe
um objeto simples que possa desmontar e voltar a montar facilmente. Registo dos vários componentes do objeto
e de como funcionam as várias partes e como as mesmas se articulam num todo, cumprindo a sua função prá-
tica. Identificar como foi montado esse objeto, que materiais o compõem e com que foi construído e ainda o
seu processo de fabricação. Preenchimento de uma ficha técnica do objeto.

2. Título: Como produzir um objeto?


Descrição: Organização da turma em grupos. A atividade a realizar consiste na conceção de um projeto sim-
ples para a construção de um objeto simples. Para além da realização do projeto, os alunos devem prever e
simular todo o processo de fabricação desse objeto, representando-o de forma rigorosa, em escala, discrimi-
nando os materiais em que será construído, tipos de união e descrevendo o processo de fabricação e monta-
gem a entregar numa fábrica.

3. Título: Construir uma maqueta


Descrição: De forma autónoma ou a partir de um projeto que os alunos tenham realizado, pode ser elaborada
uma maqueta de um objeto a produzir em série. Deve ser feita uma abordagem sobre a importância que uma
maqueta tem para a compreensão de um projeto e que a mesma ajuda a visualizar o produto final, produzido
em tamanho real ou numa escala.

4. Título: Execução de objetos em que materiais, ferramentas e etapas estão previamente definidas
Descrição: A partir de uma ficha de projeto fornecida aos alunos, individualmente ou em grupo, estes executam
os objetos propostos de acordo com as dimensões e sequencialização das etapas indicadas, transformando
os materiais com as ferramentas e outros utensílios de trabalho definidos na ficha.

5. Título: Elaboração de instruções de uso, limpeza e conservação de uma ferramenta, utensílio ou equipamento
Descrição: O que se propõe nesta atividade é que os alunos elaborem instruções de uso, limpeza e conservação
de uma ferramenta ou equipamento existente na sala, à sua escolha ou à escolha do professor, de preferência
que já tenham manuseado. Sugere-se, por exemplo, a tesoura de costura, a tesoura para metal, a lima, martelos
e alicates. O professor deverá ter em conta o risco para a integridade física dos alunos.

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

ATIVIDADES
O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO (cont.)
E PROJETOS

6. Título: Cuidados a ter


Descrição: Propõe-se a realização de um trabalho coletivo de turma que trabalhe as questões de higiene e
segurança no trabalho (no caso, na sala de aula). Podem assim ser Identificados locais de trabalho na sala
de aula, a sua tipologia e com esses dados criar um quadro com regras de higiene e segurança a cumprir.

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

PLANIFICAÇÃO
7 O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO

Temática: e-lixo Foco: Aproveitamento, recuperação e reutilização de


componentes eletrónicos

Descrição: Tudo o que consumimos gera resíduos, incluindo a tecnologia. A procura de dispositivos mais efi-
cientes, com novas funcionalidades, leva a que se troquem e deitem fora os aparelhos que já não se usam,
aparecendo uma nova categoria de resíduos: o e-lixo. A recolha, separação e armazenamento destes compo-
nentes, constitui um capital importante, que pode e deve ser aproveitado.

Conteúdos: Fabricação e construção: Organização e planificação das tarefas; Processos técnicos de fabrico
e construção

Conhecimentos prévios: Manusear ferramentas.

Vocabulário: Eletrónica, componentes, dispositivos, resíduos

Recursos: Recipientes para recolha e armazenamento dos materiais recolhidos, ferramentas

Objetivos de aprendizagem:
– Recolher e reutilizar materiais, reduzindo o seu impacto ambiental;
– Organizar materiais e recursos por tipologia, tendo em vista a sua reutilização;
– Identificar e distinguir uniões rígidas de uniões móveis (fixas e desmontáveis).

Modalidades de organização: Trabalho em pequenos


Duração: 3 blocos de 90 minutos
grupos (quatro alunos) e em grupo/turma

Desenvolvimento:
– Discussão e reflexão sobre a questão do tratamento a dar ao e-lixo (o e-lixo escolar, o e-lixo doméstico);
– Levantamento do e-lixo produzido e listagem do material que interessa recolher (por exemplo: teclados, ratos,
disquetes, cassetes VHS, pen drive, etc.);
– Organização e implementação de uma campanha de recolha seletiva na escola;
– Construção, identificação e colocação dos recipientes adequados à recolha;
– Construção e identificação dos recipientes adequados ao armazenamento (reutilização de embalagens de
cartão, por exemplo);
– Separação, desmontagem e armazenamento dos materiais recolhidos por tipologia;
– Visualização de imagens de obras de arte contemporânea, em que a utilização do lixo é o elemento principal
(Vik Muniz, Chris Jordan, Tim Noble e Sue Webster, entre outros);
– Debate sobre o eventual reaproveitamento dos materiais recolhidos – construção de brinquedos, escultu-
ras, etc.

Avaliação: Investigação e pesquisa – recolha e tratamento da informação; Domínio dos conceitos mobilizados

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

ATIVIDADES
O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES
E PROJETOS

Tipologia de atividades: Experiências educativas:


– Construção de maquetas de pontes em papel ou outro ma- – Exploração do conceito de estrutura resistente;
terial; – Ensaios de resistência de formas estruturais;
– Construção de estruturas de dimensões e formas variadas; – Observação de estruturas construídas;
– Construção de modelos de estruturas (estruturas de telha- – Observação das estruturas nas coisas naturais.
dos na arquitetura através dos tempos);
– Construção de pequenas peças de mobiliário em cartão;
– Realização de ensaios.

1. Título: Estudo de estruturas construídas – abóbadas, cúpulas e arcos


Descrição: A proposta consiste na observação e análise de estruturas construídas existentes no meio envolvente,
de modo a levar os alunos a identificar alguns elementos estruturais, bem como as forças que atuam sobre elas.

2. Título: Uma cadeira em cartão


Descrição: Desenvolvimento de uma atividade de grupo para conceção de um projeto de construção de uma ca-
deira em cartão. Abordagem inicial à temática, explorando-se alguns recursos (vídeos e imagens) sobre constru-
ção de mobiliário com este tipo de material e como o mesmo, aparentemente frágil, é extremamente resistente.
Os alunos concebem um projeto e vão, ao mesmo tempo, testando soluções de corte e encaixe das peças, tes-
tando a sua resistência estrutural. O cartão a utilizar pode ser recolhido em armazéns de eletrodomésticos ou
outros espaços que o possam ceder gratuitamente. Realização de uma exposição final das cadeiras construídas.

3. Título: Construir uma estrutura modulada


Descrição: Com materiais como palhas de refresco, palitos de espetada, palitos, paus de esparguete, entre
outros, pode ser construída uma estrutura modulada. Deste modo, pode ser proposto aos alunos o seguinte
desafio: construção da estrutura resistente mais alta ou da estrutura mais flexível. De referir que, sendo esta
atividade um desafio, deverão ser dados a cada aluno o mesmo tipo e número de peças (materiais) para a
construção da estrutura.

4. Título: Construção de uma maqueta


Descrição: Organização da turma em grupos de trabalho. Cada grupo realiza um projeto para a construção
de um objeto (ou melhoramento de um existente). Depois da execução do projeto, os alunos devem realizar
uma maqueta desse objeto, utilizando a escala natural (real), de ampliação ou redução. Deverá ter-se em
conta a escolha dos materiais para a execução da maqueta tendo em conta as características do projeto.

5. Título: Realização de ensaios


Descrição: A atividade consiste na experimentação e observação da resistência dos materiais e das formas
dos elementos estruturais. Os alunos, em grupo, são desafiados a colocar uma folha de cartolina sobre dois
apoios, sujeitando esta ao peso de um objeto, por exemplo, um livro, verificarão que a folha cede. No entanto,
se dobrarem a mesma folha, com as mesmas dimensões, e a vincarem, dando uma forma plissada…; será
que esta forma terá maior resistência quando sujeita ao peso do mesmo objeto? Outros ensaios poderão ser
realizados com outros materiais e formas diferentes.

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

PLANIFICAÇÃO
6 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES

Temática: A ponte aguenta? Concurso de construção Foco: Construção de estruturas resistentes


de pontes

Descrição: Materiais que aparentemente parecem frágeis podem formar estruturas muito resistentes. A criação
de um concurso de pontes poderá comprovar isso mesmo. A originalidade da forma, da estrutura da ponte
e a escolha dos materiais ditará o vencedor.

Conteúdos: Estruturas resistentes: Tipos de estruturas; Forma e função das estruturas; Funções das estruturas
e dos seus componentes

Conhecimentos prévios: Manusear ferramentas; Efetuar medições com rigor.

Vocabulário: Resistência, esforço, tração, torção, flexão, compressão

Recursos: A selecionar por cada equipa de alunos (esparguete, palitos, palhinhas, rolinhos de papel, paus de
gelado, cola, fita-cola, plasticina, etc.)

Objetivos de aprendizagem:
– Reconhecer que alguns objetos são mais resistentes do que outros;
– Relacionar a resistência com as propriedades dos materiais;
– Identificar conceitos de fragilidade e resistência de uma estrutura.

Modalidades de organização: Trabalho de grupo, Duração: 3 blocos de 90 minutos


a pares ou em pequenas equipas

Desenvolvimento:
– Divulgação do concurso (regulamento e critérios de avaliação);
– Formação de equipas;
– Seleção de materiais e técnicas a utilizar;
– Realização de estudos e desenho da estrutura da ponte;
– Construção dos elementos estruturais;
– Montagem da ponte, seguindo o projeto elaborado;
– Exposição dos trabalhos;
– Concurso de pontes: avaliação e testagem das pontes.

Avaliação: Estabilidade e equilíbrio; Resistência a cargas; Economia de materiais; Qualidade estética

Nota: Pode explorar, no âmbito deste tema, a Ficha Pedagógica n.o 68 – Concurso de construção de pontes, p. 14.

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3
3 3
AVALIAÇÃO
Planeamento do trabalho de grupo

Quem faz o quê?

Planificar o trabalho é uma atividade necessária para a coordenação e participação ativa de todos os mem-
bros do grupo. Conforme vão sendo realizadas e concluídas as várias tarefas de cada etapa, é necessário pla-
nificar novamente as tarefas da etapa seguinte do projeto.

Atividade/projeto: __________________________________________________________________________________________________________

TAREFA
RESPONSÁVEL ONDE COMO QUANDO
O que é necessário
Nome Local Que meios utilizar Datas
fazer

Nome: __________________________________________________________________________ Turma: ______________ Ano: ____________

Data: ______/______/______

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Avaliação do trabalho de grupo

Unidade de trabalho/Atividade/Projeto: _____________________________________________________________

APRECIAÇÃO
O nosso desempenho em grupo
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Não satisfaz Satisfaz Bom

Clima de trabalho

Distribuição das tarefas

Participação/implicação dos membros

Tomada de decisões

Utilização dos recursos disponíveis

Apreciação global:

O que pode e deve ser feito para melhorar o trabalho no grupo:

Nome: __________________________________________________________________________ Turma: ______________ Ano: ____________

Data: ______/______/______

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Educação Tecnológica
O que precisas de saber e saber-fazer nas tuas aprendizagens
Ficha de autoavaliação

Unidade de trabalho

__________________________________________________________________________________________________________________________________

Atividade/Projeto

__________________________________________________________________________________________________________________________________

Critérios de avaliação Insatisfatório Satisfatório Bom

1. Investigação e pesquisa – Recolha da informação

2. Organização e tratamento dos dados recolhidos

3. Planeamento do trabalho

4. Elaboração de esboços com as anotações explicativas

5. Apresentação de propostas de solução

6. Representação gráfica do projeto a realizar

7. Aplicação correta dos materiais

8. Uso adequado e correto de utensílios e ferramentas

9. Avaliação e testagem do projeto

10. Organização e limpeza do local de trabalho

11. Autonomia e responsabilidade

12. Implicação e participação no trabalho de grupo

13. Apresentação final do projeto

Nome: __________________________________________________________________________ Turma: ______________ Ano: ____________

Nome: __________________________________________________________________________

Data: ______/______/______

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Avaliação dos projetos em Educação Tecnológica
Criação e construção de mensagens visuais

Designação do projeto

__________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________

Descrição geral do objeto/equipamento

__________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________

Critérios Análise e julgamento avaliativo / o que pode ser melhorado

Funções

Durabilidade

Materiais

Construção

Economia

Impacto social e ambiental

Apreciação global

Nome: __________________________________________________________________________ Turma: ______________ Ano: ____________

Nome: __________________________________________________________________________

Data: ______/______/______

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Unidade 1 • O Papel da Tecnologia

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 1 VIAGEM PELO MUNDO DA TECNOLOGIA

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica os conceitos de tecnologia e técnica.

Distingue o conceito de tecnologia da noção de técnica.

Identifica contextos históricos de evolução da tecnologia.

Identifica a influência da tecnologia no ambiente natural,


humano e construído.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Analisa os fatores de desenvolvimento tecnológico.

Debate e avalia os efeitos sociais e ambientais da atividade


técnica na sociedade.

Realiza exercícios e estudos sobre o impacto social


da tecnologia.

Realiza exercícios de reflexão sobre o impacto da tecnologia


na vida da cidade (por exemplo, um dia sem eletricidade).

Aplica nos projetos que desenvolve os conceitos de impacto


social e ambiental de uma invenção técnica.

Investiga sobre a evolução das tecnologias, o seu passado


e presente e impacto na sociedade.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 2 • O Objeto Técnico

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 2 UM MUNDO DE OBJETOS

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Define o conceito de objeto técnico.

Distingue a evolução histórica de alguns objetos técnicos


e a sua repercussão na evolução da sociedade.

Relaciona a influência dos objetos técnicos como resposta


às necessidades humanas.

Interpreta objetos técnicos, sendo capaz de os decompor


e compreender a função das suas partes.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Realiza exercícios e experiências onde estuda o princípio


de funcionamento de um objeto técnico.

Explora, nos trabalhos/projetos que desenvolve, o conceito


da forma e função dos objetos.

Realiza a análise de objetos com função prática.

Estabelece os requisitos técnicos e funcionais de um objeto


para cumprir a sua função prática, aplicando os
conhecimentos em trabalhos práticos.

Decompõe objetos, enumerando e analisando os elementos


que os constituem.

Aplica conhecimentos que evidenciam objetivamente a


estrutura do objeto, as suas características e funções.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 3 • As Medidas

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 3 UM MUNDO DE MEDIDAS

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica a existência de diversos tipos de grandeza.

Identifica instrumentos de medição.

Compreende a importância das medições rigorosas.

Estabelece a relação entre qualidade do instrumento de medida


e previsão do erro.

Articula com rigor unidades de medida e instrumentos


de medição em função das grandezas que se pretendem
determinar.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Executa medições com rigor.

Seleciona os instrumentos mais adequados a cada situação.

Regista informação de modo racional e conciso.

Interpreta e representa informação, com o objetivo


de organizar e hierarquizar conteúdos.

Realiza experiências de medição.

Executa projetos diversos utilizando medições rigorosas.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 4 • A Comunicação na Tecnologia

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 4 A COMUNICAÇÃO NO MUNDO DA TECNOLOGIA

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica vocabulário específico da área tecnológica.

Utiliza vocabulário específico da área tecnológica para


comunicar ideias e opiniões.

Interpreta instruções e esquemas gráficos/técnicos.

Interpreta simbologia técnica.

Organiza e ilustra informação gráfica/técnica específica


da área tecnológica.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Elabora documentos técnicos.

Produz instruções e esquemas gráficos/técnicos utilizando


sistemas discursivos, codificações e simbologias técnicas.

Explora o desenho e o registo gráfico no desenvolvimento


de propostas de soluções técnicas.

Aplica a metodologia de projeto no desenvolvimento


encadeado de acontecimentos.

Desenvolve a capacidade de enumerar, caracterizar e registar


os factos observados, aplicando-os a um projeto que
desenvolve.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 5 • As Energias

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 5 VIAGEM PELO MUNDO DAS ENERGIAS

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica recursos naturais aplicados na produção de energia.


Identifica diferentes fontes de energia (renováveis e não
renováveis).

Reconhece o impacto social e ambiental da exaustão das fontes


energéticas naturais.

Reconhece diversos processos de produção de energia.

Analisa e classifica diversos processos de transformação


de energia.

Distingue operadores elétricos na construção de circuitos


elétricos simples.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Aplica, nos trabalhos que desenvolve, os conhecimentos sobre


fontes de energia.

Realiza projetos simples sobre energia e eletricidade.

Utiliza operadores elétricos no desenvolvimento de projetos


de baixa complexidade.

Utiliza unidades funcionais, compostas por um ou mais


elementos, que, agregados, cumprem uma função,
aplicando-as aos trabalhos que desenvolve.

Desenvolve projetos organizando metodologicamente as várias


etapas dos mesmos, aplicando os conhecimentos adquiridos.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 6 • O Projeto

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 6 O MUNDO DO PROJETO

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica as diversas fases do método de projeto.

Identifica fontes de informação.

Classifica e organiza as fontes de informação.

Identifica as várias fases da resolução de um problema.

Conhece as diversas fases de planeamento de um projeto.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Planeia as diversas atividades a realizar.

Aplica as diversas fases da resolução de problemas


nos projetos que desenvolve.

Desenvolve projetos integrados em várias unidades


da educação tecnológica.

Avalia criticamente um projeto, globalmente


e em todas as suas fases.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 7 • Os Materiais

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 7 O MUNDO DOS MATERIAIS

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica diferentes tipos de materiais.

Identifica as propriedades físicas dos diferentes tipos


de materiais.

Identifica as características e propriedades dos materiais


que condicionam o seu armazenamento.

Reconhece diferentes formas de apresentação dos materiais.


Relaciona processos de transformação de matérias-primas
com os materiais.

Identifica as ferramentas/utensílios mais adequados


à transformação das matérias-primas em materiais.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Realiza experiências para determinar propriedades


dos materiais (mecânicas, maleabilidade, etc.).

Avalia o impacto ambiental provocado pelo processo


de extração das matérias-primas e seleciona a mais indicada
para realizar os seus projetos.

Escolha dos materiais tendo em conta as suas propriedades


e características, de acordo com os trabalhos a desenvolver.

Recicla e emprega materiais coerentemente, de forma a reduzir


o seu impacto ambiental.

Desenvolve projetos onde aplica os conhecimentos adquiridos.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 8 • O Movimento

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 8 O MUNDO DOS MATERIAIS

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica tipos de movimento quanto à sua variação


no espaço.

Identifica tipos de movimento quanto à sua variação no tempo.


Identifica processos de transformação e de transmissão do
movimento.

Identifica tipos de transformação e transmissão de movimento.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Representa mecanismos simples, empregando processos


de transmissão/conservação de movimento.

Desenvolve mecanismos simples, empregando processos


de transmissão/conservação de movimento.

Desenvolve projetos onde realiza diferentes tipos


de representação: morfológica e estrutural.

Executa projetos onde aplica os conhecimentos que investigou


sobre processos mecânicos.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 9 • Fabrico e Construção

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 9 O MUNDO DO FABRICO E DA CONSTRUÇÃO

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas.

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Identifica as fases necessárias para a organização


e planificação de tarefas.

Compreende a problemática da higiene e da segurança


no local de trabalho.

Identifica as ferramentas e máquinas mais indicadas a cada


tarefa.

Identifica técnicas de fabrico mais indicadas a cada tarefa.

Identifica e distingue uniões rígidas de uniões móveis.

Relaciona tipos de união com os materiais.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Realiza projetos onde aplica os conhecimentos sobre as fases


de fabricação de um produto.

Cria fichas técnicas de objetos.

Constrói objetos, protótipos e maquetas

Executa objetos em que os materiais, ferramentas e etapas


estão previamente definidos.

Concebe e fabrica um objeto simples.

Executa as diversas fases de produção de um objeto aplicadas


aos projetos que realiza.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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Unidade 10 • As Estruturas Resistentes

REGISTO DE
AVALIAÇÃO 10 O MUNDO DAS ESTRUTURAS RESISTENTES

Esta ficha serve para o registo de avaliação de cada aluno da turma nos domínios do saber (conhecimentos),
saber fazer (procedimentos) e saber estar (valores e atitudes). Utiliza-se a escala: Nunca, Raramente, Às vezes,
Regularmente e Sempre.
Pode-se também adaptar esta ficha para utilização num mapa de registo de avaliação para todos os alunos
da turma ou ainda para a aplicação de uma ficha de autoavaliação para o aluno.
Este registo de avaliação deve ser adaptado tendo em conta as abordagens realizadas em contexto de sala
de aula e turma e ainda as propostas de trabalho desenvolvidas

DOMÍNIOS ESCALA

SABER (conhecimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Compreende o conceito de estrutura.

Identifica diferentes tipos de estruturas.

Analisa a evolução histórica dos processos de construção de


estruturas.

Reconhece a função das estruturas e dos seus componentes.

Identifica os esforços a que estão sujeitas as estruturas.

SABER FAZER (procedimento) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

Desenvolve estruturas considerando materiais, processos de


construção e forma/função.

Realiza projetos de estruturas simples prevendo materiais e


tipos de estruturas mais adequados.

Constrói estruturas, identificando requisitos e recursos


disponíveis.

Aplica nos projetos que desenvolve as capacidades de procura


da melhor solução, para a apreciação dos prós e dos contras
e para a avaliação crítica das soluções alcançadas.

SABER ESTAR (valores e atitudes) Nunca Raramente Às vezes Regularmente Sempre

É responsável e organizado.

É empenhado e participa nas atividades propostas.

É autónomo na realização das atividades e tarefas propostas.

É sociável e colabora/coopera em trabalhos de grupo.

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4
4 OUTROS
RECURSOS
4
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Outros recursos

ROTEIRO Roteiro de questões sobre o desenvolvimento de projetos


DE QUESTÕES transdisciplinares

O desenvolvimento de projetos de natureza transdisciplinar na escola, quer na atual fórmula


curricular, quer em qualquer outro modelo que possa vir a assumir, implica sempre um conjunto
de decisões didático-metodológicas de natureza universal.
Decorrendo de uma observação das práticas que se desenvolvem nas escolas, e procurando
dar resposta a algumas dificuldades conceptuais e práticas que o mesmo encerra, apresenta-
se um roteiro sistemático no qual se procura definir as opções possíveis a adotar nos processos
didáticos de realização de projetos transdisciplinares na escola.

1 – Enquadramento curricular • Disciplinaridade cruzada


• Tem o propósito de envolver os alunos na conce- • Interdisciplinaridade
ção, realização e avaliação de projetos, permi- • Transdisciplinaridade
tindo-lhes articular saberes de diversas áreas
curriculares em torno de problemas ou temas de 6 – Práticas de integração disciplinar
pesquisa ou de intervenção. • Centradas no desenvolvimento de projetos
• Centradas na abordagem de temas integradores
2 – Finalidades
• Centradas na articulação de conteúdos
• Desenvolver competências sociais, tais como a co- • Centradas em atividades, experiências educati-
municação, o trabalho em equipa, a gestão de vas, situações de aprendizagem
conflitos, a tomada de decisões e a avaliação de
• Centradas no desenvolvimento de competências
processos.
•…
• Aprender a resolver problemas, partindo das si-
tuações e dos recursos existentes. 7 – Tipologias das relações entre conteúdos
• Promover a integração de saberes através da sua
• Relações factuais
aplicação contextualizada.
• Relações conceptuais
• Desenvolver as vertentes de pesquisa e de inter-
venção, promovendo a articulação das diferentes • Relações de investigação
áreas disciplinares/disciplinas. • Relações de aprendizagem
• Aprofundar o significado social das aprendiza- • Relações de utilização
gens disciplinares.
8 – Tipos de experiências
3 – Funções nucleares das pedagogias de educativas/situações de aprendizagem
projeto na educação/ensino que todos os alunos devem viver
• Função económica e social Uma tipologia possível poderá ser referenciada às
• Função terapêutica dimensões estruturantes das experiências/atividades
• Função didática a desenvolver nesta área educativa, nomeada-
mente:
• Função social e de mediação
• Função política • Componente epistemológica
– temas e conteúdos disciplinares (conhecimentos
4 – Objeto/Conteúdo enquanto factos, conceitos e processos cogniti-
• Articulação intraprojeto curricular de turma. vos) decorrentes dos projetos/atividades em de-
senvolvimento
• Interdependência entre disciplinas e áreas curricu-
lares. • Componente comunicacional
– elaborar documentos (recorrendo a registos di-
5 – Níveis de integração/articulação curricular versificados)
• Multidisciplinaridade – redigir um relatório
• Pluridisciplinaridade – redigir uma memória descritiva do projeto

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ROTEIRO Roteiro de questões sobre o desenvolvimento de projetos transdisciplinares


DE QUESTÕES (Cont.)

– redigir um caderno de encargos 10 – Tipos de projetos


– descrever situações, fenómenos e processos
Uma tipologia possível quanto à natureza intrínseca
– apresentar as suas próprias realizações
dos projetos:
– expor oralmente as suas ideias e projetos
• Resolução de problemas sociocomunitários
– utilizar o vocabulário específico dos projetos
• Intervenção em problemas sociais
que realiza
• Prestação de serviços à comunidade
– ler e compreender um enunciado de projeto
• Exploração de situações educativas especiais
• Componente metodológica • Desenvolvimento interdisciplinar de temáticas emi-
– identificar fontes de informação nentemente curriculares
– localizar informação • Produção de uma obra
– elaborar estratégias de recolha de informação • Projetos de natureza lúdica
– recorrer a diferentes meios e processos para re-
colha de informações 11 – Génese de temas/projetos
– selecionar informação Os temas/projetos/atividades podem decorrer de
– classificar e organizar a informação diferentes situações, nomeadamente:
– estabelecer sequências de processos • Projeto Educativo/Projeto Curricular de Escola
– planificar processos produtivos • Projeto Curricular de Turma
– observar • Propostas/projetos apresentados por entidades e
– avaliar instituições externas
– organizar o trabalho pessoal • Dinâmicas desenvolvidas a nível da turma:
– observação sobre envolvimento sociocomunitá-
– contactar com profissionais e pessoas da comu-
rio identificando os problemas/necessidades
nidade
que afetam as pessoas,
• Componente relacional/interpessoal e ética – observação sobre os problemas/necessidades
– participar que afetam a comunidade educativa.
– intervir
– criticar 12 – Intervenientes na apresentação e decisão
de adoção de temas e projetos
– avaliar
– negociar Podem ser estabelecidas diferentes dinâmicas e pro-
cessos que decorrem necessariamente dos contextos
– argumentar
concretos em que se realiza a ação educativa.
– defender um ponto de vista
• Selecionados e adotados autonomamente pelos
– tomar posição face aos valores
alunos
– contratualizar
• Apresentados pelos alunos e negociados com os
– consensualizar professores
• Propostos por iniciativa dos professores e nego-
9 – Temas/projetos
ciados com os alunos
As “entradas” no processo de ativação educativa • Selecionados/adotados pelos professores
da área de projeto poderá decorrer de temáticas e • Propostos/selecionados pelo Conselho de Turma
projetos enquadrados/referenciados às seguintes
categorias: 13 – Condicionalismos presentes na adoção de
• Áreas temáticas temas/projetos
• Campos problemáticos • Relevância educativa e social
• Centros de interesse • Potencialidades educativas do tema/projeto
• Projetos específicos • Competências gerais e específicas visadas priori-
• Enunciados projetuais tariamente

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DE QUESTÕES (Cont.)

• Clima em que se situa a atividade educativa 15 – As dimensões do projeto


• Grau de autonomia dos alunos • Antecipação da solução – plano visado.
• Interesses e motivações dos alunos • Planificação da ação – projeto plano.
• Padrões culturais/reprodução/transformação • Realização – projeto processo.
• Modalidades de organização de trabalho de pro- • Produto – projeto produto.
fessores e alunos
• Condições e recursos materiais existentes 16 – Organização e planificação do trabalho
• Recursos materiais exigidos para o desenvolvi- • Antecipação do desenvolvimento do projeto
mento/realização do projeto • Principais fases, etapas e atividades
• Modo de ser do professor/experiência • Planificação das atividades
• Gestão dos tempos
14 – Desenvolvimento metodológico do projeto • Gestão dos recursos
• Etapas/tipologia de atividades/tarefas. • Preparação/adoção de instrumentos de gestão
Abordagem educativa/produtiva/crítica
17 – Duração/extensão dos projetos
– Identificação do campo problemático (proble-
mas, temas, etc.) • A duração dos projetos é variável.
– Formulação do problema • Decorre das dinâmicas e contexto educativo con-
– Identificação e formulação de problemas parce- creto em que se desenvolvem as atividades/pro-
lares jetos e da natureza intrínseca dos mesmos.
– Esboços de planificação: recursos, instalações, • Neste sentido podem prever-se projetos/atividades
meios, espaços, tempos, avaliação, etc. de curta, média ou longa duração, nomeadamente:
– Pesquisa: produção, trabalho de campo, na (1) projeto de várias sessões;
sala, etc. (2) projeto com a duração de um período letivo;
– Avaliação formativa – transversal a todo o processo (3) projeto de um ano letivo;
– Apresentação dos trabalhos (4) projeto de um ciclo – abrangendo vários anos
– Crítica letivos.
– Globalização
– Síntese final com levantamento de novos proble- 18 – Número de projetos em desenvolvimento
mas na turma
• O número de projetos em desenvolvimento na
• Etapas típicas específicas do processo de resolu-
turma é variável.
ção de problemas.
• A decisão do número de projetos a desenvolver
– Análise do problema
simultaneamente em cada turma decorre da natu-
– Conhecimento do problema
reza intrínseca destes, das modalidades organi-
– Recolha de informação
zacionais adotadas na turma, do clima de aula,
– Definição do problema
dos recursos disponíveis ou mobilizáveis e, sobre-
– Classificação do problema
tudo, do grau de autonomia dos alunos.
– Definição dos objetivos
• Neste sentido, podem prever-se várias possibilidades:
– Soluções para o problema
– um projeto único para toda a turma realizado
– Seleção dos métodos para solucionar a partir das contribuições dos diversos grupos
– Produção de ideias (soluções para o problema) de trabalho;
– Apreciação das propostas de solução – um projeto único desagregado em vários proje-
– Exame das soluções tos que se complementam;
– Processo de seleção – um tema único integrador de vários projetos;
– Realização das soluções considerando as con- – vários projetos (autónomos) decorrentes de
dições de avaliação temas/problemas diversificados;
– Avaliação da aplicação da solução – outros…

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ROTEIRO Roteiro de questões sobre o desenvolvimento de projetos transdisciplinares


DE QUESTÕES (Cont.)

19 – Implementação/ativação do processo • Uma campanha de intervenção social/comunitá-


• A necessidade da construção de uma identidade ria
do grupo/turma • Uma intervenção de caráter cívico
• O conhecimento/diagnóstico da turma • Uma produção tecnológica/protótipo, um equipa-
• A construção de dinâmicas relacionais facilitado- mento/uma construção
ras do trabalho autónomo, cooperativo e colabo- • Filmes – suporte vídeo
rativo • Produtos multimédia
• Atividades de construção de estratégias identitá- • Páginas da INTERNET
rias (vocacionais e profissionais)
• Conhecimento do meio 22 – Recursos educativos e comunitários a
mobilizar
20 – Modalidades organizacionais, Recursos didáticos
didáticas/técnicas de ensino e atividades • Instrumentos de animação didático-pedagógica
de aprendizagem a adotar
Fichas-tipo – trabalho de campo:
Modelos de ensino-aprendizagem orientados para
– Guiões de observação do meio
a apropriação com ênfase nas metodologias ativas.
– Guiões de entrevista
Procura-se o desenvolvimento de uma perspetiva in- – Planificação do trabalho de campo
tegradora pela mobilização e integração dinâmica:
Fichas-tipo – organização do trabalho
• da metodologia de projeto;
– Quadro de bordo (do desenvolvimento do pro-
• da aprendizagem através de situações-problema;
jeto/do trabalho de grupo, etc.)
• da aprendizagem pela descoberta.
– Planificação do trabalho/tarefas a realizar: ses-
As dinâmicas de aprendizagem a criar no desenvol- são/dia/semana/mês
vimento dos projetos/atividades deverão construir – Diários individuais/de grupo
situações educativas que potenciem a emergência – Contratos de trabalho individuais/grupo/turma
de espaços: – Fichas de planificação de tarefas individuais/
• de discussão/reflexão; grupo
• de negociação; – Cronograma de gestão dos tempos
– Ata da assembleia de turma
• de decisão.
– Planificação das tarefas a realizar: O que é ne-
Neste sentido, as modalidades organizacionais no cessário fazer? Para quê? Com quem? Onde?
grupo-turma devem privilegiar: Quando? Como? Com que meios?
• o trabalho de grupo; – Distribuição das tarefas no grupo
• o trabalho em equipa; Fichas-tipo – dinâmicas de trabalho grupo/equipa
• o trabalho cooperativo; – Autoavaliação
• o trabalho colaborativo. – Funcionamento do grupo
– Heteroavaliação
21 – Tipos de produtos resultantes das – Balanços do trabalho realizado no grupo
aprendizagens/projetos realizados – Análise do clima/ambiente no grupo
• Uma apresentação Fichas-tipo – recolha e tratamento de informação
• Um espetáculo – Fichas de leitura
• Uma exposição – Fichas-resumo
• Uma comunicação – Fichas de recolha de informação
• Um dossiê de projeto Métodos para recolha/registo e comunicação de in-
• Um relatório final formações:
• Um livro/uma publicação – registo gráfico: desenhos, diagramas, registos
• Ensaios anotados, esboços, uso de suportes informáticos,
• Proposta ou plano de intervenção ou produção etc.

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DE QUESTÕES (Cont.)

– registo escrito: relatórios, questionários, diários, 23 – Avaliação das aprendizagens (formativa


histórias, contos, artigos, memórias descritivas, e sumativa)
storyboard, etc. a) Avaliação dos projetos
– registo oral: role playing, intervenções, debates,
• Aspetos intrínsecos ao projeto/dimensões me-
simulações, apresentação/comunicações, rádio,
todológicas e técnicas, etc.
etc.
– registo visual: fotografia, vídeo, apresentações b) Avaliação dos processos
sem suporte informático 2D e 3D, etc. • Dinâmicas interpessoais/desenvolvimento do
trabalho no grupo/clima de trabalho no
Recursos físicos
grupo/produção individual e coletiva, etc.
• Biblioteca/Centro de Recursos multimédia (inter-
nos e externos) c) Avaliação do desenvolvimento das competências
– evolução individual do aluno
• Enciclopédias e dicionários (suporte papel e mul-
timédia) • avaliação formativa
• Livros de divulgação científica e tecnológica • avaliação sumativa
• Livros de arte
24 – Papel do professor
• Obras literárias
• Dinamizador de processos educativos
• Livros de divulgação de temática histórica/geo-
gráfica e social • Organizador
• Informação em suportes multimédia (CD-ROM) • Conselheiro
• Bases de dados específicas • Orientador
• Acesso à Internet • Facilitador
• Redes telemáticas/redes de documentação e in- • Gestor
formação • Monitor
• Acesso a meios de reprodução gráfica – fotoco- • Coordenador
piadoras • Um aprendente entre aprendentes
• Acesso a outros meios de registo – máquinas fo-
tográficas, gravadores áudio/vídeo
Protocolos/parcerias com instituições comunitárias
e sociais
Envolvimento de profissionais e pessoas da comuni-
dade

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Outros recursos

MUSEUS Museus de Ciência e Tecnologia

Consulta as páginas na Internet do Instituto Português dos Museus – www.ipmuseus.pt e en-


contrarás ligações muito úteis.

Museus Portugueses Fábrica da Pólvora de Barcarena Museu da Ciência e Indústria


Museu da Pólvora Negra Estr. Nacional, 108
Aquário Vasco da Gama Estrada das Fontaínhas 4300 Porto
R. Direita do Dafundo, Algés 2745-615 Barcarena www.geira.pt/mcienciaindustria
1495 Lisboa http://www.cm-oeiras.pt/agenda/Paginas/
http://aquariovgama.marinha.pt/PT/ MuseudaPólvoraNegraFábricadaPólvorade Museu das Comunicações
Pages/homepage.aspx Barcarena7.aspx
R. do Instituto Industrial, 16
Jardim Botânico da Universidade de Lisboa
Casa Museu Abel Salazar
Coimbra http://www.fpc.pt/Museu.aspx
R. Dr. Abel Salazar, 488
Calçada Martim Freitas
4464 S. Mamede de Infesta Museu das Crianças
3049 Coimbra Codex
www.geira.pt/cmabelsalazar http://www.uc.pt/jardimbotanico Estrada de Benfica, 158-160
1549-004 Lisboa
Casa Museu Bissaya Barreto Jardim Botânico da Universidade de http://www.museudascriancas.eu/
Arcos do Jardim Lisboa
3000 Coimbra R. da Escola Politécnica, 58 Museu da Eletricidade
http://www.fbb.pt/index.php/cultura/ 1250-102 Lisboa Central do Tejo. Av. de Brasília
casa-museu-bissaya-barreto http://www.mnhnc.ul.pt/portal/page?_
1300 Lisboa
pageid=418,1391161&_dad=portal&_
http://www.fundacaoedp.pt/museu-da-
Casa Museu Egas Moniz schema=PORTAL
eletricidade/
Avanca, Estarreja
Jardim-Museu Agrícola Tropical
http://www.casamuseuegasmoniz.com/ (ou Museu Agrícola do Ultramar) Museu de Engenharia Civil do Instituto
Calçada do Galvão Superior Técnico
Centro Ciência Viva do Algarve Lisboa Av. Rovisco Pais
Doca de Ferro. R. Com. Francisco Manuel http://www2.iict.pt/jbt/?idc=204 Lisboa
8000 Faro
http://www.ccvalg.pt/ Jardim Zoológico de Lisboa Museu da Farmácia
Estr. de Benfica 158 / 160 R. Marechal Saldanha, 1
Centro Ciência Viva de Vila do Conde Lisboa
1200 Lisboa
Av. Bernardino Machado, 96 www.zoolisboa.pt
4480-657 Vila do Conde Museu de Física da Universidade de
Museu da Água da EPAL
http://viladoconde.cienciaviva.pt/centro/ Estação Elevatória dos Barbadinhos Coimbra
R. do Alviela, 12 Colégio dos Jesuítas, Lg. Marquês de
Estação Litoral da Aguda (ELA), Fundação St Apolónia – Lisboa Pombal
ELA http://www.servicoaguaslivres.com/ 3000 Coimbra
Praia da Aguda, R. Alfredo Dias. http://fisica.uc.pt/xt/mf/mf_main.php
4405-001 Arcozelo – Vila Nova de Gaia Museu do Ar
www.fundacao-ela.pt Oficinas Gerais de Material Aeronáutico Museu de Geologia do Instituto Superior
2615 Alverca Técnico
Centro de Ciência Viva de Coimbra www.emfa.pt/www/po/musar
Av. Rovisco Pais
Exploratório Infante D. Henrique 1000 Lisboa
Museu da Ciência da Universidade de
Casa Municipal da Cultura. Jardim de Lisboa Museu Geológico
Santa Cruz, Apart. 3111 R. da Escola Politécnica, 56 R. Academia das Ciências 19-2.o
3000 Coimbra 1294 Lisboa Codex 1200 Lisboa
www.exploratorio.pt www.museu-de-ciencia.ul.pt/ http://www.lneg.pt/MuseuGeologico/

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Outros recursos

Museus de Ciência e Tecnologia


MUSEUS
(Cont.)

Museu de Geologia da UTAD Museu da Imagem Museu Nacional de História Natural


Universidade de Trás-os-Montes e Alto Campo das Hortas, 35-37 R. da Escola Politécnica, 56
Douro 4700-270 Braga 1294 Lisboa Codex
Quinta dos Prados http://museudaimagem.blogspot.pt/ www.mnhn.ul.pt
5001 Vila Real Codex
Museu do Instituto Geológico Mineiro Museu do Observatório Astronómico de
http://www.museugeologia.utad.pt/
Coimbra
R. Academia das Ciências, 19
Santa Clara
Museu do Grupo de Espeleologia e Lisboa
3000 Coimbra
Arqueologia da Lourinhã
R. João Luís Moura Museu Municipal do Funchal
Museu Paleozóico de Valongo
2530-187 Lourinhã Funchal
Serras de S. Justa e Pias
http://www.museulourinha.org/pt/ http://www1.cm- Contacto – Câmara Municipal de Valongo
apresentacao.htm funchal.pt/ciencia/index.php?option=com_
content&view=article&id=220&Itemid=351 Museu da Rádio
Museu Nacional da História da Medicina R. do Quelhas, 21
Maximiano Lemos Museu Nacional da Imprensa 1200-779 Lisboa
Faculdade de Medicina do Porto Estrada Nacional 1008, 206 – Freixo
Alameda Prof. Hernâni Monteiro Porto Museu do Relógio
4200-319 Porto http://www.museudaimprensa.pt/ Convento do Mosteirinho
7830-341 Serpa
Museu de História Natural da Museu dos Jazigos Mineiros Portugueses www.museudorelogio.com
Universidade de Coimbra R. da Amieira, Apartado 89
Museu da RTP
Polo 1 da UC 4466 S. Mamede de Infesta Codex
Av. 5 de Outubro, 197, Piso 0
3000 Coimbra
1050 Lisboa
Museu e Laboratório Mineralógico e
Museu Antropológico da Universidade de Geológico
Museu da Sociedade de Geografia de
Coimbra Universidade do Porto Lisboa
R. Arco da Traição Pr. Gomes Teixeira R. Portas de Santo Antão, 100
3000-056 Coimbra 4000 Porto 1150 - 269 Lisboa

Museu Botânico da Universidade de Museu Nacional da Floresta Museu dos Transportes e Comunicações
Coimbra Parque do Engenho Pinhal do Rei R. Nova da Alfândega
Departamento de Botânica da UC Marinha Grande Edíficio da Alfândega
3049 Coimbra Codex 4050 Porto
http://www1.ci.uc.pt/museubotanico/ Museu Nacional dos Lanifícios www.amtc.pt/
Universidade da Beira Interior
Museu Zoológico Covilhã Museu do Vidro
Departamento de Zoologia da http://www.museu.ubi.pt/?cix=2990&lang= Palácio Stephens
Marinha Grande
Universidade de Coimbra 1&v=133718
3004-517 Coimbra
Museu Vivo de Insetos Sociais
Museu do Mar
R. 5 de Outubro, 40
Museu Mineralógico e Geológico R. Júlio Pereira Melo, Jardim da Parada
7940-456 Vila Ruiva
Lg. Marquês de Pombal 2750 Cascais
Cuba
3000 Coimbra http://www.cm-cascais.pt/museumar/ www.cappas-insectozoo.com.pt/index1.html

Museu de História Natural da Museu de Mineralogia do Instituto Observatório Astronómico


Universidade do Porto Superior Técnico Casa de Estudo de Tavira
Faculdade de Ciências Pavilhão de Minas Tavira
Porto Lisboa www.cdepa.pt/

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Outros recursos

Museus de Ciência e Tecnologia


MUSEUS
(Cont.)

Observatório Astronómico de Lisboa Centro Lúdico da Imagem Animada Estação Ciência – USP
Tapada da Ajuda Coliseu do Porto www.eciencia.usp.br
1300 Lisboa Rua Passos Manuel, 137 Espaço Ciência Viva
www.oal.ul.pt/ Porto http://www.cienciaviva.org.br

Observatório Astronómico do Pinhal do Museus Estrangeiros - Espanha Museu de Astronomia e Ciências Afins
Rei www.mast.br
Casa das Ciências da Corunha
S. Pedro de Muel Museu Nacional de Informática e
Parque de Santa Catarina, s/n
2430 Marinha Grande Telecomunicações
15005 Corunha
galeria.gem51.com/v/projectos/oapr/ www.mnit.org.br
www.casaciencias.org/
Oceanário de Lisboa
DOMUS – Casa do Homem Museu de Ciência e Tecnologia
Esplanada de D. Carlos I – Doca dos
Av. do Mar www.mtc.pucrs.br
Olivais
Corunha
1998 Lisboa Museu da Vida
Calle Sta Teresa, 1
www.oceanario.pt/
15002 La Corunha – Espanha www.museudavida.fiocruz.br
www.casaciencias.org/domus/index.htm
Parque Biológico de Vila Nova de Gaia
Museu de Ciências Naturais
Av. Vasco da Gama
Cidade das Artes e das Ciências de Brasil
Avintes – VN Gaia
Valência www.fzb.rs.gov.br/museu/isic
Av. Autopista del Salor, 1/7
Pavilhão da Água
46013 Valência Outros países – podemos fazer uma
Parque da Cidade
www.cac.es/ visita e pesquisa virtual através da
Porto
Internet
Museu da Ciência de Barcelona
Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva
R. Teodor Roviralta, 55 American Museum of Natural History
Parque das Nações
08022 Barcelona Nova Iorque – EUA
Lisboa
www.amnh.org/
www.pavconhecimento.pt/
Museu das Ciências de Castilha la Mancha
Plaza de la Merced, 1 Cité des Science. La Villete
Planetário da Fundação Calouste
16 001 Cuenca www.cite-sciences.fr
Gulbenkian
www.jccm.es/museociencias
Pç. do Império – Belém
Eureka The Museum for Children
1400 Lisboa
Parque das Ciências de Granada www.eureka.org.uk
www.planetario.online.pt/
Av. Del Mediterraneo, s/n
18006 Granada Experimentarium Dinamarca
Planetário e Cinema Imax de Espinho
www.parqueciencias.com/ Copenhaga – Dinamarca
Av. 24, 800
4500 Espinho ferieboling.dk/pt/dinamarca-
Brasil – podemos visitá-los experimentarium.html
www.multimeios.pt
virtualmente através da Internet
Centro Ciência Viva do Porto – Planetário Biblioteca Virtual dos Museus de Ciência e Exploratorium – San Francisco
do Porto Divulgação Científica do Prossiga San Francisco – EUA
R. do Campo Alegre, 823 (fornece sugestões de links) www.exploratorium.com
4150 Porto www.prossiga.br/divulgaciencia
www.astro.up.pt/planetario Museum of History of Science
Biblioteca Virtual dos Museus de Ciência e www.mhs.ox.ac.uk
Visionarium, Europarque Divulgação Científica da SBPC
Centro Económico e Cultural, Espargo (fornece uma grande quantidade de London Science Museum
4520 Santa Maria da Feira sugestões de links) Londres – UK
http://www.visionarium.pt/ www.sbpcnet.org.br/caderno/museu.htm www.sciencemuseum.org.uk

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Outros recursos

Museus de Ciência e Tecnologia


MUSEUS
(Cont.)

Nobel e. Museum Outras sugestões na Internet Museum of Science – Boston


Oslo/Estocolmo – Noruega/Suécia www.mos.org
Explorit Science Center
nobelprize.org
www.explorit.org
National Science and Technology Museum
The Science Explorer (Taiwan)
The Museum of Science & Industry in
San Francisco – EUA www.nstm.gov.tw/english/us/us
Manchester
www.exploratorium.edu
www.msim.org.uk
Universum – Museu de las Ciencias
The Discovery Center México
The Tech – Museum of Innovation
www.thediscoverycenter.org www.universum.unam.mx
www.thetech.org
The Discovery Museum
www.discoverymuseum.org

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