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Matemática 1

Matemática Básica
Pré-Vestibular
Teoria e Exercícios Propostos
índice.matemática 1

Capítulo 01. Potenciação


1. Definição ............................................................................................................. 9
2. Propriedades ..................................................................................................... 10
3. Situações Especiais ............................................................................................. 12

Capítulo 02. Radiciação


1. Definição ........................................................................................................... 14
2. Raiz Quadrada do Quadrado de um Número .......................................................... 14
3. Potências com Expoente Racional ......................................................................... 15
4. Propriedades ..................................................................................................... 15
5. Simplificação de Radicais .................................................................................... 17
6. Redução de Radicais ao Mesmo Índice .................................................................. 17
7. Racionalização de Denominadores ........................................................................ 18

Capítulo 03. Produtos Notáveis


1. Quadrado da Soma de Dois Termos ...................................................................... 21
2. Quadrado da Diferença de Dois Termos ................................................................. 21
3. Produto da Soma pela Diferença de Dois Termos ................................................... 21
4. Cubo da Soma de Dois Termos ............................................................................ 21
5. Cubo da Diferença de Dois Termos ....................................................................... 21

Capítulo 04. Fatoração


1. Definição ........................................................................................................... 22
1.1. Fator Comum ........................................................................................................... 22
1.2. Agrupamento .......................................................................................................... 22
1.3. Diferença de Quadrados .......................................................................................... 22
1.4. Trinômio Quadrado Perfeito ..................................................................................... 22
2. Trinômio Quadrado da Forma ax2 + bx + c ........................................................... 23
3. Soma e Diferença de Cubos ................................................................................. 23

Capítulo 05. Porcentagem


1. Introdução ......................................................................................................... 24
2. Definição ........................................................................................................... 24
3. Forma Decimal ................................................................................................... 24
PV2D-08-MAT-11

4. Cálculo de uma Porcentagem ............................................................................... 24


5. Lucro ................................................................................................................ 26
6. Aumento Percentual ............................................................................................ 27
índice.matemática 1

7. Desconto Percentual ............................................................................................ 27


8. Aumentos e Descontos Sucessivos ........................................................................ 28

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


1. Conceitos Básicos ............................................................................................... 31
1.1. Números Naturais .................................................................................................... 31
1.2. Números Inteiros ..................................................................................................... 31
1.3. Divisor de um Número Inteiro .................................................................................. 31
1.4. Múltiplos de um Número Inteiro ............................................................................... 32
1.5. Paridade de Números Inteiros .................................................................................. 32
1.6. Números Primos e Compostos .................................................................................. 32
1.7. Divisibilidade Aritmética ............................................................................................. 33
1.8. Fatoração Numérica ................................................................................................. 34
1.9. Número de Divisores de um Número Natural ............................................................ 34
1.10. Soma dos Divisores de um Número Natural ............................................................. 35
1.11. Determinação dos Divisores de um Número Natural ................................................ 36
2. Propriedades ..................................................................................................... 36
3. Máximo Divisor Comum ....................................................................................... 38
4. Mínimo Múltiplo Comum ...................................................................................... 38
5. MDC e MMC pelo Método da Decomposição Isolada ................................................ 38
6. MMC e MDC pelo Método da Fatoração Simultânea ................................................. 39
7. MDC pelo Método das Divisões Sucessivas ............................................................. 39
8. Propriedades do MDC e do MMC ........................................................................... 40

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


1. Introdução ......................................................................................................... 42
2 . Notação e Representação ................................................................................... 42
2.1. Listagem dos Elementos ........................................................................................... 42
2.2. Uma Propriedade de seus Elementos ........................................................................ 42
2.3. Diagrama de Euler-Venn ........................................................................................... 42
3 . Relação de Pertinência ...................................................................................... 43
4. Relação de Inclusão ........................................................................................... 43
5. Conjuntos Especiais ............................................................................................ 44
6. Conjunto Universo .............................................................................................. 44
7. Conjunto de Partes ............................................................................................. 45
7.1. Determinação do Conjunto de Partes ....................................................................... 45
7.2. Número de Elementos do Conjunto de Partes .......................................................... 45
8. Igualdade de Conjuntos ....................................................................................... 45
índice.matemática 1

9. Operações com Conjuntos ................................................................................... 46


9.1. União de Conjuntos ................................................................................................. 46
9.2. Intersecção de Conjuntos ........................................................................................ 46
9.3. Diferença de Conjuntos ........................................................................................... 47
9.4. Conjunto Complementar .......................................................................................... 47
9.5. Associações das Operações ...................................................................................... 48
10. Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos .............................. 49
11. Conjuntos Numéricos ........................................................................................ 51
12. Operações com Intervalos em R (reais) .............................................................. 52

Capítulo 08. Equações


1. Introdução ........................................................................................................ 54
2. Resolução de uma Equação ................................................................................ 54
3. Equação do 1o Grau ............................................................................................ 55
4. Problemas do 1o Grau ........................................................................................ 56
5. Equação do 2o Grau ........................................................................................... 56
5.1. Resolução da equação do 2o grau ............................................................................ 57
5.2. Fórmula de Bhaskara ................................................................................................ 57
5.3. Discussão do Número de Soluções da Equação do 2o Grau ........................................ 58
6. Relações entre Coeficientes e Raízes .................................................................... 59
7. Resolução de Equações com Mudança de Variável .................................................. 60
8. Equações Irracionais ........................................................................................... 62
9. Mudança de Variável ........................................................................................... 63

Exercícios Propostos ................................................................................................................................. 65 PV2D-08-MAT-11


.01 Matemática Básica

Capítulo 01. Potenciação


1. Definição
Exemplos
Representamos por an, a potência de base
real a e expoente inteiro n. a) 50 = 1
Definimos a potência an nos casos abaixo: 1− 13 1 = 3
• 1º caso: Expoente inteiro maior que 1. b)
2 24
Potência de expoente inteiro maior que 1 é
o produto de tantos fatores iguais à base
quantas forem as unidades do expoente. • 4º caso: Expoente inteiro negativo
Assim: Toda potência de expoente inteiro negati-
vo e base não-nula é igual à potência de base
11 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 igual ao inverso da base dada e expoente igual
24 4344 5
11234567819
398 ao oposto do expoente dado.
Exemplos Assim:
a) 43 = 4 · 4 · 4 = 64
1−1 = 1 13 1
b) 15 = 1 · 1 · 1 · 1 · 1 = 1
c) (–2)4 = (–2) · (–2) · (–2) · (–2) = 16
2 14
Exemplos
1 3 1 31 3
−1 1 −1 −1 3
d) 2 4 2 42 4
2
=
2

2
=
12 a)
13 1 46 −3 = 13 2 46 3 = 32
2 25 2 15 4
• 2º caso: Expoente 1
Toda potência de expoente 1 é igual à base. 13 − 1 46 −1 = 13 − 2 46 1 = −3

Assim:
b) 225 215 24

5−16 1 = 12 −1234 = 322


a1 = a 1 −

c)
Exemplos
a) 51 = 5 Observação

1 13 1 = 1 Sendo n um número inteiro, temos:


b) 2 24 2 1º a = 0 e n > 0 ⇒ an = 0
• 3º caso: Expoente zero 2º a = 0 e n < 0 ⇒ E an ∈ R
Toda potência de expoente zero é igual a 1. 3º a > 0 ⇒ an > 0
4º a < 0 e n par ⇒ an > 0
Assim:
5º a < 0 e n ímpar ⇒ an < 0
a0 = 1
Justificativa: 9:9=1
32 : 32 = 1
30 = 1
• Qualquer base “a” , a ≠ 0, a0 = 1

Capítulo 01.Potenciação PV2D-08-MAT-11 9


Matemática Básica

2. Propriedades
1º. Sendo m > n, temos
Consideremos os números reais a e b, e os
números naturais m e n. Então são válidas as 24 1
4123435
344 5
seguintes propriedades. 11 1⋅1⋅1⋅ 1 ⋅1
= = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 = 1 1− 2
1 2 16⋅ 4
1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 64748
• P1: Produto de potências de mesma base
4744 8
2123435
1 − 2 1234351 2
Para multiplicarmos potências de mesma 1
base, conservamos a base e adicionamos os 2º. Se m = n, 1 = 1 = 1 1 1 − 22 = 1 1 = 1
expoentes. 12

am · an = am + n
12 1
3º. Se m < n,
2431445⋅ 1
= =
Justificativa 13 1⋅1⋅

13 − 22
13
234546

11 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1⋅ 1 ⋅ 1
24
1
4344
321 1 ⋅ 1 2 =
5
1 1 3 5 1 26 = 15 2 16

2 14

=
123435

1 = 1⋅1⋅1⋅ 1 ⋅1 3
2
24 4344
2
5
34
123435 Exemplos

= 1⋅1⋅1⋅ 1 ⋅1⋅1⋅1⋅1 1 ⋅1 11
24 4344 5 24345 a) = 26 – 2 = 24
1 123435 2123435 12

11
11 ⋅ 12 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 b) = 5x – 2
24 4344 5 11
Assim:
1 1 + 22 123435

1 1+1
c) = 4(x + 2) – (x – 3) = 45
2
11 ⋅ 1 = 11+ 2 1 1−2

Exemplos • P3: Produto de potências de mesmo ex-


a) 23 · 25 = 23 + 5 = 28 poente
b) 4x · 4–x + 2 = 4x + (–x + 2) = 42 Para multiplicarmos potências de mesmo
c) 3 · 32 · 36 = 31 + 2 + 6 = 39 expoente, conservamos o expoente e multi-
plicamos as bases.

• P2: Quociente de potências de mesma an · bn = (a · b)n


base Justificativa
Para dividirmos potências de mesma base,
conservamos a base e subtraímos os expoentes. 1
2
= 1⋅1⋅1⋅ 1 5⋅ 1
244344 e 11 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1
24 4344 5
122 1123435
11
123435

= 1 1− 2 1 1 ≠ 2
12 11 ⋅ 21 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 2 =
24 4344 5 24 4344 5
Justificativa 1123435 1123435

11 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 e 1 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1
1 = 12 ⋅ 12 ⋅ 12 ⋅ 1 ⋅ 12
24345 24345 244 43444 5
1 123435 1123435 1123435

10 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 01. Potenciação


Matemática Básica

Assim: an · bn = (ab)n • P5: Potência de uma potência


Exemplos Para elevarmos uma potência a um novo
a) 24 · 84 = (2 · 8)4 = 164 expoente, conservamos a base e multiplica-
mos os expoentes.
b) x3 · y3 · z3 = (x · y · z)3
(am)n = am · n
• P4: Quociente de potências de mesmo ex- Justificativa
poente
Para dividirmos potências de mesmo ex-
poente, conservamos o expoente e dividimos
11 1 22 = 21 144
⋅ 11 ⋅ 1 ⋅ 11
3445
2 12324
as bases.
2 12324
11 1 13 1
1 2
11
2
133233 4
1
21 2 2 4
= 1 2≠2 1+ 1+ + 1
=1 ⇒ (am)n = am · n

Justificativa Exemplos
a) (23)2 = 23 · 2 = 26
1 1 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 e 11 = 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1
24 4344 5 24 4344 5 3 111 22 5 1 = 11 2 1 = 131
4 6
1123435 1123435 ⋅ ⋅
b)
24 14344
123435
5
11 1⋅1⋅1⋅ 1 ⋅1
= = Observação
21 2⋅2⋅2⋅ 1 ⋅2
64 4744 8 As propriedades apresentadas podem ser
1123435
estendidas para os expoentes m e n inteiros.
11 1 13 1 13 1 13 1 13
=
2 42 42 4
2 1 22444
2 43
⋅1⋅
2 4444 25 24 Exemplos
1 12324 a) 23 · 2–2 = 23 + (–2) = 21 (P1)

1 13 1
11
Assim: 1 = 2 4 b)
11
= 1 1 −1 −2 2 = 1 1 + 2 = 1 3 21 3 4
2 2 1 −2
Exemplos c) 5–3 · 2–3 = (5 · 2)–3 = 10–3 (P3)

11 1 13 1
1 −1 1 13 1 2 3 1 = 3 (P )
−1

a)
21 2 24
= d)
2 −1
=
2 24 2 1 4 41
= 4

111 2 2 = 11 3 24 = 1 1 = 56 21 78 = 23 (P )
1
11 ⋅ 21 1 1 ⋅ 2 4 1
− ⋅− −
=3
2 3 65
e)
b) 5
31

Capítulo 01. Potenciação PV2D-08-MAT-11 11


Matemática Básica

3. Situações Especiais Exercícios Resolvidos


A. (– a)n e – an 01. Calcular o valor de A = 40 + (0,25)–2 – (0,5)–2
As potências (–a)n e –an, em geral, apre- Resolução
sentam resultados diferentes, pois:
34 5 5 1 13
1 2 3 43 43 4
−1 1
= −1 ⋅ −1 ⋅ −1 ⋅ 1 ⋅ −1
24444344445
3 4 Sabemos que: 1234 = = =
511 6 3 24
1123435
3 4
e e que: 123 = =
41 5
− 1 1 = −1 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 12
2443445 5
+7
1 33 2 8
− 2
1 33 −2

276 44

9 − 2 44
1123435 1
Logo , teremos: 1 = 2
Exemplos
a) (–2)4 = (–2) · (–2) · (–2) · (–2) = 16 Então:
b) –24 = – (2 · 2 · 2 · 2) = –16
1 23 1 − 1 23
− −2
c) (–2)3 = (–2) · (–2) · (–2) = –8
d) –23 = – (2 · 2 · 2) = –8
1 = 2+
2 3 4 2 34 = 2 + 31 − 32

A = 1 + 16 – 4 ⇒ 1 = 23

1 22
B. 1 1 1 11
1

2 2
2 02. Sendo x = (22)3; y = 1 1 e z = 1 1 , calcule
As potências 1 1 1 2 1 1 , em geral, apre-
1
1 o produto x · y · z.
sentam resultados diferentes, pois: Resolução

11 1 22 = 121 14444
2 ⋅ 11 1 24⋅ 131 14444
2 ⋅ 1 ⋅ 114152 x = (22)3 = 26
2
2 12324 y = 1 1 = 28
2
e z = 23 = 29
2 12324 Então:
13234
1 12 = 1 1⋅ 1⋅ ⋅ 11 x · y · z = 26 · 28 · 29 = 223
Resposta: 223
Exemplos

1 22 = (3 ) · (3 ) · (3 ) = 3
a) 1 1 2 2 2 2·3 = 36 03. Simplifique as expressões:
2 1 1 ⋅ 23 2
b) 1 1 = 32 · 2 · 2 = 38 a)
245 1

12 ⋅ 3 1 1+2 − 4 ⋅ 3 1 1
b)
56 ⋅ 23 1

12 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 01. Potenciação


Matemática Básica

Resolução b)

1 1 ⋅ 23 2 12 ⋅ 3 12+3 − 4 ⋅ 3 12 12 ⋅ 3 12 ⋅ 3 − 4 ⋅ 3 12
a) = =
2451
Sabemos que:
56 ⋅ 23 2
1 22
56 ⋅ 3 1

9 = 32 27 = 33 243 = 35
Então teremos:

1 2 ⋅ 23 4
12 4234 2 ⋅ 12 4434 4 45 ⋅ 41
= = = 12
2542 12 46 34 2 478
Resposta:
13

112 1
= 13
= 12 = 23
1 04. Se 10m = 64, então calcule o valor de 12 1 .
Resposta: 27 Resolução

Resposta: 4

Capítulo 01. Potenciação PV2D-08-MAT-11 13


Matemática Básica

Capítulo 02. Radiciação


1. Definição
Representamos por 1 1 , a raiz n-ésima de 2º caso – Índice natural ímpar e radican-
a, e dizemos que n é o índice da raiz e a é o do negativo
radicando.
Sendo a número real negativo (a < 0) e
Definimos, no conjunto dos números re- n um número natural ímpar, dizemos que
1 1 nos seguintes casos:
ais, 1
1 1 é o único número b (b < 0), tal que 1 = 2 .

1º caso – Índice natural não-nulo e radi- 1 1 = 2 ⇔ 21 = 1


cando não-negativo

Sendo a um número real não-negativo Exemplos


1 1 ≥ 32 e n um número natural não-nulo
1
1 2
a) 1 − 12 = − 2 1 3456 −2 1 = − 12
1 1 ≠ 32 , dizemos que 1 é o único número (raiz cúbica de – 64)
1 2
1
b 1 1 ≥ 32 , tal que 1 = 2 .
b) 1 −12 = − 2 1 3456 −2 1 = −12
1 1 (raiz quinta de – 32)
1 =2⇔2 = 1

Exemplos
2. Raiz Quadrada do Quadra-
a) 1 12 = 3 4 5678 3 1 = 12 (raiz quadrada de
16)
do de um Número
Sendo a um número real, dizemos que
b) 1 12 = 3 4 5678 3 1 = 12 (raiz quarta de 1
1 é um número não-negativo que elevado
81) ao quadrado resulta a, ou seja:
c) 1 1 = 2 3 4567 2 1 = 1 (raiz cúbica de 8)
1 1 = 1 2345 1 =
1217 65 1 ≥ 1 45
d) 1 1 = 1 2 3456 1 1 = 1 (raiz oitava de 0) 3− 17 65 1 < 16
Exemplos
e) 1 1 = 1 2 3456 11 = 1 (raiz primeira de 5)
a) 1 −1 2 1
= −1 = − 2 −1 3 = 1

Observação 11 = 1 = 1
b)
Por convenção, quando o índice da raiz é
2, dispensamos a sua indicação.
1
c) 11 − 2 2 1 = 1 − 2 = 1− 2
Assim 1= 1 = 2.
pois 1 4 2 > 3

d) 11 1 2 2 1 = 1 1 1
2 =1 11 2 = 2 11 2
pois 1 4 2 < 3

14 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 02. Radiciação


Matemática Básica

Observação
4. Propriedades
Devemos não confundir 1 = 2 com
Consideraremos os números reais a e b
1 = ±2 , que é falso de acordo com a defini- não-negativos e os números naturais não-
ção. nulos m, n e p. Então:

Então: 1 = 2 3 − 1 = − 2 P1: Produto de radicais de mesmo índice

Se considerarmos a equação x2 = 4, tere- Para multiplicarmos radicais com o


mos como solução as raízes 2 e -2, pois: mesmo índice, conservamos o índice e
multiplicamos os radicandos.
1 1 = 1 ⇒ 1 = ± 1 ⇒ 1 = ±2
1 1 ⋅ 1 2 = 1 12

3. Potências com Expoente Justificativa


Racional
1 2
1
1 1 1
1 1 ⋅ 1 2 = 1 1 ⋅21 = 1⋅2 = 1 1⋅2
Definição
Exemplos
Potência de base a (a > 0) e expoente a) 1 ⋅ 2 = 1 ⋅ 2 = 34 = 4

racional
1
2
1 2
1 ∈ 3 1 2 ∈ 4 2 é o número: b) 2 1 ⋅ 11 ⋅ 2 ⋅ 3 = 2 1 ⋅ 2 11 ⋅ 2 2 2 2 3

1 2 = 2 11
1
P2: Divisão de radicais de mesmo índice

Exemplos Para dividirmos radicais com o mesmo


1
índice, conservamos o índice e dividimos
a) 1 2 = 2 1 1 = 2 2 os radicandos.
1 1 1
11 ≠ 12
1
b) 1 2 = 2 1 1 = 2 =1
1 2
2
−1 2 2
c) 1 2 = 2 1 −1 = =
1 3
Justificativa
−1
1 1
d) 1234 −1 32 = 1234
1 13
12
= 21 = 1 1 1
1234 3 1 11 1 1
1
2
=
2
1
1
=
2 24 = 1
2
Observação Exemplos
Todas as propriedades apresentadas para 3
6 6 3
potências de expoentes inteiros são válidas a) =3 = 3
3 2
para expoentes racionais. 2

Capítulo 02. Radiciação PV2D-08-MAT-11 15


Matemática Básica

25 25 5
b) = = Exemplos
4 4 2
a) 2 1
1 = 2⋅1
1 =31
P3: Potência de uma raiz b) 1 = 1⋅1⋅1 1 = 2 1

Para elevarmos uma raiz a um expoente,


basta elevarmos o radicando a esse P5: Simplificação de radicais
expoente.
2 Quando multiplicamos ou dividimos o
1 2
1 1 = 1 12 índice de uma raiz e o expoente de seu
radicando por um mesmo número natural
não-nulo, o valor da raiz não altera.
Justificativa
2 2
2 1 1 = 2⋅3 1 1⋅3 3 ≠ 1 1 2
1 1 2 = 31 4
1 1
1 =
2
11 = 1 12

Justificativa
Observação 1⋅ 3
A propriedade P3 também é válida quan- 2 1 1 = 1 12 = 1 2⋅ 3 = 2⋅ 3 1 1⋅ 3
do o expoente m é inteiro negativo.

Exemplos
Exemplos
a) 2
12 1 = 2 ⋅1
12 1 ⋅1 = 4
12 3
a) 1 2 1
1
= 11
b) 3⋅ 2
11 = 1 1⋅2 = 5 1 34
b) 1 12 2
−2
1
= 1 12 −2 c) 1 = 2 11 = 4 13 = 5 12

c) 1 12 2
1
1
= 1 12 1 = 12
Observação
Como podemos observar nos exemplos, o
P4: Raiz de outra raiz valor de uma raiz não se altera quando divi-
dimos o índice do radical e o expoente do ra-
Para obtermos a raiz de uma outra raiz, dicando por um fator comum natural não-
basta conservarmos o radicando e mul- nulo.
tiplicarmos os índices.
2 11 = 2 3 11 3
1
1

2 1 1 = 2⋅1 1

Exemplos
Justificativa
2 253
1 1 a) 12 1 = 12 153 = 4 12 3
2 1 1 = 2 1 1 = 1 12 = 1 2⋅ 1 = 2⋅ 1 1
1

16 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 02. Radiciação


Matemática Básica

b) 3
1 12 = 364 1 1264 = 1 5 2 12 1 = 51 1 3 2 4 1 1 2 =
3 51
1 6 1 2 = 51 2 7
c) 2
1 1 = 4 13 = 1 b) 141 2 5 2
3
MMC (2, 3, 4)=12, então:

5. Simplificação de Radicais 1 =
23 1 4
1 1 2 =
23 5 23
2 1 5 3 = 34
Simplificar um radical significa
transformá-lo em uma expressão equivalen- Observações
te ao radical dado, porém escrita de forma
mais simples. Obtemos essa transformação 1) Conforme vimos nas propriedades P1 e
através da aplicação das propriedades ante- P2, a multiplicação e a divisão de raízes só
riormente vistas. deve ser efetuada se os radicais tiverem índi-
ces iguais, então esta operação para reduzir
os radicais ao mesmo índice é bastante im-
Exemplos portante nesses casos.

a) 3 12 ⋅ 1 1 ⋅ 2 2 ⋅ 3 3 = 3 3 4 ⋅ 1 1 ⋅ 22 ⋅ 3 3 = Exemplo
= 3 33 ⋅ 3 ⋅ 13 ⋅ 15 ⋅ 26 ⋅ 2 ⋅ 33 = 1
1 ⋅ 2 ⋅ 2 3 = 34 1 2 ⋅ 34 2 5 ⋅ 34 3 1 = 34 1 2 ⋅ 2 5 ⋅ 3 1
3 3 3
= 33 ⋅ 13 ⋅ 3 26 ⋅ 33 ⋅ 3 3 ⋅ 15 2 =
2) Para que possamos comparar raízes,
5 3 5 também devemos tê-las com os índices iguais,
= 3 ⋅ 12 3 3 1 2
e então a maior raiz será aquela que tiver o
3 maior radicando.
b) 1 1 ⋅ 2 2 ⋅ 1 = 3 1 1 ⋅ 2 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 23 1 1 21
1 2 3 1 2 1 Exemplo
c) 1 123 = 2 ⋅ 1 = 2 ⋅ 1 ⋅ 1 =
1
1 = 3 12 = 3 2 13
2⇒
1
= 1 22 ⋅ 1 = 11 42 1
1> 3
3= 3 =3 1 3
4 34
6. Redução de Radicais ao
Mesmo Índice
Para reduzirmos dois ou mais radicais a Exercícios Resolvidos
um mesmo índice, inicialmente calculamos o 01. Efetue as operações indicadas reduzin-
MMC de todos os índices, obtendo assim o do a um único radical e simplificando quan-
índice comum a todos os radicais. Em seguida, do possível:
dividimos o novo índice por todos os índices
a) 1 1 ⋅ 1 23 ⋅ 4 1 1
anteriores, multiplicando o resultado pelos
expoentes dos fatores do respectivo radicando. Resolução
1 1 ⋅ 1 23 ⋅ 41 1 = 41 1 ⋅ 23 ⋅ 1 =
a)
Exemplos
1
= 41 35 = 4 5 1 = 4 ⋅ 5 = 21
1 3 2
a) 2 ⋅2 1 2 2 ou
MMC (3, 4, 2) = 12, então:

Capítulo 02. Radiciação PV2D-08-MAT-11 17


Matemática Básica

1 1
1 1 ⋅ 12 ⋅ 21 1 = 2 1 ⋅ 12 ⋅ 1 = 1 1

1 2
1 2⋅
1
= 22 = 3
2 2 2
1
1 = 2 =2
= 2 13 = 2 ⋅ 14 = 2 ⋅ 3 = 41
Resposta: 4
Resposta: 12
04. Calcule o valor de:
1 ⋅ 23
b)
43 ⋅ 4 1− 12 − 1 2 1
+ 21
Resolução
Resolução
1 ⋅ 23 1 ⋅ 23 13 13
= = = = 4
43 ⋅ 4 43 ⋅ 4 53 53 1 − 2 − 1 + 1 = 1 − 1 1 2 23 + 1 =

Resposta = 1 1 2 1 + 2+ 1 = 3
Resposta : 7
02. Calcule:
7. Racionalização de Deno-
a) 1 2
1
1
2
minadores
Resolução Racionalizar um denominador significa

11 12 2 1
= 12 = 13 = 2
transformá-lo de um número irracional em
um número racional a fim de facilitar o
Resposta: 9 cálculo da divisão. Em termos práticos,
racionalizar um denominador significa eli-
minar o radical do denominador.
b) 1
1 A racionalização pode ser feita multipli-
Resolução cando-se o numerador e o denominador da
fração por um mesmo fator, obtendo, assim,
1
1 =21 uma fração equivalente à anterior. Esse fator
é chamado fator de racionalização ou fator
Resposta: 1 1 racionalizante.

1º caso: Denominadores do tipo


2 11
03. Calcule as potências:
a) 36½ Observemos que:
Resolução 2 11 · 1 112324 = 2 1 1 ⋅ 1 231 =

12
1
2 = 12 = 2 1 = 2 34 2 1 1 22 = 2 3 112341 = 1 11 = 1
Resposta: 6
Assim, nas frações que apresentarem
b) 80,666...
Resolução denominador do tipo 2 1 1 , basta multi-
plicarmos o seu numerador e o seu deno-
1

minador por 11 2 3 (fator racionalizante)


6 6 4
1 12333444 = 1 = 1 5 = 6 23 = 3 6 = 3
2

ou para eliminarmos o radical (número irracional)


do denominador.

18 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 02. Radiciação


Matemática Básica

Exemplos 1 1 6 2 + 47
Racionalizar os denominadores: b) = 3 5 12 + 3
2 − 4 6 2 − 47 6 2 + 47 4
1
1 1 3 2 2 11 12 11 12 1 1 54 1 − 16
a) 12
= 3
12 1 2
4 = c) = 2 3
2
1 1
2 2 4 1 + 1 54 1 + 16 54 1 − 16

1 1 1 1 1 1 1 1 24 1 − 13 7 − 1 1
= 2 3 = = 1 = = =4− 1
b) 1 1 1 1 54 − 6 1
11
Observações
1 3 1
1 3 1 3 6 3
c) 2 3 = 2 3 4 3 5 1
=
2 ⋅3
=
2 a) Para calcular 1 devemos dividir 3
2⋅ 3
1
Notemos que, se no denominador apare- por 1 = 2 63145 ... enquanto, na forma
cer uma raiz quadrada, o fator racionalizante
é outra raiz igual à existente no denomina- racionalizada dividiremos 1 por 3, que, evi-
dor da fração. dentemente, é mais simples.
1
b) Para calcular devemos dividir 2
1 2
2º caso: Denominadores do tipo 1 ± 2
Neste caso, vamos relembrar o produto por 1 1 = 1,7099..., na forma racionalizada
notável 123 4 3563123 7 3563 8 321 3 7 351 9 Nota- 1 1 12 dividiremos 11 12 por 5, que é um
mos que este produto notável, aplicado aos 2
pouco mais simples.
denominadores deste caso, produz resulta-
do racional. c) Para calcular 1 devemos divi-
Ou seja: 2+ 3
dir 4 por 1 = 2,2360... somada com
1 3 + 4 2 51 3 − 42 = 1 4 31 − 1 5 31 = 4 5 5
1 =1,4142...; na forma racionalizada vamos
Portanto, se tivermos que racionalizar
dividir 4 multiplicado por 1 3 2 por 3; é
denominadores do tipo 1 ± 2 , basta um pouco mais simples.
multiplicarmos o numerador e o denomi-
nador da fração pelo conjugado do deno- Exercícios Resolvidos
minador, eliminando assim o radical (nú-
mero irracional) do denominador. 01. Racionalizar o denominador:
Assim: 1 1
a) 1 b) 1
denominador: 1 + 2 → conjugado: 1 − 2 2 21
Resolução
denominador: 1 − 2 → conjugado 1 + 2
a) Devemos multiplicar 1 1 por 1 11 , pois
Exemplos
1 1
Racionalizar os denominadores: 1 1 ⋅ 12 = 11 = 1 , logo:

1 1 7 2 − 34 1 13 1 22 14
a) = 5 6 = =
2 + 3 7 2 + 34 7 2 − 3 4 12 1 2 ⋅ 1 22 2
14 2 − 3 5 14 2 − 3 5
= = 1 1
2−3 6 Resposta:
2

Capítulo 02. Radiciação PV2D-08-MAT-11 19


Matemática Básica

b) Inicialmente vamos simplificar b) Vamos multiplicar (numerador e denominador)


1 1 por 12 + 3 , pois 1 34 − 521 34 + 52 =
12 = 21 = 21 ⋅ 2 = 21 2
1

Para racionalizar, vamos multiplicar o numera- = 1 23 4 1 − 154 1 = 23 − = 1 6789


2
dor e o denominador por 1 11 , pois
1 1 ⋅ 4 12 + 15
1 1 ⋅ 1 12 1 = =
= 11 = 1 , logo: 23 − 1 4 23 − 154 23 + 15

12 + 3 3 8+3 3
2 2 1 1 × 4 23 4
8 =
5 5
= =
4
- 4
- 4
- - 4 56 7 − 437 56 − 8
32 2 2 2 4
2× 24 3 2
11 121 + 13 1 + 1
Resposta: = =
1 45 6

1+ 1
02. Racionalizar o denominador: Resposta :
2
1 1
a) b) 03. Calcule:
1+ 1 23 − 1
Resolução 1 1

a) Note que 12 + 23 ⋅ 12 − 23 = 4 − 2 = 5 , logo
1− 2 1+ 2
devemos multiplicar o numerador e o denominador
por 1 − 1 : Resolução

1 1 ⋅ 21 − 13 121 − 13 1 1 1⋅ 11 + 2 2 3 111 3 2 2
= = − = =
1 + 1 21 + 1321 − 13 2131 − 2 131 1− 2 1+ 2 11 3 2 2 ⋅ 11 + 2 2
121 − 13 121 − 13 1 − 1
= = = 1+ 2 11+ 2 2 2
4−1 5 6 = =12 2
1− 2 −1
1− 1
Resposta: Resposta: − 1 1
2

20 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 02. Radiciação


Matemática Básica

Capítulo 03. Produtos Notáveis


Os produtos notáveis obedecem a leis
especiais de formação e, por isso, não são
5. Cubo da Diferença de
efetuados pelas regras normais da multipli- Dois Termos
cação de polinômios. Apresentam-se em gran-
(a – b)3 = (a – b) (a2 –2ab + b2)
de número e dão origem a um conjunto de
identidades de grande aplicação. (a – b)3 = a3 – 2a2b + ab2 – a2b + 2ab2 – b3
Considere a e b, expressões em R, repre- (a – b)3 = a3 – 3a2 b + 3ab2 – b3
sentando polinômios quaisquer, apresenta-
mos a seguir os produtos notáveis. Exercícios Resolvidos
Desenvolver os produtos notáveis abaixo:
1. Quadrado da Soma de 01. (3x + 2)2 = (3x)2 + 2(3x)(2) + (2)2
Dois Termos Resposta: 9x2 + 12x + 4

1 1 + 33 = 1 1 3
1 1
1 13 1 + 1
(a + b)2 = (a + b) (a + b) = a2 + 2ab + b2
2 1 4 2 14 2 14
1
02. +2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
1 1
Resposta: 1 + 2 + 1
2. Quadrado da Diferença 1
03. (3x – 2y)2 = (3x)2 – 2(3x) (2y) + (2y)2
de Dois Termos
Resposta: 9x2 – 12xy + 4y2

(a – b)2 = (a – b) (a – b) = a2 – 2ab + b2 1 11 4 1 4 1 = 1 11 4 1 4 3 1 1 1 4 1 1 4 + 1 1 4 1
04. 3 1 2 6
(a – b)2 = a2 – 2ab + b2 2 5 32 1 65 32 1 65 2 2 5 2 2 5
11 11 12
3. Produto da Soma pela Resposta:
1
4 +
2 32
Diferença de Dois Termos Observe que, quando desenvolvemos o
quadrado da soma ou da diferença de um
binômio, produzimos um trinômio chama-
(a + b) (a – b) = a2 – ab + ab – b2 do trinômio quadrado perfeito.
(a + b) (a – b) = a2 – b2 05. (3xy + 5) (3xy – 5) = (3xy)2 – (5)2
Resposta: 9x2y2 – 25

4. Cubo da Soma de Dois 06. 12 3 + 4512 3 6 45 = 2 3 1 2 − 344


1 1

Termos Resposta: 45 – 4 = 41
(a + b)3 = (a + b) (a + b)2 = (a + b) (a2 + 2ab + b2)
07. (x + 2)3 = (x)3 + 3(x)2 (2) + 3(x)(2)2 + (2)3
(a + b)3 = a3 + 2a2b + ab2 + a2b + 2ab2 + b3 Resposta: x3 + 6x2 + 12x + 8

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 08. (2x – 2)3 = (2x)3 – 3(2x)2 (2) + 3 (2x)(2)2–(2)3
Resposta: 8x3 – 24x2 + 24x – 8
Capítulo 03. Produtos Notáveis PV2D-08-MAT-11 21
Matemática Básica

Capítulo 04. Fatoração


1. Definição 1.3. Diferença de Quadrados
Utilizamos a fatoração pelo método de
Fatorar uma expressão algébrica é mo- diferença de quadrados sempre que dispu-
dificar sua forma de soma algébrica para pro- sermos da diferença entre dois monômios
duto; fatorar uma expressão é obter outra cujas literais tenham expoentes pares. A
expressão que fatoração algébrica de tais expressões é obti-
a) seja equivalente à expressão dada; da com os seguintes passos:
b) esteja na forma de produto. Na mai- 1º) Extraímos as raízes quadradas dos
oria dos casos, o resultado de uma fatoração fatores numéricos de cada monômio;
é um produto notável. 2º) Dividimos por dois os expoentes das
Há diversas técnicas de fatoração que literais;
estudaremos em seguida, supondo a, b, x e y 3º) Escrevemos a expressão como pro-
expressões não fatoráveis. duto da soma pela diferença dos novos
monômios assim obtidos.
1.1. Fator Comum
Devemos reconhecer o fator comum, Por exemplo, a expressão a2 – b2 seria
seja ele numérico, literal ou misto; em segui- fatorada da seguinte forma:
da colocamos em evidência esse fator comum,
simplificamos a expressão deixando em pa- 1 1 1 2 1 = 2 1 + 232 1 1 23
rênteses a soma algébrica.
Observe os exemplos abaixo. 1.4. Trinômio Quadrado Perfeito
Uma expressão algébrica pode ser
a) ax + ay = a (x + y)
identificada como trinômio quadrado perfei-
b) 12 1 1 2 + 3 12 2 = 3 12 5 4 1 + 2 1 6 to sempre que resultar do quadrado da soma
ou diferença entre dois monômios.
1.2. Agrupamento Por exemplo, o trinômio x4 + 4x2 + 4 é
Devemos dispor os termos do polinômio quadrado perfeito, uma vez que corresponde
de modo que formem dois ou mais grupos a 1 1 1 + 32 1 .
entre os quais haja um fator comum, em se-
guida, colocar o fator comum em evidência. São, portanto, trinômios quadrados per-
feitos todas as expressões da forma
Observe:
1 1 ± 1 12 + 21 , fatoráveis nas formas seguin-
1 2+ 1 3+ 4 2+ 4 3 = tes:

= 1 1 2 + 32 + 4 1 2 + 3 2 = 1 1 + 1 12 + 2 1 = 2 1 + 23 1
5

= 1 1 + 421 2 + 3 2 1 1 4 1 12 + 2 1 = 2 1 4 231

22 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 04. Fatoração


Matemática Básica

Exercícios Resolvidos 3. Soma e Diferença de


Fatore as expressões abaixo.
Cubos
01. 1 12 1 + 2 1 + 2 13 + 3 3 = Se efetuarmos o produto do binômio a + b
13234 1 323 4
pelo trinômio a2 – ab + b2, obtemos o seguinte
2 1 5 1 1 + 46 + 3 351 1 + 46 desenvolvimento:
(a + b) (a2 – ab + b2) =
Resposta: 12 1 + 345167 + 85
= a3 – a2b + ab2 + a2b – ab2 + b3 ⇒
1
02. 112
34 13
412 + 21132
32 3241 =
4 33

15 1 4 1 26 + 2325 1 4 1 26 = (a + b) (a2 – ab + b2) = a3 + b3

Resposta: 12 + 345612 7 856


Analogamente, se calcularmos o produ-
to de a – b por a2 + ab + b2, obtemos a3 – b3.
1
1 2 3 4
03. 12 1 3 456 2 = 72 − 16 3
1
O que acabamos de desenvolver foram
produtos notáveis que nos permitem concluir
Resposta: (2x + 4y4) (2x – 4y4) que, para fatorarmos uma soma ou diferença
de cubos, basta-nos inverter o processo an-
04. 1 1 2 1 1 2 2 2 1 + 34 = 1 2 31 2 14 2 231 2 14 = teriormente demonstrado.
= 31 2 2 2531 2 14 Assim, dizemos que

Resposta: 12 + 3412 5 3412 5 64


a3 + b3 = (a + b) (a2 – ab + b2)

05. 1 1 + 1 12 + 2 1 = 31 + 2431 + 24 e

Resposta: 12 + 34 1 a3 – b3 = (a – b) (a2 + ab + b2)

06. 12 1 1 1 2 2 3 1 23 3 = 142 1 + 1 2 2 3 + 23 3 5
Exercícios Resolvidos
Resposta: 123 1 + 456 2
Fatorar as expressões seguintes:
01. 2x2 – 10x + 12 = 2 (x2 – 5x + 6)
2. Trinômio Quadrado da Resposta: 2 (x – 3) (x – 2)
Forma ax2 + bx + c 02. x2 – 4x – 21
Supondo sejam x1 e x2 as raízes reais do
Resposta: (x + 3) (x – 7)
trinômio, ax2 + bx + c (a ≠ 0), dizemos que:
03. x3 + 8 = x3 + 23
ax + bx + c = a (x – x1) (x – x2)
2
Resposta: (x + 2) (x2 – 2x + 4)
Lembre-se de que as raízes de uma equa- 04. a3 – 8b3 = a3 – (2b)3
ção de segundo grau podem ser calculadas Resposta: (a – 2b) (a2 + 2ab + 4b2)
através da fórmula de Bhaskara:
−2 ± ∆
(1 = 3 456784∆ = 21 − 2 34 )
13
Capítulo 04. Fatoração PV2D-08-MAT-11 23
Matemática Básica

Capítulo 05. Porcentagem


1. Introdução 3. Forma Decimal
Em conversa com um amigo, ele me diz: É comum representarmos uma porcenta-
gem na forma decimal, por exemplo, 75% na
forma decimal seria representado por 0,75.
O meu aluguel subiu R$ 200,00.

Para avaliarmos se o aumento foi grande 12


123 = = 5 612
ou pequeno, é preciso compararmos o acrés- 455
cimo com o valor anterior do aluguel. Isto
pode ser feito analisando o quociente entre os
dois valores. 4. Cálculo de uma Porcentagem
Assim, se o valor do aluguel era R$ 1 000,00
Para calcularmos uma porcentagem p% de
122 1
esta razão é 3222 , que costumeiramente ana- V, basta multiplicarmos a fração por V.
122
lisamos deixando o denominador da fração
igual a 100. p
p1 23 V = ⋅V
Desta forma: 455
Exemplo
122 12
= 12
3222 322 123 89 145 = ⋅ 145 = 77
1
655

Exercícios Resolvidos
Interpretamos a razão 12 dizendo que 01. Escrever sob a forma de número deci-
322
mal as seguintes porcentagens:
se o aluguel fosse R$ 100,00, o aumento teria
sido de R$ 20,00. Este modo de compararmos a) 23% b) 130%
dois números tomando o 100 como padrão, Resolução
utilizado desde o século XVII e denominado
34
porcentagem é o que estudaremos a seguir. 12 345 = = 7834
677
2. Definição 12 3456 =
345
= 374
Porcentagem é uma fração de denomina- 355
dor centesimal, ou seja, é uma fração de de- Resposta: a) 0,23
nominador 100. Representamos porcenta- b) 1,3
gem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”.

Deste modo, a fração 12 é uma porcen- 02. (Fuvest-SP) (10%)2 =


322 a) 100% d) 1%
tagem que podemos representar por 20%.
b) 20% e) 0,1%
c) 5%

24 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 05. Porcentagem


Matemática Básica

Resolução

Resposta: D

03. Quatro é quantos porcento de cinco?


Resolução
Sendo x% a taxa percentual, temos pela defini- Se os 46 bilhões de reais gastos com a Pre-
ção que: vidência fossem totalmente repassados aos
1 4 demais setores de modo que 50% fossem des-
= ⇒ 1 = 637 tinados à saúde, 40% à educação e os 10% aos
233 5
outros, determine o aumento que o setor de
ou de outra forma: Saúde teria:
1 53 a) em reais;
= 345 = = 537
2 633 b) em porcentagem, em relação à sua dota-
Resposta: 80% ção inicial, aproximadamente.
Resolução
04. Quanto é 23% de 200 000? 12
a) ⋅ 45 = 67 bilhões de reais
Resolução 322
12
12 b) ≅ 3135
123 45 166 666 = ⋅ 166 666 = 89 666 34
766
08. (Unicamp-SP) Como se sabe, os icebergs
Resposta: 46 000
são enormes blocos de gelo que se despren-
05. Em uma pesquisa de mercado, consta- dem das geleiras polares e flutuam pelos oce-
tou-se que 67% de uma amostra assistem a anos. Suponha que a parte submersa de um
um certo programa de TV. Se a população é iceberg corresponda a 8/9 do seu volume total
de 56.000 habitantes, quantas pessoas assis- e que o volume da parte não submersa é de
tem ao tal programa? 135 000 m3.
Resolução a) Calcule o volume total do iceberg.
12 b) Calcule o volume de gelo puro do
123 45 61 777 = ⋅ 61 777 = 92 6
7 iceberg supondo que 2% de seu volume total é
877
Resposta: 37 520 pessoas. constituído de “impurezas”, como matéria
orgânica, ar e minerais.
06. Quanto é 20% de 70%? Resolução
Resolução V = volume total do iceberg
12 62 232 121
123 45 623 = ⋅ = 2879
793 a) 1 − 1 = 567 888 ⇒ 4 = 135 000
722 722 4 3
Resposta: 14% ⇒ V = 9 · 135 000 ⇒ V = 1 215 000 m3
07. (Vunesp) O gráfico publicado pela re-
vista Veja, de 28/7/99, mostra como são divi- b) Vimpurezas = 2% de V = 0,02 · 1 215 000 =
didos os 188 bilhões de reais do orçamento = 24 300 m3
da União entre os setores de Saúde, Educa- Vgelo puro = V – Vimpurezas = 1 215 000 – 24 300 =
ção, Previdência e outros.
= 1 190 700 m3
Capítulo 05. Porcentagem PV2D-08-MAT-11 25
Matemática Básica

5. Lucro Exercícios Resolvidos


Chamamos de lucro em uma transação 01. Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido
comercial de compra e venda a diferença en- por R$ 100,00. Determinar:
tre o preço de venda e o preço de custo. a) a porcentagem de lucro em relação ao
Lucro = preço de venda – preço de custo. preço de custo;
Caso essa diferença seja negativa, ela será b) a porcentagem de lucro em relação ao
chamada de prejuízo. preço de venda.
Assim, podemos escrever:
Resolução
Preço de custo + lucro = preço de venda. Preço de custo + lucro = preço de venda
Preço de custo – prejuízo = preço de venda. 75 + lucro =100
Lucro = R$ 25,00
Podemos expressar o lucro na forma de 12345
porcentagem de duas formas: a) 64785 97 32
5 ⋅  ≅ 

12345
2345 b) 64785 97
enda ⋅ = 
12345675849656327
5 ·100%
495696327
5
2345 02. (PUC-SP) O preço de venda de um
123456758496
6 9
 ·100%
4956 96 9
bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante
tem um ganho de 25% sobre o preço de custo
deste bem. O valor do preço de custo é:
Observação – A mesma análise pode ser
feita para o caso de prejuízo. a) R$ 25,00 d) R$ 80,00
b) R$ 70,50 e) R$ 125,00
Exemplo c) R$ 75,00
Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 Resolução
e vendida por R$ 800,00. Pede-se:
Ganho = lucro
a) o lucro obtido na transação;
b) a porcentagem de lucro sobre o preço 12345
⋅  =  ⇒
de custo; 64785 97 32
5
c) a porcentagem de lucro sobre o preço ⇒ lucro = 0,25 · (preço de custo)
de venda. Preço de custo + lucro = preço de venda
Resolução Preço de custo + 0,25 (preço de custo) = preço de
a) Lucro = 800 – 500 ⇒ Lucro = R$ 300,00 venda
122 1,25 · (preço de custo) = 100
b) LC = = 2 642 = 425
322 Preço de custo = R$ 80,00
122 Resposta: D
c) LV = = 2 7145 = 14 756
322

26 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 05. Porcentagem


Matemática Básica

03. (Cesgranrio-RJ) João vendeu dois rá- 


dios por preços iguais. Um deles foi vendido 12345678 1
 
com lucro de 20% sobre o preço de custo e o =  = = = 
9

 3 8  
outro com prejuízo de 20% sobre o preço de 1

custo. No total, em relação ao capital investi-
do, João: Resposta: C
a) lucrou 4%.
b) lucrou 2%. 6. Aumento Percentual
c) perdeu 4%. Consideremos um valor inicial V que deve
sofrer um aumento de p% de seu valor. Cha-
d) perdeu 2%.
memos de A o valor do aumento e VA o valor
e) não lucrou nem perdeu. após o aumento. Então,
Resolução
1
Chamando os rádios de 1 e 2 temos: A = p% de V = ·V
122
Pv1 = Pv2 = P 1
VA = V + A = V + ·V
Total arrecadado = 2P 122
11 13 1 46
231
⋅ 4556 = 756 VA = 1 +
2
122
·V
5
L1 = 0,2 Pc1 13 1 46
Pc1 + L1 = Pv1
em que 1 +
2 122 5
é o fator de aumento.

Pc1 + 0,2 Pc1 = P Exemplos


Valor Aumento Fator de Valor
1
Pc1 = inicial percentual aumento aumentado
234
50 24% 1,24 1,24 · 50
123456781 40 5% 1,05 1,05 · 40
=

191 70 250% 3,50 3,50 · 70

Prej2 = 20% Pc2


Pc2 – Prejuízo2 = Pv2
7. Desconto Percentual
Consideremos um valor inicial V que deve
Pc2 – 0,2 Pc2 = P
sofrer um desconto de p% de seu valor. Cha-
1 memos de D o valor do desconto e VD o valor
Pc2 = após o desconto. Então,
234
1 1 47 1
Capital investido = Pc1 + Pc2 = + = 1 D = p% de V = ·V
234 536 24 122
12 1
Capital investido = 4; VD = V – D = V – ·V
31 122
12 13 p 46
Capital arrecadado = 2p =
31
4 VD = 1 −
2 122
⋅V
5
Capital arrecadado < capital investido ∴ teve pre-
1 13 1 46
juízo (perdeu)
12
3 em que 1 −
2 122 5
é o fator de desconto.

Capítulo 05. Porcentagem PV2D-08-MAT-11 27


Matemática Básica

Exemplos 3500
V= = 2 500
Valor Desconto Fator de Valor 1, 4
inicial percentual desconto descontado Resposta: R$ 2 500,00
50 24% 0,76 0,76 · 50
04. (Vunesp) O dono de um supermercado
40 5% 0,95 0,95 · 40
comprou de seu fornecedor um produto por
70 1,5% 0,985 0,985 · 70 x reais (preço de custo) e passou a revendê-lo
com lucro de 50%. Ao fazer um dia de promo-
ções, ele deu aos clientes do supermercado
Exercícios Resolvidos um desconto de 20% sobre o preço de venda
01. Dado o valor V, exprimir em função de V: deste produto. Pode-se afirmar que, no dia de
a) o valor de um aumento de 20%; promoções, o dono do supermercado teve,
sobre o preço de custo:
b) o valor após um aumento de 20%;
a) prejuízo de 10%.
c) o valor de um desconto de 30%;
b) prejuízo de 5%.
d) o valor após um desconto de 30%.
c) lucro de 20%.
Resposta d) lucro de 25%.
a) 0,2 V c) 0,3 V e) lucro de 30%.
b) 1,20 V d) 0,7 V Resolução
02. (Fuvest-SP) Aumentando-se os lados a
F 50 IF 20 I
e b de um retângulo de 15% e 20%, respectiva-
mente, a área do retângulo é aumentada de:
H
VA = 1+
100 KH
⋅ 1−
100 K
x = 1, 2x

F 20 I
a) 35%
b) 30%
H
V A = 1, 2x = 1 +
100
x
K
c) 3,5% Então, lucro de 20%
d) 3,8% Resposta: C
e) 38%
8. Aumentos e Descontos
Resolução
Área inicial: a · b Sucessivos
Área final: 1,15 · a · 1,20 · b = 1,38 · a · b = 1,38 · área Consideremos um valor inicial V, e vamos
inicial ⇒ aumento de 38%. considerar que ele irá sofrer dois aumentos
sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após
Resposta: E o primeiro aumento, temos:
03. Uma empresa admite um funcionário FGp1 IJ
no mês de janeiro sabendo que, já em março, V1 = V ⋅ 1 +
H
100 K
ele terá 40% de aumento. Se a empresa deseja Sendo V2 o valor após o segundo aumen-
que o salário desse funcionário, a partir de to, temos:
março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve
FG p2 IJ
admiti-lo?
Resolução
V2 = V1 ⋅ 1 +
H 100 K
VA = 1,4 · V FG p1 IJ ⋅ FG1 + p IJ
H
V2 = V ⋅ 1 +
K H 100 K
2
3 500 = 1,4 · V 100

28 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 05. Porcentagem


Matemática Básica

Sendo V um valor inicial, vamos conside- Resolução


rar que ele irá sofrer dois descontos sucessi- 1º Aumento
vos de p1% e p2%.
112 3
Sendo V1 o valor após o primeiro descon-
to, temos:
11 = 1+
2133
1 = 1412 1
4
2º Aumento
13 31 46 1 3 ⋅ 25261 = 2572 1
11 1 1 2 1 3
2 122 5 11 = 2 +
2
3
244 4
2
Sendo V2 o valor após o segundo descon- 1+ = 145
to, temos: 133

13 31 46 1 = 234
11 = 12 ⋅ 1 −
2 122 5 Resposta: B

13 32 46 ⋅ 131 − 3 46 02. (Fuvest-SP) Barnabé tinha um salário de

2 5 2 122 5 x reais em janeiro. Recebeu aumento de 80% em


1
11 = 1 ⋅ 1 −
122 maio e 80% em novembro. Seu salário atual é:
a) 2,56 x d) 2,6x
Sendo V um valor inicial, vamos conside- b) 1,6x e) 3,24x
rar que ele irá sofrer um aumento de p1% e, c) x + 160
sucessivamente, um desconto de p2%.
Resolução
Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
1 34 343 1 3
1 3 46
= 1 ⋅ 31 +
11 = 2 +
2 244
⋅ 2+
2444 2
⋅5
4
2 122 5
1
11
SA = 1,8 · 1,8x
Sendo V2 o valor após o desconto, temos: SA = 3,24x
Resposta: C
13 31 46
11 = 12 ⋅ 1 −
2 122 5 03. (Vunesp) Uma instituição bancária
oferece um rendimento de 15% ao ano para
13 32 46 ⋅ 131 − 3 46 depósitos feitos numa certa modalidade de
2 5 2 122 5
1
11 = 1 ⋅ 1 + aplicação financeira. Um cliente deste banco
122
deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final
de n anos, o capital que esse cliente terá em
Exercícios Resolvidos reais, relativo a esse depósito, é:
01. (Mackenzie–SP) Um produto teve um a) 1 000 + 0,15n d) 1 000 + 1,15n
aumento total de preço de 61% através de 2 b) 1 000 · 0,15n e) 1 000 · 1,15n
aumentos sucessivos. c) 1 000 · 0,15n
Se o 1° aumento foi de 15%, então o 2º foi de: Resolução

1 1 = 132 2 +
a) 38% d) 44% 3 41
b) 40% e) 46%
6 ⋅1
244 5
7 8
2 2 = 3444 ⋅ 3635 1

c) 42% 13 46
35 1
22 = 3+
2 344 5 ⋅3444

Resposta: E

Capítulo 05. Porcentagem PV2D-08-MAT-11 29


Matemática Básica

04. (PUC-SP) Descontos sucessivos de 20% e no 4º ano: 0,7 · [(0,7)2 V] = (0,7)3 V


30% são equivalentes a um único desconto de: no 5º ano: (0,7)4 V
a) 25% no 6º ano: (0,7)5 V
b) 26% no 7º ano: (0,7)6 V
c) 44% no 8º ano: (0,7)7 V
d) 45% Resposta: A
e) 50%
Resolução 06. (Vunesp) O dono de um supermercado
1 34 3 ⋅ 12 − 54 3 ⋅ 6 comprou de seu fornecedor um produto por
2
11 = 2 −
244 4 2 244 4 x reais (preço de custo) e passou a revendê-lo
com lucro de 50%. Ao fazer um dia de promo-
VD = 0,8 · 0,7 · V = 0,56 · V ções, ele deu aos clientes do supermercado
1 22 3 um desconto de 20% sobre o preço de venda
2
VD = 0,56 V = 1 −
133 4
⋅4 deste produto. Pode-se afirmar que, no dia de
promoções, o dono do supermercado teve,
Assim, o valor de desconto é 44 %. sobre o preço de custo:
Resposta: C a) prejuízo de 10%.
b) prejuízo de 5%.
05. (Fuvest–SP) A cada ano que passa o c) lucro de 20%.
valor de um carro diminui em 30% em rela- d) lucro de 25%.
ção ao seu valor do ano anterior. Se V for o e) lucro de 30%.
valor do carro no primeiro ano, o seu valor
no oitavo ano será:
a) (0,7)7 V d) (0,3)8 V Resolução
b) (0,3)7 V e) (0,3)9 V 1 45 31 65 3
8
c) (0,7) V 2
11 = 3 +
355 42
⋅ 3−
355 4
6 = 3766

Resolução 1 65 3
Relacionando o valor do carro até o oitavo ano, 2
1 1 = 3766 = 3 8
355
6
4
temos:
Então, lucro de 20%
no 1º ano: V
Resposta: C
no 2º ano: 0,7 V (diminuição de 30%)
no 3º ano: 0,7 · (0,7 V) = (0,7)2 V

30 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 05. Porcentagem


Matemática Básica

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


1. Conceitos Básicos
1.1. Números Naturais 1.3. Divisor de um Número Inteiro
Os números 0, 1, 2, 3, ... formam o conjun- Sejam m e n dois números inteiros.
to dos números naturais que é representado Dizemos que m é divisor de n, se existir um
pelo símbolo N. número k, inteiro, tal que:
Assim sendo:
m·k=n
N = {0, 1, 2, 3, ...} Dizemos que 3 é divisor ou fator de 15,
Representamos o conjunto dos números pois existe um número inteiro k (neste caso
naturais não-nulos por N*. k = 5) tal que:
Assim sendo: 3 · k = 15
N* = {1, 2, 3, ...} = N – {0} Dizemos que 4 é divisor ou fator de – 24,
pois existe um número inteiro k (neste caso
1.2. Números Inteiros k = – 6) tal que:
Os números ..., – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, ...
4 · k = – 24
formam o conjunto dos números inteiros que
é representado pelo símbolo Z. Assim sendo: Dizemos que 0 (zero) é divisor ou fator de 0
(zero), pois existe um número inteiro k (neste
Z = {..., – 3, – 2, – 1, 2, 3, ...} caso k pode ser qualquer número inteiro), tal que:
Representamos o conjunto dos números
0·k=0
inteiros não-nulos por Z*.
Assim sendo: No entando, 0 (zero) não é divisor de 5,
pois não existe um inteiro k, tal que:
Z* = {..., – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, ...}
0·k=5
Observemos que 1 é divisor de qualquer
Observemos algumas outras notações:
número inteiro k, pois sempre vai existir um
• Z+: conjunto dos inteiros não-negativos: número inteiro k tal que:

Z+ = {0, 1, 2, 3, ...} = N 1·k=k


Indicaremos por D (n) todos os divisores
• Z–: conjunto dos inteiros não-positivos: inteiros do número inteiro n.
Z– = {..., – 3, – 2, – 1, 0} Observemos algumas outras notações:
• D+* (n): divisores inteiros positivos (ou na-
• Z*+: conjunto dos inteiros positivos:
turais) do número inteiro n.
Z*+= {1, 2, 3, ...} = N*
• D*– (n): divisores inteiros negativos do nú-
• Z*– : conjunto dos inteiros negativos: mero inteiro n.

Z*–: {..., – 3, – 2, – 1}. Observação: Sendo n não-nulo


*
D+* (n) = D+ (n) e D – (n) = D–(n)

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores PV2D-08-MAT-11 31


Matemática Básica

1.4. Múltiplos de um Número Inteiro 1.6. Números Primos e Compostos


Sejam m e n dois números inteiros. Dize- Um número inteiro é dito número primo,
mos que n é múltiplo de m, se existir um quando na sua relação de divisores inteiros
número k, inteiro, tal que: tivermos apenas quatro divisores.
n=k·m
p é primo ⇔ n [D(p)] = 4
Dizemos que 12 é múltiplo de 3, pois existe
Um número inteiro é dito número com-
um número inteiro k (neste caso k = 4 tal que:
posto quando na sua relação de divisores in-
3 · k = 12 teiros tivermos mais que quatro divisores.
Dizemos que – 21 é múltiplo de 7, pois existe
a é composto ⇔ n [D (a)] > 4
um número inteiro k (neste caso k = – 3), tal que:
– 21 = 7 · k Para reconhecermos se um número é pri-
mo, devemos dividir este número, sucessi-
Observemos que o 0 (zero) é múltiplo do
vamente, pelos números primos: 2, 3, 5, 7, 11,
número inteiro k, qualquer que seja k, pois
13, 17, ... até obtermos um quociente x menor
sempre podemos escrever:
ou igual ao divisor. Se até então não tivermos
0·k=0 obtido divisão exata, dizemos que o número
é primo.
Indicaremos por M(m), todos os múltiplos
inteiros do número inteiro m.
Exemplos
Observemos algumas outras notações: a) Reconhecer se o número 673 é primo.
• M+ (m): múltiplos inteiros não-negativos
(ou naturais) do número inteiro m.
• M– (m): múltiplos inteiros não-positivos
do número inteiro m.
• M *– (m): múltiplos inteiros positivos do
número inteiro m.
• M *– (m): múltiplos inteiros negativos do
número inteiro m.

1.5. Paridade de Números Inteiros


Dizemos que um número inteiro a é par se,
e somente se, a ∈ M(2). Sendo, então, a um
múltiplo de 2, temos que a forma geral de
apresentarmos um número par é:
a = 2k, em que k ∈ Z
Dizemos que um número inteiro b é ímpar
Na última divisão, o quociente já é menor
se, e somente se, b ∉ M(2). A forma geral de
que o divisor e ainda não obtivemos divisão
apresentarmos um número ímpar é:
exata, portanto o 673 é um número primo.
b = 2k + 1, em que k ∈ Z

32 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


Matemática Básica

b) Reconhecer se o número 391 é primo. • divisibilidade por 4: um número é divisível


por 4, quando o número formado pelos seus
dois últimos algarismos da direita for divi-
sível por 4.

b) 2 724 é divísivel por 4, pois o número 24 é


divisível por 4.

• divisibilidade por 5: um número é divisível


por 5, quando o seu algarismo da unidade
for zero ou cinco.
• divisibilidade por 6: um número é divisível
por 6, quando for divisível, separadamen-
Na última operação, obtivemos uma di- te, por 2 e por 3.
visão exata, portanto 391 não é um número • divisibilidade por 8: um número é divisível
primo. por 8, quando o número formado pelos três
últimos algarismos da direita for divisível
Observações Importantes por 8.
1) Os números –1, 0 e 1 não são classifica-
dos nem como primo nem como número
composto. c) 22 712 é divisível por 8, pois o número
712 é divisível por 8.
2) Todo número composto pode ser fatora-
do ou decomposto num produto de fatores
primos. • divisibilidade por 9: um número é divisí-
vel por 9, quando a soma dos algarismos
que o formam for múltiplo de 9.
1.7. Divisibilidade Aritmética
Podemos verificar quando um número é di-
visível por outro, efetuando a operação de di- d) 18 711 é divisível por 9, pois 1 + 8 + 7 + 1
visão. Existem, porém, critérios que nos permi- = 18 é múltiplo de 9.
tem reconhecer a divisibilidade entre dois nú-
meros sem que façamos a divisão. Tais critérios • divisibilidade por 10: um número é divisí-
se aplicam aos principais e mais usados vel por 10, quando o seu algarismo da uni-
divisores, como observaremos a seguir: dade for zero.
• divisibilidade por 11: um número é divisí-
• divisibilidade por 2: um número é divisível vel por 11, quando a diferença entre as so-
por 2 quando for par. mas dos valores absolutos dos algarismos
• divisibilidade por 3: um número é divisível de posição ímpar e a dos algarismos de po-
por 3, quando a soma dos algarismos que o sição par for divisível por 11.
formam for múltiplo de 3.
e) 83 765 é divisível por 11, pois a diferença
Exemplos da soma dos algarismos de posição ímpar (5 + 7
a) 8 421 é divisível por 3, pois 8 + 4 + 2 + 1 = + 8 = 20) e a soma dos algarismos de posição par
15 é um múltiplo de 3. (3 + 6 = 9) é um número divisível por 11.

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores PV2D-08-MAT-11 33


Matemática Básica

• divisibilidade por 12: um número é divi- Exemplos


sível por 12, quando for divisível, separa-
damente, por 3 e por 4.

1.8. Fatoração Numérica


Todo o número composto pode ser decom-
posto ou fatorado num produto de números
primos. Assim, por exemplo, o número 90,
que não é primo, pode ser decomposto como:

90 = 2 · 45
90 = 2 · 32 · 5 300 = 22 · 3 · 52 72 = 23 · 32
O número 45, por sua vez, sendo compos-
to, pode ser fatorado na forma: 1.9. Número de Divisores de um
45 = 3 · 15 Número Natural
Desta forma poderíamos apresentar o Consideramos o número 12 na sua forma
número 90 com uma fatoração: fatorada e o que se propõe a seguir:

90 = 2 · 3 · 15 12 = 22 · 31

Sendo o número 15 também um número Divisores de 12:


composto, podemos apresentá-lo através do 20 · 30 = 1
seguinte produto: 20 · 31 = 3
15 = 3 · 5 21 · 30 = 2
Teremos, finalmente, a fatoração comple- 21 · 31 = 6
ta do número 90: 22 · 30 = 4
90 = 2 · 3 · 3 · 5 22 · 31 = 12
Como procedimento geral, podemos esta- D(12) = {1,2,3,4,6,12}
belecer uma regra para decomposição de um Observemos que os números obtidos são
número natural em fatores primos. divisores naturais do número natural 12 e
foram obtidos a partir da utilização dos seus
fatores primos 2 e 3. O fator primo 2, que apa-
Regra
rece na decomposição com o expoente 2, nos
Para decompormos um número natural divisores pode aparecer com o expoente 0, 1
em fatores primos, basta dividirmos o nú- ou 2, representando três opções. Pelo mesmo
mero dado pelo seu menor divisor primo; raciocínio verificamos que o fator primo 3,
dividimos o quociente obtido pelo seu me- que aparece na decomposição com o expoen-
nor divisor primo; procedemos da mesma te 1, pode se apresentar, nos divisores, com
maneira com os demais quocientes obti- expoente 0 ou 1, representando duas opções.
dos até chegarmos a um quociente igual a Notamos que com três opções para o expoen-
1. O produto indicado de todos os fatores te do fator 2 e duas opções do fator 3 e,pelo
primos obtidos representa o número fato- princípio multiplicativo da regra de conta-
rado. gem dos agrupamentos, temos:

34 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


Matemática Básica

1.10. Soma dos Divisores de um


Número Natural
Vamos, outra vez, considerar o número
12 na sua forma fatorada, ou seja, 12 = 22 · 31.
Observemos, também, os seus divisores na-
turais na forma que se apresentam:

resultando 6 divisores naturais do núme- 20 · 30 = 1 21 · 30 = 2 22 · 30 = 4


ros natural 12. 20 · 31 = 3 21 · 31 = 6 22 · 31 = 12
Devemos observar, também, que o núme- Vamos desenvolver o produto:
ro de opções para cada fator primo é o valor
(20 + 21 + 22)(30 + 31) = 20 · 3 0 + 20 · 31 + 21 · 30 +
do seu expoente mais 1. + 21 · 31 + 22 · 30 + 22 · 31
A partir desse desenvolvimento podemos
Não fica difícil observarmos que esta
estabelecer uma regra para determinação do
soma representa a soma dos divisores natu-
número de divisores naturais de um número
rais do número 12 e que podemos estabelecer
natural.
uma regra para determinação da soma dos
Regra divisores naturais de um número natural
sem que haja a necessidade de conhecermos
O número de divisores naturais de um
estes divisores.
número natural é igual ao produto dos ex-
poentes dos seus fatores primos aumenta-
do, cada expoente, do número 1. Regra
α β γ
Assim, se 1 ⋅ 2 ⋅ 3 , com a, b e c primos, A soma dos divisores naturais de um nú-
temos: mero é igual ao produto entre as somas
das potências geradas pelos seus fatores
n [D+ (N)] = (α + 1) (β + 1) (γ + 1) primos com os expoentes naturais que va-
riam de zero até o expoente com o qual o
Como observação podemos estabelecer fator se apresenta na decomposição do
que o número de divisores inteiros de um número natural.
número natural é o dobro do número de
divisores naturais, pois para cada divisor na- Assim, se N = 1α ⋅ 2 β ⋅ 3γ , com a, b e c pri-
tural existem dois divisores inteiros: um com mos, temos:
sinal positivo e o outro com sinal negativo. soma [D+ (N)] =
Assim:
(a0 + a1 + ... + aα)(b0 + b1 + ... + bβ)(c0 + c1 + ... + cγ)
n[D(N)] = 2 · n[D+ (N)]
Exemplo
Como observação podemos estabelecer
Consideremos: 60 = 22 · 31 · 51 que a soma dos divisores inteiros de um nú-
Temos que o número de divisores natu- mero natural é sempre zero, pois para cada
rais de 60 é: divisor inteiro positivo corresponde um ou-
tro divisor inteiro de mesmo valor, porém
n[D+ (60)] = (2 + 1)(1 + 1)(1 + 1) = 12
negativo, e na soma, eles se anulam.
Temos que, a partir deste resultado, o nú-
mero de divisores inteiros de 60 é: soma [D (N) = 0]

n[D (60)] = 2 · n [D+ (60)] = 2 · 12 = 24

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores PV2D-08-MAT-11 35


Matemática Básica

Exemplo 2. Propriedades
Consideremos: 60 = 22 · 31 · 51 ·
Os múltipos e os divisores dos números
A soma dos divisores naturais de 60 é: naturais apresentam algumas propriedades
soma [D+ (60)] = que nos são muito úteis e que passaremos a
estudar a seguir.
= (20 + 21 + 22)(30 + 31)(50 + 51) = 168.
• Propriedade 1
A soma dos divisores inteiros de 60 é:
Se um número natural P dividido por um
soma [D (60)] = 0
número natural d deixa resto r, então (P – r)
é múltiplo de d.
1.11. Determinação dos Divisores de
um Número Natural Justificativa
Para determinação dos divisores naturais
de um número natural, devemos tomar o nú-
mero decomposto e utilizar cada um dos seus
fatores primos com o expoente que pode vari-
ar de zero até o expoente natural com o qual o
fator se apresenta na decomposição. Percor- portanto (P – r) é múltiplo de d.
rendo todas as situações, teremos todos os
divisores naturais do número considerado. Exemplo
Para executarmos esta tarefa com maior faci-
lidade, podemos estabelecer uma regra.

Regra
Para estabelecermos os divisores de um
número natural, inicialmente devemos
decompor o número em fatores primos e à
direita desta fatoração passamos um tra-
• Propriedade 2
ço vertical. A seguir, colocamos ao lado di-
reito do traço e acima do primeiro fator, o
Se um número natural P dividido por um
número 1. Os demais divisores do número
dado são obtidos a partir da unidade, mul- número natural d deixa resto r, então P + (d – r)
tiplicando-se cada um dos fatores primos é um múltiplo de d.
que estão à esquerda do traço pelos núme-
ros que estão à direita e situados acima Justificativa
dele, evitando-se as repetições.

Exemplo
Determinar os divisores naturais do nú-
mero natural 60. Adicionando-se (d – r) aos dois membros
da igualdade I, teremos:
P + (d – r ) = d · q + r + (d – r)
P + (d – r) = d · q + d
Assim:
P + (d – r) = d · (q + 1)
Portanto, P + (d – r) é um múltiplo de d.

36 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


Matemática Básica

Exemplo Podemos extrapolar a idéia para todos os


números naturais, confirmando a propriedade.

Exercícios Resolvidos
01. (Fuvest-SP) O número de divisores po-
sitivos do número 40 é:
• Propriedade 3 a) 8 d) 2
Se um número A é múltiplo de um número b) 6 e) 20
B, então o número A será múltiplo de to- c) 4
dos os divisores de B. Resolução
Justificativa • Decompor 40 em fatores primos
Sendo A um múltiplo de B, temos que:
A = k · B, onde k ∈ Z (I).
Sendo m um divisor qualquer de B, temos
que:
B = k1 · m, em que k1 ∈ Z (II) • Adicionando 1 a cada expoente:
Substituindo (II) em (I), temos: 3+1 1+1
4 2
A = k · k1 · m, em que k · k1 ∈ Z
• Efetuando a multiplicação
Portanto, A é um múltiplo de m.
4·2=8
Exemplo
Resposta: A
O número 36 é múltiplo do número 12,
40 tem 8 divisores.
pois 36 = 3 · 12 e 3 é um número inteiro. Os
divisores naturais de 12 são: 1,2,3,4,6 e 12. 02. Mostre que, se a divisão de um núme-
ro natural n, com n positivo, por 5 dá resto 1,
Podemos observar que, de fato, 36 é múl-
então (n – 1)(n + 4) é múltiplo de 25.
tiplo de todos os divisores de 12.
Resolução
• Propriedade 4 Sabemos que:

Para um conjunto com n números natu- Pelas Propriedades dos Divisores:


rais não-nulos consecutivos, um deles é
• n – 1 é múltiplo de 5 n – 1 = 5 K1 (1)
múltiplo de n.
• n + (5 –1) é múltiplo de 5 n + 4 = 5 K2 (2)
Justificativa Multiplicando 1 por 2:
Consideremos a seqüência dos números (n – 1)(n + 4) = 5 K1 · 5 K2
naturais não-nulos:
(n – 1) (n + 4) = 25 K1 · K2
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,... K1 · K2 = K
Observemos que os múltiplos do número Logo,
3 aparecem de três em três nesta seqüência e (n – 1)(n + 4) = 25 K
que, portanto, qualquer conjunto com três Assim, (n – 1)(n + 4) é múltiplo de 25.
números consecutivos vai apresentar, neces-
sariamente, um múltiplo de 3.
Capítulo 06. Múltiplos e Divisores PV2D-08-MAT-11 37
Matemática Básica

3. Máximo Divisor Comum 2. O número 8 e os seus múltiplos positivos:

1+1 (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64,...}
O máximo divisor comum (MDC) de dois
ou mais números é o maior número que é Podemos descrever, agora, os múltiplos
divisor comum de todos os números da- positivos comuns:
dos.
1+1 (6) ∩ 1+1 (8) = {24, 48, 72, ...}
Podemos estabelecer uma seqüência de
etapas até determinarmos o valor do máxi- Observando os múltiplos comuns, pode-
mo divisor comum de dois ou mais números mos identificar o mínimo múltiplo comum
como veremos a seguir, num exemplo. dos números 6 e 8, ou seja:
Consideremos: MMC (6, 8) = 24.
1. O número 18 e os seus divisores naturais:
D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}. 5. MDC e MMC pelo Método
2. O número 24 e os seus divisores naturais: da Decomposição Isolada
D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}. Para determinarmos o MDC e o MMC de
vários números, devemos colocar todos os
Podemos descrever, agora, os divisores números na forma fatorada. Após este pro-
comuns a 18 e 24: cedimento, podemos estabelecer que:
D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}
1) O máximo divisor comum (MDC) dos
Observando os divisores comuns, pode-
números é o produto de todos os fatores
mos identificar o maior divisor comum dos
comuns às fatorações com os menores ex-
números 18 e 24, ou seja:
poentes com os quais eles se apresentam
MDC (18, 24) = 6. nas suas respectivas decomposições.
2) O mínimo múltiplo comum (MMC) dos
4. Mínimo Múltiplo Comum números é o produto de todos os fatores
existentes nas decomposições, comuns ou
O mínimo múltiplo comum (MMC) de dois não, considerados com os maiores expo-
ou mais números é o menor número posi- entes com os quais eles se apresentam nas
tivo que é múltiplo comum de todos os suas respectivas decomposições.
números dados.
Exemplo:
Podemos estabelecer uma seqüência de Consideremos os números A, B e C, já fa-
etapas até determinarmos o valor do míni- torados:
mo múltiplo comum de dois ou mais núme-
A = 23 · 3 · 52
ros, como veremos a seguir, num exemplo.
B = 22 · 5 · 7
Consideremos:
C = 24 · 32 · 53
1. O número 6 e os seus múltiplos positivos:
Teremos que:
1+1 (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...} MDC (A, B, C) = 22 · 5 e
MMC (A, B, C) = 24 · 32 · 53 · 7.

38 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


Matemática Básica

6. MMC e MDC pelo Método 7. MDC pelo Método das


da Fatoração Simultânea Divisões Sucessivas
A determinação do MDC pelo método das di-
Podemos determinar o MDC e o MMC de visões sucessivas é um processo desenvolvi-
dois ou mais números pelo uso de um pro- do por Euclides e consiste, basicamente, em
cedimento que prevê a fatoração simultâ- dividir o número maior pelo número menor.
nea de todos os números dados. Se a divisão for exata, o MDC será o menor
Para este procedimento, inicialmente, de- número. Porém, caso a divisão apresentar
compomos, simultaneamente, os números, resto diferente de zero, devemos dividir o me-
dividindo sucessivamente pelo menor fa- nor número pelo resto e, assim, sucessivamen-
tor primo e, no caso de algum número ou te até chegarmos a uma divisão exata. O últi-
quociente não ser divisível pelo fator pri- mo divisor será o MDC dos números.
mo, o número deve ser repetido no
algoritmo. Obtemos o MMC multiplicando Exemplos
todos os fatores primos da decomposição. a) Determinar o MDC dos números 252 e
140.
Podemos, à medida que efetuamos
fatoração simultânea, ir assinalando quais
são os fatores primos que dividem, ao mes-
mo tempo, todos os números ou quocien-
tes. Obtemos o MDC multiplicando todos
estes fatores assinalados.

Exemplo MDC (252, 140) = 28


b) Determinar o MDC dos números 330,
Consideremos os números 2 520 e 2 700: 210 e 165.
Tomemos, inicialmente, os dois maiores
números:

MDC (330, 210) = 30


Posteriormente, tomamos o terceiro nú-
mero com o MDC dos dois primeiros:
Teremos que:

MDC (2 700, 2 520) = 22 · 32 · 5 e

MMC (2 700, 2 520) = 23 · 33 · 52 · 7.

MDC (330, 210, 165) = 15

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores PV2D-08-MAT-11 39


Matemática Básica

8. Propriedades do MDC e Propriedade 5


Os múltiplos comuns de dois ou mais nú-
do MMC meros naturais são os múltiplos do MMC
Vamos observar, a seguir, uma proprie- destes números.
dade do MDC e MMC que pode facilitar a sua Propriedade 6
utilização: Dois números são considerados primos
Propriedade 1 entre si se o MDC deles for igual a 1.
MDC (A, B) · MMC (A, B) = A · B Os números 5 e 7 são primos entre si, bem
como 4 e 9, pois MDC (5, 7) = 1 e MDC (4, 9) =1.
Justificativa Notemos que, para que os números sejam
Consideremos os números A e B decom- primos entre si, não é necessário que eles se-
postos em fatores primos: jam primos.
Propriedade 7
1 = 2 α 1 ⋅ 3β1 ⋅ 4 γ 1 ⋅ ⋅⋅⋅ 5 δ 1 6
Dois números naturais consecutivos são,
7 = 2 α 2 ⋅ 3β2 ⋅ 4 γ 2 ⋅ ⋅⋅⋅ 5 δ 2 sempre, primos entre si.
Para o cálculo do MDC (A, B), tomamos os Propriedade 8
fatores comuns com os menores expoentes; Para os dois números primos entre si, o
para o cálculo do MMC (A, B), tomamos todos MMC é o produto deles.
os fatores, comuns e não comuns, com os mai-
ores expoentes. Vamos considerar o caso do Exercícios Resolvidos
fator a:
01. Duas composições de metrô partem si-
α1 < α2, teremos α1 no MDC e α2 no MMC.
multaneamente de um mesmo terminal fa-
α1 > α2, teremos α1 no MMC e α2 no MDC. zendo itinerários diferentes. Uma torna a
partir do terminal a cada 80 minutos; a outra
No produto A · B, o fator a terá expoente
a cada hora e meia. Determine o tempo per-
(α1 + α2). No produto MDC (A, B) · MMC (A, B),
corrido entre duas partidas simultâneas con-
o fator a também terá expoente (α1 + α2).
secutivas do terminal.
Fazendo a mesma consideração para to-
dos os outros fatores primos, verificaremos Resolução
que os mesmos fatores, com os mesmos expo- Sejam A e B as composições.
entes, que compõem o produto dos números A parte em instantes que são múltiplos de 80:
A e B, compõem, também, o produto do MDC
B parte em instantes que são múltiplos de 90.
e o MMC destes números e, portanto:
Vamos obter MMC (80, 90)
MDC (A, B) · MMC (A, B) = A · B

Propriedade 2

MDC (k · A, k · B) = k · MDC (A, B)

Propriedade 3

MMC (k · A, k · B) = k · MMC (A, B)


Propriedade 4 MMC (80,90) = 720 min
Os divisores comuns de dois ou mais nú-
123
meros naturais são os divisores do MDC des- Passando para horas = 52 6789

tes números. 43

40 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 06. Múltiplos e Divisores


Matemática Básica

Resposta: 123 = 41 ⋅ 12 ⋅ 5
As partidas simultâneas ocorrerão a cada 12 horas.
133 = 42 ⋅ 1 ⋅ 5 2
02. Sejam A e B o máximo divisor comum 6 = 42 ⋅ 1 ⋅ 5
e o mínimo múltiplo comum de 360 e 300,
respectivamente. Então o produto AB vale 7 = 41 ⋅ 12 ⋅ 5 2
a) 24 34 53 d) 26 33 52 6 ⋅ 7 = 43 ⋅ 1 1 ⋅ 5 1
Resposta: C
b) 25 32 52 e) 26 34 52
c) 25 33 53
Resolução:

Capítulo 06. Múltiplos e Divisores PV2D-08-MAT-11 41


Matemática Básica

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


1. Introdução A = {verde, amarelo, azul, branco}
b) Seja B o conjunto das vogais do nosso al-
Como em qualquer assunto a ser estuda- fabeto, então:
do, a Matemática também exige uma lingua- B = {a, e, i, o, u}
gem adequada para o seu desenvolvimento.
c) Seja C o conjunto dos algarismos do sis-
A teoria dos Conjuntos representa instru- tema decimal de numeração, então:
mento de grande utilidade nos diversos de-
C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
senvolvimentos da Matemática, bem como em
outros ramos das ciências físicas e humanas. 2.2. Uma Propriedade de seus Elementos
Devemos aceitar, inicialmente, a existên- A apresentação de um conjunto por meio
cia de alguns conceitos primitivos (noções da listagem de seus elementos traz o incon-
que adotamos sem definição) e que estabele- veniente de não ser uma notação prática
cem a linguagem do estudo da teoria dos para os casos em que o conjunto apresenta
Conjuntos. uma infinidade de elementos. Para estas si-
Adotaremos a existência de três conceitos tuações, podemos fazer a apresentação do
primitivos: elemento, conjunto e pertinência. conjunto por meio de uma propriedade que
Assim é preciso entender que, cada um de nós sirva a todos os elementos do conjunto e so-
é um elemento do conjunto de moradores mente a estes elementos.
desta cidade, ou melhor, cada um de nós é um A = {x / x possui uma determinada pro-
elemento que pertence ao conjunto de habi- priedade P}
tantes da cidade, mesmo que não tenhamos
definido o que é conjunto, o que é elemento e o Exemplos
que é pertinência. a) Seja B o conjunto das vogais do nosso al-
fabeto, então:
2 . Notação e Representação B = {x / x é vogal do nosso alfabeto}
A notação dos conjuntos é feita mediante b) Seja C o conjunto dos algarismos do siste-
a utilização de uma letra maiúscula do nosso ma decimal de numeração, então:
alfabeto e a representação de um conjunto C = {x/x é algarismo do sistema decimal
pode ser feita de diversas maneiras, como de numeração}
veremos a seguir.
2.3. Diagrama de Euler-Venn
2.1. Listagem dos Elementos A apresentação de um conjunto por meio
Apresentamos um conjunto por meio da do diagrama de Euler-Venn é gráfica e, por-
listagem de seus elementos quando relacio- tanto, muito prática. Os elementos são repre-
namos todos os elementos que pertencem ao sentados por pontos interiores a uma linha
conjunto considerado e envolvemos essa lis- fechada não entrelaçada. Dessa forma, os pon-
ta por um par de chaves. Os elementos de um tos exteriores à linha representam elementos
conjunto, quando apresentados na forma de que não pertencem ao conjunto considerado.
listagem, devem ser separados por vírgula Exemplo
ou por ponto-e-vírgula, caso tenhamos a pre-
sença de números decimais.
Exemplos
a) Seja A o conjunto das cores da bandeira
brasileira, então:

42 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


Matemática Básica

3 . Relação de Pertinência
Quando queremos indicar que um deter-
minado elemento x faz parte de um conjunto
A, dizemos que o elemento x pertence ao con-
junto A e indicamos:
xÎA
em que o símbolo Î é uma versão da letra
Se o conjunto A está contido no conjunto
grega epsílon e está consagrado em toda mate-
B, dizemos que A é um subconjunto de B.
mática como símbolo indicativo de pertinên-
Como todo elemento do conjunto A pertence
cia. Para indicarmos que um elemento x não
ao conjunto A, dizemos que A é subconjunto
pertence ao conjunto A, indicamos:
de A e, por extensão, todo conjunto é
xÏA subconjunto dele mesmo.
Exemplo Importante – A relação de pertinência re-
Consideremos o conjunto: A = {0, 2, 4, 6, 8}. laciona um elemento a um conjunto e a rela-
O algarismo 2 pertence ao conjunto A: ção de inclusão refere-se, sempre, a dois con-
juntos.
2 Î A
Errado: 2 Ì {0,2, 4, 6, 8}
O algarismo 7 não pertence ao conjunto A:
{2} Î {0, 2, 4, 6, 8}
7ÏA
Correto: 2 Î {0, 2, 4, 6, 8}
4. Relação de Inclusão {2} Ì {0, 2, 4, 6, 8}
Dizemos que o conjunto A está contido no {2} Î {0, {2}, 4, 6, 8}
conjunto B se todo elemento que pertencer a
A, pertencer também a B. Indicamos que o {2} Ë {0, {2}, 4, 6, 8}
conjunto A está contido em B por meio da se- Podemos notar que existe uma diferença
guinte símbologia: entre 2 e {2}. O primeiro é o elemento 2, e o
AÌB (lê-se: A contido em B) segundo é o conjunto formado pelo elemento
Obs. – Podemos encontrar em algumas pu- 2. Um par de sapatos e uma caixa com um
blicações uma outra notação para a relação par de sapatos são coisas diferentes e como
de inclusão: tal devem ser tratadas.
Podemos notar, também, que, dentro de
1 ⊃ 2 (lê-se: B contém A)
um conjunto, um outro conjunto pode ser tra-
O conjunto A não está contido em B quan- tado como um de seus elementos. Vejamos o
do existe pelo menos um elemento de A que exemplo a seguir:
não pertence a B. Indicamos que o conjunto A
não está contido em B desta maneira: {1, 2} é um conjunto, porém no conjunto
A Ë B (lê-se: A não está contido em B) A = {1, 3, {1, 2}, 4} ele será considerado um
elemento, ou seja, {1, 2} Î A.
Uma cidade é um conjunto de pessoas que
representam os moradores da cidade, porém
uma cidade é um elemento do conjunto de
cidades que formam um Estado.

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos PV2D-08-MAT-11 43


Matemática Básica

5. Conjuntos Especiais caso, existe um elemento x que pertence ao


conjunto vazio e que não pertence ao conjun-
Embora conjunto nos ofereça a idéia de “reu- to A, o que é um absurdo, pois o conjunto va-
nião” de elementos, podemos considerar como zio não tem elemento algum. Conclusão: o
conjunto agrupamentos formados por um só conjunto vazio está contido no conjunto A,
elemento ou agrupamentos sem elemento algum. qualquer que seja A.
Chamamos de conjunto unitário aquele
formado por um só elemento. 6. Conjunto Universo
Exemplos Quando desenvolvemos um determinado
a) Conjunto dos números primos, pares assunto dentro da matemática, precisamos
e positivos: admitir um conjunto ao qual pertencem os
elementos que desejamos utilizar. Este con-
{2} junto é chamado de conjunto universo e é re-
b) Conjunto dos satélites naturais da Ter- presentado pela letra maiúscula U.
ra: Uma determinada equação pode ter di-
{Lua} versos conjuntos solução de acordo com o
conjunto universo que for estabelecido.
c) Conjunto das raízes da equação
Exemplos
x + 5 = 11:
a) A equação 2x3 – 5x2 – 4x + 3 = 0 apresenta:
{6}
12 121 5 − 25 445 se
Chamamos de conjunto vazio aquele for-
mado por nenhum elemento. Obtemos um
S =
33 6 U=R

conjunto vazio considerando um conjunto S = {–1, 3} se U = Z


formado por elementos que admitem uma S = {3} se U = N
propriedade impossível. b) O conjunto dos pontos eqüidistantes
Exemplos de um ponto dado pode ser formado:
a) Conjunto das raízes reais da equação: – por apenas dois pontos, se o conjunto uni-
verso for uma reta que passa pelo ponto dado;
x2 + 1 = 0
b) Conjunto: {x / x ¹ x}
O conjunto vazio pode ser apresentado de
duas formas: ∅ ou { } ( ∅ é uma letra de
origem norueguesa). Não podemos confundir
as duas notações representando o conjunto
vazio por { ∅ }, pois estaríamos apresentando – pelos infinitos pontos de uma circunferên-
cia, se o conjunto universo for um plano
um conjunto unitário cujo elemento é o ∅ .
que passa pelo ponto dado;
O conjunto vazio está contido em qual-
quer conjunto e, por isso, é considerado
subconjunto de qualquer conjunto, inclusive
dele mesmo.
Demonstração
Vamos admitir que o conjunto vazio não
esteja contido num dado conjunto A. Neste

44 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


Matemática Básica

– pelos infinitos pontos de uma superfície de escrevermos todos os elementos do con-


esférica, se o conjunto universo for o es- junto P (A). Para isso, basta partirmos da idéia
paço a que o ponto dado pertence. de que cada elemento do conjunto A tem duas
opções na formação dos subconjuntos: ou o ele-
mento pertence ao subconjunto ou ele não per-
tence ao subconjunto e, pelo uso do princípio
multiplicativo das regras de contagem, se cada
elemento apresenta duas opções, teremos:

1 1 2 2 334 = 5 11 22
Para iniciarmos qualquer procedimento Observemos o exemplo anterior: o conjun-
matemático, é importante sabermos em qual to A = {2, 3, 5} apresenta três elementos e, por-
conjunto universo vamos atuar. tanto, é de se supor, pelo uso da relação apre-
sentada, que n [P (A)] = 23 = 8, o que de fato
7. Conjunto de Partes ocorreu.
Dado um conjunto A, dizemos que o seu
conjunto de partes, representado por P (A), é o 8. Igualdade de Conjuntos
conjunto formado por todos os subconjuntos Dois conjuntos são iguais se, e somente se,
do conjunto A. eles possuírem os mesmos elementos, em qual-
quer ordem e independentemente do núme-
7.1. Determinação do Conjunto de Partes ro de vezes que cada elemento se apresenta.
Vamos observar, com o exemplo a seguir, Vejamos os exemplos:
o procedimento que se deve adotar para a de-
terminação do conjunto de partes de um dado {1, 3, 7} = {1, 1, 1, 3, 7, 7, 7, 7} = {7, 3, 1}
conjunto A. Seja o conjunto A = {2, 3, 5}. Para Observação
obtermos o conjunto de partes do conjunto Se o conjunto A está contido em B (A Ì B) e
A, basta escrevermos todos os seus B está contido em A (B Ì A), podemos afirmar
subconjuntos: que A = B.
a) Subconjunto vazio: ∅ , pois o conjunto va-
Exercícios Resolvidos
zio é subconjunto de qualquer conjunto.
b) Subconjuntos com um elemento: {2}, {3}, {5}. 01. Dado o conjunto M = {1, 3, 5, 7}, pede-se:
c) Subconjuntos com dois elementos: {2, 3}, a) Quantos elementos possui P(M)?
{2, 5} e {3, 5}. b) Escreva os elementos de P(M).
d) Subconjuntos com três elementos: A = {2, 3, 5}, Resolução
pois todo conjunto é subconjunto dele mesmo. a) M = {1, 3, 5, 7}, então n(M) = 4, portanto
Assim, o conjunto das partes do conjunto n[P(M)] = 24 = 16.
A pode ser apresentado da seguinte forma:
b) P(M)= { {1}, {3}, {5}, {7}, {1,3}, {1,5}, {1,7},
P(A) = {∅, {2}, {3}, {5}, {2, 3}, {2, 5}, {3, 5}, {2, 3, 5}}
{3,5}, {3,7}, {5,7}, {1,3,5}, {1, 3, 7}, {1, 5, 7}, {3, 5, 7},
7.2. Número de Elementos do {1, 3, 5, 7} , Æ}
Conjunto de Partes 02. Se o conjunto P(R) tem 1 024 elemen-
Podemos determinar o número de elemen- tos, quantos são os elementos de R?
tos do conjunto de partes de um conjunto A Resolução
dado, ou seja, o número de subconjuntos do
Decompondo 1 024 em fatores primos, obteremos:
referido conjunto, sem que haja necessidade
1 024 = 210, então n(R) = 10.

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos PV2D-08-MAT-11 45


Matemática Básica

03. Considerando U = {–2, –1, 0, 1, 2, 3, 4} Graficamente, temos:


como conjunto universo, determinar o con-
junto solução de:

a) {x ∈ 1 x + 4 = 2}

b) {x ∈ 1 3x = 5}
Resolução
a) x + 4 = 2
x = –2
S = {–2}
b) 3x = 5
1
x= ÏU
2 Exemplo
S=Æ
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e
B = {2, 4, 6, 8, 10}, calcular 1 ∪ 2 .
04. Os elementos dos conjuntos abaixo são
Resolução
números naturais. Escreva esses conjuntos
por meio de uma propriedade que os caracte- 1 ∪ 2 = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10}
rize: Graficamente, teremos
a) D = {1, 3, 5, 7, 9, 11, ...}
b) A = {0, 3, 6, 9 ...60}

Resolução
a) D = { x ∈ N/x é número ímpar}
b) A = { x ∈ N/x é múltiplo de 3, maior ou igual
a zero e menor ou igual a 60}

Observe que os elementos comuns não são


9. Operações com Conjuntos repetidos.

9.1. União de Conjuntos 9.2. Intersecção de Conjuntos


Dados os conjuntos A e B, dizemos que a Dados os conjuntos A e B, dizemos que a
união dos conjuntos A e B, de notação A ∪ B intersecção dos conjuntos A e B, de notação
(lê-se: A união B), é o conjunto formado pelos 1 ∩ 2 (lê-se: A intersecção B), é o conjunto for-
elementos que pertencem a A ou B. Podemos mado pelos elementos que pertencem a A e a
representar a união de dois conjuntos pela B. Podemos representar a intersecção de dois
seguinte sentença. conjuntos pela seguinte sentença:

A ∪ B = {x / x ∈ A ou x ∈ B} A ∩ B = {x / x ∈ A e x ∈ B}

46 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


Matemática Básica

Graficamente, temos: Graficamente, temos:

Exemplos 9.4. Conjunto Complementar


a) Sendo A = {2, 3, 5, 6, 8} e B = {3, 5, 8, 9} Quando dois conjuntos A e B são de tal
determinar 1 ∩ 2 . maneira que B está contido em A (B ⊂ A), di-
zemos que a diferença A – B é o conjunto com-
Resolução plementar de B em relação a A, cuja repre-
1 ∩ 2 = {3, 5, 8}, apenas os elementos comuns a sentação podemos ver a seguir:
A e B.
Graficamente: 112 = A – B
Graficamente, temos:

Exemplos
a) Calcular A – B, sabendo que
b) Calcule 1 ∩ 2 onde M = {2, 3, 5} e N = {4, 6}.
A = {3, 4, 6, 8, 9} e B = {2, 4, 5, 6, 7, 10}
1∩2 3 ∅ Resolução
Não há elementos comuns, nesse caso di- A – B = {3, 8, 9}
zemos que os conjuntos são disjuntos.
Elementos que estão em A mas não estão em B.
9.3. Diferença de Conjuntos Graficamente:
Dados os conjuntos A e B, dizemos que a
diferença dos conjuntos A e B, nessa ordem e
com notação A – B (lê-se: A menos B), é o con-
junto formado pelos elementos que perten-
cem a A e não pertencem a B. Podemos repre-
sentar a diferença de dois conjuntos por meio
da seguinte sentença:
A – B = {x / x ∈ A e x ∉ B}

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos PV2D-08-MAT-11 47


Matemática Básica

b) Sendo A = {1, 3, 5} e B = {0, 1, 3, 5, 6},


calcule: 1 2
b) 1 ∩ 2 ∪ 3

a) A – B
c) 11 − 22 ∩ 3
b) B – A
Resolução d)
a) A – B = ∅ , não existe elemento de A que não
pertença a B. Resolução
a)
b)

Graficamente

b)

c)

d)
Observação
Se A é um subconjunto do conjunto uni-
verso U, o complementar de A em relação a
U pode ser representado por A’ ou 1 , des-
sa forma, teremos
Exercícios Resolvidos
01. Classificar em falsa (F) ou verdadeira
(V) cada uma das seguintes afirmações:
a) 1 ∈311
b) 1 2 ⊂ 3∅2 15223142352144
c) 112 ∈ 512 312 346

d) ∅ = 1∅2
9.5. Associações das Operações Resolução
As operações estudadas podem aparecer
a) V — 0 é o elemento do conjunto.
associadas conforme veremos nos exemplos
abaixo: b) F – pois {5} é um elemento do conjunto.
01.Dados A = {0, 1, 3, 4}, B = {2, 3, 4, 5}, c) F – pois {x} não está no conjunto.
C = {4, 5} e D = {5, 6, 7}, calcule: d) F – O 1º é conjunto vazio, e o 2º um conjunto
a) 1 1 ∪ 22 ∩ 3 que tem o elemento ∅ .

48 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


Matemática Básica

02. São dados os conjuntos Note que ao subtrairmos os elementos


1 2
1 = 1 ∈1 9 123245678 e 3 1 24
comuns 1 2 ∩ 3 evitamos que eles sejam

1 = 12 ∈ 1 2 2 < 32
contados duas vezes.
Observações
É correto afirmar que: a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se
a) 3 ∩ 2 tem dois elementos mesmo um deles estiver contido no outro,
b) 1 ∪ 2 tem dez elementos ainda assim a relação dada será verdadeira.
c) 1 ⊂ 2 ∩ 1 b) Podemos ampliar a relação do número de
d) 1 ∈ 2 elementos para três ou mais conjuntos
e) 3 ⊂ 2 com a mesma eficiência.
Resolução Observe o diagrama e comprove.
1 2
3 = 1 ∈ 3 1 123245678 = {2, 3, 5, 7, 11, 13, …}
1 = 12 ∈ 3 1 2 < 22 = {0, 1, 2, 3, 4}

1 ∩ 2 1 12342 , logo 3 ∩ 2 tem dois elementos.

03. Dados os conjuntos:


A = {a, b, c} B = {b, c, d} e C = {a, c, d, e}
1 2 1 2 1
Calcule 1 − 2 ∪ 2 − 3 ∪ 1 ∩ 3 ∩ 2 2
Resolução
A – C = {b}
C – B = {a, e}
1∩ 2 ∩ 3 1 4 12 1 1 ∪ 2∪3 = 2 4 1 2 + 4 1 22 + 4 132 − 4 1 2
∩2 −

112 ∪ 121 32 ∪ 142 = 121 11 41 32 1 4 1 2


∩3 − 4 1 2 ∩ 32 + 4 1 ∩ 2 ∩ 32
Resposta: {a, b, c, e} Exercícios Resolvidos
10. Número de Elementos da 01. (Fatec - SP)
O conjunto A tem 20 elementos, A ? B tem
União e da Intersecção de 12 elementos e A ? B tem 60 elementos. O
número de elementos do conjunto B é:
Conjuntos
a) 28 d) 48
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na
b) 36 e) 52
figura abaixo, podemos estabelecer uma relação
c) 40
entre os respectivos números de elementos.
Resolução
Temos:
1 2
n (A) = 20 ; 1 2 ∩ 3 = 45 ; 1 2 ∪ 3 = 45 1 2
n (B) = x
1 2 1 2 12 1
1 2∪ 3 = 1 2 + 1 3 − 1 2∩ 3 2
60 = 20 + x – 12
x = 60 – 20 + 12
x = 52
1 1 2 ∪ 32 = 1 1 22 + 1 1 32 3 1 1 2 ∩ 32 Resposta: E

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos PV2D-08-MAT-11 49


Matemática Básica

02. A e B são dois conjuntos tais que 13


elementos pertencem a A e não pertencem a
B; 13 elementos pertencem a B e não perten-
cem a A e 39 elementos pertencem a A ou B. O
número de elementos que pertencem a A e B é:
a) 0 d) 26
b) 13 e) 23
c) 39
Resolução Para 1 1 2 ∩ 32 = 34 e já colocamos 10, restam
Fazendo um esquema: 20 elementos para completar a região A ? B ; para
completar A ? C faltam 30 e para completar B ? C
faltam 40.

n (A) = 13 + x 1 2 12 12 1
1 2∪ 3 = 1 2 + 1 3 − 1 2∩ 3 2
n (B) = 13 + x
1 2
1 2 ∪ 3 = 12 39 = 26 + x
x = 39 - 26
x = 13
Resposta: B Da mesma forma completamos os conjuntos A, B
e C; veja que 40 pessoas não tem preferência alguma.
03. (FVG-SP) Uma empresa entrevistou
300 de seus funcionários a respeito de três em-
balagens: A, B e C para o lançamento de um
novo produto. O resultado foi o seguinte: 160
indicaram a embalagem A; 120 indicaram a em-
balagem B; 90 indicaram a embalagem C; 30
indicaram a embalagem A e B; 40 indicaram as
embalagens A e C; 50 indicaram as embalagens
B e C; e 10 indicaram as 3 embalagens.
Pergunta-se:
a) quantas pessoas indicaram apenas a
embalagem A; Agora, consultando o diagrama final podemos
b) quantas pessoas indicaram as embala- responder às questões.
gens A ou B; a) 100 pessoas indicaram apenas a embalagem A;
c) quantas não indicaram a embalagem C; b) 100 + 30 + 10 + 20 + 50 + 40 = 250 indicaram
d) quantos não tinham preferência por ne- as embalagens A ou B;
nhuma das três embalagens?
c) 100 + 20 + 50 + 40 = 210 não indicaram a
Resolução embalagem C;
Usaremos os diagramas para resolver.
d) 40 pessoas não tinham preferência por nenhu-
Vamos começar por A ? B ? C que tem 10 elementos. ma embalagem.

50 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos


Matemática Básica

11. Conjuntos Numéricos Exemplos: 1 3 π 3 1 2


Evidentemente, para a Matemática, os con- • Conjunto dos números reais: R
juntos de maior importância são os conjun- R = {x / x é racional ou x é irracional}
tos numéricos, aqueles formados por núme-
ros. Destes, alguns são especiais pela sua gran- Os números reais podem ser associados
de utilização e, por isso, recebem nomes con- biunivocamente com cada ponto de uma
vencionais, como veremos a seguir: reta, estabelecendo o que nós chamaremos de
• Conjunto dos números naturais: N reta real ou eixo real.

N = {0, 1, 2, 3, 4, ...}
• Conjunto dos números inteiros: Z

Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...} A partir dessa representação gráfica, ire-
mos observar algumas propriedades impor-
No conjunto dos números inteiros (Z) po- tantes dos números reais.
demos individualizar dois subconjuntos: O eixo real apresenta uma ordenação dos
• Conjunto dos números inteiros não nega- números de tal maneira que qualquer núme-
tivos: Z+ ro colocado à direita de um outro será maior
que este outro.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...} = N
• Conjunto dos números inteiros não posi-
tivos: Z–
Numa comparação entre números reais
Z– = {..., –3, –2, –1, 0} representados no eixo real, podemos estabe-
Vamos convencionar que qualquer con- lecer subconjuntos de extrema importância
junto numérico que, em sua representação, e que serão chamados de intervalos reais, cuja
tiver acrescentado o símbolo * (asterisco) fi- representação vamos estudar a seguir:
cará sem o elemento 0 (zero). Assim:

N* = {1, 2, 3, 4, ...}

Z* = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...}


• Conjunto dos números racionais: Q

12
1 = 171 =
2
2345 2 ∈ 6 5 3 ∈ 6 8
45
3 3 6 Podemos “explicar” o aparecimento dos
conjuntos numéricos através da necessidade
Com relação aos números racionais, eles que a Matemática manifestava em apresen-
podem ser encontrados de três maneiras: nú- tar resultados que os conjuntos numéricos
mero inteiro ou número decimal exato ou nú- existentes até então não forneciam. A partir
mero decimal periódico (dízimas periódicas). dos conjuntos dos números naturais, opera-
Os números que não podem ser colocados ções como, por exemplo, a subtração 5 – 8 só
na forma de fração com numerador inteiro e puderam apresentar um resultado com o apa-
denominador inteiro não-nulo são chamados recimento do conjunto dos números inteiros.
de números irracionais. A divisão de número 8 por 3 só pode apresen-

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos PV2D-08-MAT-11 51


Matemática Básica

tar resultado dentro do conjunto dos núme- b) Dados A=]–1, 4] e B = [4, 6], determine:
ros racionais. O cálculo da raiz quadrada do a) A ∪ B
número 17, por exemplo, é um resultado pos- b) A ∩ B
sível somente dentro do conjunto dos núme-
ros irracionais. Pela reunião do conjunto dos c) B – A
números racionais com os números irracio- Resolução
nais obtivemos o conjunto dos números re-
ais. Por mais amplo que possa parecer o con-
junto dos números reais, não foi suficiente
para cumprir todas as exigências quanto a
esgotar as necessidades de resultados possí-
veis dentro da Matemática. Algumas opera-
ções matemáticas só puderam apresentar
resultados dentro do conjunto dos números
complexos.
1
1 ∪ 2 = 51 6 2 = 3 ∈ 4 51 < 3 ≤ 2 2
1∩ 2 = 1 12
1
1 5 2 = 1 62 = 3 ∈ 4 1 < 3 ≤ 2 2

Exercícios Resolvidos
01. (Fuvest - SP)
12. Operações com Dividir um número por 0,0125 equivale a
Intervalos em R (reais) multiplicá-lo por:
Vejamos com exemplos: 1
a) d) 12,5
a) Dados A = [0, 3] e B = [1, 5[, calcule: 123
a) A ∪ B 1
b) e) 80
b) A ∩ B 1
c) A – B c) 8
Resolução
Resolução
123
Note que 0,0125 = que, simplificada por
14 444
1
125, dará . Seja n o número, então:
23
1 23
1∪ 2 = 13 2 = 13 ∈ 5 4 1 ≤ 6 < 22 n:
23
= 4⋅
1
= 23 ⋅ 4

1 ∩ 2 = 13 2 = 13 ∈ 5 4 1 ≤ 6 ≤ 22 Resposta: E

1 1 2 = 4 2 5 = 13 ∈ 6 3 4 ≤ 7 < 52
52 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos
Matemática Básica

02. (Ulbra-RS) Resolução


Uma estrada está marcada em 5 partes Entre x e y existem 5 intervalos iguais de compri-
iguais conforme a figura abaixo. Se o carro x mento n:
está na posição 170,3 e o y na posição 231,8, a 170,3 + n = 231,8
localização do carro Z é:
n = 61,5
a) 207,2.
Cada intervalo terá:
b) 36,9.
61,5:5=12,3 unidades
c) 194,9.
De z para y temos duas unidades:
d) 182,6.
12,3 · 2= 24,6 unidades
e) impossível determinar.
A posição de Z será dada por:
231,8 – 24,6 = 207, 2 unidades
Resposta: A

Capítulo 07. Teoria dos Conjuntos PV2D-08-MAT-11 53


Matemática Básica

Capítulo 08. Equações


1. Introdução As raízes reais da equação são –2 e +2,
assim:
Consideremos as três igualdades abaixo:
S = {–2, +2}
1ª) 2 + 3 = 5
2ª) 2 + 1 = 5
3ª) 2 + x = 5 b) Resolver a equação:
Dizemos que as duas primeiras igual- x2 = 4 em N
dades são sentenças matemáticas fechadas,
pois são definitivamente falsas ou definiti-
vamente verdadeiras. No caso, a primeira é A única raiz natural da equação é 2,
sempre verdadeira e a segunda é sempre falsa. assim:
Dizemos que a terceira igualdade é uma S = {2}
sentença matemática aberta, pois pode ser
verdadeira ou falsa, dependendo do valor
atribuído à letra x. No caso, é verdadeira Na resolução das equações, podemos
quando atribuímos a x o valor 3 e falsa quan- nos valer de algumas operações e transformá-
do o valor atribuído a x é diferente de 3. Sen- las em equações equivalentes, isto é, que
tenças matemáticas desse tipo são chamadas apresentam o mesmo conjunto solução, no
de equações; a letra x é a variável da equa- mesmo universo.
ção, o número 3 é a raiz ou solução da equa- Vejamos algumas destas propriedades:
ção e o conjunto S = {3} é o conjunto solução P1 ) Quando adicionamos ou subtraímos
da equação, também chamado de conjunto um mesmo número aos dois membros de uma
verdade. igualdade, esta permanece verdadeira.
Exemplos
1 = 2⇔ 1+ 3 = 2+ 3
a) 2x + 1 = 7
12
3 é a única raiz, então S = {3}
b) 3x – 5 = –2 1 = 2⇔ 1− 3 = 2− 3
1 é a única raiz, então S = {1}
Conseqüência
2. Resolução de uma Equação Observemos a equação:
Resolver uma equação é determinar to- x+2=3
das as raízes da equação que pertencem a um
Subtraindo 2 nos dois membros da
conjunto previamente estabelecido, chama-
igualdade, temos:
do conjunto universo.
Exemplos x+2=3 ⇔ x+2–2=3–2
a) Resolver a equação: Assim:
x = 4 em R
2
x+2=3⇔ x=1

54 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 08. Equações


Matemática Básica

P2) Quando multiplicamos ou dividimos 21 1 1 2


os dois membros de uma igualdade por um 11 = 2 ⇔ =
número diferente de zero, a igualdade perma- 1 1
nece verdadeira. 21 2
1 = 2 ⇔ 1⋅ 4 = 2⋅ 4 11 = 2 ⇔ 1 =
1
32
2
1 2 Assim: 1 1 − 2 = 3 ⇔ 1 =
1=2⇔ = 1
4 4
De modo abreviado, fazemos:
Conseqüência
Observemos a equação: 21 22 2
11 − 2 = 3 ⇔ 1 1 = 2 ⇔ 1 =
1
–2x = 6
Assim:
Dividindo por –2 os dois membros da
igualdade, temos: 12 1 45
−1 1 2
1=
32 6
−1 1 = 2 ⇔ =
−1 −1
Assim: Podemos estabelecer uma fórmula para
resolver em R a equação:
−1 1 = 2 ⇔ 1 = −3
1 2
13 + 3 = 1 1 ≠ 1
3. Equação do 1º Grau Assim:
Chamamos de equação do 1º grau as 41 42 −3
equações do tipo: 12 + 3 = 1 ⇒ 12 = − 3 ⇒ 2 =
1
ax + b = 0
12 −2 45
a ≠ 0.
onde a e b são números conhecidos com 1=
336
Exemplo
Exemplo
3x – 5 = 0 (a = 3 e b = –5)
Resolver em R a equação:
Para resolvermos uma equação do
1º grau, devemos isolar a incógnita em um 2x + 5 = 0
dos membros da igualdade, usando as pro-
priedades P1 e P2 do item anterior.
1=1 12 ⇒ 3 = −2 = −2
2 = 23 1 1
Exemplo
Resolver em R a equação: 1 −1 4
1=2 5
3x – 5 = 0 326
21
11 − 2 = 3 ⇔ 11 − 2 + 2 = 3 + 2

21
11 − 2 = 3 ⇔ 11 = 2

Capítulo 08. Equações PV2D-08-MAT-11 55


Matemática Básica

4. Problemas do 1º Grau Resolução

Problema é uma proposição a resolver,


na qual figuram elementos conhecidos ou su-
postamente conhecidos, chamados dados, e ele-
mentos desconhecidos, chamados incógnitas.
Resolver um problema é determinar os Substituindo 1 em 2 :
valores das incógnitas que satisfazem às con-
4y = 2 (y + 5) + 8
dições impostas pelo enunciado.
4y = 2y + 18
A resolução de um problema possui três
fases: 2y = 18 → y = 9
1) Colocar o problema em equação; Substituindo y = 9 na 1:
2) Resolver a equação ou equações do x=9+5
problema; x = 14
3) Interpretar os resultados ou fazer Resposta: C
uma discussão sobre eles.
04. Um vidro cheio de remédio “pesa”
Exercícios Resolvidos 325 g. Se jogarmos metade do remédio fora,
seu “peso “se reduz a 180 g. O “peso” do vi-
Resolver as equações: dro vazio é:
01. 3x – 5 = 2x + 6 a) 20 g d) 45 g
Resolução b) 25 g e) nda
3x – 2x = 6 + 5 c) 35 g
x = 11 Resolução
S = {11} v + R = 325
02. 2 (x + 3) + 3 (x – 1) = 7 (x + 2) R = 325 – v
Resolução 2
1+ = 456
2x + 6 + 3x – 3 = 7x + 14 3
2x + 3x – 7x = 14 + 3 – 6 234 − 1
1+ = 567
–2x = 11 3

22 12 11 45 12 + 314 − 2 = 356
1=−
3
1= −
3 26 v = 35
Resposta: C
03. Dividindo o número x pelo número
y, obtém-se quociente 1 e resto 5. Se o
quádrupo de y dividido por x dá quociente 2
e resto 8, então: 5. Equação do 2O Grau
a) x + y = 32 d) x · y = 76 Chamamos de equação do 2º grau as
b) y – x = 5 e) x = 2y equações do tipo:
c) x – y = 5 ax2 + bx + c = 0
nas quais a, b e c são números conheci-
dos com a ≠ 0.

56 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 08. Equações


Matemática Básica

Exemplos x2 + 4x + 4 = 16 passa a ser (x + 2)2 = 16


a) 2x2 – 3x + 5 = 0 (a = 2, b = –3 e c = 5) Assim:
b) 5x2 + 7x = 0 (a = 5, b = 7 e c = 0) x2 + 4x + 4 = 16 ⇔ (x + 2)2 = 16
c) 4x2 – 11 = 0 (a = 4, b = 0 e c = –11) x2 + 4x + 4 = 16 ⇔ x + 2 = – 4 ou x + 2 = 4
x2 + 4x + 4 = 16 ⇔ x = – 6 ou x = 2
5.1. Resolução da equação do 2O
grau
Assim:
Exemplos
S = {– 6, 2}
a) Resolver em R a equação:
x2 – 16 = 0
d) Resolver em R a equação:

Notamos que nessa equação do 2º grau x2 – 6x + 5 = 0


o coeficiente b é igual a zero e, por isto, ela é Observamos que x2 – 6x + 5 não é um
chamada de equação do 2º grau incompleta. quadrado perfeito, donde se conclui que o pro-
Vamos acompanhar a sua resolução. cedimento utilizado no exemplo anterior não
x2 – 16 = 0 ⇔ x2 = 16 poderá ser repetido, a menos que façamos al-
gumas modificações na equação, como vere-
x2 – 16 = 0 ⇔ x = – 4 ou x = +4
mos a seguir.
x2 é “o quadrado do primeiro”, 6x é
Assim: “duas vezes o primeiro (que é x) pelo segun-
S = {– 4, +4} do”, logo, o segundo só poderá ser o número
3 e, assim, “o quadrado do segundo será igual
a 9”. Como o quadrado perfeito só aparecerá
b) Resolver em R a equação: se tivermos x2 – 6x + 9, acrescentaremos aos
dois membros da igualdade o número 9.
x2 + 11x = 0
Assim:
Notamos que, nessa equação do 2º grau,
x2 – 6x + 5 = 0 ⇔ x2 – 6x + 5 + 9 = 9
o coeficiente c é igual a zero e, por isto, ela é
chamada, também, de equação do 2º grau in- x2 – 6x + 5 = 0 ⇔ x2 – 6x + 9 = 4
completa. Vamos acompanhar a sua resolução. x2 – 6x + 5 = 0 ⇔ (x – 3)2 = 4
x2 + 11x = 0 ⇔ x(x + 11) = 0
x2 – 6x + 5 = 0 ⇔ x – 3 = –2 ou x – 3 = 2
x2 + 11x = 0 ⇔ x = 0 ou x + 11 = 0
x2 – 6x + 5 = 0 ⇔ x = 1 ou x = 5
x2 + 11x = 0 ⇔ x = 0 ou x = –11
Assim:
Assim:
S = {1, 5}
S = {–11, 0}
5.2. Fórmula de Bhaskara
Vamos resolver a equação: ax2 + bx + c = 0,
c) Resolver em R a equação: que é a forma geral da equação do 2º grau.
x2 + 4x + 4 = 16 Inicialmente, multiplicamos os dois
membros da igualdade por a. Teremos:
Observamos que x2 + 4x + 4 é, na sua a2x2 + abx + ac = 0
forma fatorada, igual a (x + 2)2, então:

Capítulo 08. Equações PV2D-08-MAT-11 57


Matemática Básica

Notamos que a expressão: Exemplo


1
Resolver em R a equação:
11 11 + 3 1 + 5x2 – 12x + 4 = 0
1
Temos, a = 5, b = –12 e c = 4.
é um quadrado perfeito e, assim, pode-
Substituindo na fórmula de Bhaskara.
mos acrescentar aos dois membros da igual-
1
dade o número 1 .
1=
1 2 1−122
− −12 ±
1
1 21 2
−34 3
1 2⋅4
31 3 1 12 ± 133 − 45 12 ± 63
1 1 2 1 + 132 + 14 + = = =
1 1 15 15
Logo: 12 ± 3
1=
ax2 + bx + c = 0 ⇔ 14
1
31 31 x = 2 ou 1 =
⇔ 1 1 1 1 + 132 + = − 14 2
1 1
ax + bx + c = 0 ⇔
2 12 1 4 145
Assim: 1 =
32 6
13 3 46 1
31 − 2 14 Observação – Se a equação não estiver
2
⇔ 12 +
1 5 =
2 na forma ax2 + bx + c = 0, deve ser preparada
Chamando b2 – 4ac de discriminante da através das operações conhecidas, tais como,
equação do 2º grau, que será representado eliminação de denominadores, retirada de
parênteses, dentre outras.
pela letra grega ∆ (delta), teremos:

3 ∆ 5.3. Discussão do Número de


12 1 + 32 + 4 = 1 ⇔ 12 + =± Soluções da Equação do 2º Grau
2 2
Quando resolvemos uma equação do
−3 − ∆ 2º grau, já colocada na sua forma normal é
12 1 + 32 + 4 = 1 ⇔ 22 = ou
21 importante observar que três casos podem
surgir em relação ao cálculo do discriminante.
−2 + ∆ Observe:
11 =
13
1º caso: ∆ > 0 → A equação terá duas
raízes reais e distintas.
Dessa forma, resolvemos a equação do Exemplo - Resolver em R:
2º grau com os coeficientes literais a, b e c, o
x2 – 6x – 27 = 0
que nos permite estabelecer uma fórmula já
nossa conhecida, chamada “fórmula de a = 1, b = – 6 c = – 27
Bhaskara”, a qual resolverá qualquer equa- ∆ = (–6)2 – 4(1) (– 27) = 144 > 0
ção do 2º grau, bastando substituir os coefi-
cientes pelos números na equação a resolver. − 2 ± ∆ 2 ± 344 2 ± 31
1= = =
13 1⋅3 1
x1 = 9 ou x2 = –3
−2 ± ∆
1= , em que ∆ = 1 1 − 1 31 Observe que x1 ≠ x2.
13
Assim: S = {–3, 9}

58 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 08. Equações


Matemática Básica

2º caso: ∆ = 0 ⇒ A equação terá duas ∆ = b2 – 4ac = (–3)2 – 4(2) (1) = 1


raízes reais e iguais.
Exemplo 1= = =
1 2
− 2 ± ∆ − −5 ± 6 5 ± 6
34 3⋅ 3 7
Resolver em R:
1
4x2 – 4x + 1 = 0 x = 1 ou x =
2
a = 4, b = – 4 e c = 1
12 2 4245
∆ = b2 – 4ac = 16 – 16 = 0
1=
33 6
−2 ± ∆ 2 ± 3
1= =
13 4 02. 2 (x – 1) (3x – 7) + 12 (x + 3) = 30 (3x – 7)
1 1 6x2 – 20x + 14 + 12x + 36 = 90x – 210
11 = ou 1 1 =
2 2 6x2 – 98x + 260 = 0
Observe que x1 = x2.
Resolução
112 45 Dividindo a equação por 2:
Assim: 1 =
2 36 3x2 – 49x + 130 = 0
3º caso: ∆ < 0 ⇒ A equação não terá a = 3, b = – 49, c = 130
raízes reais. ∆ = 841
Exemplo
23 ± 43
Resolver em R. 1=
5
3x2 + 2x + 4 = 0
23
a = 3, b = 2, c = 4 x = 13 ou 1=
4
∆ = b2 – 4ac = 4 – 48 = – 44 < 0
12 23 52445
1=
− 2 ± ∆ −1 ± −22
=
1=
34 6
13 3
−11 ∉ R então não há raízes reais.
Assim:
S=∅
6. Relações entre Coeficien-
Exercícios Resolvidos
tes e Raízes
Resolver em R as equações abaixo: As equações do 2º grau, ax2 + bx + c = 0
1
1 2
1 ≠ 1 , possuem duas notáveis relações en-
01. 1 − 1 = 1 − 2 tre as raízes x1 e x2 e os coeficientes a, b e c.
2 3 São chamadas de relações de Soma e Pro-
Resolução duto ou relações de Girard.
Devemos preparar a equação:
2(x2 – 4) = 3 (x – 3) Consideremos a equação do 2º grau:
Retiramos os parênteses:
ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0 e com as raízes:
2x2 – 8 = 3x – 9
Escrevemos na forma padrão: −2 − ∆ −2 + ∆
11 = 2 212 =
2x2 – 3x + 1 = 0 13 13
a = 2, b = –3, c = 1

Capítulo 08. Equações PV2D-08-MAT-11 59


Matemática Básica

Podemos estabelecer: que é uma das equações do 2º grau cujas


1º) A soma das raízes da equação do 2º raízes são 2 e 7.
grau por meio da relação: 2º) Resolver a equação do 2º grau:
x2 – 7x + 12 = 0.
Pela observação da sentença que repre-
senta a equação, temos:
S = 7 e P = 12.

−1 Basta, agora, com um “pouquinho” de


S = criatividade, reconhecer dois números cuja
2
soma é 7 e o produto é 12.
Claro que já percebemos que os números
2º) O produto das raízes da equação do são 3 e 4. Portanto:
2º grau através da relação:
S = {3, 4}
13 − 13 − ∆ 46 ⋅ 13 −13 + ∆ 46
1 = 21 ⋅ 2 2 =
2 14 5 2 14 5 7. Resolução de Equações
2 − 3 − ∆ 32 − 3 + ∆ 3
com Mudança de Variável
1 = 21 ⋅ 22 = Freqüentemente nos deparamos com
14 2
equações que, mesmo não sendo do 2º grau,
podem ser resolvidas com o auxílio dela. Nes-
sas situações, devemos nos valer de mudan-
ças nas variáveis da equação de tal forma que
12 1 ela se transforme, temporariamente, numa
1=
3 equação do 2º grau, como nos exemplos que
A partir desses valores e, dividindo a veremos a seguir:
equação ax2 + bx + c = 0 pela constante a (coe- Exemplos
ficiente de x2), teremos a equação apresenta- a) Resolver a equação:
da pela igualdade:
x4 – 3x2 – 4 = 0
x2 – Sx + P = 0
Notemos que esta é uma equação de quar-
em que S é a soma de suas raízes e P é o to grau, porém com uma característica par-
produto delas. ticular: apresenta apenas os termos de grau
Podemos dar a essa nova apresentação da par.
equação do 2º grau duas utilizações práticas: Se fizermos:
1º) Determinar uma equação do 2º grau
x2 = y
cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Tendo as raízes, podemos determinar: teremos:

S = 2 + 7 = 9 e P = 2 · 7 = 14 y2 – 3y – 4 = 0

Com esses valores, podemos montar a Resolvendo esta equação, teremos:


equação:
y1 = –1 e y2 = 4
x2 – 9x + 14 = 0

60 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 08. Equações


Matemática Básica

Considerando que y está ocupando o lu- Exercícios Resolvidos


gar de x2, teremos: 01. Sejam x1 e x2 as raízes da equação
x2 = –1 ou x2 = 4 3x2 – kx – 1 = 0.
Considerando x ∈ R, teremos: Se 112 + 122 = 1 , então k2 é igual a:
x = – 2 ou x = 2 a) 2 c) 4
Assim sendo: b) 3 d) 5
Resolução
S = {–2, 2}
1 1
Sabemos que 11 + 12 = e 31 ⋅ 3 2 = −
1 2
b) Resolver a equação:
8 = 132 2 465
2
(x2 + x)2 – 14 (x2 + x) + 24 = 0 71 1 + 12
2

Evidentemente, os produtos e as potênci-


22
as indicados podem ser desenvolvidos origi- 112 + 1 11 12 + 122 =
nando uma equação do quarto grau com uma 1
certa complexidade na sua resolução. Obser- 22
vemos, por outro lado, que a expressão 112 + 122 + 1 11 12 =
12
3 3 4 124 2
(x2 + x) se apresenta na equação mais de uma
vez. Podemos tomar a iniciativa de substi- 1 13 = 1 1
tuí-la por uma única incógnita. 1+ 2 −
2 34 4
Se fizermos:
2 11
x2 +x=m 1− =
3 4
teremos: 3 11
= ⇒ 11 = 2
m2 – 14m + 24 = 0 2
A resolução desta equação nos leva a dois Resposta: B
valores de m: 2 e 12, que são, portanto, os va-
lores de x2 + x. 02. Resolver, em R, a equação:
Logo: x6 – 28x3 + 27 = 0
Resolução
x2 + x = 2 ou x2 + x = 12
Fazendo x3 = t, teremos x6 = t2, logo
Assim, determinaremos duas equações do
t2 – 28t + 27 = 0
2º grau:
∆ = 113 − 451 = 616
x2 + x – 2 = 0

e
Então, teremos:
x2 + x – 12 = 0
cujas soluções representarão as soluções da
equação original. Assim sendo, e pela resolu-
ção destas equações, teremos:
Resposta: S = {1, 3}
S = {– 4, – 2, 1, 3}

Capítulo 08. Equações PV2D-08-MAT-11 61


Matemática Básica

03. Deteremine m, positivo, para o qual sas equações, mas temos um processo de re-
uma das raízes da equação x2 – 3mx + 5m = 0 é solução prático e seguro que nos conduz a
o dobro da outra. equações cuja resolução já conhecemos.
Resolução Vamos acompanhar o método por meio
As raízes são x1 e x2 de um exemplo.
x2 = 2x1 Resolver a equação:
Sabemos que
1 + 1 +1=1
−2
31 + 3 2 = =1
4 1º passo: Isolamos o radical num dos
x1 + 2x1 = 3m membros da equação. Se existir mais de um
radical, escolher um deles e isolar.
3x1 = 3m
31 = 1 1+1 =1−1
2x1 = 2m, então
2º passo: Elevamos ao quadrado os dois
1 = 11 membros da equação.

2 = 31 − 4
3
Como 1 ⋅ 2 =
1
, temos: 1 +1
1 1

m · 2m = 5m x + 3 = 9 – 6x + x2
2m2 = 5m x2 – 7x + 6 = 0
2m2 – 5m = 0
3º passo: Resolvemos a equação.
Se na primeira vez que elevarmos a equa-
ção ao quadrado, continuar a existir a raiz
quadrada, ela deve ser isolada e a equação
As raízes serão será novamente elevada ao quadrado tantas
11 = 2 = 1 2 vezes forem necessárias até que não exista
x2 = 2m = 5 mais nenhum radical.
1
Resposta: = x2 – 7x + 6 = 0
2
que resolvida: x = 1 ou x = 6.
8. Equações Irracionais
Equação Irracional é uma equação em que 4º passo: Dessa maneira, obtemos uma
há incógnita em um ou mais radicais. São outra equação que não tem, necessariamente,
equações irracionais: o mesmo conjunto verdade da equação pro-
1) 1 posta. Quase sempre, a última equação admi-
1+1 =2
te todas as raízes da primeira e mais algumas
2) 1+1= 1−2 raízes, chamadas de raízes estranhas, que não
são raízes da primeira equação.
3) 11 + 2 + 1 − 2 = 3
Para contornar este problema, iremos efe-
As raízes podem ter qualquer índice, mas tuar uma verificação para eliminar as raízes
no nosso estudo trataremos apenas das equa- estranhas e obter o conjunto solução correto.
ções irracionais que apresentarem raízes qua- Esta verificação consiste em substituir na
dradas. Não existe fórmula para resolver es- equação original os valores de x obtidos.

62 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 08. Equações


Matemática Básica

Observe: b) Resolver em R a equação


para x = 1: 1 + 2 + 1 = 2
11 − 11 + 2 −
1 3
+ 1 =4 1 ≠ 4
1 1
1 2
1 + 3=1
2 + 1 = 3 (V) Primeiro, arrumamos a equação:
para x = 6: + 2 + =2 1 2
11 + − 21 − + 3 = 4
11 1
1 +2=3
3+6=3 1 1 3 −21 1 3 +3= 4
2 4 2 4
1
+ 1
+ (1)
9 = 3 (F)
Notamos que 1 é solução da equação mas
6 não é, assim sendo: Faremos a seguinte troca:
S = {1} 1
+ =1
9. Mudança de Variável
Como já vimos a mudança de variável tem
o objetivo de facilitar a resolução de equa- Elevando ao quadrado, teremos:
ções que apresentem grau de dificuldade con-
2 2
siderável. Veremos alguns exemplos de reso- 11 + 1 + 1
= 2 1 ⇒ 1 1 + 1 = 21 − 1
lução a seguir. 1 1
Exemplos
a) Resolver em R a equação Substituindo em (1):
(t2 – 2) – 4t + 5 = 0
x4 – 5x2 + 4 = 0
t2 – 4t + 3 = 0
Mudar a variável x2 = t (1)
4 2
Evidentemente x = t , e teremos:

t2 – 5t + 4 = 0
Voltando à mudança variável:

1 1
1+ =2 1+ =1
1 1
Voltando em 1:
11 − 21 + 1 = 3 11 − 1 + 1 = 3
x2 = 4 x2 = 1
2± 4 1 ± −4
1=± 1 1=± 1 1= 1= 567 8 9

5 5
x=±2 x=±1
Daí, teremos:

Daí, teremos: 1=
12 1 − 2 1+ 2
4
45
S = {–2, –1, 1, 2}
3 3 3 6

Capítulo 08. Equações PV2D-08-MAT-11 63


Matemática Básica

Exercícios Resolvidos
Então, 4 e 1 são raízes, logo:
01. Resolver em R a equação:
S = {1, 4}
1 − 1 + 1 −2=3
123 02. Resolver em R a equação
23
Resolução 11 + 1 + =4
• Isolar o radical assinalado (pode ser o outro). 11 + 1

1 − 1 =2− 1 Resolução
Vamos fazer a substituição:
• Elevar ao quadrado:
1 (1)
+ 1 =1
1 1− 2 = 12 − 2
1 1

Teremos:
1 − 1=3−1 1 +1 12
1+ =3
• Isolar novamente o radical: 1
t2 + 15 = 8t
=3+ + −3
t2 – 8t + 15 = 0
1 = 21 + 3
• Elevar ao quadrado novamente:
36x = 4x2 + 16x + 16 Voltando a (1):
4x2 – 20x + 16 = 0 1÷2 1
11 + 1 = 2 11 + 1 = 1
x2 – 5x + 4 = 0
x = 4 ou x = 1 1 1 + 1 = 32 11 + 3 = 3
1 1 = 45 11 =
• Fazendo a verificação: 1=± 6 1=
para x = 4: 1 − 2 + 2 − 3 = 4 Daí, teremos:
1 +2−3=4 S = {–4, 0, 4} Verifique!
1+2–3=0 (V)

para x = 1: 1 − 2 + 2 − 3 = 4

1 +2−3=4
2+1–3=0 (V)

64 PV2D-08-MAT-11 Capítulo 08. Equações

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