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BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
ASSEMBLEIA NACIONAL
Lei n.º 51/IX/2019:
Estabelecendo o regime de disponibilidade, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos,
locais abertos ao público e locais de trabalho dos serviços e organismos da Administração Pública
central e local e das entidades privadas.............................................................................................692
CONSELHO DE MINISTROS
Resolução nº 39/2019:
Aprovando o Plano Diretor do Sector Elétrico 2018 - 2040............................................................................704
Resolução nº 40/2019:
Autorizando a celebração de contratos de prestação de serviços para a contratação, por um período de dois
anos, dos médicos especialistas aposentados para prestação de cuidados de saúde de especialidade
nos serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde..........................................................711
Resolução nº41/2019:
Aprovando a Minuta de Adenda à Convenção de Estabelecimento entre o Estado de Cabo Verde e as
Sociedades MLD Cabo Verde Resort S.A, e a MLD Cabo Verde Entretenimento S.A............................712
Resolução nº42/2019:
Autorizando a transferência de verbas provinientes do Fundo de Solidariedade das Comunidades para o
Ministério de Família e Inclusão Social, visando o pagamento da pensão do regime não contributivo
concedida aos membros das comunidades em situação de vulnerabilidade............................................713
MINISTÉRIO DO TURISMO E TRANSPORTES E MINISTÉRIO DA ECONOMIA MARÍTIMA
Portaria conjunta n.º12/2019:
Aprovando o Logótipo do Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos......714
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E MINISTÉRIO DO TURISMO E TRANSPORTES
Portaria conjunta nº13/2019:
Definindo os prazos máximos para instrução do processo, análise e consequente atribuição do Estatuto
de Utilidade Turística, bem como, a aprovação dos projetos de investimento e exportação.................716
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Lei n.º 51/IX /2019 A visão deste Plano consiste na melhoria da saúde e do
bem-estar da População Cabo-verdiana através de medidas
de 8 de abril
que visam travar o uso abusivo de bebidas alcoólicas,
com o propósito de alcançar metas como a redução da
morbilidade, da mortalidade e do peso social resultantes
Preâmbulo
dos problemas ligados ao álcool, tais como o controlo de
qualidade de bebidas alcoólicas importadas antes do
O alcoolismo constitui um importante problema social despacho aduaneiro, a atribuição de uma licença especial
e de Saúde Pública e interfere negativamente em vários a todos os estabelecimentos que comercializam bebidas
aspetos da vida do indivíduo e da comunidade na qual alcoólicas, o reforço da fiscalização através da criação de
está inserido, e está diretamente ligado aos problemas grupos de fiscais para a realização desse controlo, sobretudo
de relacionamento, de violência, de absentismo laboral nos bares, discotecas e locais de diversão noturna que,
e escolar, de sinistralidade rodoviária e acidentes de constituem pontos de concentração de adolescentes e de
trabalho. acesso fácil às bebidas alcoólicas, a criação dum Sistema
Nacional de Informação sobre o Álcool para recolha e
Embora a lei em vigor proíba a venda de bebidas gestão adequada de dados, a realização de estudos nos
alcoólicas a menores de 18 anos, é bem de ver que 45,4% domínios da problemática do álcool e a criação de um
de estudantes entre 12 e 18 anos já ingeriram álcool pelo banco nacional de dados.
menos uma vez na vida, como revela o Primeiro Inquérito
Nacional sobre o Consumo de Substâncias Psicoativas Afora e em consonância com o quadro legal acima
no Ensino Secundário, realizado em 2013. mencionado, a presente de Lei dá particular atenção aos
aspetos ligados que se prendem com:
Com efeito, o início do consumo dá-se em idades precoces,
levando a uma maior probabilidade de ocorrência de - A publicidade zero de bebidas alcoólicas;
dependência alcoólica, assim como consequências diretas
a nível do sistema nervoso central, com défices cognitivos - A proibição da venda e do consumo de bebidas alcoólicas
e de memória, limitações a nível da aprendizagem e, bem nos serviços e organismos da Administração
assim, ao nível do desempenho profissional. Pública central e local e das entidades privadas;
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As propagandas alusivas ao álcool têm como principal - A Proibição da venda e do consumo de bebidas
alvo os jovens, com temas evidentemente dirigidos a essa alcoólicas nos locais de trabalho, incluindo
camada da sociedade, com manifesto impacto no consumo. cantinas, cafetarias e refeitórios.
A condução sob efeito de álcool, constitui também uma Ainda, é de se fazer referência aos princípios orientadores
causa preocupante de acidentes rodoviários, não obstante da presente da Lei, com particular realce para:
o registo de alguma redução no número de acidentes.
- A participação da comunidade, especialmente
No ambiente laboral, padrões de consumo problemáticos organizações juvenis, sectores de planificação
de álcool por alguns trabalhadores são uma realidade e de execução em matéria de prevenção do
e o posicionamento dos serviços em relação a esses consumo de bebidas alcoólicas;
consumidores tende a ser de medidas disciplinares,
relegando, para segundo plano, a promoção de medidas - A integração e coordenação de atuações em matéria
de segurança e a preservação da saúde. de prevenção de todas as entidades públicas e
da sociedade civil;
Perante esse quadro torna-se crucial reforçar o controlo
do uso de bebidas alcoólicas em Cabo Verde, especialmente - A promoção ativa de hábitos de vida e de cultura
através de medidas legislativas que protejam a saúde saudáveis;
dos cidadãos em geral e, particularmente, das crianças
e dos jovens, e assim contribuir para a segurança destes. - O princípio da co-responsabilidade social sobre a
problemática associada ao consumo de bebidas
Neste sentido, a presente Lei regula o regime de alcoólicas.
disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas
em locais públicos, locais abertos ao público e locais de Assim,
trabalho dos serviços e organismos da Administração
Pública central e local e das entidades privadas, bem Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta,
como o regime de restrição de publicidade, patrocínio nos termos da alínea b) do artigo 175.° da Constituição,
e promoção de bebidas alcoólicas e o regime jurídico da o seguinte:
realização de testes e exames médicos aos funcionários
públicos, agentes do Estado e trabalhadores que se CAPÍTULO I
encontrem em serviço.
DISPOSIÇÕES GERAIS
No plano legal, foi recentemente aprovado o Decreto-
Lei n.º 6/2017, de 14 de fevereiro, que cria a Comissão Artigo 1.º
de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD),
organismo intersectorial de âmbito nacional, com a missão Objeto
de promover e garantir a coordenação das ações e a
execução de políticas e estratégias de redução do consumo 1. A presente Lei estabelece o regime de disponibilização,
do álcool, a prevenção e o tratamento das dependências. venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos,
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locais abertos ao público e locais de trabalho dos serviços comportamentais, bem como fatores familiares, sociais
e organismos da Administração Pública central e local e e ambientais que favoreçam o surgimento de consumo
das entidades privadas. indevido e ou abusivo, de tal forma que aumente a
perceção de risco na população quanto ao consumo de
2. A presente Lei estabelece, ainda, o regime de restrição bebidas alcoólicas.
de publicidade, patrocínio e promoção de bebidas alcoólicas
e o regime jurídico da realização de testes e exames médicos 4. As medidas de prevenção têm em consideração grupos
aos funcionários públicos, agentes e trabalhadores, bem populacionais de particular vulnerabilidade nomeadamente,
assim, aos dirigentes da Administração Pública central e as crianças, os jovens e os doentes mentais.
local e aos das entidades privadas que se encontrem em
serviço, com vista à proteção da saúde e da segurança. Artigo 4.º
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2. As medidas estabelecidas nos planos de ação das d) Prever mecanismos de coordenação entre os serviços
entidades que promovem a modificação dos comportamentos de educação, sociais, de menores e de saúde na
de risco do consumo de álcool devem ser transversais e ter estratégia nacional para os problemas ligados
em consideração as seis áreas de prevenção identificadas ao álcool.
no número anterior.
Artigo 8.º
Artigo 6.º
Prevenção no âmbito comunitário
Prevenção no espaço escolar
Os Programas, ações ou medidas preventivas no
Os programas, ações ou medidas preventivas no espaço âmbito comunitário devem ter em conta os
escolar devem levar em consideração os seguintes critérios: seguintes critérios:
desenvolver materiais de apoio para professores e) Disponibilizar os meios disponíveis a nível comunitário
e alunos com alto nível de qualidade; para as intervenções;
e) Contemplar o desenvolvimento de programas f) Mobilizar as comunidades contra a venda do álcool
específicos de formação contínua de professores a pessoas, que não tenham idade mínima para o
nesta matéria, nas técnicas de deteção e nos consumo, que estejam visivelmente embriagadas,
programas preventivos específicos para estudantes que sejam portadoras de perturbações mentais;
especialmente vulneráveis e programas de
treinamento; g) Incluir o desenvolvimento de campanhas de
informação e conscientização social como reforço
f) Inclusão nos planos de atividades dos estabelecimentos de outras ações e iniciativas no que tange à
de ensino, ações para a promoção de estilos comunicação social;
de vida saudáveis e de dissuasão do consumo
do álcool; h) Incentivar o envolvimento das autarquias locais e
definir o seu papel nas ações ao nível comunitário;
g) Contemplar mecanismos de coordenação entre
instituições e serviços, nomeadamente com os da i) Promover uma política global de alternativas ao
saúde e os de índole psicossocial, com o objetivo consumo de bebidas alcoólicas, de âmbito cultural,
de estabelecer protocolos de encaminhamento, desportivo e social, com promoção de serviços
para as situações que carecem de um apoio sócio-culturais e atividades de lazer;
mais estruturado a esses níveis.
j) Estabelecer ações para combater atitudes favoráveis
Artigo 7.º ou tolerantes em relação ao consumo de bebidas
alcoólicas;
Prevenção no ambiente familiar
k) Contemplar estratégias preventivas de redução
de risco em programas de lazer saudáveis ou
Os programas, ações ou medidas preventivas no ambiente
alternativos.
familiar devem levar em consideração os seguintes critérios:
Artigo 9.º
a) Incentivar a participação das famílias enquanto
agentes de saúde de muita relevância; Prevenção no âmbito da saúde
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Os programas, ações ou medidas preventivas nos locais d) Em qualquer estabelecimento ou espaço de diversão,
de lazer devem levar em consideração os seguintes critérios: com exceção de:
b) Promover a saúde e os níveis de segurança nos ii. Estabelecimentos situados em portos e aeroportos
espaços de lazer e diversão; em local de acessibilidade reservada a passageiros;
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d) Cooperar na definição, na execução e na avaliação Âmbito dos testes e exames a realizar e competência
das políticas, dos programas e das medidas para os requerer
relativas ao consumo excessivo do álcool;
1. Para os efeitos previstos no artigo anterior, o
e) Respeitar a privacidade das pessoas no tocante funcionário público agente e trabalhador que se encontre
ao consumo do álcool, quer seja uma situação em serviço pode ser submetido a testes ou exames médicos
já ultrapassado, quer seja no presente, sem se tiverem por finalidade a proteção e segurança do
prejuízo do disposto na lei. mesmo e de terceiros ou quando particulares exigências
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inerentes à atividade o justifiquem, em qualquer uma devendo a entidade que a tiver proferido, nas 2 (duas)
das seguintes situações: horas imediatamente posteriores à sua prolação:
a) Quando se encontre em estado de aparente ausência a) Redigir ou mandar redigir auto, o qual é por si
das condições físicas ou psíquicas necessárias assinado e contém súmula de tudo o que se
e exigíveis ao cumprimento das suas funções; tiver passado, incluindo a menção expressa
dos motivos que fundamentaram a prolação
b) Quando for requerida a realização de testes ou oral da ordem; e
exames médicos de rotina ao efetivo da respetiva
unidade orgânica, de acordo com os procedimentos b) Notificar o trabalhador visado do auto previsto
estatuídos na instituição. na alínea a), sendo seguidamente aplicável,
com as necessárias adaptações, o disposto nos
2. São competentes para requerer a realização de testes números 4 e 5.
ou exames médicos: 6. Todas as pessoas que, por qualquer título, tiverem
presenciado a notificação para realização de teste ou
a) Qualquer superior hierárquico do trabalhador, exame médico, ou tomado conhecimento de informação
nos casos previstos na alínea a) do número a ele pertencente, ficam vinculadas ao dever de sigilo
anterior; relativamente a tudo o que tiverem presenciado ou de
que tiverem tomado conhecimento.
b) O Diretor-Geral e os Coordenadores do Serviço de
Auditoria e de Inspeção, bem como o dirigente 7. A violação do dever de sigilo a que se refere o número
máximo da unidade orgânica a que pertencem os anterior é punida nos termos gerais da lei.
trabalhadores a examinar, nos casos previstos
na alínea b) do número anterior. 8. O transporte para o serviço ou estabelecimento
de saúde para realização do teste ou exame médico é
Artigo 23.º assegurado pela entidade que o tiver requerido.
Artigo 25.º
Procedimentos para a análise de material biológico
Comunicação dos resultados e textes da contraprova
1. Sempre que, nos termos da presente Lei, forem
necessários ou requeridos testes ou exames complementares, 1. Concluído o exame, o serviço de saúde comunica,
competem aos serviços ou aos estabelecimentos de saúde de imediato, à entidade patronal ou empregadora que
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proceder à colheita do material biológico e à realização solicitou os testes ou exames, o estado de aptidão do
dos testes e exames. trabalhador para desempenhar as funções atuais ou
propostas, em termos de, apto, não apto, ou, apto com
2. Na colheita e no acondicionamento da amostra a ser restrições, contendo, sempre que possível, recomendações,
analisada são utilizados materiais aprovados bem como conforme Modelo a ser aprovado, mediante Portaria do
procedimentos necessários, salvaguardando-se sempre membro do Governo responsável pela área da Saúde.
a proteção dos dados pessoais.
2. As informações sobre a saúde devem ser de acesso
3. Na realização dos exames, deve ter-se em conta a restrito aos profissionais de saúde estando estes vinculados
eventual medicação que o examinado tenha tomado no ao dever de sigilo profissional.
período considerado relevante e que antecedeu os exames.
3. O examinado pode requerer, por escrito, a realização
de contraprova, não estando o requerimento sujeito a
Artigo 24.º
quaisquer outras formalidades especiais.
Formalidades para a realização de testes ou exames Artigo 26.º
1. A notificação para a realização de teste ou exame Consequências imediatas de recusa de submissão a testes ou
médico a que se refere o artigo anterior reveste a forma exames
escrita, contendo os motivos que fundamentam a sua
realização e é assinada pela entidade que a tiver proferido. 1. A recusa do funcionário público, agente ou trabalhador
que se encontre em serviço a submeter-se a teste ou a
2. A notificação a que se refere o número anterior é exame médico, ordenado nos termos previstos na presente
feita, com a máxima discrição possível, ao trabalhador Lei, constitui infração disciplinar, a apreciar nos termos
que deve ser examinado ou submetido a teste, mediante da lei.
entrega de uma cópia, antes da realização do teste ou 2. O funcionário público, agente ou trabalhador que
do exame médico. recuse a submeter-se a teste ou exame médico, nos termos
do n.º 1, caso aplicável, fica proibido nas 12 (doze) horas
3. A notificação é assinada pelo trabalhador a ser imediatamente posteriores à recusa de:
examinado ou submetido a teste.
a) Conduzir veículo a motor de qualquer categoria;
4. Se o notificado recusar a receber ou a assinar a
notificação, a entidade que proceder à notificação certifica b) Operar máquinas;
e narra a recusa, na presença e com a assinatura de 2
(duas) testemunhas, considerando-se assim efetuada a c) Deter, usar ou transportar qualquer arma de fogo; e
notificação.
d) Permanecer ao serviço.
5. Em caso de urgência manifesta, a solicitação para 3. Compete a qualquer superior hierárquico do funcionário ou
a realização de teste ou exame médico a que se refere o trabalhador visado tomar as medidas imediatas para assegurar
artigo anterior, pode ser oral, produzindo efeitos imediatos, o cumprimento das proibições previstas no número anterior.
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4. A violação pelo funcionário, agente ou trabalhador a) À notificação para a realização dos testes, exames
visado de qualquer das proibições previstas no n.º 2 médicos ou outros meios apropriados;
constitui infração disciplinar grave, punida nos termos
da lei. b) À avaliação do estado de aptidão do trabalhador; e
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Artigo 38.º 1.O produto das coimas aplicadas nos termos da presente
Lei reverte-se em:
Critérios para a graduação
a) 60% (sessenta por cento) para a CCAD;
1. Para determinar a graduação das sanções previstas
na presente Lei é levada em consideração o princípio b) 15% (quinze por cento) para a Polícia Nacional;
da proporcionalidade e, em todos os casos, os seguintes
critérios de graduação:
c) 15% (quinze por cento) para Inspeção Geral das
Atividades Económicas;
a) A gravidade da infração;
d) 10% (dez por cento) para a Polícia Municipal ou
b) A natureza dos prejuízos causados;
Serviços Municipais de Fiscalização.
c) A reincidência ou a reiteração;
Artigo 41.º
d) O volume do negócio e os benefícios obtidos com
a conduta; Não pagamento das coimas
e) O grau de difusão da publicidade. Se as coimas previstas na presente Lei não forem pagas
no prazo legalmente estabelecido, pode o Ministério
2. Concorrendo mais de dois dos critérios referidos no Público enquanto órgão de defesa dos direitos dos cidadãos
número anterior, a entidade competente pode aplicar a e interesses coletivos, parceira na execução da política
criminal definida pelos órgãos de soberania, à solicitação
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2. As contraordenações graves são punidas com a 2. As autoridades referidas no número anterior podem,
coima de: no decurso da fiscalização, determinar o encerramento
imediato e provisório do estabelecimento, por um período
a) 200.000$00 (duzentos mil escudos) a 500.000$00 não superior a 12 (doze) horas, quando e enquanto tal se
(quinhentos mil escudos), se o infrator for uma revele indispensável para:
pessoa singular;
a) A recolha de elementos de prova;
b) 500.000$00 (quinhentos mil escudos) a 800.000$00
(oitocentos mil escudos), se o infrator for uma b) A apreensão dos objetos utilizados na prática da
pessoa coletiva. infração; e ou
3. As contraordenações muito graves são punidas com c) A identificação dos agentes da infração e dos
a coima de: consumidores.
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sanitárias;
2. […]
f) Requisitar a colaboração de outras autoridades
públicas para assegurar o cumprimento de Artigo 17.º
suas funções. […]
g) 4. A instrução dos processos e a aplicação das 1. […]
coimas e das sanções acessórias competem,
respetivamente, à Inspeção-Geral das Atividades a) […]
Económicas e ao Inspetor-Geral.
b) […]
Artigo 44.º
c) […]
Consumo por menores
d) […]
1. A violação do disposto na presente Lei por menores
tem por consequência a notificação da ocorrência: e) […]
a) Ao respetivo representante legal; f) […]
b) Disponibilização de apoio técnico quando necessário; 2. […]
c) Ao Instituto Caboverdiano da Criança e do Adolescente a) […]
(ICCA), à CCAD e ao núcleo de apoio a crianças
e jovens em risco localizado nos centros de b) À entidade administrativa competente, se a taxa
saúde ou nos hospitais ou delegacias da área de alcoolemia for igual ou superior a 0,5 g/l e inferior a
de residência do menor, ou, em alternativa, 1,2 g/l, para efeitos de procedimento contraordenacional.
às equipas de resposta aos problemas ligados
ao álcool, integradas nos cuidados de saúde 3. […]
da área de residência do menor, nos casos de Artigo 20.º
intoxicação alcoólica, ou de impossibilidade de
notificação do representante legal. […]
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A energia, uma das bases para o desenvolvimento No prazo máximo de 5 anos o Plano Diretor a que
das atividades das empresas e da qualidade de vida das se refere o artigo 1.º deve ser atualizado, mantendo o
populações, é um fator fundamental para o progresso de princípio da estratégia de menor custo para o sector
Cabo Verde. Sem energia disponível, segura e competitiva elétrico de Cabo Verde.
não é possível promover o desenvolvimento económico e Artigo 4.º
garantir o bem-estar dos cidadãos. A elevada dependência
dos combustíveis fósseis prejudica a estabilidade e a Entrada em vigor
sustentabilidade do Sector Elétrico. A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
No caso de Cabo Verde, os excelentes recursos eólico ao da sua publicação.
e solar fazem com que a produção de energia elétrica Aprovada em Conselho de Ministros do dia 06 de
a partir de fontes renováveis, até certos limites, seja a dezembro de 2018.
alternativa mais económica para o país.
O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva
O Plano Diretor do Sector Elétrico 2018 – 2040 estabelece
qual o nível de energias renováveis, reforços térmicos e ANEXO
soluções de armazenamento ótimos do ponto de vista (A que se refere o artigo 1.º)
dos custos em cada momento, tendo em consideração o
aumento previsto da procura, a evolução dos custos das Plano Diretor do Sector Elétrico 2018-2040
diferentes tecnologias e critérios exigentes de qualidade Resumo Executivo
de fornecimento de energia.
Objetivos do Exercício
O Governo da IX Legislatura elegeu a competitividade e
a redução do custo da energia como prioridade, mantendo O Plano Director do Setor Elétrico 2018-2040 irá servir
os compromissos internacionalmente assumidos ao nível como um documento estrutural para o desenvolvimento
da sustentabilidade do sector elétrico na Conferência das do Sistema Elétrico, considerando as principais áreas do
Partes de Paris (COP21). desenvolvimento do sector: previsão espacial do consumo
elétrico, novos investimentos e reforços na infra-estrutura
Também este Governo optou-se por abandonar metas de transporte e distribuição de eletricidade, estrutura do
voluntárias de curto prazo irrealistas e assentar a visão parque produtor (localização de centrais, dimensão, fontes
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para o sector elétrico no estudo aprofundado da solução de energia e tecnologias) e gestão de redes, estrutura
de menor custo para o país, pela via do Plano Diretor do institucional e organizacional.
Sector Elétrico 2018-2040.
Este documento aborda os seguintes tópicos:
Assim,
-Previsão da procura elétrica,
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
Governo aprova a seguinte resolução. - Oferta necessária para atender às necessidades
Artigo 1.º elétricas,
Objeto - Plano de expansão da rede de transporte,
É aprovado o Plano Diretor do Sector Elétrico 2018- - Análise de rede do sistema elétrico e optimização
2040, que consta do anexo à presente Resolução, que dela least-cost (menor-custo),
faz parte integrante. - Análise económica e financeira,
Artigo 2.º
- Investimentos e custos indicativos em geração e
Objetivos e metas transporte, impactos nas tarifas de energia
São estabelecidas, com base no Plano Diretor do Sector elétrica,
Elétrico 2018 – 2040, as seguintes metas de menor custo - Avaliação do impacto ambiental e social.
para o sector elétrico de Cabo Verde:
Estudos de impacto ambiental, económico e financeiro,
a) Atingir 30% de produção de energia elétrica a partir estudos tarifários e um Plano de Acão e Plano de Investimento,
de fontes de energia renováveis até 2025, de juntamente com Recomendações de Politicas Energéticas,
acordo com o compromisso obrigatório assumido complementaram a avaliação da estratégia realizada.
por Cabo Verde na Conferência das Partes de
Paris (COP21); O Plano Diretor do Setor Electrico 2018-2040, o qual
abrangeu as nove ilhas de Cabo Verde, foi desenvolvido
b) Superar os 50% de produção de energia elétrica a ao longo de 18 meses (de Junho de 2017 até Novembro
partir de fontes de energia renováveis até 2030, de 2019) seguindo cinco fases distintas:
até à percentagem de integração que minimizar
os custos de produção de energia elétrica; - Fase I – Fase de Arranque
c) Manter a aposta na energia eólica e iniciar um - Fase II – Cenários de Procura Elétrica e Opções
programa ambicioso de desenvolvimento de de Geração
energia solar;
- Fase III – Cenários de Least-Cost Procura-Geração
d) Promover o desenvolvimento de uma central de e Avaliação do Impacto
bombagem pura na ilha de Santiago até 2025
e de soluções de armazenamento com base em - Fase IV – Plano de desenvolvimento da rede elétrica
baterias nas restantes ilhas, à medida que as - Fase V – Avaliação Institucional, Ambiental, Social,
reduções de custo e o desenvolvimento tecnológico Económica e Estratégia Financeira
o justifiquem;
- Fase VI – Plano de Ação, Plano de Investimento e
e) Manter a aposta na promoção da eficiência energética Recomendações de Politicas Energéticas
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