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Helloíny
José Maria dos Santos Jorge
Luciane Rego de Oliveira
Maria Alvina Ferreira de Moura
Marinisia Gomes de Jesus
Wallace Neris
1ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO
Goiânia
07 de abril de 2019
Helloíny
José Maria dos Santos Jorge
Luciane Rego de Oliveira
Maria Alvina Ferreira de Moura
Marinisia Gomes de Jesus
Wallace Neris
1ª GERAÇÃO DO ROMANTISMO
Trabalho solicitado pela professora
Elizete Albina Ferreira, ministrante da
disciplina de Literatura Brasileira II, com
o objetivo de explanar a respeito da
primeira geração do romantismo e
também sobre os autores Gonçalves
Magalhães e Gonçalves Dias e suas
obras.
GOIÂNIA
07 de abril de 2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................4
2. CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL...........................................5
3. A IMAGEM DO ÍNDIO NA POESIA DE GONÇALVES DIAS......7
4. GONÇALVES DE MAGALHÃES.......................................................
5. GONÇALVES DIAS..............................................................................
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................
INTRODUÇÃO
Tendo em vista o que afirma Bosi, nos primeiros cantos na poesia de Gonçalves
Dias, é nítido no autor, a consciência política e o seu posicionamento diante do destino
atroz que aguardava as tribos indígenas, mal descessem os brancos de suas caravelas.
Em meados de 1847, Gonçalves Dias publicou os Primeiros Cantos, livro de poesias que
tem como abertura o poema ¨A canção do exílio¨. O livro lhe trouxe a fama e a admiração
de Alexandre Herculano e do Imperador D. Pedro II.
Alguns dos poemas dos Primeiros Cantos, porventura os melhores, repunham em a nossa
poesia o índio nela primeiro introduzido por Basílio da Gama e Durão. Era essa a sua
grande e formosa novidade. Nos poemas daqueles poetas não entrava o índio senão como
elemento da ação ou de episódios, sem lhes interessar mais do que o pediam o assunto ou
as condições do gênero. Nos cantos de Gonçalves Dias, ao contrário, é ele de fato a
personagem principal, o herói, a ele vão claramente as simpatias do poeta, por ele é a sua
predileção manifesta.
A partir dos Primeiros Cantos, o que antes era tema – saudade melancolia, natureza,
índio – se tornou experiência, nova e fascinante, graças à superioridade da inspiração e
dos recursos formais.
Na época, a concepção artística do Romantismo ainda não tinha evoluído no verdadeiro
sentido da técnica. Entretanto, em Gonçalves Dias, nota-se uma consciência maior. Como
vimos, os Primeiros Cantos vêm prefaciado pelo autor que se autodetermina a
menosprezar "regras de mera convenção", a adotar "todos os ritmos da metrificação
portuguesa", usando deles "como me pareceram quadrar com o que eu pretendia
exprimir", de tal modo que compreende a Poesia como o casamento do "pensamento"
com o "sentimento". Portanto, não se pode negar o alto grau de conscientização artística
que existia em Gonçalves Dias.
Primeiros Cantos, obra de poesia lírica e intimista, é elogiada por Herculano, fato
que por si só já lhe vale a consagração na época. Inclusive, com ela se patenteou e se
consolidou o Romantismo Brasileiro.
É nesse livro que se encontram o "Canto do Guerreiro", o "Canto do Piága", o "Canto do
Índio", o "Tabyra", e tantas outras poesias de um exaltado americanismo.
Em "O Canto do Guerreiro", o primeiro poema indianista de Primeiros Cantos, a narração
é conduzida pelo índio, cujos versos afirmam uma concepção de valor da condição
indígena que irá distinguir o traço determinante da personalidade desses povos e se
constituir em marca de toda a representação do índio na poesia de Gonçalves Dias: a
dignidade da condição de homem livre, que só se desfaz com a destruição e a morte:
“Aqui na floresta
De ventos batidos,
Façanhas de bravos
Não geram escravos
Que estimem a vida
Sem guerra lidar”
O índio se deixa enganar, mas não escravizar, resiste, sua resposta à tentativa de
escravização é a luta, ainda que esta, lhe custe a destruição e a morte. A luta é condição
maior, fator de dignidade e justificativa da existência da nação indígena. É ela que
tempera o guerreiro, que prepara o forte, como na "Canção do Tamoio":
Portanto, a vida é uma epopeia constante, na qual só há lugar para os fortes, única
condição de sobrevivência das nações indígenas. O uso da forma épica, adaptada às novas
condições, revela a grande preocupação de Gonçalves Dias: não deixar que caiam no
esquecimento as grandes tradições dos nossos índios, as raízes nativas da pátria. O
objetivo central da epopeia é perpetuar na memória das gerações futuras a imagem do
passado heroico nacional, no qual (como nos mostra Mikhail Bakhtin) estão os ancestrais,
os pais, os fundadores, os primeiros, os melhores. E isto só é possível por meio da
atualização daquelas imagens elevadas na memória do presente, e como tais imagens se
construíram na vida-combate, na luta, impõe-se enaltecê-la, pois o combate só exalta os
bravos, expandindo sua imagem e perpetuando-a na memória das gerações futuras, como
diz o guerreiro tamoio:
“Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos teus na lembrança
Na voz do porvir”
Este poema foi publicado em 1836, segundo Stéfanie Rigamont, em sua famosa
obra “Suspiros Poéticos e Saudades”, que foi o gatilho para a primeira fase do
Romance, e apesar do poema ser indianista (mostra dos raios o estrago), se refere à luta
entre lusitanos e índios, uma forte exaltação da natureza e o nacionalismo, revela
também a solidão e a tristeza por não se encontrar na sua pátria. A presença da morte já
é uma forte evidência do mal do século que tem grande influência na segunda geração
do Romance.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista o que foi apresentado neste trabalho, conclui-se que a primeira
geração do romantismo no Brasil, teve seu início com a publicação de Suspiros Poéticos
e Saudades, de Gonçalves Magalhães em 1936. Essa geração é confundida entre período
nacionalista e período indianista, uma vez que a pátria; exaltação da natureza, abordagem
sobre o povo e sobre as regiões do país são exploradas pelos escritores da época. Um dos
principais escritores, além de Gonçalves Magalhães, foi, entre outros Gonçalves Dias, de
caráter indianista. Acreditamos que com as análises feitas das obras de cada um, sua
biografia, o contexto histórico-cultural, e a imagem do índio na poesia de Gonçalves Dias,
o entendimento sobre a primeira geração do romantismo tenha ficado mais claro e que
mais pessoas busquem estudar sobre o período.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MAGALDI, Sabato. Panorâma do Teatro Brasileiro. Global Editora. São Paulo: 1997
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura lrasileira. Cultrix, São Paulo: 1975