EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA
VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXX DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
Autos n. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, já qualificado nos autos, por seus
procuradores que esta subscrevem (procuração anexa), vem à presença de Vossa Excelência, apresentar PEDIDO REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA E/OU CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA, com fundamento no artigo 5º, inciso LXVI, LVII da Constituição Federal, bem como artigos 316 e 321 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
1. Síntese dos Fatos
O acusado se encontra recolhido junto ao sistema prisional do
estado de Santa Catarina, em virtude de decretação de prisão preventiva no presente processo, por supostamente ter cometido crime de homicídio na forma tentada. O fato ocorreu no dia XXXXXXXX por volta das 13hs, no mesmo dia XXXXXXXXXXXXXXX a autoridade policial representou pela Prisão Preventiva e pela expedição de Mandado de Prisão contra XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. No dia seguinte, XXXXXXXXXXXXXXX, o juiz acolheu o pedido do delegado de polícia e decretou a prisão preventiva de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, com os seguintes fundamentos:
“... garantia da ordem pública, pois a gravidade dos fatos, a
personalidade do agente, que opta por resolver seus problemas portando uma arma de fogo e sem se importar pela vida humana, indicando a probabilidade dele vir a praticar novamente o crime e demonstra a necessidade da decretação da medida para salvaguardar a ordem pública...”
“... garantia da aplicação da lei penal, uma vez que, estando em
local incerto e não sabido, resta prejudicado o exercício do jus puniendi, especialmente por causar inúmeros empecilhos à marcha processual...”
“...conveniência da instrução criminal, vez que ele se evadiu do
distrito da culpa, prejudicando a colheita de provas, bem como poderá novamente coagir a testemunha ocular, a qual, alias, já intimidou no momento do crime, ou mesmo a vítima, cujo risco de ser novamente atacada não pode ser descartado...”
“... o crime gerou grande comoção na comunidade local, que
não é acostumada a presenciar crimes graves como esse...”
“... Dessa forma, a prisão preventiva do representado é medida
necessária para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, bem como por conveniência da instrução processual, além de servir como meio de se evitar que sejam realizadas novas condutas delituosas, resguardando-se, assim, os interesses da comunidade...”
No mesmo dia, XXXXXXXXXXXXX, foi expedido o Mandado de
Prisão. No dia XXXXXXXXXXXXXXX, o Réu se apresentou espontaneamente na delegacia de polícia, momento em que foi cumprido o Mandado de Prisão.
O fato foi registrado no boletim de ocorrência Registro
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, onde há apenas a descrição de que o mandado foi cumprido, omitindo a informação de que o acusado se apresentou espontaneamente.
No mesmo dia foi feita pela delegacia de polícia a comunicação
ao Juiz do cumprimento do Mandado de Prisão, novamente omitindo a informação de que o acusado se apresentou espontaneamente.
O processo seguiu seus trâmites até o presente momento com
a realização da audiência de instrução e julgamento.
2. Do Direito
Em que pese no momento da decretação da prisão, diante dos
elementos apresentados a Vossa Excelência, em tese, estivessem presentes os requisitos da prisão, no presente momento, vez que é fato incontroverso que as investigações e a instrução processual já se encerraram, os requisitos da prisão não mais se fazem presentes.
Nesta data, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, foi
realizada a audiência, com a oitiva da vítima, das testemunhas e com o interrogatório do Réu, que respondeu a todas as indagações que lhe foram colocadas. Deste modo a instrução processual está encerrada, restando, se for o caso, apenas oitiva de testemunhas de defesa que não residem na comarca. Sendo assim, nesta fase processual, não se está mais diante de qualquer fato concreto que se amolde às hipóteses de garantia da ordem pública, de garantia da aplicação da lei penal ou de conveniência da instrução processual, previstas no artigo 312 da Código de Processo Penal. Neste momento, a manutenção da prisão preventiva afronta o direito à liberdade e o Princípio da Presunção de Inocência previsto no artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal.
2.1. Garantia da ordem pública
No que tange à garantia da ordem pública, “à gravidade dos fatos”, “à personalidade do agente”, e “à probabilidade dele vir a praticar novamente o crime” não são argumentos aptos a servir de fundamento para a manutenção da segregação cautelar. O SFT já decidiu nesse sentido, quando a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, concedeu parcialmente o Habeas Corpus nº. 130636 (15/12/2015), em relação a um dos acusados na chamada Operação Lava-Jato, decidiu "que, por mais graves e reprováveis que sejam as condutas, isso por si só não justifica o decreto de prisão cautelar." No caso julgado, um dos fundamentos para a decretação da prisão preventiva tinha sido exatamente "a gravidade dos crimes imputados ao paciente e o fundado receito de reiteração delitiva." O Ministro Teori Zavascki, relator do Habeas Corpus, votou pela substituição da prisão preventiva imposta pelo juízo da 13ª. Vara Federal de Curitiba, por medidas cautelares alternativas, entre elas a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país.
Com relação à chamada “personalidade do agente”, também
utilizada como argumento para fundamentar a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública, da mesma forma não pode servir de argumento para justificar a prisão. Não há nos autos qualquer elemento concreto com o qual se possa afirmar que o Réu teria personalidade voltada para o crime, pelo contrário, há nos autos prova de que tem residência fixa, emprego lícito, que tem família constituída, e ainda há o fato de que se apresentou espontaneamente para responder ao processo, aliado ao fato de não contar com nenhum tipo de antecedente criminal. Junto a este pedido de Liberdade Provisória, junta-se abaixo assinado onde constam assinaturas de mais de 50 (cinqüenta) pessoas, moradoras da região, que conhecem a pessoa de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX e atestam a sua boa conduta, honestidade, boa índole, sua prestatividade para com a comunidade, atestam tratar-se de pessoa trabalhadora, que tem uma boa convivência com a vizinhança, pessoa calma, que jamais se envolveu com atividades criminosas. O único elemento concreto, em tese, seria o fato estar sendo investigado neste processo, porém ainda há sentença penal condenatória transitada em julgado. Portanto o que deve prevalecer é a presunção de inocência e não a presunção de culpa. Dessa forma não há como se justificar a manutenção da prisão como garantia da ordem pública.
2.2. Garantia da aplicação da lei penal
A manutenção da prisão se fundamentou também na garantia da aplicação da lei penal, sob a afirmação de que o Réu, uma vez estando em local incerto e não sabido, restaria prejudicado o exercício do jus puniendi, especialmente por causar inúmeros empecilhos à marcha processual. No momento em que o Réu se apresentou espontaneamente e entregou a arma utilizada no crime na delegacia, ficou demonstrado que não tem intenção nenhuma de frustrar a aplicação da lei penal, ou de causar empecilhos à marcha processual, pelo contrário, o Réu demonstrou que pretende colaborar com a Justiça fornecendo todos os elementos possíveis para o esclarecimento de toda a dinâmica de como ocorreu fato. O Réu tem endereço fixo, tem trabalho lícito, tem família a qual depende de seu trabalho para o sustento, portanto se colocado em liberdade não estará em local incerto e não sabido, mas sim voltará para o seio de sua família, onde poderá facilmente ser encontrado para que seja intimado para todos os atos do processo.
2.3. Conveniência da instrução criminal
Outra justificativa utilizada foi a conveniência da instrução criminal, sob o argumento de que o Réu teria se evadido do distrito da culpa, o que teria prejudicando a colheita de provas, sob o argumento de que o Réu poderia coagir a testemunha ocular, a qual teria sido intimidada no momento do crime, e sob o argumento de que poderia novamente atacar a vítima. Novamente são fundamentos que carecem de elementos fáticos concretos aptos a sustentá-los. Não é verdade que o Réu se evadiu do distrito da culpa. Há nos autos prova de que apenas quatro dias após a ocorrência do fato o Réu se apresentou espontaneamente na delegacia com o objetivo de dar a sua versão dos fatos e de fornecer elementos para o esclarecimento da verdade, tanto que entregou a arma utilizada no crime para os policiais, e fez tudo isso mesmo sabendo que contra ele já constava ordem de prisão, a qual foi expedida no dia seguinte ao dia em que ocorreu o fato. Esse período de 04 dias entre a data do crime e a data da apresentação na delegacia foi apenas o tempo em que o Réu precisou para esfriar a cabeça, pensar em tudo o que ocorreu e decidir de forma racional sobre qual seria a melhor medida a ser tomada, e diga-se de passagem, escolheu a melhor alternativa, a de se apresentar para responder ao processo. Se o Réu quisesse realmente se evadir, jamais teria se apresentado espontaneamente. Dessa forma fica afastada a afirmação de que o Réu teria se evadido e de que teria prejudicado a colheita de provas. Também não é verdade que o Réu tenha qualquer intenção de coagir a testemunha ou de atacar novamente a vítima. A afirmação de que o Réu já teria coagido a testemunha no momento do fato não pode ser considerada verdadeira, uma vez que o fato ainda está sendo investigado e só poderá ser considerado verdadeiro após sentença penal condenatória com trânsito em julgado. Mais uma vez deve prevalecer o “Principio da Presunção de Inocência”. Não há nada nos autos que indique que o Réu poderá voltar a atacar a suposta vítima, portanto a manutenção da prisão não pode se basear em uma mera suposição. Portanto fica totalmente afastada a fundamentação da prisão baseada na conveniência da instrução criminal.
Mais um argumento utilizado para justificar a prisão foi a
seguinte afirmação “o crime gerou grande comoção na comunidade local, que não é acostumada a presenciar crimes graves como esse”. A respeito desse argumento a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que clamor público e comoção social não constituem fundamentação idônea a autorizar a prisão preventiva. Vejamos algumas decisões: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. NEGATIVA DO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. FUNDAMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE ELEMENTO CONCRETO. MENÇÃO GENÉRICA ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME E AO CLAMOR E COMOÇÃO SOCIAL CAUSADOS PELA INFRAÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. PRETENDIDA LIBERDADE ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA APÓS O ESGOTAMENTO DO SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO. 1. O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta (art. 387, § 1º, do CPP). 2. No caso, o Juízo de primeiro grau não apresentou um elemento concreto que justificasse a decretação da segregação cautelar na sentença, limitando-se a referir-se, de forma genérica, às circunstâncias do crime e ao clamor e comoção social causados pela infração penal. 3. O Superior Tribunal de Justiça, na linha do entendimento do Supremo Tribunal Federal, possui orientação no sentido de que é possível execução provisória da pena após o julgamento em segunda instância. 4. Existindo corréus em situação fático-processual idêntica, devem ser estendidos os efeitos desta decisão, nos termos do art. 580 do Código de Processo Penal. 5. Ordem concedida, em menor extensão, apenas para assegurar ao paciente o direito de aguardar o esgotamento do segundo grau de jurisdição em liberdade, podendo o Magistrado singular decretar, ou não, medidas alternativas à prisão, desde que fundamentadamente, devendo os efeitos da presente decisão ser estendidos aos corréus Willyan da Silva Rodrigues e Maiki Silveira Ferreira. (HC 440677/RS. Relator Ministro SEBASTIÃO REIS JUNIOR. 6ª Turma. Julg. 08/11/2018. Publ. 23/11/2018) (grifo nosso).
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. HOMICÍDIO
QUALIFICADO NA FORMA TENTADA. MEDIDAS CAUTELARES DEFERIDAS PELO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA PELA CORTE A QUO. FUNDAMENTAÇÃO GENÉRICA. GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO E CLAMOR PÚBLICO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS PREVISTOS NO ART. 312 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. ILEGALIDADE FLAGRANTE. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA. 1. A prisão preventiva do Paciente, decretada em sede de recurso em sentido estrito do Ministério Público, quando o Paciente cumpria há mais de um ano medidas cautelares diversas da prisão, fundamentou-se apenas na gravidade abstrata do crime de homicídio e no clamor público que, dissociados de qualquer outro elemento concreto e individualizado, não tem, por si sós, o condão de justificar a custódia cautelar. 2. Ordem de habeas corpus concedida para restabelecer a decisão proferida pelo Juízo de primeira instância, que deferiu o pedido de revogação da prisão preventiva, substituindo-a por medidas cautelares diversas. (HC 450598/MG. Relator Ministra LAURITA VAZ. 6ª Turma. Julg. 18/09/2018. Publ. 04/10/2018) (grifo nosso).
HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. EXCESSO DE PRAZO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. DEMORA INJUSTIFICADA. 1. A decretação ou a manutenção da custódia provisória, em qualquer fase do processo, exige a demonstração efetiva do preenchimento dos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. Para tanto, não é suficiente, evidentemente, a simples reportação abstrata aos pressupostos previstos no mencionado artigo, à gravidade abstrata do delito ou à repercussão social dos crimes objeto da ação penal, sem nenhuma referência a elemento real de cautelaridade. 2. Eventual excesso de prazo para a formação da culpa deve ser analisado segundo critérios de razoabilidade, levando-se em conta as peculiaridades do caso. 3. Na espécie, reconhecida a ausência de fundamentação concreta na decisão que decretou a prisão preventiva dos pacientes, bem como o excesso de prazo para o término da instrução criminal. 4. Ordem concedida. (HC 311162/ SP. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR. 6ª Turma. Julg. 17/03/2015. Publ. 26/03/2015.). (grifo nosso).
Portanto, seguindo a orientação dessa Corte Superior, o
referido argumento deve ser afastado, uma vez que são se trata de fundamentação idônea para a manutenção da segregação cautelar. 2.4. Da primariedade do Réu
Conforme Certidão de antecedentes criminais que consta nos
autos, verifica-se que o Réu é primário e jamais teve qualquer envolvimento em ocorrências policiais de qualquer natureza. Portanto constata-se que não há nada que indique que o Réu poderia ser voltado à prática de atividades criminosas e não há nada que indique que se estiver respondendo ao processo em liberdade poderia praticar outros crimes.
2.5. Trabalho lícito e residência fixa
Conforme consta no pedido de revogação da prisão
apresentada pelo defensor anterior e conforme documentos juntados aos autos naquela ocasião, o Réu desenvolve atividade laborativa lícita, trabalhando como mecânico em sua oficina denominada XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, (CNPJ XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX), sendo que, é dessa atividade que retira o dinheiro para o sustento de sua família. O fato de não estar podendo trabalhar pelo fato de estar preso tem feito com que sua família esteja sofrendo privações e grandes dificuldades financeiras.
E ainda, conforme comprovante de residência juntado aos
autos na mesma ocasião citada, fica comprovado que o Réu possui residência fixa onde reside com sua família e para onde pretende retornar se colocado em liberdade. Local onde facilmente poderá ser encontrado para todos os atos do processo.
Dessa forma verifica-se que se trata de pessoa honesta,
trabalhadora, que não tem em sua vida registro de qualquer fato desabonador da sua conduta.
O fato gerador do presente processo configura-se como uma
fatalidade, que poderia acontecer com qualquer pessoa, nos dias atuais estamos sujeitos a acontecimentos que nunca imaginamos que poderiam acontecer. Esse fato ainda está sendo investigado e será plenamente esclarecido, portanto, enquanto não houver sentença penal condenatória com trânsito em julgado, não pode servir para desabonar a conduta do acusado ou para justificar afirmação de que se trataria de pessoa de má índole ou que tenha a personalidade voltada ao crime.
2.6. Da possibilidade de aplicação de medida cautelar
diversa da prisão
A prisão preventiva deve ser a última medida cautelar a ser
aplicada. Primeiramente deve-se verificar a possibilidade de aplicação das medidas alternativas à prisão. A prisão deve ser a ultima ratio, só podendo ser aplicada de forma excepcional, quando não cabível nenhuma das medidas diversas da prisão previstas no artigo 319 do CPP.
De acordo com a análise acima colocada, e de acordo com o
contido no artigo 282 do CPP, verifica-se que no presente caso é perfeitamente possível a aplicação de qualquer das medidas cautelares prevista no artigo 319 CPP.
Trata-se de réu primário, com residência fixa, emprego lícito,
sendo as medidas cautelares contidas no artigo 319 do CPP, suficientes para garantir a aplicação da lei penal ou para assegurar a investigação ou a instrução processual.
O artigo 282, § 6º é claro em afirmar que: “a prisão preventiva
será aplicada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar”.
Portanto, espera-se que seja considerada a possibilidade de
aplicação de qualquer uma dessas medidas cautelares alternativas à prisão.
3. Dos pedidos
Diante de todo o exposto, requer:
1. A revogação da prisão preventiva com a concessão da liberdade provisória sem fiança para que o Réu possa responder ao processo em liberdade; 2. Alternativamente, requer a concessão da liberdade provisória com aplicação de qualquer das medidas cautelares alternativas prevista no artigo 319 do CPP; 3. Requer ainda, a expedição de alvará de soltura com a imediata colocação do Réu em liberdade.
Nestes termos, pede deferimento.
Seguem anexos os seguintes documentos:
1. Abaixo assinado realizado e assinado por pessoas que
residem na região e que conhecem a pessoa de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX; 2. Certificado de Microempreendedor comprovando trabalho lícito; 3. Certidão de nascimento dos filhos e declaração da esposa de XXXXXXXXXXXXXi relatando eu ela e os filhos vêm passando por dificuldades por conta de que XXXXXXXXXX era a única pessoa que trabalhava e que provinha o sustento da família; 4. Resultado de Prova de Tiro realizada por XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, na qual consta que o mesmo possui conhecimento técnico relacionado à arma, com nota 9.5 e que o mesmo em prova de tiro atingiu a nota 8.5.