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Aula 02
2
Grade curricular
3
Projeto x Fabricação
O projeto e a fabricação devem trabalhar em
conjunto para evitar “inconsistências”,
deperdício de material, aumento de custos,
tempo etc.
Engenharia de Engenharia de
Projeto Fabricação
(manufatura)
- Desenho
- Especificações - Seleciona os processos de
- Material fabricação adequados para
- Dimensões atender as especificações de
- Tolerâncias projeto.
- Acabamentos
- Dureza
- ... 4
Classificação processos
Século XXI:
Manufatura aditiva
Prototipagem rápida
5
Exemplo
6
Breaking News
Século XXI
Manufatura aditiva !
7
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/06/unicamp-faz-1-cirurgia-de-cranio-com-material-feito-em-3d-no-brasil-campinas.html
Breaking News
http://www.organovo.com/
8
Torneamento
9
Operações com torno
10
Roscamento
Macho
Cossinete
Broca
Alargador
14
Outros
Mandrilamento Brochamento
Brunimento
Lapidação
Polimento
Espelhamento 15
Fundição
Vazamento de metal “líquido” em moldes.
Tipos: fundição em areia, casca (shell), cera
17
Exemplo
Superfícies acessórias
X
Superfícies funcionais
18
Laminação
Processo de conformação a quente ou a frio
na qual o material passa por cilindros (rolos
de laminação) para adquirir uma forma de
interesse.
19
Extrusão
No projeto de elementos de
máquinas deve-se utilizar
tolerâncias (dimensionais e
geométricas) “adequadas” à
função da superfície em
questão.
Superfícies acessórias
X
Superfícies funcionais
21
Classe de tolerância
22
Classe tolerância x Fabricação
Valores de referência.
23
Classe tolerância x Custo
24
Vagas
https://www.tesla.com/careers/job/mechanical-designengineer-56853
25
Carregamentos
26
Grade curricular
27
Análise estrutural
Classes de carregamento
Solicitação
Constante Variável
Elemento estacionário Classe 1 Classe 2
Elemento móvel Classe 3 Classe 4
⃗
R= m ⃗ a
d H⃗G
M⃗ G=
dt
H⃗G =I x ω x ⃗i + I y ω y ⃗j + I z ω z ⃗k
Determinação de esforços
considerando equilíbrio:
⃗
R =⃗0
⃗ r =⃗
M 0
29
Reações de apoio
30
Reações de apoio
Apoio fixo - Conexão com pino (articulação)
Pino Pino
sem atrito com atrito
(interferente)
31
Reações de apoio
Apoio móvel (deslizante)
32
Reações de apoio
Engastamento
33
Reações de apoio
Haste com pino (articulada) acoplada a guia de deslizamento
34
Reações de apoio
Rótula
35
Reações de apoio
Mancal de rolamento
Mancal Mancal
(sem restrição axial) (com restrição axial)
37
Exemplo
38
Exemplo
39
Diagramas
de esforços internos
40
Esforços internos
F⃗R= P⃗ + V⃗ y + V⃗ z
M⃗ R =T⃗ + M⃗ y + M⃗z
F⃗R
M⃗ R
Esforços internos:
● Relacionados com a força interna (Fr) e
momento interno (Mr) atuantes no plano
de corte;
● Visualizados no plano de corte;
● As componentes de Fr e Mr são
classificadas quanto ao tipo de
solicitação. 41
Esforços internos
Força normal Força cortante
Observe que as solicitações de força cortante e de momento fletor podem apresentar componentes em
planos ortogonais. Neste exemplo a força cortante tem componente Vy (plano yz) e componente Vz
(plano xz) o que gera uma força cortante resultante! O mesmo é aplicável para o momento de flexão.
42
Exemplo
43
Convenção de sinais
Força normal:
N> 0
Força cortante:
V> 0
Momento fletor:
M> 0
Torção:
● Valor positivo “saindo” da seção conforme a regra da mão direita. 44
Exemplo 01
Diagrama de força cortante
V
2P
y 3
−P x
H x 3
x
−H
45
Exemplo 02
dV
=−w
dx
V =V 0 ± ( área sob a curva de carregamento desde x 0 até x)
dM
=V
dx
M =M 0 ± ( área sob a curva de cortante desde x 0 até x)
46
© 2 0 0 1 B r o o k s /C o le , a d iv is io n o f T h o m s o n L e a r n in g , I n c . T h o m s o n L e a r n in g ™ is a tr a d e m a r k u s e d h e r e in u n d e r lic e n s e .
Exemplo 03
−M 0
x
L
M
M0
2
−M 0 x
2 47
Estudo de caso
PARTE 1
Objetivos:
● Determinação do resumo da
transmissão;
● Determinação das forças de
reação nos mancais do eixo
intermediário;
● Determinação dos diagramas de
esforços do eixo intermediário;
Dados gerais:
● Potência motor: 50 [HP]
● Rotação motor: 1185 [rpm]
● Rendimento pares de rolamento: 0.99
● Rendimento engrenamento: 0.98
1 hp = 745,7 W
1 cv = 735,548W
Análise
de tensões-deformações
49
Introdução
Por ex:
Quero estudar as tensões atuantes
na seção que passa pelo ponto E.
Problema real
Modelo
3)
D.C.L
4)
1)
Esforços
Tensões
2) 50
Esforços x Tensões
Cada componente de tensão do ponto
da seção transversal em análise é
determinada em função dos esforços
atuantes naquela seção e de suas
propriedades geométricas!
E
Outro ponto, outro
estado de tensão!
No dimensionamento de elementos de
máquinas deve-se inicialmente identificar
as seções críticas (geometria + esforços
máximos) e depois identificar a
localização do ponto dentro da seção
que está submetido a uma combinação
de tensões que gera uma tensão
“crítica”. 51
Lei de Hooke
52
Tensões principais
3 2
σ −C 2 σ −C 1 σ −C0 =0 σ 1> σ 2> σ 3
C 2= σ x + σ y + σ z
2 2 2
C1 =τ +τ +τ −σ x σ y −σ y σ z−σ z σ x
xy yz zx
2 2 2
C0 =σ x σ y σ z +2 τ xy τ yz τ zx−σ x τ −σ y τ −σ z τ
yz zx xy
53
Círculo de Mohr
σ 1> σ 2 > σ 3
|σ 1− σ3|
τ 13=
2
|σ 2− σ1|
τ 21=
2
|σ 3 −σ 2|
τ 32=
2
|σ 1−σ 3|
τ max =
2
54
Estado plano de tensões
√
σ x+σ y σ x −σ y 2 2 2 τ xy
σ 1 , σ 2= ± ( ) + τ xy tan(2 ϕ p )= σ − σ
x y
2 2
σ x− σ y
tan(2 ϕ s)= −
√
τ 1 , τ 2=± (
σ x −σ y 2 2
2
) + τ xy ϕ s= ϕ p ±45
o
2 τ xy
55
Círculo de Mohr
56
Carregamento axial
57
Tensão normal
P
σ=
● Qualquer ponto A
da seção tem a
mesma tensão!
Principais hipóteses:
● Distribuição de tensão uniforme na seção;
58
Torção em
seção circular
59
Redutor (Exemplo)
60
Torção
Caso haja outros carregamentos, a tensão máxima de cisalhamento pode ocorrer em outro ponto. 61
Torção
Seção maciça (sólida) Seção tubular (oca)
4
τ min =0 Tr i
πd π (d 4e −d 4i ) τ min =
J= Tr J
32 τ max = J=
J 32 Tr e
τ max =
J
62
Estado de tensão
Estado de
cisalhamento puro
Tensões principais:
τ =G γ σ 1 , σ 2=
σ x +σ y
2 √
± (
σ x −σ y 2 2
2
) +τ xy
63
Distribuição de tensão
64
Estado de tensão
Cisalhamento
puro
65
Diagrama de torque
66
Torção em
seção não circular
67
Seções não circulares
● Seções transversais não circulares (não axissimétricas) são distorcidas
quando submetidas à torção.
● A distribuição da tensão de cisalhamento não necessariamente varia
linearmente com a distância do centro.
T
τ max =
Q Q : função da geometria da seção
TL K : função da geometria da seção
θ=
KG
OBS.:
Essa é a tensão de cisalhamento máxima considerando apenas o esforço de torção!
√
τ 1 , τ 2=± (
σ x− σ y 2 2
2
) + τ xy
Caso haja outros carregamentos, a tensão máxima de cisalhamento pode ocorrer em outro ponto. 68
Exemplo
69
Exemplo
70
Seções de parede fina (delgada)
Seções fechadas
T
τ=
2 t Am
Am
71
Seções de parede fina (delgada)
Seções abertas
Obs.:
Para carregamento de torção, seções abertas devem ser evitadas ou devem ser bem dimensionadas! 72
Expressões para K e Q
T TL
τ max = θ=
Q KG
IMPORTANTE:
Observe a localização do ponto da seção onde ocorre máximo cisalhamento! 73
Expressões para K e Q
T TL
τ max = θ=
Q KG
74
Expressões para K e Q
T TL
τ max = θ=
Q KG
75
Exemplo
Comparação dos efeitos de torção para diferentes formatos de seções todas com o
mesmo material e “perímetro” (portanto mesmo peso).
● Seções abertas são (geralmente) “piores” que seções planas de mesma dimensão;
● Boa prática de projeto é utilizar seções fechadas para minimizar o giro e tensões de
Referências
77
Flexão
pura
78
Flexão pura
Mc M : momento fletor
σf = − I : momento de inércia de área
I c : distância entre o ponto e a linha neutra
Principais hipóteses:
● Material homogêneo, isotrópico, linear elástico;
● Pequenas deflexões.
79
Flexão pura
Mz c
σ f =−
Iz
M z >0 M z <0
c 2< 0 c 1> 0 c 1> 0 c 2< 0
82
Distribuição de tensão
Linha neutra
83
Tópicos avançados
Referências
84
Cisalhamento simples
85
Cisalhamento simples
Equacionamento utilizado V F
em componentes onde o τ= τ=
efeito de flexão é
inexistente ou desprezível A A 86
Cisalhamento duplo
V
F
V=
2
V
V F
τ= τ=
A 2A 87
Cisalhamento duplo
P
V=
2
V P
τ= τ=
A 2A
88
Cisalhamento em vigas
89
Cisalhamento em vigas
● Equacionamento utilizado em componentes onde o efeito de flexão deve ser
considerado em conjunto com a cortante !
● Nestes casos, a distribuição da tensão de cisalhamento devido a cortante não
é uniforme.
90
Seção retangular
VQ V h 2
2 3V
τ= τ= ( −y 1 ) τ max =
Ib 2I 4 2A
Localização da máxima tensão:
Linha de pontos sobre a linha neutra!
91
Seção circular maciça
2
VQ 4V y
1 4V
τ= τ= (1− ) τ max =
Ib 3π r 2 2
r 3A
Localização da máxima tensão:
Linha de pontos sobre a linha neutra!
92
Seção circular vazada
V
τ max≃
A alma
Alma
94
Distribuição de tensão
Obs.:
-Qualquer modelo é uma aproximação do real !
-O modelo de elementos finitos fornece resultados aproximados.
95
Distribuição de tensão
Obs.:
-Qualquer modelo é uma aproximação do real !
-O modelo de elementos finitos fornece resultados aproximados.
96
“Outras” tensões
97
Tensão de rasgamento
Recomendação de projeto para o
posicionamento de furos (minimizar
efeito de rasgamento):
δmin = D
δ
P
Arasg ≃ δ t τ rasg =
2 A rasg 98
Tensão de esmagamento
Pb
σb =
Ab
π dt
Área projetada: Ab =dt Furo com folga: Ab =
4
Bearing stress 99
Tensões de contato
Contato cilíndrico
100
Tensões de contato
Contato esférico
101
Cilindros sob pressão
102
Discos em rotação
Discos em rotação estão submetidos a carregamentos inerciais os quais
geram componentes de tensão na direção radial e tangencial:
: densidade
: rotação
: poisson
Hipóteses:
● Material isotrópico elástico linear
● Raio externo muito maior que a espessura do disco (ro >= 10t)
● Espessura constante
103
Transmissão de potência
104
Transmissão de potência
Uma das principais funções de sistemas
mecânicos compostos por eixos e
acessórios é a transmissão de potência.
A quantidade de potência transmitida é
função do torque e da velocidade angular
do eixo.
Principais “sistemas”:
-Engrenagens
-Polias + correias
-Rodas dentadas + correntes
-Roda de atrito
-Embreagens / acoplamentos
P=T ω
Potência [W] Torque [N.m] Velocidade angular [rad/s] 105
Relação de transmissão
N : rotação
Dp : diâmetro primitivo
m : módulo da engrenagem Dp2 Z 2 N 1
i= = =
Z : número de dentes Dp1 Z 1 N 2
i : relação de transmissão
Dp=m ⋅Z 106
Rendimento de Transmissões
● Em sistemas de transmissão de potência parte da energia é dissipada
devido ao atrito entre as superfícies, arrasto do óleo lubrificante, ruído
etc…
● Assim, a potência de entrada do sistema (Pe) pode ser decomposta
em duas parcelas, uma representando a potência útil (Pu) e outra a
potência dissipada (Pd).
P e= P u + P d
● Assim, o rendimento do sistema é dado por:
Pu
η=
Pe
Faixa de valores de rendimentos em alguns sistemas mecânicos:
● Correias planas : 0,96-0,97
● Correias em V : 0,97-0,98
● Correntes : 0,95-0,99
● Rodas de atrito : 0,95-0,98
● Engrenagens fundidas : 0,92-0,93
● Engrenagens usinadas : 0,96-0,98
● Mancais Rolamento : 0,98-0,99
● Mancais Deslizamento : 0,96-0,98
107
* Valores de referência. Para valores mais “exatos” testar / consultar dados específicos dos sistemas.
Exemplo
Dados
Potência do motor Pm 18,5 [kW]
Rotação do motor Nm 1170 [rpm]
Z1 25 [-]
Z2 65 [-]
Número de dentes
Z3 35 [-]
Z4 63 [-]
Rendimento do par
de engrenamento ηeng 0,98 [-]
Rendimento do par
de mancais ηrol 0,99 [-]
Determine:
● A potência útil e o torque de cada eixo;
● A potência dissipada;
Obs.: Desenho ilustrativo!
● A rotação e redução de cada eixo;
● A redução total;
P e 1=P m P e 2 =P u 1 P e 3= P u 2
P u 1 =P m∗η rol P u 2=P u 1∗η eng∗η rol P u 3 =P u 2∗η eng∗η rol
P d 1= P e 1−P u 1 P u 2=P m∗η eng∗η 2rol P u 3 =P m∗η 2eng∗η 3rol
i m 1 =1 P d 2 =P e 2−P u 2 P d 3 =P e 3−P u 3
P Z2 N1 Z N
T 1= ωu 1 i 12= = i 23= 3 = 2
1 Z1 N2 Z2 N3
Resumo da P P
T 2 = ωu 2 T 3= ωu 3
transmissão 2 3
109
Estudo de caso
110
Estudo de caso
PARTE 1
Objetivos:
● Determinação do resumo da
transmissão;
● Determinação das forças de
reação nos mancais do eixo
intermediário;
● Determinação dos diagramas de
esforços do eixo intermediário;
Dados gerais:
● Potência motor: 50 [HP]
● Rotação motor: 1185 [rpm]
● Rendimento pares de rolamento: 0.99
● Rendimento engrenamento: 0.98
1 hp = 745,7 W
1 cv = 735,5111W
Estudo de caso
Rotação
de entrada
D
A
C
B
112
Referências
Teoria da Usinagem dos Materiais – Álisson R. Machado, Alexandre M. Abrão,
Reginaldo T. Coelho e Márcio B. da Silva. Blucher. 2015.
Norton, R.L. Projeto de máquinas: uma abordagem integrada. 2ed. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
Arthur P. Boresi, R. J. S. Advanced Mechanics of Materials – 6ed. John Wiley & Sons,
2003.
114