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Resumo
1.Introdução
2. Locação/Cenografia
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Trabalho apresentado para a disciplina Direção de Arte, UFES 2019/1
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Aluna finalista do curso de Cinema e Audiovisual, UFES-ES. e-mail:euthaishelena@gmail.com
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Orientador do trabalho. Professor do curso de Cinema e Audiovisual- UFES/ES
O brega nordestino, em especial na periferia pernambucana atualmente faz
muito sucesso nos nights clubes, bem como nos programas de tv locais. Esse
show business foi retratado no filme de Renata Pinheiro, em alguns momentos
até com estética de documentário, principalmente em se tratando das locações,
onde se processa essa cultura urbana popular.
3. Figurino
Todo desenhado por Joana Gatis, é um figurino com cores vivas, como que
emolduradas pelas músicas alegres do tecnobrega ou brega pop.
Shelly é a mais jovem, dançarina que sonha ser cantora. Figurino diurno com
sandália baixa-rasteirinha, roupas baratas, bijuteria discreta e prateada firmando a
diferença com Jaqueline: roupas e bijuterias coloridas, com tecidos de melhor
qualidade, salto alto.
A mudança de Shelly, sua ascensão, vai sendo pontuada pela equipe de arte:
após ficar loira (símbolo do erotismo, com sua referência a Marilyn Monroe) passa
a usar batom vermelho e unhas longas. E no paralelo, a decadência de Jaqueline
é pontuada por roupas mais claras.
Figura 9 - Shelly Noite depois que ficou loira
4. Props/Dressing
Assim, reforçando o erotismo como algo que faz parte do pensamento de uma
parte significativa da periferia no universo brega, um objeto de cena como a
coberta com o desenho de uma mulher nua, usada no cotidiano da personagem,
traz para a cena esse pensar, esse sentir.
5. Paleta de Cores
São vermelhas as luzes na locação boate quando Shelly dança com Alan
(parceiro musical de Jaqueline), que se revezam com luzes verdes. Vermelho é o
batom de Jaqueline no auge da carreira e de Shelly quando começa sua mudança
para cantora.
Num universo onde o corpo erótico tem papel de destaque, a equipe de arte
fez um trabalho interessante com os brilhos (Vestidos e acessórios com pedras:
pulseira, brincos, colares), com a transparência (figurino do bar: saída de praia), o
desenho da colcha de Shelly com a mulher nua que deu ritmo a visão (figura 10),
todas referências criadas a partir das texturas.
Figura 12: Figurino Jaqueline na boate Figura 13 -saída de praia de Jaqueline
Considerações
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Deserto (2016), de Guilherme Weber, Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda, Febre do rato (2011),
de Claudio Assis. Prêmio de melhor direção de arte no Festival de Paulínia 2011., Estamos juntos
(2011), de Toni Venturi, De pernas pro ar (2010), de Roberto Santucci, Histórias de amor duram
apenas 90 minutos (2009), de Paulo Halm, Hotel Atlântico (2009), de Suzana Amaral, A festa da
menina morta (2009), de Matheus Nachtergaele, Feliz Natal (2008), de Selton Mello, Baixio das
bestas (2007), de Cláudio Assis, Árido Movie (2006), de Lírio Ferreira, Amarelo manga (2002) e
Texas hotel (1999) de Claudio Assis.
tendo Dani Vilela como diretora de arte e Joana Gatis no figurino. A equipe de arte
cria uma narrativa, tem um papel epidérmico, principalmente se analisarmos o
reduzido número de diálogos.
Referências
jornal de Pernambuco:
https://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2015/01/22/internas_viver,5562
53/filme-em-amor-plastico-e-barulho-em-retrata-o-mundo-encantado-do-brega.shtml
sobre o brega:
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2018/10/26/brega-pernambucano-e-tema-de-
documentario-da-globonews.ghtml