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Aprendizagem Social e Emocional.

Aprendizagem Social e Emocional


- Afetividade e o processo de
ensino e aprendizagem
Material Complementar

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Aprendizagem Social e Emocional.

Índice
A Inclusão e a Escolha................................................................................................3
Referências bibliográficas da temática......................................................................5
A Importância da Afetividade na Formação Humana................................................5
Referências bibliográficas da temática......................................................................7
A Escola que Acolhe: A relação do professor X aluno................................................8
Referências bibliográficas da temática......................................................................10
Família e Escola: Parceria Ideal..................................................................................11
Referências bibliográficas da temática......................................................................13
Projetos Sociais e a Comunidade...............................................................................13
Referências bibliográficas da temática......................................................................15
Resumo do módulo....................................................................................................15

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Aprendizagem Social e Emocional.

A Inclusão e a Escolha
Quando as primeiras discussões sobre o atendimento escolar de pessoas com
deficiência surgiram, muito se falava sobre o assistencialismo extremamente voltado a
uma perspectiva hospitalar, antes separando tais pessoas da sociedade. Ao longo do
tempo, os termos integração e inclusão criaram força e distinguiram-se entre duas
vertentes demarcadas e hoje utilizadas para discutir a exclusão de qualquer pessoa, em
determinado contexto. A integração pensa a inserção do aluno na escola comum de
maneira que seja atendido por serviços segregados, dando a ele pouco espaço de
atuação. Já a inclusão entende que todos os alunos devem, sem exceção, ser
escolarizados em classes de ensino regular, respeitando assim os Direitos Humanos
inerentes a eles, propondo também revisões em sistemas de ensino, visto que deve
atender qualquer aluno no setor público.

Toda criança apresenta características diferentes, interesses peculiares, necessidades e


capacidades tais que a escola deve atender, o que implica em APLICAR E RECONHECER
direitos civis, PROTEGER E ASSUMIR direitos das minorias culturais, ACEITAR
participação e REITERAR o direito à infância por parte das crianças, ampliando seu
significado social e politicamente. É nesta vertente que documentos da UNESCO
pretendem tratar a questão da exclusão a partir dos sistemas educacionais e da
limitação que estes acusam quando não permitem a educação integral do ser mas sim
unidimensional, que privilegia uma única perspectiva sobre o a vida e o mundo, sem
contudo observar possibilidades criativas, imaginativas e comunicativas, favorecendo
então a adaptabilidade das crianças, que precisam deixar seus anseios de lado em vias
corresponder às expectativas externas a ela. Contudo, se considerarmos países
multiculturais tais qual o Brasil, que compôs sua vasta pluralidade de expressões
culturais, linguísticas e artísticas de várias vertentes e diversas raízes, podemos entender
a necessidade de equilíbrio entre a educação posta atualmente, diretamente
influenciada por uma mentalidade tradicional, em vias de integrar pluralismo cultural
dentro das propostas educativas.

A reivindicação do espaço escolar como um espaço em prol da democracia efetiva, que


permite exposição de identidades estas formadas pelo próprio contato com a cultura,
deve ser ensinada, estimulada e conquistada no ambiente escolar, como parte da
própria atuação política de toda a comunidade escolar ali inserida. Sendo assim,
podemos entender a educação para a autonomia, ou melhor, a ascensão de alunos a
indivíduos autônomos que podem escolher percursos culturais próprios, não
necessariamente aqueles instituídos como mais legítimas na sociedade (ou mesmo que
os escolham, que seja após contato com várias linguagens, podendo assim avançar em
seu senso crítico, em direção à inovação de autoria do próprio aluno).

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Considerando a cultura como a realização humana em todas as suas possibilidades,


adquirida pelo aprendizado na convivência em sociedade e se apresentando como um
universo simbólico, operando por meio da criação, transmissão, apropriação e
interpretação dos bens simbólicos e suas relações pode ter grande influência no
processo formador do indivíduo, se encarada como uma das fontes de conhecimento de
mundo. Podemos pensar então a formação do indivíduo de maneira não formalizada,
ou seja, através de uma dada experiência em sociedade, tendo enfoque no contato com
nossas expressões culturais. Ao apropriar-se de tal cultura através dessa vivência, (Re)
cria-se uma nova identidade ante a interpretação do mundo que passa a experimentar.
Tal ação forma o indivíduo ao mudar modos de pensar e, assim, promove diálogos entre
culturas, cada um em seu ponto de vista, deixando de lado o binômio inclusão exclusão,
se tomado o cuidado de escola não se valer de resultados estes que decretem o fracasso
escolar antes mesmo da própria vivência escolar ter se desenrolado.

Desta forma, podem ser ativos, podem apropriar-se de territórios, sendo a escola um
ambiente que inclui em sua totalidade todas as culturas/modos de pensar, de modo
atuante, que aplica, reconhece, protege, assume, aceita e reitera o respeito aos direitos
civis dentro da escola. Todas as diferenças postas em pauta podem fazer o ambiente
enriquecer-se em ideias e pontos de vista, bem como as pessoas, em vias de repensarem
novas práticas para a vida bem como dentro da uma escola, dessa maneira efetivamente
de todos. Vale lembrar que tal escolha é mediada pelos interesses próprios do indivíduo,
por aquilo que lhe causa afeição de alguma forma, assim também ampliando a escola
aos interesses da comunidade, aquilo que impacta mais nas pessoas onde a escola se
insere, geograficamente. Para compreender a realidade é fundamental que nos
apropriemos de uma dada cultura de referência, seja popular, seja de cunho religioso,
ou ainda referente a uma dada região, através das quais ela passa a fazer sentido, nos
aproximando dela através do que é afetivo.

Aqui buscamos refletir sobre a relação entre bens culturais e a educação, como um
processo que nunca acaba. Acredita-se que a apropriação da cultura não se dá de forma
direta ou exclusivamente racional, mas envolve a dimensão do diálogo, da interpretação
e da mediação afetiva e social. Um exemplo da questão centra-se no fato da escola
pública, por ser laica, não deve impor maneiras de pensar religiosamente, até porquê
tal decisão cabe ao indivíduo, com sua liberdade de culto e sua afetividade e devoção,
sendo inútil impor algo que se desenvolve internamente. Contudo a escola pode discuti-
las, deve entendê-las e respeitá-las, promovendo a tolerância ao outro e a sua
individualidade, promovendo uma pedagogia da escolha, já que, mais uma vez,
podemos lembrar que se existe uma dada escolha individual, mediada por desejos
internos, por sentimentos e afetividade particular, ao serem discutidas e expostas,
sempre na dimensão do diálogo, para que assim possam ser entendidas e
compreendidas.

Da mesma maneira que queremos ser respeitados, quanto às nossas individualidades,


no referido exemplo, à nossa religião, devemos como educadores fomentar o respeito
ao outro, em todas as instâncias culturais que está possa se valer. Ensinar nossos alunos

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a pensar o coletivo, as ações governamentais a política, a partir também do que lhe é


individual, em contraponto com o que é coletivo, público, dá os caminhos para a
formação do cidadão, consciente e atuante, não importa a região onde more.

Referências Bibliográficas da temática

COLL, Agustí Nicolau. As Culturas não são Disciplinas: existe o Transcultural?". Educação
e Transdisciplinaridade II. São Paulo: TRIOM/UNESCO, 2002.
FERREIRA-SANTOS, Marcos; ALMEIDA, Rogério de. Antropolíticas da educação. São
Paulo: Képos, 2011. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico.
Zahar, 2001.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA -


UNESCO. Educação: Um tesouro a descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI (J. C. Eufrázio, Trad.). São Paulo: Cortez,
2003.

A Importância da Afetividade na Formação


Humana
A partir do momento que o homem na Modernidade, passou a afastar-se de entidades
espirituais e as religiões perderam força, dando espaço para a ciência e a racionalidade,
a imagem da função paterna foi sendo comprometida, de modo que as relações sociais
entre gerações se tornaram mais frágeis, enquanto que a esfera pública se tona mais
discutida e vivenciada. O Estado laico leva o homem a pensar mais nas vidas que virão,
ao invés de concentrar-se na vida após a morte, mostrando também, da perspectiva
psicanalítica, uma insatisfação com o presente, mediante a nostalgia em relação ao
passado e a esperança de um futuro melhor. Contudo a sociedade atual, imersa nesta
insatisfação, acaba por dar manutenção a uma tradição histórica que legitima apenas
uma dada cultura, com seus valores pautados no capitalismo e na lógica de mercado
consumidor, para que se mantenha consumo e dominação. O olhar crítico acerca da
tradição, do que já está posto se faz necessário para se romper tais determinismos, num
esforço de se olhar para o passado de maneira retrospectiva, realista, para que se possa
(re) inventar o futuro através do passado. Podemos exercitar tal movimento em nossas
vidas práticas, quando lembramos nossos primeiros momentos em sala de aula, nossos
erros e acertos, como um aprendizado que (re) inventa nossas práticas, fazendo com
que sejamos autônomos e ensináveis na prática cotidiana, na qual mudamos e nos
autoconhecemos continuamente como professores que somos.

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Este exercício exige de nós uma formação integral como pessoa, que Wallon encarou
em três aspectos, um que inclui a construção do conhecimento, ou seja, da cognição
intelectual, mas também outro que inclui a dimensão afetiva, da formação do eu, além
de uma terceira social. A exteriorização dos sentimentos e a própria interação motora
do movimento corporal fazem com o meio e indivíduo se modifiquem reciprocamente,
um em relação ao outro.

Ele também valorizava a arte tal qual a ciência para a formação deste ser integral, já que
a arte dá espaço para a criação de coisas novas e de desenvolvimento afetivo com a livre
expressão que propicia, o que o levou a pensar como poderia se dar uma educação para
todos. Wallon tentou superar e ir além da introspecção para o autoconhecimento,
através das sensações e das reflexões sobre elas, observando a gênese do homem para
entende-lo, ou seja, observando a criança para conhece-la, sempre considerando o
ambiente no qual estava inserida.

Assim passou a dedicar-se ao olhar da relação com o outro, pensando o meio como um
espaço modificável inclusive pela criança, que compõe uma relação recíproca com
professores, como coautores das relações sociais. Importante contribuição de Wallon
para a educação foi entender o amadurecimento como não linear, como antes se
supunha, entendendo os momentos de crise como situações que promovem tal
amadurecimento, mesmo que fases possam ser demarcadas com características
biológicas que delimitam tal amadurecimento. Sendo assim, suas considerações
contribuíram muito para se pensar a importância da afetividade na formação humana,
já que é este mesmo ambiente social propício ao desenvolvimento que permitirá à
criança, principalmente se pensarmos nos pequenos da educação infantil, ainda mais
suscetíveis a nossas intervenções. Mas tal ambiente deve ser propício a momentos de
livre expressão das crianças e de observação por parte de professores para que
percebam tal amadurecimento da criança em relação a si mesma, como um processo
individual, que pode expressar-se por meio de motricidade, conhecimento intelectual
ou pelas próprias relações afetivas que adquire. Wallon também se referiu e muito com
o trabalho de Piaget, que de mesmo modo contribuiu em muitos aspectos com a
psicologia da infância e, assim, com a educação. Segundo Piaget, o desenvolvimento
psíquico é intelectual no ser humano, sendo este o foco de seu trabalho: o intelecto.
Este está diretamente ligado com a capacidade de adaptação, que aqui não é a
adaptação ao sistema imposto pela sociedade atual, mas se insere como conceito de
assimilar e incorporar dados e situações novas ao organismo do indivíduo, da
acomodação de tais assimilações, promovendo mudança da estrutura de pensamento
em função desta adaptação.

Dessa forma, experiências novas são necessárias para que indivíduos em formação para
que múltiplas descobertas lhes permitam também a criação de autonomia após a
experimentação, com novos desafios. Sendo assim, o pensamento pode desenvolver-se
após ação que contém função simbólica como a representação de modelo real, o jogo
simbólico de representação revisitada pela memória, pelo desenho, pela imitação bem
como pela linguagem. Assim sendo, a lógica própria de pensar que criança carrega

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mostra-se diferente da lógica adulta, o que deu origem Teoria Psicogenética, de cunho
interacionista, ou seja, que entende homem como em processo ativo de compreensão
do mundo, em diferentes mecanismos mentais, construídos através da ação entre
sujeito e objeto. Tais interações são construídas, tornando-se estruturas de pensamento
organizadas continuamente pelas sucessivas ações em relação aos objetos, ao que é
novo ou ainda ao que é recriado, numa nova exploração de objeto já conhecido. É
aprender fazendo!

Portanto, é impossível não considerar a afetividade tanto na formação humana, se


pensada integral, do ser como um todo, em todas as suas possibilidades, como Wallon,
bem como se pensado apenas no intelecto, como Piaget, pois quando interajo com o
mundo bem como com os objetos, penso e me envolvo emocionalmente. Ao explorar o
caráter das experiências (sensórias ou não) no sentido de que quanto mais vivências,
quanto mais observação do meio, quanto mais novidades, mais compreensivo o
indivíduo se torna, mais reflexivo e assim, mais sujeito à aceitação do outro. Quando nos
envolvemos com novos ambientes, com novas pessoas, com novas realidades escolares,
com novas culturas e com novas pessoas, até aquelas já conhecidas, que também
mudam continuamente, às quais precisamos conhecer novamente, a fim de manter
relações, aprendemos mais, neste movimento contínuo acerca do que é novo.

Para poder interferir na realidade, criando o novo, precisamos conhecer o velho,


olhando para o passado ao invés de negá-lo ou enobrece-lo, em vias de realmente
pensar o futuro com amplitude de atuação, colocando-nos de maneira racional, mas
também afetiva, emocional.

Referências Bibliográficas da temática

BATISTA, Douglas Emiliano. O declínio da transmissão na educação: notas


psicanalíticas. São Paulo: Annablume, 2012. GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma
concepção dialética do desenvolvimento infantil. Vozes, 1995.

PIAGET, Jean; ÅLVARO CABRAL; OITICICA, Christiano Monteiro. A formação do símbolo


na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 1971. PIAGET, Jean.
Psicogênese dos conhecimentos e seu significado epistemológico. 1983.

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A Escola que Acolhe: A relação do professor


X aluno
Para se pensar o acolhimento escolar por parte dos professores, algumas pesquisas
levantam a questão da formação de professores, por vezes carregada de muita
informação desconexa, que visa seu desempenho em sala para que também dê
justificativa de sua prática, sem, contudo, serem considerados seus conhecimentos
prévios, suas práticas para o ensino, sem refletir sobre as mesmas.

Quando os estudos acadêmicos tentam levantar a questão sobre quem são os


professores brasileiros visam justamente pensar sobre novas práticas para formação de
professores a saber: o que esperam, o que pensam, como encaram seu trabalho e seus
alunos, se os percebem com visão preconceituosa, como são referidos na formação
continuada, e assim por diante. Um dos perigos que uma formação de professores
pouco significativa pode promover, é a manutenção da sensação de impotência diante
das condições da sociedade atual, tal qual a educação básica quando não se abre para o
universo dos alunos.

Da mesma maneira que esperamos formar alunos autônomos, coautores do próprio


processo de ensino-aprendizagem, influentes no seu meio quando participativo da
cultura escolar e da sociedade, o professor deve ter também espaço para expor-se na
sua individualidade. Sem tal espaço pode cair em considerações sobre a prática com
seus alunos de aspecto apenas biológico para justificar dificuldades, sem considerar
contexto social e cultural dos mesmos. Esta postura passa a dar razões para a falta de
compreensão de um conteúdo, por exemplo, voltadas às suas habilidades inatas, o que
gera resignação por perceber que certos limites humanos não podem ser superados pela
educação. Outro exemplo disso são as considerações sobre indisciplina, que colocam o
indivíduo e suas características como as responsáveis para um desempenho pouco
proveitoso, como se fosse passivo diante do ambiente social no qual está inserido, como
se este determinasse toda a sua trajetória de vida, dentro e fora da escola. Pelo
contrário, é apenas a educação aquela que pode superar tais traços sociais, dando
condições culturais diferentes para a aprendizagem, visto que foram aprendidos. Sendo
assim, podem ser reaprendidos.

O desenvolvimento não se dá apenas por um processo espontâneo, mas o ensino


interfere em tal processo, bem como pode ser também a causa da evasão escolar e do
fracasso, quando mal executado. A sensação de impotência ante os problemas externos
à escola, através de determinismos e crenças acerca do indivíduo como fruto do meio,
como somatória de influências externas, desconsiderando de todo sua influência no
meio em que vive, dá o tom para uma educação que apenas perpetua a manutenção
das desigualdades sociais. Pensando na proposta de Vygotsky, que entende que o ser
humano é formado por seus aspectos biológicos e sociais, no qual o indivíduo interage

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e assim modifica o meio em que vive, não sendo um mero produto, mas sim criador do
mesmo contexto no qual está inserido, o homem é também um meio pelo qual se
socializa. Tal processo é chamado de interação dialética, isto é, através da vivência social
que assimila, com modos de viver e de portar-se sobre a vida, recria, expõe e interage,
modificando seu meio. A chegada de um novo bebê em uma família, ou mesmo a visita
de uma criança em uma casa onde residem apenas adultos, modifica o ambiente.

Nós, adultos, mudamos pois as crianças, com suas descobertas e com suas
particularidades, ou seja, de acordo também com sua personalidade, influencia os
outros, tal qual é influenciado, tendo apenas uma diferença acerca do aspecto
formativo, a criança está em formação e o adulto já formou-se como ser. Os fatores
inatos não são suficientes para produzir no homem o indivíduo humano, sendo
necessária sua interação com o outro para que ocorra, o que possibilita a apropriação
de cultura e a formação de características individuais, assim sendo, possibilita o próprio
aprendizado. Para Vygotsky uma se forma em relação a outra, numa relação recíproca
entre indivíduo e ambiente, sendo assim impossível se determinar tal processo como
previsível ou linear, produzindo os fins que dele resultarão.

Dessa forma, não há possibilidade de determinar como será a vida de um aluno, onde
ele chegará com aquilo que está aprendendo. Desta mesma maneira se dá o processo
de ensino, através de uma vivência social na escola, na qual o professor aparece como
mediador de atividades através de signos e do próprio acolhimento. Através do que já
sabe passa a compreender o que é novo, fazendo correlações, organizando os próprios
processos mentais decorrentes dessa convivência. Mas para que exista a apropriação
deve também ocorrer a internalização do conhecimento, através de uma ação
compartilhada indispensável para que práticas incluam tanto o professor e suas
individualidades, assim como o aluno e seu conhecimento de mundo, também
fomentando a colaboração, a tolerância e a compreensão diante das diferenças, ao invés
da competição e do mérito a poucos, não ao grupo.

Outra perspectiva importante para tal prática são as da pedagogia Reggio Emilia, que
surgiram após a Segunda Guerra Mundial, em vias de reconstruir pessoas mais
conscientes de sua atuação social e política, sempre se valendo do conceito de
comunidade para tal. Nela percebe o que chama de “as cem linguagens da criança”,
múltiplos discursos que verbais e não-verbais que expressam sua individualidade.
Importante mencionar que neste ponto de partida, tudo é experimentado, aprendido
através do fazer, do agir em relação ao mundo, de maneira motora, mas também
intelectual, através da discussão contínua sobre o que foi aprendido. As rodas de
conversa, muito comuns e usadas no dia-a-dia para se discutir uma certa descoberta ou
ainda para se decidir algo, é um espaço no qual as crianças interagem com o grupo
escolar no qual estão inseridos, são ouvidas, ouvem e expressam sentimentos, emoções,
coisas que lhe chamaram a atenção.

As rodas são feitas na intenção de que todos se vejam e uma das perguntas mais
corriqueiras é sobre como estão se sentindo, bem como é o momento usado para

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explicar o que acontecerá durante o dia, dando à criança as primeiras noções de tempo
e de sequência de atividades a serem executadas, podendo também dizer se gostou ou
não da atividade proposta. Tem-se aqui uma abertura à livre expressão da criança, à
exposição curiosa das coisas da vida, pensando sim o prazer que as crianças possuem
em satisfazer curiosidades. Permite assim uma interação entre professores e alunos
democrática, que depende sim da atuação das crianças sobre o conhecimento, que pode
dar sua opinião e suas ideias.

Conforme as crianças crescem, por vezes esse interesse desaparece, mas se dermos o
espaço democrático para que voltem a expressar-se, dando sim valor à sua participação,
podemos construir uma escola juntos, que se atenta tanto alunos como professores em
suas expectativas.

Vale ressaltar que de todas essas interferências necessárias à formação continuada para
que a relação professor-aluno seja ainda mais proveitosa, também seja levada em
considerações condições salariais e trabalhistas ainda precárias em muitas partes do
país. Sendo assim, a valorização profissional em vias de fomentar o trabalho educativo
é indispensável para que também exista uma mudança de prática pedagógica. Gestores
escolares e sindicatos docentes devem manter a postura em prol dos professores, em
vias de promover a valorização sistemática da função que exercem para que também a
própria formação dos alunos seja melhorada continuamente.

Referências teóricas

EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a


abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. 1999.

REGO, Teresa Cristina R. Educação, cultura e desenvolvimento: o que pensam os


professores. Org. GROPPA, Julio Aquino. Diferenças e preconceito na escola: alternativas
teóricas e práticas, p. 49-71, 1998.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. A formação social da mente. Editora Martins Fontes, 1989.
WALLON, Henry. Psicologia e materialismo dialético. Objetivos e métodos da psicologia.
Lisboa: Estampa, p. 61-67, 1975. ______________ Objetivos e métodos da Psicologia.
Lisboa: Estampa, 1975.

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Família e Escola: Parceria Ideal


Ao pensarmos a formação de professores e algumas lacunas da mesma, podemos ver
que a vivência prática dos docentes é aquela que promove o discernimento social, isto
é, a consciência das relações sociais dentro da escola, se pensarmos a escola como um
organismo social, de sistema fechado e independente, que estabelece suas próprias
marcas de interação. A escola possui assim função definida, um meio social distinto de
seu exterior, de estrutura política e cultura própria, contudo a extrema relação entre
escola e comunidade permeia tais interações.

Dentre as principais características desta interação social tem-se o ato de receber e de


dar instrução, determinando uma ordem política, ou seja, uma organização de
autoridade escolar, que se desenvolve para que seja uma escola e nada mais. Não
importando a comunidade da qual faça parte a escola, a expectativa por um aprendizado
se faz presente, o que mobiliza flexibilizar currículos, quando professores reunidos,
detentores de certo poder, passam a influenciar a organização de conteúdo, quando a
voz ativa dos poderes entra em equilíbrio, quando professores podem criar o que vai
ensinar em balanço com aquilo que lhe é cobrado por gestores escolares, que se
mantém necessário. Há ainda aquelas escolas em que os administradores impõem suas
demandas, poderes tornam-se frágeis bem como a relação dos próprios professores
com o ensino e o currículo.

Da mesma forma, a própria atuação dos atores sociais diversos ao redor da escola, a
saber os alunos, as famílias e a própria comunidade, são excluídos do fazer educativo
enquanto que na relação entre professores e alunos o que é reside a subordinação. Para
se manter tal autoridade, exacerbadas com baixa posição social da profissão, aplica-se
a disciplina, fazendo o contraponto com o uso de instituições auxiliares, voltadas à
cultura em grande parte dos casos, que diminuem a rigidez sistemática, possibilitando
inovações inclusive dentro da sala de aula, as mesmas instituições da comunidade por
vezes mais significativas que a própria escola. Nesta perspectiva, todos somos
educadores.

De igual modo as famílias e a comunidade podem proporcionar novos rumos para a


educação significativa para os alunos. A ideia aqui é podermos manter uma educação
que prima pela participação espontânea e não pela subordinação a uma autoridade,
sejam gestores, sejam professores, mas sim unir forças com a comunidade, a saber pais
e instituições auxiliares, isto é, atividades que a comunidade pode promover como
pontos de cultura popular, com o mesmo objetivo educativo.

Tal proposta, pode auxiliar na mediação dos grupos que não convivem bem, na qual a
escola possui influência para organizar convivência, pensando indivíduos e materiais
que dispõe, nas discussões que pode promover, bem como, fomenta os sentimentos de
pertencimento, as atividades para a cultura do jovem ter seu espaço onde a cultura deve
ser discutida, aliando a socialização e a cultura com os conteúdos, ao invés de separá-
los. Há de se relembrar a existência de interdependência entre ambos, entre família e

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escola. Fato é que a relação parental, a própria relação entre as crianças e suas famílias
ao longo de seu crescimento e amadurecimento psicológico, tornam-se de extrema
importância durante sua infância.

Contudo deve se tomar o cuidado de pensar em que medida tal relação de parentesco
é superada com a educação e com as relações sociais de amizade e coleguismo, visto
que continuam influenciando a vida das crianças, dos adolescentes, bem como a vida
adulta.
O que buscamos dizer é que pensando pelo viés da psicologia e da formação da mente
a grande influência a ser exercida concentra-se na infância, com funções distintas para
pais e entorno escolar, mas as relações se mantém ao longo da vida, bem como modos
de pensar, de agir.

O que se espera da escola e da educação, como uma influência perpétua do que se


aprendeu no passado, em relação ao que se aprende no presente, é que realize uma
formação integral, impedindo evasões escolares. Outro dado importante são que tipo
de famílias são atendidas na escola em que se trabalha. Por vezes, condições sociais de
risco provocam configurações familiares das mais diversas, que podem ir além dos laços
consanguíneos, podem se configurar com abandono por parte dos pais, ou mesmo pela
criação de outro parente. Vão além da própria relação de intimidade que a convivência
promove, tendo também configurações estas que vão influenciar diretamente em quem
é esse aluno e qual sua família, bem como quais as expectativas que possuem em
relação à escola.

Uma definição única para o conceito de família ainda se torna complicada dada a
complexidade de famílias existentes hoje em dia. Pensando tal questão, também pode
se considerar as funções que escola e família têm em comum: o preparo da criança e do
adolescente para sua vida em sociedade, ainda que sejam diferentes em suas
responsabilidades. Tais funções, quando unidas em prol do aluno devem evitar
condições de evasão ou fracasso escolar, para que possam contribuir com um aluno
pesquisador, questionador, que assimila o contexto no qual vive e que mesmo que
passando por situações difíceis, que ameacem seu desenvolvimento educacional,
possam aliar-se à escola em vias de salvaguardar todo seu processo de aprendizagem,
em vias de maior colaboração e compreensão por parte da escola em casos extremos.
Pensando deste modo, lembrando que a escola pública, por ser o que é, tem sua
identidade pautada no atendimento público, de comunidade e, consequentemente, de
núcleos familiares, uma proposta renovadora para o ensino, aplicado em algumas
escolas de países orientais, permitem tal espaço por famílias e comunidade, ao passo
que ensinam famílias a dialogar, dando espaço para tal interferência nos próprios
projetos escolares e até no ensino, valorizando as mesmas.

Os pais podem ser associados a projetos pedagógicos, aprendendo a ensinar e seus


comentários e sugestões são debatidos em reuniões que se realizam regularmente com
professores, levadas em consideração para que sejam adotadas medidas específicas de
comum acordo. É necessário que a escola esteja aberta para que todas as famílias

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Aprendizagem Social e Emocional.

interajam, não importa como sejam constituídas, participem e colaborem, pois muito
têm a contribuir, estando também em um espaço que possam compreender com a
tolerância e com as noções de comunidade coletiva, de democracia participativa, em
vias de estimular o mesmo em seus filhos, como atores que modificam a realidade na
qual estão inserem, que podem escolher mudar suas vidas e as vidas dos outros. As
famílias são diversificadas e necessitam ser respeitadas, podendo ter na escola espaço
para expor sua história, contribuindo com a tolerância às diferenças.

É necessário também que a compreensão de mundo que aqui se insere permeie as


características regionais, a cultura local e a formação da vida para a apropriação do
patrimônio cultural que lhe é representativo, evitando assim rupturas totais com suas
raízes, para o respeito à diversidade e a manutenção, assimilação e criação de novas
expressões culturais representativas. Dessa forma, as famílias e comunidades poderão
também colaborar com o desafio essencial se impõe à educação, promovendo as bases
para uma sociedade mais democrática e igualitária.

Referências Bibliográficas

OLIVEIRA, Cynthia Bisinoto Evangelista de; MARINHO-ARAÚJO, Claisy Maria. A relação


família-escola: intersecções e desafios. Estud. Psicol. (Campinas), v. 27, n. 1, p. 99-108,
2010.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA -


UNESCO. Educação: Um tesouro a descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre Educação para o século XXI (J. C. Eufrázio, Trad.). São Paulo: Cortez,
2003. WALLER, Willard (1961). The Sociology of teaching. New York: Russell & Russell.
p.1-14

Projetos Sociais e a Comunidade


Quando centramos na questão diretamente ligada a uma ação de inteligência emocional
e social, voltadas às práticas educacionais, podemos pensar como tratar tais questões
da afetividade no processo de ensino aprendizagem, também permitindo o espaço para
o professor-autor, para os projetos sociais e para a atuação da comunidade e toda sua
expressão, dentro dos muros da escola.

Tomando por base as tendências históricas que a pedagogia tomou ao longo dos anos,
temos uma vertente mais tradicional, na qual o professor é apenas o transmissor e o
controlador do conhecimento, que exige do aluno armazenamento de informações e
passa a valorizar como prioridade o diploma que comprova um certo nível de

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Aprendizagem Social e Emocional.

conhecimento. Quando a vertente se baseia num campo mais comportamental,


entende o professor como aquele que irá controlar a sala, controlando
comportamentos, nas quais alunos devem portar-se diante do estímulo e da resposta,
ou seja, do seu desempenho eficiente, apresentando padrões de comportamento de
acordo com o esperado.

Mas aqui pensamos uma proposta mais flexível, na qual professor é um mediador de
interações sociais e aluno é um pesquisador autônomo, envolto por um contexto de
interação com o grupo, podendo também estender-se para a perspectiva do professor
transformador, que estimula no aluno o questionamento, o diálogo, a reflexão e da
atuação no mundo em que se insere, pela democracia e pela cidadania. Por vezes, a
própria estrutura da escola, como um fim em si mesma, fechada e sem discussão com
seu entorno, passam a legitimar as mesmas desigualdades que tenta superar. Passa a
executar suas tarefas vigiando e punindo, pensando apenas em resultados em índices e
provas gerais, trazendo a lógica de mercado para um ambiente de propósito formador
de caráter. Neste modelo de aprendizagem que valoriza a transmissão de
conhecimento, mecânico e passivo, a participação democrática e o conhecimento
construído, como processo contínuo e inacabado, que se desfaz.

Há de se considerar que sem dúvida, os currículos devem manter uma uniformidade


bem como regras que passam a regular e confirmar o próprio trabalho docente, como
base para o que será desenvolvido em matéria de conhecimento. Contudo, quando a
escola passa a excluir o diálogo com a comunidade, seja esta escolar ou composta pelo
seu entorno, ao considerar o cotidiano dos alunos e o local onde se inserem, tende a
cair no que o sociólogo Bourdieu chamou de violência simbólica, um ato de sufocar
vozes que pensam diferente do que está posto pela globalização, por uma reprodução
de cultura dominante, regulamentada pelas funções pedagógicas sem, contudo, adquirir
a amplitude na qual pode realizar-se.

A intenção que aqui se insere visa permitir não só ao professor, como autor do próprio
ensino que se destina realizar, ao invés de mero reprodutor de conteúdos de base, mas
também dos diversos atores sociais influentes na comunidade na qual a escola está
inserida, pensando novas possibilidades para uma prática transformadora, em respeito
à diversidade. Citando a atuação da comunidade na escola de um dos bairros da cidade
de Nova York, o documento da UNESCO (2009) exemplifica que a intervenção de
representantes da comunidade, isto é de sindicalistas, pesquisadores, conselheiros,
artistas e poetas, torna-se eficaz quando passam certo tempo com os alunos, os
auxiliando a enxergar diversos pontos de vista sobre o mundo, colocando em prática o
que aprendem, como em um estágio comunitário. Tal influência tende a exemplificar o
aperfeiçoamento da escola, quando permite que grupos minoritários obtêm espaço de
atuação para divulgar conhecimentos e modos de ser, em vias de melhorar a qualidade
da tomada de decisões sobre a educação em si, bem como sobre o que é ensinado
dentro de sala de aula, visto que tais conteúdos poderiam conversar com esta dada
realidade vivenciada, reconstruída.

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Aprendizagem Social e Emocional.

A adaptação da escola às condições sociais locais, a partir do momento que entende


quais são e quem são os diferentes atores ali inseridos, mobilizam um olhar mais aberto
de ambos, visando enriquecimento cultural e uma autonomia da própria unidade
escolar, que acompanhará as mudanças de seu entorno, por conhecê-lo, ao invés de
impor um único modo de pensar, minando as possibilidades de atuação de
representantes dos mais diversos. É importante que escola vise um meio de permitir o
espaço para compartilhar ideias, entre toda a comunidade escolar, de modo que as
próprias tarefas escolares básicas sejam desenvolvidas em diálogo com cultura local,
enriquecendo conhecimento de professores e gestores também, em prol de projetos
sociais e educacionais, de coautoria de atividades que viabilizem a expressão do aluno,
em suas várias possibilidades.

Referências Bibliográficas

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 1989.

CORREIA, José Alberto. Relações entre escola e comunidade: da lógica da exterioridade


à lógica da interpelação. 2012.

YOUNG, Michael. Para que servem as escolas. Educação e Sociedade, v. 28, n. 101, p.
1287-1302, 2007

Resumo
No segundo módulo do curso vimos as diferenças que o termo integração e o termo
inclusão adquiriram ao longo do tempo, com diferenças marcantes quanto ás práticas
dentro do entorno escolar. A integração visa apenas inserir o aluno no contexto escolar,
ainda que os atendimentos sejam segregados, contudo a inclusão amplia os horizontes
para os Direitos Humanos, dando o espaço já conquistado para todos os cidadãos, para
a ação política, apropriação de discursos culturais, direito a escolha. Aqui a cultura
aparece como algo a termos acesso, do qual podemos nos apropriar, em vias de (re)
criarmos nossas identidades. Sendo assim, uma proposta pautada na pedagogia da
escolha passa a nortear discussões em sala de aula, promovendo tolerância, mesmo
quando não há concordância, rumo ao exercício da democracia e da escolha consciente.
Vimos também as contribuições de Wallon e Piaget para a educação ao pensarem a
Psicologia e o desenvolvimento infantil. Wallon encarou a formação de maneira integral,
envolvida em 3 Aspectos: o da construção do conhecimento, isto é, do próprio
entendimento racionalizado; a dimensão afetiva com a vida e a dimensão social, das
relações com os outros.
Também considerava a importância das artes, para tal formação integral e a observação
apurada para que se detectasse tal desenvolvimento, já que se caracteriza de maneira
diferente em relação a cada indivíduo, não linear.

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Aprendizagem Social e Emocional.

Então falamos de Piajet, com o seu entendimento sobre o desenvolvimento do intelecto,


como a capacidade de adaptação às novidades com as quais entra em contato, para que
posa ter um processo de compreensão do mundo.
A seguir, veremos as relações entre professores e alunos foram abordadas em vias de
destacar os problemas sobre es cursos de formação que se mantiveram tradicionais,
dando pouco espaço ao professor para colocar-se e construir conhecimentos. Unido as
condições de pouca valorização profissional e problemas sociais dos mais diversos,
levaram a resignação e a manutenção de condições sociais precárias.
Visamos falar da mudança possível proposta por Vygotsky, pois a intenção dialética, o
ato de influenciar enquanto somos influenciados, acontece o ato de interagirmos
socialmente, de maneira contínua. Tal modo de interagir pode ser reaprendido,
transformando assim o mundo em que vivemos. Mas para tal realização é necessário
que a comunidade valorize o professor para que este possa mudar o ambiente no qual
se insere.
Mais adiante começa-se a discutir as relações que as famílias e a escola devem
estabelecer, lembrando os problemas de autoridade e formação docente, por vezes
pouco discutidas antes da atuação em sala de aula. Torna-se um problema importante,
já que influencia a atuação prática e direta dos professores.
Citou-se o perigo de que a partir de preconceitos em relação as crianças e as exigências
de gestores escolares, se limite ao trabalho educativo em resultados, o que promove a
evasão escolar e o fracasso. Considerando este perigo, é essencial repensar e unir forças
entre escola e professores, com o objetivo de promover um espaço acolhedor onde o
erro torna-se uma oportunidade de aprendizado.
Na sequência vimos as bases para a educação que respeita culturas regionais ou ainda
as próprias juventudes, para promover uma educação solidária, disposta a tratar
questões formativas para a vida. As novas formas de se socializar, a saber, a internet ou
ainda os meios diversos de comunicar-se e de entrar em contato com a cultura através
das artes, permeiam condições ideais de discussão igualitária, potenciando a formação
da identidade de forma saudável e significativa.
E, por fim, foi discutido as condições para que os projetos sociais fossem inseridos no
contexto escolar, proporcionando condições ideias para a interação entre a escola e a
sociedade, nos vários projetos sociais possíveis.

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