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Aprendizagem Social e Emocional.
Índice
A Inclusão e a Escolha................................................................................................3
Referências bibliográficas da temática......................................................................5
A Importância da Afetividade na Formação Humana................................................5
Referências bibliográficas da temática......................................................................7
A Escola que Acolhe: A relação do professor X aluno................................................8
Referências bibliográficas da temática......................................................................10
Família e Escola: Parceria Ideal..................................................................................11
Referências bibliográficas da temática......................................................................13
Projetos Sociais e a Comunidade...............................................................................13
Referências bibliográficas da temática......................................................................15
Resumo do módulo....................................................................................................15
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Aprendizagem Social e Emocional.
A Inclusão e a Escolha
Quando as primeiras discussões sobre o atendimento escolar de pessoas com
deficiência surgiram, muito se falava sobre o assistencialismo extremamente voltado a
uma perspectiva hospitalar, antes separando tais pessoas da sociedade. Ao longo do
tempo, os termos integração e inclusão criaram força e distinguiram-se entre duas
vertentes demarcadas e hoje utilizadas para discutir a exclusão de qualquer pessoa, em
determinado contexto. A integração pensa a inserção do aluno na escola comum de
maneira que seja atendido por serviços segregados, dando a ele pouco espaço de
atuação. Já a inclusão entende que todos os alunos devem, sem exceção, ser
escolarizados em classes de ensino regular, respeitando assim os Direitos Humanos
inerentes a eles, propondo também revisões em sistemas de ensino, visto que deve
atender qualquer aluno no setor público.
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Desta forma, podem ser ativos, podem apropriar-se de territórios, sendo a escola um
ambiente que inclui em sua totalidade todas as culturas/modos de pensar, de modo
atuante, que aplica, reconhece, protege, assume, aceita e reitera o respeito aos direitos
civis dentro da escola. Todas as diferenças postas em pauta podem fazer o ambiente
enriquecer-se em ideias e pontos de vista, bem como as pessoas, em vias de repensarem
novas práticas para a vida bem como dentro da uma escola, dessa maneira efetivamente
de todos. Vale lembrar que tal escolha é mediada pelos interesses próprios do indivíduo,
por aquilo que lhe causa afeição de alguma forma, assim também ampliando a escola
aos interesses da comunidade, aquilo que impacta mais nas pessoas onde a escola se
insere, geograficamente. Para compreender a realidade é fundamental que nos
apropriemos de uma dada cultura de referência, seja popular, seja de cunho religioso,
ou ainda referente a uma dada região, através das quais ela passa a fazer sentido, nos
aproximando dela através do que é afetivo.
Aqui buscamos refletir sobre a relação entre bens culturais e a educação, como um
processo que nunca acaba. Acredita-se que a apropriação da cultura não se dá de forma
direta ou exclusivamente racional, mas envolve a dimensão do diálogo, da interpretação
e da mediação afetiva e social. Um exemplo da questão centra-se no fato da escola
pública, por ser laica, não deve impor maneiras de pensar religiosamente, até porquê
tal decisão cabe ao indivíduo, com sua liberdade de culto e sua afetividade e devoção,
sendo inútil impor algo que se desenvolve internamente. Contudo a escola pode discuti-
las, deve entendê-las e respeitá-las, promovendo a tolerância ao outro e a sua
individualidade, promovendo uma pedagogia da escolha, já que, mais uma vez,
podemos lembrar que se existe uma dada escolha individual, mediada por desejos
internos, por sentimentos e afetividade particular, ao serem discutidas e expostas,
sempre na dimensão do diálogo, para que assim possam ser entendidas e
compreendidas.
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COLL, Agustí Nicolau. As Culturas não são Disciplinas: existe o Transcultural?". Educação
e Transdisciplinaridade II. São Paulo: TRIOM/UNESCO, 2002.
FERREIRA-SANTOS, Marcos; ALMEIDA, Rogério de. Antropolíticas da educação. São
Paulo: Képos, 2011. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico.
Zahar, 2001.
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Este exercício exige de nós uma formação integral como pessoa, que Wallon encarou
em três aspectos, um que inclui a construção do conhecimento, ou seja, da cognição
intelectual, mas também outro que inclui a dimensão afetiva, da formação do eu, além
de uma terceira social. A exteriorização dos sentimentos e a própria interação motora
do movimento corporal fazem com o meio e indivíduo se modifiquem reciprocamente,
um em relação ao outro.
Ele também valorizava a arte tal qual a ciência para a formação deste ser integral, já que
a arte dá espaço para a criação de coisas novas e de desenvolvimento afetivo com a livre
expressão que propicia, o que o levou a pensar como poderia se dar uma educação para
todos. Wallon tentou superar e ir além da introspecção para o autoconhecimento,
através das sensações e das reflexões sobre elas, observando a gênese do homem para
entende-lo, ou seja, observando a criança para conhece-la, sempre considerando o
ambiente no qual estava inserida.
Assim passou a dedicar-se ao olhar da relação com o outro, pensando o meio como um
espaço modificável inclusive pela criança, que compõe uma relação recíproca com
professores, como coautores das relações sociais. Importante contribuição de Wallon
para a educação foi entender o amadurecimento como não linear, como antes se
supunha, entendendo os momentos de crise como situações que promovem tal
amadurecimento, mesmo que fases possam ser demarcadas com características
biológicas que delimitam tal amadurecimento. Sendo assim, suas considerações
contribuíram muito para se pensar a importância da afetividade na formação humana,
já que é este mesmo ambiente social propício ao desenvolvimento que permitirá à
criança, principalmente se pensarmos nos pequenos da educação infantil, ainda mais
suscetíveis a nossas intervenções. Mas tal ambiente deve ser propício a momentos de
livre expressão das crianças e de observação por parte de professores para que
percebam tal amadurecimento da criança em relação a si mesma, como um processo
individual, que pode expressar-se por meio de motricidade, conhecimento intelectual
ou pelas próprias relações afetivas que adquire. Wallon também se referiu e muito com
o trabalho de Piaget, que de mesmo modo contribuiu em muitos aspectos com a
psicologia da infância e, assim, com a educação. Segundo Piaget, o desenvolvimento
psíquico é intelectual no ser humano, sendo este o foco de seu trabalho: o intelecto.
Este está diretamente ligado com a capacidade de adaptação, que aqui não é a
adaptação ao sistema imposto pela sociedade atual, mas se insere como conceito de
assimilar e incorporar dados e situações novas ao organismo do indivíduo, da
acomodação de tais assimilações, promovendo mudança da estrutura de pensamento
em função desta adaptação.
Dessa forma, experiências novas são necessárias para que indivíduos em formação para
que múltiplas descobertas lhes permitam também a criação de autonomia após a
experimentação, com novos desafios. Sendo assim, o pensamento pode desenvolver-se
após ação que contém função simbólica como a representação de modelo real, o jogo
simbólico de representação revisitada pela memória, pelo desenho, pela imitação bem
como pela linguagem. Assim sendo, a lógica própria de pensar que criança carrega
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mostra-se diferente da lógica adulta, o que deu origem Teoria Psicogenética, de cunho
interacionista, ou seja, que entende homem como em processo ativo de compreensão
do mundo, em diferentes mecanismos mentais, construídos através da ação entre
sujeito e objeto. Tais interações são construídas, tornando-se estruturas de pensamento
organizadas continuamente pelas sucessivas ações em relação aos objetos, ao que é
novo ou ainda ao que é recriado, numa nova exploração de objeto já conhecido. É
aprender fazendo!
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e assim modifica o meio em que vive, não sendo um mero produto, mas sim criador do
mesmo contexto no qual está inserido, o homem é também um meio pelo qual se
socializa. Tal processo é chamado de interação dialética, isto é, através da vivência social
que assimila, com modos de viver e de portar-se sobre a vida, recria, expõe e interage,
modificando seu meio. A chegada de um novo bebê em uma família, ou mesmo a visita
de uma criança em uma casa onde residem apenas adultos, modifica o ambiente.
Nós, adultos, mudamos pois as crianças, com suas descobertas e com suas
particularidades, ou seja, de acordo também com sua personalidade, influencia os
outros, tal qual é influenciado, tendo apenas uma diferença acerca do aspecto
formativo, a criança está em formação e o adulto já formou-se como ser. Os fatores
inatos não são suficientes para produzir no homem o indivíduo humano, sendo
necessária sua interação com o outro para que ocorra, o que possibilita a apropriação
de cultura e a formação de características individuais, assim sendo, possibilita o próprio
aprendizado. Para Vygotsky uma se forma em relação a outra, numa relação recíproca
entre indivíduo e ambiente, sendo assim impossível se determinar tal processo como
previsível ou linear, produzindo os fins que dele resultarão.
Dessa forma, não há possibilidade de determinar como será a vida de um aluno, onde
ele chegará com aquilo que está aprendendo. Desta mesma maneira se dá o processo
de ensino, através de uma vivência social na escola, na qual o professor aparece como
mediador de atividades através de signos e do próprio acolhimento. Através do que já
sabe passa a compreender o que é novo, fazendo correlações, organizando os próprios
processos mentais decorrentes dessa convivência. Mas para que exista a apropriação
deve também ocorrer a internalização do conhecimento, através de uma ação
compartilhada indispensável para que práticas incluam tanto o professor e suas
individualidades, assim como o aluno e seu conhecimento de mundo, também
fomentando a colaboração, a tolerância e a compreensão diante das diferenças, ao invés
da competição e do mérito a poucos, não ao grupo.
Outra perspectiva importante para tal prática são as da pedagogia Reggio Emilia, que
surgiram após a Segunda Guerra Mundial, em vias de reconstruir pessoas mais
conscientes de sua atuação social e política, sempre se valendo do conceito de
comunidade para tal. Nela percebe o que chama de “as cem linguagens da criança”,
múltiplos discursos que verbais e não-verbais que expressam sua individualidade.
Importante mencionar que neste ponto de partida, tudo é experimentado, aprendido
através do fazer, do agir em relação ao mundo, de maneira motora, mas também
intelectual, através da discussão contínua sobre o que foi aprendido. As rodas de
conversa, muito comuns e usadas no dia-a-dia para se discutir uma certa descoberta ou
ainda para se decidir algo, é um espaço no qual as crianças interagem com o grupo
escolar no qual estão inseridos, são ouvidas, ouvem e expressam sentimentos, emoções,
coisas que lhe chamaram a atenção.
As rodas são feitas na intenção de que todos se vejam e uma das perguntas mais
corriqueiras é sobre como estão se sentindo, bem como é o momento usado para
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explicar o que acontecerá durante o dia, dando à criança as primeiras noções de tempo
e de sequência de atividades a serem executadas, podendo também dizer se gostou ou
não da atividade proposta. Tem-se aqui uma abertura à livre expressão da criança, à
exposição curiosa das coisas da vida, pensando sim o prazer que as crianças possuem
em satisfazer curiosidades. Permite assim uma interação entre professores e alunos
democrática, que depende sim da atuação das crianças sobre o conhecimento, que pode
dar sua opinião e suas ideias.
Conforme as crianças crescem, por vezes esse interesse desaparece, mas se dermos o
espaço democrático para que voltem a expressar-se, dando sim valor à sua participação,
podemos construir uma escola juntos, que se atenta tanto alunos como professores em
suas expectativas.
Vale ressaltar que de todas essas interferências necessárias à formação continuada para
que a relação professor-aluno seja ainda mais proveitosa, também seja levada em
considerações condições salariais e trabalhistas ainda precárias em muitas partes do
país. Sendo assim, a valorização profissional em vias de fomentar o trabalho educativo
é indispensável para que também exista uma mudança de prática pedagógica. Gestores
escolares e sindicatos docentes devem manter a postura em prol dos professores, em
vias de promover a valorização sistemática da função que exercem para que também a
própria formação dos alunos seja melhorada continuamente.
Referências teóricas
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. A formação social da mente. Editora Martins Fontes, 1989.
WALLON, Henry. Psicologia e materialismo dialético. Objetivos e métodos da psicologia.
Lisboa: Estampa, p. 61-67, 1975. ______________ Objetivos e métodos da Psicologia.
Lisboa: Estampa, 1975.
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Da mesma forma, a própria atuação dos atores sociais diversos ao redor da escola, a
saber os alunos, as famílias e a própria comunidade, são excluídos do fazer educativo
enquanto que na relação entre professores e alunos o que é reside a subordinação. Para
se manter tal autoridade, exacerbadas com baixa posição social da profissão, aplica-se
a disciplina, fazendo o contraponto com o uso de instituições auxiliares, voltadas à
cultura em grande parte dos casos, que diminuem a rigidez sistemática, possibilitando
inovações inclusive dentro da sala de aula, as mesmas instituições da comunidade por
vezes mais significativas que a própria escola. Nesta perspectiva, todos somos
educadores.
Tal proposta, pode auxiliar na mediação dos grupos que não convivem bem, na qual a
escola possui influência para organizar convivência, pensando indivíduos e materiais
que dispõe, nas discussões que pode promover, bem como, fomenta os sentimentos de
pertencimento, as atividades para a cultura do jovem ter seu espaço onde a cultura deve
ser discutida, aliando a socialização e a cultura com os conteúdos, ao invés de separá-
los. Há de se relembrar a existência de interdependência entre ambos, entre família e
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escola. Fato é que a relação parental, a própria relação entre as crianças e suas famílias
ao longo de seu crescimento e amadurecimento psicológico, tornam-se de extrema
importância durante sua infância.
Contudo deve se tomar o cuidado de pensar em que medida tal relação de parentesco
é superada com a educação e com as relações sociais de amizade e coleguismo, visto
que continuam influenciando a vida das crianças, dos adolescentes, bem como a vida
adulta.
O que buscamos dizer é que pensando pelo viés da psicologia e da formação da mente
a grande influência a ser exercida concentra-se na infância, com funções distintas para
pais e entorno escolar, mas as relações se mantém ao longo da vida, bem como modos
de pensar, de agir.
Uma definição única para o conceito de família ainda se torna complicada dada a
complexidade de famílias existentes hoje em dia. Pensando tal questão, também pode
se considerar as funções que escola e família têm em comum: o preparo da criança e do
adolescente para sua vida em sociedade, ainda que sejam diferentes em suas
responsabilidades. Tais funções, quando unidas em prol do aluno devem evitar
condições de evasão ou fracasso escolar, para que possam contribuir com um aluno
pesquisador, questionador, que assimila o contexto no qual vive e que mesmo que
passando por situações difíceis, que ameacem seu desenvolvimento educacional,
possam aliar-se à escola em vias de salvaguardar todo seu processo de aprendizagem,
em vias de maior colaboração e compreensão por parte da escola em casos extremos.
Pensando deste modo, lembrando que a escola pública, por ser o que é, tem sua
identidade pautada no atendimento público, de comunidade e, consequentemente, de
núcleos familiares, uma proposta renovadora para o ensino, aplicado em algumas
escolas de países orientais, permitem tal espaço por famílias e comunidade, ao passo
que ensinam famílias a dialogar, dando espaço para tal interferência nos próprios
projetos escolares e até no ensino, valorizando as mesmas.
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interajam, não importa como sejam constituídas, participem e colaborem, pois muito
têm a contribuir, estando também em um espaço que possam compreender com a
tolerância e com as noções de comunidade coletiva, de democracia participativa, em
vias de estimular o mesmo em seus filhos, como atores que modificam a realidade na
qual estão inserem, que podem escolher mudar suas vidas e as vidas dos outros. As
famílias são diversificadas e necessitam ser respeitadas, podendo ter na escola espaço
para expor sua história, contribuindo com a tolerância às diferenças.
Referências Bibliográficas
Tomando por base as tendências históricas que a pedagogia tomou ao longo dos anos,
temos uma vertente mais tradicional, na qual o professor é apenas o transmissor e o
controlador do conhecimento, que exige do aluno armazenamento de informações e
passa a valorizar como prioridade o diploma que comprova um certo nível de
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Mas aqui pensamos uma proposta mais flexível, na qual professor é um mediador de
interações sociais e aluno é um pesquisador autônomo, envolto por um contexto de
interação com o grupo, podendo também estender-se para a perspectiva do professor
transformador, que estimula no aluno o questionamento, o diálogo, a reflexão e da
atuação no mundo em que se insere, pela democracia e pela cidadania. Por vezes, a
própria estrutura da escola, como um fim em si mesma, fechada e sem discussão com
seu entorno, passam a legitimar as mesmas desigualdades que tenta superar. Passa a
executar suas tarefas vigiando e punindo, pensando apenas em resultados em índices e
provas gerais, trazendo a lógica de mercado para um ambiente de propósito formador
de caráter. Neste modelo de aprendizagem que valoriza a transmissão de
conhecimento, mecânico e passivo, a participação democrática e o conhecimento
construído, como processo contínuo e inacabado, que se desfaz.
A intenção que aqui se insere visa permitir não só ao professor, como autor do próprio
ensino que se destina realizar, ao invés de mero reprodutor de conteúdos de base, mas
também dos diversos atores sociais influentes na comunidade na qual a escola está
inserida, pensando novas possibilidades para uma prática transformadora, em respeito
à diversidade. Citando a atuação da comunidade na escola de um dos bairros da cidade
de Nova York, o documento da UNESCO (2009) exemplifica que a intervenção de
representantes da comunidade, isto é de sindicalistas, pesquisadores, conselheiros,
artistas e poetas, torna-se eficaz quando passam certo tempo com os alunos, os
auxiliando a enxergar diversos pontos de vista sobre o mundo, colocando em prática o
que aprendem, como em um estágio comunitário. Tal influência tende a exemplificar o
aperfeiçoamento da escola, quando permite que grupos minoritários obtêm espaço de
atuação para divulgar conhecimentos e modos de ser, em vias de melhorar a qualidade
da tomada de decisões sobre a educação em si, bem como sobre o que é ensinado
dentro de sala de aula, visto que tais conteúdos poderiam conversar com esta dada
realidade vivenciada, reconstruída.
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Referências Bibliográficas
YOUNG, Michael. Para que servem as escolas. Educação e Sociedade, v. 28, n. 101, p.
1287-1302, 2007
Resumo
No segundo módulo do curso vimos as diferenças que o termo integração e o termo
inclusão adquiriram ao longo do tempo, com diferenças marcantes quanto ás práticas
dentro do entorno escolar. A integração visa apenas inserir o aluno no contexto escolar,
ainda que os atendimentos sejam segregados, contudo a inclusão amplia os horizontes
para os Direitos Humanos, dando o espaço já conquistado para todos os cidadãos, para
a ação política, apropriação de discursos culturais, direito a escolha. Aqui a cultura
aparece como algo a termos acesso, do qual podemos nos apropriar, em vias de (re)
criarmos nossas identidades. Sendo assim, uma proposta pautada na pedagogia da
escolha passa a nortear discussões em sala de aula, promovendo tolerância, mesmo
quando não há concordância, rumo ao exercício da democracia e da escolha consciente.
Vimos também as contribuições de Wallon e Piaget para a educação ao pensarem a
Psicologia e o desenvolvimento infantil. Wallon encarou a formação de maneira integral,
envolvida em 3 Aspectos: o da construção do conhecimento, isto é, do próprio
entendimento racionalizado; a dimensão afetiva com a vida e a dimensão social, das
relações com os outros.
Também considerava a importância das artes, para tal formação integral e a observação
apurada para que se detectasse tal desenvolvimento, já que se caracteriza de maneira
diferente em relação a cada indivíduo, não linear.
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