Introdução a Gestão
de Processos
Introdução a Gestão
de Processos
Eduardo Heliodoro Arruda
Introdução a Gestão
de Processos
Natal/RN
2014
presidente
PROF. PAULO DE PAULA
diretor geral
PROF. EDUARDO BENEVIDES
diretora acadêmica
PROFA. LEIDEANA BACURAU
FICHA TÉCNICA
projeto gráfico
ADAUTO HARLEY SILVA
diagramação
MAURIFRAN GALVÃO
designer instrucional
WANNYEMBERG KLAYBIN DA SILVA DANTAS
ilustração
RAFAEL EUFRÁSIO DE OLIVEIRA
ISBN 978-85-68100-36-3
Inclui referências
O material didático do Sistema de Aprendizado itb propõe ao aluno uma linguagem objetiva, sim-
ples e interativa. Deseja “conversar” diretamente, dialogar e interagir, garantir o suporte para o es-
tudante percorrer os passos necessários a sua aprendizagem. Os ícones são disponibilizados como
ferramentas de apoio que direcionam o foco, identificando o tipo de atividade ou material de estudo.
Observe-os na descrição a seguir:
Curiosidade – Texto para além da aula, explorando um assunto abordado. São pitadas de conheci-
mento a mais que o professor pode proporcionar ao aluno.
Importante! – Destaque dado a uma parte do conteúdo ou a um conceito estudado, que seja con-
siderado muito relevante.
Querendo mais – Indicação de uma leitura fora do material de estudo. Vem ao final da competência,
antes do resumo.
Vocabulário – Texto explicativo, normalmente curto, sobre novos termos que são apresentados no
decorrer do estudo.
Você conhece? – Foto e biografia de uma personalidade conhecida pelas suas obras relacionadas
ao objeto de estudo.
Atividade – Resumo do conteúdo praticado na competência em forma de exercício. Pode ser apre-
sentado ao final ou ao longo do texto.
Mídias – Contém material de estudo auxiliar e sugestões de filmes, entrevistas, artigos, podcast e
outros, podendo ser de diversas mídias: vídeo, áudio, texto, nuvem.
Diálogos – Convite para discussão de assunto pelo chat do ambiente virtual ou redes sociais.
Sumário
Apresentação institucional 09
Palavra do professor autor 11
Apresentação das competências 13
Competência 01
Descrever a evolução dos modelos de administração nas organizações 17
Teoria Geral da Administração 18
Abordagem clássica 18
Funções administrativas 20
Abordagem humanística 21
Abordagem burocrática 23
Abordagem sistêmica 23
Resumo 26
Autoavaliação 26
Competência 02
Identificar as características da gestão por processos para as organizações 31
O que são processos? 31
Hierarquia dos processos 33
Visão funcional versus visão por processos 35
Tipos de processos 37
Gestão por Processos 38
Resumo 41
Autoavaliação 41
Competência 03
Estabelecer uma relação de importância entre os sistemas e os processos 43
Business Process Managment (BPM) 46
Conhecendo o Fluxograma 48
Metodologia para criação de um fluxograma 49
Tipos de fluxograma 52
Resumo 54
Autoavaliação 54
Competência 04
Apresentar os métodos de melhoria contínua que auxiliarão você a avaliar a
qualidade dos processos dentro da organização 59
O que é qualidade? 60
Gestão da qualidade total 61
Melhoria contínua 63
Benchmarking 64
Resumo 58
Autoavaliação 58
Referências 70
Conheça o autor 72
Introdução a Gestão de Processos
Apresentação institucional
O Instituto Tecnológico Brasileiro (itb) foi construído a partir do sonho de educadores e
empreendedores reconhecidos no cenário educacional pelas suas contribuições no desen-
volvimento econômico e social dos Estados em que atuaram, em prol de uma educação de
qualidade nos níveis básico e superior, nas modalidades presencial e a distância.
Esta experiência volta-se para a educação profissional, sensível ao cenário de desen-
volvimento econômico nacional, que necessita de pessoas devidamente qualificadas para 9
ocuparem vagas de trabalho e garantirem suporte ao contínuo crescimento do setor pro-
dutivo da nação.
O Sistema itb de Aprendizado Profissional privilegia o desenvolvimento do estudante a
partir de competências profissionais requeridas pelo mundo do trabalho. Está direcionado
a você, interessado na construção de uma formação técnica que lhe proporcione rapida-
mente concorrer aos crescentes postos de trabalho.
No Sistema itb de Aprendizado Profissional o estudante encontra uma linguagem clara
e objetiva, presente no livro didático, nos slides de aula, no Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem e nas videoaulas. Neste material didático, um verdadeiro diálogo estimula a leitura, o
projeto gráfico permite um estudo com leveza e a iconografia utilizada lembra as modernas
comunicações das redes sociais, tão acessadas nos dias atuais.
O itb pretende estar com você neste novo percurso de qualificação profissional, con-
tribuindo decisivamente para a ampliação de sua empregabilidade. Por fim, navegue no
Sistema itb: um estudo prazeroso, prático, interativo e eficiente o conduzirá a um posicio-
namento profissional diferenciado, permitindo-lhe uma atuação cidadã que contribua para
o seu desenvolvimento pessoal e do seu país.
Introdução a Gestão de Processos
Palavra do professor autor
Ao ingressar no mundo da gestão dos processos, você vai entender melhor o funcio-
namento das organizações e a busca constante pela excelência organizacional. Vamos
conhecer a evolução dos modelos de gestão, presentes nas diversas fases de desenvolvi-
mento da sociedade, desde a antiguidade até chegarmos à era globalizada.
Hoje, com o avanço das tecnologias, a revolução virtual, o surgimento de novas ferra-
mentas de comunicação como o e-mail, redes sociais, whatsapp, skype, entre outros, trou- 11
xeram uma nova dinâmica para o mercado, as barreiras da distância não existem mais. Os
clientes se tornaram mais exigentes, o aumento no número de empresas, da concorrência,
a rapidez nas decisões e respostas aos clientes fizeram com que as empresas buscassem
soluções de integração em seus processos, utilizando novas tecnologias da informação,
permitindo, assim, uma maior flexibilidade e agilidade nas suas operações.
A gestão de processos tem o objetivo de promover a integração das atividades de uma
organização e criar a cultura de melhoria contínua, visando o alcance de uma qualidade
em processos e melhores resultados para a organização. Em nosso caminho você vai co-
nhecer ferramentas de gestão empresarial como o fluxograma, organograma, manuais de
qualidade em processos, indicadores de desempenho que permitem um melhor entendi-
mento e controle dos processos organizacionais.
Ao final dessa jornada, você vivenciará uma experiência, na gestão de processos, onde
você terá adquirido competências que poderão ser utilizadas dentro das organizações,
tornando você um profissional diferenciado.
Você está pronto para iniciar nossa jornada?
Introdução a Gestão de Processos
12
Introdução a Gestão de Processos
Apresentação das competências
Em um primeiro momento, você será conduzido a um rápido passeio pelas diferentes
épocas, o que lhe permitirá identificar a evolução dos modelos de administração e como
cada teoria contribuiu em sua época, e até os dias de hoje, para a melhoria da eficiência e
eficácia na administração das organizações.
Na segunda competência, você será apresentado a uma série de novos conceitos, que o
ajudará a descrever as características da gestão de processos para as organizações. 13
Na competência seguinte, você estudará os sistemas de informação que estão presen-
tes em nosso cotidiano. Você conhecerá algumas ferramentas de TI, como o BPM, ERP,
Fluxograma, que permitirão estabelecer uma relação de importância entre os sistemas e
os processos.
Na quarta, e última, competência serão apresentados métodos de melhoria contínua e
guias de modelagem de processos (CBOK), que auxiliarão na avaliação da qualidade dos
processos dentro da organização.
Competência
01
Descrever a evolução dos
modelos de administração nas organizações
Descrever a evolução dos
modelos de administração nas organizações
Dos primeiros sistemas de organização até a sociedade atual, passamos por um grande
processo de evolução, os livros de história relatam a realização de muitos feitos que mar-
caram este desenvolvimento.
Com certeza você já ouviu falar sobre a construção de grandes monumentos como as
pirâmides do Egito ou até mesmo a muralha da China. Também já deve ter lido ou escutado
sobre as batalhas épicas de civilizações antigas, que desejavam criar ou ampliar seu império,
17
Fonte: <http://naked-science.ru/sites/default/files/Building-the-Great-Pyramid.jpg>;
<http://2.bp.blogspot.com/-3Waytvghtb0/UL0_3NDWBnI/AAAAAAAAASE/xdHGggQZmVw/s1600/Imagem3.png>;
<http://4.bp.blogspot.com/-jeyYvKMMttU/Tru-bgonM_I/AAAAAAAAD-M/zRd4ClDGaAY/s1600/2.jpg>. Acesso em: 07 nov. 2014.
Você já parou para pensar como a realização dessas obras monumentais, o sucesso
dos exércitos nas batalhas, a fabricação industrial, eram possíveis? Em todos estes exem-
plos estão presentes elementos como: pessoas, métodos de trabalho, organização, plane-
jamento, procedimentos, liderança, indicadores de produtividade.
Para você entender melhor esse processo, nesta competência, vamos identificar a evo-
lução das teorias da administração que permitiram o gerenciamento dos mais diferentes
tipos de organizações.
Vamos lá?
Como você observou na definição acima, a administração está associada com a utili-
zação de recursos para o alcance de determinados objetivos, este processo para ser bem
sucedido deve ser executado de maneira eficiente e eficaz.
18
Importante
A eficácia está associada à realização das atividades que levem ao alcance
dos resultados estabelecidos (CHIAVENATO, 2003; SILVA, 2008) enquanto a
eficiência está relacionada com a maneira de utilização de recursos. Quanto
mais saídas são obtidas com as mesmas entradas, maior o grau de eficiên-
cia alcançado (SILVA, 2008, p. 17).
Estes conceitos são muito importantes para a administração, pois durante o processo
de evolução do pensamento administrativo, todos os administradores, em suas respectivas
épocas, tentaram alcançar seus resultados com uma melhor utilização dos recursos dispo-
níveis, ou seja, buscaram fazer mais com menos, para alcançar os resultados esperados.
Abordagem clássica
Apesar da origem da administração ser muito antiga foi com a Revolução Industrial que
os estudos da administração ganharam foco dentro das organizações. Foi neste contexto
que surgiu a Abordagem Clássica da Administração, composta pelas Teorias da Adminis-
tração Científica e a Teoria Clássica. Nesta abordagem os administradores e empresários
estavam sempre buscando maneiras mais eficientes para o aumento na produção.
A administração científica foi desenvolvida por Frederick Winslow Taylor, americano, que
Você Conhece
“Frederick Winslow Taylor: É considerado o pai da
19
administração científica”, pois ele propôs o estu-
do e a utilização de métodos científicos e racio-
nais na realização das tarefas das organizações,
com ênfase na eficiência e eficácia operacional.
Ele nasceu na Filadélfia, Estados Unidos, em 20
de março de 1856 e faleceu em 21 de março de 1915, começou sua carreira
como técnico em mecânica, e passou por várias empresas até se tornar En-
genheiro Mecânico e começar a prestar consultorias para várias indústrias.
Para Taylor as tarefas dos funcionários deveriam ser realizadas de maneira racional, simpli-
ficada e padronizada, eliminando os movimentos desnecessários. Ele pregava que deveria ser
criado um método de trabalho para que a execução das tarefas pudesse ser facilmente ensinada.
Outro princípio muito importante da administração científica foi o estudo dos tempos e
movimentos. Cada tarefa deve ser analisada e estudada, criando uma sequência ordenada
de movimentos úteis para execução das tarefas. Os movimentos desnecessários eram eli-
minados, com o objetivo de gerar uma eficiência na realização das tarefas. Após a definição
do método, o tempo era medido até encontrar o tempo padrão para realização das tarefas.
- A divisão do trabalho: cada trabalhador realizava uma parte do todo, o que gera uma
superespecialização na execução das tarefas;
A Teoria Clássica da Administração tem como autor Henry Fayol que, diferentemente de
Taylor, tinha como principal ênfase o estudo da estrutura formal da organização para
melhorar a eficiência do processo de produção.
Introdução a Gestão de Processos
Você Conhece
Jules Henri Fayol: Nasceu em família da alta burguesia
em Constantinopla, foi educado em Lion na França até
se formar Engenheiro de Minas em 1860. Foi o funda-
dor da Teoria Clássica da Administração.
20
Funções administrativas
As funções administrativas, podem ser subdividas em 5 etapas:
- Planejar: visualizar situações futuras, para a organização no cenário na qual ela se encontra;
- Controlar: é o acompanhamento das ações para que elas sejam executadas conforme o
planejado.
21
Atividade 01
Com base no que foi estudado, identifique elementos da abordagem clássi-
ca que estão presentes nas organizações até hoje. Compartilhe sua opinião
no nosso fórum virtual.
Abordagem humanística
Esta abordagem surgiu em oposição ao pensamento clássico, que se caracterizava pela
racionalização e mecanização do trabalho, uma consequente desumanização do trabalha-
dor. E partia do pressuposto que o indivíduo é um ser social, ativo e criativo que responde
às forças e influência sociais do grupo no qual está inserido, dentro e fora da organização. pressuposto: O
que se pode supor
Está abordagem humanística é composta pelas Teorias das Relações Humanas e Com- de modo anteci-
pado.
portamental.
A Teoria das Relações Humanas surgiu a partir dos estudos realizados por Elton Mayo
e seu grupo de pesquisadores, no final da década de 1920 e início da década de 1930.
Nesse período observa-se o surgimento dos primeiros movimentos sindicais e o desenvol-
vimento das Ciências Humanas como a Psicologia, Antropologia e Sociologia.
A ideia inicial desses estudos era criar experimentos que verificassem a influência da lu-
minosidade do local de trabalho na produtividade dos funcionários, sendo constatado que
essas variáveis (luminosidade e produtividade) não tinham nenhuma relação. Contudo, ve-
rificou-se a existência de outras variáveis que não estavam sendo controladas mas influen-
ciavam na produtividade, como o fator psicológico. A partir desta observação a experiência
começou a ser direcionada para o estudo dos fatores informais e sociais que poderiam
influenciar a motivação dos trabalhadores. Os pesquisadores chegaram à conclusão da
existência de grupos informais dentro da organização formal e que o comportamento dos
indivíduos sofria influência dos valores destes grupos informais do qual eles participavam.
Introdução a Gestão de Processos
A Teoria Comportamental é o avanço nos estudos das relações humanas, esta teoria apre-
senta um foco no indivíduo de maneira mais complexa, como um ser dotado de inteligência.
22
Uma contribuição importante da teoria comportamental foi à pirâmide da hierarquia
das necessidades, criada por Abraham Maslow, que se propõe a explicar a origem da moti-
vação humana, de maneira ordenada e hierárquica.
Os fatores higiênicos são importantes para evitar a insatisfação, porém, por si só, não
são capazes de gerar motivação. Estes fatores estão relacionados com as condições físicas
do ambiente de trabalho, remuneração, políticas e procedimentos organizacionais.
Nesta teoria é apresentada a figura do homem complexo, pois existe uma série de fa-
Abordagem burocrática
A abordagem burocrática surgiu com os estudos de Max Weber que, entre outras coi-
sas, descreveu o “tipo ideal” de sociedade, na qual ele utilizou para identificar a organi-
zação burocrática. Segundo ele, na sociedade racional a autoridade é oriunda do aspecto
23
legal, baseada na meritocracia.
meritocracia: re-
Weber defendia que a organização era um sistema racional, baseado em normas, por
conhecimento dos
meio do qual ela busca o alcance dos objetivos organizacionais formalizados. Ele enfati- que merecem em
uma sociedade,
zava a necessidade da formalidade, padronização, da impessoalidade nas relações e da
organização ou
profissionalização dos membros das organizações. grupo etc. A fonte
de poder dentro
Hoje quando se fala em burocracia logo associamos a papéis, lentidão, morosidade, e das organizações
estava pautada
remetendo rapidamente ao serviço público. Porém a burocracia está presente nos diversos
nas normas.
tipos de organizações, inclusive nas privadas.
Abordagem sistêmica
A partir dos estudos da abordagem sistêmica, a organização deixa de ser considerada
como um sistema fechado, onde sofria influência apenas do ambiente interno e passa a
ser considerado um sistema aberto, logo existe uma interação com as variáveis externas
da organização, como: clientes, concorrentes, fornecedores, governo etc.
Já Silva (2008, p. 352), define sistema como “um conjunto de elementos interativos e
relacionados, cada um ao seu ambiente, de modo a formar um todo”.
24
Para entender melhor vamos observar o exemplo abaixo considerando uma organiza-
ção de ensino como um sistema.
Chiavenato (2003) expõe que o fluxo contínuo de informações entre o sistema, seus com-
ponentes internos e o ambiente externo criam um circuito fechado de retroalimentação, que
possibilita a organização, a adaptação da organização e as mudanças das condições am- retroalimentação:
é o nome dado
Mídias
Vale a pena assistir ao filme “Tempos Modernos” lançado no ano de 1936,
25
sob a direção de Charles Chaplin. No filme será possível observar um retra-
to da abordagem clássica da administração que sistematizou a produção,
mecanizando as atividades dos operários.
Resumo
Nesta competência, você acompanhou o desenvolvimento do pensamento administra-
tivo e identificou como cada uma destas abordagens contribuiu para melhorar o proces-
so produtivo em sua época. Todos eles buscavam a eficiência, a escola clássica através
da melhoria das tarefas e da estrutura administrativa. A abordagem humanística através
das pessoas e suas motivações. A abordagem burocrática com a adoção de normas para
organizar as atividades humanas. E, por fim, a abordagem sistêmica que propôs uma or-
ganização interativa, cujas áreas eram interligadas e precisavam interagir e se adaptar ao
ambiente externo para melhorar sua eficiência.
Você pôde observar que vários elementos e características propostas pelos autores já
eram utilizados desde a antiguidade e permanecem até os dias de hoje.
Não existe uma teoria certa e outra errada, este processo é uma evolução e as abor-
dagens se complementam. É importante identificar as características propostas em cada
abordagem da administração, e visualizar uma maneira de aplicá-las, com o objetivo de
melhorar o controle, a eficiência e a eficácia das organizações.
Autoavaliação
1. Você trabalha em uma empresa onde a gerência estuda as tarefas e cria um método
racional para as mesmas serem executadas, eliminando os movimentos desnecessá-
rios para aumentar a eficiência. Podemos afirmar que o gerente utiliza características
enfatizadas em qual teoria da administração?
Introdução a Gestão de Processos
a) Relações humanas;
b) Burocrática;
c) Administração científica;
d) Sistêmica.
2. Uma empresa deve estabelecer uma relação de interação com os seus fornecedores,
clientes e governo, pois estes elementos exercem influência nas atividades da organiza-
26 ção. Essa característica é encontrada na:
b) Teoria burocrática;
c) Teoria clássica;
d) Abordagem sistêmica.
a) Normas;
b) Tarefas;
c) Gerência;
d) Ambiente.
a) Entradas;
b) Saídas;
c) Feedback;
d) Processamento.
5. Marque a alternativa que representa o fator motivacional enfatizado pela Teoria das
Relações Humanas.
d) LTDA.
27
Competência
02
Identificar as características
da gestão por processos para as organizações
Identificar as características
da gestão por processos para as organizações
Vamos continuar nossa jornada trazendo uma situação cotidiana que muitas pessoas
enfrentam.
Para você chegar ao seu local de trabalho, precisa acordar às 05h30min da manhã,
tomar café, tomar banho, se arrumar e se dirigir até a parada de ônibus. O seu ônibus
passa às 06h50min e você chega ao trabalho às 07h50min, 10 minutos antes do início
do seu expediente. Em um determinado dia, você acordou um pouco mais tarde e, quando
Perceba que mesmo sendo atividades diferentes, existe uma correlação entre elas, e se
alguma não for executada dentro do horário planejado, acarretará no atraso.
Nas empresas ocorre exatamente isto. Cada setor tem suas atribuições, porém, to-
dos devem atender os objetivos da empresa, por isso é necessário que exista uma
integração entre as áreas. 31
Para entender melhor está visão por processos nas empresas, nesta competência você
vai estudar as características da gestão por processos para as organizações.
Logo, a visão funcional e da divisão do trabalho evoluiu para uma visão por processos,
Introdução a Gestão de Processos
a fim de atender as necessidades das organizações nos dias atuais. Visto a importância da
gestão por processos, vamos aprender o que são processos.
Importante
Processos podem ser definidos como uma sequência lógica de atividades
para se chegar a determinado resultado, que atende a necessidade de um
32
cliente externo ou interno.
Danveport (1994), afirma que processo consiste numa ordenação específica das ativi-
dades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo e um fim, com entradas (tam-
bém conhecidos como inputs) e saídas (também conhecidos como outputs), claramente
identificadas. As entradas em um processo podem ser: materiais, equipamentos, horas tra-
balhadas, informações e pessoas, e as saídas um produto ou serviço. Já Gonçalves (2000),
define processo como o conjunto de atividades que tomam um input, adiciona valor a ele e
fornecem um output a um cliente específico.
É importante ressaltar que algumas empresas crescem muito rápido e isso acarreta
uma desorganização estrutural, tornando as operações mais complexas e sem o mínimo
de controle. Através da visão por processos é possível desenvolver modelos que minimizam
o impacto deste crescimento e melhoram o controle e eficiência das operações.
Assim, gerir os processos é uma forma de gestão dos negócios que hoje é uma alter-
nativa de solução para os problemas atuais da gestão globalizada (DAVENPORT, 1994; DI
SORDI, 2008; GONÇALVES, 2000).
Para melhorar o entendimento desta visão por processos é necessário conhecer a es-
trutura hierárquica destes processos, que segundo D’Ascenção (2001), é possível observar
que, se tratando de um processo, é necessário identificar todos os recursos envolvidos.
Onde:
– O processo é uma sequência lógica das atividades, para se chegar a determinado resul-
tado, que atenda a necessidade de um cliente externo ou interno;
Esta visão hierárquica dos processos auxilia os gestores a conhecer e priorizar as ativi-
dades da organização. Desta forma, eles possuem subsídios mais consistentes para apoiar
as tomadas de decisões e, consequentemente, permitir uma melhoria contínua dos proces-
sos da organização.
Para ilustrar melhor estes elementos dos processos vamos considerar, como exemplo,
a realização de um churrasco:
Introdução a Gestão de Processos
Figura 5 – Ilustração
Fonte: Oliveira (2014).
E agora, ficou mais claro o entendimento destes elementos? Agora é a sua vez de praticar.
Atividade 01
Partindo do exemplo inicial desta competência, que trata de sua trajetória
antes de chegar ao trabalho, identifique o macroprocesso, o(s) processo(s),
os subprocessos e as atividades envolvidas. Compartilhe sua resposta em
nosso fórum.
Visão funcional versus visão por processos
Como já vimos na Teoria Clássica, Henry Fayol definiu as funções empresariais através
de uma visão por departamentos da empresa, caracterizada pela divisão do trabalho. A
visão por processos é uma visão diferenciada de empresa, que mostra a integração dos
diversos departamentos, incluindo também a sua interligação com os clientes e fornecedo-
res, e indicando o fluxo de trabalho realizado na organização.
Através desta óptica, diversas distorções podem ser encontradas, como: as funções
empresariais se tornam mais importantes do que os próprios clientes.
Nesta visão não são identificados os clientes, ou seja, para quem é destinada
a atividade.
Não representa o fluxo de atividade pelo qual o produto ou serviço é concebido, produzi-
do e entregue. A organização é gerenciada de maneira vertical, ou seja, existe a formação
entre os departamentos que não se comunicam. Esta falta de interação entre os silos
dificulta a resolução de conflitos entre os assuntos interdepartamentais. “silos”: cada
função trabalha
apenas no seu se-
tor sem interagir
com as demais
funções.
Figura 7 – Visão por processos
Fonte: autoria própria (2014).
Segundo Gonçalves (2000), os processos nas empresas podem ser internos (quando
Introdução a Gestão de Processos
têm início, são executados e terminam dentro da mesma empresa) ou externos (quando
são executados com a participação de atores que estão fora da empresa). Os processos
podem, também, ser inter ou intraorganizacionais (quando envolvem diversas empresas
diferentes para a sua realização).
Além disso, os processos também podem ser classificados como horizontais (interligam
as diversas funções da empresa atravessando as barreiras dos departamentos) e verticais
(quando o foco é dentro da área técnica ou do departamento).
Curiosidade
A forma funcional de se estruturar uma organização não representa pro-
blema em organizações pequenas, todos dentro da organização conhe-
cem uns aos outros e interagem entre si, pois precisam compreender as
outras funções. Entretanto, com o crescimento da organização, amplia-se
a complexidade e esta visão funcional da organização torna-se um risco,
porque o nível necessário de interação entre as pessoas que executam um
determinado processo interfuncional deixa de existir (RUMMLER, 1992).
Tipos de processos
Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo.
Processos gerenciais: estão relacionados com as ações que os gestores devem realizar
para o acompanhamento e controle dos outros processos da organização.
Estes processos ocorrem, de forma simultânea nas organizações, e todos eles se inter-
ligam de alguma maneira. Por isso, quando passamos a observar a organização através
de uma visão sistêmica e por processos, e quando estes processos são bem definidos e
estruturados, permitem que as empresas sejam mais produtivas e eficientes.
Atividade 02
Agora que você já conhece um pouco mais sobre os processos e seus tipos,
escolha uma empresa e analise quais processos são encontrados nela e
classifique-os em processos de negócios, organizacionais e gerenciais. Rea-
lize esta pesquisa e compartilhe em nosso fórum de discussão
Gestão por Processos
Através de todos estes processos, os produtos fabricados e os serviços são prestados
para os clientes. Desta maneira é importante entender como as organizações são geren-
ciadas através de processos. Vamos lá?
Para melhor compreender vamos entender o significado de gestão, que segundo La-
combe (2004) consiste em um “conjunto de esforços que tem por objetivo: planejar, orga-
nizar, dirigir ou liderar, coordenar e controlar as atividades de um grupo de pessoas, que se
associam para atingir um resultado comum”. Lee e Dale (1998) escreveram: “a gestão por
processos pode ser considerada metodologia para gerenciamento sistemático centrado no
cliente, objetivando medição e melhoria de todos os processos da organização por meio de
equipes multifuncionais e com delegação de autonomia aos funcionários”.
De modo geral, temos a gestão por processos como a forma de administrar que procura,
38 através do conhecimento dos fluxos de atividades da empresa, a identificação e melhoria
contínua dos processos empresariais, proporcionando um aumento em sua eficiência e
melhores resultados para os clientes.
Internet
O portal BPM Global Trends apresenta várias novidades sobre a gestão por
processos no Brasil e no mundo. O portal possui uma revista online que
disponibiliza vários artigos sobre a gestão por processos, como por exem-
plo, o Case de Sucesso da Localiza – A gestão por processo pelo olhar
da alta administração. Disponível em: <http://www.bpmglobaltrends.com.
br/wp-content/themes/BPM/revistas/BPMemFoco-edicao3.pdf>. Acesso
em: 10 nov. 2014.
Araújo (2008) sugere uma estratégia para se estudar os processos, baseada em cinco
fases ou etapas que permitirão seguir um caminho adequado para obter sucesso no estu-
do dos processos. São elas:
– Escolha do processo a ser estudado: deve ser feita com base em sua relevância para
a organização;
– Coleta dos passos e sua representação gráfica: nesta etapa é realizado o mapeamen-
to e a modelagem dos processos. O mapeamento refere-se ao levantamento detalhado
das informações sobre o processo. É a identificação do passo a passo do processo, o
que é feito, como é feito, por que é feito, quem executa, quando executa etc. A modela-
gem é a representação gráfica dos passos levantados em fluxograma de processos.
Nas empresas é evidente que os processos não são realizados apenas em um único
setor. Os processos muitas vezes se iniciam no departamento A, são direcionados para
processamento no departamento B, até chegar ao cliente. Ou seja, na realização de um
Introdução a Gestão de Processos
processo, vários setores e pessoas estão envolvidos, por isso, a necessidade de conhecer
e gerenciá-los, pois caso algum setor esteja com baixo desempenho, todo o processo será
afetado. Veja a imagem abaixo:
2 - Realizar
5 - Receber a
1 - Realizar pesquisa de
4 - Enviar mercadoria 7 - Realizar
Atividades a solicitação fornecedores
pedido ao pagamento
de materia 6 - Entregar
3- Comprar fornecedor ao fornecedor
prima ao setor
propostas de
solicitante
orçamento
Resumo
Nesta competência entramos no mundo dos processos. Você pôde perceber que todas
as atividades realizadas dentro de uma organização são sequenciadas, interligadas, envol-
vem vários setores, se integram com o ambiente externo, ou seja, todas as empresas são
dotadas de processos. Nesta era globalizada e dinâmica, as empresas tem um foco muito
grande em melhorar a sua eficiência e consequentemente a satisfação do cliente. Este
contexto justifica e fortalece o gerenciamento através dos processos, desta maneira é im-
portante conhecer bem os processos empresariais, para torná-los cada vez mais eficazes
Autoavaliação
01. A visão por processos tem uma semelhança muito forte com uma das teorias gerais da
administração, estudadas na primeira competência, qual teoria é esta?
a) Administração científica; 41
b) Abordagem sistêmica;
d) Teoria burocrática.
02. Dentro da estrutura hierárquica dos processos, o elemento que se refere aos recursos
organizacionais envolvendo várias funções da empresa, através dos processos, para
alcançar os objetivos estratégicos da organização, é o...?
a) Processo;
b) Subprocesso;
c) Atividade;
d) Macroprocesso.
03. Para ter sucesso no estudo dos processos são importantes algumas estratégias e per-
correr algumas etapas. Uma destas etapas refere-se ao mapeamento e a modelagem
dos processos. Assinale a alternativa que corresponde a esta etapa.
d) Manualização do processo.
a) São processos internos que resultam no produto ou serviço que é entregue a um cliente
externo;
42
b) São os processos que viabilizam o funcionamento das várias áreas da organização;
Você já parou para pensar o quanto a tecnologia está presente em sua vida?
45
Segundo INTEL (2010), o BPM é um tipo de sistema responsável por desenvolver as-
O papel das soluções BPM é permitir a integração com os demais sistemas da organi-
zação, fazendo com que as informações sobre os fluxos de trabalho cheguem de maneira
fácil e rápida aos usuários. Além disto, esta ferramenta permite criar uma representação
gráfica dos fluxos de atividades da empresa, evidenciando os pontos chave para realiza-
ção do trabalho.
– Ferramentas BPR (Business Process Reengineering): uma ferramenta BPR pode ser usa-
da para modelar e analisar processos de negócio. A representação visual dos processos
e a habilidade para avaliar alternativas que suportam a engenharia de processos;
Conhecendo o Fluxograma
O fluxograma é uma ferramenta muito importante para a gestão de processos, pois
ele permite criar, de maneira simples e racional, uma representação gráfica dos proces-
sos empresariais, facilitando o entendimento geral do seu funcionamento.
Existem algumas características importantes que devem ser consideradas para utili-
zação dos fluxogramas. Segundo Cury (2000), podemos citar como principais:
gargalos: ele-
mento ou etapa
– Verificar como realmente funcionam todos os componentes de um processo, automa-
da atividade que tizado ou manual, facilitando a análise de sua eficiência;
impede ou dificul-
ta o desempenho – Por ser uma representação gráfica, o seu entendimento é mais simples e objetivo;
constante em um
processo. – Facilitar a localização dos gargalos pela fácil visualização dos passos, transportes,
operações, formulários etc.;
– Pode ser aplicado a qualquer sistema, desde o mais simples aos mais complexos;
- Rápido entendimento de qualquer alteração que se proponha nos sistemas existentes,
por mostrar claramente as modificações introduzidas.
Muitas pessoas confundem o termo Fluxograma com Organograma. Você deve saber
que são coisas diferentes: enquanto o fluxograma representa o fluxo de ação para reali-
zação de um processo, o organograma representa uma estrutura formal da organização.
49
Introdução a Gestão de Processos
50
É importante seguir algumas ações para criar um fluxograma. Macieira (2011) descreve
as seguintes ações para criar um fluxo detalhado:
– Selecione o símbolo correto para cada ação e use-o para gravar os passos do processo;
51
XMind Portable e Diagram Designer, mas existem vários outros softwares com a finalidade
de criação de fluxogramas e diagramas em geral.
Tipos de fluxograma
Existem vários tipos de fluxograma que são utilizados na representação gráfica dos pro-
cessos. Nós abordaremos os 2 tipos de fluxograma mais voltados para a área de negócios,
ou seja, aqueles que são mais utilizados para identificar as rotinas existentes entre setores
52 e unidades, são eles:
– Fluxograma vertical;
O fluxograma vertical é universal, e pode ser utilizado por pessoas de diversos idiomas,
pois utiliza uma simbologia conhecida internacionalmente, seguindo ao padrão internacio-
nal chamado ASME (American Society of Mechanical Engineers), (CRUZ, 2008).
Resumo
Nesta etapa de nossa jornada você pode perceber o quanto as tecnologias da infor-
mação estão presentes em nosso cotidiano, nos auxiliando em nossas tarefas pessoais e
também sendo intensamente utilizadas nas rotinas das organizações. O sistema BPM faz o
uso intenso de tecnologia da informação e permite, através da associação dos componen-
tes, pessoas, sistemas e processos, acompanhar de forma integrada o fluxo de trabalho
das organizações, tornando possível a melhoria dos processos organizacionais.
Você também aprendeu que os processos das organizações podem ser representa-
dos por meio de uma simbologia, os fluxogramas, que permitem a fácil compreensão da
sequência de ações necessárias para a realização destes processos. O fluxograma utiliza
uma simbologia universal que pode ser entendida em qualquer lugar do mundo. Você viu
ainda que existem diversos tipos de fluxogramas e conheceu os dois tipos mais utilizados
na área de negócios, o fluxograma vertical e o de blocos. Existem diversos softwares espe-
cíficos que dão suporte na elaboração dos fluxogramas.
Por fim, a tecnologia da informação é um forte aliado da gestão de processos. Pois per-
mite a automação e integração de processos, além de disponibilizar ferramentas capazes
de auxiliar os analistas de processos, no desenvolvimento de suas atividades.
Autoavaliação
01. Qual tipo de sistema é responsável por desenvolver aspectos relacionados ao desem
penho e tem como objetivo principal o acompanhamento sistemático dos recursos da
organização?
a) Fluxograma;
b) Organograma;
c) ERP;
a) Fluxograma;
b) Organograma;
c) ERP; 55
d) BPM.
03. O tipo de fluxograma que utiliza símbolos padronizados pela ASME (American Society of
Mechanical Engineers) e com isso torna o seu entendimento universal, é o?
a) Sintético;
b) Vertical;
c) De bloco;
d) Horizontal.
Para entender melhor sobre qualidade, vamos imaginar a seguinte situação: Você liga
para o call center da sua operadora de celular para cancelar o seu plano...
59
Você já se deparou com uma situação desta? Percebemos a extrema falta de qualidade
no atendimento ao cliente, para realização de um processo de cancelamento de planos de
telefonia. As organizações devem melhorar cada vez mais seus processos, com o objetivo
de melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos aos seus clientes.
“Podemos definir qualidade como a busca pela perfeição, com fins a agradar
clientes cada vez mais conscientes das facilidades de consumo, e variedades de
organizações a lhes oferecer produtos” ARAÚJO (2008, p. 229).
Ainda como conceito de qualidade, temos a que pode ser entendida como todos os as-
pectos e características do produto ou de um serviço, que servem para atender e satisfazer
a necessidade dos clientes. (SILVA, 2001).
Para atender estas necessidades e as constantes exigências dos clientes, as organiza-
ções buscam maneiras de melhorar a qualidade dos produtos e serviços.
Juran (1992) aponta algumas razões importantes para que as empresas utilizem a qua-
lidade de maneira estratégica:
- Os clientes reclamam de produtos e serviços com baixa qualidade e isto pode gerar
custos adicionais além de retrabalhos;
Além destes aspectos é importante considerar que os clientes, quando estão satisfei-
tos, podem gerar uma série de pontos positivos para as organizações, eles passam a pagar
mais pelo produto ou serviço, ou seja, se tornam menos sensíveis aos preços, comentam
positivamente sobre a empresa, seus produtos e serviços, além de poder se fidelizar as
empresas por um período maior.
61
Atividade 01
Agora que você percebeu a importância da qualidade para os processos
organizacionais e como eles podem refletir na satisfação dos clientes, re-
flita e compartilhe conosco, em nosso fórum, alguma situação que você
vivenciou e percebeu claramente essa falta de qualidade.
02. Adotar a nova filosofia pela qualidade total de forma completa. É preciso eliminar em
toda a organização erros e negativismo;
03. Cessar a dependência de inspeção em massa. A qualidade não vem da inspeção e sim
da melhoria do processo. Inspecionar gera custos;
04. Reduzir a quantidade de fornecedores. As compras não devem ser feitas somente com
base nos preços, e sim em evidências estatísticas;
Introdução a Gestão de Processos
05. Instalar programas para melhoria constante dos custos, qualidade, serviços e produ-
tividade;
06. Treinar os colaboradores para deixá-los qualificados para execução das tarefas;
08. Eliminar o medo, estimulando uma comunicação de via dupla (gestores e colabo-
radores);
10. Eliminar a utilização de metas numéricas, slogans e pôsteres para a mão de obra;
13. Criar um sólido programa de educação e treinamento, para manter as pessoas infor-
madas dos avanços em termos de material, métodos e tecnologias;
O ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action, ou seja, planejar, executar, checar e agir). Con-
siste em uma metodologia gerencial de apoio ao processo de tomada de decisões que bus-
ca garantir o melhor funcionamento dos processos. Este método representa um processo
cíclico direcionado à melhoria contínua dos processos. (ARAUJO, 2009).
A sigla PDCA vem das palavras em inglês que perfazem as etapas do método. Segundo
Campos (2004) o ciclo é composto de quatro etapas, conforme abaixo:
2. Do (D) – Execução: Fazer, execução do que foi planejado na etapa anterior, coletar da-
dos que serão de extrema importância para as etapas seguintes;
3. Check (C) – Checar: verificar e controlar através dos dados coletados a etapa “D” para
identificar se o que foi planejado está sendo eficaz;
4. Action (A) – Agir: agir de acordo com a análise dos dados da etapa 3, caso o pla-
nejamento tenha sido alcançado com sucesso, padroniza-se então o processo, caso
contrário, volta-se à fase de planejamento e busca-se um novo método para a solução
do problema e então o ciclo é rodado novamente até que a solução seja encontrada e
o processo padronizado. A resposta da eficácia da proposta, feita no planejamento do
ciclo, será visualizada através dos valores comparativos do gráfico de controle e demais
ferramentas utilizadas durante o processo.
Segundo Souza e Mekbekian (1993), o ciclo PDCA pode ser definido como um valioso
método de controle e melhoria dos processos organizacionais, que para ser eficaz deve
estar disseminado e dominado conceitualmente e operacionalmente por todos os colabo-
radores da organização.
Importante
Introdução a Gestão de Processos
Benchmarking
Na busca pela melhoria da qualidade e dos processos é importante estar atento para
as boas práticas que são realizadas, seja em nossa empresa ou em outras organizações.
Esta prática é conhecida como benchmarking.
Fonte: <http://4.bp.blogspot.com/-_HrtrGVfQvk/VBDAxqVUTTI/
AAAAAAAAAXI/YLcXuPlkqig/s1600/2.png>. Acesso em: 07 nov. 2014.
Segundo Silva (2001, p 470) benchmarking é a pesquisa pelas melhores práticas,
que levarão a organização a um desempenho superior e a entender as suas forças e
fraquezas, bem como as dos líderes da atividade em questão. É um processo contínuo
de comparar as estratégias, produtos e processos de uma organização com os das orga-
nizações melhores da classe.
65
Validade: as amostras coletadas devem ser avaliadas com muita atenção para que não
existam erros nos procedimentos, que causariam prejuízo na sua implantação em organi-
zações que utilizaram o benchmarking.
Esse processo poderá ser altamente produtivo, pois possibilita que a troca de informa-
ções se dê de maneira mais fácil, não tendo problemas com a confiabilidade das informa-
ções, pois as empresas envolvidas não disputam o mesmo mercado.
– Benchmarking genérico: neste tipo de estudo, a empresa não está limitada à concor-
rência ou à indústria. Nesse processo de benchmarking, as empresas participantes têm
função ou processos empresariais semelhantes, independente das diferenças entre as
indústrias. O sucesso depende da sua capacidade para descobrir processos análogos,
cujas práticas de bom desempenho possam ser adaptadas à sua empresa.
Isto ocorre porque existem funções ou processos empresariais que são os mesmos,
independentemente das diferenças entre os segmentos. Afinal, é comum várias empresas
de diferentes segmentos terem que desenvolver processos semelhantes que envolvam pe-
didos, vendas, recursos humanos, administração de material, entre outros.
Atividade 02
Olá! Vamos praticar um pouco utilizando o exemplo no início da competên-
Resumo
Olá caro aluno, neste capitulo nós percebemos a importância da qualidade dos proces-
sos e como eles podem afetar a satisfação dos clientes. Conhecer ferramentas da quali-
67
dade, como o PDCA e o benchmarking, nos permite desenvolver o olhar mais detalhado
nos processos, em busca de constantes melhorias.Mesmo que pequenas, essas melhorias
transformam os processos e permitem que eles resultem em melhores produtos ou servi-
ços para os clientes.
Autoavaliação
01. Juran (1992) aponta algumas razões importantes para que as empresas utilizem a
qualidade de maneira estratégica. Assinale a alternativa que NÃO se refere a alguma
destas razões.
a) A falta de qualidade pode acarretar perda de vendas;
b) Os clientes reclamam de produtos e serviços com baixa qualidade e isto pode gerar
custos adicionais, além de retrabalhos;
d) Tornar possível para as organizações vencer a “crise da qualidade”, que, por tanto tempo,
imperou no mundo empresarial levando-as a reavaliar suas abordagens estratégicas.
b) Adotar a nova filosofia pela qualidade total de forma parcial, ou seja, eliminar os erros
só nos setores mais críticos da organização;
d) Reduzir a quantidade de fornecedores. As compras não devem ser feitas somente com
base nos preços, e sim em evidências estatísticas.
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03. O ciclo PDCA é formado por 4 etapas. A etapa onde se estabelecem metas e a metodo-
logias de trabalho para alcance dessas metas é a etapa de:
a) Planejar;
b) Executar;
c) Checar;
d) Agir;
04. A etapa do PDCA de verificar e controlar, através dos dados coletados, para identificar
se o que foi planejado está sendo eficaz é:
a) Planejar;
b) Executar;
c) Checar;
d) Agir.
05. Conforme estudado, o benchmarking pode ser dividido em 4 tipos. O tipo de benchma-
rking que envolve a comparação dos produtos, serviços, funções, métodos, processos
e características básicas de produção da empresa em relação aos seus concorrentes,
com o intuito de melhorá-los, é o?
a) Interno;
b) Funcional;
c) Genérico;
d) Competitivo.
CAMPOS, V. F. TQC: controle da qualidade total (no estilo japonês). Belo Horizonte:
Fundação Christiano Ottoni, 2004.
Introdução a Gestão de Processos
CHIAVENATTO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CURY, A. Organização & métodos: uma visão holística. 7. ed. revista e ampliada. São
Paulo: Atlas, 2000.
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SOUZA, R; MEKBEKIAN, G. Metodologia de gestão da qualidade em empresas
construtoras: avanços em tecnologia e Gestão da Produção de Edificações. São Paulo:
EPUSP, 1993.
Além disso, trabalha com a Gestão de Processos no Colégio CEI - Centro Integrado de
Educação, desde 2011.