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Glicogênio [1]

- O que é?
É um polissacarídeo de múltiplas ramificações cujo monômero é a glicose.
- Para que serve?
O glicogênio serve como uma forma de estoque de energia para os animais, fungos
e bactérias. Esta é a principal estrutura do polissacarídeo de estoque de glicose no
corpo.
- Onde é feito e armazenado?
É feito e armazenado principalmente no fígado e no músculo esquelético. No fígado
o glicogênio corresponde 10% da massa do órgão. Num adulto de 70 Kg possui
armazenado de 100 g à 120 g de glicogênio, já no músculo esquelético corresponde
de 1% à 2% (cerca de 400 g). E sua concentração depende do treino físico, taxa
metabólica normal e hábito alimentar.

[1]. Glycogen at the US National Library of Medicine Medical Subject Headings


(MeSH)

Glicogênese
- O que é?
Glicogênese é o processo de síntese de glicogênio, no qual as moléculas de glicose
são adicionadas a cadeia de glicogênio para o armazenamento dela.

- Etapas:
- Glicose é convertida em glicose-6-fosfato pela enzima glicoquinase com
conversão de ATP para ADP.
- Glicose-6-fosfato é transformado em glicose-1-fosfato pela ação da
fosfoglicomutase, passando pelo intermediário glicose-1,6-bifosfato.
- Glicose-1-fosfato é convertida em UDP-glicose pela ação da UDP glicose
fosforilase. O pirofosfato é formado, então hidrolisado pela pirofosfatase em
duas moléculas de fosfato.
- A enzima glicogenina é necessária para encadear as primeiras moléculas de
glicose. A glicogenina tem um resíduo de tirosina para cada subunidade que
serve como âncora para a redução do fim do glicogênio. Inicialmente, cerca
de 8 moléculas de UDP-glicose são adicionados para cada resíduo de
tirosina pela glicogenina, fazendo uma ligação alfa-1,4.
- Uma vez que a cadeia de oito monômeros de glicose é formado, a glicogênio
sintase faz a ligação para o crescimento da cadeia de glicogênio adicionando
UDP-glicose para o 4- grupo hidroxila do resíduo de b-glicosidase, formando
mais ligações a-1,4 e aumentando a cadeia polimérica.
- As ramificações são feitas pela enzima “bruncher” que transfere o fim da
cadeia para a parte anterior via ligação glicolítica a-1,6, formando
ramificações, que além de crescer, é adicionado mais ligações a-1,4
[2]. MILLER, Thomas Bryan; LARNER, Joseph. Mechanism of control of hepatic
glycogenesis by insulin. Journal of Biological Chemistry, v. 248, n. 10, p. 3483-3488, 1973.

Glicogenólise

- O que é?
Glicogenólise é a degradação de glicogênio realizada através da retirada sucessiva
de moléculas de glicose, ou seja, fornecimento de glicose a partir do glicogênio.

- Etapas:
- O glicogênio armazena milhões de moléculas de glicose, quando há quebra do
glicogênio é extraído uma molécula de glicose, que é a glicose-1-fosfato. Logo, o
glicogênio será convertido em glicose-1-fosfato. A enzima catalisadora responsável
por essa reação é glicogênio fosforilase.
- A glicose-1-fosfato ocorre quando um fósforo que estava ligado ao carbono 1, liga-se
ao carbono 6. Logo, a glicose-1-fosfato será convertida em glicose-6-fosfato. A
enzima responsável por essa reação é fosfoglucomutase.
- a glicose-6-fosfato será convertida em glicose. Nesta etapa gera o
glicose-1,6-difosfato como intermediário. Neste caso depende do glicogênio.
- A enzima Glicogênio Fosforilase não é capaz de quebrar as ligações a-1,6; ela
cessa aproximadamente a 4 monômeros de glicose antes da ramificação. Para
remover esse ponto de ramificação é necessária a enzima Glicogênio “debranching”
, na qual contém dois ativos: glicosidase e glicotransferase

- Finalidade
Está presente nas células dos tecidos hepáticos e musculares. Tem como função
principal desenvolver uma resposta de ‘’luta ou fuga’’ para o glicogênio e também na
regulação dos níveis de glicose no sangue.
Nos tecidos miócitos, a quebra do glicogênio serve para abastecer uma fonte
imediata de glicose-6-fosfato para a glicose, ou seja, fornecer energia suficiente para
a contração muscular.
Nos tecidos hepáticos, a quebra de glicogênio serve para liberar a glicose na
corrente sanguínea para ser absorvida por outras células.
obs.: a glicose-6-fosfatase não está presente nos tecidos musculares. Está presente
apenas nos tecidos hepáticos.

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