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1 - PROCESSO CONSTITUCIONAL
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A CF é o ponto máximo do ordenamento.
O Executivo
O Chefe de estado – dever e capacidade de fazer respeitar a CF. Ex: vetar leis
inconstitucionais.
O Judiciário
A corte Constitucional
Todos.
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a)_Controle difuso – lembre-se, é aquele controle que está espalhado, nas
mãos dos juízes, tribunais, pode ser feito em qualquer ação. Trata-se também do
modelo chamado americano, por serem os EUA o primeiro pais a adota-lo. A fiscalização
constitucional é realizada por todos os órgãos judiciais do ordenamento, sendo mais
preciso denomina-lo de universal.
Cada órgão do Judiciário realiza o controle no âmbito de suas competências.
Este sistema é adotado nos EUA, na Argentina, na Grécia, no Japão.
Ex2: habeas corpus – a lei que a autoridade se baseou para decretar a prisão é
inconstitucional, porque fere a CF, ai se pede no HC alvará de soltura, a causa de pedir,
é que a lei que a autoridade se baseou para decretar a prisão é inconstitucional. Este
controle se dá, em regra, no caso concreto, em regra, esses efeitos são ex tunc –
retroativos – há possibilidade de modulação.
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partes. Em regra o controle concentrado possui efeito ERGA OMNES, efeito para todos
– EX TUNC – Retroativo em regra, porque a Lei não se torna inconstitucional – se feita
após a CF. Ela é inconstitucional desde a origem, desde o seu nascedouro.
- Introdução
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Artigos publicados em jornais de Nova York entre 1787 e 1788, visando apoiar
a Constituição dos EUA que estava em processo de aprovação pelos Estados Membros.
Motivos: Ele relatava que na época o judiciário era o mais fraco dos 3 poderes,
e não haveria liberdade se o poder de julgar não fosse separado dos demais poderes. A
plena independência do Judiciário é essencial em uma constituição limitada. Qualificar
como limitada significa a Constituição estabelecer limites ao legislativo, como, a
proibição de condenar sem processo, proibição de leis retroativas e etc.
Até que o povo reclame e altere uma constituição, esta deve ser respeitada por
todos. Estabilidade dos julgadores – independência do judiciário e qualificações
necessárias. Juízes com mandato temporário. Criticava a nomeação de juízes pelo
executivo ou legislativo, sob pena de indevida condescendência. Se forem por meio de
voto, pelo povo, ficarão mais preocupados em agradar o eleitorado e não a cumprir as
leis, por isso, desde esta época já defendia o modelo similar de estabilidade e
independência do judiciário, que temos na atualidade.
Aqui volta-se ao ano 1797/1798, nesta época o presidente dos EUA era John
Adams e tinha como secretário de Estado John Marshall. E o presidente fazia parte do
partido federalista (nesta época existia o partido republicano e o federalista).
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O partido Republicano fazia uma oposição forte contra o federalista, porque
para os republicanos os EUA deveriam apoiar a França contra a Inglaterra, mas Adams,
não aceitava isso e não fizeram isso. Mas, nas eleições seguintes, o partido federalista
perdeu a maioria dos integrantes no Congresso Americano e John Adams previa já que
nas próximas eleições iria perder, não só no Congresso, como também a presidência.
Daí, Adams alterou a legislação dando o direito a ele para nomear diversos Juízes das
Cortes, inclusiva da Suprema Corte. Ele pensou em colocar pessoas que ele pudesse
influenciar no judiciário e Adams passou a nomear vários Juízes e aí ele nomeou John
Marshall, transformando-o em ministro da Suprema Corte, ele era seu Secretário de
Estado.
Dentre eles, estava na Lista Marbury, na lista de pessoas para serem nomeadas
como Juízes. Este evento ficou conhecido como juízes da meia noite, quem recebeu a
carta de nomeação tomou posse e entrou em exercício e isso foi no final do mandado
de Adams e depois assumiu o Presidente Thomaz Jeferson. MADISON nos primeiros dias
de mandado, cassou essas cartas de nomeação de juízes que Adams tinha feito, em
outras palavras, quem recebeu as cartas de nomeação e tomou posse ficará onde está,
por conta do direito adquirido, ato certo. Agora, os que não tomaram posse ou que
ainda não receberam a carta de posse, eu CANCELO a ordem e você não poderá mais
entrar no judiciário. Um destes indivíduos era o MARBURY, que não tinha tomado posse
ainda, aí ele perdeu o direito, porque MADISON entendia que ele tinha perdido esta
oportunidade.
MARBURY ficou indignado porque ele era para ser um membro da suprema
corte, equivalente a um juiz do STF e não o foi. Isso gerou o caso MARBURY vs.
MADISON, porque Marbury entendia que tinha direito líquido e certo para tomar posse
como juiz, já que havia um ato oficial de ADAMS nomeando ele, só que este ato nunca
chegou concretizado. Aí ele entrou com um mandamus (similar ao nosso mandado de
segurança) ajuizado na suprema corte com base em uma legislação infraconstitucional
que dizia que estes mandados eram julgados na suprema corte.
Quem estava na suprema corte? Marshall, já era Juiz e o caso foi para ele. E
Marshall ficou em uma situação cômoda, porque ele foi nomeado por Adams e tinha
esta questão para ele decidir e ai MARSHALL foi genial, saiu pela tangente, e não queria
se comprometer com nenhum dos partidos e fez 3 perguntas.
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- O Estado Americano teria como proteger este direito? SIM
- A Suprema corte americana era competente para julgar o caso? NÃO. A
Suprema Corte dos EUA disse que MARBURY tinha o direito, mas a Corte não possuía
competência para julgar, pois a lei que atribuía tal competência para a Suprema Corte
era inconstitucional.
Modelo americano, uns dizem que partiu da constituição, outros que partiu de
uma interpretação da corte americana, a partir de 1803, no celebre caso Marbury vs.
Madison, passou-se a admitir o controle de constitucionalidade, isso é, o juiz, no caso
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concreto, pode fazer a verificação da compatibilidade da lei ou não, com a Constituição.
É o modelo de controle concreto ou incidental, porque se diz que até como elemento
de controle da atividade política do juiz, o judiciário só pode se pronunciar em concreto,
a lei tem que ser aplicada a um caso concreto e haja duvida da sua compatibilidade com
a CF.
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conflitantes. A melhor solução seria criar um Tribunal especifico que concentre esta
competência para fiscalizar as leis – Corte Constitucional, com fiscalização preventiva.
Assim, é um sistema oposto do norte-americano, a novidade aqui está na tríade:
controle principal, abstrato e concentrado. Neste sistema a lei inconstitucional é
eliminada.
Hans Kelsen defendeu muito este modelo Austríaco.
Marco: Em 1920 houve a Criação, na Áustria, da corte de Justiça Constitucional
– único órgão para exercer a fiscalização da constitucionalidade das leis – controle
concentrado.
6. Controle judicial de constitucionalidade na Grécia do Século XIX
Primeira sentença admitindo o controle – 1871. Afastamento de leis pelos
juízes, se contrarias a constituição.
Aqui o Controle é judicial repressivo, difuso e incidental.
Grécia: Estado Unitário, sem sistema federativo e presidencialista.
Frustração na criação de uma Corte Constitucional, centralizando o controle,
tal como na grande maioria dos países europeus, sem êxito até hoje.
Os tribunais superiores não desejam uma autoridade superior
Governo não deseja um órgão que julgue a constitucionalidade de forma
vinculante.
Critério Categorias
Permissibilidade Sistema positivo
Sistema Negativo
Origem-legitimação do órgão Órgãos judiciais
fiscalizador Órgãos políticos (não judiciais)
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Sistema combinado
Objeto de controle Total-irrestrito
Parcial-limitado
Natureza da conduta controlada Inconstitucionalidade por ação
Inconstitucionalidade por
omissão
Sistema combinado
Número de fiscais da Sistema difuso (universal)
constitucionalidade Sistema Concentrado
Sistemas mistos?
Qualificação dos fiscais Juízes com formação-atuação
(formação e experiencia profissional) jurídica
Juízes Leigos
Sistema Misto
Momento da propositura Preventivo
Repressivo
Combinado
Tipos de Fiscalização Abstrato
Concreto
Combinado
Posição na sequencia processual Principal (via de ação)
Incidental (via de exceção)
Combinado
Etapas de tramitação Bifásico
Monofásico
Legitimados para propor o Acesso restrito
controle Acesso médio
Alcance pessoal os efeitos da Intra partes
decisão Erga omnes
Carga de eficácia preponderante Decisão declaratória
e alcance temporal da decisão Decisão constitutiva
Decisão de efeitos modulados
PERMISSIBILIDADE
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deduzida pelos próprios Tribunais, mediante interpretação constitucional, a exemplo
dos EUA.
Sistema Negativo: Impossibilidade de controle de constitucionalidade em
países que não possuem Constituição normativamente superior, ou seja, pelo menos
parcialmente rígida. Nesses casos, o legislador é soberano, não correndo limitação e
fiscalização de suas competências. Isso se observa no Vaticano, cuja lei fundamental
outorga ao Sumo Pontífice a plenitude dos Poderes Legislativo, executivo e judiciário.
OBJETO DE CONTROLE
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obrigatoriamente que exista um mandamento constitucional impondo a atuação do
legislador, por exemplo, para fixar o salário mínimo. Neste caso, caso o legislador não
fixe o salário mínimo, isto caracterizará violação da obrigação do legislador, exatamente
quando acontece com uma pessoa que não paga o imposto devido, ela é omissa e ainda
descumpre uma obrigação tributária.
A fiscalização das omissões constitucionais ainda enfrente resistências, mas já
admite-se este ativismo judiciário, conforme entendimentos sedimentados das Cortes
Superiores, quando for para efetivar direitos e garantias fundamentais.
Sistema Combinado: A utilização dos dois sistemas de fiscalização acima
descritos, como é o caso do Brasil.
1 – FORMAS DE INCONSTITUCIONALIDADE
A) Inconstitucionalidade formal
- por incompetência. Ex: A lei só poderia ser de iniciativa do presidente e foi por
um deputado e ainda que sancionada pelo presidente, não se convalida.
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- por desrespeito ao processo legislativo. Ex: projeto dependia de maioria
absoluta e foi maioria simples.
B) Inconstitucionalidade material
- conteúdo afronta a CF. Ex: A CF limita os salários dos servidores Públicos, do
Município ao Prefeito. Do judiciário ao STF, etc. Se a lei concede valor superior ao
permitido é inconstitucional materialmente.
A) Inconstitucionalidade originária
É a mais comum, quando a lei criada após a existência da atual constituição,
com ela é incompatível. Ex: A CF diz que só brasileiro nato pode ocupar o cargo de
presidente da República, se uma lei federal surge em 2000 e diz que pode ser ocupado
por naturalizado, é inconstitucional desde a sua criação.
B) Inconstitucionalidade superveniente
Afeta o dispositivo em momento posterior a sua criação. Ex: Uma Lei de 1970
era constitucional, com a Constituição de 1967. Mas, com a chegada da CF de 88 se torna
inconstitucional. A lei era constitucional, mas passas a não ser no decorrer da sua
validade.
Só pode ser material – não pode ser formal (se as regras para aprovação da lei
mudaram com outra Constituição). Ex: CTN 66 – é uma lei ordinária, com força de lei
complementar válida no mundo jurídico – A CF de 67 e 88 exigiam lei complementar
para esta matéria, na época da sua criação era admitida a sua criação por lei ordinária.
A inconstitucionalidade superveniente pode ocorrer em normas posteriores à
CF? Sim. Ex: emenda constitucional. Ex: CF prevê prisão perpétua – leis regulando a
matéria. Após, surge uma EC abolindo a prisão perpétua,
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Lei complementar e Lei ordinária. Qual a diferença? (1) o quórum de aprovação
- aprovada por maioria absoluta (artigo 69 da CF/88) e ordinária – aprovada por maioria
simples (artigo 47 da CF/88). Senado Federal, que possui o total de 81 Senadores. A
aprovação de uma lei complementar exigirá o mínimo de 41 votos. A ordinária depende
dos presentes. Se foram 50, basta 26. (2) a matéria - LEI COMPLEMENTAR: exigida em
matérias específicas da Constituição. LEI ORDINÁRIA: exigida de modo residual, nos
demais casos. Ex: matéria: artigo 93, caput (edição do Estatuto da Magistratura de
iniciativa do STF).
Ex: Governo cria um tributo inconstitucional e recebe ele por 05 anos. Depois,
começam o ingresso de ações judicias pedindo a declaração de inconstitucionalidade
em concreto e a devolução dos valores. Temendo um rombo, o governo consegue
aprovar uma EC para constitucionalizar este tributo.
Este saneamento vale dali para frente ou pode abranger todo o período? E se
a EC falar que abrange todo período. Em qualquer destes casos haverá ou não
inconstitucionalidade?
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- Controle de “Representação de inconstitucionalidade”(art. 102, § 2º, da CF) –
são as ações de controle de constitucionalidade judicial e abstrato em âmbito estadual.
Andamento processual similar ao da ADIn. TJ`S.
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5º, inciso XII – inviolabilidade do sigilo de dados. Ou seja, a causa de pedir destas ações
era diferentes, uma falava de um artigo, outra de outro, mas como a causa de pedir é
aberta, para o STF isso não faz a menor diferença. Ou seja, o supremo não precisa se
ater a causa de pedir, TODA A CF SERVE COMO parâmetro, não só o que foi invocado.
Desta forma, o supremo pode dizer que a lei não fere o inviolabilidade do sigilo
de dados, e sim fere, o principio da dignidade da pessoa humana. Assim sendo, a causa
de pedir não pode ser um elemento para a conexão. Para haver conexão, O que vai
importar é o pedido, o mesmo objeto que esta elas.
Esta clausula é uma clausula que reserva ao plenário do tribunal, não pode ser
exercida por órgãos fracionários (turmas ou câmaras). A cláusula de reserva de plenário
está no artigo 97 da CF, Inciso XI.
Na cláusula de reserva de plenário somente pelo voto da maioria absoluta dos
seus membros ou órgãos especiais podem declarar uma lei inconstitucional. Este órgão
especial é aquele descrito no artigo 93, inciso XI – (os tribunais, quando tiverem mais de
25 julgadores, poderá criar este órgão especial, que deverá ter entre 11 e 25 membros,
que vai exercer algumas competências delegadas pelo pleno, o pleno vai delegar a este
órgão especial, que tem entre 11 e 25 membros). Ex: TJ de SP tem 300
desembargadores, desta forma, podem ter órgão especial.
A reserva de plenário só se aplica aos tribunais. Isso significa dizer que esta
clausula não se aplica a juízes singulares. E se aplica as turmas recursais de juizado
especial? NÃO, se aplica a turmas especiais do juizado especiais. E ainda, novo
posicionamento do STF: E AOS JULGAMENTOS DE RE, pelo Supremo Tribunal Federal,
também não se aplica. (Prova do MPF – questão 02), para o STF, ele diz que no recurso
extraordinário, ele não precisa respeitar a reserva de plenário, conforme RE 361829
(ED).
A reserva de plenário serve só para DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE de
alguma lei, e o que significa isso?
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norma é anterior a CF? porque se a norma é anterior, é hipótese de não recepção pela
CF, não é hipótese de inconstitucionalidade, por isso não precisa observar.
Dica: associar:
Vejamos a tabela:
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UNIVERSAIS UNIVERSAL Legitimado
UNIVERSAIS COM UNIVERSAL
COM COM CAPACIDADE COM CAPACIDADE
CAPACIDADE CAPACIDADE POSTULATO POSTULATÓRIA.
POSTULATORIA POSTULATORIA RIA TRF3 – 2010 –
ESPECIAL ESPECIAL ESPECIAL Magistratura.
Partido Político
com representação
no CN (basta um
deputado ou um
senador);
Legitimado
UNIVERSAL
SEM CAPACIDADE
POSTULATÓRIA
(PRECISA DE ADV)
Confederação
sindical ou
entidade de classe
de âmbito nacional.
Confederação já é
algo nacional –
organização
sindical em caráter
nacional
Legitimado
ESPECIAL
SEM CAPACIDADE
(Precisa de
advogado).
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membro – caso Legislativa
combustível
em estado Legitimado
limítrofe) UNIVERSAL
COM
CAPACIDADE
POSTULATÓRIA
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controle concentrado de constitucionalidade (art. 103). [ADI 387 MC, rel. min. Celso de
Mello, j. 1º-3-1991, P, DJ de 11-10-1991.]
4 - A legitimidade ativa da confederação sindical, entidade de classe de âmbito
nacional, Mesas das Assembleias Legislativas e governadores, para a ação direta de
inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ação, pelo que deve haver pertinência da
norma impugnada com os objetivos do autor da ação. Precedentes do STF: ADI 305/RN
(RTJ 153/428); ADI 1.151/MG (DJ de 19-5-1995); ADI 1.096/RS (Lex-JSTF, 211/54); ADI
1.519/AL, julgamento em 6-11-1996; ADI 1.464/RJ, DJ de 13-12-1996. Inocorrência, no
caso, de pertinência das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe
autora da ação direta). [ADI 1.507 MC-AgR, rel. min. Carlos Velloso, j. 3-2-1997, P, DJ de
6-6-1997.]
5 - Partido político. Legitimidade ativa. Aferição no momento da sua
propositura. Perda superveniente de representação parlamentar. Não desqualificação
para permanecer no polo ativo da relação processual. Objetividade e indisponibilidade
da ação. [ADI 2.618 AgR-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 12-8-2004, P, DJ de 31-3-2006
e ADI 2.427, rel. min. Eros Grau, j. 30-8-2006, P, DJ de 10-11-2006
6 - A associação de classe, de âmbito nacional, há de comprovar a pertinência
temática, ou seja, o interesse considerado o respectivo estatuto e a norma que se
pretenda fulminada. [ADI 1.873, rel. min. Marco Aurélio, j. 2-9-1998, P, DJ de 19-9-2003.]
Legitimidade Passiva
A legitimidade passiva recai sobre os órgãos ou autoridades responsáveis pela
lei ou pelo ato normativo objeto da ação, os quais deverão prestar informações ao
relator do processo. Na ação direta não poderão estar como partes passivas pessoas
jurídicas de direito privado, pois o controle concentrado tem como objetivo a
impugnação de atos do poder público.
Objeto: Lei ou ato normativos, federais ou estaduais. Não pode ser objeto: lei
anterior à CF e normas constitucionais originárias.
Pertinência Temática
Os legitimados universais podem propor a ADI sobre qualquer assunto. São
eles: o Presidente da República, as Mesas do Senado Federal e Câmara dos Deputados,
o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
e os partidos políticos com representação no Congresso Nacional (ADI 1396, Rel. Min.
MARCO AURÉLIO), com fundamento nos incs. I, II, III, VI, VII e VIII do art. 103 da
Constituição Federal.
Os legitimados especiais só podem propor ADI sobre determinado interesse, ou
seja, pertinência temática. Os que possuem pertinência temática são: as Mesas das
Assembleias Legislativas e Câmara Legislativa (ADI 1307, Rel. Min. FRANCISCO RESEK) e
Governadores de Estado e Distrito Federal (ADI 902, Rel. Min. MARCO AURÉLIO), bem
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como as confederações sindicais (ADI 1151, Rel. Min. MARCO AURÉLIO) e entidades de
classe de âmbito federal (ADI 305, Rel. Min. PAULO BROSSARD).
Efeitos
A Ação Direta de Inconstitucionalidade possui efeito erga omnes, que significa
dizer que pode ser oponível contra todos, e não apenas contra aqueles que fizeram
parte em litígio. Possui, também, efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, bem como efeito ex tunc
(retroativo) e ainda o efeito repristinatório, o qual consiste na re-entrada em vigor de
uma lei, outrora revogada.
A CRFB/88, em seu artigo 102 § 2º preceitua que "as decisões definitivas de
mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal".
A Lei 9.868/99, que dispõe sobre o processo de julgamento de ADI, indica a
possibilidade excepcional de efeito ex nunc:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo
Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos
daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em
julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Ocorre, ainda, o chamado efeito vinculante, através do qual ficam submetidas
à decisão proferida em ADI, os demais órgãos do Poder Judiciário e as Administrações
Públicas Federal, Estadual, Distrital e Municipal (§ único, art. 28, Lei 9.868/99).
Amigo da Corte (amicus curiæ)
É um terceiro que intervém no processo de tomada de decisão judicial,
frequentemente, em defesa dos interesses de grupos por ele representados (entidades),
oferecendo informações acerca da questão jurídica controvertida, bem como novas
alternativas interpretativas. A base legal para sua aceitação é o artigo 7º, § 2o, da Lei
9868, in verbis: "O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade
dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado
no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades".
Atualmente, segundo a jurisprudência do STF, aceita-se a manifestação até o
final da instrução do processo. Aceita-se também sua sustentação oral no dia de
julgamento.
ADO
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A Ação direta de inconstitucionalidade por omissão tem por finalidade permitir
o exercício de direito, previsto na Constituição, e que não pode ser usufruído, seja em
virtude da ausência de regulamentação por parte do legislador e/ou normatizador
infralegal, ou ainda em função de inação da autoridade administrativa competente. A
inércia do poder publico que enseja a ação direta de inconstitucionalidade por omissão
se refere apenas às normas constitucionais de eficácia limitada.
A Constituição Federal de 1988 adotou a ação de inconstitucionalidade por
omissão em seu art. 103, § 2°:
§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em
trinta dias.
O desrespeito à Constituição tanto pode ocorrer mediante ação estatal quanto
mediante inércia governamental. A situação de inconstitucionalidade pode derivar de
um comportamento ativo do Poder Público, que age ou edita normas em desacordo com
o que dispõe a Constituição, ofendendo-lhe, assim, os preceitos e os princípios que nela
se acham consignados. Essa conduta estatal, que importa em um facere (atuação
positiva), gera a inconstitucionalidade por ação. Se o Estado deixar de adotar as medidas
necessárias à realização concreta dos preceitos da Constituição, em ordem a torná-los
efetivos, operantes e exequíveis, abstendo-se, em consequência, de cumprir o dever de
prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação negativa do texto
constitucional. Desse non facere ou non praestare, resultará a inconstitucionalidade por
omissão, que pode ser total, quando é nenhuma a providência adotada, ou parcial,
quando é insuficiente a medida efetivada pelo Poder Público.
[ADI 1.458 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 23-5-1996, P, DJ de 29-9-1996.]
ADC
A Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) é uma ação judicial proposta
com o objetivo de tornar certo judicialmente que uma dada norma é compatível com a
Constituição.
A ADC representa, no ordenamento jurídico brasileiro, uma das formas de
exercício do controle de constitucionalidade concentrado. Esta define-se pela
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal e seu respectivo entendimento, fortalecido
por suas decisões[1].
Em outras palavras, a Ação Direta de Constitucionalidade é meio processual de
garantia da constitucionalidade da lei ou ato normativo federal, consubstanciada no
controle jurisdicional concentrado, por via de ação direta. Foi instituída pela Emenda
Constitucional nº 03/93 à Constituição Federal de 1988, com sede na competência
originária da Corte Constitucional. O pedido só é procedente se demonstrada
objetivamente a existência de controvérsia judicial em torno da constitucionalidade da
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norma. É necessário, ainda, que o autor refute as razões alinhavadas como fundamento
à tese da inconstitucionalidade e pleiteie a declaração de sua constitucionalidade
Objeto
Tem por objeto o reconhecimento da compatibilidade constitucional de uma
norma infraconstitucional, em abstrato[2]. Isto quer dizer que, independentemente de
um caso concreto, quando o STF analisa uma ADC, como resultado, pode emitir uma
declaração de que a norma contestada não contraria de modo frontal a Constituição,
embora, nada impeça que isto ocorra em determinados casos concretos.[nota 1]
Legitimados: Idênticos ao da ADI.
Caso prático de aplicação do princípio da fungibilidade:
Aplicação do princípio da fungibilidade. (...) É lícito conhecer de ação direta de
inconstitucionalidade como arguição de descumprimento de preceito fundamental,
quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso de
inadmissibilidade daquela. [ADI 4.180 MC-REF, rel. min. Cezar Peluso, j. 10-3-2010, P,
DJE de 27-8-2010.] Vide ADPF 178, rel. min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, j. 21-
7-2009, DJE de 5-8-2009 Vide ADPF 72 QO, rel. min. Ellen Gracie, j. 1º-6-2005, P, DJ de
2-12-2005
ADPF
Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é a
denominação dada no Direito brasileiro à ferramenta utilizada para evitar ou reparar
lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público (União, estados,
Distrito Federal e municípios), incluídos atos anteriores à promulgação da Constituição.
No Brasil, a ADPF foi instituída em 1988 pelo parágrafo 1º do artigo 102 da
Constituição Federal, posteriormente regulamentado pela lei nº 9.882/99 [1]. Sua
criação teve por objetivo suprir a lacuna deixada pela ação direta de
inconstitucionalidade (ADIn), que não pode ser proposta contra lei ou atos normativos
que entraram em vigor em data anterior à promulgação da Constituição de 1988. O
primeiro julgamento de mérito de uma ADPF ocorreu em dezembro de 2005 [2].
A ação direta de inconstitucionalidade (ADIn), é uma das ações do controle
concentrado de constitucionalidade.
Legitimação ativa: É a mesma prevista para a ação direta de
inconstitucionalidade (art. 103, I a IX, da Constituição federal, art. 2° da Lei 9.868/1999
e art. 2°, I da Lei 9.882/1999).
Legitimidade passiva: como se trata de ação tendente à declaração da
constitucionalidade, não existe polo passivo na relação processual.
Capacidade postulatória: A exemplo da ADI, alguns legitimados para ADPF não
precisam ser representados por advogados, já que detêm capacidade postulatória.
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Competência para julgamento: Sempre será do Supremo Tribunal Federal (STF).
Liminar: A ADPF admite liminar, concedida pela maioria absoluta dos membros
do STF (art. 5° da Lei 9.882/1999). A liminar pode consistir na determinação para que
juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou de efeitos de decisões
judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da
ação.
Informações: O relator da ADPF poderá solicitar informações às autoridades
responsáveis pelo ato questionado. Na ADPF admite-se a figura do 'amicus curiae'
(amigo da corte).
Efeitos da decisão: A decisão da ADPF produz efeito erga omnes (contra todos)
e vinculantes em relação aos demais órgãos do poder público. Os efeitos no tempo serão
ex tunc (retroativos), mas o STF poderá, em razão da segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, restringir os efeitos da decisão, decidir que essa somente
produzirá efeitos a partir do trânsito em julgado ou de outro momento futuro que venha
a ser fixado. Decisões nessa linha excepcional exigem voto de dois terços dos membros
do STF.
ADPFs notáveis[editar | editar código-fonte]
ADPF 54: protocolada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde,
questiona a ilegalidade da interrupção voluntária da gravidez em fetos anencéfalos.
Declarada procedente em abril de 2012.
ADPF 132: protocolada pelo governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio
Cabral Filho, questiona o não reconhecimento de uniões civis entre casais homoafetivos
por parte de órgãos do poder público. Declarada procedente em maio de 2011.
ADPF 153: protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil, questiona a
constitucionalidade da lei nº 6.683 de 28 de agosto de 1979, a chamada "lei da Anistia".
Julgada improcedente, há recurso de embargos de declaração pendente.
ADPF 186: protocolada em 20 de julho de 2009 pelo Partido Democratas, que
visava a "declaração de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público que resultaram
na instituição de cotas raciais na Universidade de Brasília - UNB". A arguição foi julgada
improcedente pelo STF em 26 de abril 2012.
O objeto da ADPF é bem mais amplo do que a ADI e ADC. Pois podem ser objeto
da ADPF quaisquer atos do poder público.
Que tipos de atos que não são admitidos como ADI ou ADC, mas poderiam ser
objeto de ADPF?
UMA DECISAO JUDICIAL (pois ela não tem generalidade e abstração).
Ex1: ADPF nº 101 que discutia as decisões judiciais que permitiam a importação
de pneus usados, o STF entendeu que essas decisões judiciais, violavam o direito a saúde
e ao meio ambiente. Ex2: Ato administrativo (admite-se ADPF) e não admite-se ADI e
ADC.
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A ADPF tem um caráter subsidiário, só vai caber, quando não couber ADI ou
ADC.
O Rol é exaustivo ou exemplificativo? Os legitimados para propor arguição de
descumprimento de preceito fundamental se encontram definidos, em numerus
clausus, no art. 103 da CR, nos termos do disposto no art. 2º, I, da Lei 9.882/1999 (APPF
76)
Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar preventiva ou reparar
repressiva lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. (para ser
PRECEITOS FUNDAMENTAIS
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