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No artigo introdutório da série sobre o papel do coordenador pedagógico nas escolas, feito com base no
estudo da pesquisadora Silvana Tamassia, que relata a experiência na formação de gestores no curso de
Gestão para a Aprendizagem, realizado pela Fundação Lemann em parceria com a Elos Educacional,
refletimos sobre o papel, a formação e os desafios do coordenador pedagógico. Neste primeiro artigo sobre
as três frentes de atuação deste profissional, vamos abordar o planejamento e a condução das reuniões
pedagógicas da escola.
Tão importante quanto começar uma reunião é planejá-la. Reunião em uma escola de Frederico Westphalen
– RS.
Esses momentos devem, então, ser potencializados por meio de uma pauta formativa que leve os professores
a refletirem e avançarem em suas aprendizagens enquanto sujeito responsável pelo ensino dos alunos em
sala de aula. Veja abaixo algumas estratégias para a construção e execução desta pauta.
Qualquer formação continuada para ser eficiente precisa atender às especificidades daquela realidade
escolar. Para descobrir quais são as necessidades de formação, o coordenador pedagógico pode passar
questionários aos professores, fazer observações em sala de aula, analisar os resultados dos alunos indicando
os conteúdos mais críticos na aprendizagem e que podem ser os mais vulneráveis na formação do docente.
“Com esses dados em mãos, a escola pode organizar o seu projeto de formação para o ano todo,
compartilhando-o e validando-o com todo o grupo”.
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Ter claro o que se vai fazer durante a reunião é essencial para conduzi-la de maneira que seja produtiva.
Assim, é preciso também definir até onde se espera que os participantes avancem, quais materiais serão
necessários e o espaço, de modo que favoreça as discussões propostas de acordo com a metodologia
escolhida.
Apesar de simples, post-its são ótimas ferramentas para uma síntese visual do que foi definido na reunião.
“É claro que se estamos falando de uma pauta formativa, não cabe elaborarmos uma aula expositiva sobre os
conteúdos propostos, o ideal é pensarmos numa sequência de atividades que ajudem os participantes a
avançarem no seu conhecimento sobre o que está sendo discutido.”
É um momento introdutório que visa contribuir para a formação do professor leitor e a ampliação do seu
repertório. Isso irá contribuir também para que seja um modelo para os seus alunos.
Saber exatamente o que os professores conhecem sobre o tema é essencial para que a formação seja
eficiente, pois assim será possível nortear o estudo do tema a partir das discussões e dúvidas levantadas
pelos próprios docentes.
“Neste momento, o coordenador precisa propor questões que levem às reflexões que deseja promover; para
isso pode lançar mão de textos que podem colaborar para embasar teoricamente o assunto ou vídeos que
possam trazer à tona a discussão pretendida.”
As reuniões podem conter trechos de vídeos de uma aula ou registros escritos bem detalhados que possam
provocar reflexões com base em cenas do vídeo ou trechos dos registros. É preciso também pensar as pausas
estratégicas para chamar a atenção do grupo para pontos relevantes de acordo com o conteúdo da formação.
“O que está em jogo nesta estratégia? A natureza dos conteúdos, os processos pelos quais os alunos
aprendem e os procedimentos usados pelos professores para ensiná-los. Os materiais mais adequados para
fazer a tematização são vídeos de situações de sala de aula, planejamentos de aula e registros de aula feitos
pelo professor.”
Depois de tantos conteúdos e reflexões, é preciso sistematizar as ideias discutidas durante a reunião com
propostas de encaminhamentos que ajudem a levar para a prática os debates feitos durante o encontro. Este
momento é importante pois mostra ao grupo que as reflexões não são apenas teóricas, mas que consideram
suas práticas em sala de aula e como melhorá-las, propondo ações que as qualifiquem.