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NO S~CULO XIX
C E D E P L A R
Belo Horizonte
Novembro de 1980
A ECONOMIA ESCRAVISTA DE MINAS GERAIS NO S~CULO XIX
11
TABELA 1
1810 1814
1717 33.000
1749 88.286 3,1
1786 188.941 (*) 2,1
1808 148.772 -1,1
1819 168.543 1,1
Fonte: l717-49~ Goulart, A Escravidão, pp.
139-41; 1786-1808: "Populaçao da Província
de Minas Gerais", pp. 294-95; 1819: Estimati
va do conselheiro Velloso de Oliveira, repro
duzida em Silva, Investigações, p.152. -
(*) Numa população total de 393.698 apenas ..
362.847 indivíduos tiveram seu status especi
ficado, dos quais 174.135 (48 porcento) eram
escravos. Presumindo que a mesma proporção o
corria na população total, obtém-se 188.941-
escravos.
TABELA 4
TABELA 5
PERIoDO r = - . 02 r = - . 03 r = - . 04
o
comportamento das alforrias no tempo confirma a~
pIamente que a escravidão tinha adquirido uma nova vitalidade nas
últimas décadas do século dezoito. Não há, mais uma vez, dados di
retos sobre manumissões nesse período, masa evolução da população
livre de cor não deixa margem a dúvidas. Esses dados sugerem que a
idéia, bastante freqüente na literatura, de que a economia minera-
tória oferecia amplas oportunidades para o escravo obter sua libe!
tação não tem suporte empírico. A incidência de manumissão duran-
te a fase ascencionaldo ciclo do ouro parece ter sido muito baixa.
Entre 1735 e 1749 o número de pretos e mulatos livres era muito pe
queno e decresceu durante o período. Somente depois que começou a
decadência é que a tendência se modificou. A extraordinariamente
alta taxa de crescimento do grupo livre de' corno período 1749-1786
indica um aumento abrupto na concessão de alforrias, mesmo consid~
rando que a reprodução natural dos libertos também contribuiu pa-
. 24
ra esse creSClmento.
TABELA 6
rrr
TABELA 7
TABELA 8
TABELA 9
% DA % DA
PERIoDO ESCRAVOS POPULAÇÃO PERIoDO ESCRAVOS POPULAÇÃO
EMPREGADOS ESCRAVA EMPREGADOS ESCRAVA
1820-25 264 0.15 1856-60 6.629 2.18
1826-30 548 0.28 1861-65 8.474 2.58
1831-35 1.037 0.50 1866-70 15.788 4.46
1836-40 1.624 0.72 1871-75 16.428 4.30
1841-45 2.282 0.94 1876-80 23.683 6.96
1846-50 3.351 1.28 1881-85 33.879 11.10
1851-55 5.269 1.87 1886-87
36.069 15.38
Fonte: Dados de produção de A1vim, "Confrontos e Deduções",
pp. 80-83. Metodologia: veja texto. Estimativas da popu1a -
ção escrava: veja nota 33. As percentagens se referem à po-
pulação no ponto médio de cada período.
IV
MINAS GERAIS, RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO: UMA COMPARAÇÃO DO EMPREGO DE ESCRAVOS NO SETOR CAFEEIRO. ANOS SELECIONADOS
o
naturalista Freireyss, por exemplo, anotou, em
l8l5,que a agricultura mineira sofria com a falta de braços e que
entre 1803 e l8l5,a província importava mais de quatro mil escra _
vos por ano. 43 Comentarlos
- " do mesmo teor, referentes ~
a segun d a e
terceira décadas do século, são encontrados em diversos lugares
dos
relatos de Spix e Martius, Eschwege, Saint-Hilaire, Pohl e Debret.44
O autor de um artigo num jornal de Ouro Preto denunciava, em 1835,
que, apesar da lei de 1831, o tráfico prosseguia e queamiGde se
viam "grandes comboios dessa gente infeliz" sendo conduzidos para
45
Minas. Alcir Lenha~o levantou documentos, cobrindo aproximadamen
te o mesmo período, mostrando frequentes remessas de escravos por
casas comerciais do Rio de Janeiro para Minas, bem como uma anima-
da participação de tropeiros nesse comércio.46 No início dos anos
quarenta, Suzannet registrou a introdução de escravos africanos, atra
- d a B ah"la, nas areas
ves - d""
lamantlnas por e 1"e Vlslta
" d as. 47
TABELA 11
Províncias de residência dos escravos nasc'idos em Minas e Províncias de nascimento dos escravos
residentes em Minas, segundo o Censo de 1872.
% dos Província de
Província de % dos
. Residência dos
Nascimento
Escravos dos Escravos Escravos
Escravos Nascidos Nascidos Residentes Residentes
Em Minas Em Minas Em Minas Em Minas
São Paulo 4.018 1,16 1.309
Rio de Janeiro 0,35
3.074 1,07 3.757 1.01
Goiás 1.311 0,38 185
Espírito Santo 0,05
756 0,22 97 0,03
Município Neutro 728 0,21 - (1) -
Bahia 542 0,16 2.094
Pernambuco 0,57
7 * 667 0,18
Outras Províncias 497 0,14 469 0,13
Total outras Províncias 11. 560 3,34 8.578 2,32
Minas Gerais 333.853 96,66 333.853 90,14
Total Nascidos em Minas 345.413 -
100,00 -
Total Nascidos no Brasil - - 342.431 92,46
África - - 27.946 7,54
População Escrava em Minas - - 370.377 (2) 100,00
Fonte: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso: Quadros paroquiais, Recen-
seamento de 1872. Todas as outras províncias: Quadros provinciais. Recenseamento de 1872.
(*) Significa menos de 0,01 porcento.
(1) Os escravos nascidos no Município Neutro foram listados no Rio de Janeiro. (2) Há pequenas discrepân
cias entre as tabelas do censo. Na maior parte delas, o total para Minas é dado como 370.459 escravos. Es
se número foi ajustado mais tarde para incluir 14 paróquias que não foram recenseadas.
Nota Importante: Os dados da tabela acima, especialmente aqueles sobre o local .de nascimento dos escravos
residentes em Minas, são substancialmente diferentes dos que constam das tabelas provinciais do censo. Os
quadros provinciais contêm enormes erros de agregação: os números corretos para Minas, Sao Paulo, Rio de
Janeiro, Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso são esses apresentados acima, obtidos através das tabelas p~
roquiais.
N
l.D
30.
Fonte: Recenseamento 1872; FalIa ... Preso Sant'Ana, 1880, pp. 25-26; FalIa ... Preso Gonçalves Chaves,1884,
pp. 63-64; Relatório ... Preso Souza Magalhães, 1887, pp. 32-34~---- .
Nota: O total dado pelo censo foi de 370.459, mais tarde ajustado para 381.893 para incluir 14 paróquias
que não foram recenseadas. Como a revisão não discriminou os dados por municípios, foi preciso estimar,usan
do outras fontes, a população dos municípios incompletamente cobertos. Nossa estimativa resultou em 382.64~
que ê 0,2 porcento maior que o total ajustado do censo. Em 1880,os dados para dez municípios não incluídos
na fonte foram es~imados por interpo~açã~ en~re 1873 e ~p~imeiro dado disponível após 1880. Todos esses
ajustamentos estao em Martins, "Growlng ln S11ence", apendlce B.
tN
.
I--'
TABELA 14
tN
.
N
33.
TABELA 16
o" As baixas taxas de alforria em Minas não podem ser explicadas apenas pelo comporta-
mento da zona cafeeira. A taxa provincial é uma média ponderada das taxas das di-
versas regiões e, portanto, como grande parcela da população servil estava na zona
não-cafeeira, as baixas taxas orovinciais im.Elicam, necessariamente, uma baixa inci
dência de manumissões nessa zoila. Usando nlveis hipotéticos de alforria para a
área cafeeira,podemos avaliar os níveis correspondentes ao restante da província.
36.
TABELA 17
o
tamanho absoluto do setor cafeeiro e a participa-
çao do café nas exportações mineiras sao freqüentemente invocadasp~
ra argüir a importância dessa indústria. Numa anilise menos superfl
cial, que inclua um mínimo de informação sobre o resto de Minas Ge
rais, o que esses dados revelam 6, na verdade, a falta de importân-
cia do setor exportador no conjunto da economia provincial. A parte
não-cafeeira de Minas, que, nos anos 70,compreendi& aproximadamente,
96 porcento do seu território, 79 porcento dos escravos e mais de
80 porcento da população livre, gerou consideravelmente menos de 30
porcento -
das exportaçoes ~ d o 1850-18 8 8. 85
no porIo
TABELA 18
ra", lamentava o pres iden te, "com a exceção do café, ainda nao ultra
passou o chamado período doméstico".92
Em 1887, o consul inglês no Rio informava que a província do Rio de
Janeiro, "com uma população muito menor, gera uma receita muito mai
or que Minas". E explicava que "esse estado: de coisas pode ser atri
buído,em grande medida, ao fato de que, no Rio, os habitantes estão,em
sua maioria, engajados em plantations de café e açucar, enquanto em
Minas a maior parte se ocupa na criação, nas fazendas e nas posses
d e su b.slstencla
- ." .93
TABELA 19
Brasil: Exportações per capita, por regiões, 1869 - 73 e
1879-82. Médias Anuais, em mil-réis.
1869 - 73 1879- 82
Exportações Exportações
Per Capita índice Per Capita índice
Norte 38,0 57,9 71,2 101,2
Nordeste 21,2 32,3 15,6 22,2
Sul 39,7 60,5 26,8 38,1
Centro-Sul (*) 65,6 100,0 70,3 100,0
Minas Gerais 8,5 12,9 11,9 16,9
Região cafeei ra 39,9 60,8 68,8 97,9
Resto da Província 4,0 6,1 5,4 3,8
Fonte: 1869-73: Adaptado, com correções, de Slcnes, "The Demography,
p.219; 1879-82: Dados originais em Laerne, Brazil and java, pp. 196
e 201. Os dados para Minas são de AI vim, "Con£ron tos e Deduçõe s" ,pp.
80-83. Os dados da população e a metodologia utilizada estão em Ma'r
tins, "Growing in Si1ence11•
(*) Exclusive Minas Gerais.
43.
Fonte e Metodologia: Veja Martins, "Growing in Silence". O consumo interno foi calculado
a partir de coeficientes de consumo per capita estimados para a primeira metade do sécu-
lo.
-(I) Produção total definida como consumo interno mais exportações. Mudanças em estoques
nao foram consideradas.
(2) Dado não disponível
(3) Inclui exportações de algodão bruto e na forma de tecidos.
(4) Dado para 1883-84, para têxteis de algodão, apenas. Não se exportou algodão bruto nes
se ano.
45.
nível bastante elevado até pelo menos o final dos anos 60, especial-
mente para o Rio de Janeiro, de onde eram distribuldas para uma vas-
ta área. Segundo um observador contemporâneo, o mercado para os panos
de Minas se estendia até o Rio Grande do Sul e Buenos Ai~es no início
da década de 20.105
TABELA 21
. Algodão em Rama
TABELA 22
Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo: Distribuição Ocupacional
da Força de Trabalho Escrava: Recenseamentode 1872.
VI
Em l845,era
estimado que 45 porcento da área da província
era ocupa d a por posses. 129 A vasta f"rontelra lnc 1" - so-- areas
Ula nao
dentro de Minas Gerais, mas, também, nas províncias vizinhas. Em 1870,
o presidente provincial reclamava que um dos maiores problemas da
agricultura mineira era "a migração da população trabalhadora para
os sertões da província e, também, para os de Goiás e Mato Grosso".O
presidente sugeria que "para preencher o vazio deixado pelo decré~
cimo gradual dos escravos", uma das coisas a fazer era pôr fim a
. - 130 - .
essas mlgraçoes. Durante o seculo,ocorreram mOVlmentos semelhan
tes em direção a São Paulo e ao Espírito Santo. Era a esse acesso
à terra que o campones mineiro devia sua liberdade de escolha e a
escravidão,sua persistência.
neceu válida até o fim do século. Nos anos setenta e oitenta, todo
camponês livre ainda possuía o que impressionou um observador es-
trangeiro como "verdadeiros três acres e uma vaca": "todo mundo,
não importa quão pobre, tem uma roça de milh.o em algum lugar". Is-
so era verdadeiro mesmo em relação aos moradores das vilas, onde
"praticamente todas as famílias têm sua roça na vizinhança, um por
co e galinhas no qUintal.,,132 Em 1879,outro comentarista observou~
no Vale do São Francisco, que, se um fazendeiro precisasse vender
seus escravos, ele não conseguiria substituí-los por trabalhadores
livres. E explicava que "nesses sertões o pobre nunca e tão pobre
que precise trabalhar por salários. O país aqui é largo demais p~
ra fazer alguém sentir a pressão da necessidade. A natureza pródi
ga impede a verdadeira pobreza, aquela que compele ao trabalho e
mantém a disciplina pela necessidade de sobreviver".133
1
Com exceçao dos Estados Unidos e do Brasil, as maiores populações
escravas da América foram: Cuba (436.495) em 1841, Haiti (434.424)
em 1789, e Jamaica (345.252) em 1817. Franklin Knight, Slave Society
in Cuba during the Ninet'eenth Century (Madison" 1970), p.22; David
Cohen e Jack Greene, eds., Nelther Slave nor Free: The Freedmen of
African Descent in the Slave Societies ofthe New World (Baltlmore,
1972J p. 337; B.W. Higman, Slave Popula~lon and Economy in Jamaica,
1807-1834 (Cambridge, 1976), p.256.
2
Veja, por exemplo, Robert Conrad, The Destruction of Brazilian
Slavery, 1850-1888 (Berkeley, 1972); Robert Toplin, The Abolition of
Slavery in Brazil (Nova Iorque, 1972), e Robert Slenes, "The Demogra-
phy and Economics of Brazilian Slavery, 1850-1888" (Tese de doutora-
do, Stanford University, 1875).
3
Francisco Iglésias, política Econômica do Governo Provincial Minei
ro (1835 -18 89) (Rio, 195 8) .
5
Os principais trabalhos em que esse sumário é baseado são referidos
nos lugares apropriados do texto. A citação sobre manumissões é de
Thomas Merrick e Douglas Graham, Population and Economic Development
in Brazil, 1800 to the Present (Baltimore, 1979), p.70.
6
Capistrano de Abreu, introdução a A1fred W. Sellin, Geographia Ge-
r a1 do Br asi1 (Ri o, 1889)..
7
Veja Daniel de Carvalho, "Formação Histórica das Minas Gerais". em
Universidade de Minas Gerais, Primeiro Seminário de Estudos Mineiros
(Belo Horizonte, 1957), esp. P.25; Ensaios de Critica e Historia(Rio
de Janeiro, 1964); e Estudos e Depoimento's (la. Série) (Rio de Janei
ro,1953).
8
O locus classicus desse argumento é John E11iot Cairnes, The Slave
Power: ItsCharac'ter, Careerand Probable Designs (reeditado: New
York, 1969). A cltaçao e da p. 46.
9
W.L. von Eschwege, Pluto Brasiliensis ( ão Paulo, 1944), vol. 1,
p.364-70. Arrobas convertidas em quilos i razão de 1 arrob~ = 14,689
quilos.
11 D a d os orIgInaIs
"... em E sc h wege, Pl uto, vo.1 2, p. 34-63.
13
Eschwege, Pluto, vol. 1, p. 361-62; vol. 2, p. 64 .
14
Joaquim Felício dos Santos, Le Diamant au Br6sil (Paris, 1931),p.186;
Pizarro e Araújo, Memórias HistórIcas do Rio de Janeiro, (Rio, 1948),
vol. 8, torno 2 p. 113-14, 242; Spix e Martius, Viagem, vol.2,p.l09.
15
John Mawe, Travels in the Interior of Brazil (Filad6lfia, 1816),
p. 265; Johann Emanuel Pohl, Viagern:n"oInterior do Brasil em reendida
nos anos de 1817 a l82l(Rio, 1 5 , vo . , p. 5; G.W. Freireyss,
"Via em no InterIor do Brasil nos annos de 1814-1815", Revista do Ins
tItutO HIstorlCO e eogra ICO e Sao au o X 6 ~ p.190; Saint
Hilaire, Viagens pelo DIstrIto dos Diamantes e Litoral do Brasil (São
Paulo, 1941), p.9; Alcide b'Orbigny, Voyage dans les DeuxÁmeriques
(Paris, 1853), p. 163.
16
Para urna lista e urna descrição individual das companhias estrangei-
ras na mineração vej a Roberto B. Martins, "Growing in Silence: The
Slave Economy of Nineteenth-Century Minas Gerais, Brazil" (Tese de Dou
torado, Dept9 de Economia, Vanderbilt University, 1980).
17
William Jory Henwood, "Observations on Metalliferous Deposits",
Transactions of the Royal Ge"ologieal So"cietyof Cornwall 8 (1871). p.
367-69.
18
Descrições dos desempenhos individuais das companhias, bem como urna
discussão das inovações por elas introduzidas e dos enormes ganhos na
produtividade do trabalho estão em Martins, "Growing in Silence".
19
Martins, "Growing in Silence"; Douglas C. Libby, "O Trabalho Escra
vo na Mina de Morro Velho" (Tese de Mestrado, Dept9 de Ciência PolI
tica, UFMG, 1979) discute detalhadamente a evolução da força de tra
balho servil da Saint Johnodel Rey.
20
Esse é o numero máximo porque a categoria ocupacional que inclui os
mineiros também inclui calceteiros, cavouqueiros e canteiros. O dado
é dos quadros paroquiais do censo. O quadro provincial de profissões
contém enormes erros, como se verá adiante.
21
Não temos que nos preocupar com a fugas de escravos, que constitu-
em um outro possível vazamento da população. Durante todo o período
em estudo as fugas não parecem ter tido qualquer significação estatís
tica. Além disso os escravos fugidos eram rotineiramente incluidos nãS
estatísticas. O método estima as migrações líquidas de escravos, mas
o tráfico era certamente o maior componente dessas migrações.
22
Sobre os aspectos epidemiQ_~g.ico£ e a sobremortalidade do tráfico ve
j a Philip D. Curtin, "Epidemology and the Slave Trade", Poli tical
Science Quarterly 83 (junho 1968).
23
Maurício Goulart. A Escravidão Africana no Brasil (São Paulo, 1975),
p.168; W.L. von Eschwege, "Noticias e Reflexoes Estadísticas da Pro -
víncia de Minas Gerais", Revista do Arquivo Público Mineiro, IV (1899)
p.741.
24
Compare com as taxas de crescimento de outros segmentos da popula-
ção: entre 1776 e 1786 a população total de Minas cresceu a 1,27 por
cento por ano, enquanto a população branca decresceu a 0,72 porcento
por ano.
25
Aristóteles Alvim, "Confrontos e Deduções", em Minas e o Bicentená
rio odo Cafeeiro no Brasil (Belo Horizonte, 1929), p. 80-83;
Marcos Carneiro de Mendonça, "A Economia Mineira no Século XIX", em
Primeir6 Seminário de Estudos Mineiros (Belo Horizonte, 1957), p.14l.
26
A delimitação da área cafeeira é baseada em C.F. van Delden Laerne,
Brazil and Java. Repoyt o~ Coffee Culture in America, Asia and Africa
(Londres e Haia, 1885) e Jose Joaquim da Silva, Tratado de Geographia
Descriptiva Especial da Província de Minas Geraes, (Rio, 1878). Sua
superflcie foi estlmada por Manoel Xavler de Vasconcellos Pedrosa.
"Zona Silenciosa da Historiografia Mineira - A Zona da Mata", Revista
do Instituto Históri~o e Geográfico Brasileiro 257 (1962).
27
As exportações de café por recebedorias sao apresentadas' em Martins,
l'Growing in Silence".
28
Veja, por exemplo, Herbert Klein, The Middlepassa e: Comparative
r
Studiesin 'the Atlantic 'SlaVe'Trade (Prlnceton, 1978, p. l14;Emilia
Viotti da Costa, Da Senzala a Colonia (São Paulo, 1966), p.llO; John
Wirth, Minas Gerais 'in 'the'BrazilianFederation, 1889-1937 (Stanford,
1977), p. 21.
29
A zona sul exportava alguns alimentos, principalmente gado e porcos
em pé, para o Rio. A importância dessas exportações, do ponto de vis-
ta da economia mineira, tem sido muito exagerada, mesmo na literatura
recente. Veja por exemplo Alcir Lenharo,' As Tropas da Moderação (São
Paulo, 1979).
30
Laerne, Brazil and Java, p. 178; Richard Graham, Britain and the
Onset of Modernization-:G1 Brazil, 1850-1914 (Cambridge, 1972), p.58-:-
59. Veja tambem James W. Wells, Exploring and Travelling Three
Thousand Miles through Brazil (Londres, 1887), vol. 2, p.339.
31
Esse procedimento foi tradicionalmente adotado, tanto por contempo-
raneos quanto por historiadores. Veja por exemplo, Laerne, Brazil and
Java, p.336-38; J.J. von Tschudi, Viagem às Províncias do Rio de Ja-
neiro e São Paulo (São Paulo, 1953), p.46-47,50, Thomas H. Holloway,
"Migration and Mobility: Immigrants as Laborers and Landowners in the
Coffee Zone of São Paulo, Brazil, 1886-1934 (Tese de Doutorado, Uni-
versity of Wisconsin, 1974), p. 152-53.
32
Veja Martins "Growing in Silence", para uma discussão detalhada des
sas estimativas, bem como das fontes de dados.
33
A população escrava foi estimada usando os dados para 1819, 1873,
1880, 1884, 1886 e 1887, e, para" os anos intermediários, aplicando a
taxa de crescimento observada no período apropriado.
34
Para os coeficientes técnicos no transporte do café, bem como as
fontes utilizadas e demais detalhes da estimativa, veja Martins,
"Growing in Silence".
35
Celso Furtado, The Economic Growth of Brazil (Berkeley, 1963)
p.123-24.
36
Eulália Maria Lahmeyer Lobo, "Economia do Rio de Janeiro nos séculos
XVIII e XIX~, em Economia BrasileiTa: Uma Visão Hist6rica (Paulo
Neuhaus, coord., Rio, 1980), p. 140-47.
37
Viotti da Costa, Da Senzala, p. 60-61,132. Nota Importante: as ci-
tações contidas neste trabalho podem não corresponder exatamente ao
texto original, uma vez que, mesmo aquelas publicadas originalmente em
português,foram traduzidas das versoes em inglês que foram usadas em
Martins, "Growingin Silence".
38
Luis Amaral, Hist6ria Geral da Agricultura Brasileira (São Paulo,
1 9 4 O), vo 1. 3, p. 8 7 •
39
Iglesias, política Econômica, p.130-3l. Veja tambem Norma de Goes
Monteiro, Imi raçao e Colonização em Minas, 1889-l930(Belo Horizonte,
1973), p.l ; Joao Heral o Llma, "Ca e e In ustrla em Minas, 1870-1920'
(Tese de Mestrado, Universidade de Campinas, 1977), p. 2,12; Peter
Blasenheim, "Uma Hist6ria Regional da Zona da Mata Mineira (Mimeo, ju
nho 1977), p.3; Evantina P. Vieira, "Economia Cafeeira e Processo Po-=-
lítico: Transformações na População Eleitoral da Zona da Mata Mineira
(1850-1889)" (Tese de Mestrado, Universidade Federal do Paranâ,1978),
P.56.
40
Richard M. Morse, From Community to Metropo1is: A Biography of São
Paulo, Brazil (Gainesvl11e, 1958).
41
Slenes, "The Demography", p.208.
42
Conrad, The Destruction, pp. 127-28
43
Freireyss, "Viagem", p.126
44
Spix e Martius, Viagem, vol. 1,p.208-209; vol. 2, p.24l-42;
Eschwege, "Notícias", p.747; Saint-Hi1aire, Viagem pelas Províncias,
vo1. 1, p.7l e Viagens pelo Distrito, p:48-49; Pohl, Viagem, vol.1,
p.197; 204-205; vol. 2, p.441; Jean Baptiste Debret, Viagem Pitoresca
e Hist6ricaao Brasil (São Paulo, 1940) voI. 1, p. 189.
45
O Universal, 10/4/1835, citado por Marina de Ave1ar Sena, Compra e
Venda de Escravos (em Minas Gerais) (Belo Horizonte, 1977), p. 109.
46
Lenharo, As Tropas, p. 102,111, 112, 119
47
Suzannet, O Brasil, p. 145, 162
48
"Vicissitudes da Indústria Mineira (1810)", Revista do Arquivo Púb1i
co Mineiro 3(1898), p. 80; Mary Catherine Karasch, "Slave Life in Rio
de Janeiro, 1808-1850)" (Tese de doutorado, University of Wisconsin,
1972), p.525-27.
49
Dados de documentos não~pub1icados da Saint John deI Rey Mining
Company, gentilmente cedidos por Doug1as Cole Libby.
50
O Universal, 23/9/1835, citado por Sena, Compra e Venda, p.5. Meus
grifos.
51
Usando dados de diversos autores estimamos em 1.493.224 as impor-
tações de escravos pelo Brasil entre 1801 e 1851. O Foreign Office
britânico registrou 1308 tumbeiros que se dirigiram ao Brasil entre
1817 e 1843, carregando um total de 517.300 escravos. Os portos de
destino de 491.100 destes foram determinados: a fonte revela que 76,9
porcento desembarcaram no Rio, e 7,1 porcento em portos paulistas. As
fontes são: Klein, The Midd1e Passage, p.55; Phi1ip D.Curtin, The
At1antic Slave Trade: A Census (Madison, 1969), p.234; David E1tis,
"The Direction and F1uctuation of the Transat1antic Slave Trade,1821-
'1843: A Revis ion of the 1845 Par1iamen tary Paper", em The Uncommon
Market: Essa s in the Economic History of the At1antic Slave Trade
e s. H.A. Gemery e J.S. ogen orno Nova Iorque, 1979 , p. 289;
Karasch, "Slave Life", p.140-41.
52
Veja Martins, "Growing ln Si1ence", capo 4.
53
Stan~ey J. Stein, Vassouras, a Brazi1ian Coffee Count , 1850-1890
(Nova Iorque, 1976), p. 18, 73-75. Os grl os sao meus. Veja tam em
Orlando Va1verde, "La Fazenda de Café Esc1avista en e1 Brasil",
Cuadernos Geográficos 3 (Universidade de los Andes, Venezuela, 1965),
p.10.
54
A população escrava dos Estados Unidos apresentou urna taxa de cres-
cimento interno de 23,9 por mil por ano entre 1820 e 1860. Cláudia
Go1din, Urban Slavery in the American South, 1820-1860. A Quantitati-
ve Histor~ (Chicago, 1975), p.57. Para que pudesse ter exportado um
porcento e sua população escrava por ano, a taxa de crescimento in-
terno dessa população em Minas teria que ter sido de 22 por mil entre
1808 e 1819, e de 26 por mil entre 1819 e 1873. Veja Martins, "Growing
in Si1ence".
55
Curtin, lEpidemio10gy", p. 214-16. Para urna discussão da experiên-
cia demográfica dos escravos no Caribe veja Martins, "Growing in
Si1ence".
56
Martins, "Growing in Si1ence".
57
Slenes, "The Demography", p.363-65
58
Veja nota 22, acima.
59para estimativas das importações 'de escravos por outras províncias
brasileiras veja Martins, "Growing in Silence". Segundo Curtin, The
Atlantic Slave Trade, p. 40, Cuba importou 616.200 africanos entre 1801
e 1865.
60Não se pode deixar de cri ticar de forma veemente a análise fei ta por
Merrick e Graham. Usando as grosseiras estimativas de Tomaz Pompeu de
Souza Brazil para as populações escravas provinciais em 1864, esses de
mógrafos concluíram que "ainda em 1864 a velha região Nordeste tinha a
proximadamente metade do número total de escravos no país e mais que a
região cafeeira do Sudeste. Em 1872, essas posições relativas tinham
mudado abruptamente, com o Sudeste compreendendo quase 60 porcento da
população escrava e o Nordeste apenas 32 porcento. Portanto, o momen-
to mais intenso das transferências inter-regionais de escravos no Bra
sil ocorreu na década de 1860 e no início da de 1870". Merrick e Graham-:-
Population, p. 65-66. Os autores decidiram ignorar (e não se incomoda
ram em alertar.' o" leitor) uma forte advertência sobre a má qualidade dos
dados, colocada na mesma página que contém as estimativas. Seessases
tima tivas fossem corretas, a implicação seria de que pelo menos 360 mil
escravos teriam sido transferidos entre as províncias entre1864e 1872.
Pernambuco e Bahia, por exemplo, teriam perdido algo como 153 e 108 mil
escravos, respectivamente, enquanto Minas teria importado 164 mil ca-
tivos, no curto período de oito anos. Essas implicações absurdas devem
ser comparadas com as recentes estima tivas de que, em todo o período
1850-1880, o tráfico entre o centro-sul e o resto do país não envolveu
mais de 200 mil migrantes, ou com o fato de que, em 1873, só havia em
Minas 8578 escravos nascidos em outras províncias. Vej a Slenes, "The
Demograph,y", p. 136-38: Klein, The Middle Passage, p. 98, e Martins,
"Growing in Silence".
61 Se b astlao
.- FerreIra. S oares, Notas EstatIstlcas
•.. so b re a P ro d uçao
- Agrl-•.
cola e Carestia dos Gêneros Alimenticios no Imperio do Brasil (Rio,
1977), p. 135; Richard F. Burton, Explorations of the Highlands of the
Brazil (Londres, 1869), vol. 1, p. 114-15; voI. 2, p. 104,-260. A infor
maçao de Burton é flagrantemente errada, pelo menos com respei to a São
João deI Rei. Vela Martins, "Growing in Silence".
63 Joao
- Pedro Carval h o d e Moraes, ~ .
Relatorlo apresentado ~ .
ao MinisterIo
da Agricultura, Commercio e Obras Publicas (Rio, 1870). p. 69
68
Martins, "Growing in Silence". Sobre as migrações de mineiros para
São Paulo vej a Pierre Monbe ig, Pionniers et" Planteurs de São Paulo (Pa
ris, 1952), p. 116-20, e Mário LeIte, Paulistas e MIneiros, Plantado
res de Cidades (São Paulo, 1961, 2a. parte. O Grande Refluxo'1.
69
Martins, "Growing in Silence".
70
Ve ja, por exemplo, Conrad, The De struction, p. 293".
71
Slenes, "The D.emo~raphy", p. 341-46. As estimativas do tráfico por
município nesse perIodo e nos seguintes estão em Martins, "Growing in
Silence", apêndice B.
72
Relat5ri~ Agri~Ultura, Ministro Henrique d'Avila, 10/5/l883,p.lO.
73
Veja Martins, "Growing in Silence", para essa análise, bem como pa-
ra um teste da confiabilidade dos sinais das estimativas por municí-
pios. O teste mostra que, mesmo se as quantidades estimadas são bastan
te voláteis (por serem sensíveis à taxa de crescimento natural adotada),
a direção dos fluxos ~ altamente confiável.
74
Dos 8.~089 escravos entrados nos municípios, por ano, durante 1873-
80, uma parcela desconhecida mas provavelmente considerável veio de
fora da província, enquanto todos os 12.636 entrados por ano no perío
do 1881-84 vieram de outros municípios de Minas. As fontes são: Rela~
tório Agricultura, Ministro Henrique d'Avila, 1883, p.lO e RelatõriO
AgricUltUra, Ministro João Ferreira de Moura, 1885, p.372.
75
Relatório Agricultura, Ministro Antonio da Silva Prado, 14/5/1886,
p.34
76
Merrick e Graham afirmam que a manumissão era mais frequente em Mi-
nas que no Rio OU" São Paulo. Não apresentam nenhum suporte para essa
afirmação. Veja a nota S,acima.
77
Se M, Mc e Mn sao respectivamente as taxas de manumissão da provín-
cia inteira, da zona cafeeira e da região não cafeeira, então a últi-
ma ~ dada por Mn = (M-Mc.Sc)/Sn onde Sc e Sn são as percentagens das
duas regiões na população escrava provincial.
78
Veja Lenharo, As Tropas. Já indicamos acima que esse estudo coloca
excessiva ênfase no significado do mercado carioca para a economia
mineira.
79
Kenneth Maxwell, Conflicts and Conspiracies: Brazil and Portugal,
1750-1808 (Cambridge), p.87.
80
Martins, "Growing in Silence".
81
Eschwege, "Notícias", p.747; Pohl, Viagem, vol.l, p. 190; Spix e
Martius, Viagem, vol.l, p.187; vol. 2, p. 236, 241-48 passim.
82
Mafalda ~Zemella, O Abastecimento da Capitania de Minas Gerais no
Século XVIII (São Paulo, 1951), p.254.
83
Spix e Martius, Viagem, vol. 1, p.118. Vários outros viajantes rel~
tam o desenvolvimento dessa indústria no início do século. Lobo, "Eco
nomia do Rio de Janeiro", E.136,140 anota que os comerciantes do
Rio se queixavam da concorrencia que o tecido mineiro fazia ao produ-
to importado.
84
Iglésias, política Econômica, p.70-8l passim. Para uma análise da
economia mineira na Republica Velha, desenfatizando o café e focaliza~
do sua diversificação interna veja Amilcar Martins Filho, "Minas e São
Paulo na Primeira República Brasileira: A política 'Café com Leite'
(1900-1930)" (Tese de Mestrado, Dept9 de Ciência política, UFMG,1978).
85
Martins, "Growing in Silence". As exportações não-cafeeiras consti-
tuiram 31 porcento.do valor total das exportações no período 1850-88,
mas uma grande parte delas era produzida na zona cafeeira.
86
Para as fontes dos dados de população e dos dados originais utiliza-
dos na computação do índice de preços das exportações veja Martins,
"Growing in Silence". o deflator usado foi o índice ideal de Fisher,in
cluindo os seguintes produtos: fumo, gado, porcos, carne de porco e
toucinho, queijo, algodão e têxteis de algodão. Esses produtos corres-
pondiam a 84.6 porcento do valor total exportado (não-café) em 1819 e
a mais de 90 porcento dos demais anos.
87
Louis François de Tollenare, Notas Dominicais tomadas durante uma
viagem em Portugal e no Brasil em 1816, 1817 e 1818 (Salvador, 1956),
p.3l3
88
Gado em pe, porcos e produtos pecuários como toucinho, banha, carne
de porco, queijo e couros responderam por aproximadamente 70 porcento
do valor das exportações não-cafeeiras ~urante todo o período. Para
uma análise das exportações mineiras, bem como evidências sobre o uso
de escravos na pecuária, veja Martins, "Growing in Silence".
89
Citado por Miguel Costa Filho, A Cana de Açúçar em Minas Gerais(Rio,
1963), p.2l6.
90
Wells, Exploringand Travelling, vol.l, p.lll.
91
Wells, Exploring and Travelling, vol.l, p.297-98.
92
FalIa ... presidente Antonio Gonçalves Chaves, 1883, p.37-38.
93
Great Britain. Foreign Office 1887. Miscellaneous Series. No. 58.
Reports on Subjects of General and Commercia1 Interest. Brazil. Report
on the Province of Minas Geraes. British Sessional Papers. House of
Commons, 1887. vol.82, no. 58.
'94
No ano fiscal de 1886-87 a arrecadação per capita (incluindo as re-
ceitas provinciais e do governo central) em Minas foi de 1,59mil-réis.
Compare com os dados de algumas outras províncias: Maiores arrecada-
ções: 39,54 (Pará), 19,60(Amazonas), l2,46(Pernambuco), 11,35 (Rio
Grande do Sul), 10,75(São Paulo), 8,32(Rio de Janeiro). Menores arre-
cadações: 2,66(Ceará), 2,12(Rio Grande do Norte), 2,03 (Piaui), 2,01
(Paraiba) e 1,32(Goiás).Computado a partir de dados em Breve Notícia
do Estado Financeiro das Províncias or anizado or ordem de S.Ex. o
Sr.Barão de Cotegipe, presi ente do Consel o de Ministros Rio,1887),
tabela n9 3; e Recenseamento de 1890.
95
Relatório Agricultura, Ministro Rodrigo Silva, 1888, p.24.
96
Pierre Denis, Le Brésil au XXe Siecle(Paris, 1909), p.6-7.
97
Pohl, Viagem, vol.2, p.287. Esse autor descreve outras fazendas em
vol.l, p.2l7-l8; vol.2, p.229,375.
98
Spix e Martius, Viagem, vol.l, p.84-85, 279.
99
Saint-Hilaire, Viagem às Províncias, vol.2, p.286.
100
Gardner, Viagem, p.447-48.
101
Francis Castelnau, Expedição às Regiões Centrais da América do Sul
(São Paulo, 1949), vol.2, p.122-23.
102
Burton, Explorations, vol.2, p.39-40.
103
Wells, Exploring and Travelling, vol.l, p.163-65. Para outras des
crições de fazendas e sítios veja vol.l, p.105,125-27, 134,160-61,202,
209,224,258,275-76, 301-302,315-16.
104
O impacto da Guerra Civil nos Estados Unidos foi muito limitado em
Minas. As exportações provinciais de algodão em rama tiveram um sensí
vel aumento por um curto período, mas nunca chegaram a atingir 2 por--
cento das exportações brasileiras. Veja Martins, "Growing in Silence"
para uma análise das exportações mineiras de algodão.
105
Spix e Martius, Viagem, vol.l, p.120,148,187.
106
J.J.Sturz, A Review, FinanciaI, Statistical and Commercial of the
Empire of Brazil and its Resources (Londres,1837), p.l04-l05,111;
John Casper Branner, Cotton in the E~ire of Brazil (Washington,1885),
p.41.
107
Sobre a decadência e a sobrevida da indústria textil doméstica e a
emergência das fábricas de tecidos veja Martins, "Growing in Silence",
e Daniel de Carvalho, Notícia Histórica sobre o Algodão em Minas (Rio,
1916).
108
Martins, "Growing in Silence".
110
Martins, "Growing in Silence". Em 1883 um professor da recém-criada
Escola de Minas informava que a maior parte das fundições ainda depen-
dia do trabalho escravo. Iglésias, política Econ6mica, p.97.
111
Conrad, The Destruction, p.65, 300; Slenes, "The Demography",p.79.
Embora esses autores nao sejam responsáveis pelos erros do censo, algu
mas inconsistências evidentes deveriam tê-los alertado para o problem~
Os quase 280 mil escravos lavradores de Minas significariam que virtu-
almente todos os escravos entre 11 e 60 anos estavam empregados nesse
setor. Os 326.142 escravos com profissões declaradas implicariam que
praticamente todos os escravos com mais de 6 anos tinham uma profissão
específica, incluindo 35 mil acima de 60 anos. O primeiro autor a apon
tar os enormes erros da tabela provincial de ocupações do censo de 72-
foi Amilcar Martins Filho.
112
Entre 1819 e 1890 a população de Minas cresceu a uma taxa de 2,3 por
cento ao ano, enquanto a população brasileira cresceu a 1,6 porcento ao
ano.
113
Burton, Explorations, vol.2, p.62
114
Adam Smith, The Wealth of Nations (Nova Iorque, 1937), p. 365.
115
E.G. Wakefield, A View of the Art of Colonization(Nova Iorque,1969),
p. 323.
116
Wakefield, A View, p. 324.
117
Eschwege, Pluto Brasiliensis, vo1.2, p.42l-22, 447.
118
Saint-Hilaire, Viagem às Nascentes, vol.l, p.24,163; Viagem às Pro
víncias, vol.2, p.237. val.I, p.263. ---------------
119
Spix e Martius, Viagem, vol.l, p.368-69
120
Wells, Exploring and Travelling, vol. 1, p.168, 103, 267
121
Eschwege, Pluto Brasiliensis, vol.2~ p. 422-23. Enfase no original.
122
Wells, Exploring and Travelling, vol.2, p.7l.
123
Veja a esse respeito: E.G.Wakefield, A View; Wakefield England and
America (Nova Iorque, 1967); Marx, O Capital; Herman Merivale, Lectures
on Colonization and Colonies (Nova Iorque, 1967); H.J.Nieboer, Slavery
as an Industrial System:Ethnological Researches (Haia, 1900); Acnille
Loria, Le Basi Economiche della -,Castituzione Sociale (Turim, 1913),
Willemina Kloosterboer, Involuntary raDor since the Abolition of
Slavery (Leiden, 1960}; Evsey Domar, "The Causes of Slavery and
Serfdom: A Hypothesis", Journal of Economic History 30 (Março 1970).
Segundo Marx ahipôtesédeWakefield ja havia sido formulada por
Mirabeau Pere e por economistas ingleses do século dezoito. Proposições
muito semelhantes, focando a relação entre altos salários e terras li
vres são encontradas nos escritos dos "founding fathers" americanos.En
tre autores brasileiros veja José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinh~
Obras Econômicas de J.J. da Cunha de Azeredo Coutinho (1974-1804) (São
Paulo, 1966), p. 255; e Jose da Silva Lisboa, observaçoes sobre a Fran
queza da Indústria e Estabelecimento de Fábricas-no Brasil (1811), ci
tado Por Eulalia Maria Lahmeyer Lobo, Histôria do Rio de Janeiro (Do
Capital Comercial ao Capital Industriar-e-FlnancelroJ(Rlo, 1978JvoI.~
p. 106.
124
A citação é de Wakefield, England and America, P. 217.
125
Arthur Bernardes, citado por Wirth, Minas Gerais, p. 16.
126
Wells, Exploring and Travelling, vol. 2, p. 5.
127
Theodoro Sampaio, O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina (Sal
vador, 1938), p. 132.
128
Deputado Manuel Antônio Galvão, em 1843, citado por Warren Dean,
"Latifundia and Land Policy in Nineteenth Century Brazil", Hispanic
American Historical Review 41 (Novembro 1971), p. 612.
129
Ig1ésias, política Econômica, p. 66-67.
130
Relatório preso Ferreira Bretas, 1870, p. 10.
131
Eschwege, P1uto, vo1. 2, p. 449.
132
We11s, Ex~ring and Trave11ing, vo1. 1, p. 104, 168, 390.
133
Sampaio, O Rio são Francisco, p. 105.