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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

SE FARROUPILHA 2
COMPANHIA PAULISTA FORÇA E LUZ | CPFL
RIO GRANDE ENERGIA | RGE

MARÇO | 2015
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

SUMÁRIO!

SIGLAS ...................................................................................................................................................................5!

CAPÍTULO 1 .........................................................................................................................................................6!
1.1. Introdução 6
1.2. Objetivos e Escopo 7

CAPÍTULO 2 .........................................................................................................................................................9!
2.1. Dados do Projeto 9
2.2. Identificação do Empreendedor 9
2.3. Identificação do Empreendimento 9
2.4. Identificação da Empresa Responsável pelo EIV 9
2.5. Identificação da Equipe Técnica 10
2.5.1. Responsabilidade Técnica 10
2.5.2. Coordenação do Projeto 10

CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................................................11!
3.1. Apresentação do Empreendimento 11
3.2. Apresentação do Proponente 11
3.3. Localização do Empreendimento 12

CAPÍTULO 4 ......................................................................................................................................................14!
4.1. Justificativas do Empreendimento 14
4.1.1. Evolução da Matriz Energética no País – Histórico 15
4.1.1.1. A Participação Atual da Energia Elétrica na Matriz Energética Brasileira 16
4.1.1.2. O Rio Grande do Sul e o Cenário Energético 18
4.1.1.3. A SE Farroupilha 2 19

CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................................................23!
5.1. Área de Influência 23
5.1.1. Determinação da Área de Influência Direta (AID) e Indireta (AII) 23

CAPÍTULO 6 ......................................................................................................................................................25!
6.1. Aspectos do Sistema Viário 25
6.1.1. Sistema Viário Urbano 25
6.1.1.1. Rodovias 26
6.1.1.2. Vias Arteriais 27
6.1.1.3. Vias Coletoras 27
6.1.1.4. Vias de Acesso Local 27

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6.1.1.5. Interseções 27
6.1.2. Geração de Tráfego 28
6.1.2.1. Polos Geradores de Tráfego 28
6.1.2.2. Geração de Demanda por Transporte Público 28
6.2. Aspectos da Infraestrutura Urbana 29
6.2.1. Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário 29
6.3. Aspectos Ambientais 29
6.3.1. Aspectos do Meio Urbano 29
6.3.1.1. Impermeabilização 30
6.3.1.2. Temperatura 30
6.3.1.3. Ventilação 30
6.3.1.4. Insolação 31
6.3.1.5. Geração de Resíduos Sólidos 31
6.3.1.6. Geração de Efluentes Líquidos 32
6.3.1.7. Geração de Emissões Atmosféricas 33
6.3.1.7.1. Emissão Sonora 33
6.3.2. Aspectos do Meio Biótico 35
6.3.3. Aspectos do Meio Físico 37
6.3.3.1. Geologia Local 37
6.3.3.2. Hidrogeologia Local 40
6.3.3.3. Clima Local 40
6.3.4. Aspectos Paisagísticos 41
6.3.4.1. Paisagem Urbana 41
6.3.4.2. Patrimônio Histórico, Cultural e Socioeconômico 41
6.3.5. Aspectos Econômicos 46
6.3.5.1. Valorização Imobiliária 46
6.3.5.2. Demanda por Comércio e Serviços 47
6.3.6. Aspectos Sociais 47
6.3.6.1. Geração de Emprego e Renda 47
6.3.6.2. Sobrecarga nos Equipamentos Públicos 47
6.3.6.3. Adensamento Populacional 47
6.3.7. Aspectos com Relação ao Uso e Ocupação do Solo 47
6.3.7.1. Macrozoneamento 48
6.3.7.2. Setorização 49
6.3.7.3. Regime Urbanístico e Condicionantes Municipais 50
6.3.8. Aspectos Gerais 51
6.3.8.1. Área do Empreendimento 51
6.3.8.2. Atividades Previstas 52
6.3.8.3. Análise das Áreas 52
6.3.8.4. Dimensões e Volumetria 54
6.3.8.5. Topografia Local 54

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CAPÍTULO 7 ......................................................................................................................................................55!
7.1. Avaliação dos Impactos 55
7.1.1. Impactos Urbanos e Ambientais 55
7.1.1.1. Impactos sobre o Sistema Viário 55
7.1.1.2. Impactos sobre a Infraestrutura Urbana 56
7.1.1.3. Impactos Ambientais 57
7.1.1.3.1. Impactos no Meio Biótico 57
7.1.1.3.2. Impactos no Meio Físico 58
7.1.1.4. Impactos Paisagísticos 59
7.1.1.5. Impactos Econômicos 60
7.1.1.6. Impactos Sociais 60

CAPÍTULO 8 ......................................................................................................................................................62!
8.1. Medidas Mitigatórias e Compensatórias e de Controle 62
8.1.1. Matriz de Impactos 62
8.1.2. Proposição de Medidas 63
8.1.3. Programas de Controle 64
8.1.3.1. Programas de Gerenciamento de Resíduos 64
8.1.3.1.1. Introdução 64
8.1.3.1.2. Objetivos 64
8.1.3.1.3. Requisitos Legais Aplicáveis 64
8.1.3.1.3.1. Diagnóstico Inicial 65
8.1.3.1.3.2. Análise Qualitativa 65
8.1.3.1.3.3. Identificação dos Resíduos a serem Gerados 66
8.1.3.1.3.4. Caracterização e Classificação 66
8.1.3.1.3.5. Análise Quantitativa 67
8.1.3.1.3.6. Gestão dos Resíduos da Construção Civil 68
8.1.3.1.3.7. Canteiro de Obras 68
8.1.3.1.3.8. Segregação dos Resíduos 69
8.1.3.1.3.9. Acondicionamento Inicial 71
8.1.3.1.3.10. Transporte Interno 72
8.1.3.1.3.11. Acondicionamento e Armazenamento 73
8.1.3.1.3.12. Transporte Externo 75
8.1.3.1.3.12.1. Transporte de Resíduos Inertes Recicláveis (Classes A, B e C) 75
8.1.3.1.3.12.2. Transporte de Resíduos Perigosos (Classe D) 76
8.1.3.1.3.13. Destinação Final 77
8.1.3.1.3.14. Medidas de Redução na Fonte (Princípios da não Geração) 79
8.1.3.1.3.15. Medidas de Reaproveitamento de Resíduos 79
8.1.3.1.3.16. Medidas de Reciclagem de Resíduos 80
8.1.3.2. Programas de Gerenciamento de Emissões Atmosféricas 81
8.1.3.2.1. Introdução 81

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8.1.3.2.2. Objetivos 81
8.1.3.2.3. Medidas de Controle das Emissões Atmosféricas 81
8.1.3.2.3.1. Quanto à Geração de Ruídos 81
8.1.3.2.3.2. Quanto à Emissão de Material Particulado 82
8.1.3.2.3.3. Quanto à Emissão de Fumaça Preta 82

CAPÍTULO 9 ......................................................................................................................................................83!
9.1. Considerações e Parecer Conclusivo 83
9.2. Declaração de Responsabilidade Técnica 85
9.2.1. Responsabilidade Técnica 85
9.2.2. Coordenação do Estudo 85
9.3. Anexos do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV 86
9.3.1. Anexo 1: Relatório Fotográfico 87
9.3.2. Anexo 2: Contrato com a Concessionária de Abastecimento – CORSAN 91
9.3.3. Anexo 3: Autorização Geral Fepam n˚ 31/2015-DL 93
9.3.4. Anexo 4: Anotações de Responsabilidade Técnica – ART’s 94
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SIGLAS

EIV Estudo de Impacto de Vizinhança


RIV Relatório de Impacto de Vizinhança
RGE Rio Grande Energia S/A
CPFL Companhia Paulista Força e Luz
PPDI Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
SE Subestação de Energia Elétrica
LT Linha de Transmissão
ZPU Zona de Produção Urbana
EPE Empresa de Pesquisa Energética
OIE Oferta Interna de Energia
PIB Produto Interno Bruto
BEN Balanço Energético Nacional
CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica
KW Kilowatt
KWh Kilowatt Hora
MW Megawatt
MWh Megawatt Hora
MVA Magvolt Ampere
UHE Usina Hidrelétrica
KV Kilovolt
AID Área de Influência Direta
AII Área de Influência Indireta
E.3 Uso Especial 3
RCC Resíduos da Construção Civil
RSU Resíduos Sólidos Urbanos
dB Decibel
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
CORSAN Companhia Riograndense de Saneamento
SINDUSCON Sindicato das Indústrias da Construção Civil

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CAPÍTULO 1
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1.1. Introdução
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A! política! de! desenvolvimento! urbano! executada! pelo! Poder! Público! Municipal,! conforme! diretrizes!
gerais!fixadas!em! legislação,!tem!como!objetivo!ordenar!o!pleno!desenvolvimento!das!funções!sociais!
da! cidade! e! garantir! o! bem! estar! de! seus! habitantes.! A! Constituição! da! República! Brasileira! de! 1988,!
através!da!criação!da!Política!Urbana,!prevê!a!criação!do!Plano!Diretor,!instrumento!básico!da!política!
de! desenvolvimento! e! de! expansão! urbana,! fundamental! para! o! desenvolvimento! sustentável! das!
cidades.!

Anos!mais!tarde,!com!a!regulamentação!da!Lei!10.257!de!10!de!Julho!de!2001,!a!Política!Urbana!da!qual!
tratavam! os! Artigos! 182! e! 183! da! Constituição! supracitada! foi! ampliada! e! consolidada,! através! da!
instituição!do!Estatuto!da!Cidade,!passando!este!a!estabelecer!normas!de!ordem!pública!e!de!interesse!
social,!que!regulam!o!uso!da!propriedade!urbana!em!prol!do!bem!coletivo,!da!segurança!e!do!bemVestar!
dos!cidadãos,!bem!como!o!equilíbrio!ambiental.!

A!Política!Urbana!tem!como!principal!objetivo!ordenar!o!pleno!desenvolvimento!das!funções!sociais!da!
cidade!e!da!propriedade!urbana,!baseandoVse!na!garantia!ao!direito!de!uma!cidade!sustentável,!à!terra!
urbana,! à! moradia,! ao! saneamento! ambiental,! à! infraestrutura! urbana,! ao! transporte,! aos! serviços!
públicos,!ao!trabalho!e!ao!lazer.!!

O! Plano! Diretor! é! um! instrumento! fundamental! para! a! correta! aplicação! da! Política! Urbana! instituída!
através! do! Estatuto! da! Cidade,! o! qual! faz! parte! dos! fundamentos! de! planejamento! municipal,!
especificamente! sendo! um! instrumento! de! desenvolvimento! e! expansão! urbana.! Todos! os! municípios!
com!população!superior!a!20!mil!habitantes,!e!que!estejam!em!regiões!metropolitanas,!são!obrigados!a!
criar,!através!de!consulta!pública,!o!Plano!Diretor.!

Além! do! instrumento! do! Plano! Diretor,! o! Estatuto! da! Cidade! definiu! demais! instrumentos! da! Política!
Pública,! dentre! eles! o! Estudo! Prévio! de! Impacto! Ambiental! –! EIA! e! o! Estudo! Prévio! de! Impacto! de!
Vizinhança!–!EIV.!

O! EIV,! especificamente,! tem! como! objetivo! demonstrar,! através! de! uma! análise! do! ponto! de! vista!
técnico,!os!efeitos!positivos!e!negativos!do!empreendimento!ou!atividade!quanto!à!qualidade!de!vida!da!
população! residente! na! área! e! suas! proximidades,! incluindo! a! análise! do! adensamento! populacional,!
diagnóstico! dos! equipamentos! urbanos! e! comunitários,! o! uso! e! a! ocupação! do! solo,! a! valorização!
imobiliária,! a! geração! de! tráfego! e! demanda! por! transporte! público,! a! ventilação! e! iluminação! e! a!
paisagem!urbana,!o!patrimônio!natural!e!cultural.!!

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No! Município! de! Farroupilha,! o! Plano! Diretor! de! Desenvolvimento! Urbano! e! Ambiental! –! PDDUA!
instituído! pela! Lei! Municipal! n°! 3.464,! de! 18! de! Dezembro! de! 2008,! em! seu! Artigo! 139! manifesta! os!
instrumentos!de!controle,!sendo!um!deles,!descrito!como:!“A!construção,!ampliação!ou!funcionamento!
de!atividade!produtora!de!impacto!é!condicionada!à!apresentação!de!EIV!a!ser!aprovado!pelo!Conselho!
Municipal!de!Desenvolvimento!Urbano!e!Ambiental,!e!será!objeto!de!licenciamento!ambiental.”!

O!Estudo!tem!por!finalidade!avaliar!os!efeitos!positivos!e!negativos!de!empreendimentos!ou!atividades!
quanto!à!qualidade!de!vida!da!população!residente!na!área!e!suas!proximidades,!devendo!compreender!
o!adensamento!populacional,!a!adequação!de!equipamentos!urbanos!e!comunitários,!o!uso!e!ocupação!
do!solo,!a!valorização!imobiliária,!a!geração!de!tráfego!e!a!demanda!por!transporte!público,!a!ventilação!
e!a!insolação,!a!paisagem!urbana!e!o!patrimônio!natural!e!cultural.!

A! redação! dada! pelo! PDDUA! define! em! seu! Artigo! 139,! que! são! passíveis! de! análise! através! da!
apresentação!do!EIV,!todos!os!empreendimentos!de!produtores!de!impactos.!O!Artigo!138!do!PDDUA,!
define! as! atividades! produtoras! de! impacto,! como! sendo! aquelas! que! geram! impactos! positivos! ou!
negativos,!ao!meio!ambiente,!na!escala!do!Município.!
!
1.2. Objetivos e Escopo
!
O! presente! Estudo! de! Impacto! de! Vizinhança! –! EIV! foi! concebido! por! exigência! da! Comissão! de!
Parcelamento! do! Solo! do! Plano! Diretor! de! Desenvolvimento! Integrado! –! PDDUA! do! Município! de!
Farroupilha!–!RS.!Este!tem!por!objetivo!a!obtenção!de!Autorização,!visando!a!instalação!da!Subestação!
de! Energia,! denominada! SE! Farroupilha! 2,! sob! a! gestão! da! Companhia! Rio! Grande! Energia! –! RGE!
subsidiária!da!Companhia!Paulista!Força!e!Luz!–!CPFL.!

Em!consonância!com!a!legislação!em!vigor,!este!estudo!foi!precedido!de!um!termo!de!referência,!bem!
como! segue! rigorosamente! as! recomendações! gerais! constantes! na! Lei! Federal! n°! 10.251/2001,! que!
regulamenta! o! Estatuto! da! Cidade,! e! na! Lei! Municipal! n°! 3.464,! de! 18! de! Dezembro! de! 2008,! a! qual!
dispõe!sobre!o!Plano!Diretor!de!Desenvolvimento!Urbano!e!Ambiental!–!PDDUA.!

O! escopo! deste! estudo! é! apresentar! o! conjunto! de! análises! e! informações! técnicas! relativas! à!
identificação,!avaliação,!prevenção!e!as!medidas!mitigatórias!e!compensatórias!dos!impactos!sobre!as!
áreas!de!influência!direta!e!indireta.!Também!é!escopo!demonstrar!de!forma!clara!e!concisa!os!impactos!
positivos,! neutros! e! negativos! do! empreendimento! em! relação! aos! seguintes! aspectos! atrelados! aos!
impactos! sobre! o! sistema! viário,! sobre! a! infraestrutura! urbana,! sobre! o! ambiente! natural,! sobre! a!
paisagem!local!e!sobre!o!meio!socioeconômico.!

Durante!a!análise!dos!impactos!correlacionados!consideraVse,!sobretudo,!a!interferência!com!relação!à!
qualidade! de! vida! da! população! residente! nas! áreas! de! influência! direta! e! indireta.! AnalisaVse!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 7

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

sobremodo!o!adensamento!populacional,!os!equipamentos!urbanos!e!comunitários!existentes,!o!uso!e!a!
ocupação!de!solo,!a!valorização!imobiliária,!a!geração!de!tráfego,!o!patrimônio!natural!e!cultural,!bem!
como!todos!aqueles!que!de!alguma!forma!possam!afetar!favorável!ou!desfavoravelmente!o!ambiente!
como!um!todo.!!

A! base! de! conhecimento! que! o! presente! estudo,! no! cunho! técnico,! consolidado,! oferece! subsídios!
importantes! para! as! futuras! tomadas! de! decisão! relacionadas! ao! empreendimento,! pautandoVse! no!
objetivo!maior!de!proporcionar!condições!para!melhores!oportunidades!de!vida!à!sociedade,!buscando!
o!equilíbrio!necessário!entre!princípios!e!diretrizes!de!sustentabilidade!e!de!desenvolvimento.!Assim,!o!
presente! estudo! tem! o! objetivo! maior! verificar,! sob! a! ótica! urbana! e! ambiental,! a! configuração!
equilibrada!que!permita!a!implantação!de!um!empreendimento!do!porte!e!relevância!para!o!município!
como! a! SE! Farroupilha! 2,! sem! ferir,! de! forma! definitiva! e! irrecuperável,! a! capacidade! de! suporte! dos!
recursos! naturais! e! a! paisagem! natural,! mas! principalmente,! a! mobilidade! urbana! e! o! conforto! da!
população!residente!na!área.!

Desta! forma,! concluiVse! ter! sido! elaborado! um! estudo! macro! envolvente,! que! constitui! um! efetivo!
instrumento! de! planejamento,! para! subsidiar! a! análise! de! viabilidade! ambiental! e! urbanística! da! SE!
Farroupilha!2.!

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RIO GRANDE ENERGIA | RGE 8

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CAPÍTULO 2
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2.1. Dados do Projeto
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2.2. Identificação do Empreendedor


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Razão!Social:!Rio!Grande!Energia!S/A!–!RGE!!
CNPJ:!02.016.439/0001V38!
Endereço:!Rua!Mario!de!Boni,!n°!1902!
Bairro:!Floresta!
Município:!Caixas!do!Sul!
Estado:!Rio!Grande!do!Sul!–!RS!!
!

2.3. Identificação do Empreendimento


!

Denominação:!SE!Farroupilha!2!
Endereço:!Rua!São!João!Calábria,!s/n°!
Bairro:!Belvedere!
Município:!Farroupilha!
Estado:!Rio!Grande!do!Sul!–!RS!!
Tipo!de!Construção:!Subestação!de!Energia!Elétrica!
!

2.4. Identificação da Empresa Responsável pelo EIV


!

Razão!Social:!Tecnicy!Ambiental!SS!Ltda!
CNPJ:!05.205.499/0001V97!
Endereço:!Rua!Doutor!Bruno!de!Andrade,!n°!1689!–!Sala!214!!
Bairro:!Timbaúva!
Município:!Montenegro!|!RS!
Registros!Pertinentes:!CRQVV!n°:!057405909!|!CREA/RS!n°:!119.030!|!CRBioV3!n°:!395V01V03!
Telefone!de!Contato:!(0xx51)!3632.4617!
EVmail:!contato@tecnicy.net!
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RIO GRANDE ENERGIA | RGE 9

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2.5. Identificação da Equipe Técnica


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2.5.1. Responsabilidade Técnica
!
Profissional:!Andrei!Longui!
Registro!Profissional:!CREA/RS:!185.252VD!
!
Profissional:!Cláudio!Schilling!Mendonça!
Registro!Profissional:!CAU/RS:!A70019V3!
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Profissional:!Guilherme!Reisdorfer!
Registro!Profissional:!CREA/RS!128.422VD!
!
2.5.2. Coordenação do Projeto
!
Profissional:!Renata!Zapata!
Registro!Profissional:!CRQVV:!054.066.33!
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RIO GRANDE ENERGIA | RGE 10

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CAPÍTULO 3
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3.1. Apresentação do Empreendimento
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TrataVse! de! uma! Subestação! de! Energia! Elétrica,! a! qual! será! responsável! pela! distribuição! de! energia!
elétrica!para!uma!região!ou!determinada!população,!para!o!atendimento!das!necessidades!de!trabalho!
e!conforto!humano.!!

Antes! de! a! energia! elétrica! chegar! até! os! consumidores! residenciais,! comerciais! e! industriais,! esta!
percorre! o! sistema! de! transmissão! interligado,! que! tem! início! nas! usinas! geradoras! (hidrelétrica,!
termelétrica,! eólica! ou! nuclear)! longe! dos! consumidores,! passando! pelas! linhas! de! transmissão! e!
subestações.! As! subestações! visam! converter! a! energia! elétrica! de! alta! tensão! para! media! tensão,! ou!
vice!versa,!de!modo!a!poder!ser!distribuída!com!menor!perda!a!todos!os!consumidores!!com!qualidade!e!
devem!ficar!localizadas!próximas!aos!centros!de!carga.!

Nas! situações! onde! a! energia! elétrica! encontraVse! com! tensão! elevada,! os! transformadores! evitam! a!
perda!excessiva!de!energia!ao!longo!do!percurso.!Quando!rebaixam!a!tensão,!permitem!a!distribuição!
da!energia!pela!cidade.!No!seu!contexto,!a!subestação!entrega!a!energia!adequada!aos!consumidores,!
permitindo!que!estes!a!utilizem!de!maneira!apropriada.!Esta!prática!é!consagrada!em!todas!as!grandes!
cidades.!

ProjetaVse! que! a! SE! Farroupilha! 2! deva! gerar! uma! capacidade! energética! de! 2x26,6! MVA! (totalizando!
53,2! MVA).! Serão! instalados! no! local,! dois! transformadores! de! 26,6! MVA! e! 10! alimentadores.! A! obra!
deve!gerar!uma!capacidade!suficiente!para!atender!a!demanda!da!região!por!pelo!menos!mais!10!anos.!
Para!atender!a!demanda!da!SE!Farroupilha!2,!está!prevista!a!construção!de!um!ramal!de!69!kV!com!4,2!
km!de!percurso.!
!
3.2. Apresentação do Proponente
!
A! Companhia! Rio! Grande! Energia! –! RGE,! subsidiária! da! Companhia! Paulista! Força! e! Luz! –! CPFL,! é! a!
distribuidora!de!energia!elétrica!da!região!norteVnordeste!do!Estado!do!Rio!Grande!do!Sul.!Privatizada!
em! outubro! de! 1997,! a! RGE! atende! 264! municípios! gaúchos,! o! que! representa! 51%! do! total! de!
municípios!do!Rio!Grande!do!Sul.!

A!área!de!concessão!da!Companhia!Rio!Grande!Energia!divideVse!em!duas!regiões:!a!Região!Central,!com!
2
sede!em!Passo!Fundo!e!a!Região!Leste,!com!sede!em!Caxias!do!Sul.!São!90.718!km !–!34%!do!território!
do! Estado.! Agrupadas,! essas! regiões! apresentam! um! dos! melhores! índices! sociais! e! econômicos! do!
Brasil.!Também!são!as!responsáveis!pelo!maior!polo!agrícola,!pecuário,!industrial!e!turístico!do!estado.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 11

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

A!RGE!possui,!na!sua!área!de!concessão,!em!operação!normal,!69!subestações!e!1.988!km!de!linhas!de!
transmissão,! todas! licenciadas! junto! a! FEPAM,! similares! a! que! se! pretende! implantar! em! Farroupilha,!
atendendo!a!mais!de!um!milhão!e!meio!de!consumidores.!!
!
3.3. Localização do Empreendimento
!
O!empreendimento!em!questão!denominaVse!Subestação!de!Energia!–!SE!Farroupilha!2,!o!qual!faz!parte!
do!Sistema!de!Distribuição!de!Energia!Elétrica!69!kV,!a!ser!instalado!no!bairro!Belvedere!pela!Companhia!
Rio!Grande!Energia!–!RGE,!subsidiária!da!Companhia!Paulista!Força!e!Luz!–!CPFL,!a!qual!compreende!o!
sistema! municipal! de! distribuição! de! energia,! contemplando! 15! bairros! do! município! de! Farroupilha!
(Nova!Milano,!Nova!Sardenha,!Jansen,!Nova!Vicenza,!São!Roque,!Santa!Catarina,!Centro,!São!Francisco,!
Primeiro!de!meio,!Bela!Vista,!São!José,!Vicentina,!Loteamento!Belvedere!e!Cinquentenário).!

A!Região!onde!se!localiza!o!empreendimento!e!sua!área!de!influência!direta!e!indireta,!está!situada!nas!
bacias!hidrográficas!do!Taquari!Antas!e!Rio!Caí,!localizada!entre!as!bacias!do!Baixo!Jacuí,!Sinos,!Pardo,!
Alto!Jacuí!e!ApuaêVInhandava.!

Quanto! à! geologia! local,! o! Município! de! Farroupilha! localizaVse! na! Formação! Fácies! Caxias,! a! qual! é!
constituída! por! derrames! de! composição! intermediária! a! ácida,! riodacitos! a! riolitos,! mesocráticos,!
microganulares!e!vitrofíricos,!textura!esferulítica!comum,!forte!disjunção!tabular!no!topo!dos!derrames!
e!maciço!na!porção!central,!dobras!de!fluxo!e!autobrechas!frequentes,!vesículas!preenchidas!dominante!
por!calcedônia!e!ágata,!fonte!de!mineralizações!da!região!(CPRM,!1986).!

A! gleba! objeto! do! estudo! de! impacto! de! vizinhança! está! inserida! na! região! urbana! da! cidade,!
especificamente! na! Zona! Ambiental! E! (mista! 2),! de! acordo! com! o! Plano! Diretor! de! Desenvolvimento!
Urbano!e!Ambiental!–!PDDUA!de!Farroupilha.!!O!Mapa!3.3!–!1!apresenta!o!polígono!da!gleba!em!relação!
às!principais!vias!de!acesso:!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 12

!
RIO GRANDE DO SUL - FARROUPILHA
51°22'0"O 51°21'52"O 51°21'44"O 51°21'36"O 51°21'28"O 51°21'20"O 51°21'12"O 51°21'4"O 51°20'56"O
NOTA:
29°11'28"S

Indicada a gleba objeto do Estudo de Impacto


de Vizinhança - EIV na Escala 1:10.000

28°0'0"S
29°11'36"S

30°0'0"S
29°11'44"S

32°0'0"S
29°11'52"S

34°0'0"S
58°0'0"O 56°0'0"O 54°0'0"O 52°0'0"O 50°0'0"O
RIO GRANDE DO SUL - BACIAS HIDROGRÁFICAS

29°12'0"S

28°0'0"S
29°12'8"S

30°0'0"S
29°12'16"S

32°0'0"S
.

29°12'24"S

34°0'0"S
58°0'0"O 56°0'0"O 54°0'0"O 52°0'0"O 50°0'0"O

29°12'32"S
280 140 0 280 Metros

29°12'40"S
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA GLEBA
Projeto: Estudo de Impacto de Vizinhança para a Instalação da SE Farroupilha 2 - RGE Planta:

29°12'48"S
Proprietário: Rio Grande Energia - RGE End: Rua São josão Calábria, s/n° - Belvedere - Farroupilha
1
Escala: 1:10.000 Data: 12/03/2015 Desenho: Renata Zapata
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

!
Mapa!3.3!–!1:!Localização!da!Gleba!em!Relação!as!Principais!Vias!de!Acesso.!
Fonte:!Próprio,!2015.!
!
A!SE!Farroupilha!2!será!instalada!na!Rua!São!João!Calábria,!s/n°,!Bairro!Belvedere!–!Farroupilha!–!RS,!nas!
coordenadas!planas!UTM!22J!0465227!6769573,!DATUM!WGS!84.!O!mapa!macro!abaixo!demonstra!os!
limites!da!gleba!em!relação!a!região.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 13

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

CAPÍTULO 4!
!
4.1. Justificativas do Empreendimento
!
Neste!item!estão!sintetizados!os!principais!aspectos!que!fundamentaram!a!proposição!da!SE!Farroupilha!
2.!Foram!consideradas!as!avaliações!de!demanda!energética!para!o!Município!de!Farroupilha,!dos!quais!
foram!obtidos!os!seguintes!resultados:!
!
• Número!de!Clientes!da!SE!Farroupilha!2:!14.300;!
• População!do!Município:!68.030!habitantes;!
• Área!do!Município:!360,390!km2;!
• Taxa!de!Crescimento!Anual!da!Demanda!da!SE!Farroupilha!2:!3,5%!(Taxa!Média);!
• Consumo!Mensal!SE!Farroupilha!2:!11.970.414!kWh.!
!
O!conjunto!de!características!apontadas!contribui!para!o!caráter!estratégico!da!SE!Farroupilha!2,!sendo!
este!um!empreendimento!de!extrema!importância!para!o!Município!de!Farroupilha.!

As!justificativas!para!realização!de!um!empreendimento!do!porte!da!SE!Farroupilha!2!para!o!Município!
de!Farroupilha!devem,!particularmente,!ser!vistas!no!âmbito!do!planejamento!energético!para!a!Região,!
que!tem!em!conta!as!projeções!de!consumo!e!de!atendimento!das!demandas!do!mercado.!

Para! a! elaboração! das! justificativas! do! empreendimento,! tomouVse! como! fonte! principal! dados! e!
informações,! obtidas! junto! ao! empreendedor,! bem! como! dados! oficiais! disponibilizados! pela! Empresa!
de!Pesquisa!Energética!–!EPE.!Neste!sentido,!alguns!textos!ora!apresentados!representam!transcrições!
dos! estudos! supracitados,! optandoVse! aqui! por! não! assinaláVlos! a! cada! vez! que! o! procedimento! é!
utilizado,!a!não!ser!quando!da!explicitação!de!fontes!de!referência!de!tabelas,!gráficos!e!figuras.!ReiteraV
se,! portanto,! que! todas! as! considerações! feitas! neste! item! advêm! de! fontes! oficiais! de! dados! e!
informações.!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 14

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

4.1.1. Evolução da Matriz Energética no País – Histórico


!
Nas!três!últimas!décadas!do!século!XX,!a!economia!brasileira!cresceu!a!uma!taxa!média!anual!de!4,2%,!
apresentando!comportamentos!distintos!a!cada!década:!8,6%!nos!anos!70,!1,6%!nos!anos!80!e!2,4%!nos!
anos!90.!

Na!década!de!70,!houve!a!elevação!do!consumo!de!algumas!fontes!de!energia!(eletricidade!–!12%!ao!
ano;! derivados! de! petróleo! –! 8,2%! ao! ano),! motivada! pela! predominância! do! transporte! rodoviário! e!
pelo!desenvolvimento!da!indústria!de!base!e!de!infraestrutura;!e!crescimento!de!5,5%!ao!ano!da!Oferta!
Interna! de! Energia! (OIE).! Já! na! década! de! 80,! houve! o! declínio! e! variação! considerável! das! taxas! de!
consumo! de! energia! elétrica! devido! à! recessão! econômica! consequente! da! elevação! dos! preços! do!
petróleo! em! 1979.! Ainda! neste! mesmo! período,! houve! significativa! expansão! da! indústria! de! uso!
intensivo!de!energia!voltada!para!a!exportação!(aço,!alumínio!e!ferroVligas),!em!especial!no!período!de!
1980!a!1985,!para!aproveitar!o!excesso!de!capacidade!instalada!de!geração!elétrica!e!para!amenizar!o!
déficit! comercial.! Também! ocorreu! no! período! entre! 1980! e! 1985! a! implantação! de! medidas! de!
contenção! do! consumo! de! derivados! de! petróleo.! Principais! indicadores! de! variação! da! demanda! de!
energia,!frente!ao!contexto!internacional!e!nacional!(crescimento!da!economia!brasileira!à!taxa!média!
de!1,3%!ao!ano).!

A! década! de! 80! foi! marcada! pelo! crescimento! da! OIE! à! média! de! 2,7%! ao! ano,! ao! crescimento! do!
consumo!de!eletricidade!à!média!de!7,2%!ao!ano,!ao!crescimento!do!consumo!de!carvão!da!siderurgia!à!
média!de!9,1%!ao!ano,!ao!crescimento!do!consumo!de!biomassa!para!gerar!energia!elétrica!à!média!de!
4,3%!ao!ano!e!ao!decréscimo!do!consumo!de!derivados!de!petróleo!(média!de!V1,9%!ao!ano).!

Já!na!década!de!90,!entre!1993!e!1997,!ocorreu!o!ciclo!de!desenvolvimento!derivado!da!estabilização!da!
economia,! com! expansão! do! consumo! de! energia! e! estagnação! ou! regressão! das! exportações! de!
produtos! intensivos! em! energia.! Em! 1998! a! 1999,! ocorreu! forte! retração! no! mercado! econômico!
derivada!das!medidas!governamentais!como!reação!a!sucessivas!crises!externas,!principalmente!a!crise!
cambial! nos! países! asiáticos,! com! consequente! queda! no! consumo! de! energias! associadas! ao! uso!
individual.! Os! principais! indicadores! de! variação! de! demanda! de! energia! frente! ao! contexto!
internacional! e! nacional! são! os! seguintes:! Até! 1997,! inclusive,! crescimento! da! OIE! a! 4,8%! ao! ano,!
sofrendo! redução! para! 2%! ao! ano! nos! dois! anos! subsequentes.! Houve! crescimento! do! consumo! de!
eletricidade!residencial!à!média!de!8,4%!ao!ano!até!1997,!sofrendo!redução!para!2,4%!no!período!entre!
1998!e!1999.!Houve!crescimento!do!consumo!de!querosene!para!aviação!à!média!de!9,4%!ao!ano!até!
1997,!com!redução!para!V6,3%!ao!ano!no!período!de!1998!a!1999!e!crescimento!do!consumo!de!gasolina!
automotiva!de!13,8%!ao!ano!até!1997m!com!redução!para!V6,3%!ao!ano!no!período!de!1998!e!1999.!

Entre!os!anos!2000!a!2006,!o!cenário!envolvia!a!recuperação!da!economia!do!País,!após!a!desvalorização!
da! moeda! ocorrida! em! 1999,! com! alavancagem! expressiva! dos! setores! de! comunicação,! indústria!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 15

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

extrativa! mineral! e! indústria! de! transformação! (crescimento! do! PIB! a! 4,36%! ao! ano).! Em! 2000,! houve!
crescimento! da! OIE! de! apenas! 0,7%! ao! ano,! em! função! do! fraco! desempenho! de! setores! industriais!
eletro! intensivo! e! da! continuidade! do! baixo! consumo! de! energia! associada! ao! uso! individual! da!
população.! Entretanto,! houve! nova! retração! da! economia! interna! em! 2001,! (PIB! cresceu! 1,42%/ano)!
resultado!do!desaquecimento!da!economia!americana!em!função!dos!atentados!terroristas.!

Em! 2001! o! consumo! de! energia! elétrica! pouco! melhorou! em! relação! a! 2000! (OIE! a! 1,7%! ao! ano)! em!
decorrência!do!racionamento!de!carga!e!de!os!setores!intensivos!em!energia!terem!sido!afetados!pela!
retração!da!economia.!!
!
4.1.1.1. A Participação Atual da Energia Elétrica na Matriz Energética Brasileira
!
UtilizandoVse! do! mesmo! período! analisado! acima,! entre! os! anos! de! 1975! e! 2006,! o! setor! elétrico!
praticamente! quintuplicou! sua! capacidade! instalada! de! geração,! isto! em! decorrência! do! avanço!
tecnológico.!O!crescimento!da!indústria,!o!acesso!a!novos!produtos!culminou!no!aumento!da!demanda!
da! energia! elétrica.! Em! 2006,! o! setor! contava! com! 96,6! GW! em! operação,! incluindo! autoprodutores,!
sendo! cerca! de! 76%! da! geração! hidráulica! e! 24%! da! geração! térmica! e! nuclear.! A! Tabela! 4.1.3/1!
apresenta!a!capacidade!instalada,!bem!como!demonstra!a!evolução!da!geração!de!energia!elétrica!no!
País:!
!
Tabela!4.1.3/1:!Capacidade!Instalada!para!Geração!de!Energia!Elétrica!no!Brasil!(MW)!

Fonte! 1975! 1980! 1985! 1990! 1995! 2000! 2005! 2006!


Hidráulica! 16.316! 27.649! 37.077! 45.558! 51.367! 61.063! 70.620! 73.434!
Térmica! 4.652! 5.823! 6.373! 6.835! 7.097! 10.642! 20.238! 21.194!
Nuclear! V! V! 657! 657! 657! 2.007! 2.007! 2.007!
Total! 20.968! 33.472! 44.107! 53.050! 59.120! 73.712! 92.865! 93.634!
Dados!obtidos!em!MME/EPE/BEN!205,!MME/PDE!2007V2016!e!BEN!2007/EPE!2007.!
!
De! acordo! com! o! Relatório! Final! do! Balanço! Energético! Nacional! –! BEN! 2014,! a! geração! de! energia!
elétrica! no! Brasil! em! centrais! de! serviços! públicos! e! autoprodutores! atingiram! 570! TWh! em! 2013,!
resultado!3,2%!superior!ao!ano!de!2012.!!

As! centrais! elétricas! de! serviço! público,! com! 84,9%! da! geração! total,! permanecem! como! principais!
contribuintes.!A!principal!fonte!de!energia!elétrica!é!a!hidráulica,!embora!tal!fonte!tenha!apresentado!
uma!redução!de!5,9%!na!comparação!com!o!ano!anterior.!

A! geração! elétrica! a! partir! de! não! renováveis! representou! 20,7%! do! total! nacional,! contra! 15,5%! em!
2012.!A!geração!de!autoprodutores!em!2013!participou!com!15,1%!do!total!produzido,!considerando!o!
agregado!de!todas!as!fontes!utilizadas.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 16

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

O!Brasil!dispõe!de!uma!matriz!elétrica!de!origem!predominantemente!renovável,!com!destaque!para!a!
geração!hidráulica!que!responde!por!64,9%!da!oferta!interna.!As!fontes!renováveis!representam!79,3%!
da! oferta! de! eletricidade! no! Brasil,! que! é! a! resultante! da! soma! dos! montantes! referentes! à! produção!
nacional! mais! as! importações,! que! são! essencialmente! de! origem! renovável.! O! Gráfico! 4.1.1.1! –! 1!
apresenta!o!percentual!por!fonte!de!geração!de!energia!elétrica!no!País!no!ano!de!2013.!
!

ParBcipação!(%)!em!2013!

Hidráulica!

Gás!Natural!

Outras!!

Eólica!

Biomassa!

Nuclear!

Carvão!

Derivados!de!Petróleo!

!
Gráfico!4.1.1.1!–!1:!Consumo!de!Energia!por!Fontes!em!2013.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!EPE,!Balanço!Energético!Nacional!(BEN),!publicado!em!2014.!

!
Do! outro! lado! do! consumo,! o! setor! residencial! apresentou! crescimento! de! 6,2%.! O! setor! industrial!
registrou!uma!ligeira!alta!de!0,2%!no!consumo!de!eletricidade!em!relação!ao!ano!de!2012.!

Os! demais! setores! –! público,! agropecuário,! comercial! e! transportes! –! quando! analisados! em! bloco!
apresentaram! variação! positiva! de! 4,8%! em! relação! ao! ano! de! 2012.! O! setor! energético! em! 2013!
cresceu!12,6%!em!relação!ao!ano!de!2012.!

Em! 2013,! a! capacidade! total! instalada! de! geração! de! energia! elétrica! do! Brasil! (centrais! de! serviço!
público! e! autoprodutores)! alcançou! 126.743! MW,! acréscimo! de! aproximadamente! 5,8! GW.! O! Gráfico!
4.1.1.1!–!2!demonstra!a!capacidade!total!instalada!no!País!entre!os!anos!de!2009!e!2013:!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 17

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Consumo!de!Energia!em!2013!(MW)!
120.000!

100.000!

80.000!

60.000!

40.000!

20.000!

0!
2009!(110.444)! 2010!(116.383)! 2011!(117.135)! 2012!(121.104)! 2013!(126.743)!

Usinas!Hidrelétricas!(64,0%)! Usina!Termelétricas!(28.8%)!
PCH!(3,7%)! CGH!(0,2%)!
!
!
Gráfico!4.1.1.1!–!2:!Consumo!de!Energia!por!Fontes!em!2013.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!EPE,!Balanço!Energético!Nacional!(BEN),!publicado!em!2014.!
!
4.1.1.2. O Rio Grande do Sul e o Cenário Energético
!
Considerando!o!Balanço!Energético!Nacional!(BEN)!publicado!em!2014,!que!teve!base!no!ano!de!2013,!a!
Região!Sul!do!País!possui!uma!capacidade!instalada!de!7.003!MW,!com!uma!participação!de!27,4%!da!
energia!elétrica!demandada!no!País.!O!Gráfico!4.1.1.2!–!1!demonstra!a!capacidade!instalada!por!região.!

40,00%!

35,00%!

30,00%!
570.025!GWh!
Sul!
25,00%!
CentroVOeste!
20,00%!
Norte!
15,00%!
Nordeste!
10,00%!
Sudeste!
5,00%!

0,00%!
!
Gráfico!4.1.1.2!–!1:!Capacidade!Instalada!em!2013.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!EPE,!Balanço!Energético!Nacional!(BEN),!publicado!em!2014.!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 18

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Com! o! aumento! da! demanda! de! energia! elétrica! no! Rio! Grande! do! Sul,! entraram! em! operação! no!
estado,! entre! 2006! e! 2013,! as! Usinas! de! Barra! Grande! entre! 2006,! Monte! Claro! em! 2006,! a! Usina! de!
Castro!Alves!em!2008,!a!usina!14!de!julho!em!2009,!Monjolinho!também!em!2009,!Foz!do!Chapecó!e!
São!José!em!2011!e!Passo!do!São!João!em!2013.!

Atualmente! no! Rio! Grande! do! Sul,! o! consumo! industrial! é! responsável! por! 40,2%! do! consumo! total!
demandado! pelo! estado,! seguido! do! consumo! residencial,! responsável! por! 24,5%! do! consumo,!
comercial!17,6%,!rural!com!9,8%,!outros!setores!7,8%.!Em!2013,!o!Rio!Grande!do!Sul!consumiu!80.392!
GWh,!tendo!uma!participação!de!17%!da!energia!elétrica!produzida!no!País.!

O! atendimento! elétrico! ao! estado! do! Rio! Grande! do! sul! é! feito! por! instalações! da! Rede! Básica! nas!
tensões! de! 525! kV! e! 230! kV.! O! estado! conta! com! quatro! subestações! 525/230! kV.! Para! os! próximos!
anos,!está!prevista!a!expansão!do!sistema!do!estado!tanto!no!nível!de!tensão!de!525!kV!quanto!de!230!
kV.!
!
4.1.1.3. A SE Farroupilha 2
!
Para! o! incremento! revisto! para! a! Região! Nordeste! do! Estado! do! Rio! Grande! do! Sul,! está! prevista! a!
instalação!da!Subestação!de!Energia!Elétrica!–!SE!Farroupilha!2.!A!instalação!da!SE,!se!deu!como!uma!
solução!técnica!para!os!problemas!atuais!da!SE!Farroupilha!1,!localizada!neste!Município.!!

A! subestação! SE! Farroupilha! 1! é! antiga,! compartilhada! com! a! Transmissora! CEEEGT,! possui! 3!


transformadores! com! potência! instalada! de! 57,5! MVA,! ! com! carregamento! na! ordem! de! 77%,! 86%! e!
103%,! que! já! atingiram! os! limites! de! carregamento! planejado.! Esta! subestação! possui! somente! uma!
fonte!em!69!kV!para!sua!alimentação,!proveniente!da!Eletrosul!e!apresenta!risco!no!abastecimento,!em!
caso!de!contingência.!

A!Subestação!compartilhada!com!a!CEEEGT!torna!mais!lenta!as!ações!de!operação!e!manutenção!para!o!
caso!de!intervenção,!devido!ao!atendimento!das!convenções!operativas.!

O! Gráfico! 4.1.1.3! –! 1! mostra! a! situação! de! carregamento! dos! transformadores,! em! 2013,! existente! e!
futura.!A!taxa!de!crescimento!média!na!região!é!de!3,5%.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 19

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

120%!

100%!

80%!

60%!

40%!

20%!

0%!
2013! Antes!das!Obras! Depois!das!Obras!

Farroupilha!1!V!TRV1! Farroupilha!1!V!TRV2! Farroupilha!1!V!TRV5!


Farroupilha!2!V!TRV1! Farroupilha!2!V!TRV2!
!

Gráfico!4.1.1.3!–!1:!Situação!do!Carregamento!dos!Transformadores!–!Taxa!de!Crescimento!da!Região!3,5%.!
Fonte:!Rio!Grande!Energia!–!RGE!
!

A!SE!Farroupilha!2!deve!atender!a!demanda!de!distribuição!de!energia!do!Município!de!Farroupilha,!seu!
fluxo!de!distribuição!prevalece!no!sentido!bairro/bairros!lindeiros!e!região!central.!

Em! suma,! a! Companhia! Rio! Grande! Energia! adotou! duas! medidas! para! a! solução! e! melhoria! no!
abastecimento!da!região,!são!elas:!

• A! ampliação! da! potência! instalada! de! 57,5! MVA! para! 79,5! MVA,! na! SE! Farroupilha! 1,! com! a!
substituição!do!transformador!de!25!para!42!MVA,!já!realizado!em!2014;!
• A! implantação! da! SE! Farroupilha! 2! com! tensão! de! 69/13,8! kV,! com! potência! de! 2x26,6! MVA,!
alimentada! por! duas! linhas! em! 69kV! e! 12! saídas! de! alimentadores! em! 13,8kV,! prevista! para!
2016.!
!
A! nova! subestação! garantirá! aos! consumidores! a! melhor! confiabilidade! na! ampliação! da! oferta! de!
energia,!possibilitando!a!interligação!entre!os!alimentadores!de!media!tensão.!

A! escolha! da! área! para! a! nova! subestação! atende! a! critérios! técnicos! de! distribuição! de! energia,!
localizandoVse!de!modo!a!poder!absorver!as!cargas!da!subestação!existente!e!viceVversa.!

Outro!ponto!relevante!foi!a!possibilidade!de!fazer!a!dupla!alimentação!para!a!nova!subestação!em!69!
kV,!usando!a!mesma!faixa!de!servidão!existente,!com!o!deslocamento!de!um!trecho!da!linha,!liberando!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 20

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

um!trecho!de!área!útil!ocupada!por!servidão!passando!para!a!área!pública,!na!rua!Colorado!esquina!com!
São!João!Calábria,!substituindo!as!torres!de!madeira!estaiadas!antigas!por!estruturas!autoportantes.!!

O!terreno!foi!adquirido!em!21/03/2014!pela!Companhia!Rio!Grande!Energia!da!até!então!proprietária!
Instituição!Igreja!Católica,!com!a!intervenção!e!anuência!da!Prefeitura!Municipal!de!Farroupilha,!dentro!
do!interesse!público!e!licenciamento!ambiental,!conforme!Autorização!Geral!da!FEPAM!emitida!no!ano!
de!2013.!

A!RGE!investe!neste!empreendimento!a!quantia!de!aproximada!de!R$!17!milhões!até!2016.!

! !

Imagem!4.1.1.3!–!1:!Estudo!Preliminar!do!Projeto!da!SE!Farroupilha!2!
Fonte:!Rio!Grande!Energia!–!RGE!

!
As! opções! acima! estudadas,! indicaram! que! a! opção! 4! (OP! 4)! tem! menor! impacto! de! linha! de!
transmissão,!se!não!vejamos:!
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• O!local!favorece!a!saída!dos!alimentadores;!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 21

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Ocupa!a!mesma!faixa!de!servidão!de!transmissão;!
• Libera!um!trecho!de!servidão;!
• Não!conflita!com!tubulações!de!gás!e!permite!o!acesso!e!mobilidade!requeridos!para!o!setor!
elétrico!para!carga!e!atendimento!ao!sistema!elétrico!da!população.!
!
Cabe! salientar! que! a! SE! Farroupilha! 2! será! operada! remotamente! e! que! acessarão! a! área! do!
empreendimento!uma!média!de!cinco!profissionais!que!devem!fazer!a!manutenção!da!SE.!

Do!ponto!de!vista!urbanístico,!a!gleba!objeto!do!estudo!encontraVse!conectada!à!malha!viária!urbana!do!
município! e! interligada! às! áreas! densamente! urbanizadas! da! cidade.! A! gleba! selecionada! está! em!
conformidade!com!o!sentido!da!linha!de!transmissão!existente,!fazendo!com!que!o!fluxo!de!entrada!de!
energia! elétrica! tenha! maior! aproveitamento,! evitando! perdas! e,! sobretudo,! reduzindo! o! impacto!
arquitetônico!e!visual!da!linha!de!transmissão.!

Atualmente,!a!área!já!se!encontra!impactada!pela!atividade!executada.!Não!foi!identificada!vegetação!
passível!de!preservação!no!local,!bem!como!há!ausência!de!fauna!silvestre!ameaçada!de!extinção.!PodeV
se!afirmar!que,!devido!à!inexistência!de!atividade!significativa!no!local,!pode!ocorrer!avifauna!e!outras!
espécies!de!herpetofauna,!contudo,!não!foram!identificados,!durante!os!trabalhos!de!campo,!refúgios!
de!fauna!silvestre,!ninhos!e!tocas.!!

A!atual!alteração!da!paisagem!natural!da!gleba!favorece!a!implantação!do!empreendimento!do!ponto!
de!vista!ambiental.!

Ainda!há!atributos!físicos!favoráveis!à!implantação!do!empreendimento,!onde!os!aspectos,!tais!como!a!
topografia!local,!a!inexistência!de!recursos!hídricos,!aspectos!climáticos,!geológicos!e!geomorfológicos!
são!compatíveis!com!a!infraestrutura!do!empreendimento.!

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RIO GRANDE ENERGIA | RGE 22

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

CAPÍTULO 5
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5.1. Área de Influência
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A!definição!das!áreas!de!influência!de!estudo!objetiva!definir!a!abrangência!dos!levantamentos!de!dados!
que!deverão!ser!realizados,!com!o!intuito!de!identificar!e!especializar!os!impactos!ambientais!em!razão!
da! sua! incidência! direta! ou! indireta! e,! consequentemente,! delimitar! as! áreas! de! influência! direta! e!
indireta!do!empreendimento.!Dessa!forma,!devem!ser!estabelecidas,!preliminarmente,!como!áreas!de!
estudo,! as! áreas! que! poderão! sofrer! influência! do! empreendimento! em! graus! variáveis,! com! foco! na!
estrutura!local!e!regional.!

Os! critérios! adotados! para! as! definições! dos! limites! das! áreas! de! influência! foram! devidamente!
apresentados! e! justificados! tecnicamente.! Os! elementos! determinantes! para! as! delimitações! são!
identificados,!caracterizados,!georreferenciados!e!mapeados.!

Para! a! elaboração! do! diagnóstico! urbanístico! e! ambiental,! foram! delimitadas! as! Áreas! de! Influência!
Direta!–!AID!e!Áreas!de!Influência!Indireta!–!AII.!

Para! as! AII! foram! utilizados! dados! secundários,! fontes! bibliográficas,! dados! de! inventários,! além! de!
outras!informações!disponíveis!atualizadas.!

Para!as!AID,!os!dados!secundários!foram!complementados!com!dados!primários!coletados!em!campo,!
de!forma!a!permitir!o!pleno!entendimento!da!dinâmica!e!das!interações!existentes!entre!os!meios!físico,!
biótico,!socioeconômico,!cultural,!urbanístico!e!histórico,!assim!como!as!fragilidades!quanto!aos!meios!
urbano!e!ambiental!com!a!inserção!do!empreendimento.!
!
5.1.1. Determinação da Área de Influência Direta (AID) e Indireta (AII)
!
A! Área! de! Influência! Direta! –! AID! circunscreve! a! Área! Diretamente! Afetada! e! cuja! abrangência! dos!
impactos!incida!ou!venha!a!incidir!de!forma!direta!os!aspectos!urbanísticos!e!ambientais,!modificando!a!
sua! qualidade,! diminuindo! seu! potencial! de! conservação! e! alterando! desfavoravelmente! a! mobilidade!
urbana.!

A! Área! de! Influência! Indireta! –! AII! corresponde! ao! território! onde! a! implantação! do! empreendimento!
impactará!de!forma!indireta!aos!aspectos!urbanísticos.!A!delimitação!da!AII!circunscreve!a!AID.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 23

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Para! o! diagnóstico! dos! aspectos! avaliados! neste! estudo,! foi! definida! uma! área! que! compreende!
aproximadamente!450!metros!de!raio!do!polígono!onde!o!empreendimento!será!inserido.!O!Mapa!5.1.1!
–!1!apresenta!a!área!de!estudo!definida!como!AID!e!AII.!!

Mapa!5.1.1!–!1:!Polígono!da!Área!de!Influência!Direta!e!Indireta!
Fonte:!Autor,!2015.!
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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

CAPÍTULO 6
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6.1. Aspectos do Sistema Viário
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6.1.1. Sistema Viário Urbano
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Um!primeiro!aspecto!essencial!no!diagnóstico!relativo!ao!Sistema!Viário,!vem!do!reconhecimento!de!um!
conjunto! razoavelmente! complexo! de! solicitações! normalmente! exigidas! de! uma! operação! viária!
eficiente,! no! sentido! mais! amplo,! isto! pode! ser! resumido! por! algumas! premissas! básicas! incluindo:!
fluidez,!capacidade,!segurança,!economia,!entre!outros!aspectos!importantes.!

Contudo,! o! objetivo! principal! da! Engenharia! de! Tráfego! é:! proporcionar! um! uso! eficiente! e! seguro! do!
sistema! viário! para! a! movimentação! de! pessoas! e! bens! envolvidos! na! atividade! social,! controlando! os!
impactos!sociais!e!ambientais!gerados!pelo!tráfego!urbano!e!contribuindo!para!universalizar!o!acesso!às!
atividades!sociais!para!os!diferentes!grupos!sociais,!de!forma!econômica!na!utilização!de!recursos.!

Embora!complexa,!a!missão!é!basicamente!operacional!e!está!ligada!a!obter!eficiência!do!sistema!viário!
existente!de!uma!área.!A!visão!inicial!da!eficiência!do!Sistema!Viário!privilegiava!a!atenção!aos!aspectos!
de! fluidez,! ideia! que! pode! ser! associada! a! oferecer! capacidade! e! velocidade! adequada! na! operação!
viária.!!

Neste!sentido,!concluímos!no!levantamento!em!campo,!que!a!instalação!do!futuro!empreendimento!da!
SE! Farroupilha! 2! tem! uma! influência! mínima! de! demandar! ao! Sistema! Viário! já! existente! e! sendo!
construído,!e!consolidado!no!local.!

Esta!influência,!que!seria!apenas!local!pela!própria!natureza!do!empreendimento,!traria!um!incremento!
insignificante! ao! Sistema! Viário,! não! tendo! volume! de! tráfego! suficiente! para! impactar!
significativamente!o!local!de!implantação!do!futuro!empreendimento.!

O! Mapa! 6.1.1! –! 1! apresenta! o! Sistema! Viário! Urbano! das! Áreas! de! Influência! Direta! e! Indireta! do!
Empreendimento:!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 25

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

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Mapa!6.1.1!–!1:!Sistema!Viário.!
Fonte:!Próprio,!2015.!

!
6.1.1.1. Rodovias
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A! Rodovia! Rota! do! Sol! (Rodovia! BR! 453),! será! a! única! Rodovia! atingida! pela! implantação! do! futuro!
empreendimento.!!

E! em! virtude! do! seu! gabarito,! capacidade! de! tráfego,! e! condições! gerais! atualmente! identificadas! em!
campo,! concluiVse! que! o! incremento! de! tráfego! gerado! pelo! futuro! empreendimento! é! insignificante!
para!a!via.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 26

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

6.1.1.2. Vias Arteriais


!
A!Avenida!Estrada!dos!Romeiros!é!uma!via!que!tem!características!de!Via!Arterial,!pois!se!caracteriza!por!
ter! interseções! em! nível,! geralmente! controlada! por! semáforo,! com! acessibilidade! direta! aos! lotes!
marginais!e!às!vias!secundárias!e!locais,!possibilitando!conexão!entra!as!diferentes!áreas!da!cidade.!
!
6.1.1.3. Vias Coletoras
!
A!Rua!João!Calábria!é!uma!via!com!características!de!Via!Coletora,!pois!liga!o!bairro!Belvedere!às!vias!de!
trânsito! rápido! como! a! RS! 122! e! BR! 453.! ! A! Rua! João! Calábria! é! a! principal! via! impactada! pelo! futuro!
empreendimento,!em!virtude!de!ser!a!rua!de!acesso!direto!ao!lote!objeto!deste!estudo.!!

Contudo,! a! via! apresenta! um! trânsito! local! pequeno,! pois! notadamente! o! bairro! Belvedere! está! em!
desenvolvimento,! não! tendo! suas! pavimentações! das! vias! concluídas! e! tampouco! o! trânsito! local!
consolidado.!De!qualquer!forma,!em!virtude!do!seu!gabarito,!capacidade!de!tráfego,!e!condições!gerais!
atualmente! identificadas! em! campo,! concluiVse! que! o! incremento! de! tráfego! gerado! pelo! futuro!
empreendimento! é! insignificante! para! a! via! no! momento,! porém,! a! sua! capacidade! é! suficiente! para!
absorver!a!demanda!futura!gerada!pela!SE!Farroupilha!2.!

Além!da!João!Calábria,!identificouVse!também!a!via!Coletora,!a!Rua!Colorado,!que!também!pode!sofrer!
algum! tipo! demanda! pela! implantação! do! futuro! empreendimento,! no! entanto,! como! o! bairro!
Belvedere! está! situado! de! maneira! periférica! na! cidade,! concluiVse! que! a! demanda! local! de! tráfego! é!
muito!pequena,!e!a!demanda!de!tráfego!gerado!pelo!futuro!empreendimento!é!insignificante!para!a!via.!
!
A! Rua! Joaquim! Beltrame,! também! é! considerada! pelo! PDDUA! do! município! de! Farroupilha! como! uma!
via! Coletora,! contudo,! constatouVse! no! local! que! pela! não! conclusão! de! algumas! vias! projetadas! no!
bairro!Belvedere,!ela!pode!ser!considerada!no!momento!como!tal.!
!
6.1.1.4. Vias de Acesso Local
!
No!bairro!Belvedere,!as!vias!locais!não!sofrerão!acréscimo!de!demanda!significativo!em!função!do!futuro!
empreendimento.! Em! virtude! da! própria! conformação! do! loteamento,! o! tráfego! local! fica! priorizado!
pelas! vias! Coletoras.! Desta! forma! analisamos! que! a! implantação! da! SE! Farroupilha! 2! demandaria! um!
incremento!insignificante!para!as!vias!locais.!
!
6.1.1.5. Interseções
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 27

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

A! única! Interseção! que! poderá! sofrer! algum! tipo! de! demanda! pela! implantação! do! futuro!
empreendimento,!será!a!do!entroncamento!entre!a!Rua!João!Calábria,!e!a!Rodovia!dos!Romeiros.!
Todavia,!em!virtude!do!seu!gabarito,!capacidade!de!tráfego,!e!condições!gerais!atualmente!identificadas!
em!campo,!concluiVse!que!o!incremento!de!tráfego!gerado!pelo!futuro!empreendimento!é!insignificante!
para!esta!interseção.!
!
6.1.2. Geração de Tráfego
!
6.1.2.1. Polos Geradores de Tráfego

Para! a! região! em! questão! não! foram! identificados! polos! geradores! de! tráfego,! apenas! uma! área! para!
uso!industrial!de!pequeno!porte,!mas!que!não!caracteriza!polos!geradores!de!tráfego.!

6.1.2.2. Geração de Demanda por Transporte Público


!
Quanto!à!geração!de!demanda!por!transporte!público,!salientaVse!que!não!serão!gerados!impactos!no!
sistema! em! decorrência! da! implantação! do! empreendimento,! entretanto,! abaixo! apresentamos! os!
pontos!de!ônibus!existentes!nas!imediações!do!empreendimento:!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 28

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

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Mapa!6.1.2.2!–!1:!Pontos!de!Ônibus!nas!imediações!do!futuro!empreendimento.!
Fonte:!Próprio,!2015.!
!
6.2. Aspectos da Infraestrutura Urbana
!
6.2.1. Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário
!
Com!relação!ao!sistema!de!abastecimento!de!água!e!o!serviço!de!esgotamento!sanitário!a!ser!fornecido,!
nas! etapas! de! intervenção! e! operação! do! empreendimento,! pela! Companhia! Riograndense! de!
Saneamento! –! CORSAN! informaVse! que! o! empreendimento! já! possui! sistema! instalado,! conforme!
contrato! apresentado! em! anexo,! desta! forma,! se! faz! desnecessário! o! pedido! de! viabilidade! de!
abastecimento!e!de!instalação!do!sistema!de!esgotamento!sanitário.!!
!
6.3. Aspectos Ambientais
!
6.3.1. Aspectos do Meio Urbano
!
Em! relação! aos! impactos! gerados! no! Meio! Urbano,! em! virtude! da! implantação! da! SE! Farroupilha! 2,!
concluiVse! que! em! virtude! do! uso,! tipologia,! porte,! dimensionamento,! estrutura,! e! volumetria! do!
referido!empreendimento,!teremos!impactos!significativos!na!paisagem!urbana!local.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 29

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Contudo,!estes!impactos!serão!gerados!em!uma!área!periférica!da!cidade.!Neste!sentido,!por!se!tratar!
de! uma! área! ainda! em! consolidação,! e! principalmente! pela! utilização! da! estrutura! existente! de!
transmissão! de! energia! do! município,! não! acarretando! maiores! intervenções! e! danos! à! paisagem!
urbana,!concluímos!que!os!impactos!gerados!pela!implantação!da!SE!Farroupilha!2!no!lote!objeto!deste!
estudo! é! plenamente! justificável! do! ponto! de! vista! da! necessidade! urbana! por! demanda! de! energia.!
EvitaVse! assim,! maiores! impactos! negativos! pela! implantação! deste! tipo! de! equipamento! em! outro!
ponto!da!cidade,!que!não!leve!em!consideração!as!estruturas!existentes!e!o!sentido!de!transmissão!das!
linhas.!Além!de!transferir!para!outra!área!da!cidade!estes!danos!à!paisagem!urbana,!replicariaVse!para!
outro! local! as! intervenções! negativas! e! ainda! aumento! os! impactos! gerados! pela! construção! deste!
equipamento,!que!é!de!vital!importância!para!o!perfeito!funcionamento!da!infraestrutura!da!cidade!de!
Farroupilha.!

Por!todas!estas!questões!apontadas!pelo!estudo!técnico!multidisciplinar,!a!escolha!do!local!objeto!deste!
estudo!tem!forte!apelo!técnico!e!é!absolutamente!justificável!do!ponto!de!vista!Urbanístico.!A!estratégia!
de!implantar!este!tipo!de!equipamento!em!local!onde!já!se!tem!préVexistências!(linhas!de!transmissão)!
e,! principalmente,! utilizando! estruturas! existentes,! que! para! serem! instaladas! em! outro! local!
demandariam! degradação! e! impactos! possivelmente! maiores! à! paisagem! urbana! do! município! de!
Farroupilha.!
!
6.3.1.1. Impermeabilização
!
Por! se! tratar! de! um! lote! sem! nenhum! tipo! de! pavimentação,! a! implantação! da! SE! Farroupilha! 2!
representaria! uma! maior! impermeabilidade! do! solo.! Em! relação! a! esta! questão,! o! projeto! de!
pavimentação! desta! área,! dependendo! dos! materiais! empregados,! podem! minimizar! os! efeitos! de!
impermeabilização!do!solo.!Além!disso,!drenos!e!coleta!das!águas!pluviais!podem!ser!conduzidos!para!
uma!Bacia!de!Retenção,!minimizando!ao!máximo!os!efeitos!negativos!desta!impermeabilização!do!solo.!
!
6.3.1.2. Temperatura
!
Na! questão! relacionada! a! temperaturas,! a! implantação! do! futuro! empreendimento! pode! gerar!
pequenas!variações!de!temperatura!no!interior!do!lote,!não!tendo!potencial!suficiente!para!alterar!as!
médias!de!temperatura!do!bairro,!ou!mesmo!da!quadra!onde!possivelmente!será!inserido.!ConcluiVse,!
portanto,!que!não!teria!influência!direta!na!mudança!da!temperatura!local.!!
!
6.3.1.3. Ventilação
!

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Em!relação!à!ventilação,!a!implantação!da!SE!Farroupilha!2!pode!gerar!uma!diminuição!da!ventilação!no!
local! imediato! a! sua! implantação.! Dependendo! dos! materiais! e! projeto! de! muros! e! cercamento! da!
Subestação,! pode! significar! uma! diminuição! na! ventilação! local! imediata,! como! passeio! público! da!
testada! principal! do! empreendimento,! além! dos! lotes! lindeiros! ao! futuro! empreendimento.!
Contudo,!na!área!imediata!à!implantação!do!empreendimento!poderá!ter!uma!variação!significativa!de!
ventilação!natural.!
!
6.3.1.4. Insolação
!
Em! relação! à! iluminação! natural! e! sombreamentos! causados! pelo! futuro! empreendimento,! podeVse!
afirmar!que!em!virtude!da!tipologia!e!volumetria!das!edificações!e!estruturas!a!serem!construídas!para!a!
implantação! da!SE! Farroupilha! 2,! e! também! em! virtude! do! posicionamento! solar! do! lote! objeto! deste!
estudo,!o!sombreamento!causado!não!terá!influência!significativa!no!entorno!imediato.!

Apenas! os! lotes! lindeiros! ao! empreendimento! sofrerão! algum! tipo! de! incidência! de! sombreamento,!
mesmo!assim,!este!impacto!é!mensurado!como!mínimo,!conforme!imagem!abaixo:!
!

!
!

!
!!!
Mapa!6.3.1.4!–!1:!Insolação!em!Quatro!Períodos!do!Dia!(8!hs!|!11!hs!|!13!hs!|!16!hs).!
Fonte:!Próprio,!2015.!
!
6.3.1.5. Geração de Resíduos Sólidos
!

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Dentre!os!aspectos!ambientais!existentes!para!o!empreendimento,!podeVse!afirmar!que!haverá!geração!
de! resíduos! sólidos,! tanto! na! etapa! de! intervenção! na! gleba,! durante! as! obras! de! edificação! das!
estruturas,!como!serão!gerados!resíduos!sólidos!urbanos!na!fase!de!ocupação!do!empreendimento.!

Na! etapa! de! intervenção! e! edificação,! serão! gerados! resíduos! sólidos! de! origem! da! construção! civil,!
resíduos! de! solos,! provenientes! do! processo! de! terraplanagem,! resíduos! vegetais,! resultantes! do!
processo!de!limpeza!do!terreno,!resíduos!de!caliça,!concreto,!tijolos,!resíduos!cerâmicos,!dentre!outros!
que!compõe!a!vasta!lista!de!Resíduos!da!Construção!Civil!–!RCC’s.!!

A!média!per!capta!de!geração!de!resíduos!sólidos!urbanos!–!RSU!é!de!aproximadamente!0,73!kg/habV
V1
1/dia .!LevandoVse!em!consideração!o!adensamento!populacional!do!empreendimento!SE!Farroupilha!2!
V1
que!é!de!aproximadamente!5!pessoas,!temVse!a!quantidade!de!3,65!kg/dia .!!
!
6.3.1.6. Geração de Efluentes Líquidos
!
O!Estado!do!Rio!Grande!do!Sul!consome!em!média!134!l/hab.d!de!água,!o!que!gera!aproximadamente!
100! l/hab.d! de! esgoto! sanitário.! Porém,! o! consumo! de! água! e,! consequentemente,! a! geração! de!
efluentes! sanitários! está! diretamente! associada! aos! seguintes! fatores:! Disponibilidade! de! água,! clima,!
condições!econômicas!e!o!custo!da!água.!

O!cálculo!da!vazão!doméstica!média!de!esgoto!é!dado!por:!
!
!"#!!!!!!!!! !
!!"!é!"# = !! /!!
1000
Em!que:!
Qd!médio:!Vazão!doméstica!média!de!esgoto!
Pop:!População!atendida!
Q:!Quota!per$capta!de!água!
R:!Coeficiente!de!retorno!(0,8)!
!
A!quota!per$capta$de!geração!de!efluentes!sanitários!está!associada!aos!seguintes!parâmetros:!hábitos!
higiênicos,!instalações!e!equipamentos!hidráulicos!sanitários,!a!temperatura!média!e!a!disponibilidade!
de! equipamentos! que! utilizam! água.! Em! cidades! pequenas! a! médias,! como! Farroupilha,! o! consumo!
médio!per$capta!de!água!potável!está!estimado!em!120!–!220!l/hab.d.!Neste!caso!será!utilizada!a!média!
de!170!l/hab.d.!

5!!!170!!!0,8! !
!"!é!"# = !! /!!
1000
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 32

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

3
O! valor! obtido! da! equação! nos! mostra! que! serão! emitidos! uma! média! de! 0,68! m /dia! de! efluente!
sanitário!após!a!implantação!do!empreendimento.!

Cabe!salientar!que!está!sendo!considerada!uma!população!média!de!5!pessoas.!
!
6.3.1.7. Geração de Emissões Atmosféricas
!
6.3.1.7.1. Emissão Sonora
!
O!IBAMA!(Instituto!Brasileiro!do!Meio!Ambiente!e!dos!Recursos!Naturais!Renováveis)!conceitua!poluição!
sonora! como! sendo! o! conjunto! de! todos! os! ruídos! provenientes! de! uma! ou! mais! fontes! sonoras,!
manifestadas!ao!mesmo!tempo!num!ambiente!qualquer.!

A! Poluição! Sonora! apresenta! reflexos! em! todo! o! organismo! e! não! apenas! no! aparelho! auditivo.! Os!
ruídos! podem! causar! vários! distúrbios,! desde! a! alteração! do! humor,! insônia! e,! até! mesmo,! na!
capacidade! de! concentração.! Provocam,! ainda,! interferências! no! metabolismo! de! todo! o! organismo,!
com!riscos!de!alterações!cardiovasculares!e!da!perda!auditiva!(LE!BRUIT,!1990).!

A! NBR! 10.151! fixa! as! condições! exigíveis! para! avaliação! da! aceitabilidade! do! ruído! em! comunidades,!
apresentando!o!método!para!a!medição!de!ruído,!a!aplicação!de!correções!nos!níveis!medidos,!no!caso!
dos! ruídos! apresentarem! características! especiais,! e! uma! comparação! dos! níveis! corrigidos! com! um!
critério!que!leva!em!conta!vários!fatores.!Esta!norma!foi!elaborada!em!1987,!tendo!sua!redação!revisada!
e!substituída!no!ano!de!2000.!

A! fim! de! avaliar! a! situação! atual! da! área! de! influência! direta! e! o! entorno! imediato,! foram! realizadas!
avaliações! de! ruído! em! um! ponto,! em! frente! a! gleba! objeto! do! estudo.! Os! resultados! foram! os!
seguintes:!

Ponto!de!Medição:!O!ponto!foi!medido!em!frente!a!área!proposta!para!instalação!da!subestação!objeto!
deste! estudo.! Tal! medição! teve! como! objetivo! verificar! a! característica! das! emissões! sonoras!
previamente! à! instalação! da! SE,! analisando! assim! se! haverá! incremento! de! geração! de! ruídos! no!
entorno!imediato!da!possível!SE!Farroupilha!2.!O!ponto!foi!medido!nas!coordenadas!planas!UTM!(WGS!
84)!22J!465227!6769573,!conforme!Mapa!6.3.1.7.1!–!1:!!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 33

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

!
Mapa!6.3.1.7.1!–!1:!Ponto!de!Medição!
Fonte:!Própria,!2015.!

A!medição!foi!realizada!durante!5!minutos,!compreendendo!o!horário:!15h07min!às!15h12min,!no!dia!
03/03/2015.!A!medição!apresentou!os!seguintes!resultados:!
!

!
Gráfico!6.3.1.7.1!–!1!Ponto!de!Monitoramento.!
Fonte:!Própria,!2015.!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 34

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Análise!comparativa!dos!pontos!amostrados:!

Geração!de!Ruídos!

Mínimo! Máximo! Média!

86,1!
79,3! 81,2!
64,9! 67,9! 64,2!
58,1!
51,87!
43,1!

Ponto!de!Referência!I! Ponto!de!Referência!II! Ponto!de!Monitoramento!V!


Área!SE!Farroupilha!2!
!
Gráfico!6.3.1.7.1!–!2:!Análise!Comparativa!dos!Resultados!Pontos!de!Referência!com!o!Ponto!de!Monitoramento!da!
Futura!Área!de!Intervenção!–!SE!Farroupilha!2.!
Fonte:!Própria,!2015.!
!
A! avaliação! foi! realizada! utilizandoVse! dados! conhecidos! de! outra! subestação! de! energia! elétrica! com!
características!similares!a!SE!Farroupilha!2.!Neste!caso!foram!adotados!dois!pontos!de!referência!com!os!
resultados!mínimo,!máximo!e!a!média!geral.!!

Com! base! nos! resultados! apresentados! no! gráfico! acima,! podeVse! afirmar! que! pela! média! avaliada,!
poderá!haver!incremento!de!ruídos!no!local,!contudo!pouco!significativo,!durante!o!período!diurno!(das!
07h00minh!às!22h00minh),!entretanto,!no!período!noturno!(22h00minh!às!07h00minh)!o!impacto!será!
significativo.!
!
6.3.2. Aspectos do Meio Biótico
!
O! município! de! Farroupilha! situaVse! em! área! de! ocorrência! do! Bioma! Mata! Atlântica,! de! acordo! com!
estabelecido!na!Lei!Federal!n°!11.428/2006!e!definido!no!mapa!de!aplicação!desta!mesma!Lei.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 35

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

!
Imagem!6.3.2!–!1:!Território!de!Bioma!de!Mata!Atlântica.!
Fonte:!IBGE!e!MMA,!2004.!
!
Com! relação! às! regiões! fitoecológicas,! definidas! de! acordo! com! o! Mapa! de! Vegetação! do! Brasil! (IBGE!
2004),!a!região!apresenta!vegetação!dos!Tipos!Floresta!Ombrófila!Mista!e!Estepe.!

A! formação! de! Floresta! Ombrófila! Mista! é! caracterizada! por! uma! rica! mistura! florística! que! comporta!
gêneros! Australásicos! (Drymis,! Araucaria)! e! AfroVasiáticos! (Podocarpus),! com! fisionomia! fortemente!
marcada! pela! predominância! da! Araucaria$ angustifolia! (Pinheiro)! no! estrato! superior.! Sua! área! de!
ocorrência!coincide!com!o!clima!úmido!sem!período!seco,!com!temperaturas!médias!anuais!em!torno!
de!18°C,!mas!com!três!a!seis!meses!em!que!as!temperaturas!se!mantêm!abaixo!dos!15°C.!A!estrutura!é!
bastante! variada,! constituída! por! adensamentos! onde! se! destacam! os! gêneros! Ocotea$ e! Nectandra$ e!
agrupamentos! pouco! desenvolvidos! com! predomínio! de! Podocarpus$ lambertii! (pinheirinho),! Drimys$
brasiliensis! (Casca! d'anta)! Capsicodendron$ dinissi! (pimenteira)! e! Ilex$ spp.! (ervaVmate,! caúnas! e!
congonhas).! ! A! floresta! ombrófila! mista! é! representada! por! dois! grupos! de! formação,! sendo! estes!
Montana!e!AltoVmontana.!

Com! relação! às! áreas! de! Estepe.! Estas! se! caracterizam! por! uma! formação! essencialmente! campestre,!
que! cobre! as! superfícies! conservadas! do! Planalto,! da! Campanha! e! da! Depressão! do! Rio! Ibicuí! V! Rio!
Negro,! com! solos! eutróficos,! geralmente! cálcicos,! às! vezes! solódicos,! reflexos! de! um! clima! pretérito!
mais! frio! e! árido.! Dominam! as! gramíneas! cespitosas,! gramíneas! rizomatosas,! além! de! leguminosas! e!
compostas.!!

A! área! do! empreendimento! caracterizaVse! por! apresentar! apenas! vegetação! campestre,! não! sendo!
constatada!a!presença!de!elementos!arbóreos!em!sua!área!interna.!Além!de!espécies!gramíneas!típicas,!
que! predominam! na! área,! constataVse! a! existência,! especialmente! nas! bordas! da! área,! das! espécies!
Vassoura! (Baccharis$ dracunculifolia),! Carqueja! (Baccharis$ trimera),! Joá! (Solanum$ hasslerianum),!
Caraguatá!(Eryngium$sp.),!MariaVmole!(Senecio$brasiliensis),!Coerana!(Cestrum!sp.).!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 36

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

A!área!do!entorno!apresentaVse!significativamente!alterada!quanto!às!formações!vegetais,!compondoV
se!por!áreas!residenciais,!comerciais!e!de!cultivos!agrícolas.!!

Quanto! à! fauna! local,! podeVse! afirmar! que! a! mesma! é! composta! basicamente! de! espécies! de! aves,!
podendo!haver!registro!de!herpetofauna,!tais!como!os!répteis!que!buscam!áreas!abertas!nas!horas!mais!
quentes!do!dia,!bem!como!pequenos!mamíferos.!!
!
6.3.3. Aspectos do Meio Físico
!
6.3.3.1. Geologia Local
!
O! Estado! do! Rio! Grande! do! Sul! é! constituído! em! parte! por! rochas! efusivas! básicas,! intermediárias! e!
ácidas!do!Planalto!da!Serra!Geral!e!pela!cobertura!sedimentar!gonduânica!referente!à!Bacia!do!Paraná,!
ou!seja,!uma!bacia!intracratônica,!cuja!idade!varia!entre!o!Siluriano!e!o!Cretáceo.!Este!último!período!
está!compreendido!na!Era!Mesozoica!e!data!de,!aproximadamente,!135!milhões!de!anos.!

No! decorrer! desse! período,! ocorreram! sucessivos! derrames! de! lavas! basálticas! sobre! as! areias! do!
deserto! Botucatu,! as! quais! atingiram! toda! a! região! sul! do! Brasil.! Essa! deposição! de! lavas,! de! origem!
mesozoica,!constitui!a!geologia!da!Formação!Serra!Geral.!Essa!formação!é!constituída!tanto!por!rochas!
efusivas,! como! o! basalto! e! fenobasaltos,! quanto! por! rochas! vulcânicas! ácidas,! como! os! riodacitos,!
riolitos!e!dacitos!félsicos.!A!essa!formação!estão!associados!diques!e!corpos!tabulares!de!diabásio,!bem!
como!intercalações!de!arenitos!interderrames!caracterizados!por!sua!origem!eólica!e!de!granulação!fina!
à!média!(BRASIL,!1986).!

As!rochas!da!sequência!ácida!estão!posicionadas!estratigraficamente!acima!das!de!sequência!básica.!As!
rochas! ácidas,! quando! alteradas,! exibem! coloração! em! tons! de! cinzaVclaro! e! amarelado,! constituindo!
solos! do! tipo! Terra! Bruna! Similar.! Tais! rochas! mostram! um! relevo! tabular,! de! platô,! regionalmente!
denominado!de!“campos!gerais”,!apresentando!uma!drenagem!pouco!encaixada.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 37

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

!
Imagem!6.3.3.1!–!1:!Formação!Serra!Geral.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!CPRM,!2006.!
!
Mesozóico/Jurássico/Cretáceo:! Formação! da! Serra! Geral! –! rochas! vulcânicas! básicas! e! intermediárias,!
cinza!a!cinza!escuras,!finas!a!afaníticas,!frequentemente!com!textura!amigdaloide.!Constituem!derrames!
principalmente! de! basalto! e! diques! de! diabásio! relacionados! ao! magmatismo! toleítico! da! Bacia! do!
Paraná.!
!

!
Imagem!6.3.3.1!–!2:!Geodiversidade!do!Estado!do!Rio!Grande!do!Sul.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!CPRM,!2006.!

!
Vulcanismo! Fissural! Mesozóico! do! Tipo! Plateau/Predomínio! de! Riolitos! e! Riodacitos:! Rochas!
resistentes! ao! intemperismo,! com! alto! grau! de! coesão! e! textura! fina.! Apresentam! alta! resistência! ao!
corte!e!a!à!penetração.!Necessário!o!uso!de!explosivos!para!seu!desmonte.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 38

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Os!taludes!em!rocha,!na!ausência!de!fraturamentos,!são!estáveis!mesmo!na!vertical.!Os!solos!são!de!boa!
escavabilidade.! Em! geral! não! oferecem! problemas! com! relação! as! fundações,! comportandoVse! como!
préVadensado.!Apresentam!baixa!capacidade!de!carga.!

Solos! com! altos! teores! de! ferro! e! alumínio.! São! argilosos,! com! horizonte! superficial! geralmente! bem!
desenvolvido,! pequeno! ou! nenhum! gradiente! textural,! geralmente! profundos! e! bem! drenados.! Nos!
relevos! mais! planos! (49! e! 50),! os! solos! residuais! são! profundos! e! de! fácil! mecanização.! Possuem!
horizonte!superficial!bem!desenvolvido!e!drenagem!moderada.!Na!região!centroVoeste!do!estado!(49!e!
51),!os!terrenos!apresentam!alta!a!média!possibilidade!de!água!subterrânea!em!fraturas.!Predominam!
poços!com!capacidades!específicas!entre!1!e!4!m3/hm.!As!salinidades!em!geral!são!baixas.!

Áreas! com! grande! potencial! para! ocorrência! de! jazimentos! econômicos! de! gemas,! em! especial!
calcedônia.! Ambiente! geológico! favorável! para! ocorrência! de! zeólitas! de! uso! potencial! na! agricultura,!
indústria! do! cimento! e! do! papel.! As! rochas! apresentam! potencial! para! produção! de! brita! e! pedra! de!
talhe! irregular! com! emprego! especialmente! para! calçamento! de! ruas! e! fundações.! Onde! predomina! o!
diaclasamento! horizontal! das! rochas,! é! muito! grande! o! potencial! para! produção! de! lajes! para!
revestimento! de! pisos! e! calçadas.! Os! solos! argilosos! apresentam! potencial! para! cerâmica! vermelha! e!
para!uso!como!material!de!empréstimo.!!

As! belezas! cênicas,! rios! em! leitos! rochosos,! com! corredeiras! e! cachoeiras! constituem! grande! atrativo!
turístico.!Grande!destaque!para!os!paredões!verticalizados!de!rocha!com!até!900!metros!de!altura!que!
ocorrem!em!uma!extensão!de!quase!250!km,!na!região!conhecida!como!Aparados!da!Serra.!
!

!
Imagem!6.3.3.1!–!3:!Pedologia!do!Estado!do!Rio!Grande!do!Sul.!!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!IBGE,!2006.!
Terra! Bruna! Estruturada! Intermediária! para! Podzólico! Bruno/Acinzentado! Húmica! Álica! (Nitossolos!
Háplicos):! TBCHa3! –! Terra! Bruna! Estruturada! intermediária! para! Podzólico! BrunoVAcinzentado! húmica!
álica!argilosa!e!muito!argilosa,!Podzólico!Bruno=Acinzentado!álico!Ta!e!Tb!A!moderado!e!proeminente!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 39

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

textura! argilosa! e! solos! litólicos! álicos! A! ! proeminente! textura! média! e! argilosa! fase! pedregosa! e! não!
pedregosa!substrato!riodacitos!rlevo!forte!ondulado!e!ondulado.!
!
6.3.3.2. Hidrogeologia Local
!

!
Imagem!6.3.3.2!–!2:!Hidrogeologia!do!Estado!do!Rio!Grande!do!Sul.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!CPRM,!2006.!

!
Sistema! Aquífero! Serra! Geral! II:! Este! aquífero! ocupa! a! parte! oeste! do! Estado,! os! limites! das! rochas!
vulcânicas! com! o! Rio! Uruguai! e! as! litologias! gonduânica! além! da! extensa! área! nordeste! do! planalto!
associada! com! os! derrames! da! Unidade! Hidroestratigráfica! Serra! Geral.! Suas! litologias! são!
predominantemente! riolitos,! riodacitos! e! em! menor! proporção,! basaltos! fraturados.! A! capacidade!
3
específica! é! inferior! a! 0,5! m /h/m,! entretanto,! excepcionalmente! em! áreas! mais! fraturadas! ou! com!
3
arenitos! na! base! do! sistema,! podem! ser! encontrados! valores! superiores! a! 2! m /h/m.! As! salinidades!
apresentam! valores! baixos,! geralmente! inferiores! a! 250! mg/l.! Os! valores! maiores! de! pH,! salinidade! e!
teores!de!sódio!podem!ser!encontrados!nas!áreas!influenciadas!por!descargas!ascendentes!do!Sistema!
Aquífero!Guarani.!
!
6.3.3.3. Clima Local
!
A! dinâmica! atmosférica! da! região! norte! do! Rio! Grande! do! Sul! é! caracterizada! pelo! escoamento!
persistente!de!lesteVnordeste!ao!longo!de!toda!região!sul!do!Brasil.!Esse!fluxo!é!induzido!pelo!gradiente!
de! pressão! atmosférica! entre! a! depressão! do! nordeste! da! Argentina! e! o! anticiclone! subtropical!
Atlântico.!Em!consequência!desse!escoamento,!são!resultantes!ventos!de!velocidades!médias!anuais!de!
5,5! m/s! a! 6,5! m/s! sobre! grandes! áreas! da! região.! Entretanto,! os! aspectos! orográficos,! a! cobertura! do!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 40

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

solo! e! o! fator! de! continentalidade! influenciam! o! perfil! de! circulação! atmosférica,! causando! variações!
significativas!nas!condições!de!vento!locais.!

A! dinâmica! da! circulação! atmosférica! sobre! o! Rio! Grande! do! Sul! é! intensificada! no! inverno! e,! na!
primavera,!pela!recorrente!passagem!de!frentes!frias!oriundas!da!depressão!do!nordeste!da!Argentina.!!

De! acordo! com! a! classificação! do! IBGE! boa! parte! do! Estado! do! Rio! Grande! do! Sul,! apresenta! clima!
caracterizado! como! Mesotérmico! Brando,! com! medias! entre! 10ºC! e! 15ºC,! caracterizado! como!
superúmido!sem!seca!ou!subseca.!

Segundo! o! sistema! de! Köppen,! o! estado! do! Rio! Grande! do! Sul! se! enquadra! na! zona! fundamental!
temperada! ou! "C"! e! no! tipo! fundamental! "Cf"! ou! temperado! úmido.! No! estado! este! tipo! "Cf"! se!
subdivide!em!duas!variações!especificas,!ou!seja,!"Cfa"!e!"Cfb",!sendo!que!o!município!de!Farroupilha!
encontraVse!em!área!de!clima!do!tipo!"Cfa"!(Clima!subtropical!úmido).!

A! variedade! "Cfa"! se! caracteriza! por! apresentar! chuvas! durante! todos! os! meses! do! ano! e! possuir! a!
temperatura!do!mês!mais!quente!superior!a!22°C,!e!a!do!mês!mais!frio!superior!a!3°C.!!

De! maneira! geral,! a! precipitação! apresenta! uma! elevação! na! primavera! e! verão! e! durante! o!
outono/inverno! é! mais! reduzida.! Entretanto,! não! há! uma! época! seca.! De! certa! forma,! as! chuvas! são!
bem! distribuídas! anualmente.! Os! valores! totais! anuais! são! em! torno! de! 1.788! mm.! A! precipitação!
máxima! de! 24! horas! possui! comportamento! semelhante! aos! totais! precipitados,! além! dos! meses! de!
abril! e! maio! apresentarem! também! valores! elevados! (entre! 140! e! 160! mm).! A! probabilidade! de!
ocorrência! de! geada! é! maior! entre! maio! e! setembro,! sendo! em! julho! os! menores! valores! de!
temperatura!mínima!absoluta.!
!
6.3.4. Aspectos Paisagísticos
!
6.3.4.1. Paisagem Urbana
!
A!área!do!empreendimento,!assim!como!seu!entorno,!encontraVse!significativamente!alterada!quanto!à!
paisagem! natural.! Historicamente,! a! região! onde! o! município! se! localiza! apresenta! vocação! agrícola,!
sendo!as!áreas!de!vegetação!natural!substituídas!por!áreas!de!lavoura.!A!área!de!estudo!encontraVse!em!
uma! região! onde! se! verifica! significativa! urbanização,! estando! esta! e! seu! entorno! descaracterizados!
quanto!à!paisagem!natural.!!
!
6.3.4.2. Patrimônio Histórico, Cultural e Socioeconômico
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 41

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

O! Município! de! Farroupilha! é! integrante! da! Região! da! Uva! e! do! Vinho,! na! região! serrana! do! Estado,!
também!composta!por!mais!46!municípios,!são!eles:!Antônio!Padro!Barão,!Bento!Gonçalves,!Boa!Vista!
do! Sul,! Camargo,! Carlos! Barbosa,! Casca,! Caxias! do! Sul,! Ciríaco,! Cotiporã,! David! Canabarro,! Flores! da!
Cunha,! Fagundes! Varela,! Garibaldi,! Guaporé,! Ipê,! Monte! Belo! do! Sul,! Muliterno,! Nova! Alvorada,! Nova!
Araçá,!Nova!Bassano,!Nova!Pádua,!Nova!Prata,!Nova!Roma!do!Sul,!Pinto!Bandeira,!Protásio!Alves,!Santa!
Tereza,!Santo!Antônio!do!Palma,!São!Domingos!do!Sul,!São!Marcos,!Serafina!Correa,!Vanini,!Veranópolis,!
Vila!Flores,!Vila!Maria,!Vista!Alegre!do!Prata.!

A!região!possui!na!paisagem!um!de!seus!mais!belos!patrimônios.!São!morros,!colinas,!vales!e!rios!que!se!
constituem!em!um!ambiente!com!inúmeras!opções!,!atividades!e!possibilidades!de!visitação.!

O!cultivo!da!videira!está!presente!em!16!!dos!seus!24!municípios!que!a!Atuaserra,!sendo!eles:!Antônio!
Prado,!Barão,!Bento!Gonçalves,!Carlos!Barbosa,!Casca,!Cotiporã,!Flores!da!Cunha,!Farroupilha,!Garibaldi,!
Guaporé,!Monte!Belo!do!Sul,!Nova!Araçá,!Nova!Bassano,!Nova!Pádua,!Nova!Prata,!Nova!Roma!do!Sul,!
Protásio!Alves,!Santa!Tereza,!Santo!Antônio!do!Palma,!São!Marcos,!Serafina!Correa,!Veranópolis!e!Vila!
Flores.!Em!cada!estação,!o!visitante!se!surpreenderá!com!a!paisagem!que!!apresenta!!tons!e!cores!que!
merecem!ser!apreciados.!

Uma! das! experiências! oferecidas! é! acompanhar! a! elaboração! dos! vinhos! e! degustar! o! resultado! desta!
elaboração!nas!cantinas.!São!83!opções,!das!pequenas!vinícolas!familiares!às!empresas!tradicionais!da!
Região.!

A!Região!Turística!Uva!e!Vinhos,!situada!na!Serra!Gaúcha,!resulta!de!diversas!iniciativas!e!lideranças!em!
uma!linha!de!tempo,!que!se!dá!desde!o!início!do!século!XX,!quando!a!região!era!um!destino!reconhecido!
de!veraneio!e!turismo!de!saúde.!

Por! veraneio,! pela! leitura! da! época,! entendiaVse! a! prática! social! de! passar! um! período,! superior! a! 15!
dias,!em!contato!com!a!natureza!e!atividades!peculiares!às!propriedades!rurais,!aos!pequenos!hotéis!e!
pousadas! familiares.! Tinha! o! caráter! de! acolher! as! famílias! em! seu! período! de! férias.! Já! o! turismo! de!
saúde,!era!entendido!como!fator!benéfico!devido,!sobretudo,!ao!ambiente!em!região!de!serra,!de!clima!
ameno,! portanto! favorável! a! quem! tivesse! problemas! ou! necessidades! de! repouso! ou! tratamentos.! A!
infra!V!estrutura!encontrava!–!se!nas!sedes!das!então!pequenas!cidades,!ou!em!áreas!rurais,!que!mais!
tarde!foram!designados!de!distritos!que!vieram!a!originar!as!novas!cidades.!

O!elemento!favorável!ao!desenvolvimento!do!turismo!atingido!neste!período!foi!a!presença!do!trem!e!
das! inúmeras! pequenas! estações,! que! aproximavam! o! grande! centro! a! um! bucólico! local.! Alguns!
exemplos! evidenciam! esta! realidade.! Cotiporã,! um! vilarejo! pertencente! a! Alfredo! Chaves! (hoje!
Veranópolis)! e! que! possuía,! em! 1930,! 11! hotéis.! Veranópolis! passa! a! ser! designada! como! cidade! de!
Veraneio,!cujo!nome!incorpora!esta!vocação!natural!da!época.!O!evento!se!repete!em!Bento!Gonçalves,!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 42

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

com! hotéis! na! então! Santa! Tereza,! Monte! Belo! do! Sul,! Pinto! Bandeira,! ainda! como! comunidades!
interioranas.! Caxias! do! Sul! tem! no! Hotel! Bella! Vista,! em! Ana! Rech,! o! seu! expoente! lendário! deste!
período,! juntamente! com! outros! hotéis! da! área! urbana.! Pequenos! hotéis! também! sobreviviam! em!
virtude!de!uma!demanda!de!caixeiros!viajantes,!de!apoio!aos!hospitais,!onde!acompanhantes!e!recém!
saídos! dos! hospitais,! encontravam! a! estrutura! que! os! acolhia,! até! as! condições! ideais! de! retorno! aos!
seus!lares.!

Na!década!de!cinquenta!para!sessenta!há!uma!ruptura!com!este!modelo!e!com!a!atividade!de!turismo!e!
lazer.!Alguns!fatores!foram!decisivos!como:!o!crescimento!da!atividade!industrial,!a!decadência!gradual!
da!ferrovia,!a!falta!de!acessos!rodoviários,!a!mudança!conceitual!de!veraneio!de!serra!para!sol!e!mar!V!
acesso!então!facilitado!pela!construção!da!BR!101!da!a!BR!116,!que!tangenciam!a!região,!ocasionando!o!
isolamento! da! maioria! dos! municípios! de! interesse! turístico.! PodeVse! afirmar! que! então! 90%! dos!
empreendimentos!do!período!deixaram!de!existir.!

Algumas!lideranças,!porém,!se!mantiveram!especialmente!no!setor!dos!vinhos,!que!predominavam!no!
sistema!cooperativado,!destas!podeVse!citar!a!Cooperativa!Vinícola!Mônaco,!a!Vinícola!Dreher,!a!Maison!
Forestier!e!a!Vinícola!Aurora,!que!sob!agenda,!realizavam!a!visita!e!degustação!de!seus!produtos.!

A! Região,! com! relativa! independência,! assume! a! responsabilidade! sobre! o! seu! desenvolvimento,!


reordenamento!geográfico,!além!dos!limites!políticos!estabelecidos.!Encontra!na!organização!solidária!o!
estabelecimento!de!redes!locais!e!ingressa!no!capitalismo!moderno,!através!do!modo!de!produção!e!de!
organização.!

Em!1980,!a!iniciativa!privada,!sob!a!liderança!do!Hotel!Dall’Onder,!retoma!a!atividade,!baseandoVse!em!
pesquisa!de!opinião!de!clientes!e!buscando!a!resposta!nos!antepassados!que!afirmavam!que,!"naquela!
época! [período! de! 1920V1956]! os! turistas! gostavam! de! tudo! o! que! era! nosso"(MICHELON,! 1997).!
Sensível!a!este!relato,!se!percebe!que!este!trás!no!âmago!a!questão!Cultural,!nasce!aí!uma!proposta!de!
Turismo!baseado!em!cultura.!

De! 1980! a! 1990! retomamVse! os! corais,! grupos! de! danças! folclóricas! e! chamaVse! isso! de! espetáculo,!
quando!apresentado!ao!turista.!IncentivaVse!a!visita!a!propriedades!rurais,!uma!das!primeiras!da!Família!
de!Jurandir!Pozzamai,!no!Distrito!de!São!Valentim,!seguida!da!propriedade!da!família!Tumelero,!no!Vale!
dos!Vinhedos,!hoje!a!Queijaria!Quinta!do!Joaquim.!Esta!prática!ocorria!simultaneamente!em!Flores!da!
Cunha,! na! comunidade! de! Otávio! Rocha.! Neste! período,! durante! 4! anos,! a! Ferrovia! do! Vinho! faz! o!
percurso!BentoVJaboticaba,!que!distribui!os!turistas!em!uma!dimensão!ampliada.!O!cliente!vai!até!Nova!
Prata,!visita!Veranópolis!e!Vila!Flores.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 43

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Com!o!passar!do!tempo,!a!iniciativa!privada!passa!a!interferir!no!cenário!turístico!local,!desenvolvendo!
ações!com!o!objetivo!de!atrair!os!visitantes!para!a!região.!Além!disso,!surge!a!Atuaserra!V!Associação!de!
Turismo!da!Serra!Nordeste!V!no!ano!de!1985.!

A!Atuaserra!foi!fundada!a!partir!da!iniciativa!de!onze!Secretarias!de!Turismo!dos!municípios!de!Caxias!do!
Sul! (primeira! sede! da! Associação),! Antônio! Prado,! Flores! da! Cunha,! Garibaldi,! Farroupilha,! Bento!
Gonçalves,!Veranópolis,!Serafina!Corrêa,!Nova!Prata,!Guaporé!e!São!Marcos,!que!tinham!a!intenção!de!
unificar!suas!ações!voltadas!à!promoção!dos!atrativos!da!região!dos!vinhedos,!de!forma!a!fortalecer!e!
resgatar!o!turismo,!presente!até!a!década!de!50!e!substituído!pela!atividade!industrial!cujo!apogeu!deuV
se!nos!anos!de!1970.!

Outras! iniciativas! contribuíram! com! este! desenvolvimento,! principalmente! as! parcerias! entre! poder!
público! e! privado.!A! Atuaserra! tem! como! finalidade,! inclusive,!a! articulação! entre! estes! segmentos,!
sendo! considerada! atualmente!uma! governança! regional,! tendo! como!objetivo! a! coordenação! do!
desenvolvimento!turístico!na!região.!

Nestes!vinte!e!quatro!anos!de!história,!muito!se!desenvolveu!regionalmente,!o!que!envolveu!o!trabalho!
intenso! com! governos,! lideranças! locais! e! empreendedores.!Em! um! trabalho!que! tem! como!
preocupação! a! sustentabilidade! das! comunidades,! a! Atuaserra! atende! hoje! trinta! municípios! da! Serra!
Gaúcha!e!vários!projetos!envolveram!esta!localidade:!Turismo!Rural,!Turismo!de!Aventura,!articulações!
para! tombamentos! históricos,!divulgação! das! belezas! e! atrativos! da! região,! inventariação!
turística,!qualificação! do! artesanato! local,! convênios! com! Instituições! de! Ensino,! além! de! todo! um!
trabalho!macro!para!planejamento!de!ações!regionais.!

Assim,!podeVse!fazer!uma!relação!deste!desenvolvimento!com!os!dizeres!de!Krippendorf,!“que!as!trocas!
sejam! equitativas! e! igualitárias”,! e! bem! como! “(...)! o! encorajamento! de! uma! estrutura! econômica!
diversifica!!evitando!a!monocultura,!tendo!como!premissa!o!conceito!de!desenvolvimento!harmônico!do!
Turismo”.!

Quanto!ao!Município!de!Farroupilha,!este!é!o!berço!da!colonização!italiana!no!Estado!do!Rio!Grande!do!
Sul.! As! primeiras! famílias! de! imigrantes! desembarcaram! na! localidade! que! posteriormente! passaria! a!
chamarVse!Nova!Milano!(atual!distrito!de!Farroupilha)!em!maio!de!1875,!vindas!da!província!de!Milão,!
Itália.!Chegaram!aqui!as!famílias!de!Stefano!Crippa,!Tomazo!Radaelli!e!Luigi!Sperafico.!

A!estrutura!do!município!de!Farroupilha!começou!a!tomar!forma!quase!que!imediatamente!à!instalação!
das!primeiras!famílias!de!imigrantes!em!Nova!Milano.!Segundo!dados!históricos,!entre!1885!e!1886,!na!
Colônia! Sertorina,! que! ficava! em! parte! dentro! do! atual! território! farroupilhense,! entre! Linha! Palmeiro!
(Bento! Gonçalves)! e! a! 1ª! e! 2ª! Léguas! (Caxias)! Feijó! Junior,! dono! das! terras,! instalou! uma! comunidade!
habitada!por!imigrantes!italianos,!trentinos!e!trevisanos.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 44

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

A! localidade,! onde! atualmente! é! o! bairro! Nova! Vicenza,! tomou! o! nome! de! Linha! Vicenza,! e!
posteriormente! de! Nova! Vicenza,! paróquia! de! São! Vicente.! Os! primeiros! moradores! teriam! sido!
imigrantes! italianos! já! assentados! na! Colônia! Conde! D’Eu.! Sentindo! as! potencialidades! de!
desenvolvimento!da!nova!comunidade,!esses!imigrantes!venderam!o!que!possuíam!e!instalaramVse!na!
nova!área.!Como!a!mesma!distava!muito!de!Caxias!do!Sul!e!da!Colônia!Dona!Isabel!(Bento!Gonçalves),!
tiveram! de! criar! condições! de! sobrevivência,! surgindo! os! primeiros! artesãos,! a! casa! de! comércio,! a!
igreja,!o!ferreiro.!

A! população,! organizada! e! cheia! de! vontade,! fez! logo! prosperar! o! lugarejo.! Conseguiram! um! padre!
permanente! e! a! instalação! de! uma! escola,! sob! a! responsabilidade! das! irmãs! da! congregação! de! São!
Carlos.! Não! havia! ainda! estradas! na! Colônia! Sertorina.! Era! utilizada! a! estrada! Caxias! do! Sul! –! Bento!
Gonçalves,! que! corria! junto! a! linha! do! limite! Norte! da! Colônia! Sertorina.! Enquanto! isso! Nova! Milano,!
situada!fora!da!Colônia!Sertorina,!localizada!a!cerca!de!8!km!ao!Sul!de!Nova!Vicenza,!também!progredia.!
Já!era!3º!distrito!de!Caxias!do!Sul,!tinha!cartório,!padre,!igreja,!subintendente!e!a!atividade!econômica!
principal!era!a!agricultura.!Em!1º!de!junho!de!1910!foi!inaugurada!a!ferrovia!Montenegro!V!Caxias!do!Sul.!
A!linha!férrea!passou!entre!as!duas!localidades,!tendo!sido!construída!a!estação!de!trem!e!o!armazém!
da!ferrovia!onde!hoje!é!área!central!de!Farroupilha.!

A! estação! foi! denominada! “Nova! Vicenza”! e! em! torno! da! mesma! começou! a! surgir! um! novo! núcleo!
habitacional.! Em! seguida! surgiu! a! estrada! Júlio! de! Castilhos! que! iniciava! em! São! Sebastião! do! Caí,!
passava! por! Nova! Milano,! estação! Nova! Vicenza,! pela! Nova! Vicenza! original,! seguindo! até! Antônio!
Prado,! dando! mais! força! à! expansão! do! novo! núcleo! urbano,! esvaziando! populacional! e!
economicamente!Nova!Milano!e!a!outra!comunidade,!a!primeira!Nova!Vicenza.!Em!1918!o!3º!distrito!de!
Caxias! do! Sul! teve! sua! sede! administrativa! transferida! para! a! estação! Nova! Vicenza.! Em! 1927,! pelo!
grande!desenvolvimento,!Nova!Vicenza!foi!designada!como!2º!distrito!de!Caxias!do!Sul.!

Com!o!progresso!econômico!da!nova!região!foi!inevitável!que!surgisse!um!movimento!de!emancipação.!
Os!moradores!dos!novos!núcleos!queriam!autonomia!administrativa!e!política.!Em!1934,!uma!comitiva!
de!35!farroupilhenses,!liderados!por!Ângelo!Antonello!representando!as!comunidades!de!Nova!Vicenza,!
Nova! Milano,! Vila! Jansen! e! Nova! Sardenha,! entregou! uma! petição! ao! então! interventor! federal! José!
Antônio!Flores!da!Cunha.!O!município!de!Farroupilha!foi!criado!através!do!decreto!estadual!5.779!de!11!
de!dezembro!de!1934.!O!nome!é!em!homenagem!ao!centenário!da!Revolução!Farroupilha,!comemorado!
no!ano!seguinte.!

Atualmente,!a!cidade!é!reconhecida!pela!marcante!produção!de!malhas,!Farroupilha!é!uma!referência!
que!oferece!excelentes!e!diversificadas!opções!de!compras!com!qualidade!e!preço!baixo.!A!disposição!
do! consumidor! 7! centros! de! compras! (2! varejistas! e! 5! atacados),! que! dispõem! de! todo! conforto! de!
estacionamento,!formas!de!pagamentos!e!praças!de!alimentação.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 45

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Além!disso,!destacaVse!também!nos!seguintes!fatores:!

• Berço!da!Imigração!Italiana!no!Rio!Grande!do!Sul;!
• Maior!produtor!de!kiwi!do!Brasil;!
• Terceiro!maior!produtor!de!uva!do!país;!
• Quinto!município!gaúcho!em!desenvolvimento!(Índice!FIRJAN!2008);!
• Melhor!IDEB!da!região!–!2008;!
• Sedia!o!maior!santuário!da!fé!católica!do!Estado!consagrado!a!N.!S.!de!Caravaggio.!
!

!
Imagem!6.3.4.2!–!1:!Municípios!que!compõe!a!Região!da!Uva!e!do!Vinho.!
Fonte:!Retirado!de!Serra!Gaúcha.!
!
6.3.5. Aspectos Econômicos
!
6.3.5.1. Valorização Imobiliária
!
Quanto!à!valorização!imobiliária!e!com!base!nos!dados!levantados,!podeVse!afirmar!que!a!instalação!de!
sistemas!de!distribuição!de!energia!elétrica!podem!causar!impactos!negativos!sobre!o!entorno!imediato!
do!empreendimento.!O!entorno!imediato!limitaVse!à!via!onde!o!empreendimento!será!inserido.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 46

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

A!desvalorização!imobiliária!se!limitará!ao!entorno!imediato!do!empreendimento,!não!sendo!adequado!
considerar! que! o! impacto! poderá! ser! negativo! para! as! Áreas! de! Influência! Direta! –! AID! e! Áreas! de!
Influência!Indireta!–!AII,!em!virtude!do!padrão!imobiliário!em!ocorrência!na!região.!

6.3.5.2. Demanda por Comércio e Serviços


!
É! todo! o! tipo! de! intervenção! que! gera! oportunidades! para! acréscimo! das! demandas! por! comércios! e!
serviços!locais.!Neste!sentido,!cabe!salientar!que,!o!empreendimento!irá!gerar!demandas!maiores!para!
serviços!técnicos!especializados.!Devido!a!natureza!do!empreendimento,!haverá!demandas!de!mão!de!
obra! local! –! limitada! à! etapa! de! intervenção! e! obras,! bem! como! por! serviços! de! manutenção! do!
empreendimento!e!dos!sistemas!a!serem!instalados.!
!
6.3.6. Aspectos Sociais
!
6.3.6.1. Geração de Emprego e Renda
!
O! empreendimento! deve! gerar! no! mínimo! 25! empregos! diretos! quando! de! sua! operação.! Com! a!
construção! da! SE! Farroupilha! 2! poderá! ser! gerado! mais! de! 300! empregos! indiretos,! os! quais! são!
divididos! entre! as! fases! de! planejamento! e! projeto,! construção! de! equipamentos,! obras! de!
infraestrutura!e!obras!de!edificação.!!
!
6.3.6.2. Sobrecarga nos Equipamentos Públicos
!
Quanto!à!sobrecarga!nos!equipamentos!públicos,!gerada!em!função!da!instalação!do!empreendimento,!
cabe! salientar! que,! devido! ao! aspecto! de! adensamento! populacional! ser! irrelevante! para! as! áreas! de!
influência!direta!e!indireta!do!empreendimento,!o!diagnóstico!de!sobrecarga!de!equipamentos!públicos!
deve!ser!dispensado.!
!
6.3.6.3. Adensamento Populacional
!
O! Empreendimento! denominado! SE! Farroupilha! 2! deverá! gerar! um! adensamento! populacional! com!
incremento! de! 25! indivíduos.! Quanto! à! população! flutuante,! estimaVse! que! esta! seja! de! 5! indivíduos,!
isto!considerando!a!demanda!por!serviços!de!manutenção!nos!sistemas!elétricos.!
!
6.3.7. Aspectos com Relação ao Uso e Ocupação do Solo
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 47

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

6.3.7.1. Macrozoneamento
!

!
!

!
Mapa!6.3.7.1!–!1:!Macrozoneamento!do!Município!de!Farroupilha.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!Plano!Diretor!de!Desenvolvimento!Urbano!e!Ambiental!–!PDDUA.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 48

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

6.3.7.2. Setorização
!

!
Mapa!6.3.7.2!–!1:!Localização!do!Setor!da!Área!em!Relação!ao!PDDUA.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!Plano!Diretor!de!Desenvolvimento!Urbano!e!Ambiental!–!PDDUA.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 49

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

6.3.7.3. Regime Urbanístico e Condicionantes Municipais


!

!
!

!
Mapa!6.3.7.3!–!1:!Localização!da!Área!em!Relação!ao!PDDI.!
Fonte:!Retirado!e!Modificado!de!Plano!Diretor.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 50

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

6.3.8. Aspectos Gerais


!

6.3.8.1. Área do Empreendimento


!
A!área!de!intervenção!do!futuro!empreendimento!em!relação!à!Influência!Direta,!foi!identificada!como!
uma!área!a!ser!desenvolvida!da!cidade.!Carente!de!serviços!e!investimentos!públicos,!por!se!tratar!de!
uma! região! periférica,! possui! poucos! equipamentos! públicos,! com! mobiliário! urbano! escasso! ou!
inexistentes.!A!infraestrutura!urbana!do!bairro!é!precária,!ainda!que!se!verificou!recentes!investimentos!
em!relação!a!pavimentação!pública.!!

Poucas!calçadas!e!limites!de!quadras!adequados,!bem!como!inexistência!de!equipamentos!públicos!de!
lazer.! PerceberamEse! passeios! públicos! adequados! e! acessíveis.! Além! do! parcelamento! do! solo! em!
relação!aos!limites!dos!lotes!serem!confusos,!esta!foi!classificada,!do!ponto!de!vista!urbano,!como!uma!
região!pouco!favorecida!de!recursos!urbanos!e!sociais.!

!
Planta&6.3.8.1&–&1:!Planta!Baixa!do!Empreendimento.!
Fonte:!Próprio,!2015.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 51

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

!
!
6.3.8.2. Atividades Previstas
!

A!atividade!prevista!para!o!empreendimento!é!de!uso!Especial,!conforme!quadro!de!áreas!apresentado!
acima.!TrataEse!de!Uso!Especial!(E.3),!Subestação!de!Energia!Elétrica,!e!conforme!PDDUA!de!Farroupilha!
é!NÃO!PERMITIDA!nesta!Zona!Urbana!da!Cidade.!
!
6.3.8.3. Análise das Áreas
!
Em!relação!ao!uso,!identificouEse!claramente!uma!vocação!residencial!no!bairro!onde!localizaEse!o!lote!
objeto!deste!estudo,!com!comércio!e!serviço!apenas!local!e!praticamente!inexistente,!conforme!pode!
ser!evidenciado!no!Mapa&6.3.8.3&–&1:!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 52

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

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Mapa&6.3.8.3&–&1:!Mapa!de!Alturas!e!Usos!na!AID.!
Fonte:!Próprio,!2015.!

Em! relação! Padrão! Médio! das! Edificações,! identificouEse! claramente! uma! grande! predominância! de!
edificações! com! padrão! NORMAL! (segundo! padrão! médio! de! acabamentos! –! Sinduscon/RS).!
Poucas! edificações! com! padrão! alto,! o! que! identifica! as! habitações! predominantes! no! bairro! objeto!
deste! estudo! como! padrão! médio.! Os! mapas! a! seguir! apresentam! as! características! com! relação! ao!
padrão!dos!empreendimentos!(Alturas,!Usos!e!Padrões):!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 53

!
MAPA DE USOS
Projeto: Estudo de Impacto de Vizinhança para Instalação da SE Farroupilha 2 - RGE
End.: Rua São João Calábria s/nº - Belvedere - Farroupilha/RS
2
Escala: 1/3000 Data: 12 de Março de 2014 Desenho: Cláudio Mendonça
4 ou +
MAPA DE ALTURAS
Projeto: Estudo de Impacto de Vizinhança para Instalação da SE Farroupilha 2 - RGE
End.: Rua São João Calábria s/nº - Belvedere - Farroupilha/RS
3
Escala: 1/3000 Data: 12 de Março de 2014 Desenho: Cláudio Mendonça
MAPA DE PADRÃO DAS EDIFICAÇÕES
Projeto: Estudo de Impacto de Vizinhança para Instalação da SE Farroupilha 2 - RGE
End.: Rua São João Calábria s/nº - Belvedere - Farroupilha/RS
4
Escala: 1/3000 Data: 12 de Março de 2014 Desenho: Cláudio Mendonça
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

6.3.8.4. Dimensões e Volumetria


!

Em! relação! às! alturas! das! edificações,! identificouEse! claramente! uma! grande! predominância! de!
edificações! térreas! e! de! dois! pavimentos.! Poucas! edificações! com! três,! quatro,! e! cinco! pavimentos,! e!
nenhuma!edificação!verticalizada!com!mais!de!cinco!pavimentos.!
!

6.3.8.5. Topografia Local


!

Para! a! Implantação! do! futuro! empreendimento! deverá! ser! elaborado! projeto! de! terraplanagem,!
adequando!o!perfil!natural!do!terreno!aos!níveis!de!projeto!do!empreendimento.!Sempre!considerando!
o!menor!impacto!possível!em!relação!corte!do!terreno!e!aterro.!!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 54

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

CAPÍTULO 7
&
7.1. Avaliação dos Impactos
!

O!processo!de!urbanização!e!concentração!urbana,!vislumbrando!do!decorrer!do!último!século,!trouxe!a!
necessidade!de!novas!formas!de!organização!das!cidades.!SabeEse!que!as!primeiras!cidades!formaramE
se!por!volta!do!ano!3.500!a.C.,!na!região!da!Mesopotâmia.!Entretanto,!a!urbanização!é!um!fenômeno!
moderno,!pois!a!aceleração!do!processo!de!formação!das!cidades!aconteceu!em!meados!do!século!XIX.!

O! processo! de! urbanização! moderno! teve! início! no! século! XVIII,! em! consequência! da! Revolução!
Industrial,!desencadeada!inicialmente!na!Europa!e,!a!seguir,!nas!demais!áreas!de!desenvolvimento!do!
mundo!atual.!No!caso!do!Terceiro!Mundo,!a!urbanização!é!um!fato!bem!recente.!Hoje,!quase!metade!da!
população!mundial!vive!em!cidades.!(MUNFORD,!1982)!

A! implantação! de! sistemas! de! distribuição! de! energia! causam! impactos! que,! por! sua! vez,! traçam! uma!
problemática,! por! conta! dos! impactos! visuais.! Estes! impactos! não! são! somente! no! meio! natural,! mas!
também! no! artificial,! podendo! causar! problemas! na! qualidade! de! vida! das! pessoas! em! um! contexto!
urbano!e!socioeconômico,!na!valoração!imobiliária,!por!exemplo.!
!
7.1.1. Impactos Urbanos e Ambientais
!
7.1.1.1. Impactos sobre o Sistema Viário
!
Conforme! diagnóstico! realizado! no! item! 6.1,! podeEse! afirmar! que,! a! implantação! e! operação! do!
empreendimento! irá! gerar! impactos! sobre! a! infraestrutura! urbana! no! Município! de! Farroupilha,! em!
especial! sobre! o! sistema! viário! e! a! mobilidade! do! entorno! imediato! do! empreendimento,! alguns! dos!
impactos!irão!influenciar!o!entorno,!em!especial!a!AID,!porém!sem!sobrecarregar!tão!significativamente!
nas!principais!vias!de!acesso!ao!empreendimento.!Desta!forma,!podem!ser!considerados!impactos!sobre!
a!infraestrutura!urbana,!os!seguintes:!

• Impacto& pela& Sobrecarga& da& Rua& São& João& Calábria:! Este! impacto! é! considerado! negativo,!
direto,!permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!irreversível,!afeta!indiretamente!a!AID,!possui!
intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 55

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Impacto& pela& Sobrecarga& da& Rua& Colorado:! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! irreversível,! afeta! indiretamente! a! AID,! possui!
intensidade!e!magnitude!baixa.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
• Impacto& pela& Demanda& de& Vagas& de& Estacionamento:! Este! impacto! é! considerado! negativo,!
direto,!permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!reversível,!não!afeta!diretamente!a!AID,!possui!
intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
!
7.1.1.2. Impactos sobre a Infraestrutura Urbana
!
Conforme! diagnóstico! realizado! no! item! 6.3.1,! podeEse! afirmar! que,! a! implantação! e! operação! do!
empreendimento! irão! gerar! impactos! sobre! a! infraestrutura! urbana! no! Município! de! Farroupilha,!
sobretudo!nas!áreas!previamente!delimitadas!como!sendo!de!Influência!Direta!e!Indireta.!Desta!forma,!
podem!ser!considerados!impactos!sobre!a!infraestrutura!urbana,!os!seguintes:!

• Impacto& pela& Impermeabilização& do& Solo:! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!irreversível,!afeta!diretamente!a!AID!e!indiretamente!a!
AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
!
• Impacto& pelo& Aumento& da& Temperatura& Local:! Este! impacto! é! considerado! neutro,! direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!reversível,!não!afeta!diretamente!a!AID!e!AII,!possui!
intensidade!e!magnitude!baixa.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
• Impacto& pela& Minimização& da& Ventilação:! Este! impacto! é! considerado! neutro,! direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!reversível,!não!afeta!diretamente!a!AID!e!AII,!possui!
intensidade!e!magnitude!baixa.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
• Impacto& pela& Minimização& da& Iluminação/Sombreamento:! Este! impacto! é! considerado!
negativo,!direto,!permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!reversível,!não!afeta!diretamente!a!
AID!e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 56

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Impacto&pela&Geração&de&Resíduos&Sólidos&da&Construção&Civil&(Implantação):!Este!impacto!é!
considerado! negativo,! direto,! temporário,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! reversível,! não! afeta!
diretamente!a!AID!e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
!
• Impacto&pela&Geração&de&Resíduos&Sólidos&Urbanos&(Ocupação):!Este!impacto!é!considerado!
negativo,!direto,!permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!irreversível,!afeta!diretamente!a!AID!
e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!baixa.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
• Impacto& pela& Geração& de& Efluentes& Líquidos:! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! reversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,! possui!
intensidade!e!magnitude!baixa.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
• Impacto&pela&Geração&de&Ruídos&(Implantação):!Este!impacto!é!considerado!negativo,!direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!irreversível,!afeta!diretamente!a!AID!e!indiretamente!a!
AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
! !
• Impacto& pela& Geração& de& Ruídos& (Operação):! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!irreversível,!afeta!diretamente!a!AID!e!indiretamente!a!
AII,!possui!intensidade!e!magnitude!alta.!!
Significância&do&Impacto:!Muito!Significativo!
!
7.1.1.3. Impactos Ambientais
!
7.1.1.3.1. Impactos no Meio Biótico
!
Conforme! diagnóstico! realizado! no! item! 6.3.2,! podeEse! afirmar! que,! a! implantação! e! operação! do!
empreendimento!no!local!não!devem!causar!impactos!significativos!do!ponto!de!vista!do!meio!biótico,!
uma!que!a!área!objeto!do!estudo!não!apresenta!vegetação!passível!de!preservação.!!

Ainda,!quanto!ao!meio!biótico,!cabe!salientar!que!haverá!perturbação!da!fauna!local,!incialmente!devida!
a!intervenção!na!área!e!posteriormente!na!alteração!da!paisagem!natural.!

Desta! forma,! considerando! o! resumo! acima,! bem! como! o! diagnóstico! apresentado,! cabe,! para! este!
aspecto,!dois!impactos!ambientais,!são!estes:!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 57

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Impacto& pela& Supressão& da& Vegetação:& Este! impacto! é! considerado! neutro,! direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!reversível,!não!afeta!diretamente!a!AID!e!AII,!possui!
intensidade!e!magnitude!média.!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
• Impacto& pela& Perturbação& da& Fauna& Local:! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,! ocorrerá! em! curtoEmédio! prazo,! é! irreversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,!
possui!intensidade!e!magnitude!média.!!
Significância&do&Impacto:!Pouco!Significativo!
!
7.1.1.3.2. Impactos no Meio Físico
!
Conforme!diagnóstico!realizado! no! item! 6.3.3,! podeEse!afirmar!que!haverá!impactos!provenientes!das!
etapas!de!intervenção,!implantação!e!ocupação,!todos!estes,!diretamente!sobre!o!meio!físico.!
São!impactos!do!meio!físico,!os!seguintes!diagnosticados!neste!estudo:!

• Impacto& pela& Intervenção& no& Solo& (Obras& de& Terraplanagem):& Este! impacto! é! considerado!
neutro,! direto,! permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! irreversível,! não! afeta! diretamente! a!
AID!e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!baixa.!
Significância&do&Impacto:&Pouco!Significativo!
!
• Impacto&sobre&a&Alteração&da&Qualidade&do&Ar&pela&Movimentação&de&Solos&pela&Emissão&de&
Material& Particulado:! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,! temporário,! ocorrerá! em!
curto! prazo,! é! reversível,! não! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,! possui! intensidade! e! magnitude!
média.!
Significância&do&Impacto:&Significativo!
!
• Impacto& sobre& a& Alteração& da& Qualidade& do& Ar& pelo& Trânsito& de& Veículos& Pesados& para& as&
Obras:& Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,! temporário,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é!
reversível,!afeta!diretamente!a!AID!e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!
Significância&do&Impacto:&Significativo!
!
• Impacto&sobre&a&Alteração&da&Qualidade&do&Ar&pelo&Arraste&de&Poeiras&no&Transporte&de&Solos&
e& Materiais& Inertes& (Areia& e& Brita):! Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,! temporário,!
ocorrerá! em! curto! prazo,! é! reversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,! possui! intensidade! e!
magnitude!média.!
Significância&do&Impacto:&Significativo!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 58

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Impacto& pela& Intervenção& no& Solo& (Instalação& de& Sumidouro& para& Lançamento& de& Esgoto&
Sanitário):& Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,! permanente,! ocorrerá! em! curtoE
médioElongo! prazos,! é! irreversível,! não! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,! possui! intensidade! e!
magnitude!baixa.!!
Significância&do&Impacto:&Pouco!Significativo!
!
7.1.1.4. Impactos Paisagísticos
!
A!definição!dos!impactos!paisagísticos!da!implantação!de!empreendimentos!elétricos!está!diretamente!
relacionados! com! a! qualidade! visual! do! local,! podendo! esta! ser! entendida! como! a! interação! entre! os!
elementos! biofísicos! da! paisagem! e! a! percepção/juízo! do! observador,! sendo! variável! para! cada!
indivíduo.!

A! implantação! de! subestações! de! energia! elétrica,! de! um! modo! geral,! interfere! no! meio! paisagístico!
através! da! alteração! de! ecossistemas! naturais,! fragmentação! de! habitats,! alteração! da! morfologia!
original!do!terreno,!desvalorização!da!paisagem,!através!da!degradação!do!seu!valor!cênico!e!intrusão!
visual!e!física!da!paisagem.!

Com!relação!à!área!do!presente!estudo,!observaEse!que!a!mesma!apresentaEse!descaracterizada!quanto!
a! seus! habitats! naturais,! não! incorrendo! a! implantação! do! empreendimento! na! alteração! de!
ecossistemas!ou!fragmentação!de!habitats.!

Com! relação! à! alteração! da! paisagem! e! intrusão! visual! e! física! da! paisagem,! a! implantação! de! uma!
subestação!no!local!incorrerá!na!alteração!da!paisagem!local,!considerando!que!o!terreno!encontraEse!
desprovido! de! qualquer! estrutura! edificada.! Entretanto,! ressaltaEse! que! as! estruturas! a! serem!
implantadas!apresentamEse!semelhantes!a!outras!existentes!no!entorno,!sendo!constatada!a!presença!
de! uma! subestação! de! energia! elétrica! de! maior! porte! a! cerca! de! 200! metros! do! terreno! em! estudo,!
como!já!relatado!anteriormente,!estando!este!tipo!de!atividade!já!incorporada!na!paisagem!local.!Desta!
forma,!considerando!o!resumo!acima,!bem!como!o!diagnóstico!apresentado,!cabe,!para!este!aspecto,!a!
seguinte!caracterização!do!impacto:!

& &

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 59

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Impacto& pela& Alteração& da& Paisagem& Natural:& Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,!ocorrerá!em!curto!prazo,!é!irreversível,!afeta!diretamente!a!AID!e!indiretamente!
AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
!
7.1.1.5. Impactos Econômicos
!
O! empreendimento! SE! Farroupilha! 2! trará! impactos! econômicos! não! só! para! a! AID! e! AII! previamente!
delimitadas! no! estudo,! mas! sobre! todo! o! Município! de! Farroupilha.! No! geral! estes! impactos! são!
positivos,!pois!o!principal!deles,!que!parte!da!justificativa!do!empreendimento:!A!distribuição!de!energia!
elétrica.!Neste!sentido,!com!base!no!diagnóstico!dos!aspectos!econômicos,!bem!como!nas!justificativas!
do!empreendimento,!apresentamos!os!impactos!do!meio!econômico,!conforme!segue:!

• Impacto& sobre& a& Valorização& Imobiliária:& Este! impacto! é! considerado! negativo,! direto,!
permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! irreversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! não! afeta!
diretamente!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!média.!
Significância&do&Impacto:!Significativo!
!
• Impacto& sobre& a& Demanda& por& Comércio& e& Serviços:& Este! impacto! é! considerado! positivo,!
direto,!permanente,!ocorrerá!em!curtoEmédioElongo!prazo,!é!irreversível,!afeta!diretamente!a!
AID!e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!alta.!
Significância&do&Impacto:!Muito!Significativo!
!
• Impacto&sobre&a&Ampliação&do&Abastecimento&de&Energia&Elétrica:&Este!impacto!é!considerado!
positivo,! direto,! permanente,! ocorrerá! em! curtoEmédioElongo! prazo,! é! irreversível,! excede! os!
limites!da!AID!e!AII,!possui!intensidade!e!magnitude!alta.!
Significância&do&Impacto:!Muito!Significativo!
!
7.1.1.6. Impactos Sociais
!
Quanto!aos!impactos!relacionados!ao!meio!social,!cabe!salientar!que!o!empreendimento!beneficia!boa!
parte! dos! bairros! do! Município! de! Farroupilha,! sendo! este! de! extrema! relevância! para! o! município.!
Neste! sentido,! abaixo! estão! listados! os! impactos! advindos! do! empreendimento! com! relação! ao! meio!
social:!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 60

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Impacto& sobre& a& Geração& de& Emprego& e& Renda:& Este! impacto! é! considerado! positivo,! direto,!
permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! irreversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,! possui!
intensidade!e!magnitude!alta.&
Significância&do&Impacto:&Muito&Significativo!
&
• Impacto&sobre&a&Sobrecarga&nos&Equipamentos&Públicos:&Este!impacto!é!considerado!neutro,!
direto,! permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! irreversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,!
possui!intensidade!e!magnitude!baixa.&
Significância&do&Impacto:&Pouco&Significativo!
&
• Impacto& sobre& o& Adensamento& Populacional:& Este! impacto! é! considerado! neutro,! direto,!
permanente,! ocorrerá! em! curto! prazo,! é! irreversível,! afeta! diretamente! a! AID! e! AII,! possui!
intensidade!e!magnitude!baixa.&
Significância&do&Impacto:&Pouco&Significativo! &

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 61

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

CAPÍTULO 8
&
8.1. Medidas Mitigatórias e Compensatórias e de Controle
!
8.1.1. Matriz de Impactos
!

Tabela&8.1.1&–&1:!Definição!das!Medidas!Cabíveis!aos!Impactos!Gerados!
Impacto& Natureza& Significância& Medida&Cabível&
Impacto!pela!Sobrecarga!da!Rua!São!João!Calábria! Negativo! Significativo! M.!Mitigatória!
Impacto!pela!Sobrecarga!da!Rua!Colorado! Negativo! P.!Significativo! E!
Impacto!pela!Demanda!de!Vagas!de!Estacionamento! Negativo! Significativo! M.!Mitigatória!
Impacto!pela!Impermeabilização!do!Solo! Negativo! Significativo! M.!Mitigatória!
Impacto!pelo!Aumento!da!Temperatura!Local! Neutro! P.!Significativo! E!
Impacto!pela!Minimização!da!Ventilação! Neutro! P.!Significativo! !
Impacto!pela!Minimização!da!
Neutro! P.!Significativo! E!
Iluminação/Sombreamento!
Impacto!pela!Geração!de!Resíduos!Sólidos!da!
Negativo! Significativo! M.!Controle!
Construção!Civil!(Implantação)!
Impacto!pela!Geração!de!Resíduos!Sólidos!Urbanos!
Neutro! P.!Significativo! E!
(Ocupação)!
Impacto!pela!Geração!de!Efluentes!Líquidos! Neutro! P.!Significativo! E!
1 1
Impacto!pela!Geração!de!Ruídos!(Implantação!e! Significativo ! M.!Controle !
Negativo! 2 2
Ocupação)! M.!Significativo ! M.!Compensatória !
Impacto!pela!Supressão!da!Vegetação! Negativo! P.!Significativo! E!
Impacto!pela!Perturbação!da!Fauna!Local! Negativo! P.!Significativo! E!
Impacto!pela!Intervenção!no!Solo!(Obras!de!
Negativo! P.!Significativo! E!
Terraplanagem)!
Impacto!sobre!a!Alteração!da!Qualidade!do!Ar!pela!
Movimentação!de!Solos!pela!Emissão!de!Material! Negativo! Significativo! M.!Controle!
Particulado!
Impacto!sobre!a!Alteração!da!Qualidade!do!Ar!pelo!
Negativo! Significativo! M.!Controle!
Trânsito!de!Veículos!Pesados!para!as!Obras!
Impacto!sobre!a!Alteração!da!Qualidade!do!Ar!pelo!
Arraste!de!Poeiras!no!Transporte!de!Solos!e!Materiais! Negativo! Significativo! M.!Controle!
Inertes!(Areia!e!Brita)!
Impacto!pela!Intervenção!no!Solo!(Instalação!de!
Negativo! P.!Significativo! E!
Sumidouro!para!Lançamento!de!Esgoto!Sanitário)!
Impacto!pela!Alteração!da!Paisagem!Natural! Negativo! Significativo! M.!Compensatória!
Impacto!sobre!a!Valorização!Imobiliária! Negativo! Significativo! M.!Compensatória!
Impacto!sobre!a!Demanda!por!Comércio!e!Serviços! Positivo! M.!Significativo! E!
Impacto!sobre!a!Ampliação!do!Abastecimento!de!
Positivo! M.!Significativo! E!
Energia!Elétrica!
Impacto!sobre!a!Geração!de!Emprego!e!Renda! Positivo! M.!Significativo! E!
Impacto!sobre!a!Sobrecarga!nos!Equipamentos!
Neutro! P.!Significativo! E!
Públicos!
Impacto!sobre!o!Adensamento!Populacional! Neutro! P.!Significativo! E!
!

1
Ocasionado!durante!o!período!de!implantação!do!empreendimento.!Neste!caso!será!proposta!medida!de!controle!para!o!impacto!
significativo.!
2
Impacto! permanente! após! o! início! das! operações! do! empreendimento.! Para! este! impacto! está! sendo! proposta! Medida! de!
Compensação.!Impacto!muito!significativo!no!período!noturno.!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 62

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

8.1.2. Proposição de Medidas


!

Tabela&8.1.2&–&1:!Proposição!de!Medidas!Compensatórias,!Mitigatórias!e!de!Controle!

Impacto& Medida&Cabível& Programa/Projeto/Adequação&


Adequação:!Implantação!de!Área!de!
desaceleração!e!aceleração!para!o!acesso!e!a!
Impacto!pela!Sobrecarga!da!Rua!São!João!
Mitigatória! saída!de!veículos!do!empreendimento,!
Calábria!
mediante!as!diretrizes!fornecidas!pelo!órgão!
público!municipal.!
Impacto!pela!Sobrecarga!da!Rua!Colorado! E! E!
Adequação:!Implementação!de!Área!de!
Impacto!pela!Demanda!de!Vagas!de! Estacionamento!no!interior!das!dependências!
Mitigatória!
Estacionamento! do!empreendimento,!visando!minimizar!o!
impacto!do!uso!das!áreas!da!São!João!Calábria.!!
Adequação:!Utilizar!materiais!com!alto!índice!
Impacto!pela!Impermeabilização!do!Solo! Mitigatória! de!permeabilidade,!tai!como!brita!e!outros!
pavimentos,!preferencialmente!de!concreto.!
Impacto!pelo!Aumento!da!Temperatura!Local! E! E!
Impacto!pela!Minimização!da!Ventilação! E! E!
Impacto!pela!Minimização!da!
E! E!
Iluminação/Sombreamento!
Impacto!pela!Geração!de!Resíduos!Sólidos!da! Programa:!Gerenciamento!de!Resíduos!da!
Controle!
Construção!Civil!(Implantação)! Construção!Civil.!
Impacto!pela!Geração!de!Resíduos!Sólidos!
E! E!
Urbanos!(Ocupação)!
Impacto!pela!Geração!de!Efluentes!Líquidos! E! E!
Programa:!Gerenciamento!de!Emissões!
Impacto!pela!Geração!de!Ruídos!(Implantação)! Controle!
Atmosféricas.!
Projeto:!Isolamento!Acústico!nos!Equipamentos!
Impacto!pela!Geração!de!Ruídos!(Operação)! Compensatória! com!Maior!Potencial!de!Emissão!em!
conformidade!com!a!NBR!10.151!e!10.152.!
Impacto!pela!Supressão!da!Vegetação! E! E!
Impacto!pela!Perturbação!da!Fauna!Local! Controle! Programa:!Gerenciamento!da!Fauna!em!LTs.!
Impacto!pela!Intervenção!no!Solo!(Obras!de!
E! E!
Terraplanagem)!
Impacto!sobre!a!Alteração!da!Qualidade!do!Ar!
Programa:!Gerenciamento!de!Emissões!
pela!Movimentação!de!Solos!pela!Emissão!de! Controle!
Atmosféricas.!
Material!Particulado!
Impacto!sobre!a!Alteração!da!Qualidade!do!Ar! Programa:!Gerenciamento!de!Emissões!
Controle!
pelo!Trânsito!de!Veículos!Pesados!para!as!Obras! Atmosféricas.!
Impacto!sobre!a!Alteração!da!Qualidade!do!Ar!
Programa:!Gerenciamento!de!Emissões!
pelo!Arraste!de!Poeiras!no!Transporte!de!Solos! Controle!
Atmosféricas.!
e!Materiais!Inertes!(Areia!e!Brita)!
Impacto!pela!Intervenção!no!Solo!(Instalação!de!
Sumidouro!para!Lançamento!de!Esgoto! E! E!
Sanitário)!
Impacto!pela!Alteração!da!Paisagem!Natural! Compensatória! Projeto:!Arborização!das!Vias!Públicas.!
Projeto:!Melhoramentos!na!infraestrutura!
Impacto!sobre!a!Valorização!Imobiliária! Compensatória!
urbana!limitadas!a!Rua!São!João!Calábria.!
Impacto!sobre!a!Demanda!por!Comércio!e!
E! E!
Serviços!
Impacto!sobre!a!Ampliação!do!Abastecimento!
E! E!
de!Energia!Elétrica!
Impacto!sobre!a!Geração!de!Emprego!e!Renda! E! E!
Impacto!sobre!a!Sobrecarga!nos!Equipamentos!
E! E!
Públicos!
Impacto!sobre!o!Adensamento!Populacional! E! E!
! &

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 63

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

8.1.3. Programas de Controle


!
Neste!item!do!estudo,!estão!contemplados!os!Programas!de!Controle!para!os!impactos!que!deverão!ser!
controlados,! no! geral,! anteriormente! e! durante! as! obras! de! intervenção.! São! objetos! os! seguintes!
programas:!
!
• Programa!de!Gerenciamento!de!Resíduos!da!Construção!Civil!
• Programa!de!Gerenciamento!de!Emissões!Atmosféricas!
&
8.1.3.1. Programas de Gerenciamento de Resíduos
!
8.1.3.1.1. Introdução
!
A! construção! civil! é! reconhecida! como! uma! das! mais! importantes! atividades! para! o! desenvolvimento!
econômico!e!social!do!País,!e,!por!outro!lado,!comportaEse,!ainda!como!grande!geradora!de!impactos!
ambientais,!quer!seja!pelo!consumo!de!recursos!naturais,!pela!modificação!da!paisagem!natural!ou!pela!
geração!de!resíduos!sólidos.!
!
8.1.3.1.2. Objetivos
!
Com!base!no!estabelecido!pela!Resolução!CONAMA!307,!de!5!de!Julho!de!2002,!são!objetivos!principais!
do!Programa!de!Gerenciamento!dos!Resíduos!da!Construção!Civil!–!PGRCC:!
!
• A!proposição!de!medidas!que!visem!a!não!geração!de!resíduos!no!canteiro!de!obras;!!
• A!proposição!de!medidas!que!visem!a!reutilização!de!resíduos!no!canteiro!de!obras;!
• A!proposição!de!medidas!que!visem!o!reuso!e!a!reciclagem!de!resíduos!no!canteiro!de!obras;!e!
• Definir!procedimentos!adequados!para!o!tratamento!e!a!disposição!final!de!rejeitos.!
!
8.1.3.1.3. Requisitos Legais Aplicáveis
!
Estão!selecionados!os!seguintes!requisitos!legais,!os!quais!foram!utilizados!como!referencia!bibliográfica!
para! o! planejamento,! elaboração! e! implantação! deste! Plano! de! Gerenciamento! de! Resíduos! da!
Construção!Civil!–!PGRCC:!
!
• Resolução!CONAMA!307/2002!–!Estabelece!diretrizes!e!procedimentos!para!a!gestão!dos!RCC!
• Resolução!CONAMA!348/2004!–!Altera!a!Resolução!CONAMA!307/2002!
• Resolução!CONAMA!448/2012!–!Altera!a!Resolução!CONAMA!307/2002!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 64

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Resolução!CONAMA!275/2001!–!Código!das!Cores!para!os!Tipos!de!Resíduos!
• Lei!Federal!n˚!12.325/2010!–!Política!Nacional!dos!Resíduos!Sólidos!
• Decreto!Federal!n°!7404/2010!–!Regulamenta!a!Política!Nacional!dos!Resíduos!Sólidos!
• Lei!Federal!n°!9795/1999!–!Dispõe!sobre!a!Educação!Ambiental!
• Lei!Estadual!n˚!9921/1993!–!Lei!dos!Resíduos!Sólidos!do!Estado!do!Rio!Grande!do!Sul!
• Lei!Municipal!n˚!10847/2010!–!Diretrizes!e!Procedimentos!para!a!Gestão!dos!RCC’s!
• Decreto!Municipal!n˚!18481/2013!–!Regulamenta!a!Lei!Municipal!10847/2010!
• Instrução!Normativa!do!IBAMA!n˚!01/2013!–!Cadastro!de!Geradores!e!Operadores!de!Resíduos!
• Portaria!Fepam!n˚!34/2009!–!Dispõe!Sobre!o!Manifesto!de!Transporte!de!Resíduos!
• ABNT/NBR!10.004!–!Classificação!dos!Resíduos!Sólidos!
• ABNT/NBR!12.235!–!Armazenamento!de!Resíduos!de!Classe!I!
• ABNT/NBR!11.174!–!Armazenamento!de!Resíduos!de!Classe!II!
• ABNT/NBR!13.221!–!Transporte!de!Resíduos!
• ABNT/NBR!15.112/2004!–!Áreas!de!Transbordo!e!Triagem!de!RCC!
• ABNT/NBR!15.114/2004!–!Áreas!de!Reciclagem!de!RCC!
• Resolução!ANTT!420/2004!–!Regulamento!para!Transporte!Terrestre!
!
8.1.3.1.3.1. Diagnóstico Inicial
!
Para! que! o! programa! possa! obter! os! resultados! esperados! pela! organização! bem! como! satisfazer! as!
diretrizes!e!critérios!estabelecidos!na!legislação!ambiental!aplicável!foi!realizado!um!diagnóstico!inicial!
dos! resíduos! sólidos! a! serem! gerados! em! decorrência! da! edificação,! levandoEse! em! consideração! os!
seguintes!requisitos:!
!
• Análise!qualitativa!dos!resíduos!a!serem!gerados!na!obra;!e,!
• Análise!quantitativa!dos!volumes!a!serem!gerados!na!obra.!
!
8.1.3.1.3.2. Análise Qualitativa
!
O! diagnóstico! da! análise! qualitativa! dos! resíduos! a! serem! gerados! na! obra! levou! em! consideração! os!
requisitos! associados! a! tipologia! da! obra,! dentre! eles,! a! necessidade! de! demolição,! de! remoção! da!
cobertura! vegetal,! da! remediação! de! áreas! degradadas! ou! da! remoção! de! solos.! Este! diagnóstico! foi!
baseado!na!tipologia!da!construção.!

O! resultado! do! diagnóstico! quanto! à! análise! dos! dados! qualitativos! demonstrou! que! na! gleba! não!
existem!edificações!que!necessitem!demolição!e!não!há!vegetação!a!ser!suprimida!e!será!necessário!a!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 65

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

execução!de!serviços!de!terraplanagem!gerando!resíduos!provenientes!deste!processo.!Também!serão!
gerados!demais!resíduos,!os!quais!estão!classificados!e!identificados!na!seção!a!seguir.!
!
8.1.3.1.3.3. Identificação dos Resíduos a serem Gerados
!
Para!uma!identificação!coerente!foram!mapeadas!as!etapas!que!compõe!uma!obra!civil.!O!processo!de!
identificação! levou! em! consideração! todos! os! resíduos! passíveis! de! serem! gerados! em! cada! etapa! do!
processo!de!execução,!desde!o!preparo!do!terreno!até!a!etapa!de!acabamento!final.!
!
8.1.3.1.3.4. Caracterização e Classificação
!
Os!Resíduos!da!Construção!Civil!gerados!a!serem!gerados!serão!classificados!da!seguinte!forma:!
!
• Classe& A:! Os! resíduos! sólidos! a! serem! produzidos! durante! as! obras! do! empreendimento!
enquadrados! nesta! categoria! serão! predominantemente! aqueles! oriundos! das! operações! de!
escavações!de!solos,!fragmentos!de!concreto!e!tijolos,!telhas!cerâmicas,!pedras,!revestimentos!
cimentícios,!etc.!Esses!resíduos!poderão!ser!reutilizados!ou!reciclados!na!forma!de!agregados,!
e/ou!encaminhados!a!áreas!de!aterro!de!resíduos!da!construção!civil,!sendo!dispostos!de!modo!
a!permitir!a!sua!utilização!ou!reciclagem!futura.!
!
• Classe& B:! Também! serão! compostos! por! resíduos! oriundos! da! obra,! tais! como! pedaços! de!
madeira,! sobras! de! cabos! e! metais,! papel! e! papelão,! plásticos! de! diversos! tipos,! restos! de!
manta,! vidros! e! gessos! não! contaminados.! Nesta! classe! também! se! enquadram! os! resíduos!
classificados!como!recicláveis!produzidos!nas!áreas!administrativas!do!canteiro!de!obras.!Estes!
resíduos! deverão! ser! reutilizados,! reciclados! ou! encaminhados! a! área! de! armazenamento!
temporário,!sendo!dispostos!de!modo!a!permitir!a!sua!utilização!e!reciclagem!futura.!
!
• Classe& C:! Serão! constituídos! por! resíduos! que! não! podem! ser! reciclados! ou! recuperados.! O!
gerenciamento!de!deste!tipo!de!resíduo!exige!cuidados!adicionais!a!fim!de!otimizar!a!geração!
do!mesmo.!
!
• Classe& D:! Serão! constituídos! por! restos! de! tinta,! solventes,! combustíveis,! óleos! e! graxas!
lubrificantes,! emulsão! e! mantas! asfálticas,! impermeabilizantes! e! as! embalagens! destes!
produtos.! Também! se! enquadram! nesta! categoria,! outros! tais! como! pinceis,! rolos! de! tinta!
sujos,!estopas!e!panos!contaminados!com!tintas!e!solventes,!lâmpadas!fluorescentes,!pilhas!e!
baterias,!dentre!outros.!Estes!resíduos!deverão!ser!armazenados,!transportados,!reutilizados!e!
destinados!em!conformidade!com!as!normas!técnicas!específicas.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 66

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Tabela&8.1.3.1.3.4&–&1:!Caracterização!e!Classificação!dos!RCC’s!

Tipo&de&Resíduo& Classificação&

Resíduos!de!Solo!! A!
Resíduos!de!Construção!!
A!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e!Metralha)!
Resíduos!de!Agregados!!
A!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)!
Resíduos!de!Materiais!Inertes!
A!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!Cerâmicos,!Mármores,!Granitos!e!Telhas)!
Resíduos!de!Material!Plástico!!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,!Tubulações!e!Dutos!de!Água!e! B!
Elétricos,!Resíduos!de!Fiação)!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão!
B!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,!Cal!e!outros!aditivos)!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!não!Ferrosos!
B!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Resíduos!de!Madeira! B!
Resíduos!de!Gesso! B!
Resíduos!de!Vidros! B!
Resíduos!Orgânicos!e!Administrativos! C!
Resíduos!de!Poliuretano! C!
Resíduos!de!Isopor! C!
Resíduos!de!Lixas! C!
Resíduos!de!Mantas!de!Isolamento! C!
Resíduos!de!Tonner!de!Impressora! D!
Resíduos!de!Lâmpadas!Fluorescentes! D!
Resíduos!de!Acumuladores!de!Energia! D!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias!Contaminadas! D!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! D!
Resíduos!de!Estopas!Contaminadas! D!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado! D!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de!Pintura! D!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica! D!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!de!Solventes!Contaminados,!Misturas!de!
Caliça,!Ladrilhos!e!Telhas!Contaminadas,!Vidros,!Plásticos!e!Madeiras! D!
Contaminados,!Gesso!Contaminado,!dentre!outros!perigosos!ou!
contaminados)!
!
8.1.3.1.3.5. Análise Quantitativa
!
O!diagnóstico!da!análise!quantitativa!dos!resíduos!a!serem!gerados!na!obra!levou!em!consideração!os!
requisitos! associados! a! tipologia! da! obra,! dentre! eles,! a! necessidade! de! demolição,! de! remoção! da!
cobertura! vegetal,! da! remediação! de! áreas! degradadas! ou! da! remoção! de! solos.! Este! diagnóstico! foi!
baseado!na!tipologia!da!construção.!Os!dados!foram!calculados!levandoEse!em!consideração!dos!índices!
de!empolamento!dos!resíduos!sólidos!gerados!em!obras!civis.!

!
& &

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 67

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Tabela&8.1.3.1.3.5&–&1:!Quantificação!dos!Resíduos!

Coeficiente&de&
Tipo&de&Resíduo& Presença&
(%)&
Resíduos!de!Construção!!
36,700!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e!Metralha)!
Resíduos!de!Agregados!!
16,000!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)!
Resíduos!de!Materiais!Inertes!
15,000!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!Cerâmicos,!Mármores,!Granitos!e!Telhas)!
Resíduos!de!Material!Plástico!!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,!Tubulações!e!Dutos!de!Água!e!Elétricos,! 2,0000!
Resíduos!de!Fiação)!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão!
4,0000!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,!Cal!e!outros!aditivos)!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!não!Ferrosos!
4,0000!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Resíduos!de!Madeira! 6,0000!
Resíduos!de!Gesso! 2,0500!
Resíduos!de!Vidros! 1,0000!
Resíduos!Orgânicos!e!Administrativos! 0,1000!
Resíduos!de!Poliuretano! 0,1000!
Resíduos!de!Isopor! 0,2000!
Resíduos!de!Lixas! 0,3000!
Resíduos!de!Mantas!de!Isolamento! 0,1000!
Resíduos!de!Tonner!de!Impressora! 0,0007!
Resíduos!de!Lâmpadas!Fluorescentes! 0,0010!
Resíduos!de!Acumuladores!de!Energia! 0,0003!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias!Contaminadas! 1,0300!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! 0,6000!
Resíduos!de!Estopas!Contaminadas! 0,8000!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado! 0,0100!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de!Pintura! 1,0000!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica! 0,0040!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!de!Solventes!Contaminados,!Misturas!de!Caliça,!
3,0000!
Ladrilhos!e!Telhas!Contaminadas,!Vidros,!Plásticos!e!Madeiras!Contaminados,!dentre!
outros!perigosos!ou!contaminados)!
Total& a&

8.1.3.1.3.6. Gestão dos Resíduos da Construção Civil


!
Os!procedimentos!para!a!gestão!adequada!dos!resíduos!da!construção!civil!gerados!na!implantação!do!
empreendimento! terão! sete! vertentes! distintas,! dentre! elas:! Segregação! dos! Resíduos,!
Acondicionamento! Inicial,! Transporte! Interno,! Acondicionamento! Final,! Armazenamento,! Transporte! e!
Destinação!Final!devidamente!adequada.!
!
8.1.3.1.3.7. Canteiro de Obras
!
O! Layout! do! canteiro! de! obras! deve! ser! projetado! de! modo! a! facilitar! o! transporte! interno! e! a!
implantação! dos! procedimentos! de! segregação,! acondicionamento! e! armazenamento! dos! resíduos!
sólidos!a!serem!gerados!na!obra.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 68

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Devem! ser! observadas! as! particularidades! de! cada! etapa! da! obra! civil,! desde! o! preparo! do! terreno,!
locação!do!canteiro!de!obras,!fundações,!instalações!em!geral!e!acabamentos.!Devem!ser!observados!os!
seguintes!requisitos!para!uma!gestão!eficiente!no!canteiro!de!obras:!
!
• Definir! as! vias! de! circulação! no! interior! das! obras,! identificandoEas! de! forma! que! facilite! o!
transporte!interno!dos!carrinhos;!
• Definir! a! localização! dos! compartimentos,! tais! como! tambores,! contêineres,! caçambas,! baias,!
etc.,! onde! os! resíduos! já! segregados! devem! ser! armazenados! de! forma! temporária! até! que!
possam!ser!devidamente!coletados,!reutilizados!ou!reciclados;!
• Definir!os!sistemas!de!transporte!interno!dos!resíduos,!segregados!por!classes!dos!pavimentos!
até! os! locais! de! armazenamento! temporário! ou! até! as! caçambas! estacionárias! identificadas!
para!receber!e!acondicionar!os!resíduos;!
• Analisar! as! melhores! alternativas! de! locais! para! a! disponibilização! das! caçambas,! de! forma! a!
evitar! perturbações! para! a! as! atividades! desempenhadas! no! canteiro,! em! como! facilitar! a!
realização!do!serviço!de!troca!e!retirada!das!caçambas!pela!empresa!coletora.!
!
8.1.3.1.3.8. Segregação dos Resíduos
!
Para! que! a! gestão! dos! resíduos! gerados! na! obra! seja! eficiente,! deverão! ser! adotados! métodos!
adequados!aos!propostos!neste!plano!e!em!conformidade!com!o!determinado!com!as!normas!técnicas!
em!vigor.!A!Resolução!CONAMA!307/2002,!determina!que!os!resíduos!gerados!em!obras!civis!devem!ser!
triados!de!acordo!com!a!sua!classificação.!

Os!resíduos!de!Classe!A,!compostos!basicamente!por!resíduos!de!escavação,!restos!de!tijolos,!produtos!
cerâmicos,! produtos! de! cimentos! e! argamassas,! serão! inicialmente! acumulados! em! pequenos! montes!
próximos!aos!locais!de!geração.!

RessaltaEse! que,! com! relação! aos! materiais! de! escavação,! a! prioridade! será,! na! medida! em! que! sejam!
retirados,! sejam! transportados! diretamente! para! o! local! de! disposição! final.! Todavia,! como! as!
intervenções! darEseEão! em! diferentes! locais,! com! obras! de! portes! e! características! diferenciadas,!
poderão!ser!utilizadas,!em!certos!casos,!caixas!estacionárias!para!o!acondicionamento!destes!resíduos.!

Quando! necessário! os! resíduos! de! escavações! (solo),! poderão! ser! reutilizados! para! aterrar! áreas! ou!
nivelar!o!terreno!–!ajustes!de!cotas.!

Para! os! resíduos! de! classe! B,! que! possuem! grande! potencial! para! o! reaproveitamento,! reciclagem! e!
consequente! geração! de! renda! para! cooperativas! de! reciclagem,! serão! utilizadas! formas! de!
acondicionamento!e/ou!acúmulo!transitório!que!sejam!compatíveis!com!o!volume!de!resíduos!gerados!
em!cada!local,!bem!como!por!sua!natureza!e!forma!de!apresentação!à!coleta.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 69

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Em!locais!de!menor!geração,!poderão!ser!utilizadas!bombonas!plásticas!com!capacidades!superiores!a!
70!litros,!providas!de!sacaria!plástica!ou!ráfia!para!o!acondicionamento!conforme!sua!tipologia.!

Os! resíduos! perigosos! coletados! (classe! D),! não! devem! ser! misturados! a! resíduos! não! perigosos! e!
recicláveis!(classe!B),!em!hipótese!alguma.!A!coleta!deverá!ser!feita,!sempre!que!necessário,!em!todas!as!
áreas!de!trabalho,!promovendoEse!a!sua!segregação.!A!separação!contribui!para!facilitar!o!processo!de!
coleta,!o!armazenamento,!a!reciclagem!e!o!destino!final.!

Embalagens!de!papel/papelão!e!plásticas,!quando!se!apresentarem!em!bom!estado!de!conservação,!isto!
é!sem!umidade,!devem!ser!enfardadas!ou!ensacadas!e!conduzidas!para!armazenamento!em!local!seco,!
visando! à! reciclagem.! Toda! sucata! metálica,! ou! material! deste! resíduo! não! reutilizável! deve! ser!
segregado,!para!posterior!destino!final.!

Os!materiais!removidos!deverão!ser!dispostos!em!recipientes!com!a!devida!resistência!mecânica!e!além!
de!necessitar!estar!devidamente!identificados.!Todo!e!qualquer!resíduo!coletado!precisa!ser!segregado!
e!acondicionado!nos!recipientes!apropriados,!devidamente!identificados.!

Para!os!resíduos!de!maior!volume!e!geração!(quantidade),!poderão!ser!utilizadas!caixas!estacionárias!do!
3 3
tipo!“Brooks”!com!capacidade!a!ser!definida!conforme!necessidade!(5!m !–!7!m ),!construídas!em!metal!
devidamente! identificadas! em! função! da! tipologia! do! material! que! irão! acondicionar,! caixas! estas! que!
serão!operadas!por!caminhões!poliguindastes.!!

Quer! sejam! bombonas,! ou! caixas! estacionárias,! o! que! será! progressivamente! definido! na! medida! em!
que!avancem!as!obras,!estes!recipientes!serão!localizados!em!pontos!estratégicos!espalhados!pela!obra,!
havendo,!no!mínimo,!um!conjunto!por!frente!de!trabalho.!

Os! resíduos! de! classe! C,! compostos! basicamente! por! materiais! sem! alterativas! de! reciclagem,! serão!
acumulados! em! pequenos! montes,! ou! utilizandoEse! caixas! estacionárias,! da! mesma! forma! que! os!
resíduos!de!Classe!A.!

Neste!ponto,!há!que!se!esclarecer!que!o!acúmulo!em!montes,!conforme!aventado,!darEseEá!de!maneira!
adequada,!com!as!proteções!e!sistemáticas!para!se!garantir!a!segurança!e!a!minimização!de!impactos!ao!
ambiente.!Não!serão!efetuados!lançamentos!aleatórios!de!resíduos!por!toda!a!área!da!obra,!mas!sim!de!
acordo!com!o!planejamento!inerente!às!boas!práticas!de!estocagem!de!resíduos.!

Os!resíduos!de!Classe!D,!compostos!basicamente!por!resíduos!contaminados,!aos!quais!se!deve!dedicar!
especial! atenção! serão! armazenados! prefencialmente! em! suas! próprias! embalagens,! em! local!
apropriado! no! canteiro! de! obras.! Os! resíduos! orgânicos! gerados! nos! vestiários! e! no! refeitório! serão!
acumulados!em!contêiner!de!240!litros.!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 70

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

8.1.3.1.3.9. Acondicionamento Inicial


!
Após! a! identificação! e! a! segregação! dos! resíduos! gerados! os! resíduos! deverão! ser! devidamente!
acondicionados! nas! respectivas! áreas! de! armazenagem.! Os! resíduos! devem! ser! acondicionados!
imediatamente!após!a!sua!geração,!visando!manter!a!ordem,!a!limpeza!e!a!organização!no!canteiro!de!
obras,!bem!como!evitar!possíveis!acidentes!decorrentes!de!espalhamentos!indevidos.!
&
Tabela&8.1.3.1.3.9–&1:!Acondicionamento!Inicial!

Tipo&de&Resíduo& Acondicionamento&Inicial&

Resíduos!de!Solo!! Em!montes!próximos!aos!locais!de!geração!
Resíduos!de!Construção!!
Em!montes!próximos!aos!locais!de!geração!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e!Metralha)!
Resíduos!de!Agregados!!
Em!montes!próximos!aos!locais!de!geração!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)!
Resíduos!de!Materiais!Inertes!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!Cerâmicos,!Mármores,! Em!montes!próximos!aos!locais!de!geração!
Granitos!e!Telhas)!
Em!tamanhos!pequenos!(Recipientes!Plásticos!ou!
Resíduos!de!Material!Plástico!! Metálicos,!revestidos!com!Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,!Tubulações!e!Dutos!de!
Água!e!Elétricos,!Resíduos!de!Fiação)!
Ráfia).!Em!tamanhos!grandes!em!montes!próximos!ao!
locais!de!geração!
Em!tamanhos!pequenos!(Recipientes!Plásticos!ou!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão! Metálicos,!revestidos!com!Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,!Cal!e!outros!aditivos)! Ráfia).!Em!tamanhos!grandes!em!fardos!sobre!pallets!
de!madeira!
Em!tamanhos!pequenos!(Recipientes!Plásticos!ou!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!não!Ferrosos!
Metálicos,!revestidos!com!Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Ráfia).!Em!tamanhos!grandes!a!granel!
Em!tamanhos!pequenos!(Recipientes!Plásticos!ou!
Metálicos,!revestidos!com!Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!
Resíduos!de!Madeira!
Ráfia).tamanhos!grandes!em!montes!próximos!aos!
locais!de!geração!
Em!tamanhos!pequenos!(Recipientes!Plásticos!ou!
Metálicos,!revestidos!com!Sacos!Plásticos).Em!
Resíduos!de!Gesso!
tamanhos!grandes!em!montes!próximos!aos!locais!de!
geração!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos!próximo!aos!locais!
Resíduos!de!Vidros!
de!geração!!
Resíduos!Orgânicos!e!Administrativos! E!!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Poliuretano!
Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!Ráfia!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Isopor!
Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!Ráfia!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Lixas!
Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!Ráfia!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Mantas!de!Isolamento!
Sacos!Plásticos!ou!Sacos!de!Ráfia!
Resíduos!de!Tonner!de!Impressora! E!
Resíduos!de!Lâmpadas!Fluorescentes! E!
Resíduos!de!Acumuladores!de!Energia! E!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias!Contaminadas! A!Granel!próximo!aos!locais!de!geração!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! E!
Resíduos!de!Estopas!Contaminadas! Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 71

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Sacos!Plásticos!próximos!aos!locais!de!geração!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado!
Sacos!Plásticos!próximos!aos!locais!de!geração!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de!Pintura!
Sacos!Plásticos!próximos!aos!locais!de!geração!
Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica!
Sacos!Plásticos!próximos!aos!locais!de!geração!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!de!Solventes! Recipientes!Plásticos!ou!Metálicos,!revestidos!com!
Contaminados,!Misturas!de!Caliça,!Ladrilhos!e!Telhas!
Sacos!Plásticos!próximos!aos!locais!de!geração!
Contaminadas,!Vidros,!Plásticos!e!Madeiras!Contaminados,!
dentre!outros!perigosos!ou!contaminados)!
!
8.1.3.1.3.10. Transporte Interno
!
Após!a!identificação!e!classificação!dos!resíduos!gerados!na!obra,!tais!resíduos!devem!ser!devidamente!
acondicionados! a! fim! de! propiciar! uma! gestão! adequada! minimizando! os! riscos! e! maximizando! as!
oportunidades!de!reuso!e!reciclagem!dos!materiais.!

Devem!ser!observados!aspectos!importantes!quando!ao!transporte!interno!dos!resíduos!no!interior!da!
obra.!O!transporte!interno!ocorre!entre!o!acondicionamento!inicial,!neste!caso!o!ponto!de!geração!dos!
resíduos,! até! seu! local! de! armazenamento! temporário.! Este! transporte! pode! ser! realizado! de! várias!
formas,!contudo!é!importante!avaliar!qual!a!melhor!alternativa!para!o!transporte!interno!dos!resíduos!
gerados!na!obra!sempre!observando!aspectos!locacionais!e!principalmente!financeiros.!!

Podem!ser!utilizados!equipamentos!manuais,!tais!como!os!carrinhos!de!mão!ou!artesanais,!tais!como!as!
pranchas! e! tubos! condutores,! que! podem! ser! construídos! com! sobras! de! materiais! ou! resíduos!
provenientes!da!própria!obra.!Quanto!aos!resíduos!que!possuem!maior!volume!e!densidade,!tais!como!
solos,!resíduos!de!caliça,!alvenaria,!madeiras!e!assemelhados,!podeEse!adotar!o!transporte!por!bobcat!
ou!retroescavadeira.!A!tabela!abaixo!apresenta!o!método!de!transporte!a!ser!utilizado:!
&
Tabela&8.1.3.1.3.10&–&1:!Transporte!Interno!

Tipo&de&Resíduo& Transporte&Interno&

Resíduos!de!Solo!! Bobcat!|!Retroescavadeiras!
Resíduos!de!Construção!!
Bobcat!|!Retroescavadeiras!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e!Metralha)!
Resíduos!de!Agregados!!
Bobcat!|!Retroescavadeiras!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)!
Resíduos!de!Materiais!Inertes!
Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!Cerâmicos,!Mármores,!Granitos!e!Telhas)!
Resíduos!de!Material!Plástico!!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,!Tubulações!e!Dutos!de!Água!e! Carrinhos!!
Elétricos,!Resíduos!de!Fiação)!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão!
Carrinhos!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,!Cal!e!outros!aditivos)!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!não!Ferrosos!
Carrinhos!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Resíduos!de!Madeira! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 72

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Resíduos!de!Gesso! Carrinhos!
Resíduos!de!Vidros! Carrinhos!
Resíduos!Orgânicos!e!Administrativos! Carros!Coletores!Plásticos!
Resíduos!de!Poliuretano! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Resíduos!de!Isopor! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Resíduos!de!Lixas! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Resíduos!de!Mantas!de!Isolamento! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Resíduos!de!Tonner!de!Impressora! E!
Resíduos!de!Lâmpadas!Fluorescentes! E!
Resíduos!de!Acumuladores!de!Energia! E!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias!Contaminadas! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! Carrinhos!
Resíduos!de!Estopas!Contaminadas! Carrinhos!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado! Carrinhos!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de!Pintura! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica! Carrinhos!|!Pranchas!|!Tubos!Condutores!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!de!Solventes!Contaminados,!
Carrinhos!
Misturas!de!Caliça,!Ladrilhos!e!Telhas!Contaminadas,!Vidros,!Plásticos!e!
Madeiras!Contaminados,!dentre!outros!perigosos!ou!contaminados)!
!
8.1.3.1.3.11. Acondicionamento e Armazenamento
!
Ao!término!da!jornada!de!trabalho,!quando!já!houver!volume!suficiente!ou!em!paradas!programadas,!
procederEseEá! com! a! movimentação! dos! resíduos! para! seu! acúmulo! final,! de! onde! serão! apenas!
movimentados!para!o!destino!final.!

Com! objetivo! de! otimizar! os! fluxos! de! entulho! dentro! do! canteiro! de! obras,! devem! ser! definidos! dias!
específicos!para!a!limpeza!e!a!coleta!de!resíduos.!Por!exemplo:!Durante!a!semana,!na!limpeza!diária!dos!
pavimentos!são!transportados!para!o!pavimento!térreo!somente!os!resíduos!de!maior!volume,!deixando!
para!o!último!dia!da!semana!o!recolhimento!dos!resíduos!de!menor!volume.!

Conforme! caracterizado! anteriormente,! alguns! resíduos! serão! preferencialmente! acumulados!


temporariamente! em! montes! próximos! às! fontes! geradoras.! Nesta! situação,! para! sua! remoção! serão!
utilizados! carrinhos! ou! assemelhados,! conduzindoEos! para! as! caixas! estacionários! estrategicamente!
posicionadas!no!interior!da!obra,!de!forma!a!facilitar!sua!remoção!por!veículo!específico.!!

Caso!ocorra!o!acúmulo!dos!RCC!diretamente!em!caixas!estacionárias,!nas!situações!aventadas!em!tópico!
anterior,!estas!poderão!ser!removidas!diretamente!aos!locais!de!disposição!final.!

Os! resíduos! de! classe! B,! nos! casos! em! que! não! sejam! acondicionados! em! recipientes! plásticos! ou!
metálicos! guarnecidas! com! sacos! plásticos! ou! sacos! de! ráfia,! poderão! ser! acumulados! em! pequenas!
pilhas!em!local!específico!do!canteiro!de!obras,!salientando!que!estas!pilhas!deverão!ser!feitas!apenas!
sobre!locais!onde!há!piso!e!cobertura.!Não!se!justifica!a!utilização!de!caçambas!estacionárias!para!o!caso!
de! pequenos! volumes,! pois! a! remoção,! conforme! previsto,! será! feita! rotineiramente! por! cooperativas!
de!catadores!que!manifestarem!interesse!pelos!materiais!gerados.!!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 73

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

O!procedimento!básico!a!ser!adotado!para!a!movimentação!ao!setor!de!acúmulo!final!será!o!seguinte:!
Posteriormente! completada! a! capacidade! da! bombona,! o! funcionário! responsável! pela! coleta! destes!
resíduos!fará!a!amarração!da!boca!do!saco,!colocação!de!um!novo!saco!vazio!e,!com!o!uso!de!carrinhos,!
fará!a!movimentação!dos!resíduos!para!o!local!destinado!ao!acúmulo!dos!resíduos!de!Classe!B.!

Os!resíduos!de!Classe!D,!também!serão!destinados!a!um!local!específico!para!seu!acúmulo.!Conforme!
mencionado,! estes! resíduos! serão! armazenados! em! suas! próprias! embalagens,! quando! possível,!
buscandoEse!sempre!a!racionalização!do!uso!das!matérias!primas!e!a!otimização!dos!procedimentos!de!
manejo!das!embalagens.!

Os! resíduos! orgânicos! gerados! nos! vestiários! e! refeitório! serão! acumulados! em! sacos! plásticos! e!
direcionados!a!área!para!descarte!final!junto!a!coleta!pública!de!resíduos!do!Município!onde!a!obra!está!
localizada.!

A! tabela! abaixo! demonstra! a! forma! de! acúmulo! final! dos! resíduos! gerados,! incluindo! seu!
acondicionamento!final!e!o!local!de!armazenamento.!
!
Tabela&8.1.3.1.3.11&–&1:!Transporte!Externo!

Tipo&de&Resíduo& Acondicionamento&Final& Armazenamento&

Caçambas!Estacionárias!
Resíduos!de!Solo!! Em!Local!Aberto!
Tipo!RollEon!RollEoff!
Resíduos!de!Construção!! Caçambas!Estacionárias!
Em!Local!Aberto!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e!Metralha)! Tipo!RollEon!RollEoff!
Resíduos!de!Agregados!! Caçambas!Estacionárias!
Em!Local!Aberto!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)! Tipo!RollEon!RollEoff!
Resíduos!de!Materiais!Inertes! Caçambas!Estacionárias!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!Cerâmicos,! Em!Local!Aberto!
Tipo!RollEon!RollEoff!
Mármores,!Granitos!e!Telhas)!
Resíduos!de!Material!Plástico!!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Baias!de!Separação!
Tubulações!e!Dutos!de!Água!e!Elétricos,! Cobertura!
Resíduos!de!Fiação)!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,!Cal!e! Baias!de!Separação!
Cobertura!
outros!aditivos)!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!não!
Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Ferrosos! Baias!de!Separação!
Cobertura!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!de!Madeira! Baias!de!Separação!
Cobertura!
Caçambas!Estacionárias! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!de!Gesso!
Tipo!Brooks! Cobertura!
Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!de!Vidros!
Metálicos! Cobertura!
Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!Orgânicos!e!Administrativos! Sacos!Plásticos!
Cobertura!
Caçambas!Estacionárias!
Resíduos!Vegetais!! Em!Local!Aberto!
Tipo!RollEon!RollEoff!
Resíduos!de!Poliuretano! Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 74

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Metálicos! Cobertura!
Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!de!Isopor!
Metálicos! Cobertura!
Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!de!Lixas!
Metálicos! Cobertura!
Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Aberto!com!Piso!e!
Resíduos!de!Mantas!de!Isolamento!
Metálicos! Cobertura!
Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Resíduos!de!Tonner!de!Impressora! Caixas!de!Papelão!
Cobertura!
Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Resíduos!de!Lâmpadas!Fluorescentes! Caixas!de!Papelão!
Cobertura!
Resíduos!de!Acumuladores!de! Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Caixas!de!Papelão!
Energia! Cobertura!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias! Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
A!Granel!
Contaminadas! Cobertura!
Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! Sacos!Plásticos!
Cobertura!
Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Resíduos!de!Estopas!Contaminadas! Sacos!Plásticos!
Cobertura!
Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado!
Metálicos! Cobertura!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de! Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Pintura! Metálicos! Cobertura!
Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica!
Metálicos! Cobertura!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!
Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!de!
Solventes!Contaminados,!Misturas!de! Recipientes!Plásticos!ou! Em!Local!Fechado!com!Piso!e!
Caliça,!Ladrilhos!e!Telhas!Contaminadas,! Metálicos! Cobertura!
Vidros,!Plásticos!e!Madeiras!
Contaminados,!dentre!outros!perigosos!
ou!contaminados)!
!
8.1.3.1.3.12. Transporte Externo
!
O! transporte! dos! resíduos! da! construção! civil! deverá! ser! realizado! por! empresas! devidamente!
habilitadas! e! licenciadas! pelo! órgão! ambiental! competente.! Para! os! Resíduos! de! Classe! II! –! Não!
Perigosos,!o!transportador!é!isento!de!licenciamento!ambiental,!contudo!se!o!transportador!realizar!o!
transporte!de!resíduos!de!Classe!I!–!Perigosos!deverá!possuir!licença!de!operação!para!fontes!móveis!de!
poluição.!Além!do!licenciamento!ambiental,!a!Resolução!Federal!ANTT!420,!regulamenta!a!atividade!de!
transporte! de! produtos! e! resíduos! perigosos,! sendo! que! o! transportador! deve! estar! adequado! as!
recomendações!expressas!na!resolução!supracitada.!

Face!a!circunstância,!abaixo!estão!listadas!as!diretrizes!para!o!gerenciamento!do!transporte!dos!resíduos!
gerados!na!construção!civil:!
!
8.1.3.1.3.12.1. Transporte de Resíduos Inertes Recicláveis (Classes A, B e C)
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 75

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Incialmente! deve! ser! verificada! a! habilitação! técnica! e! jurídica! da! empresa! transportadora,! ou! seja,!
deverá! ser! feito! um! levantamento! da! principal! documentação! pertinente! ao! tipo! de! transporte.! É!
importante! salientar! que! devem! ser! previstos! todos! os! sistemas! de! segurança! necessários! no!
transporte,! que! vise! à! minimização! do! risco! de! contaminação! ambiental.! Neste! caso! a! transportadora!
está!isenta!de!Licenciamento!Ambiental!para!fontes!móveis!de!poluição!junto!à!Fepam.!
!
8.1.3.1.3.12.2. Transporte de Resíduos Perigosos (Classe D)
!
O! transporte! será! feito! por! empresa! habilitada! para! tal! finalidade,! sendo! que! a! mesma! deverá!
apresentar,! na! época! em! que! for! solicitado! este! tipo! de! serviço,! sua! respectiva! Licença! Ambiental! e!
documentação! pertinente,! e! encarregarEse,! juntamente! com! o! aterro! que! receberá! os! resíduos,! do!
preenchimento!dos!formulários!exigidos!pelos!órgãos!ambientais.!

Os! veículos! de! transporte! de! resíduos! sólidos! devem! estar! equipados! com! lona! para! prevenir! a!
dispersão! ao! longo! da! rota,! ser! mecanicamente! capazes! de! atuar! em! condições! adversas! de! clima,!
obedecer!à!capacidade!de!carga!projetada!e!não!serem!sobrecarregados,!e!devem!ser!adequadamente!
e!frequentemente!sanitizados!para!evitar!odores!indesejáveis.!

O!gerador!será!responsável!pela!correta!execução!de!todos!os!aspectos!e!procedimentos!de!transporte!
de!resíduos!sólidos,!mesmo!que!o!transporte!seja!realizado!por!terceiro!contratado.!

Todos! os! resíduos! perigosos,! para! tratamento! final! e! disposição,! devem! ser! documentados! e!
registrados.! Cópia! dos! registros! deve! ser! arquivada.! Tais! registros! devem! incluir! as! seguintes!
informações:! transportador,! data! e! procedimento! de! envio,! número! de! recipientes! e! volume! de!
resíduos,!estado!físico!do!resíduo,!local!da!disposição!final,!dentre!outros!necessários.!

Notas:&
De! acordo! com! a! legislação! estadual,! Portaria! Fepam! 34/2009,! todo! o! transporte! de! resíduos! de! classe! I! –! Perigosos! deve! ser!
acompanhado!do!Manifesto!de!Transporte!de!Resíduos!–!MTR.!!
!
Tabela&8.1.3.1.12.2&–&1:!Exigências!do!Transporte!!

Documento&que&
Classe& Acompanha&o&
Transporte&Exige& Código&
Resíduo& Classe& ANTT& Transporte&
Licenciamento&Ambiental& da&ONU&
420& NF/Re
MTR&
cibo&
Resíduos!de!Solo!! A! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!de!Construção!!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e! A! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Metralha)!
Resíduos!de!Agregados!!
A! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)!
Resíduos!de!Materiais!Inertes!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!
A! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Cerâmicos,!Mármores,!Granitos!e!
Telhas)!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 76

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Resíduos!de!Material!Plástico!!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,!
B! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Tubulações!e!Dutos!de!Água!e!
Elétricos,!Resíduos!de!Fiação)!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,! B! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Cal!e!outros!aditivos)!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!
não!Ferrosos! B! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Resíduos!de!Madeira! B! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!de!Gesso! B! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!de!Vidros! B! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!Orgânicos!e!
C! E! Não!exige!licenciamento! E! E! E!
Administrativos!
Resíduos!de!Poliuretano! C! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!de!Isopor! C! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!de!Lixas! C! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Resíduos!de!Mantas!de!
C! E! Não!exige!licenciamento! X! X! E!
Isolamento!
Resíduos!de!Tonner!de!
D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Impressora!
Resíduos!de!Lâmpadas!
D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Fluorescentes!
Resíduos!de!Acumuladores!de!
D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Energia!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias!
D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Contaminadas!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Resíduos!de!Estopas!
D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Contaminadas!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado! D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de!
D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Pintura!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica! D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!
Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!
de!Solventes!Contaminados,!Misturas!
de!Caliça,!Ladrilhos!e!Telhas! D! 9! Exige!Licenciamento! X! X! 3077!
Contaminadas,!Vidros,!Plásticos!e!
Madeiras!Contaminados,!Gesso!
Contaminado,!dentre!outros!
perigosos!ou!contaminados)!
!
8.1.3.1.3.13. Destinação Final
!
Os!resíduos!gerados!e!previamente!segregados!no!interior!da!obra!deverão!ser!removidos!por!empresas!
especialmente! contratadas! para! esta! finalidade! e! que! estejam! devidamente! habilitadas! pelo! órgão!
ambiental.!

Os!resíduos!de!Classe!A!serão!removidos!por!empresa!especializada!em!remoção!de!entulhos!de!obras,!
com! o! uso! de! caminhões! equipados! com! poliguindastes,! ou! sistema! “RollEon/RollEoff”,! ou,! ainda,! por!
caminhões!com!carroceria!basculante!e!com!apoio!de!equipamento!auxiliar!de!carregamento.!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 77

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

Os! resíduos! de! Classe! B! e! C! em! parte,! serão! removidos! por! cooperativas! de! reciclagem,! dandoEse!
preferência!às!cooperativas!mais!próximas!do!local!da!obra,!para!facilitar!a!logística!de!coleta.!!

Os!resíduos!orgânicos!gerados!serão!coletados!pela!empresa!pública!de!coleta!e!remoção!de!resíduos!
do!município!onde!a!obra!está!sendo!executada.!

Quanto!aos!resíduos!das!Classes!A,!B,!C!e!D,!exceto!resíduos!orgânicos!contemplados!pela!coleta!pública!
municipal,!deverão!ser!destinados!e!o!registro!da!destinação!deverá!ser!mantido.!A!cada!descarte!deve!
ser!emitido!um!Controle!de!Transporte!de!Resíduos!–!CTR.!
!
Tabela&8.13.1.3.13&–&1:!Destinação!Final!!

Resíduo& Local&de&Descarte&

Resíduos!de!Solo!! Aterro!de!Resíduos!da!Construção!Civil!–!ARCC!!
Resíduos!de!Construção!!
Aterro!de!Resíduos!da!Construção!Civil!–!ARCC!
(Concreto,!Argamassa,!Caliça!e!Metralha)!
Resíduos!de!Agregados!!
Aterro!de!Resíduos!da!Construção!Civil!–!ARCC!
(Britas,!Areias,!Cal!e!Pedras)!
Resíduos!de!Materiais!Inertes!
(Tijolos,!Ladrilhos,!Cimentícios,!Cerâmicos,!Mármores,!Granitos!e! Aterro!de!Resíduos!da!Construção!Civil!–!ARCC!
Telhas)!
Resíduos!de!Material!Plástico!!
(Filmes!e!Pequenas!Embalagens,!PVC,!Tubulações!e!Dutos!de!Água!e! Reciclador!Licenciado!
Elétricos,!Resíduos!de!Fiação)!
Resíduos!de!Papel!e!Papelão!
Reciclador!Licenciado!
(Embalagens,!Sacarias!de!Cimento,!Cal!e!outros!aditivos)!
Resíduos!de!Metais!Ferrosos!e!não!Ferrosos!
Reciclador!Licenciado!
(Ferro,!Alumínio,!Zinco,!Cobre,!etc)!
Resíduos!de!Madeira! Aterro!de!Resíduos!da!Construção!Civil!–!ARCC!
Resíduos!de!Gesso! Reciclador!Licenciado!
Resíduos!de!Vidros! Reciclador!Licenciado!
Resíduos!Orgânicos!e!Administrativos! Coleta!Pública!!
Resíduos!de!Poliuretano! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!!
Resíduos!de!Isopor! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Resíduos!de!Lixas! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Resíduos!de!Mantas!de!Isolamento! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Resíduos!de!Tonner!de!Impressora! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!|!Reciclador!
Resíduos!de!Lâmpadas!Fluorescentes!
Licenciado!
Resíduos!de!Acumuladores!de!Energia! Reciclador!Licenciado!|!Coletor!Licenciado!
Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!|!Devolução!ao!
Resíduos!de!Embalagens!Vazias!Contaminadas!
Fornecedor!
Resíduos!de!EPI’s!Contaminados! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!!
Resíduos!de!Estopas!Contaminadas! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Resíduos!de!Gesso!Contaminado! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Resíduos!de!Tintas!e!Materiais!de!Pintura! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Resíduos!de!Manta!Asfáltica! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Outros!Resíduos!Perigosos!ou!Contaminados!!
(Resíduos!do!Ambulatório,!Resíduos!de!Solventes!Contaminados,!
Misturas!de!Caliça,!Ladrilhos!e!Telhas!Contaminadas,!Vidros,! Aterro!de!Resíduos!–!ARIP!
Plásticos!e!Madeiras!Contaminados,!Gesso!Contaminado,!dentre!
outros!perigosos!ou!contaminados)!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 78

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

8.1.3.1.3.14. Medidas de Redução na Fonte (Princípios da não Geração)


!
A! equipe! responsável! pela! gestão! ambiental! da! obra! avaliará! a! possibilidade! da! adoção! das! seguintes!
práticas!com!o!objetivo!de!minimizar!a!geração!de!resíduos:!
!
• Medida& 01:! Adaptação! do! Projeto! a! Topografia! Local:! Adaptar! o! projeto! a! situação! do! terreno!
minimiza! percentual! representativo! do! total! de! resíduos! a! serem! gerados,! bem! como! minimiza!
impactos!sobre!o!solo!e!a!topografia!local.!
!
• Medida&02:!Acondicionamento!de!Matérias!Primas!e!Insumos:!Matérias!primas!e!insumos!devem!
ser! armazenados! adequadamente,! em! local! limpo! e! livre! de! umidade,! preferencialmente! que!
possa! ventilação! e! iluminação! natural! indireta.! Materiais! como! cimento,! cal! e! rejuntes! podem!
sofrer! avarias! caso! tenham! contato! com! umidade.! As! áreas! de! estocagem! ou! almoxarifados! na!
obra! deverá! ser! localizado! próximo! aos! locais! onde! os! materiais! serão! consumidos,! evitando!
perdas!pelo!transporte!interno!dos!materiais.!Disponibilizar!o!material!conforme!a!necessidade,!
tal!ação!minimiza!desperdícios!ocorridos!no!processo.!
!
• Medida&03:!Planejamento!do!Projeto:!O!planejamento!de!um!projeto!que!está!alinhado!com!as!
boas! práticas! ambientais! deverá! levar! em! consideração! a! não! geração! de! resíduos! sólidos! e! o!
máximo! aproveitamento! dos! resíduos! gerados.! Fazem! parte! de! um! bom! planejamento! a!
padronização! das! dimensões! das! áreas,! levandoEse! em! consideração! a! dimensão! dos! materiais,!
tais!como!revestimentos!cimentícios,!revestimentos!cerâmicos,!dentre!outros,!evitando!possíveis!
recortes!e!a!consequente!geração!de!resíduos.!
Outra!alternativa!é!adotar!construções!que!não!exijam!acabamento,!tais!como!paredes!em!tijolo!
maciço,! o! qual! não! exige! reboco! e! pintura,! pisos! em! cimento! queimado,! o! qual! não! exige!
revestimento! cerâmico,! argamassa! e! rejuntes.! Muros! e! cercamentos! em! blocos! de! concreto! ou!
pedras!naturais!como!a!ardósia!não!exigem!acabamento!com!reboco!e!pintura.!
!
• Medida& 04:! Resíduos! de! corte! de! limpeza! do! terreno:! Uma! das! medidas! mais! inovadoras! é! a!
trituração! dos! resíduos! de! limpeza! dos! terrenos,! utilizandoEse! equipamentos! tais! como!
trituradores!ou!picadores!de!galhos!de!empresas!especializadas.!A!aplicação!deste!método!pode!
reduzir!em!até!85%!dos!resíduos!sólidos!vegetais.!
8.1.3.1.3.15. Medidas de Reaproveitamento de Resíduos
!
A! equipe! responsável! pela! gestão! ambiental! da! obra! avaliará! a! possibilidade! da! adoção! das! seguintes!
práticas!com!o!objetivo!de!reaproveitar!os!resíduos!gerados!na!obra:!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 79

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Medida& 01:! Resíduos! de! Madeira:! Resíduos! de! madeira! podem! ser! reaproveitados! na! própria!
obra!desde!que!as!peças!sejam!manuseadas!com!cuidados,!mantendoEas!devidamente!separadas!
e! livre! de! intempéries! que! as! possa! danificar.! Resíduos! de! madeiras! podem! ser! utilizados! para!
montagem! de! caixas! que! podem! acondicionar! matérias! primas,! insumos,! ferramentas,!
equipamentos!e!até!mesmo!resíduos!gerados!na!obra.!
!
• Medida&02:!Resíduos!de!Argamassa!da!Betoneira:!Resíduos!resultantes!do!processo!de!fabricação!
da! argamassa! podem! ser! utilizados! para! a! construção! de! contra! pisos! brutos! e! que! não! exijam!
acabamento!nas!áreas!do!canteiro!de!obras.!
!
• Medida& 03:! Resíduos! de! Papelão! (Caixas):! Os! resíduos! de! embalagens! de! papelão! devem! ser!
segregados!rapidamente!após!a!sua!geração,!visando!a!maximização!da!sua!reutilização.!Caixas!
de! papelão! corrugado! são! muito! úteis,! seja! para! acondicionar! ferramentas,! insumos! ou! até!
mesmo!resíduos!que!exijam!este!tipo!de!acondicionamento.!
!
• Medida& 04:! Sacos! Plásticos:! Os! sacos! plásticos! após! a! sua! geração! devem! ser! devidamente!
armazenados!para!reutilização!na!própria!obra.!Os!sacos!plásticos!podem!ser!reutilizados!como!
sistema!de!revestimento!para!os!recipientes!de!acondicionamento!de!resíduos.!
!
8.1.3.1.3.16. Medidas de Reciclagem de Resíduos
!
A! reciclagem! de! materiais! nas! obras! civis! representa! grande! economia! nas! obras,! contudo! requer!
investimentos!e!demais!recursos.!O!uso!de!material!agregado!em!obras!vem!se!tornando!cada!vez!mais!
frequente!e!tem!apresentado!resultado!positivo!do!ponto!de!vista!técnico,!econômico!e!ambiental.!
Abaixo!seguem!as!recomendações!para!a!reciclagem!de!materiais!na!construção!civil:!
!
• Fabricação& da& Argamassa:& Na! composição! da! argamassa! reciclada! podem! ser! utilizados! os!
seguintes!materiais:!Resíduos!de!pó!de!mármores!e!granitos,!pó!de!materiais!cerâmicos,!resíduos!
de! argamassa! moído,! dentre! outros! aglomerados! moídos.! Na! fabricação! da! argamassa! os!
materiais!moídos!e!misturados!podem!substituir!a!areia.!!
!
• Aplicação& da& Argamassa& Reciclada:& A! argamassa! reciclada! pode! ser! utilizada! como!
chumbamento!dos!batentes!de!aberturas!(portas),!para!o!assentamento!das!esquadrias,!para!o!
assentamento!de!blocos!cerâmicos!em!paredes!verticais!e!para!pequenos!remendos!e!emendas!
na!alvenaria.!!
!
Notas:&

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 80

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

A! aplicação! da! argamassa! reciclada! não! se! aplica! a! estruturas! que! possuam! função! estrutural.! Para! a! obtenção! de! agregados!
miúdos!é!necessária!a!aquisição!de!um!britador!que!alcance!o!resultado!da!granulometria!necessária!para!a!reciclagem.!
!
8.1.3.2. Programas de Gerenciamento de Emissões Atmosféricas
!

8.1.3.2.1. Introdução
!

As! emissões! atmosféricas! podem! ser! consideradas! alterações! e! mudanças! na! atmosfera! passíveis! de!
causar!impacto!ao!meio!físico,!biótico!e,!sobretudo!a!saúde!humana.!!
!
8.1.3.2.2. Objetivos
!
São! objetivos! deste! programa! a! proposição! de! medidas! de! minimização! dos! impactos! ambientais!
provenientes!da!emissão!de!poluentes!atmosféricos!que!poderão!ser!gerados!em!função!da!implantação!
do!empreendimento,!faz!parte!do!escopo!deste!programa!as!seguintes!proposições:!
!
• A!proposição!de!medidas!que!visem!a!minimização!das!emissões!advindas!da!implantação,!com!
relação!aos!ruídos!gerados!pela!movimentação!de!equipamentos,!máquinas!e!veículos;!
• A!proposição!de!medidas!que!visem!a!não!geração!de!material!particulado!pela!movimentação!
de!solos!e!operações!de!terraplanagem!
• A! proposição! de! medidas! que! visem! o! controle! das! emissões! atmosféricas! de! fumaça! preta!
geradas!por!veículos!pesados!que!darão!assistência!ao!empreendimento.!
&
8.1.3.2.3. Medidas de Controle das Emissões Atmosféricas
&
8.1.3.2.3.1. Quanto à Geração de Ruídos
&
Durante! o! período! de! intervenção! no! local,! serão! gerados! ruídos! que! podem! causar! incômodo! a!
população! circunvizinha! ao! empreendimento.! Em! função! disto,! propõeEse! as! seguintes! medidas! de!
mitigação:!
!
• O! horário! de! funcionamento! das! obras! deverá! ser! preferencialmente! diurno,! devida! as!
características!do!bairro,!composto!por!muitas!residências;!
• Proceder! com! a! manutenção! dos! equipamentos! e! veículos! com! o! objetivo! de! minimizar!
possíveis!ruídos!por!problemas!no!equipamento;!
• Quanto! ao! risco! ocupacional,! os! operários! devem! utilizar! os! equipamentos! de! proteção!
individual!devidamente!apropriado;!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 81

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Elaborar!projeto!executivo!de!isolamento!acústico!para!os!transformadores!a!serem!instalados.!
!
8.1.3.2.3.2. Quanto à Emissão de Material Particulado
&
Na! fase! de! implantação! do! empreendimento! serão! gerados! impactos! sobre! o! meio! físico,! devida! a!
movimentação! de! solos,! maior! fluxo! de! veículos! pesados,! dentre! outros,! culminando! na! emissão! de!
poluentes! atmosféricos! que! podem! interferir! de! forma! negativa! a! circunvizinhança.! Contudo,! este!
impacto! pode! ser! considerado! temporal,! pois! este! deve! ocorrer! somente! no! período! de! obra,! sendo!
normalizado!após!a!conclusão!da!mesma.!

Em!função!disto,!propõemEse!as!seguintes!medidas!de!mitigação:!
!
• Aspersão!com!água!das!áreas!internas!do!empreendimento!onde!serão!realizadas!as!referidas!
atividades,!através!de!caminhão!pipa;!
• Realização! de! cortes! e! aterros! em! observância! das! condições! de! estabilidade! dos! maciços! de!
terra!correspondentes,!bucandoEse!evitar!rupturas;!
• Implantação! de! um! sistema! dinâmico! de! drenagem! pluvial,! para! controle! de! sedimentos!
durante!as!obras;!
• Evitar!carregamento!de!solo!em!período!de!muita!estiagem!e!que!possam!ter!fortes!ventos;!
• Programação!de!obras!para!execução!em!estações!secas,!sendo!sucedidas!imediatamente!pelas!
obras!de!drenagem!e!pavimentação;!
• Instalar!placas!para!o!controle!de!velocidade!dos!veículos!nas!áreas!internas!da!obra,!visando!a!
minimização!de!material!particulado!na!atmosfera;!
• Realização!de!manutenções!preventivas!em!máquinas!e!equipamentos,!com!o!objetivo!de!gerar!
menores! quantidades! de! poluentes! relacionados! à! queima! de! combustível! em! motores! de!
combustão!interna!(fumaça!preta)!e!menores!níveis!de!ruído.!
!
8.1.3.2.3.3. Quanto à Emissão de Fumaça Preta
!
Veículos! automotores,! em! especial! os! veículos! de! carga! pesada,! quando! não! devidamente! regulados,!
são! capazes! de! produzir! fumaça! preta.! Esta! fumaça! é! composta! por! gases! que! podem! afetar!
desfavoravelmente! a! saúde! humana! e! o! ambiente.! Desta! forma,! recomendaEse! que! todos! os! veículos!
utilizados!no!decorrer!das!obras!de!infraestrutura!estejam!em!conformidade!com!o!índice!1!da!Escala!de!
Ringelmann. !

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 82

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

CAPÍTULO 9
&
9.1. Considerações e Parecer Conclusivo
!
Na!estruturação!deste!Estudo!de!Impacto!de!Vizinhança!–!EIV!foram!analisados!inicialmente!os!aspectos!
históricos!e!geográficos!municipais!de!modo!a!contextualizar!o!empreendimento!em!relação!à!região!do!
entorno,!assim!como!justificar!a!escolha!e!a!instalação!do!empreendimento!no!local.!

Posteriormente,! foi! realizada! uma! avaliação! aprofundada! das! características! da! gleba! objeto! deste!
estudo,! bem! como! da! caracterização! das! Áreas! de! Influência! Direta! e! Indireta,! que! podem! influenciar!
positiva!ou!negativamente,!caracterizando!o!sistema!viário!e!os!acessos!diretos!ao!empreendimento.!

Em! seguida,! se! abordou! as! características! do! projeto! como! um! todo,! incluindo! sua! tipologia,!
características!das!edificações,!dentre!outros.!

Após! os! diagnósticos! dos! estudos! associados! à! gleba! e! ao! projeto! da! SE! Farroupilha! 2,! iniciouEse! os!
estudos! associados! aos! impactos! a! serem! causados! pelo! empreendimento,! realizando! uma! análise!
aprofundada! com! relação! ao! zoneamento! urbanístico! ambiental,! incluindo! o! macrozoneamento,! a!
setorização! e! o! regime! urbanístico.! Neste! aspecto! foram! analisados! os! requisitos! legais! aplicáveis! aos!
aspectos!urbanísticos!e!ambientais.!Foram!realizadas!avaliações,!por!intermédio!de!padrões!gráficos,!da!
caracterização! do! entorno,! considerando! o! padrão! das! edificações,! a! altura! e! as! tipologias! locais,!
abordando!sobremodo!a!valorização!dos!imóveis!da!região.!

Juntamente,!foi!elaborado!um!diagnóstico!ambiental!com!relação!à!geração!de!resíduos!sólidos!urbanos!
–! RSU! gerados! em! decorrência! da! ocupação! do! empreendimento;! a! geração! de! resíduos! sólidos! da!
construção!civil,!gerados!em!decorrência!das!obras!de!edificação;!e!a!geração!de!efluentes!sanitários.!

Após!as!análises!de!contextualização!do!projeto!e!dos!diagnósticos,!foi!iniciada!a!análise!dos!aspectos!
urbanísticos! ambientais! em! relação! aos:! impactos! gerados! pelo! adensamento! populacional;! impactos!
motivados! pela! demanda! por! transporte! público! municipal;! impactos! sobre! o! sistema! viário! atual;!
impactos! sobre! a! paisagem,! levandoEse! em! consideração! a! circulação! dos! ventos,! o! sombreamento!
(dentre!outros!aspectos!relevantes!neste!tipo!de!edificação);!impactos!sobre!o!uso!e!a!ocupação!do!solo!
local;!e,!impactos!ambientais!causados!na!fase!de!implantação!e!ocupação!do!empreendimento.!

Ocorreu! o! levantamento! dos! impactos! significativos! nos! âmbitos! urbanístico! e! ambiental.! O! estudo!
trouxe!então!um!quadro!resumo!considerando!todos!os!aspectos!e!os!impactos,!prevendo!as!medidas!
de! controle! operacional,! incluindo! as! medidas! compensatórias! e! mitigatórias! para! implantação! do!
empreendimento.!Nesta!etapa!do!processo!foram!criados!alguns!planos!ambientais!com!o!objetivo!de!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 83

!
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

minimizar! os! impactos! negativos! durante! a! implantação! do! empreendimento,! visando! atenuar! o!
incômodo!à!população!circunvizinha,!maximizando!o!conforto!dos!mesmos.!

Cabe! salientar! que! a! proposta! do! projeto! arquitetônico! apresentado! para! a! futura! implantação! do!
empreendimento! SE! Farroupilha! 2! teve! por! objetivo! o! aproveitamento! da! tendência! de! expansão!
urbana!local,!em!consonância!com!a!atual!política!governamental!voltada!para!atender!às!necessidades!
energéticas!do!País.!!

A! avaliação,! num! contexto! geral! deste! estudo,! possibilitou! identificar! os! impactos! mais! significativos,!
destacandoEse:! a! sobrecarga! da! infraestrutura! viária! local,! a! desvalorização! imobiliária! e! os! impactos!
sobre!o!meio!físico!e!biótico.!

DiagnosticouEse! que! esses! impactos! já! ocorrem! atualmente! na! região! e! no! município,! desta! forma! o!
empreendimento!poderá!potencializar!esta!situação.!No!entanto,!com!a!parceria!públicoEprivada,!estes!
impactos! poderão! ser! atenuados! e,! consequentemente,! poderá! ocorrer! a! melhora! destes! sistemas! da!
Área!de!Influência!Direta!e!Indireta!do!empreendimento!em!questão.!

Durante! o! processo! de! avaliação! dos! impactos,! também! foram! identificados! aqueles! que! trarão! de!
forma!significativa!benefícios!para!a!região,!ou!seja,!impactos!classificados!como!positivos.!Estes!estão!
atrelados!principalmente!aos!aspectos!econômicos!da!região,!geração!de!renda!e!emprego,!ampliação!
do!abastecimento!de!energia!elétrica!da!região,!dentre!outros.!

Em!virtude!dos!aspectos!analisados!e!apresentados!no!presente!Estudo!de!Impacto!de!Vizinhança!–!EIV!
podeEse! concluir! que! os! impactos! positivos! sobrepõemEse! aos! impactos! negativos,! do! ponto! de! vista!
urbanístico!e!ambiental.!Com!objetivo!de!se!potencializar!os!impactos!positivos,!deverão!ser!realizadas!
as! medidas! mitigatórias! e! compensatórias! previstas! neste! estudo,! além! das! ações! de! melhoria! da!
infraestrutura! urbana! por! parte! do! Poder! Público! Municipal,! que! visam! a! garantia! da! manutenção! da!
qualidade!ambiental!do!território!urbano.!

Desta! forma,! a! implantação! do! empreendimento! SE! Farroupilha! 2! pode! ser! considerada! viável! e! de!
extrema! importância! para! o! Município,! desde! que! sejam! atendidas! as! medidas! compensatórias! e!
mitigadoras!propostas!no!EIV.!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 84

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

9.2. Declaração de Responsabilidade Técnica


&
Declaramos,!sob!as!penas!da!Lei,!a!veracidade!das!informações!prestadas!no!presente!Estudo!de!Impacto!de!Vizinhança!–!EIV.!

&
9.2.1. Responsabilidade Técnica
!
!
!
Profissional:&Cláudio&Schilling&Mendonça&
Registro!Profissional:!CAU/RS:!A70019E3!
!
!
!
Profissional:&Guilherme&Reisdorfer&
Registro!Profissional:!CREA/RS!128.422ED!
!
!
!
Profissional:&Andrei&Longui&
Registro!Profissional:!CREA/RS:!185.252ED!
!
!
!
9.2.2. Coordenação do Estudo
!
!
!
Profissional:&Renata&Zapata&
Registro!Profissional:!CRQEV:!054.066.33!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 85

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9.3. Anexos do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV


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RIO GRANDE ENERGIA | RGE 86

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9.3.1. Anexo 1: Relatório Fotográfico

• Levantamento!Fotográfico!da!Área!Objeto!do!EIV!

Descrição&do&Levantamento&Fotográfico:&&
Vista!da!área!objeto!do!EIV!
!

!
Descrição&do&Levantamento:!
Vista!da!Linha!de!Transmissão!
!

!
Descrição&do&Levantamento&Fotográfico:&&
Vista!da!área!em!Construção!
!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 87

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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA | EIV SE FARROUPILHA 2

• Levantamento!Fotográfico!das!Vias!da!Área!de!Influência!Direta!–!AID!do!Empreendimento!

!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 88

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• Levantamento!Fotográfico!da!Paisagem!Local!na!Área!de!Influência!Direta!–!AID!!

!
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• Levantamento!Fotográfico!da!Característica!dos!Padrões!e!Tipos!de!Edificação!da!AID!

!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 90

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• Levantamento!Fotográfico!do!Monitoramento!de!Ruído!Anterior!à!Intervenção!!
!

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 91

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9.3.2. Anexo 2: Contrato com a Concessionária de Abastecimento – CORSAN


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RIO GRANDE ENERGIA | RGE 92

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9.3.3. Anexo 3: Autorização Geral Fepam n˚ 31/2015-DL

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9.3.4. Anexo 4: Anotações de Responsabilidade Técnica – ART’s


&

RIO GRANDE ENERGIA | RGE 94

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