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2. DESENVOLVIMENTO
Durante a Idade Média a ideia de Hipócrates foi sobremaneira relegada, devido à grande
influência da religião que baseava sua crença na luta entre o bem e o mal, via a
anormalidade como uma possessão; assim como os antigos egípcios, árabes e hebreus.
Esses indivíduos ditos anormais eram considerados como ameaçadores a ordem social,
sendo tratados a base do exorcismo para expulsar os demônios e muitas vezes condenados
à morte.
Ser portador de esquizofrênica não significa ter dupla personalidade. O termo se adequa
para descrever um quadro de sintomas típicos, incluindo enganos, alucinações, desordem
de pensamentos e ausência de respostas emotivas, aliadas aos fatores genéticos e tensões
ambientais. É uma cisão de personalidade onde as figuras cindidas possuem nomes e
características banais, grotescas, caricaturais, e, em muitos aspectos, contestáveis. Não
colaboram com a consciência do paciente.
Desta forma, o esquizofrênico não tem a noção da doença, ao contrário do que sucede
com a maioria das enfermidades físicas, em que o indivíduo pede ajuda. Pelo contrário, o
doente esquizofrênico não pede auxílio e isola-se, com receio de não ser compreendido
pelos outros.
Emil Kraeplin denominou o transtorno de dementia praecox e sugeriu que ele tinha um
início precoce e caracterizava-se por uma deterioração intelectual progressiva e
irreversível.
Foi a partir dessas duas características que ele derivou o nome do transtorno:
Com relação à natureza do transtorno sugeriu que os sintomas refletiam uma deterioração
intelectual como a observada na senilidade e acreditava que o transtorno tinha uma base
fisiológica.
O primeiro a utilizar o termo esquizofrenia foi o psiquiatra suíço, Eugen Bleuler em 1911,
sobre os pacientes que tinham as características de desligados de seus processos de
pensamentos e respostas emotivas.
Bleuler não acreditava não acreditava que o transtorno tinha um início precoce ou que ele
inevitavelmente conduzisse à deterioração intelectual, ele usou uma definição mais
ampla, incluiu muito mais indivíduos (mais velhos e mais novos, recuperados e crônicos)
na classe diagnóstica e ofereceu um prognóstico mais otimista para os indivíduos
diagnosticados como portadores de esquizofrenia. Com relação à natureza do transtorno
Bleuler sugeriu que o mesmo envolvia um colapso de fios associativos que conectavam
palavras, pensamentos e sentimentos. Tal colapso foi usado para explicar os sintomas
observados na esquizofrenia. E a denominação desse termo “Esquizofrenia” deve-se a
esse colapso de associações.
Bleuler também acreditava que a causa do transtorno tinha uma base fisiológica e que os
sintomas poderiam ser influenciados por uma base psicológica, como ele mesmo diz:
“Devemos concluir disto tudo que experiências físicas – usualmente de natureza
desagradável – podem sem dúvida, afetar os sintomas esquizofrênicos. No entanto, é
altamente improvável que a doença em si seja realmente produzida por tais fatores.
Experiências e eventos psíquicos podem liberar os sintomas, mas não a doença”. (Bleuler,
1950, p. 345 in Holmes, 2001).
Na atualidade se aceita a ideia de Kraepelin de que o transtorno é progressivo e
irreversível e consiste numa variedade de sintomas em diferentes combinações; e com
Bleuler de que o transtorno pode ter um início tardio e que ele deve ser denominado de
esquizofrenia.
3 SINTOMAS DA ESQUIZOFRENIA
Alucinações
Delírios
Pensamentos desordenados (modos de pensar incomuns ou disfuncionais)
Distúrbios do movimento (movimentos do corpo agitado)
Sintomas negativos da esquizofrenia
Sintomas cognitivos
Para alguns pacientes, os sintomas cognitivos são sutis, mas para outros são mais graves
e os pacientes podem perceber mudanças na memória ou outros aspectos do pensamento.
Os sintomas incluem:
Qualquer pessoa que tenha vários desses sintomas por mais de duas semanas
deve procurar ajuda imediatamente. Se você estiver perto de alguém em crise, peça ajuda
a um serviço de emergência.
4. FORMAS DE TRATAMENTO
Embora não exista cura para a esquizofrenia, muitas pessoas com essa doença podem
levar uma vida produtiva e satisfatória com o tratamento adequado. A recuperação é
possível através de uma variedade de serviços, incluindo programas de medicação e
reabilitação. A reabilitação pode ajudar uma pessoa a recuperar a confiança e as
habilidades necessárias para viver uma vida produtiva e independente na sociedade.
Antipsicóticos
Clorpromazina (Thorazine)
Haloperidol (Haldol)
Mesoridazina (Serentil)
Perfenazina (Trilafon)
Flufenazina (Proxlixina)
Tioridazina (Mellaril)
Thiothixene (Navane)
Trifluoperazina (Stelazine)
Os antipsicóticos atípicos (“de nova geração”) tratam os sintomas positivos e negativos
da esquizofrenia, frequentemente com menos efeitos colaterais. Alguns antipsicóticos
atípicos são:
Uma terceira categoria menor de drogas usadas para tratar a esquizofrenia é conhecida
como “agentes antipsicóticos diversos”. Os agentes antipsicóticos diversos funcionam de
maneira diferente dos medicamentos antipsicóticos típicos ou atípicos. A loxapina
(Adasuve, Loxitane) é um desses antipsicóticos diversos e é usada para tratar a agitação
em pessoas com esquizofrenia.
Os efeitos colaterais são comuns com drogas antipsicóticas. Eles variam de efeitos
colaterais leves, como boca seca, visão turva, constipação, sonolência e tontura que
geralmente desaparecem depois de algumas semanas para efeitos colaterais mais graves,
como problemas com o controle muscular, estimulação, tremores e carrapatos faciais. A
nova geração de drogas tem menos efeitos colaterais. No entanto, é importante conversar
com seu psiquiatra antes de fazer qualquer alteração na medicação, pois muitos efeitos
colaterais podem ser controlados.
Psicoterapia
Cuidar e apoiar um ente querido com esquizofrenia pode ser difícil. Pode ser difícil saber
como responder a alguém que faz afirmações estranhas ou claramente falsas. É importante
entender que a esquizofrenia é uma doença biológica.
Aqui estão algumas coisas que você pode fazer para ajudar seu ente querido:
Ajuda Familiar
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Calligaris, C. Introdução a uma clínica diferencial das psicoses. Porto Alegre, RS: Artes
Médicas (1989).
Cordié, A.O.S,Atrasados não existem. Porto Alegre, RS: Artes Médicas. (1996).