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AULA
Estudar História por quê?
Meta da aula
Analisar e discutir o estudo de História para
a formação de uma consciência crítica.
objetivos
(...) Veio para contar o que não faz jus a ser glorificado
e se deposita, grânulo,
no poço vazio da memória.
É importuno,
sabe-se importuno e insiste,
rancoroso, fiel.
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e suas finalidades faz parte de sua definição político-ideológica, em favor de
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uma educação emancipatória.
Nas aulas posteriores, trabalharemos mais a construção da memória e o
tempo histórico.
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Metodologia do Ensino da História | Estudar História por quê?
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AULA
“A aula de história é o momento em que, ciente do conhecimento que possui, o professor pode oferecer a seu
aluno a apropriação do conhecimento histórico por um esforço e uma atividade com a qual ele retome a atividade
que edificou esse conhecimento” (SCHIMIDT; CAINELLI, 2004, p. 31).
ATIVIDADE
RESPOSTA COMENTADA
A Educação deve ser capaz de formar cidadãos autônomos, conscientes
de seus direitos e deveres na sociedade em que vivem, capazes de se
indignar mediante as injustiças sociais, de serem cidadãos e consumi-
dores críticos, leitores do mundo. O estudo de História deverá permitir,
através do conhecimento dos processos históricos, o entendimento
da origem e do desenvolvimento desses processos pelas diferentes
sociedades em tempos e espaços diferenciados, contribuindo, portanto,
para a formação dessa consciência crítica por meio da análise de dife-
rentes momentos históricos. Com a utilização de diversas metodologias
em sala de aula – como, por exemplo, o uso de filmes, a análise de
documentos de época, a observação reflexiva de ilustrações etc. –,
o professor pode favorecer a aquisição de competências, tais como
interpretar um texto, sintetizar, perceber mudanças e permanências em
diferentes conjunturas, dentre outras, favorecendo, então, a formação
desse pensamento crítico.
Leitores do mundo
É uma expressão pedagógica utilizada por Paulo Freire, que você já deve ter estudado para ter chegado até
aqui. Mas, mesmo assim, vamos relembrar! Ao fornecer um instrumental teórico básico capaz de auxiliar o
aluno a refletir e aprender a pensar, a construir um aprendizado significativo, estamos permitindo que ele se
torne um cidadão autônomo, capaz de gerir sua própria vida, de interpretar o mundo, de ler o mundo, de dar-
lhe sentido e significado crítico. Recomendamos, caso você não o tenha lido, o livro Pedagogia da autonomia,
de Paulo Freire, da Editora Paz e Terra, 1997.
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ATIVIDADE
2. Imagine que você vai montar uma aula de História. Faça um plano de
aula que demonstre que você entendeu o significado da didática como
elo entre teoria e métodos de ensino. Utilize como temática, a título de
exemplificação, o Renascimento.
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REPOSTA COMENTADA
Teríamos inúmeros exemplos a serem trabalhados, mas escolhemos o
Renascimento, por ser este muito trabalhado nas escolas. Inicialmente
pode-se explorar um texto básico sobre a localização geográfica e
temporal do Renascimento, suas principais características e seu signi-
ficado, relacionando-o à ascensão da burguesia e ao desenvolvimento
do comércio. Durante esses primeiros 50 minutos de aula, deve-se
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mostrar um mapa localizando a Itália, berço do Renascimento, e seus
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reflexos nas diversas regiões da Europa Ocidental. Paralelamente a
isto, é importante a realização de uma leitura socializada do texto,
incentivando bastante o debate no grupo. No tempo seguinte, devemos
dividir a turma em grupos ou duplas, pedindo-lhes que elaborem um
vocabulário ilustrado sobre as características principais do Renascimen-
to, dando a cada grupo uma palavra para definirem e ilustrarem. São
características importantes do Renascimento: racionalismo, espírito
crítico, individualismo, classicismo etc. Caso você tenha dificuldade
em questões de metodologia, nós podemos ajudá-lo, pois nas aulas
seguintes detalharemos maior variedade de dinâmicas que poderão
ser utilizadas para enriquecer suas aulas e auxiliar o seu aluno a fixar
o conhecimento ensinado.
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ATIVIDADE
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O professor de História deve discutir e problematizar com
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AULA
os(as) alunos(as) questões pertinentes ao saber histórico escolar e
suas interfaces com a História, propriamente dita, e a Educação.
Fazem-se necessários o aprofundamento e a discussão, com seus pares,
dos princípios teórico-metodológicos para o ensino de História no
Ensino Fundamental e Médio. Esse profissional deve, também, ter
clareza da aplicabilidade do conhecimento histórico na prática peda-
gógica atual, envolvendo discussões sobre os currículos e programas de
História das instituições em geral, as estratégias e recursos do ensino
de História, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Funda-
mental e do Ensino Médio (PCN) e questões pertinentes à disciplina e
à avaliação, a serem abordadas em aulas posteriores, ao estudarmos os
PCN de História do Ensino Fundamental e Médio.
A aula reprodutiva limita o aluno, pois não permite a formação
de sua autonomia, já que apresenta modelos prontos, repetitivos e
descolados de sua vivência real. Aprender é construir e reconstruir o
conhecimento, elaborando e exercendo a autonomia de sujeito histórico.
Crianças e jovens devem ser partícipes ativos de sua sociedade, gerando
a transformação social e política da mesma. Logo, urge a reinvenção da
escola comprometida com uma cidadania participativa e democrática,
ampliando seus horizontes e derrubando os seus próprios “muros”.
Para que o ensino se torne mais ativo, o trabalho em sala de aula
muito se enriquece ao realizarmos oficinas pedagógicas. No dia-a-dia,
a oficina é o lugar onde se faz, se constrói ou se conserta alguma coisa.
Segundo Mediano (1997), a oficina é o lugar de se produzir conhecimento
a partir do próprio aluno, onde se une teoria e prática, através do jogo
dos participantes com a tarefa. Logo, nessas oficinas sempre se utiliza
diferentes linguagens como a musical, teatral, plástica etc. Portanto,
realiza-se uma integração teórico-prática no processo de aprendizagem.
Esse conhecimento construído vai da ação para a reflexão, voltando para
a ação, ou seja, vai do concreto para o conceitual e depois do conceitual
para o concreto, de forma criativa, crítica e transformadora.
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Lembre-se do que você estudou sobre multiculturalismo em Fundamentos da
Educação 3. Veja algumas aulas sobre Multiculturalismo e Ações Afirmativas
(Aula 3), Ações Afirmativas e Cotas nas Aulas 12 e 13.
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Conclusão
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ATIVIDADE FINAL
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AULA
Elabore uma atividade para dinamizar suas aulas, partindo de um tema da realidade
atual como, por exemplo, a presente situação do trabalhador no Brasil. Utilize
jornais e/ou revistas e compare essa situação à do trabalhador do Brasil Colônia.
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Resposta COMENTada
Hoje, temos diversos tipos de trabalhadores urbanos e rurais, assalariados
com carteira assinada ou não, biscateiros, “bóias-frias” etc. No Brasil Colônia,
a maioria dos trabalhadores era constituída de escravos; havia poucos homens
livres e pobres, que eram em geral mascates, pequenos comerciantes, vaga-
bundos etc.
re s umo
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