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Texto Complementar

Disciplina: Dinâmica das Relações Interpessoais

Professor: Ana Paula Trubbianelli

A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO LÍDER


Cada vez mais, as organizações têm compreendido a importância de um líder
na condução de uma equipe, motivando-os e desenvolvendo suas habilidades
em função dos resultados e no alcance do sucesso profissional. No entanto,
apesar de inúmeros estudos sobre liderança, ainda não foi possível
desenvolver uma cartilha ensinando de forma clara e objetiva como se obter ou
se formar um grande líder.

A liderança pode ser entendida como a forma de inspirar e motivar os


colaboradores no atingimento de metas. O líder deve servir de influência aos
seus liderados, inspirando confiança e merecendo respeito de seus seguidores.
Litas e Silva Jr. (2009) afirmam que o verdadeiro líder é aquele que tem a
capacidade de criar estratégias e os melhores caminhos a serem trilhados pela
equipe, contando com o acompanhamento de seus colaboradores, que
concordam e compartilham com as ideias apresentadas, considerando o líder o
principal responsável pela realização dos objetivos do grupo.

Para Mussak (2010) liderança deve basear-se na confiança mútua: o líder


precisa confiar e apostar no talento de seus liderados e, em contrapartida, os
liderados devem ter total convicção da fidelidade das palavras de seu líder. O
autor ainda afirma que bons líderes devem saber inspirar os outros com o
poder e o estímulo de sua visão, dando as pessoas a sensação de propósito e
orgulho no trabalho desenvolvido.

Existem pessoas que já nascem líderes natos e outras que podem ter suas
habilidades desenvolvidas. Para a empresa não basta somente saber liderar, o
líder precisa entender os valores defendidos pela organização para saber guiar
seus liderados, e principalmente acreditar nas ideias que está propondo para
que possa fazer com que sua equipe se envolva e se comprometa com as
metas estabelecidas.

Algumas habilidades podem ser consideradas indispensáveis para quem quer


exercer o papel de liderança em uma empresa. Mussak (2010) cita algumas,
como a capacidade de interação com a equipe e o poder de se relacionar com
seu pessoal oferecendo a eles soluções que permitam o alcance das metas;
saber transmitir adequadamente as mensagens e se adaptar a diferentes tipos
de grupos; alto nível de iniciativa e motivação e vontade de superar
adversidades e obter resultados; ter um bom conhecimento operacional a fim
de fornecer o suporte necessário e ainda uma elevada capacidade intelectual,
inteligência emocional e imaginação. Contudo, pode-se afirmar que tais
habilidades não são obrigatoriamente intrínsecas a todo líder, as mesmas
podem ser trabalhadas e desenvolvidas ao longo dos anos. O líder é
responsável pelo crescimento profissional de cada um dos colaboradores que
tem em sua equipe e ele deve desenvolver os pontos fortes e inativar os pontos
fracos das pessoas sobre o seu comando, fazendo com que cada indivíduo se
sinta parte do processo, comprometendo-se assim com o resultado. Quando os
empregados se identificam com os líderes, também se dedicam à causa,
oferecendo assim esforços extraordinários e alcançando desempenhos
significativos (MUSSAK, 2010).

Para criar uma relação de respeito e confiança entre subordinados e líderes,


Ferreira, 2006 confirma a necessidade da busca por um clima confortável para
as pessoas dentro da organização, com o intuito de que estas ações sejam
também repetidas pelos seus seguidores. A autora descreve ainda que os
bons líderes devam estar sempre disponíveis para ouvir seus colaboradores,
dando atenção, sendo compreensivo e respeitando as idéias apresentadas
pelos mesmos, gerando assim um clima de cumplicidade e satisfação de todos
os envolvidos no processo.

Para Mussak (2010, p. 54): Os líderes desempenham o papel de grandes


homens que estimulam as pessoas a aprender, a ampliar suas capacidades,
definir seus objetivos e aperfeiçoas seus modelos. O líder deve saber integrar o
aprendizado, fazer com que as pessoas possam enfrentar os problemas que
surgirem, de forma produtiva, desenvolvendo novos conhecimentos.

O líder tem a obrigação de despertar nos colaboradores a vontade de querer


aprender e sempre se aperfeiçoar a fim de atingir e ultrapassar metas
estabelecidas e alcançar novos patamares de desenvolvimento.

Discorre-se muito sobre a principal diferença dos antigos gestores –


denominados gerentes – e os gestores atuais – conhecidos como líderes.
Enquanto que gerentes centralizavam as operações estratégicas e
hierarquicamente ordenavam as atividades que cada um desenvolvia, o líder
busca a participação de todos no processo, buscando extrair de seus
colaboradores o máximo que estes têm a oferecer, servindo ainda como
motivação, onde todos se sintam participantes e importantes na organização.

A motivação tem um forte impacto na liderança, sendo um dos, senão o


principal fator que impulsiona a equipe na realização de metas e objetivos.
Entretanto cada indivíduo se sente motivado de uma forma diferente, não
sendo somente entendida como motivação financeira, mas estando muito
ligados também a tarefas desafiadoras, oportunidades de aprendizado e
promoção e principalmente reconhecimento profissional (SILVA, 2006).

Lltas e Silva Jr (2009) concordam que – “[...] o atributo mais importante da


liderança é o desejo de querer ser líder. Habilidades e competências gerenciais
podem ser desenvolvidas junto aos colaboradores, porém paixão para liderar
uma organização não [...]”. Nem todos os profissionais já chegam ao mercado
pronto para serem bons líderes, mas desde que haja a motivação pessoal para
se atingir o posto as demais aptidões podem ser trabalhadas e melhoradas
com a experiência.

Diante do exposto, conclui-se que as organizações precisam estar preparadas


para selecionar, nutrir e encorajar pessoas que possam desempenhar as
funções de liderança. Diante desta necessidade crescente surgiu a figura do
líder coaching, ou seja, um “treinador de líderes” - tornando-se este
responsável pela identificação e transformação de potencialidades em futuros
líderes eficazes. O LÍDER COACHING
O termo coaching vêm se difundido no mercado de trabalho nos últimos anos,
sendo uma prática utilizada principalmente pelas grandes empresas na
obtenção do aprimoramento dos potenciais de seus executivos na busca da
realização e superação profissional e pessoal. O coach é o profissional que
tenta desenvolver as habilidades de seu cliente – o coachee, formando uma
parceria a fim de identificar e alcançar objetivos específicos, comprometendo-
se no alcance de resultados (COELHO, 2006).

O principal papel do coach é o de identificar, seja no trabalho ou na vida


pessoal, quais são os potenciais não aproveitados e os riscos atuais que
impedem a pessoa ou o profissional de sentir-se realizado e com isso gerar
ganhos para si e para a empresa (MAMEDE, 2010). Assim eles passam a atuar
de forma mais efetiva no alcance das metas propostas e na solução dos
problemas encontrados durante o processo.

Já para Mussak (2010) a função primordial do coaching é o de observar o


comportamento pessoal e profissional do seu coachee, buscando identificar
forças e fraquezas, direcionando a busca de melhorias contínuas, tanto no
aspecto técnico quanto comportamental, ajudando o profissional a encarar a
realidade e mobilizá-lo para que se torne agente de mudanças, superando
diariamente seus obstáculos e despertando para novos desafios a cada dia.

Sendo assim, pode-se definir o líder coaching como um profissional que se


compromete, no âmbito de uma organização, a apoiar as pessoas que visam
alcançar determinado resultado. Ele pode ser encontrado dentro da própria
empresa – coaching interno, ou ser contratado de fora somente para este fim –
coaching externo.
O coaching interno pode ser desenvolvido por um profissional da própria
empresa, que detenha um perfil de liderança e que possa auxiliar no
desenvolvimento de outros profissionais, ajudando-os a fazer o melhor uso de
seus recursos em busca de melhores resultados. Este profissional deverá
elaborar um programa de desenvolvimento profissional e pessoal do coachee.
A principal vantagem neste processo é de o coaching interno já possuir um
vasto conhecimento sobre o sistema da organização (MUSSAK, 2010).

Por outro lado, o coaching externo é um profissional de fora da organização


contratado exclusivamente para este fim – desenvolver e aprimorar as
habilidades e potencialidades dos profissionais existentes na empresa. Sua
principal contribuição é sua isenção quanto a empresa, pois o mesmo não vive
diretamente as cobranças internas nem tem vínculos emocionais com a
corporação (MUSSAK, 2010).

Para que o processo se desenvolva de forma satisfatória é preciso haver a


construção de uma parceria sólida entre os dois, um alto nível de confiança
para que o coachee reconheça suas dificuldades e limitações e juntos, definam
um plano de ação para o alcance de metas reais a serem atingidas. Um dos
principais recursos utilizados é o feedback, porém o coach deve saber muito
bem como fazê-lo, para que suas opiniões não se tornem verdades absolutas,
mas que faça com que a outra pessoa reflita e encontre seu próprio caminho.

Dentro do processo de coaching, o maior vencedor é sempre a própria


empresa, que consegue criar uma rede de cooperação e formação continuada
de seus profissionais no alcance de resultados satisfatórios para a organização
e para o colaborador.CONCLUSÃO
Este presente artigo buscou mostrar como têm-se desenvolvido as
negociações internas entre superiores e subordinados, quais os caminhos
seguidos pelos novos profissionais de Recursos Humanos a fim de desenvolver
e motivar os seus colaboradores com o intuito de despertar nas pessoas a sua
capacidade de iniciativa e compromisso. As organizações necessitam de uma
área de RH voltada ao negócio e ciente da sua responsabilidade pela
implementação das estratégias da empresa, devendo ser capaz de pensar e
atuar estrategicamente, ajudando de maneira mais eficaz na definição de perfis
profissionais e na promoção de mudanças dentro da organização.

A liderança é a qualidade de quem pensa estar sempre a frente de seu tempo,


tem o desejo constante de aprender e a capacidade de influenciar, além da
consciência de que deve ser digno de confiança e que faz parte da equipe, mas
com o papel fundamental de direcionar os esforços para o bom andamento dos
trabalhos de uma organização. O líder de ontem era um tomador de decisões
que abordava a melhor maneira de explorar as habilidades de um funcionário
em proveito da organização. Os funcionários eram vistos como ferramentas e
recursos para a execução das metas da organização. O líder atual é um
desenvolvedor de pessoas e construtor de relacionamento, ou seja, um coach.

O processo de coaching pode ser considerado como o aprimoramento na arte


de liderar, onde o coach orienta, aconselha, desenvolve e estimula o coachee,
ao passo que este aproveita o impulso e a direção para aumentar seus
conhecimentos, aprimorar seus potenciais, aprendendo coisas novas e
deslanchando seu desempenho. Com este processo as empresas têm buscado
cada dia mais melhorar a atuação de seus executivos na busca de excelência
profissional.

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/lideranca-o-
desafio-na-gestao-de-pessoas/11828

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